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Definição: Choque é a expressão clínica da falência circulatória aguda que resulta na oferta insuficiente de oxigênio para os tecidos. Choque cardiogênico Causado pelo comprometimento ou falência do miocárdio. É um estado no qual o coração fica enfraquecido, e não é capaz de bombear sangue suficiente para o corpo. Causas o Perturbação do ritmo cardíaco (arritmias graves) o IAM o ICC o Embolia pulmonar o Miocardiopatia o Disfunção das válvulas cardíacas Choque hipovolêmico Mais frequente. É causado por débito cardíaco inadequado devido à redução do volume sanguíneo. Dividido em: Hemorrágico: pode ser relacionado ao trauma, em que há hipovolemia devido a perda de sangue e destruição tecidual. Ou não relacionado ao trauma, como ocorre no sangramento espontâneo por coagulopatia ou iatrogênico, hemoptise maciça e hemorragia digestiva. Não hemorrágico: perda de volume pelo trato gastrointestinal (diarreia, vômitos), rins (excesso de diurético, estado hiperosmolar hiperglicêmico), perda para o terceiro espaço (pancreatite aguda, obstrução intestinal), queimaduras, hipertermia. Choque distributivo Síndrome de baixa perfusão tissular que ocorre em decorrência de distúrbios do tônus e/ou permeabilidade vascular, com redistribuição do fluxo sanguíneo visceral. O choque distributivo pode ser causado por subtipos de choque: Anafilático Reação de hipersensibilidade imediata, em indivíduos previamente sensibilizados, após reexposição a antígenos. Causas: o Alimentos – Amendoim, nozes, clara de ovo, leite, crustáceos, peixes; o Picadas de Insetos – abelhas, vespas, formigas; o Drogas – Antibióticos, anestésicos, analgésicos, AAS, AINEs (antiinflamatórios não-esteroidais), contrastes; o Látex – luvas, preservativos, sondas e cateteres, adesivos; o Outros – Vacinas, óxido de etileno de tubos de diálise. Reação aguda, de evolução rápida (minutos a horas), com envolvimento de pele/mucosas acompanhada de ao menos um dos seguintes sintomas: dificuldade respiratória (por edema laríngeo ou broncoespasmo) e hipotensão arterial (lipotímia, síncope ou choque) Tratamento: o Manter VAS pérvias; o O2 suplementar; o Acesso venoso; o Monitorização hemodinâmica; o Administrar cristalóides; o ADRENALINA (Administrar imediatamente e repetir se necessário a cada 5-15 minutos. Monitorar toxicidade (frequência cardíaca). Neurogênico Desequilíbrio do tônus vasomotor, com predomínio de vasodilatação e hipotensão. Perda do tônus simpático, que faz o músculo liso vascular se contrair. Estimulação parassimpática predominante provoca a vasodilatação, que dura por períodos longos, levando ao estado hipovolêmico relativo; O volume sanguíneo é adequado, mas a vasculatura está dilatada, o volume sanguíneo é deslocado, produzindo um estado de hipotensão. Causas: o Lesões da medula espinhal; o Anestesias peridurais ou raquidianas; o Drogas bloqueadoras do sistema autônomo. Manifestações Clínicas: o Diminuição da PA; o Extremidades quentes acima da lesão, e frias abaixo dela; o Bradicardia. Cuidados de Enfermagem: o Imobilização na suspeita de lesão medular – movimentar o paciente piora o choque; o Elevar e manter cabeceira a 30° quando o paciente está recebendo anestesia epidural (ajuda a evitar a disseminação do agente anestésico para cima da medula espinhal); o Paciente com lesão medular tem alta inciência de trombose de MMII, portanto deve-se aplicar meias de compressão elástica, e administrar heparina de baixo peso molecular, CPM. Séptico Síndrome clínica ocasionada pela presença de microorganismos na corrente sanguínea, ocasionando insuficiência circulatória e perfusão tissular inadequada; Microorganismos: bactérias, vírus, fungos ou protozoários – mais comum é a sepse causada por BACTÉRIAS. Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) 2 ou mais dos 4 critérios abaixo: o Temperatura > 38,3°C ou < 36,0°C (Temperatura central); o FC > 90 bpm; o FR > 20ipm ou PaCO2 < 32 mmHg ou necessidade de ventilação mecânica; o Leucócitos > 12.000/mm ou < 4.000/mm. Sepse o SIRS + infecção documentada ou presumida. Sepse Grave o Sepse + disfunção orgânica. Choque Séptico o Sepse grave com hipotensão arterial refratária à reposição volêmica, sendo necessário uso de drogas vasoativas. Manifestações Clínicas: o Quadro clínico é bem diverso, varia com gravidade, foco infeccioso, idade do paciente e comorbidades; o Achados gerais: febre, hipotensão, taquicardia, aumento do tempo de enchimento capilar, taquipnéia, dispnéia, agitação, confusão mental, oligúria, desconforto abdominal, icterícia e outros. Tratamento: o Obter acesso venoso; o suplementação de oxigênio e monitorização; o Ressuscitação volêmica inicial com cristalóides; o Coleta de 2 hemoculturas (e outras culturas dependendo da suspeita clínica); o Antibioticoterapia de amplo espectro em ATÉ 1 HORA DA ADMISSÃO Cuidados de Enfermagem: o Observar FR, ritmo cardíaco, pulso, PA, balanço hídrico, atentando para volume de diurese; o Observar alterações de nível de consciência e perfusão periférica / características da pele; o Atenção para preparo e infusão de DVA – protocolos institucionais e prescrição médica; o Comunicar alterações de temperatura (hipertermia / hipotermia); o Monitorar condições de sítios de punção venosa e arterial, incisões cirúrgicas, sondas urinárias e feridas traumáticas ou úlceras de pressão, atentando para sinais de infecção; o Realizar procedimentos invasivos com técnica asséptica, após cuidadosa higiene das mãos. @nathy.studis
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