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AP1 – 2024.1 Disciplina: Políticas Públicas e Grupos em Situação de Vulnerabilidade Coordenador: Profa. Dra. Luciane Patricio Código da Disciplina: EAD15019 Nome: ____________________________________________________________________ Polo: _____________________________________________________________________ Cada questão vale 2,5 pontos. É permitido consulta ao material didático. Questão 1 (2,5 pontos) Em texto publicado no jornal Folha de São Paulo, em 2017, intitulado “Brasil não soube assimilar a entrada do povo na vida pública”, o historiador José Murilo de Carvalho falou sobre a crise política observada no Brasil naquele momento, argumentando que, a partir de 1930, a “vulnerabilidade de presidentes eleitos tornou-se feijão com arroz da política nacional”. Ao observar a história da democracia do Brasil em perspectiva, observamos diferentes períodos, ora de estabilidade, ora de instabilidade e de rupturas políticas. Em muitos casos, tal instabilidade incidiu diretamente no desenvolvimento dos direitos de cidadania, onde o desenvolvimento de uns coincidiu com a supressão de outros. Considerando os conteúdos das Aulas 01 (Democracia) e 02 (Cidadania), aponte os desafios para a consolidação da democracia no Brasil. Questão 2 (2,5 pontos) O autor Thomas H. Marshall, em sua obra Cidadania, Classe Social e Status (1950) se propõe a explicar como se deu o processo de formação do cidadão inglês. Nela, afirma que a “cidadania é um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade”, sendo iguais em direitos e obrigações. Considerando o conteúdo da Aula 2 (Cidadania), descreva cada uma das categorias de direitos de cidadania expostos pelo autor e os desafios para a sua consolidação num contexto marcado por grandes desigualdades sociais, como é o caso do Brasil. AP1 – 2024.1 Questão 3 (2,5 pontos) Matéria publicada no G1, em dezembro de 2023, conta que a Justiça do RJ proibiu a apreensão de menores durante a Operação Verão, ação de reforço no patrulhamento nas praias do Rio de Janeiro, a menos que seja em situações de flagrante. A decisão é da juíza titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca da Capital, que atendeu a uma ação civil pública do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Nela, a magistrada determinou que prefeitura e estado “se abstenham de apreender e conduzir adolescentes a delegacias ou a serviços de acolhimento, senão em hipótese de flagrante de ato infracional, ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária”. Também está proibido conduzir crianças e adolescentes “para simples verificação da existência de mandado de busca e apreensão”. A magistrada afirmou, em sua decisão, que a Operação Verão “acabou por violar direitos individuais e coletivos de crianças e adolescentes de uma camada específica de nossa sociedade”. Reflita sobre a reportagem acima e, com base na bibliografia estudada sobre Espaço Público e sua ocupação (Aula 4) comente sobre a questão do direito à cidade (ou a falta dele) vivido pelas diferentes classes sociais. Questão 4 (2,5 pontos) Matéria publicada em 2023 no Jornal O Globo, informa que “Superlotação chega a 49% nos presídios do estado do Rio. Das 45 unidades, 29 estão acima da capacidade. Outro problema é o número insuficiente de policiais penais: hoje há 12 presos para cada agente em todo o sistema, enquanto o recomendado é ter apenas cinco”. Ainda segundo a reportagem, “O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça, em suas diretrizes básicas, determina que haja um agente penitenciário para cada cinco presos. Nos presídios do Rio, essa proporção está longe da realidade. Atualmente, há um policial penal para cada 12 detentos, isso se todos os 3.570 servidores não tirassem folgas, férias ou licenças e se trabalhassem exclusivamente na guarda dos internos, o que não acontece. Observando estes casos (e muitos outros semelhantes em prisões brasileiras), mencione alguns instrumentos de proteção de Direitos Humanos que podem ser acionados para a proteção dos encarcerados e dos profissionais que trabalham no sistema prisional. https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/cidade/rio-de-janeiro/