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Produção de Séries Dramáticas na TV Americana

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As séries de TV
Apresentar as principais características da produção de séries dramáticas na televisão americana, e também, seu
importante papel no "imperialismo cultural" norte-americano exercido no mundo.
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1. As séries de drama.  
Em 1951, a televisão se tornava cada vez mais um fenômeno
nacional nos EUA com a conexão a cabo entre as costas leste e
oeste, o que permitia a transmissão simultânea dos programas. O
desafio era então alimentar uma audiência cada vez maior e
ansiosa por novidades. A televisão já tinha consumido o material
cultural, transformando para seu formato, mais do que o rádio e
o cinema tinham feito até então. Os escritores, artistas,
produtores e diretores tinham que, portanto, manter a realização
de novas e boas ideias.
Na primeira metade da década de 1950, as novelas ao vivo
fizeram sucesso no começo da televisão. Elas eram desafios de
produção por serem ao vivo e explorarem as primeiras
tecnologias emergentes de televisão. Já nessas produções, a
influência dos interesses da indústria cultural impactava no
processo de criação. Essa foi chamada a “época de ouro da
televisão” pois produziu adaptações literárias e roteiros originais
com melhores talentos que as artes visuais da época podiam
oferecer, sendo estrelados por atores como Paul Newman, Angela
Lansbury, Jack Lemmon e James Dean.
NESTE TÓPICO
 1. As séries de drama. 
 2. Imperialismo Cultural 
 Referências 

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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Television#/media/File:Family_watching_television_1958.jpg
A televisão ao vivo era feita em um ambiente de muita pressão,
os diretores tinham que lidar com os atores em pequenos
estúdios com diversos cenários enquanto câmeras gigantes e
grotescas, com cabos grossos e emaranhados, se movimentavam
para realizar suas cenas. Todos envoltos em um calor quase
insuportável das fortes luzes necessárias para a televisão. Para os
atores, não havia segunda chance, eles tinham que saber seu
texto e estarem nas suas posições corretas na cena.
“Havia uma poeria dourada no ar” -  o escritor de séries de
televisão Tad Mosel sobre a época da televisão ao vivo.
(http://www.emmytvlegends.org/resources/tv-history (tradução livre))
A partir da segunda metade da década de 1950, a possibilidade de
gravar e transmitir as produções diminuiu a presença da
televisão ao vivo, com todas as suas dificuldades. O uso de
filmagem gravada aumentou o leque de gêneros de séries, como
as séries policiais e as de de tribunal, as de hospital e de
mistério. As câmeras agora podiam mudar facilmente seu ponto
de vista ou deixar o estúdio, “closes” podiam ser feitos
separadamente, e novas histórias podiam ser contadas, tendo o
orçamento como o único impedimento. Enquanto isso, a
“syndication”, uma forma de garantir os direitos autorais, se
tornou uma opção viável para os produtores independentes.
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CONTEXTO POLÍTICO
A televisão não escapou das divisões políticas da Guerra Fria e do
macartismo. Fiscais do governo, por exemplo, forçaram a rede de
televisão CBS a instituir um juramento de lealdade a ser assinado
por todos seus funcionários.  A censura permeava todos os aspectos
da indústria da televisão, e muitas vidas e carreiras foram
arruinadas por isso.
Em meados da década de 1960, as redes de televisão tentavam
formar um palco para a adaptações de dramas sérios. Algumas
séries de TV tiveram sucesso e estabeleceram um lugar legítimo
para o drama adaptado para TV, uma delas foi a famosa série de
velho-oeste “Bonanza”, transmitida pela rede NBC, entre 1959 e
1973. Enquanto isso, o teatro adaptado continuava fazendo
sucesso na televisão.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Bonanza#/media/File:Bonanza_main_cast_1961.JPG
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Na década de 1970, muito mais séries foram televisionadas,
incluindo alguns dos melhores artistas daquele tempo, como
Katharine Hepburn, Ingrid Bergman, Dustin Hoffman, Susan
Sarandon e outros. Apesar da televisão comercial ter abandonado
seu papel como uma fornecedora de artes, a televisão pública
continuou a transmitir e queria transmitir mais séries clássicas.
E também, os interesses de Hollywood nas séries televisivas
contribuíram para a realização de várias adaptações de filmes
que tiveram sucesso na TV.  
O sucesso dos produtores e escritores de séries de drama dessas
primeiras décadas da era da televisão contribuíram para o
estabelecimento de uma estrutura da forma dramática na
televisão. A televisão tinha criado sua própria forma de narrativa
com o formato em episódios. Este formato criou a expectativa,
entre os telespectadores, que deveriam esperar o próximo para
saber a continuação da história, e, em algumas produções, em
cada começo de episódio era transmitido cenas editadas do
último episódio, para lembrar essa linha de acontecimentos,
geralmente com a frase “Previously on…”.
Esse formato criava uma esfera pública, ou seja, em séries de
sucesso, criava-se uma expectativa geral entre os fãs, todos
sabiam em qual episódio e último acontecimento a série tinha
parado e se discutia e esperava ansiosamente o resto da história.
Algo que se perdeu um pouco hoje em dia, pois não há a
dependência ao tempo da TV, com a possibilidade de download
ou streaming via internet, ou ainda, o lançamento simultâneo da
temporada completa da série.
PROGRAMAS DE TV QUE MUDARAM A
HISTÓRIA.
Um artigo escrito por Mark Juddery para o site Mental Floss lista 10
programas de TV que tiveram um papel indireto no curso da
história, influenciando posições políticas, o comportamento e o
imaginário da sociedade. Disponível, em inglês, no seguinte link:
http://mentalfloss.com/article/18294/10-tv-shows-changed-
course-history.
1.1. Soap Operas
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O gênero de drama sempre ofereceu aos artistas a oportunidade
de crescimento e desenvolvimento. Ela leva ao espectadores as
emoções das relações humanas e o prazer de ver os problemas e
dilemas dessas relações, mesmo que fictícias, e também nutre a
imaginação e os sonhos de uma vida cheia de romance e
realizações. O formato conhecido como soap opera nos EUA, se
assemelha às novelas brasileiras, mostrando a vida cotidiana dos
seus personagens, tendo um elenco e temática principal que
envolvem as outras histórias e personagens que completam a
novela. As soap operas tinham um apelo comercial e tinham
grande audiência, sendo uma alternativa para as rádios e redes
de televisão para estabelecer o gênero dramático como forma de
entretenimento na sua programação. Elas também foram a
oportunidade de escritores, atores e diretores explorarem temas
como amores perdidos, infidelidade, inveja e doenças, com forte
apelo a vilões, na maioria das vezes, com más intenções
passionais.
As novelas eram um sucesso na programação do rádio, tendo
começado em 1935 e alcançando seu auge em 1940. Naquela
época, as quatro principais rádios americanas tinham no total 75
horas semanais dedicadas a esse formato de drama. Seus
roteiros, que se desenvolviam lentamente, incluíam situações
que eram caras à audiência, muitas vezes sobre donas de casa
solitárias. As soap operas tinham duração de 15 minutos e
algumas ficaram no ar por mais de 20 anos, com os mesmos
atores.
As soap operas de rádio provaram ser muito populares, atraindo
a metade das mulheres em casa como ouvintes. Muitas delas
criaram uma ligação pessoal com os personagens, mandando
presentes e cartas. Havia em muitos dos espectadores uma
afinidade especial entre eles e os papéis representados que
desafiava os limites entre a ficção e a realidade. Eles ligavam o
rádio para alimentarseu ego, para fazer companhia, e para
escapar do tédio. Muitas mulheres procuravam orientação,
refúgio e apoio moral nas personagens com as quais elas se
identificavam.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Soap_opera#/media/File:Rosemary_prinz_as_the_world_turns.JPG
Na televisão, essa identificação de longa duração da audiência
pelos personagens, fez as soap operas serem um sucesso
também. As medições de audiência no horário nobre da soap
opera geralmente tinham picos de espectadores quando
acontecia um casamento, o nascimento de uma criança, mortes,
ou a revelação daquele grande segredo ou assassino. Isso era um
reflexo da intimidade que se criava entre os personagens de
séries dramáticas de longa duração, como as soap operas, e os
seus fãs.
As soap operas foram para a televisão e capturam uma mesma
audiência fanática, e começaram a ter uma duração maior. Uma
soap opera de grande sucesso é a General Hospital, produzida
inicialmente por Jackie Smith e escrita por Gloria Monty e A. J.
Russel. Essa soap opera fez tanto sucesso que muitas
celebridades da época pediam para ganhar um papel nela. Umas
dessas celebridades foi Elizabeth Taylor, que estrelou na soap
opera em 1981, por uma semana, e insistiu que todas as 25
pessoas da sua equipe participassem de pelo menos uma cena da
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novela, o que atrasou as gravações pois muitos deles esqueciam
suas falas. General Hospital está no ar desde 1963 e contava mais
de 13 mil episódios em 2016.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/General_Hospital#/media/File:1973_10th_Anniversary_General_Hospital.jpg
Outra soap opera de grande sucesso é a Days of Our Lives criada
pelo casal Ted Corday e Betty Corday, que adaptaram o gênero de
hospital para o gênero familiar, retratando a vida de uma família
de médicos com os temas costumeiros de amor, casamento,
divórcio e vida em família. Além disso, as histórias se passavam
no hospital e havia personagens que representavam diversos
tipos de doenças mentais. Na década de 1990, a soap opera
começou a tratar de temas sobrenaturais, o que motivou muitas
críticas, pois parecia estar deixando para trás a proposta de um
roteiro realista da versão original. Contudo, ela continua no ar,
desde 1968, e já tem mais de 12 mil episódios.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Days_of_Our_Lives#/media/File:Hortongroup.jpg
Uma lista de soap operas americanas para conhecer exemplos de
títulos, roteiros e temas. Disponível no link:
htps://en.wikipedia.org/wiki/Category:American_television_soap_operas
1.2. Sitcom
A situation comedy, ou sitcom, é um gênero de televisão muito
presente na cultura americana baseado numa narrativa
humorística contextualizada em situações cotidianas. Os
personagens estão envolvidos, na maioria das vezes, em relações
amorosas, conflitos entre irmãos, entre toda uma família ou
entre amigos. Seu formato consiste em uma série episódios de
meia hora, nos quais o espectador encontraria os mesmos
personagens no mesmo cenário, com episódios finitos, ou seja, os
acontecimentos se dão, há um clímax, uma explicação e solução
no mesmo episódio, havendo pouca sequência na história geral.
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A história se passa como um teatro cômico filmado, às vezes com
plateia presente, mas principalmente virtual, com risadas
gravadas que são usadas para enfatizar as situações engraçadas.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/I_Love_Lucy#/media/File:I_Love_Lucy_1955.JPG
Os primeiros sitcom para televisão tinham temas baseados em
alguns estereótipos étnicos ou de classe social. Algumas séries
retratavam com humor a vida cotidiana de trabalhadores comuns
de grandes cidades, honestos, que procuravam mais dignidade
em suas vidas. O homem trabalhador da classe média era
apresentado em uma posição submissa e dependente das
vontades e gentilezas de uma mulher mais esperta.
Os sitcom também exploravam o humor étnico.   Esse tipo de
sitcom é baseado em um elenco composto, às vezes
completamente, por atores negros, ou com personagens negros
inseridos na sociedade branca americana. A maioria deles retrata
de maneira cômica o racismo e a segregação racial muito
presentes na sociedade americana.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Fresh_Prince_of_Bel-Air#/media/File:The_Fresh_Prince_of_Bel-Air_Cast.jpg
Durante a história dos sitcom, a família foi retratada de forma
tradicional nas primeiras décadas de sucesso desse gênero, com o
tempo os problemas familiares, no casamento ou na relação com
os filhos, se tornaram motivo de humor e, mais recentemente,
poucos sitcom são protagonizados por elencos familiares, tendo
maior sucesso aqueles com roteiros que envolvem amigos, em um
ambiente urbano.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Big_Bang_Theory#/media/File:Cast-the-big-bang-theory.jpg
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30 MELHORES SITCOM DA TV.
Uma lista feita pelo site IMDB das 30 melhores sitcom já
produzidas, algumas delas fizeram sucesso na TV brasileira. Lista
disponível no link: http://www.imdb.com/list/ls051543919/
1.3. Reality shows
As polêmicas na vida real, como o caso da estagiária da Casa
Branca, Monica Lewinsky, com suspeitas de ter tido um caso
amoroso com o então presidente americano Bill Clinton, tiveram
uma cobertura sem precedentes da mídia americana, com alto
interesse do público num caso que envolvia emoções humanas e
o maior poder político mundial. A mídia de entretenimento viu
nesse e em outros casos, como a suspeita de assassinato
cometido pela estrela do futebol americano O. J. Simpson, a
oportunidade de produzir programas que pudessem entreter o
público no limiar do real e do produzido.
As primeiras produções de sucesso do entretenimento de
realidade foram aquelas de câmera escondida, com apelo
humorístico, pegando pessoas de surpresa nas ruas em situações
estranhas. O primeiro programa desse tipo, o Candid Camera, no
ar entre 1949 e 1990, fez muito sucesso e é considerado o
primeiro programa baseado na realidade.  
Em 1973, estreava o primeiro reality show da vida familiar que
acompanhava a vida de uma típica família americana. A família
Loud, de Santa Barbara, Califórnia, era acompanhada pelo
programa An American Family, revelando uma família em crise
com um casamento desgastado. Era um gênero de televisão
apelativo, expondo a dinâmica de uma família problemática para
uma audiência de 10 milhões de pessoas.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/An_American_Family#/media/File:The_Loud_Family_1973.JPG
Programas do tipo familiar foram os precursores de outros que
tinham como atrativo as relações humanas, como The Real
World, da MTV, de 1991, que tentava atrair a atenção de uma
população mais jovem para o gênero realístico, com alguns
jovens escolhidos e colocados em um residência espetacular
onde desenrolavam diversas relações que atraíram a atenção de
milhões de espectadores. Mais tarde, em um formato parecido, o
Big Brother, de 1999, consolidaria o gênero realístico de forma
internacional, com mais de 380 temporadas realizadas por
franquias em 54 países, de todos os continentes.
Outro tipo de reality show que fez sucesso foram aqueles que
desafiam pessoas das cidades aos perigos e aventuras em
ambientes selvagens. Mesmo que todas as ações fossem
controladas pela produção, o gênero fez muito sucesso, como no
programa Survivor, lançado na TV americana no verão de 2000 e
sendo reproduzido em diversos países ao longo dessa década,
como no Brasil, traduzidocomo “No Limite”. Outros tipos de
reality shows são os de relacionamentos amorosos, como o The
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Bachelorette (2003), no qual uma mulher solteira precisa
encontrar seu marido, os de desafios físicos e psicológicos, como
o The Chamber (2002), variações do tipo familiar, como o Wife
Swap (2004) e Supernanny (2004), e diferentes tipos de
competições ligadas a carreiras, hobbies e até identidades, como
o The Apprentice  (2004),  Project Runway (2004) e o MasterChef
(2005) e RuPaul's Drag Race (2009).
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Project_Runway#/media/File:Heidi_Klum,_Michael_Kors,_and_Nina_Garcia.jpg
Um tipo de muito sucesso, até hoje, é o aquele que procura
talentos musicais entre a população, principalmente de cantores
e cantoras amadores, que se enfrentam em times ou
individualmente para se tornarem novas estrelas da música pop,
o que nem sempre acontece. Alguns desses foram o American
Idol (2002), X Factor (2004), Britain’s Got Talent (2007), The Voice
(2011),  entre outros. Todos eles têm versões que os imitam por
todo o mundo. Programas como esse, e de outros tipos de reality
shows, se beneficiaram do avanço da internet para consolidar a
participação direta do público no próprio roteiro e final do
programa.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Voice_(TV_series)#/media/File:The_Voice_world_map.png
2. Imperialismo Cultural
O grande crescimento econômico norte-americano aconteceu no
pós-guerra: a supremacia mundial que o país atingiu, no final do
período chamado de Guerra Fria, em que o embate ideológico e
econômico entre os países capitalistas e os países socialistas, foi
inegável. Tal conflito dividiu o mundo entre as ideias liberais de
uma economia de livre mercado cujo foco era no individualismo
de um lado, e o estado forte e o senso de comunidade do
socialismo de mercado do outro.
Fatores culturais podem ser considerados como essenciais para
comprovar a supremacia americana no mundo. O imperialismo
cultural é o uso do poder econômico e político para exaltar e
espalhar os valores e os hábitos de uma cultura estrangeira em
culturas nativas pelo globo. A tese do imperialismo cultural
afirma que a cultura local, autêntica e tradicional de muitas
partes do mundo estão sendo destruídas ou transformadas pela
expansão indiscriminada de grandes quantidades de produtos
midiáticos e comerciais, principalmente provenientes dos EUA.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Americanization#/media/File:Kosher_McDonalds.JPG
Apesar de ser algo difícil de se medir, acadêmicos vêm discutindo
os impactos de um imperialismo midiático nas culturas nacionais
de países em desenvolvimento. O American way of life é
retratado nas séries de TV e nas propagandas que as
acompanham e de alguma forma vendido como um modo de vida
libertador, que traria felicidade através do consumo de uma
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variedade de produtos que antes não se faziam necessários ou
eram sequer conhecidos ou apreciados pelas culturas
tradicionais desses países impactados pela mídia internacional.
PROPAGANDA E MARKETING
Há no mundo uma saturação de mensagens de propaganda, a qual
tem o intuito de criar um imaginário de produtos de marcas
famosas e um entendimento da realidade social mediado através da
satisfação do poder aquisitivo de bens de consumo.
O imperialismo econômico do mundo desenvolvido sobre o
mundo em desenvolvimento se dá por uma relação de
dependência dos países mais pobres a produtos e serviços
oferecidos e dominados por empresas multinacionais com sede
nos países ricos do mundo ocidental. O imperialismo cultural
seria as consequências no comportamento das populações mais
pobres do mundo impactadas pelo discurso e textos inseridos
nos programas de TV, filmes e músicas produzidas pelos países
dominantes, na maioria das vezes, de exaltação dos valores de
individualismo, mercado livre e consumismo exagerado.
Uma das formas de combater esse imperialismo é por meio da
crítica aos valores impressos por essas produções externas.
Debates e reflexões fazem com que os valores sejam
contextualizados, sem que haja apenas uma recusa do Outro, ou
sua aceitação desmedida.
ATIVIDADE
Escolha uma série de TV e elenque quais as características da vida
americana que são retratadas e exaltadas nessa série. Sugerimos
algumas séries como Sense 8, Friends, Modern Family e How I Met
Your Mother.
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Fonte:
Referências
ROMAN, James. From Daytime to Primetime: The History of American Television
Programs. Westport, Connecticut/London: Greenwood Press, 2005.
TOMLINSON, John. Cultural Imperialism: A Critical Introduction. London/New York:
Continuum, 1991.
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