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Alfabetização e Letramento

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INTRODUÇÃO
 Alfabetizar e letrar são sistemas divergentes, mas indissociáveis. Alfabetização e o letramento se acrescentam, melhor dizendo, a alfabetização é um elemento do letramento. Consequentemente, o objetivo é ensinar a ler e escrever de maneira que a criança não apenas decodifique as palavras, mas entenda o que lê. E com intuito de alcançar esse objetivo, o professor alfabetizador necessita identificar o significado de alfabetização e letramento no método de ensino e aprendizagem. O tema foi designado pela orientadora Gilcia, a partir de uma reportagem sobre Educação na Alfabetização no Brasil.
Segundo as concepções estudadas, constatou-se que o termo alfabetização equivale na prática de alfabetizar, de ensinar a ler e escrever palavras e textos que torneiam na nossa sociedade, portanto o início no ensino fundamental é um acontecimento de mudança na vida da criança, conduzindo-lhe muitas inovações e estímulos. 
Determinando que a alfabetização é o método de adequação da escrita alfabética, no mesmo tempo em que o letramento está vinculado ao uso fundamentado da escrita em práticas de leitura e escrita de textos, em diversos contextos.
1 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A alfabetização e o letramento são processos que se entrelaçam, são indissociáveis e devem acontecer de forma simultânea, pois a entrada da criança no mundo da escrita deveria acontecer tanto pela aquisição do sistema convencional de escrita quanto pelo desenvolvimento de capacidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, intimamente ligadas às práticas sociais. Existem tradicionalmente dois tipos fundamentais de método de alfabetização: os sintéticos e os analíticos. A alfabetização não possui receita pronta em relação ao método, pois a forma de aprendizagem de uma criança pode ser diferente da outra. O método aplicado em uma turma pode não ter o mesmo resultado em outra. É importante lembrar que a criança não é só mais uma peça feita por uma empresa que possui um molde e produz todas as peças iguaizinhas. É necessário utilizar um método, porém não se pode definir um como o melhor, ou mesmo único, pois o que pode ser bom para aprendizagem de uma criança pode ser ruim para outra, lembrando que quando se utiliza um método e ele não traz bons resultados, deve-se partir para outro.
1.1 Os métodos de alfabetização no Brasil.
Métodos Sintéticos Os métodos sintéticos partem da soletração para à consciência fonológica, e tem como objetivo que o aluno se torne alfabetizado a partir da decodificação dos sons que as letras têm, ou seja, o grafema fonema. São métodos sintéticos: soletração, silabação, método fônico. Podemos dizer que os métodos sintéticos propõe progressão das unidades menores para unidades mais complexas, privilegiando a decodificação e a análise fonológica entre fonemas e grafemas.
Métodos Analíticos Esse método de alfabetização é muito importante, pois, ensinando a criança a ler e escrever a partir de histórias, ela está estimulando o aluno a criar gosto pela leitura. Este é um dos pontos positivos para a aplicação desse método. Podemos afirmar que o método analítico propõe um progresso de unidade: palavra, frase, texto, junto a unidades menores como, sílaba, grafemas e fonemas, privilegiando assim a compreensão de sentido e aprendizagem ideovisual.
O processo de letramento antecede ao da alfabetização, perpassa todo o processo de alfabetização e permanece quando o indivíduo já se encontra alfabetizado. De acordo com Soares (1998, p. 47), “o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que os indivíduos se tornassem, ao mesmo tempo, alfabetizados e letrados.” Isso significa levar o aluno a se apropriar do código escrito e, ao mesmo tempo, viabilizar o seu acesso aos materiais escritos presentes na sociedade, criando inclusive situações que tornem necessárias e significativas práticas de leitura e de escrita.
Com a divulgação das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita (Ferreiro e Teberosky 1986) o enfoque construtivista tornou-se, sem dúvida, um dos mais influentes na elaboração de novas propostas de alfabetização de que, ler e escrever são atividades comunicativas e que devem, portanto, ocorrer através de textos reais onde o leitor ou escritor lança mão de seus conhecimentos da língua por se tratar de uma estrutura integrada, na qual os aspectos sintáticos, semânticos e fonológicos interagem para que se possa atribuir significado ao que está graficamente representado nos textos escritos.
2 HIPOTESES DE ESCRITA
Visto que para Emília Ferreiro e Ana Teberosky, a escrita é um meio de retratar aquilo que é realmente relevante, gerando um sistema de princípios próprios. Para se compreender a escrever o indivíduo precisa dominar o sistema de princípios da escrita e essa dominação ocorre de modo progressivo, e requer do indivíduo um discernimento a respeito das propriedades globais da escrita.
Por meio dos resultados alcançados através da pesquisa concluída por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky foram estabelecidos cinco níveis de desenvolvimento da escrita a começar da ocasião na qual o indivíduo percebe para que significa a escrita, isto é, que ela tem uma finalidade.
Nível pré-silábico: A escrita pré-silábica se caracteriza pela não correspondência entre as letras e os sons das palavras. Ao nomearem um animal ou objeto nessa fase, os pequenos escrevem uma série de letras desconexas, e depois as leem sem fazer nenhum tipo de análise. As letras conhecidas, como as do próprio nome da criança, por exemplo, servem como referência para suas tentativas de escrita: isso acontece porque elas ainda não conseguiram perceber que palavras diferentes não podem ser escritas da mesma maneira.
Nesta etapa, os pequenos também costumam relacionar o tamanho do objeto que ela representa, utilizando, por exemplo, muitas letras para escrever “boi” e poucas para “formiga”.
Nível silábico restrito: a criança precisa e tem que captar que a letra é a menor unidade da palavra, assimilar o ingresso sonoro das palavras, fazer a ligação entre fonema (som) e grafema (escrita), palavras distintas se escrevem de maneira diferente, superar o critério usado de variedade de letras e número mínimo de letras e de que uma letra pode se repetir numa palavra. Para isso o professor pode trabalhar a análise da constituição das palavras, reconhecimento dos sons das letras isoladas e posteriormente juntando para formar um todo, utilização de letras móveis, trabalhar com rimas para que eles entendam que existem sons iguais em palavras diferentes, estimular a observação da escrita dos próprios alunos onde eles mesmos confrontam suas escritas com a forma correta identificando seus “acertos” e “erros” leitura de textos mesmo que não saibam ler apoiando-se de início em memorização e na ilustração.
Nível silábico evoluído: o aluno necessita saber a relação de fonema x grafema, perceber que a silaba pode possuir duas, três ou mais letras, saber separar as palavras quando escreve um texto e deve ter a preocupação ortográfica na escrita. O trabalho do educador pode ser de forma a propiciar a evolução do aluno oferecendo conflitos que o dirigirão ao nível seguinte, fazendo uso de jogos, cruzadinhas, remontarem textos através de tiras, leitura de textos e produções diversas, contar o número de palavras de cada frase, montar textos a partir de palavras e montar palavras com letras móveis.
Nível alfabético: a criança precisa perceber que a escrita é uma representação da fala, porem algumas palavras não podem ser escritas palavras da maneira que as pronunciamos, necessita que os mesmos leiam seus próprios escritos confrontando-os com a escrita convencional, e aperfeiçoem a grafia das palavras. Nesse nível o alfabetizador pode proporcionar que os alunos observem as normas convencionais da língua, propor situações em que os alunos ponham em jogo, para aprender o que ainda não sabem, e incentivar a leitura por parte dos alunos para que assim possamconhecer as regularidades e irregularidades da língua. Nível ortográfico: o aluno precisa entender que a língua possui suas irregularidades e que continuamente necessitamos de estar em busca de dominar cada vez mais essas irregularidades. O que o professor pode fazer é propor analises de textos literários, afim de que os alunos observem as normas da língua e criar assim situações que os desafiem a conhecerem as normas como, por exemplo, onde se usa letra maiúscula, minúscula, acentos, sinais de pontuação, que palavras escrevem com x e com ch, coesão e coerência de texto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
Pode-se concluir que o trabalho com alfabetização e com letramento deve ser tratado com muita seriedade, pois é a base para construirmos uma educação de qualidade.
No que se refere ao papel do professor, cabe ao mesmo entender o seu papel de mediador, facilitador entre o aluno e o conhecimento sistematizado, não desprezando toda a bagagem de conhecimentos prévios trazidos pelos alunos, respeitando as diferentes evoluções, pois o processo de aprendizagem não ocorre de forma homogenia.
Isto quer dizer que, desde muito cedo, as crianças são incluídas em um mundo no qual palavras escritas estão impressas nos mais diversos meios, como livros, revistas, placas de trânsito, avisos no metrô, cartões de banco e embalagens de biscoito. Todas as palavras, porém, são carregadas de significados e seus sentidos vão sendo descobertos pelas crianças na medida em que elas fazem uso em práticas sociais – ou não o fazem. Quer dizer: em famílias cujo ambiente é bastante letrado (culto), as crianças compreendem o uso da palavra escrita por meio de atividades que seus pais, familiares e amigos desenvolvem para comunicar-se e expressar-se. Em contrapartida, nos lares em que os pais sabem ler e escrever pouco, elas acabam copiando letras, sem compreender sua função na escrita.
Concluímos assim que a construção do processo de leitura e escrita acontecerá quando aprendermos e ensinarmos fatos relevantes, significativos, no qual a leitura e escrita possuem finalidades e sentidos, e que responda essencialmente às necessidades funcionais e aos interesses e expectativas dos alunos. Destacamos a necessidade de fazermos uma leitura crítica da realidade; para tanto devemos ler e escrever textos diversos em diferentes contextos, com variedade de intenções e com diferentes destinatários. Essa construção de conhecimento deve ser uma conquista, que resulte de uma atividade compartilhada entre aluno e professores em uma escola que valorize a participação, e que seja integradora e democrática, com vistas a possibilitar a interação constante com diferentes textos e entre sujeitos. Este então é nosso desafio. Sabemos que a criança passa por uma série de passos ordenados antes que compreenda a natureza de nosso sistema alfabético de escrita, e que cada passo caracteriza-se por esquemas conceituais específicos. Esses esquemas implicam sempre um processo construtivo nas quais as crianças levam em conta parte da informação dada, e introduzem sempre, ao mesmo tempo, algo de pessoal. O resultado são construções originais, tão estranhas a nosso modo de pensar, que, à primeira vista, parecem caóticas, mas é o caminho para o desenvolvimento da leitura e escrita.
REFERÊNCIAS:
FERREIRO, Emilia e Teberosky, Ana. Psicogênese.23 ed. São Paulo, Cortez,1994
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento um tema em três gêneros. Belo Horizonte:autentica ,1998

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