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Higiene Ocupacional - Módulo III RUÍDO Prof. Dr. Walter dos Reis Pedreira Filho Profa. MSc. Fernanda Anraki Vieira FREQUÊNCIA: número de oscilações por intervalo de tempo. Som grave = baixa freq. Som agudo = alta freq. Ouvido humano: 20 a 20.000Hz AMPLITUDE: extensão da perturbação da onda (volume). Unidade: N/m² ou dB (Decibel) Limiar de audição: 2x10-5 N/m² = 0 dB Limiar da dor: 20 N/m² = 140 dB O SOM FENÔMENO FÍSICO, ORIUNDO DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS QUE SE PROPAGAM EM FORMAS DE ONDAS NO AR. Fonte: 3M do Brasil. Fonte: 3M do Brasil. Fonte: 3M do Brasil. RUÍDO (SOM DESAGRADÁVEL; PERCEPÇÃO SUBJETIVA) RUÍDO CONTÍNUO: permanece “estável”, com variações máximas de 3 dB durante um longo período (superior a 15 minutos). RUÍDO INTERMITENTE: possui variações, maiores que 3 dB, em períodos curtos (menores que 15 minutos). RUÍDO DE IMPACTO: apresenta picos com duração menor que 1 segundo a intervalos superiores a 1 segundo. NORMA REGULAMENTADORA 15 (NR-15) Portaria MTb nº 3.214 de 08 de junho de 1978 ANEXO 1 Ruído contínuo e intermitente Quantitativo: curva A, resposta lenta LT = 85 dB(A) para 08 horas RGI > 140 dB(A) ANEXO 2 Ruído de impacto Quantitativo: linear, resposta para impacto; ou curva C, resposta rápida LT = 130 dB(linear) ou 120 dB(C) RGI > 140 dB(linear) ou 130 dB(C) Fator (ou incremento) de duplicação de dose q = 5 dB(A) Jornadas superiores a 8 horas de exposição diária? NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Procedimento técnico da Fundacentro. Estratégia de medição que contemple todas as situações existentes. Possibilidade de Grupos Homogêneos de Exposição (GHE). Período de amostragem representativo da jornada de trabalho (regulares x irregulares). Condições não rotineiras avaliadas separadamente. Coleta de informações administrativas para confirmação das informações de campo. NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Escolher equipamento adequado à medição devidamente certificado; Verificar a integridade do equipamento (microfones, cabos, etc.); Verificar a carga da bateria; Ajustar os parâmetros de medição conforme critério de avaliação; Proceder à calibração inicial. Preparação do instrumento: Não fazer a calibração periódica do equipamento de medição e do calibrador (RBC; NBR 10151/00); Não proceder à calibração inicial; Fazer a calibração em faixa distinta à devida. PRINCIPAIS ERROS PREPARAÇÃO DO INSTRUMENTO Fonte: Os autores. PRINCIPAIS ERROS PREPARAÇÃO DO INSTRUMENTO Configurar os parâmetros errados. Exemplo: ruído contínuo ou intermitente - Circuito de ponderação: curva A; - Circuito de resposta: lenta (slow); - Incremento de duplicação de dose (q): 5 dB(A); - Critério de referência (CR): 85 dB(A); - Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A); - Faixa de medição (range): 80 a 115 dB(A). Obs.: Cada instrumento de medição possui sua forma de configuração. Consulte o manual do fabricante. NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Escolher o trabalhador a ser avaliado; Orientar o trabalhador sobre a medição; Posicionar o equipamento no trabalhador: Microfone deve estar dentro da zona auditiva; Equipamento e o cabo (quando houver) devidamente fixados; Se houver diferença entre os ouvidos, realizar no lado exposto ao maior nível. Dar início à medição. Abordagem do trabalhador: PRINCIPAIS ERROS ABORDAGEM DO TRABALHADOR Determinação de GHE não representativo; Não coletar as informações reais junto ao trabalhador (planilha de campo); Não orientar adequadamente o trabalhador; Posicionamento incorreto do equipamento; Não conferir se o equipamento de fato ligou, após dar início à medição. NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Durante a medição, o avaliador não deve interferir no campo acústico ou nas condições de trabalho; O avaliador deve verificar, de tempos em tempos, se o equipamento está operando normalmente e se o trabalhador está executando atividades habituais. Acompanhamento da medição: PRINCIPAIS ERROS ACOMPANHAMENTO DA MEDIÇÃO Não acompanhar a medição; Interferir na medição. NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Decorrido o tempo de amostragem, retirar o equipamento do trabalhador; Obter o relatório da medição, seja via software ou impressão; Proceder à calibração final (variação > ±1dB = medição desprezada); Ainda, caso o nível de tensão da bateria esteja abaixo do mínimo aceitável ou o equipamento tenha sofrido qualquer prejuízo à sua integridade, a medição também deverá ser descartada. Finalização da medição: PRINCIPAIS ERROS FINALIZAÇÃO DA MEDIÇÃO Finalizar a amostragem antes do tempo determinado; Não proceder à calibração final; Não verificar a integridade física do equipamento; Inserir dados incorretos no software; Não obter o relatório da avaliação. NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Interpretação dos resultados: Confundir os parâmetros de resultados - D: Dose Equivalente - Leq ou Lavg: Nível Equivalente de Ruído - TWA: Nível Equivalente de Ruído para 8 horas - NEN: Nível de Exposição Normalizado PRINCIPAIS ERROS INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL O1 NHO-01 Introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações; Critério de avaliação adotado; Instrumental utilizado; Descrição das condições de exposição avaliadas; Dados obtidos; Interpretação dos resultados. Relatório de medição: PRINCIPAIS ERROS RELATÓRIO DE MEDIÇÃO Não elaborar o relatório de medição e somente mencionar os resultados nos documentos de SST; Não informar os dados necessários à rastreabilidade da avaliação; Não juntar os certificados de calibração dos equipamentos utilizados; Não comparar os resultados obtidos com os já existentes, ou não realizar 'n' amostras suficientes para garantir o resultado. NÃO MEDIR; AVALIAÇÃO QUALITATIVA O "PIOR" ERRO DE TODOS: MEDIDAS DE CONTROLE PARA RUÍDO Presença de obstáculos na propagação do som; Não uniformidade do meio (ex.: ventos, gradientes de temperatura, etc.) Substituição de equipamentos; Manutenção preventiva nos equipamentos; Lubrificação periódica das partes e componentes; Redução de impactos; Programar as operações de modo que o mínimo de equipamentos permaneça ligados simultaneamente; Etc. CONTROLE NA FONTE Absorção: materiais porosos ou fibrosos; Isolamento: materiais isolantes. CONTROLE NA TRAJETÓRIA Limitação do tempo de exposição; Equipamento de Proteção Individual - EPI. MEDIDAS DE CONTROLE PARA RUÍDO CONTROLE NO TRABALHADOR Fonte: 3M do Brasil. OBRIGADO(A)! REFERÊNCIAS: Material do Módulo III - Ruído e Vibração deste curso. Cartilha de Proteção Auditiva da 3M. Disponível em: https://multimedia.3m.com/mws/media/1030355O/catalogo.pdf