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1 UNIASSELVI CURSO SUPERIOR DE NUTRIÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO DANIELI DE VILLA BIGUAÇU – NOVEMBRO/ 2023 2 UNIASSELVI CURSO SUPERIOR DE NUTRIÇÃO DANIELI DE VILLA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE BIGUAÇU – SANTA CATARINA HORÁRIOS: 6 HORAS DIÁRIAS ANA PAULA KRONHARDT Tutor da disciplina Relatório Parcial de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado a Uniasselvi-SC, como requisito para obtenção do diploma. BIGUAÇU – NOVEMBRO / 2023 3 DADOS DO ESTÁGIÁRIO ALUNO: Danieli De Villa DATA DE NASCIMENTO:18/02/1988 CONCLUSÃO DO CURSO: Dezembro de 2024 ENDEREÇO: Rua João M Rosa – Biguaçu – Santa Catarina FONE: 48-991367496 CURSO: Bacharelado em Nutrição RAZÃO SOCIAL: SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI – Polo de Biguaçu ENDEREÇO: Rua Frederico Bunn, 27 BAIRRO: Centro CIDADE: Biguaçu CEP: 88130112 FONE: 48 – 3285 4314 DADOS DO ESTÁGIO RAZÃO SOCIAL: Prefeitura Municipal De Biguaçu ENDEREÇO: Rua Getúlio Vargas Nº 72 BAIRRO: Centro CIDADE: Biguaçu DATA DE FUNDAÇÃO: Desde a fundação até outubro de 2021 a instituição dividia prédio com a secretaria de cultura, a partir desta data mudou-se para o atual endereço. NATUREZA: Público ÁREA DE ATUAÇÃO DA EMPRESA: Secretaria de Educação NÚMERO DE EMPREGADOS: PERÍODO DE ESTÁGIO: 213h REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: Salmir Da Silva 4 ÍNDICE 1.INTRODUÇÃO........................................................................................................05 2. OBJETIVOS...........................................................................................................11 2.1 Objetivo Geral.....................................................................................................11 2.2 Objetivos específico...........................................................................................11 3. DESENVOLVIMENTO ...........................................................................................12 3.1 Histórico da empresa..........................................................................................12 3.2. Descrição do setor ............................................................................................16 3.3 Descrição da rotina diária no setor ...................................................................18 3.4 A importância da Educação Alimentar e Nutricional nos primeiros anos da Educação Infantil .....................................................................................................20 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .........................................................................24 4.1 Elaboração e Desenvolvimento de Atividade de Educação Alimentar e Nutricional ................................................................................................................52 4.1.1 Acompanhamento Diário Instituição De Ensino CEIM Professora Lindoia Maria De Souza Faria ..........................................................................................................52 4.2 Pesquisa e Coleta de Dados .............................................................................58 4.2.1 Desenvolvimento do Informativo .......................................................................63 4.3 Desenvolvimento das Receitas Testes ............................................................68 4.4 Realização da Atividade e Teste de Aceitabilidade ........................................75 5. CONCLUSÃO ........................................................................................................80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................82 ANEXOS ....................................................................................................................85 5 1. INTRODUÇÃO As atribuições competidas aos nutricionistas vão além das aplicadas apenas no campo da nutrição clínica, aplicam-se também no âmbito da alimentação escolar desde a primeira infância até o ensino médio. Para que tenhamos maior entendimento do papel desempenhado pelo nutricionista na alimentação escolar o CFN dispõe da resolução 465, de 23 de agosto de 2010. A portaria instrumental nº 1010, de 8 de maio de 2006 institui as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas, seja da rede pública ou privada (CFN, 2010). A Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, com vistas a assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA (CFN, 2010). A lei nº 11947, de junho de 2009, regulamenta sobre o atendimento da alimentação escolar e do programa dinheiro direto na escola aos alunos da educação básica e normas regulamentadoras do FNDE (CFN, 2010). A Resolução 465 aplica-se à execução do Programa de Alimentação Escolar (PAE) nos Estados, Municípios, Distrito Federal e nas escolas federais, inclusive escolas filantrópicas e comunitárias da respectiva rede de ensino (CFN, 2010). Das resoluções que se aplicam a esta lei podemos destacar: PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PAE): Programa Nacional de Alimentação Escolar executado nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, que tem por objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE): Programa executado pelo Governo Federal sob responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). RESPONSABILIDADE TÉCNICA: atribuição legal dada ao nutricionista habilitado, após análise pelo CRN, para o profissional que assume atividades de planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação na área de alimentação e nutrição desenvolvidas nas pessoas jurídicas. 6 RESPONSÁVEL TÉCNICO (RT): nutricionista habilitado que assume o planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação na área de alimentação e nutrição. TESTE DE ACEITABILIDADE: é o conjunto de procedimentos metodológicos, cientificamente reconhecidos, destinados a medir o índice de aceitabilidade da alimentação oferecida aos escolares. UNIDADE EXECUTORA: entidades representativas da comunidade escolar (caixa escolar, associação de pais e mestres, conselho escolar e similares) responsáveis pelo recebimento dos recursos financeiros transferidos pela Entidade Executora e pelo FNDE para execução do PNAE em favor das escolas que representam, bem como as escolas federais (CFN, 2010). O capítulo 1 da lei descreve quais as atividades competentes a parte técnica: I. Realizar o diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional, calculando os parâmetros nutricionais para atendimento da clientela (educação básica: educação infantil - creche e pré-escola, - ensino fundamental, ensino médio, EJA - educação de jovens adultos) com base no resultado da avaliação nutricional, e em consonância com os parâmetros definidos em normativas do FNDE; II. Estimular a identificação de indivíduos com necessidades nutricionais específicas, para que recebam o atendimento adequado no Programa de Alimentação Escolar (PAE); III. Planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar, com base no diagnóstico nutricional e nas referências nutricionais, observando: a. adequação às faixas etárias e aos perfis epidemiológicos das populações atendidas, para definir a quantidade e a qualidade dos alimentos; b. respeito aos hábitos alimentares e à cultura alimentar de cada localidade, à sua vocação agrícola e à alimentação saudável e adequada; c. utilização dos produtos da Agricultura Familiar e dosEmpreendedores Familiares Rurais, priorizando, sempre que possível, os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos; local, regional, territorial, estadual, ou nacional, nesta ordem de prioridade (CFN, 2010). Quanto as responsabilidades técnicas e o quadro técnico os artigos 9 e 10 dispõem sobre a responsabilidade técnica em mais de um município executor do PAE será permitida, a critério do CRN da respectiva jurisdição, observando-se os seguintes critérios: I número de alunos atendidos; II compatibilidade de tempo para atendimento 7 das atividades dos diferentes locais, levando em conta o tempo despendido para acesso aos locais de trabalho; III existência de quadro técnico; IV grau de complexidade dos serviços (CFN, 2010). No Art. 10. relata a quantidade do quadro de operacional com base no número de alunos atendidos, conforme quadro abaixo retirado da Resolução 465: Nº de alunos Nº Nutricionistas Carga horária TÉCNICA mínima semanal recomendada Até 500 1 RT 30 horas 501 a 1.000 1 RT + 1 QT 30 horas 1.001 a 2.500 1 RT + 2 QT 30 horas 2.501 a 5.000 1 RT + 3 QT 30 horas Acima de 5.000 1 RT + 3 QT e + 01 QT a cada fração de 2.500 alunos 30 horas Fonte Resolução 465, de 2010. Parágrafo único. Na modalidade de educação infantil (creche e pré-escola), a Unidade da Entidade Executora deverá ter, sem prejuízo do caput deste artigo, um nutricionista para cada 500 alunos ou fração, com carga horária técnica mínima semanal recomendada de 30 (trinta) horas (CFN, 2010). Na SEMED do munícipio de Biguaçu são atendidos 6 mil alunos e o quadro técnico conta com uma RT, uma QT, uma técnica em nutrição e uma gerente administrativa, ao analisar o quadro acima podemos ver que a instituição opera com quadro defasado. A lei regulamentadora que fala sobre e relata como deve ser procedido o atendimento da alimentação escolar atualmente é a Lei nº 11947 de 16/6/2009, e a Resolução que a regulamenta é a CD/FNDE nº6, de 8 de maio de 2020 (GOV.BR, 2023). O PNAE consiste no repasse de recursos financeiros federais para o atendimento de estudantes matriculados em todas as etapas e modalidades da educação básica, sejam nos âmbitos municipal, estadual, distrital e /ou federal; com o objetivo de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a 8 aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo (GOV.BR, 2023). Conforme a resolução CD/FNDE nº02 de 10 de março de 2023, os valores per capta sofreram alteração e passaram e vigorar como segue trecho abaixo: a) R$ 0,41 (quarenta e um centavos de Real) para os estudantes matriculados na Educação de Jovens e Adultos - EJA; b) R$ 0,50 (cinquenta centavos de Real) para os estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio; c) R$ 0,72 (setenta e dois centavos de Real) para estudantes matriculados na pré-escola, exceto para aqueles matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; d) R$ 0,86 (oitenta e seis centavos de Real) para os estudantes matriculados em escolas de educação básica localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; e) R$ 1,37 (um Real e trinta e sete centavos de Real) para os estudantes matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de 7h (sete horas) na escola ou em atividades escolares, de acordo com o Censo Escolar do INEP; f) R$ 1,37 (um Real e trinta e sete centavos de Real) para os estudantes matriculados em creches, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos; IV - para os estudantes contemplados no Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, haverá complementação financeira de forma a totalizar o valor per capita de R$ 2,56 (dois Reais e cinquenta e seis centavos); (GOV.BR, 2023). O PNAE é uma ferramenta muito importante pois é um programa que assegura a segurança alimentar e nutricional, pois visa o emprego da alimentação saudável e adequada, respeitando a cultura, tradições e hábitos alimentares, de forma igualitária respeitando as diferenças entre as idades e condições de saúde dos alunos atendidos, caso aja alunos em situação de vulnerabilidade social (GOV.BR, 2023). O FNDE especifica que no mínimo 30% dos recursos fornecidos para a alimentação escolar devem ser utilizados com a compra de produtos da agricultura familiar. Cabe ao Conselho de Alimentação Escolar o controle social do PNAE, bem como acompanhar a aquisição dos produtos, a qualidade da alimentação ofertada, as 9 condições higiênico-sanitárias as quais os alimentos estão acondicionados, distribuição e consumo, a execução financeira e a avaliação da prestação de contas (GOV.BR, 2023). A fim de viabilizar o PNAE foi elaborado o Plano Anual de Trabalho, que visa implementar as atividades da Gerencia da alimentação Escolar nas Unidades Escolares (UE). Este plano traz as atividades obrigatórias a serem desenvolvidas e conduzidas no município de Biguaçu para o ano de 2023 (PLANO DE TRABALHO ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PTAE), 2023). Das atividades obrigatórias a serem desempenhadas podemos destacar: ✓ elaborar fichas técnicas das preparações. As FTP auxiliam também na diminuição do desperdício, redução de custos, facilita o treinamento de novos funcionários e comunicação dos mesmos, contribui para o melhor controle do estoque; ✓ planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar. No planejamento e elaboração do cardápio devemos considerar os seguintes critérios: diversidade; boa qualidade nutricional e higiênico sanitária; preparações saborosas, adaptadas aos hábitos culturais locais e com ótima aparência; adequação às faixas etárias e aos perfis epidemiológicos dos escolares; quantidade e a qualidade dos alimentos adequadas; utilização dos produtos da Agricultura Familiar e dos Empreendedores Familiares Rurais, priorizando, sempre que possível, os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos; utilização de alimentos da época; ✓ supervisionar as unidades produtoras de refeições (UPRs); capacitar merendeiras (os). A supervisão das UPRs será realizada por meio de visitas técnicas as quais tem como objetivo verificar as rotinas e adoção das boas práticas de manipulação de alimentos, acompanhar o cumprimento dos cardápios, observar e auxiliar na melhoria de estrutura física e operacional, bem como acompanhar as atividades realizadas pelos (as) merendeiros (as),tais visitas não são comunicadas as instituições para que verificação seja a mais fiel possível da atividade do dia a dia, após a visita e dado feedback; ✓ elaborar manual de boas práticas de fabricação; realizar ações de educação alimentar e nutricional; ✓ realizar diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional dos escolares. O monitoramento do estado nutricional é importante para todas as 10 faixas de idade, consistindo no eixo central das ações de saúde voltadas para a fase da infância e da adolescência; ✓ realizar teste de aceitabilidade; atender nutricionalmente a portadores de necessidades alimentares especiais; ✓ participar do processo de licitação e da compra direta da agricultura familiar e interação com os agricultores familiares. Após o processo licitatório, serão elaboradas as solicitações de fornecimento para as empresas contempladas nas licitações. Em relação aos produtos da Agricultura Familiar, a aquisição será realizada via Chamada Pública, que consiste em um instrumento de compra de gêneros alimentícios para o PNAE; ✓ assessorar o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) (PTAE, 2023). 11 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Realizar estágio na secretariade educação do município de Biguaçu, a fim de conseguir o título de bacharel em Nutrição. 2.2 Objetivos específicos ✓ Acompanhar o dia a dia das profissionais de nutrição que atuam na alimentação escolar; ✓ Elaborar uma preparação e realizar teste de aceitabilidade; ✓ Realizar visitas técnicas em escolas municipais de ensino no município de Biguaçu; ✓ Elaborar projeto de educação alimentar e nutricional aplicando aos pais e cuidadores, professores e merendeiras da instituição CEIM PROFESSORA LINDÓIA MARIA DE SOUZA FARIA; 12 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 Histórico da empresa A história da alimentação escolar teve inicio na década de 50 quando foi dado inicio ao PNAE, e com o avanço do tempo e necessidade de melhorar cada vez mais a alimentação escolar criou-se a Lei das Cantinas (Lei Estadual nº12061/2001), a qual diz que a alimentação saudável mantida durante a infância colabora para a manutenção e promoção da saúde (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, 200). Com o avanço de doenças não transmissíveis por alimentos entre crianças devido alimentação inadequada dá-se a importância de se oferecer nas escolas cardápios saudáveis e variados, a fim de promover hábitos alimentares saudáveis sejam incorporados na vivencia fora da escola também (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, 200). Com este intuito entrou em vigor a lei estadual nº12061/2001 a fim de estabelecer nas unidades educacionais os padrões e normas a serem seguidos tais como: fica proibida a oferta de frituras em geral, venda e/ou distribuição de bebidas alcoólicas (seja nas cantinas ou em atividades extras oferecidas pelas instituições), alimentos industrializados (pipocas doces industrializadas, sucos prontos, refrigerantes, etc), doces em geral (balas, pirulitos, etc), salgadinhos industrializados, cachorro quente, bolachas e biscoitos entre outros alimentos que contenham altos teores de açucares e gorduras saturadas. Fica permitida a comercialização em cantinas de escolas frutas, sucos naturais e/ou concentrados, água de coco, bebida láctea e iogurtes naturais (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, 200) (foto 01). Foto 01 e 02 Lei das Cantinas, extraída da pasta de murais “espaço da nutrição” Foto 01. Fonte a autora. Foto 02. Fonte a autora. 13 Desde junho de 2015 a Prefeitura municipal de Biguaçu passou a cumprir a lei federal nº11947/2009 que regulamenta a compra de 30% (trinta por cento) dos gêneros alimentícios destinados a alimentação escolar, no âmbito do PNAE, utilizada integralmente esta verba para compra da agricultura familiar (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (1), 200). O comprimento da legislação acontece através dos setores de alimentação escolar da secretaria municipal de educação em parceria com a instituição da EPAGRI de Biguaçu e secretaria municipal de agricultura. A assinatura do contrato entre prefeitura e EPAGRI deu-se em 09 de março de 2016, segundo reportagem (foto 03) (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (1), 200). Foto 03. Assinatura do contrato entre a prefeitura municipal Epagri e agricultura familiar. Foto 03. Fonte a autora. São entregues cerca de 17 itens provenientes da compra de agricultores familiares, na sua maioria gêneros de hortifrúti como: beterraba, banana, aipim, batata doce, cenoura, acelga, espinafre, goiaba, farinha de mandioca, repolho, brócolis, alface, cebolinha, polpa de açaí e rúcula (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (1), 200). Foto 04 e 05. Início da compra dos itens de alimentação escolar da agricultura familiar, como mostra a reportagem publicada em 23/06/2015. 14 Foto 04. Fonte a autora. Foto 05. Fonte a autora. O fato de a grande parte dos alimentos ofertados na alimentação escolar vir da agricultura familiar garante maior qualidade nutricional, tornou-se até matéria de jornal enaltecendo o papel da secretaria de educação e o papel da alimentação escolar como podemos verificar nas fotos 06 e 07 da reportagem Alimentação Escolar (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (1), 200). Foto 06 e 07. Reportagem “Alimentação Escolar” Foto 06. Fonte a autora. Foto 07. Fonte a autora. A rede municipal de ensino conta com capacitação dos manipuladores de alimentos da educação, desde 1999 realizado pela consultora do Sebrae, através de ações desenvolvidas do projeto de desenvolvimento territorial para o município de Biguaçu, (fotos 08) (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (1), 200). Foto 08. Capacitação das merendeiras (os) do município de Biguaçu. 15 Foto 08. Fonte a autora. A partir de maio de 2015 a prefeitura de Biguaçu passou a contar com duas nutricionistas e uma técnica em nutrição no Setor de Alimentação Escolar. As profissionais atuam com base nas Resolução do CFN 465/2010, Lei 11947 do PENAE e resolução do FNDE 38/2009 (GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (1), 200). Foto 09. Mostra reportagem com a apresentação da equipe de nutricionistas, onde tem um breve relato das obrigatoriedades da função e dispõem sobre a distribuição dos recursos. Foto 09. Fonte a autora. O trabalho do quadro técnico de nutricionistas baseia-se no Plano de Trabalho Alimentação Escolar/ 2023 o qual determina como será o andamento das funções desempenhadas, bem como cronogramas de compras de alimentos, planejamento de atividades técnicas, elaboração de cardápios, diagnóstico e acompanhamento 16 nutricional das crianças atendidas na rede municipal, testes de aceitabilidade, elaboração de manuais de BPF, capacitação de merendeiras, entre outras atividades desenvolvidas (PTAE, 2023). Atualmente está capacitação é realizada pela equipe de nutrição da secretaria de educação municipal que conta com uma RT, uma QT, uma técnica de nutrição, através de treinamentos e visitas técnicas realizadas nas instituições de ensino. 3.2. Descrição do setor Quando pensamos no quadro de profissionais que trabalham da alimentação escolar a primeira coisa que vem a mente são as merendeiras (os) que preparam as refeições ofertadas, porem por traz deste time tão importante temos muitos outros profissionais atuantes, como nutricionistas, equipe gestora administrativa. Quanto as responsabilidades técnicas e o quadro técnico os artigos 9 e 10 dispõem sobre a responsabilidade técnica em mais de um município executor do PAE será permitida, a critério do CRN da respectiva jurisdição, observando-se os seguintes critérios: I número de alunos atendidos; II compatibilidade de tempo para atendimento das atividades dos diferentes locais, levando em conta o tempo despendido para acesso aos locais de trabalho; III existência de quadro técnico; IV grau de complexidade dos serviços (CFN, 2010). No Art. 10. relata a quantidade do quadro de operacional com base no número de alunos atendidos, conforme quadro abaixo retirado da Resolução 465: Nº de alunos Nº Nutricionistas Carga horária TÉCNICA mínima semanal recomendada Até 500 1 RT 30 horas 501 a 1.000 1 RT + 1 QT 30 horas 1.001 a 2.500 1 RT + 2 QT 30 horas 2.501 a 5.000 1 RT + 3 QT 30 horas Acima de 5.000 1 RT + 3 QT e + 01 QT a cada fração de 2.500 alunos 30 horas Fonte Resolução 465, de 2010. 17 Na SEMED do munícipio de Biguaçu são atendidos 6 mil alunos e o quadro técnico conta com uma RT, uma QT, uma técnica em nutrição e uma gerente administrativa, ao analisar o quadro acima podemos ver que a instituição opera com quadro defasado, segue a baixo tabela com quadro de funcionários da secretaria de educação setor de alimentação escolar. QUADRO DE FUNCIONÁRIOS DE SECRETARIA DE EDUCAÇÃO / ALIMENTAÇÃO ESCOLAR CARGO FUNCIONÁRIO CARGA HORÁRIA SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO OSCAR SILVA NETO NÃO DEFINIDO GERENTE ADMINISTRATIVA HAYNA NUNES DE SOUZA 40H SEMANAIS RESPONSÁVEL TÉCNICA MONALISACENCI 30H SEMANAIS QUADRO TÉCNICO ALAANE CAROLINE B. ANDRADE 40H SEMANAIS TÉCNICA EM NUTRIÇÃO MORGANA MARTINS 30H SEMANAIS Fonte a autora. Foi desenvolvido acompanhamento de campo com visita técnica e observação das atividades do dia a dia da instituição CEIM Professora Lindoia Maria De Souza Faria, o quadro de funcionários desta instituição conta com: QUADRO DE FUNCIONÁRIOS CEIM PROFESSORA LINDOIA MARIA DE SOUZA FARIA SETOR FUNCIONÁRIOS CARGA HORÁRIA DIREÇÃO PAULA DE SOUZA 40H SEMANAIS PROFESSORES II EDUCAÇÃO INFANTIL 17 PROFESSORES 6 PROFESSORES 40H SEMANAIS 30H SEMANAIS PROFESSORES III – INGLÊS 1 PROFESSOR 10H SEMANAIS PROFESSORES II ED. FÍSICA 1 PROFESSOR 2 PROFESSORES 40H SEMANAIS 30H SEMANAIS SEGUNDO PROFESSOR 14 PROFESSORES 30H SEMANAIS PROFESSOR III – ARTES 1 PROFESSOR 1 PROFESSOR 40H SEMANAIS 20H SEMANAIS TÉCNICO EM MAGISTÉRIO - AUXILIAR DE SALA 10 TÉCNICOS 30H SEMANAIS ESPECIALISTA EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS 2 ESPECIALISTAS 40H SEMANAIS TÉCNICA EM EDUCAÇÃO 1 TÉCNICO 40H SEMANAIS AUXILIAR DE ENSINO 4 AUXILIARES 30H SEMANAIS ESTAGIÁRIA (O) 8 ESTAGIÁRIOS 25H SEMANAIS AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS – MERENDEIRAS 5 MERENDEIRAS 30H SEMANAIS AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS – SERVENTE 6 SERVENTES 30H SEMANAIS Fonte a autora, com base na relação fornecida pela direção escolar. 18 A instituição, CEIM Professora Lindoia Maria de Souza Faria, pertencia ao estado e no ano de 2007 passou a ser gerida pelo município com a implantação do Centro de Educação Infantil. Atende 371 alunos do G1 ao G5, é considerada a maior instituição de ensino infantil da rede municipal, grande parte dos alunos frequenta a escola na parte da tarde. Em conversa com a diretora da escola foi relatado que a instituição de ensino atende 25 alunos com necessidades especiais já comprovadas em laudo médico e tem outros casos sendo acompanhados e testados (12 matutinos e 13 vespertinos) e 9 crianças com restrições alimentares que incluem intolerância a lactose, alergia a proteína do leite e ovo, e carne de porco, todas estas restrições comprovadas com laudos médicos. As estruturas da instituição estão desgastadas, no entanto já está orçado reforma na estrutura, a cozinha é pequena, limpa e organizada, pouca ventilada. 3.3 Descrição da rotina diária no setor As rotinas do setor variam entre atividades administrativas, visitas técnicas, elaboração de manuais, elaboração de orientações nutricionais, calendário de compras, reuniões administrativas, cronograma de entregas de alimentos, treinamento da equipe de merendeiras(os) e elaboração de normas de conduta ética, entrega de uniformes. Durante a realização do estágio ocorreu o processo de licitação para compra de alimentos para a alimentação escolar para o ano letivo de 2024. Houve a homologação do edital de licitação com a realização da pesquisa e orçamentos de todos os itens utilizados, sejam do gênero alimentício ou equipamentos. Para cada item é realizado a coleta de dados com apresentação de três orçamentos (foto 46). Na solicitação de compra consta o código do produto, a quantidade solicitada, a unidade, as especificações do produto, preço unitário estimado e o preço total estimado pelo produto (foto 45). Ainda na elaboração deste material temos o termo de referência, no qual constam requisitos como objetivo, justificativa, especificações das aquisições ou serviços, dos recursos, local e condições de fornecimento ou prestação de serviço, cronograma de fornecimento ou prestação de serviços, cronograma de pagamentos, 19 vigência, da entrega, gestor/fiscal do contrato/responsável técnico, condições gerais. Para cada item orçado estas condições citadas acima devem ser respeitadas. Foto 45; a autora. Fonte termo de solicitação de compra da Prefeitura municipal de Biguaçu. Foto 46; a autora. Fonte material de coleta de dados de orçamentos utilizados no edital. 20 3.4 A importância da Educação Alimentar E Nutricional nos primeiros anos da educação infantil. A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) consiste em estratégias com o objetivo da promoção de hábitos alimentares saudáveis incentivando a cultura e valorização da alimentação saudável para a vida (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). A prática alimentar saudável consiste não apenas na qualidade e variedade, mas também as quantidades se são suficientes para que atenda às necessidades nutricionais diárias. A EAN é destinada as crianças com propósito de persuadir e difundir hábitos saudáveis por meio da aceitação da alimentação balanceada e a compreensão entre alimentação e saúde (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). O ambiente escolar exerce muita influencia para a formação da personalidade e perfil alimentar dos alunos, pois é um lugar onde pode-se desenvolver programas coletivos educativos a fim de contribuir para a formação e consolidação de hábitos saudáveis que refletem também no seio familiar, já que o alimento além de nutrir age como elemento pedagógico (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Para isso, devem ser realizadas ações educativas que estimulem o pensamento e a conscientização dos alunos para que sejam adotadas práticas alimentares e estilos de vida saudáveis, através de fundamentação teórica básica sobre alimentação e nutrição (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Os projetos pedagógicos a serem aplicados devem ser qualitativos e de fácil entendimento dos alunos, promovendo assim o estímulo a aprendizagem. Para que estes projetos sejam eficazes faz-se necessário investir no preparo técnico e pedagógico dos professores, com objetivo de garantir que as informações e conhecimentos repassados tenham amparos científicos e noções básicas de nutrição (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Deve-se observar o contexto familiar dos alunos e a capacidade de inserir gradativamente nos familiares os hábitos alimentares saudáveis adquiridos de forma voluntária, no entanto os pais desempenham papel importante neste repasse de conhecimento a medida que demonstram interesse a permanência e adesão escolhas 21 alimentares saudáveis torna-se hábitos (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). No entanto, muitas vezes o maior dificultador do trabalho da EAN são os pais pelo fato que são em sua maioria permissivos a alimentação inadequada, quando a oferta de ultra processados é mais prática quando comparado a alimentação saudável, na educação infantil esta é senão a maior barreira de resistência aos alimentos ofertados nas escolas através da alimentação equilibrada. Contudo cada família possui hábitos alimentares específicos, que consistem na origem dos alimentos, quantidade, qualidade, frequência, forma de realização das refeições, onde cada um é diferente do outro, baseados nas experiências de vida. Assim, muitas vezes ingenuamente, os pais oferecem aos filhos o que acreditam e aprenderam ser o melhor para seu corpo e sua saúde, ou frequentemente, também, o que sua condição social permite (FAVRETTO, L.; AMEOSTOY, M. & NETO, L., 2021). O Brasil vive uma transição nutricional caracterizada pelo aumento nos casos de dislipidemias, onde fatores como o sedentarismo e hábitos alimentares inadequados estão diretamente ligados ao aumento da obesidade infantil e sobrepeso. Neste contesto a importância de se ensinar já na primeira infância a importância da alimentação saudável com informações nutricionais de fácil interpretação (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Os hábitos alimentares são um conjunto de práticas alimentares que se repetem ao longo do tempo, já que sua formação se inicia-se na infância e recebe influencia dos fatores fisiológicos, psicológicos, socioeconômico, e culturais durante a formação dacriança que até então tinha o convívio exclusivo familiar, com o aleitamento materno e a correta introdução alimentar, a partir dos 6 meses quando possível, passa ser inserida no ambiente escolar onde terá a oportunidade de experimentar novos alimentos através do processo de educação alimentar aplicados nas escolas, promovendo mudanças no perfil alimentar (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Os pais devem procurar participar ativamente, em casa, do ensino realizado na escola, reforçando os conhecimentos adquiridos, fornecendo alimentos saudáveis e orientando os filhos sobre as escolhas alimentares e quantidade que deve ser ingerida (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). 22 As práticas de prevenção e manutenção da saúde das crianças necessitam ter o suporte da família, pois são os pais os primeiros influenciadores nas escolhas alimentares dos filhos, ou seja, são eles que determinam a alimentação saudável ou não, além dos fatores externos relacionados as mídias que sempre ofertam alimentos com maior palatabilidade como doces, salgadinhos entre outros (FAVRETTO, L.; AMEOSTOY, M. & NETO, L., 2021). É no ambiente familiar com o processo de socialização e desenvolvimento que surgem as manifestações do comportamento e atitudes alimentares. Uma vez que os hábitos alimentares tem sido objeto de estudo minuciosos, constatando que a participação dos pais influi na seletividade alimentar de seus filhos, pois é no seio familiar que a criança tem o primeiro modelo de referência para seguir, construindo assim suas preferencias e desejos alimentares. Os primeiros seis anos de idade são os mais fundamentais para desenvolver os padrões e hábitos alimentares (FAVRETTO, L.; AMEOSTOY, M. & NETO, L., 2021). Estudos mostram a influencia genética tem papel fundamental nas escolhas alimentares das crianças, mesmo antes do nascimento, por exemplo se uma gestante tem o hábito de consumir frutas durante a gestação a probabilidade de a criança aceitar a oferta de frutas é maior quando comparado com crianças em que a mãe não consome, nos últimos meses da gestação. É através do líquido amniótico que a criança recebe, ainda na barriga, a alimentação (FAVRETTO, L.; AMEOSTOY, M. & NETO, L., 2021). É nos anos iniciais que se inicia a formação dos hábitos alimentares que determinam o comportamento alimentar e que tendem a perdurar até a vida adulta, onde a relevância da educação nutricional pode ser percebida na promoção da qualidade (NASCIMENTO, F. 2018). Com o avançar dos anos a alimentação dos indivíduos vem cada vez mais sendo assunto de artigos e discussão em várias áreas como política, saúde, nutrição, escolar entre outras, tendo em vista o papel fundamental que a alimentação saudável desempenha papel essencial nos vários ciclos da vida. Sendo que a alimentação possui diversas funções no organismo como energéticas, plásticas, reguladora, construtora, atuando como substratos necessários para a manutenção das necessidades do organismo, melhorando e mantendo a qualidade de vida (NASCIMENTO, F. 2018). 23 A atuação do nutricionista, quando pensamos, em educação alimentar e nutricional é a promoção de práticas alimentares saudáveis, baseando-se em intervenções com o objetivo de provocar mudanças nos hábitos alimentares prejudiciais, por meio da assistência nutricional individual, ou por meio de atividades em grupo. Entre as estratégias que podemos destacar as hortas escolares pedagógicas e oficinas culinárias que possibilitam a interação dos alunos somados com a interpretação da pirâmide alimentar são as que possibilitam o melhor entendimento e aceitação e promoção da alimentação saudável (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Diante das problemáticas vivenciadas a curto e longo prazo, quando focamos na promoção a saúde, no campo dos comportamentos alimentares inadequados a EAN possui um conjunto de ações que em parceria com a legislação incita a alimentação saudável, promovendo a saúde e a melhora da qualidade de vida dos indivíduos inseridos. O papel da escola é destacado como formador de uma melhor qualidade de vida a medida que os educandos são influenciados a provar novos sabores e alimentos, e com isso tendem a replicarem estes padrões e conhecimentos adquiridos no ambiente familiar conduzindo os alunos a adotarem hábitos alimentares saudáveis quando adultos (NASCIMENTO, F. 2018). Por ser na escola que as crianças passam a maior parte do tempo, ela exerce um poder significativo na construção dos conceitos, valores, crenças e opiniões, sendo referencia para que seja implementado qualquer programa educativo. A escola possibilita a participação de diversos atos formadores de práticas alimentares dos educandos, professores, merendeiras, familiares e profissionais da saúde. É neste local que a maioria dos estudantes fazem suas refeições escolhendo assim suas preferencias e hábitos. A alimentação saudável vem sendo um tema a ser incorporado ao cotidiano e ao conteúdo programático da escola, permitindo a realização de atividades que promovam bons hábitos e que a abordagem empregada seja clara e de fácil entendimento dentro das áreas de estudo (NASCIMENTO, F. 2018). Os professores, devido a sua proximidade e convivência com os alunos, são considerados como membros centrais da equipe multiprofissional que desempenham atividades de educação alimentar nutricional. Contudo a formação técnica dos professores deve ser aprimorada, uma das maneiras seria através da inserção de conteúdo voltado a alimentação saudável na graduação pedagógica para garantir que 24 as informações nutricionais transmitidas aos alunos seja a mais correta possível evitando falas como “leite de caixinha é veneno” (NASCIMENTO, F. 2018). A merenda escolar desempenha papel fundamental na construção dos hábitos alimentares. A merenda está relacionada com as atividades desenvolvidas pelos profissionais da escola seja na alimentação em si ou na parte pedagógica, quando incluída nas temáticas das aulas são mais eficazes. Além da função de nutrir as crianças proporciona interação social entre os estudantes e as cozinheiras, as vezes se tornam mais desenvolvidas pelo afeto envolvido, ressaltando o processo educativo desempenhado pelas merendeiras estimulando o consumo de frutas e hortaliças (NASCIMENTO, F. 2018). Com base nos conhecimentos adquiridos podemos ver o quão importante faz- se nos dias de hoje a educação alimentar e nutricional aplicadas as escolas, pois é na escola que se iniciam os contatos com a alimentação saudável e os hábitos alimentares que permeiam para a vida toda. 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 26/09/23 SEMANA INTEGRATIVA Na tarde de hoje tive a oportunidade de acompanhar a vivencia da semana inclusiva organizada pela SEMED, com a presença dos pais e equipe multidisciplinar que atende a educação especial integrativa atende na rede municipal de ensino. A fala da F., mãe do B., relatou que sempre percebeu dificuldades no desenvolvimento do filho, como tinha plano de saúde proporcionou diversas terapias para o filho, quando a criança teve início nas series iniciais (com 7 anos) foi orientada a procurar um neurologista para o melhor diagnóstico do filho, relatou que ao explicar os sintomas do filho o mesmo disse que “era falta de surra”, ou em outras palavras que a criança era mimada demais pelos pais e que deviam dar uma educação mais rígida para a criança, a orientação do profissional foi de aguardar por mais 2 anos que se caso os sintomas persistissem ele solicitaria mais exames. A importância do correto diagnostico é muito importante pois as terapias e vivencias da criança pode ser melhor desenvolvida. Pois no caso do Bernardo só se deu aos 10 pra 11 anos. Além do diagnóstico de autismo grau 1 a criança, hoje já adolescente com 13 anos, tem doença celíaca, além da seletividade alimentar. Além do trabalhoda equipe 25 educacional com acompanhamento de psicopedagogo, professor auxiliar, professor regente, assistência social o papel da nutrição é importante para entender, acolher e adequar a alimentação para que a criança não tenha déficit nutricional. 28/09/2023 Visita técnica 01 Unidade CEIM Professora Páscoa Regis Mendes Na manhã do dia 28 de setembro foi realizado a visita técnica a escola de educação municipal Páscoa. Fui acompanhada da nutricionista da unidade Alaaene e a gerente do setor Hayna. Ao chegarmos na instituição comunicamos a direção da escola que estaríamos procedendo com a visita. Um dos primeiros pontos que observamos foi quanto as vestimentas e se havia ou não presença de adornos nas merendeiras do local, o qual não se confirmou e as mesmas estavam fazendo uso correto de todos os EPIs, a cozinha por sua vez estava limpa e organizada. O lanche 1 ofertado aos alunos foi café com leite, café ou leite e pão com doce, quando perguntado sobre a qualidade dos pães entregue foi relatado pelas merendeiras que não há padrão, sendo tem dias que o mesmo esta muito seco e duro outros parece estar cru, no dia estavam macios mas com aspecto de cru. O almoço servido aos alunos no dia era sopa de feijão com macarrão, como relatado as crianças estão com dificuldades para aceitarem determinados legumes como espinafre, brócolis, a fim de evitar o desperdício aas mesmas liquidificam estes legumes após serem refogados e são acrescentados nas preparações como o caso do caldo da sopa de feijão e ou outros preparativos que levam caldos de legumes no preparo. Foi orientado as mesmas seguissem ofertando também os legumes de maneira que as crianças possam se servir perceberem as texturas. A sopa de macarrão também é uma forma de estar utilizando o macarrão que foi entregue pelo fornecedor pois as merendeiras informaram que o mesmo está muito quebradiço e tem dificuldade de chegar ao ponto de cozimento, foi anotado o número do lote para verificação em outras escolas e comparar. No momento da visita foi possível acompanhar a entrega de alguns fornecedores como o do macarrão, e verificado que o mesmo lote foi novamente entregue pelo fornecedor, e frango o qual foi possível acompanhar a conferencia e pesagem no ato do recebimento. 26 Quanto ao recebimento das frutas e verduras foi indicado que seja realizada pesagem no ato a fim de evitar entrega faltando produto e assim consequentemente podemos observar a qualidade e se houver presença de frutos ou legumes deteriorados possa ser realizado a troca. A banana é a fruta que tem maior aceitação por parte dos alunos, a beterraba tem melhor aceitação quando ofertada cozida. As merendeiras relataram que foi entregue muito pimentão e solicitaram a diminuição do pedido. Foi orientado que as merendeiras fornecessem para a mãe de um aluno autista os utensílios, a fim de tentativa que o mesmo possa se alimentar em casa como o mesmo alimenta-se na escola, já através do trabalho desempenhado pala professora a criança passou a aceitar as refeições ofertadas pela instituição. As crianças não têm boa aceitação da carne suína se as professoras informarem que a carne é suína, porem se disserem que frango ensopado comem sem problemas. A aceitação do cardápio ofertado está melhor hoje do que quando comparado ao início do ano letivo. As merendeiras solicitaram que fosse ampliado o pedido de fubá tendo em vista a boa aceitação da polenta no cardápio. A instituição visitada atende cerca de 200 alunos desde o G1 até o G5. No final da visita foi repassado a feedback e os aconselhamentos, colhido a assinatura da responsável pela direção da escola. Segue a seguir as imagens realizadas na ocasião da visita técnica na instituição, o ambiente da cozinha é amplo o que possibilita a boa realização das atividades e facilita manter o ambiente limpo e organizado. Na ocasião foi solicitado alguns itens como utensílios para reposição e a manutenção de alguns eletros como liquidificador que apresenta vazamento nas hélices, lâminas do fatiador necessitam de afiação, foi orientado que informassem a direção da instituição pois este tipo de reparos compete a APP da escola. No anexo 1 planilha da ficha técnica preenchida na ocasião. 27 Foto 10. Fonte a autora. Foto 11. Fonte a autora. Foto 12. Fonte a autora. Foto 13. Fonte a autora. Foto 14. Fonte a autora. 28 Visita técnica 2 Unidade CEI Municipal Jardim Janaina Merendeiras devidamente uniformizadas e sem adornos, ambiente limpo e organizado, solicitaram utensílios de cozinha para o dia a dia. A instituição atende 240 alunos do G1 até o G5. Foi entregue frango na parte da manhã antes da nossa chegada e as merendeiras nos questionaram quanto a entrega ter sido maior do que o habitual, isso se deve a reorganização do cronograma de entrega. Foi relatado que a balança utilizada para a pesagem dos produtos no recebimento estava com problemas de aferição apresentando divergência de 600g para menos, foi recolhido o equipamento para que seja realizado a correta aferição. O liquidificador estava apresentando travamento na engrenagem, o esposo de uma das merendeiras realizou a manutenção, e outros utensílios elétricos também estão necessitando de pequenos reparos. Lanche 1. vitamina de banana com pão. Lanche 2. arroz com galinha, salada de cenoura crua ralada, brócolis cozidos, alface, farofa e batata ensopada. Nesta instituição foi possível notar maior aceitação e consumo de vegetais pelos alunos. As merendeiras relataram que a marca do frango entregue mudou e está vindo com pedaços pequenos de ossos o que pode causar acidente com crianças com necessidades especiais. É realizada e retida de amostras das refeições elaboradas a fim de assegurar qualidade e segurança da alimentação ofertada. Verificamos que foi retirada as telas de proteção para manutenção porem as mesmas ainda não haviam sido reinstaladas. Segue imagens realizadas no local, anexo 2 29 Foto 15. Fonte a autora. Foto 16. Fonte a autora. Foto 17. Fonte a autora. Visita técnica 3 No dia 10 de outubro foi realizada visita técnica acompanhada da nutricionista Alaane na instituição de ensino CEIM Lar Feliz, que atende 122 educandos do G1 ao G5. Ao chegarmos como sempre tivemos uma breve conversa com a diretora da instituição que nos comunicou qual seria o cardápio sugerido para atividade alusiva ao dia da criança, torta salgada com recheio de carne moída para o período matutino e mini hambúrguer com tomate e alface para o período vespertino, ambas as preparações dentro das alternativas e respeitando o a alimentação saudável. 30 Da mesma forma que a instituição CEIM Lindoia, aguarda por reformas que já foram orçadas e aprovadas só aguardam o fim do ano letivo para início. Ao chegarmos na cozinha podemos verificar que estava limpa, organizada e a merendeira devidamente uniformizada e sem adornos. Como teve uma semana de chuvas intensas a merendeira nos repassou que havia uma pequena infiltração, já foi verificado e trocados as torneiras porem o vazamento continua, como está programado a reforma será solucionado na ocasião. Refeição 1 foi servido bolo de fubá com leite achocolatado; Refeição 2 foi servido macarrão com frango, farofa, salada de tomate, alface e beterraba. Na instituição há um aluno com TEA que se não tiver farofa ou farinha de mandioca ele não come, se tiver come sem problemas. A merendeira solicitou que ainda fosse reduzido o pedido de alguns artigos de hortifrúti (couve flor, acelga, brócolis, salsinha e pimentão), já foi reduzido mas mesmo assim por serem produtos entregues (pela agricultura familiar) por unidade e não por peso as vezes vem grande de mais e gera sobra, foi sugerido que sejam minimamente processados dentro das condições higiênico-sanitáriase da estrutura da cozinha para evitar desperdício. Solicitação de multiprocessador, pois dos dois que possuem um esta com problemas na parte motora. Uma das merendeiras estava de atestado médico, foi novamente solicitado complementação de uniformes. Apesar da estrutura da cozinha ser pequena e no dia ter no período da manhã apenas uma merendeira o serviço estava de acordo e sem atrasos, organizado, com o adianto de pré-preparo para o dia seguinte. As amostras das refeições são acondicionadas e retiradas diariamente. Como o prédio da instituição está desgastado e aguardando por reforma optei por não realizar coleta de imagens. Em anexo 6 ficha técnica da visita. Visita técnica 4 No dia 10 de outubro foi realizada na parte da manhã visita técnica ao CEIM Dona Dorvalina. No primeiro momento participei de uma pequena reunião com a diretora da instituição, que relatou as medidas adotadas a fim de tentar minimizar os problemas de atrito entre as merendeiras, um dos pontos enfatizados é a falta de comunicação e o revezamento de tarefas como higienização quinzenal e mensal de 31 freezeres e da estrutura, com relação a guarda de produtos de entrega como fardos de macarrão e afins. Ao chegar na cozinha foi identificado que estavam em processo de limpeza das panelas e utensílios, cozinha limpa e organizada, merendeiras sem adornos e uniformizadas. Refeição 1 foi servido pão caseiro com doce e manteiga e café com leite; Refeição 2 (a pedido dos professores em alusão ao dia da criança) frango assado com arroz, farofa e salada de maionese e alface. Foi identificado que uma das torneiras estava apresentando vazamento de água, pois uma das borrachas internas rompeu. As merendeiras relataram que verduras como rúcula e acelga e legumes como berinjela apresentam baixa aceitação entre os alunos, no caso da berinjela elas misturam junto com carne e/ou feijão no preparo, acelga refogam com repolho. Uma das professoras desenvolveu atividade lúdica com os alunos onde colheram na horta da instituição espinafre e foi realizado a torta do hulk, com boa aceitação dos alunos, outra sugestão de consumo de frutas é por meio da salada de frutas, em que dias é utilizado iogurte ou suco de laranja pra dar caldo, vitaminas de frutas como morango tem boa aceitação dos alunos. Como comum em todas as instituições visitadas a solicitação de uniformes novos também foi um ponto verificado. Durante a visita podemos acompanhar a entrega de frutas e verduras, verificando a qualidade. Uma atitude adotada pelas merendeiras para controle de estoque de proteínas foi a colocação de um quadro onde são anotados os pesos de cada e a cada retirada de mercadoria é dado baixa na quantidade (foto 31). 32 Foto 31. Fonte a autora. Foto 32. Fonte a autora. Foto 33. Fonte a autora, almoço servido em alusão ao dia das crianças. 33 Foto 34. Fonte a autora. Foto 35. Fonte a autora. Foto 36. Fonte a autora. Foto 37. Fonte a autora. 34 Foto 38. Fonte a autora. Foto 39. Fonte a autora. Foto 40. Fonte a autora. Foto 41. Fonte a autora. 35 Foto 42. Fonte a autora. Foto 43. Fonte a autora. As imagens realizadas no local foram utilizadas também para realizar a elaboração manual de Boas Práticas de Fabricação da instituição, pois ainda não havia sido elaborado. O manual de Boas Práticas de Fabricação desenvolvido segue as orientações dispostas na resolução RDC ANVISA 216/2004, no capítulo 15 da cartilha são apresentados o que deve conter no Manual de Boas Práticas de Fabricação (MBPF) e POP. O Manual de Boas Práticas é um documento no qual se descreve o trabalho executado no estabelecimento e a maneira correta de fazê-lo. Nele, pode-se conter informações gerais sobre como é realizada a limpeza, o controle de pragas, da água utilizada, os procedimentos de higiene e controle de saúde dos funcionários, o treinamento de funcionários, o que fazer com o lixo e como garantir a produção de alimentos seguros e saudáveis, característica da estrutura, além da inclusão dos POPs da unidade (GOV.BR; RDC ANVISA 216/2004). A estrutura física desta unidade de ensino é diferente de toas as que já foram visitadas, pois a mesma é constituída de paredes isopainel de cor bege e forro de isopainel na cor branca com janelas em alumínio. No anexo 7 ficha da visita técnica. Na imagem a seguir estão enfatizados quais os principais POPs que devem constar no MBPF, no anexo 10 esta a foto do manual desenvolvido. 36 Foto 44, a autora. Fonte da cartilha presente na RDC ANVISA 216/2004. Visita técnica 5 No dia 19 de outubro foi realizada visita técnica à Escola de Educação Básica Fernando Bruggmann Viegas de Amorim, acompanhada pela RT Nutricionista Monalisa, a instituição visitada atende aproximadamente mil alunos do 1 ao 9º ano, e na parte da noite tem aulas do EJA. Ao chegarmos estava sendo servido o lanche dos alunos que era pão com doce ou com manteiga, leite achocolatado e fruta (mamão). A cozinha estava limpa e organizada, algumas das merendeiras possuíam adornos, foi orientado que retirassem e informado que não é permitido. O depósito da unidade é pequeno e o espaço físico da cozinha é amplo e arejado, o forno e o fogão são mais estilo industrial quando comparado a outras estruturas visitadas. Em conversa com as merendeiras foi informado que elas preparam cerca de 4kg de feijão, 12kg de carne bovina, 10kg de frango, 8kg de arroz e quando no cardápio está solicitando sopa são 8kg de frango, 2kg de arroz e legumes do dia, as quantidades citadas são por preparação em cardápio. Enquanto conversávamos com a equipe as crianças vinha sorrateiras e pegavam a fruta que ainda estava na bancada onde foi servido o lanche. No turno da noite onde frequentam os alunos EJA normalmente são servidas de 25 a 30 refeições, para o dia seria servido frango assado, com arroz, feijão, farofa, omelete e salada. 37 Solicitaram que fosse disponibilizado mop giratório para a limpeza do chão da cozinha. Foto 45. Fonte a autora. Foto 46. Fonte a autora. Foto 47. Fonte a autora. Foto 48. Fonte a autora. 38 Foto 48. Fonte a autora. Foto 49. Fonte a autora. Foto 50. Fonte a autora. No dia 19 de outubro antes da visita técnica passamos na instituição CEIM Algodão Doce para deixar as amostras de filés de peixe, apara serem acondicionados e posteriormente realizar teste de aceitabilidade. Foram entregues pelo fornecedor Peixaria Thiago, 7kg de filé de anchova com pele e 2,2kg de filé de tilápia com pele. 39 No anexo 8 se encontra a ficha técnica das preparações e teste de aceitabilidade, será realizado nos dias 27 e 31 de outubro. Foto 58. Fonte a autora. Foto 59. Fonte a autora. No dia 20 de outubro ocorreu atividade do PSE na instituição CEIM Cândido, como na unidade de saúde do bairro não possui nutricionista a equipe que compareceu era formada apenas por técnicos e enfermeiros. Além da atividade de promoção da alimentação saudável a equipe aproveita para fazer a verificação das cadernetas de saúde, a fim de verificar se há crianças com atrasos nas vacinas e assim solicitarem por meio da escola que os pais procurem a unidade de saúde. A atividade contou com uma interação musical da equipe com as crianças por meio da apresentação dos alimentos e sugestão de como consumi-los de maneira saudável. Em determinado momento da apresentação do teatro com fantoches simularam que a pizza é um vilão da alimentação, o que na minha opinião sugere um terrorismo nutricional, é claro se as crianças ou nós mesmo só consumirmos pizza e ultra processados a nossa alimentação será deficientede nutrientes, no entanto se nos alimentarmos de maneira correta consumindo frutas, legumes, verduras, alimentos que são fontes de fibras, proteínas, carboidratos de boa qualidade, vitaminas podemos introduzir pizzas e outras refeições semelhantes de maneiras esporádicas, ou até mesmo adaptarmos receitas como a pizza de brócolis, que utiliza brócolis cru e ovo como base da massa. 40 Foto 51. Fonte a autora. Foto 52. Fonte a autora. Foto 53. Fonte a autora. Foto 54. Fonte a autora 41 . Foto 54. Fonte a autora. Foto 55. Fonte a autora. Foto 56. Fonte a autora. Foto 57. Fonte a autora. Visita técnica 6 e 7 com acompanhamento de aplicabilidade do teste de aceitabilidade no Ceim Algodão Doce. No dia 26 de outubro de 2023 acompanhada das nutricionistas Monalisa e Alaane e a técnica em nutrição Morgana foi realizado visita técnica na instituição CEIM Algodão Doce com desenvolvimento de teste de aceitabilidade de filé de tilápia. 42 Logo ao chegar podemos observar que a cozinha e deposito estavam limpos e organizados, apesar do espaço pequeno, devido ser um espaço adaptado de uma residência, conta com ar condicionado, as merendeiras estavam usando os EPIs de acordo como é orientado. No refeitório possui uma lista de alunos que possuem restrições alimentares logo ao lado do cardápio fixado. Dentre as alergias destacam-se dermatite atopica, intolerância a lactose, APLV, ovo, banana e carne de porco. Como lanche 1 foi servido pão com doce /ou manteiga, e iogurte (foi diluído pois segundo as merendeiras estava com a textura muito espessa e para as crianças do G1 não passava no copo de servir). Para o jantar das crianças estava sendo preparado 1kg de lombo suíno em cubos com legumes, 1,2kg de feijão, 2kg de arroz, 1,5kg de batata (purê) e saladas de tomate e beterraba cozida. Relataram que o fornecedor de pão entregou o produto com qualidade inferior ao aceitável, segundo ele está com problemas na formulação do produto referente ao fermento e forneabilidade do produto. O frango não está mais vindo com pedaços pequenos de osso do dorso, no entanto os pedaços estão vindo pequenos o que afeta o rendimento das preparações. A carne de porco os pacotes não estão vindo todos com o peso de 1kg. No refeitório e realizado a pesagem dos resíduos e alimentos que sobram das preparações para controle. Teste de aceitabilidade filé de tilápia. Produto ofertado: filé de tilápia assado temperado com cebola, alho, cebolinha verde e sal. Rendimento: ➢ peso cru: 2,2kg de filés de tilápia; ➢ peso assado: 1,040kg; ➢ resíduos alimentares (sobras): 160g; ➢ resíduos espinhas: 40g; ➢ sobras: 140g; ➢ percentual de rendimento da preparação: 47.27%; ➢ percentual de perda: 52,72%; ➢ percentual de aceitabilidade: 92,6% do total de 27 crianças que realizaram o teste gostaram e aceitaram o preparo; 43 ➢ 19 crianças adoraram; ➢ 6 crianças gostaram; ➢ 2 crianças detestaram. Destas crianças que detestaram o peixe logo que foi servido o produto e realizado a introdução ao teste relataram que não gostavam de peixe e a maioria disse que já comiam peixe em casa. No anexo 8 esta a fixa técnica do teste de aceitabilidade. Foto 58. Fonte a autora. Foto 59. Fonte a autora. Foto 60. Fonte a autora. Foto 61. Fonte a autora. 44 Foto 62. Fonte a autora. Foto 63. Fonte a autora. Foto 64. Fonte a autora. Foto 65. Fonte a autora. 45 Foto 66. Fonte a autora. Foto 67. Fonte a autora. Foto 68. Fonte a autora. Foto 69. Fonte a autora. 46 Foto 70. Fonte a autora. Foto 71. Fonte a autora. Foto 72. Fonte a autora. A sequencia do teste será realizada no dia 31 de outubro pela parte da manhã onde será servido filé de anchova. Na manhã do dia 31 de outubro foi realizado nova visita técnica e acompanhamento da aplicação do teste de aceitabilidade de filé de anchova no CEIM Algodão Doce. Na ocasião estavam presentes a nutricionista Alaane, a gerente do setor Hayna e eu estagiária. A cozinha estava organizada e limpa as merendeiras devidamente uniformizadas e sem adornos. Lanche 1 foi servido biscoito com iogurte e banana como opção de fruta. Para o almoço das crianças como estava programado no cardápio foi preparado frango 47 ensopado, macarrão com molho de frango, batata doce, beterraba, tomate e alface, novamente como opção de fruta foi servido banana devido a maturação adiantada do produto. Na manhã chegou os gêneros de hortifrúti entregues pela agricultura familiar, como couve flor, couve manteiga, brócolis, espinafre, alface, acelga, cebolinha verde. Além da entrega habitual de frutas e verduras como tomate, maçãs que estavam bastante deterioradas e não era a variedade disposta no termo de referência, o mamão também estava muito maduro e machucado. Foto 79. Fonte a autora. Foto 80. Fonte a autora. Foto 81. Fonte a autora. 48 Para o teste de aceitabilidade o peixe preparado foi o filé de anchova respeitando o modo de preparo disposto na ficha técnica no anexo 9. Rendimento: ✓ 2,6kg de peixe cru com pele; ✓ 1,542kg de peixe assado com pele; ✓ Sobras de prato: 60g; ✓ Espinhas: 20g. ✓ Percentual de rendimento: 59,3 % ✓ Percentual de perda: 40,7% ✓ Resultado do teste: ➢ Adoraram: 17 crianças; ➢ Gostaram: 1 criança; ➢ Indiferente: 4 crianças; ➢ Detestaram: 3 crianças. 72% de aceitabilidade, sendo que na parte da manhã assim como a tarde teve criança que logo falou que não gostava de peixe, no geral o teste de aceitabilidade teve 84,3% de aceitação. Foto 82. Fonte a autora, filé de anchova congelado e com pele. 49 Foto 83. Fonte a autora. Foto 84. Fonte a autora. Foto 85. Fonte a autora. 50 Foto 86. Fonte a autora. Foto 87. Fonte a autora. Foto 88. Fonte a autora. Foto 89. Fonte a autora. 51 Foto 90. Fonte a autora. Foto 91. Fonte a autora. Foto 92. Fonte a autora. Foto 93. Fonte a autora. Foto 94. Fonte a autora. 52 Foto 95. Fonte a autora. Foto 96. Fonte a autora. 4.1 Elaboração e desenvolvimento de Atividade de Educação Alimentar e Nutricional 4.1.1 Acompanhamento Diário Instituição De Ensino CEIM Professora Lindoia Maria De Souza Faria Como proposta de atividade de estágio aplicada na Educação Alimentar e Nutricional foi sugerido acompanhar uma instituição de ensino, identificando quais são as possíveis dificuldades na alimentação escolar elaborando uma atividade dentro da educação alimentar aplicando as necessidades do local. Em conversa com as nutricionistas do setor de alimentação identificamos que há crianças com espectro autista e seletividade alimentar nesta instituição estão sendo elaborados orientações com relação a alimentação especial como casos de intolerância a lactose, e ao glúten a ser aplicado, e nosso papel na educação alimentar e nutricional faz-se muito importante para promoção da qualidade de vida destas crianças. Nos dias 5 (cinco) e 6 (seis) de outubro acompanhei o desenvolvimento do trabalho desenvolvido pelas merendeiras na instituição em ambos os horários de atuação. Por ser a maior instituição de ensino primário são atendidas cerca de 370 crianças, em que a maior parte destes estudam no período vespertino. A instituição possui 25 crianças com necessidades especiais comprovadas em laudo médico, e segundo a diretora da escola existem outras crianças ainda na fase de estudo e comprovação, 9 crianças com restrições alimentares como intolerância a lactose, 53alergia a proteína do leite e ovo, até mesmo alergia a carne de porco, todos com comprovação médica. O quadro completo de merendeiras conta com 5 profissionais, divididas em 3 turnos de 6 horas trabalhadas, sendo 2 na parte da manhã e 2 a tarde, a colaboradora que trabalha no turno intermediário a partir do dia 9 foi afastada para tratamento médico sem previsão de retorno. Dia 05 de outubro na parte da manhã foi servido as crianças na parte da manhã como refeição 1: pão com manteiga e doce e para beber do G4 a G5 leite achocolatado e para os menores (G1 a G3) leite, já que para os mesmos não é permitido a oferta de açúcar. Refeição 2: feijão, arroz, carne de porco ensopada com legumes, saladas de tomate, couve flor e beterraba. Pude perceber que a grande maioria das crianças acima de 3 anos já comem melhor os legumes ofertados que os menores, quanto a carne de porco alguns tem resistência quanto ao consumo em virtude do convívio familiar, e nestes casos vi professores informando aos alunos que havia carne de frango. Não concordo com está abordagem em vista que devemos desenvolver o paladar das crianças e não engana-lo, pois quando você informa para uma criança que ela está consumindo carne de porco como frango ela irá memorizar o sabor e textura que não são os corretos, e outro fator há de se ter em mente caso a criança tenha alergia ou restrição pode ocasionar uma crise em virtude da informação errada. O consumo de legumes, hortaliças e frutas não tem tanta resistência na parte da manhã, o trabalho realizado pelas professoras e auxiliares de sala influencia neste consumo principalmente com as crianças com TEA, segundo relato, das merendeiras, uma das crianças quando ingressou no início do ano não consumia legumes, frutas e agora come todos os que são ofertados. Quando acaba sobrando legumes e frutas, como talos de brócolis, tomate, folhas de espinafre, couve, mamão, bananas e maçãs maduras, são devidamente identificados, acondicionados, etiquetados e congelados para uso em preparações como molhos, sucos e vitaminas. As funcionárias têm todo um cuidado no manuseio destes produtos para que não tenham risco de contaminação. Todos os dias a equipe matutina realiza um levantamento com os professores do quadro de alunos do dia, o que facilita o preparo das refeições e evita assim a produção a mais, evitando o desperdício, ou que falte para os alunos. 54 O recebimento de mercadorias é sempre acompanhado pela diretora, quando possível, e/ou uma das merendeiras com a conferencia na integral das quantidades e observação da qualidade dos produtos entregues. Dia 06 de outubro passei o dia todo na instituição acompanhando a entrega e preparo das refeições servidas nos dois turnos. Como refeição 1: foi servido café com leite, biscoitos e mamão como opção de fruta (a maioria das crianças acabou não pegando a fruta e comendo apenas os biscoitos), para os alunos menores foi ofertado leite. Refeição 2: sopa de feijão com macarrão com ovo cozido, por ser um dia chuvoso e fresco teve ótima aceitação dos alunos. Em ambos os dias teve crianças que chegaram a repetir mais de 2 vezes os lanches ofertados. Como temperos empregados no preparo das refeições são utilizados cebola, alho, tomate, pimentão e colorífico colorau. Os tomates e pimentão são congelados quando a oferta está maior que a demanda. No turno vespertino por ter a maior quantidade de crianças o maior medo das merendeiras é o de faltar alimento ou sobrar muito alimento. No entanto não tem um controle da quantidade de crianças como na parte da manhã, segundo uma das merendeiras caso ela ache necessário ela passa de porta em porta para saber a quantidade. Pude perceber que há resistência quanto a restrição de açucares tanto por parte de quem trabalha quanto pelos professores, e quanto a oferta de leite UHT também tem resistência pela oferta aos alunos, pois na concepção delas o leite UHT é “veneno”. A tarde possui o maior número de crianças com restrições alimentares, quando no cardápio tem algum produto alergênico tem uma lista de substituições (anexos 3,4 e 5). O lanche 1 ofertado leite com biscoito zero lactose (para quem tem restrição foi ofertado suco de abacaxi), para os alunos do G1 ao G3; do G4 ao G5 bolo caseiro com achocolatado e suco para os alérgicos. Jantar foi ofertado galinhada, alface, vagem, salada de tomate com ovo cozido, salada de repolho, cenoura e maçã e milho cozido para todos os alunos. Da mesma maneira que é realizado o congelamento de tomates, pimentão e temperos, talos e folhas de legumes. Uma alternativa para dar cor aos preparos elas 55 utilizam aboboras triturada junto com os temperos ajuda a dar cor e espeçar o molho dos preparos. Quanto a estrutura da cozinha e almoxarifado, ambos limpos e organizados, como a estrutura da instituição é antiga já está programado uma reforma no prédio. Onde hoje tem a lavanderia as merendeiras sugeriram acondicionar as caixas de leite e fardos fechados de alimentos por facilitar o acesso para pega-los. A seguir imagens registradas na instituição em ambos os horários de atendimento, lembrando que as estruturas de madeiras estão provisórias e aguardando reforma do prédio. Foto 18. Fonte a autora. Foto 19. Fonte a autora. 56 Foto 20. Fonte a autora. Foto 21. Fonte a autora. Foto 22. Fonte a autora. Foto 23. Fonte a autora. Nas fotos 21 e 23 pode-se ver que são porcionados e congelados etiquetados os alimentos que estão maduros ou com pedido além do consumido. Na foto 24 podemos observar que são retiradas as amostras das refeições produzidas no dia, acondicionadas no freezer devidamente etiquetados, após 3 dias são descartados, caso alguma criança tenha problemas como infecção alimentar possa ser realizado análise nas amostras do dia para constatação se foi por conta da merenda escolar ou da alimentação de casa. 57 Foto 24. Fonte a autora. Foto 25. Fonte a autora. Foto 26. Fonte a autora. Foto 27. Fonte a autora. 58 Foto 28. Fonte a autora. Foto 29. Fonte a autora. Com base na vivência na instituição de ensino CEIM Professora Lindoia, observei que existe a resistência por parte das merendeiras e professores quanto ao fornecimento e/ou não fornecimento de alguns alimentos que estão no cardápio aos alunos, como o leite UHT, o não acréscimo de açúcar nas preparações para alunos menores de 3 anos. Pensando na conscientização dos professores e equipe de merendeiras foi pensado na elaboração de um informativo destinados à este público, onde visa orientar sobre a alimentação saudável e a correlação da utilização de açúcar com a seletividade alimentar das crianças. 4.2 Pesquisa e coleta de dados. A alimentação saudável é importante para que ocorra o melhor desenvolvimento biológico, psicológico e social da criança. Os padrões alimentares definidos na infância irão estipular referências por toda a vida adulta (CABRAL; et al, 2023). Conforme Sampaio et al, 2013: A recusa alimentar é um comportamento típico da primeira infância, caracterizado por comportamentos como: fazer birras, demorar a comer, tentar negociar o alimento que será consumido, levantar da mesa durante a refeição e beliscar ao longo do dia. 59 A seletividade alimentar é caracterizada pela falta de interesse por determinados alimentos, perda de apetite ou recusa em comer, faz-se importante ficar atento a ocorrência do comportamento seletivo, para que o acompanhamento de perto e ações realizadas possam resolvê-lo antes que se tenha prejuízos nutricionais à criança (CABRAL; et al, 2023). Tal fenômeno pode ser multifatorial e influenciado por diversos fatores, que abrangem desde idade, genética, ambiente familiar, até a introdução precoce deaçúcar, quando os pais ou cuidadores oferecem alimentos açucarados em excesso ou de forma frequente às crianças, podendo afetar o paladar e o apetite, ocasionando uma maior seletividade alimentar. Geralmente é uma fase temporária e comum que ocorrer na primeira infância, especialmente nas crianças entre 2 a 6 anos, período o qual o indivíduo está em formando seu paladar, conhecendo e identificando os sabores que lhe são ofertados, podendo evitar, oferecer recusa à experimentar, novos alimentos os quais não está habituada, ou comer alguns alimentos (CABRAL; et al, 2023). Caso está fase persista por muito tempo pode assim a causar um grave problema aos pais e cuidadores, como os alimentos ingeridos está limitado, possibilitando assim que ocorra falta de alguns nutrientes necessários para seu crescimento afetando o estado nutricional aumentando o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares, e em alguns casos levando a dislipidemias, obesidade infantil e compulsão alimentar (CABRAL; et al, 2023). Estudos mostram que o consumo excessivo de açúcar na primeira infância pode influenciar na seletividade alimentar, aja visto que é nesta fase que as crianças estão descobrindo novos sabores e texturas, é comum que elas optem por alimentos ultra processados, ricos em açucares e gorduras pobres em nutrientes por serem mais palatáveis. Isso acontece em virtude do açúcar ser viciante ao paladar, o que os tornam mais atraentes em relação aos demais, no entanto estes alimentos possuem calorias vazias, não fornecendo energia tão pouco nutrientes importantes para seu desenvolvimento, ocasionando uma dieta desiquilibrada, com deficiências nutricionais e aumentando o risco de diabetes mellitus tido II, cáries interferindo na saúde bucal, hipertensão entre outros (CABRAL; et al, 2023). Segundo a OMS recomenda-se que não seja ofertado alimentos adicionados de açucares para crianças menores de 2 anos, a para indivíduos entre 2 e 18 anos seja limitado em 10% o consumo de alimentos acrescido de açucares. Conforme o 60 Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, que segue os padrões da Ministério da Saúde, a alimentação adequada inicia no aleitamento materno exclusivo até os seis meses, após com a amamentação complementar, até no mínimo 2 anos de idade, intercalando com introdução de alimentos in natura e minimamente processados (CABRAL; et al, 2023). Estudos mostram que crianças tem preferência inata pelo sabor doce, e o prazer desempenha papel fundamental nas escolhas alimentares, motivo o qual as escolhas alimentares e estratégias eficazes para a promoção da alimentação saudável desde a infância, enfatizando a oferta de alimentos variados e nutritivos, restringindo o consumo de alimentos açucarados é tão importante (CABRAL; et al, 2023). Sabemos que o açúcar é um ingrediente com alto poder de palatabilidade, capaz de retardar a liberação do neurotransmissor de acetilcolina e atuar diretamente nos hormônios leptina e insulina estimulando assim a liberação prolongada de dopamina transmitindo assim a sensação de prazer ao ser consumido, ocasionando um ciclo vicioso a depender da quantidade consumida equiparado ao uso de drogas (CABRAL; et al, 2023). Segundo Cabral et al: Sabe-se que há uma relação entre a introdução precoce (geralmente abaixo dos 4 meses de idade) de açúcar/ alimentos açucarados e salgados com sobrepeso e obesidade em crianças com idade entre 4 e 7 anos, além do aumento considerável de doenças crônicas e de cunho odontológicas. A estrutura e os hábitos familiares são fatores que influenciam diretamente na introdução precoce de alimentos açucarados para crianças. A família é um dos maiores precursores da aceitação dos alimentos, considerando que os pais são considerados os primeiros influenciadores e educadores da educação alimentar e nutricional. Não podemos deixar de destacar como variável fundamental o ambiente socioeconômico, cultural que a família está inserida. Os padrões alimentares começam a ser moldados através do contato familiar (CABRAL; et al, 2023). Cabe aos pais e cuidadores evitar e limitar o consumo de açúcar, incentivar uma alimentação mais saudável e equilibrada e procurar orientação de um profissional de saúde para uma alimentação infantil adequada (CABRAL; et al, 2023). 61 Quando falemos em seletividade alimentar precisamos ter em mente que ela se apresenta em dois estágios leve ou severa. A seletividade leve é comum em crianças, pois elas tendem a rejeitar certos alimentos ou grupos alimentares devidos a imaturidade do paladar, está fase tende a ser transitória, não representando risco nutricional (CABRAL; et al, 2023). Seletividade Severa se traduz quanto o indivíduo altamente seletivo apresenta aceitação alimentar que se traduz em 10 a 15 alimentos, o que é considerado grave pois pode comprometer ou atrasar as funções motoras orais normais. No estado considerado mais grave e persistente, conhecido como TARE (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo), é indicado que haja uma investigação e trabalho em equipe multidisciplinar para que não haja déficit nutricional significativo e perda de peso (CABRAL; et al, 2023). A criança com TARE apresenta seletividade severa e inflexível algumas vezes pode vir associada a fobia alimentar, evitando não apenas certos alimentos, mas grupos alimentares inteiros, ocasionando uma dieta extremamente restrita e desbalanceada. Dentre os fatores que podem ocasionar ou até mesmo agravar o TARE podemos destacar a pressão dos cuidadores para que a criança coma, problemas emocionais, transtorno de ansiedade, TAE, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, sensibilidade extrema a características (cor, textura, temperatura e sabor), experiencias traumáticas como engasgo/vomito/sufocamento tendem a agravar o quadro (CABRAL; et al, 2023). Por ser uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida, para o tratamento especializado e acompanhamento multidisciplinar que inclui nutricionista, psicoterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia entre outras abordagens terapêuticas (CABRAL; et al, 2023). A seletividade alimentar afeta não apenas crianças com desenvolvimento típico bem como as crianças que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA), principalmente quando falemos no consumo de frutas e hortaliças. No entanto esta característica é maior quando as quais consomem poucas variedades de alimentos e resistem a experimentar novos por causas distintas, este fator pode levar a desnutrição e/ou obesidade (MACHADO. Et al. 2021). Crianças com TEA desenvolvem uma série de patologias das mais comuns podemos destacar as que acometem o trato gastrointestinal como: esofagite, disbiose, gastrite, deficiência na produção de enzimas digestivas e detoxificantes, refluxo, 62 gastroesofágico e aumento da permeabilidade intestinal. O desconforto gastrointestinal se deve principalmente a dietas ricas em glúten e caseína, devido a má digestão, são formadas substancias toxicas, liberados no fluxo sérico, além de resultar na alteração da microbiota intestinal, bem como excreção na urina de peptídeos derivados do glúten (gluteomorfina) e da caseína (caseomorfina) que possuem efeitos semelhantes aos da morfina e opioides quando seguem para o cérebro. A gluteomorfina e caseomorfina estão presentes devido a permeabilidade intestinal existente (MACHADO. Et al. 2021). Estudos concluíram que terapia nutricional exerce papel importante no comportamento dos autistas, tornando-os menos agitados e irritados, comportamento característicos da hiperatividade, com mais iteração social e atenção. A importância de se ter uma alimentação saudável que contemple este grupo específico, como a inclusão diária de frutas e hortaliças, que sejam fontes de prebióticos, vitaminas, fibras e mineraiscom características anti-inflamatórias e antioxidantes as quais atuam ainda sobre o controle do peso e de doenças correlacionadas com a obesidade (MACHADO. Et al. 2021). A maneira mais fácil e eficaz de introduzir frutas e hortaliças nas refeições diárias é utilizando de alimentos minimamente processados, unindo a praticidade e o lúdico por meio de formatos que mecham com a estimulação da imaginação desenvolvendo a coordenação motora. A utilização do lúdico no processo de educação alimentar e nutricional auxilia na percepção sensorial induzida pelas cores, aromas, sabores e texturas dos diferentes vegetais, culminando no desejo de consumo (MACHADO. Et al. 2021). O leite bovino tem sido alvo de desinformações e mitos quanto ser um alimento saudável ou não, muitas vezes devido a informações erronias disseminadas nos meios de comunicação e mídias sociais através de influenciadores digitais que não possuem conhecimento teórico/técnico sobre nutrição muito menos formação em nutrição. Conforme Pereira, et al. 2017: o leite é indispensável na alimentação, sendo composto principalmente por água, onde são encontrados dispersos os componentes sólidos, denominados sólidos totais (ST), constituídos de proteínas, gordura, lipídios, lactose e sais. Desta forma o leite contém todos os aminoácidos essenciais, sendo, portanto, fonte de proteína de boa qualidade. 63 A composição do leite varia de acordo com a genética do animal, no entanto ela costuma ficar entre os valores estabelecidos na imagem a baixo: Fonte imagem retirada do site https://blog.prodap.com.br/componentes-do-leite/. Como o carboidrato mais presente na composição do leite temos a lactose, apesar de não ser tão doce quanto a glicose, muitas pessoas apresentam intolerância e ou alergias alimentares a este. A intolerância ocorre quando o corpo não secreta a enzima lactase e o mesmo responde com diversas reações imunológicas, como diarreias, cólicas entre outras (PEREIRA, et al. 2017). Estudos mostram que é possível adquirir a intolerância em qualquer idade, podendo ser temporária, consequência associada a doenças que causam lesão no intestino como: doença de Chron, doença celíaca e desnutrição, e/ou permanente (PEREIRA, et al. 2017). Como alternativa a suprir a falta do leite na alimentação, alimentos como leite de soja, bebidas a base de extratos vegetais (arroz, milho, castanha, etc) são alternativas utilizadas, principalmente em casos de alergias a proteína do leite de vaca tanto como para intolerância a lactose (PEREIRA, et al. 2017). 4.2.1. Desenvolvimento do informativo Quais os principais objetivos a serem retratados no informativo ✓ Qual será o público alvo destinado do informativo? O informativo é destinado aos pais, professores, merendeiras, nutricionistas e cuidadores. ✓ Qual o papel de cada interlocutor dentro da EAN? 64 Nutricionista: em educação alimentar e nutricional é a promoção de práticas alimentares saudáveis, baseando-se em intervenções com o objetivo de provocar mudanças nos hábitos alimentares prejudiciais, por meio da assistência nutricional individual, ou por meio de atividades em grupo. Entre as estratégias que podemos destacar as hortas escolares pedagógicas e oficinas culinárias que possibilitam a interação dos alunos somados com a interpretação da pirâmide alimentar são as que possibilitam o melhor entendimento e aceitação e promoção da alimentação saudável (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). Cabe aos nutricionistas realizar atividades formativas, palestras e oficinas com a equipe de gestores, professores e coordenadores das unidades a fim de qualificar as ações no âmbito escolar em relação à alimentação saudável (ANGELO, Ana; 2023). Pais e cuidadores: É no ambiente familiar com o processo de socialização e desenvolvimento que surgem as manifestações do comportamento e atitudes alimentares. Uma vez que os hábitos alimentares tem sido objeto de estudo minuciosos, constatando que a participação dos pais influi na seletividade alimentar de seus filhos, pois é no seio familiar que a criança tem o primeiro modelo de referência para seguir, construindo assim suas preferencias e desejos alimentares. Os primeiros seis anos de idade são os mais fundamentais para desenvolver os padrões e hábitos alimentares (FAVRETTO, L.; AMEOSTOY, M. & NETO, L., 2021). A estrutura e os hábitos familiares são fatores que influenciam diretamente na introdução precoce de alimentos açucarados para crianças. A família é um dos maiores precursores da aceitação dos alimentos, considerando que os pais são considerados os primeiros influenciadores e educadores da educação alimentar e nutricional. Não podemos deixar de destacar como variável fundamental o ambiente socioeconômico, cultural que a família está inserida. Os padrões alimentares começam a ser moldados através do contato familiar (CABRAL; et al, 2023). Cabe aos pais e cuidadores evitar e limitar o consumo de açúcar, incentivar uma alimentação mais saudável e equilibrada e procurar orientação de um profissional de saúde para uma alimentação infantil adequada (CABRAL; et al, 2023). Professores e equipe gestora: Os professores, devido a sua proximidade e convivência com os alunos, são considerados como membros centrais da equipe multiprofissional que desempenham atividades de educação alimentar nutricional. Elaborar oficinas culinárias como parte do plano de aula, contribui para a formação 65 crítica dos alunos e permite que possam identificar sobre propagandas relacionadas a alimentos e debater sobre o tema criticamente, identificando o que essas propagandas estão tentando vender (ANGELO, Ana; 2023). Merendeiras: possuem um papel que vai muito além de cozinhar e oferecer alimentos aos alunos. Como têm contato diário com os alunos e formam laços afetivos com eles, o que as torna também educadoras (ANGELO, Ana; 2023). ✓ Qual a importância da educação alimentar e nutricional? A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) consiste em estratégias com o objetivo da promoção de hábitos alimentares saudáveis incentivando a cultura e valorização da alimentação saudável para a vida (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). A prática alimentar saudável consiste não apenas na qualidade e variedade, mas também as quantidades se são suficientes para que atenda às necessidades nutricionais diárias. A EAN é destinada as crianças com propósito de persuadir e difundir hábitos saudáveis por meio da aceitação da alimentação balanceada e a compreensão entre alimentação e saúde (MOREIRA, B; NUNES, R; & PEREIRA, T; 2020). ✓ O que é seletividade alimentar e quais seus níveis? A seletividade alimentar é caracterizada pela falta de interesse por determinados alimentos, perda de apetite ou recusa em comer, faz-se importante ficar atento a ocorrência do comportamento seletivo, para que o acompanhamento de perto e ações realizadas possam resolvê-lo antes que se tenha prejuízos nutricionais à criança (CABRAL; et al, 2023). Tal fenômeno pode ser multifatorial e influenciado por diversos fatores, que abrangem desde idade, genética, ambiente familiar, até a introdução precoce de açúcar, quando os pais ou cuidadores oferecem alimentos açucarados em excesso ou de forma frequente às crianças, podendo afetar o paladar e o apetite, ocasionando uma maior seletividade alimentar. Geralmente é uma fase temporária e comum que ocorrer na primeira infância, especialmente nas crianças entre 2 a 6 anos, período o qual o indivíduo está em formando seu paladar, conhecendo e identificando os sabores que lhe são ofertados, podendo evitar, oferecer recusa à experimentar, novos alimentos os quais não está habituada, ou comer alguns alimentos (CABRAL; et al, 2023). 66 A seletividade leve é comum em crianças, pois elas tendem a rejeitar certos alimentos ou grupos alimentares devidos a imaturidadedo paladar, está fase tende a ser transitória, não representando risco nutricional (CABRAL; et al, 2023). Seletividade Severa se traduz quanto o indivíduo altamente seletivo apresenta aceitação alimentar que se traduz em 10 a 15 alimentos, o que é considerado grave pois pode comprometer ou atrasar as funções motoras orais normais. No estado considerado mais grave e persistente, conhecido como TARE (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo), é indicado que haja uma investigação e trabalho em equipe multidisciplinar para que não haja déficit nutricional significativo e perda de peso (CABRAL; et al, 2023). ✓ Qual a relação da seletividade alimentar com a oferta precoce de açúcar? Estudos mostram que o consumo excessivo de açúcar na primeira infância pode influenciar na seletividade alimentar, aja visto que é nesta fase que as crianças estão descobrindo novos sabores e texturas, é comum que elas optem por alimentos ultra processados, ricos em açucares e gorduras pobres em nutrientes por serem mais palatáveis. Isso acontece em virtude do açúcar ser viciante ao paladar, o que os tornam mais atraentes em relação aos demais, no entanto estes alimentos possuem calorias vazias, não fornecendo energia tão pouco nutrientes importantes para seu desenvolvimento, ocasionando uma dieta desiquilibrada, com deficiências nutricionais e aumentando o risco de diabetes mellitus tido II, cáries interferindo na saúde bucal, hipertensão entre outros (CABRAL; et al, 2023). Estudos mostram que crianças tem preferência inata pelo sabor doce, e o prazer desempenha papel fundamental nas escolhas alimentares, motivo o qual as escolhas alimentares e estratégias eficazes para a promoção da alimentação saudável desde a infância, enfatizando a oferta de alimentos variados e nutritivos, restringindo o consumo de alimentos açucarados é tão importante (CABRAL; et al, 2023). Sabemos que o açúcar é um ingrediente com alto poder de palatabilidade, capaz de retardar a liberação do neurotransmissor de acetilcolina e atuar diretamente nos hormônios leptina e insulina estimulando assim a liberação prolongada de dopamina transmitindo assim a sensação de prazer ao ser consumido, ocasionando um ciclo vicioso a depender da quantidade consumida equiparado ao uso de drogas (CABRAL; et al, 2023). 67 ✓ Qual a importância de passar informações verídicas para as crianças? Contudo a formação técnica dos professores deve ser aprimorada, uma das maneiras seria através da inserção de conteúdo voltado a alimentação saudável na graduação pedagógica para garantir que as informações nutricionais transmitidas aos alunos seja a mais correta possível evitando falas como “leite de caixinha é veneno” (NASCIMENTO, F. 2018). O leite bovino tem sido alvo de desinformações e mitos quanto ser um alimento saudável ou não, muitas vezes devido a informações erronias disseminadas nos meios de comunicação e mídias sociais através de influenciadores digitais que não possuem conhecimento teórico/técnico sobre nutrição muito menos formação em nutrição. Conforme Pereira, et al. 2017: o leite é indispensável na alimentação, sendo composto principalmente por água, onde são encontrados dispersos os componentes sólidos, denominados sólidos totais (ST), constituídos de proteínas, gordura, lipídios, lactose e sais. Desta forma o leite contém todos os aminoácidos essenciais, sendo, portanto, fonte de proteína de boa qualidade. A composição do leite varia de acordo com a genética do animal, no entanto ela costuma ficar entre os valores estabelecidos na imagem a baixo: Fonte imagem retirada do site https://blog.prodap.com.br/componentes-do-leite/. No anexo 9 consta o informativo realizado. 68 4.3. Desenvolvimento das Receitas Teste Como receita teste surgiram duas ideias, a primeira um bolo brownie de maça com cacau em pó e a segunda uma panqueca de espinafre. Enquanto pesquisava para a elaboração do relatório encontrei a seguinte história lúdica sobre o consumo de maçã, em que a branca de neve encontra um pé de maçãs (CHAT.OPENAI, 2023). Era uma vez, em um reino distante, uma linda princesa chamada Branca de Neve. Ela vivia em um castelo mágico com sete simpáticos anões que a adoravam. Branca de Neve era conhecida por sua beleza, gentileza e amor por frutas, especialmente maçãs. Um dia, enquanto Branca de Neve passeava pelos jardins do castelo, ela encontrou uma árvore cheia de maçãs suculentas e brilhantes. Ela escolheu a maçã mais perfeita e deu uma mordida. A doçura da maçã a fez sorrir, mas ela percebeu algo diferente desta vez. A maçã estava magicamente recheada com cacau e ficou ainda mais deliciosa! Branca de Neve correu para mostrar aos sete anões sua incrível descoberta. Eles estavam encantados com a ideia de uma maçã recheada com cacau, e todos decidiram que era a hora perfeita para fazer um bolo mágico de maçã com cacau. Os anões trouxeram as maçãs mais suculentas que puderam encontrar, enquanto Branca de Neve preparou uma mistura de cacau especial que ela guardava em segredo. Eles trabalharam juntos na cozinha do castelo, rindo e se divertindo, enquanto misturavam, assavam e criavam o bolo mais incrível que já tinham visto. Quando o bolo de maçã com cacau ficou pronto, a cozinha estava cheia de um aroma irresistível. Branca de Neve e os sete anões levaram o bolo para a sala de jantar do castelo, onde decidiram que era hora de experimentar essa sobremesa mágica. Branca de Neve pegou o primeiro pedaço do bolo e deu uma mordida. Ela sorriu ainda mais amplamente, e todos os anões se aproximaram para provar. Cada mordida era uma explosão de sabores, a doçura natural das maçãs se misturando com o rico cacau, criando uma experiência verdadeiramente mágica. Os anões adoraram o bolo de maçã com cacau, e Branca de Neve ficou encantada por compartilhar essa descoberta saborosa com seus amigos. Eles passaram a tarde comendo, rindo e conversando, e 69 todos concordaram que as maçãs com cacau eram uma combinação incrível e saudável. Ao final do dia, Branca de Neve e os sete anões estavam satisfeitos e felizes. Eles sabiam que tinham descoberto uma maneira maravilhosa de aproveitar as maçãs e o cacau, e essa história se espalhou por todo o reino. As crianças do reino também começaram a comer bolo de maçã com cacau, inspiradas pela deliciosa aventura de Branca de Neve e seus amigos. A lição que Branca de Neve e os sete anões compartilharam com as crianças foi que, com criatividade e amizade, podemos transformar alimentos saudáveis em algo verdadeiramente especial. Comer frutas como maçãs é uma maneira deliciosa de cuidar de nossa saúde e desfrutar de momentos mágicos com aqueles que amamos. E assim, o reino de Branca de Neve se tornou um lugar onde todos apreciavam o bolo de maçã com cacau, e a felicidade reinou para sempre. Receita teste número 1 Bolo brownie de maçã com cacau – “Bolo Brownie da Branca de Neve” Ingredientes ✓ 6 ovos; ✓ 750g de maçã ralada; ✓ 100g de cacau em pó 100%; ✓ 100g de melado de cana; ✓ 100g de coco ralado fresco, (opcional); ✓ 85g de chocolate em barra meio amargo; ✓ 40g de gotas de chocolate, (opcional). Preparo ✓ Descasque e retire o miolo com sementes das maçãs e pese 750g, com um multiprocessador rale-as e reserve; ✓ Quebre os 6 ovos em um bowl e reserve; ✓ Derreta o chocolate em barra com 40g de melado em banho maria ou no micro-ondas; ✓ Rale o coco fresco na espessura fina; ✓ Em um bowl misture todos os ingredientes e reserve; ✓ Unte uma refratário que possa ir ao forno com um fio de óleo e transfira com o auxílio de uma espátula a massa; 70 ✓ Pré aqueça o forno por 10 minutos a 180ºC; ✓ Leve a massa para assar por 40 minutos, ou até que faça o teste do palito e este saia limpo. Observações: ✓ Por ter utilizado o cacau 100%, deixou sabor residual, levementeácido, pois o cacau ao natural tem pH ácido e necessita que seja corrigido com uma base como por exemplo bicarbonato de cálcio; ✓ A textura fico semelhante a bolo mousse, bem macia e molhada, como o público alvo são crianças de 4 a 5 anos pode não ser atrativa; ✓ A fim de melhorar a textura pode-se acrescentar farinha de aveia ou até mesmo farinha integral de trigo, em pequena quantidade apenas para auxiliar na estrutura. Um fator que precisa ser observado é quanto a permissão da utilização e melado para adoçar, pois a legislação proíbe o uso de açucares de adição para crianças menores de 3 anos, no entanto como a atividade proposta é apara crianças com 5 anos e o objetivo é durante o conto da história realizar a receita do bolo pode substituir o cacau 100% pelo cacau 50%. É necessário retirar a adição de melado o pode tentar substituição com uma geleia caseira de maçãs. Como não é fornecido farinha de trigo integral para a merenda escolar será adicionado farinha de trigo tradicional. Coco ralado e chocolate em barra também deverão ser retirados da receita. Torta de maçã receita final Ingredientes ➢ 1,250kg de maçã ralada; ➢ 9 ovos; ➢ 250g de cacau em pó 50%; ➢ 150g de melado de cana; ➢ 400g de farinha de trigo; ➢ 1 colher das de sobremesa de fermento químico. Preparo ✓ Descasque e retire o miolo com sementes das maçãs e pese 750g, com um multiprocessador rale-as e reserve; 71 ✓ Quebre os 6 ovos em um bowl e reserve; ✓ Em um bowl misture todos os ingredientes e reserve; ✓ Unte uma refratário que possa ir ao forno com um fio de óleo e transfira com o auxílio de uma espátula a massa; ✓ Pré aqueça o forno por 10 minutos a 180ºC; ✓ Leve a massa para assar por 40 minutos, ou até que faça o teste do palito e este saia limpo. Rendimento. Massa crua: 2,600kg Massa assada: 2,400kg Receita teste 2: Panqueca de Espinafre – “Panqueca do Hulk” Ingredientes ✓ 2 ovos; ✓ ½ xícara de leite / água; ✓ 200g de folhas de espinafre; ✓ 200g de farinha de trigo; ✓ Pitada de sal. Preparo ✓ Bata todos os ingredientes no liquidificador; ✓ Em uma frigideira untada com um fio de óleo, disponha uma porção da massa e asse; ✓ Para recheio pode-se usar carne moída refogada, frango desfiado e/ou legumes refogados. Observações: ➢ Pelo fato que a panqueca ser uma porção individual e o número de alunos ser grande, isso dificulta a realização, pois precisa de um pré-preparo ou que tenha mais mão de obra. ➢ Caso fosse autorizado realizar esta receita com as crianças pode ocorrer risco de ferimentos. Receita teste número 3 – Torta salgada do Hulk! “Torta de espinafre” Ingredientes: ➢ 200g de espinafres; ➢ 4 und de ovos; ➢ 200ml de caldo de frango / ou leite ou água; 72 ➢ 200g de farinha de trigo; ➢ Temperos a gosto; ➢ Sal; ➢ 1 colher das de sopa de fermento químico; ➢ Frango desfiado e legumes para o recheio. Preparo ➢ Em uma panela coloque o frango para cozinhar, com temperos da sua preferencia (alho, cebola), cubra com água e deixo cozer; ➢ Após estar cozido o frango peneire o caldo e reserve, desfie o frango e refogue com os temperos (cebola, alho, tomate, pimentão, cenoura e legumes) deixe esfriar; ➢ No liquidificador bata os ocos com o espinafre, o caldo de frango, tempere com sal, e a farinha, em um refratário coloque a mistura do liquidificador e misture o fermento e logo em seguida incorpore o recheio a massa; ➢ Unte uma forma com um fio de óleo e disponha a torta; ➢ Pré aqueça o forno a 180ºC por 10 minutos, leve a torta para assar por 30 a 40 minutos a depender da potência do forno; Receita final torta de espinafre. Ingredientes da massa. ➢ 500ml de caldo de frango; ➢ 300g de folhas e talos de espinafre; ➢ 5g de sal; ➢ 450g de farinha de trigo; ➢ 5 ovos; ➢ Tempero a gosto. Ingredientes do recheio. ➢ 1kg de sobrecoxa de frango; ➢ Aparas de talos de brócolis e espinafre; ➢ 350g de cebola; ➢ 4 dentes de alho grandes; ➢ 200g de tomate; ➢ 200g de cenoura; ➢ 200g de chuchu; ➢ 150g de brócolis; 73 ➢ Temperos a gosto; ➢ 1L de água; ➢ 20ml de óleo de soja; ➢ 20g de sal. Preparo: ➢ Em uma panela coloque o frango para cozinhar, com temperos da sua preferência (alho amassado, cebola cortada em quatro partes, talos de brócolis, talos de espinafre, louro, sal(5g)), cubra com 1l de água e deixo cozer; ➢ Após estar cozido o frango peneire o caldo e reserve, desfie o frango e refogue com o óleo e os temperos (cebola, alho, tomate, pimentão, cenoura, chuchu e brócolis) se necessário acrescente o caldo do cozimento do frango no preparo do recheio, deixe esfriar; ➢ No liquidificador bata os ovos com o espinafre, o caldo de frango, tempere com sal, e a farinha, em um refratário coloque a mistura do liquidificador e misture o fermento e logo em seguida incorpore o recheio a massa; ➢ Unte uma forma com um fio de óleo e disponha a torta; ➢ Pré aqueça o forno a 200ºC por 10 minutos, leve a torta para assar por 30 a 40 minutos a depender da potência do forno. Rendimento. Frango cru 1kg; Frango cozido:600g. Ossos e peles: 100g. Desgelo: 300g. Peso da torta crua: 3,190kg Peso da torta assada: 3kg. 74 Foto 73. Fonte a autora. Foto 74. Fonte a autora. Foto 75. Fonte a autora. Foto76. Fonte a autora. 75 Foto 77. Fonte a autora. Foto 78. Fonte a autora. As fotos acima são da realização da receita teste. 4.4 Realização Da Atividade E Do Teste De Aceitabilidade Na data de 06 (seis) de novembro foi realizada a entrega do informativo desenvolvido sobre seletividade alimentar para a diretora da instituição, Paula, e na mesma ocasião conversado sobre as datas para realização da atividade com as crianças do G5 ou G4 a depender da disponibilidade do professor regente de sala aceitar. Como sugestão da diretora Paula a escolha das turmas levou em consideração a existência de criança com algum tipo de seletividade, e com base nas vivencias na instituição pude perceber que os alunos tendem a não comer alimentos folhosos de cor verde escura, como espinafre, rúcula, pensando nisso optou-se por aplicar na prática a receita da torta de espinafre em seguida de apresentação de vídeo ilustrativo chamado “a dança da salada”, sobre alimentação saudável, disponível no Youtube no link a seguir https://www.youtube.com/watch?v=oh0n61xEbbk. https://www.youtube.com/watch?v=oh0n61xEbbk 76 A sugestão de data de realização da atividade é para o dia 10 (dez) de novembro pela manhã, sendo que na quinta feira será realizado o preparo antecipado das preparações da receita. Na manha do dia 09 de novembro fui até a instituição para a elaboração do preparo da receita da torta de espinafre, onde foram duplicadas a receita pois a principio era para ser em apenas uma turma do G5 e em conversa com demais professoras optou-se por desenvolver em parceria com as três turmas do G5, totalizando cerca de 40 crianças, incluído uma com TEA. No dia 10 de novembro ao chegar na instituição realizei o porcionamento das tortas, as turmas foram reunidas em uma sala com recurso de mídia. Iniciei a atividade com uma conversa com os alunos sobre alimentação saudável, trazendo como figura lúdica o incrível Hulk, fazendo alusão ao consumo de alimentos verdes escuros como espinafre, brócolis, com questionamento as crianças se eles consomem estes alimentos e se gostam. Após a conversa com os alunos foi apresentado o vídeo linkado acima, e a distribuição da torta para os alunos. Das 40 crianças 6 se recusaram a provar, outras 7 provaram, mas não gostaram e as demais gostaram, teve crianças que repetiram mais de duas vezes a porção de torta. Segue imagens da atividade em sala com os alunos. 77 Foto 97. Fonte a autora. Foto 98. Fonte a autora. 78 Foto99. Fonte a autora. 79 Foto 100. Fonte a autora. Foto 101. Fonte a autora. 80 Foto 102. Fonte a autora. Foto 103. Fonte a autora. 81 Foto 104. Fonte a autora. 5. CONCLUSÂO Durante a realização do estágio pude acompanhar o dia a dia das profissionais do setor de alimentação escolar do município de Biguaçu, onde participei de visitas técnicas, acompanhamento do dia a doa das merendeiras da instituição CEIM Lindóia, processo de elaboração do orçamento e licitação dos itens que componham a alimentação escolar para o ano letivo de 2024, elaboração de material informativo sobre alergias alimentares e manuais de boas práticas de fabricação, teste de aceitabilidade de filé de peixe. Durante o acompanhamento da instituição de ensino pude perceber quais as dificuldades enfrentadas pelas merendeiras, como equipamentos defeituosos, falta de uniformes em alguns casos, os alimentos principalmente vegetais que as crianças não comem por exemplo espinafre, rúcula, agrião, brócolis maço, berinjela, aboboras, frutas como mamão. 82 Diante do observado surgiu o tema seletividade alimentar objeto de pesquisa para o desenvolvimento do informativo, com o objetivo de informar aos pais e cuidadores, professores, merendeiras sobre o que é a seletividade alimentar, a importância da educação alimentar e de repassar informações assertivas para as crianças menores de cinco anos, já que em um dos dias que estava acompanhando as atividades da instituição uma das professoras chegou pra mim e me indagou sobre “o leite de caixinha (UHT) ser veneno” e o porque o mesmo era ofertado para as crianças ao invés do leite em pó que segundo a opinião dela seria mais saudável, foi o start para a elaboração do mesmo. Baseado também no acompanhamento da rotina desenvolvi as receitas testes, e como o espinafre foi um dos vegetais que basicamente todas as instituições visitadas relataram que possuía maior resistência ao consumo apliquei a receita na instituição CEIM Lindóia, nas turmas do G5 matutino. Foi uma das experiencias mais ricas e desafiadora que vivenciei. Pois o fato de apresentar os benefícios do espinafre para as crianças com 5 anos e também a importância da alimentação saudável pra mim como pessoa que tem dificuldade de falar em público foi um divisor de águas, uma superação dos meus limites. Ver o sorriso de satisfação e aprovação das crianças foi muito gratificante receber este tipo de feedback. Teve crianças que repetiram por mais de 4 vezes, e pediram a receita para levar pra casa, na ocasião os professores também degustaram a torta de espinafre e sugeriram que fosse elaborado um pequeno ebook de receitas para ser enviado aos pais dos alunos juntamente com o informativo sobre a seletividade. De uma maneira geral posso dizer que o presente estágio de fato foi um presente para mim pois com a execução do mesmo pude ter a certeza da área de atuação que após formada quero seguir e a escolha do tema do TCC, a ser desenvolvido na sequência do curso. Tenho muito o que agradecer a toda equipe do setor de alimentação escolar pelo aporte durante a realização do estágio e o suporte da tutora externa, sempre sanando as dúvidas que surgiram. 83 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FAVRETTO, Luísa Moreira; AMEOSTOY, Micheli Bordoli & NETO, Luiz Caldeira Brant de Tolentino. 2021. Educação alimentar: fatores influenciadores na seletividade alimentar de crianças. Disponível em: < https://scholar.archive.org/work/lp3nk4donvex5fjypguxcoc2da/access/wayback/http:// www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/download/1626/ 1065>. Acessado em: 18/10/2023. CFN, 2010. Resolução CFN nº 465 de agosto de 2010. Disponível em: <http://sisnormas.cfn.org.br:8081/viewPage.html?id=465>. Acessado em 18/10/2023. GOV.BR, 2023. PNAE – Lei nº11947, de 16 de junho de 2009. Disponível em:< https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e- programas/programas/pnae >. Acessado em: 18/10/2023. CD/FNDE, 2023. Resolução nº 2 de 10 de março de 2023. Disponível em: < https://rebrae.com.br/wp-content/uploads/2023/05/RESOLUCAO-No-2-DE-10-DE- MARCO-DE-2023-RESOLUCAO-No-2-DE-10-DE-MARCO-DE-2023-DOU-Imprensa- Nacional.pdf >. Acessado em: 18/10/23. PTAE 2023. Plano de trabalho da alimentação escolar 2023. SEMED, Biguaçu – Santa Catarina. GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, 200. Matérias publicadas na imprensa. SEMED, Biguaçu – Santa Catarina. 84 GERÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, 200. Murais “espaço da Nutrição”. SEMED, Biguaçu – Santa Catarina. MOREIRA, Breno; NUNES, Renato Moreira & PEREIRA, Tamires Railane, 2020. A importância da educação alimentar e nutricional para alunos das séries iniciais. Disponível em:<https://periodicoshomolog.ufjf.br/index.php/lynx/article/view/25591>. Acessado em: 18/10/2023. NASCIMENTO, Fernanda Malta Leite, 2018. Educação alimentar e nutricional e a promoção da qualidade de vida em escolares da educação infantil: percepção da função desempenhada neste processo. Disponível em:<https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/6839>. Acessado em: 18/10/2023. GOV.BR, RDC ANVISA 216/2004. Cartilha sobre Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/alimentos/manuais-guias-e-orientacoes/cartilha- boas-praticas-para-servicos-de-alimentacao.pdf>. Acessado em 18/10/2023. CABRAL, Daiane Silva, et al. 2023. Relação entre a oferta de açúcar precoce com a seletividade alimentar infantil em crianças menores de 4 (quatro) anos. Disponível em:<https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/33171>. Acessado em: 18/10/2023. MACHADO, Flavia Maria Vasques Farinazzi; et al 2021. O alimento como ferramenta de educação, inclusão e terapia para adolescentes com Transtorno do espectro autista. Disponível em:<https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/download/36437/ pdf/92777#:~:text=O%20projeto%20possibilitou%20o%20desenvolvimento,e%20est agi%C3%A1rios%20envolvidos%20na%20pesquisa. >. Acessado em: 18/10/2023. 85 PEREIRA, Fabiana Paula; et al; 2017. Leite avaliação comparativa da composição do leite de soja com o leite de vaca com e sem lactose. Disponível em:<http://revista.fasf.edu.br/index.php/conecta/article/download/72/pdf>. Acessado em: 18/10/2023. CHAT.OPENAI;2023. História da branca de neve. 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Foto realizada pela autora. 88 ANEXO 3 89 Captura de tela, realizada do material em PDF fornecido pela SEMED. 90 ANEXO 4 91 Captura de tela, realizada do material em PDF fornecido pela SEMED. 92 ANEXO 5 93 Captura de tela, realizada do material em PDF fornecido pela SEMED. 94 ANEXO 6 Fonte a autora. 95 ANEXO 7 Fonte a autora. 96 ANEXO 8 97 98 99 Foto a autora, material da SEMED.100 ANEXO 9 101 102 103 104 105 106 107 108 Fonte material impresso elaborado pela autora entregue na instituição de ensino. 109 ANEXO 10 Fonte a autora.