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AULA 1 - FUNDAMENTOS DE FARMACOTÉCNICA (SLIDE)

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FUNDAMENTOS DE 
FARMACOTÉCNICA
S E T O R D E M A R K E T I N G
G R U P O S E R E D U C A C I O N A L
Prof. MSc. Widson Santos
widson.santos@sereducacional.com
D A T A
S E T O R D E M A R K E T I N G
G R U P O S E R E D U C A C I O N A L
UNIDADE I – WEB I:
FARMACOTÉCNICA: DA MAGIA À CIÊNCIA
Prof. MSc. Widson Santos
widson.santos@sereducacional.com
HISTÓRICO E INTRODUÇÃO À 
FARMACOTÉCNICA
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MEDICAMENTOS ANTIGOS
• Os arqueólogos descobriram diversos artefatos (tábuas, rolos e
outros) demonstram os remédios e terapias utilizados nas
civilizações antigas (3000 a.C.).
Imagem de um médico 
tratando um paciente
Papiro de Ebers (1600 a.C.)
PAPIRO DE EBERS (1600 a.C.)
• Descoberto por Georg Ebers em 1873.
• 1550 a.C: os egípcios usavam substâncias e formas farmacêuticas
empregadas até hoje.
• 700 substâncias de origem vegetal, mineral e animal.
• Veículos: cerveja, vinho, leite e mel.
• Equipamentos: gral e pistilo, moinhos, tamises e balanças.
• Formas farmacêuticas: supositórios, soluções de gargarejo, pílulas,
inalações, pomadas, emplastros e enemas.
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Hipócrates
Corpus Hippocraticum
HIPÓCRATES (460-377 a.C.)
• Hipócrates (466-377 a.C.): pai da medicina racional-naturalista;
• Século III d.C.: Corpus Hippocraticum
• 257 espécies vegetais;
• Apenas 27 não são mais utilizadas hoje. 
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Claudius Galenus
GALENO (130-200 d.C.)
• Médico e farmacêutico grego com cidadania romana. 
• Escritos médicos incluem a descrição de fórmulas medicinais e métodos 
de manipulação. 
• Fórmulas galênicas: misturas complexas de plantas medicinais. 
• Cold cream: Cerato de Galeno.
• Estimulou a vigilância sanitária para fiscalização da qualidade dos 
remédios. 
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PARACELSO (1493-1541)
Paracelso
• Aureolus Teophrastus Bombastus von Hohenheim.
• Médico e químico suíço. 
• Trouxe as bases químicas para a profissão farmacêutica. 
• Trouxe o conhecimento de que uma planta medicinal tem um princípio 
ativo, que pode ser extraído através de um processo químico;
• Ao contrário da medicina galênica, Paracelso definiu o preparo de 
medicamentos por meio de extração. 
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OS BOTICÁRIOS – SÉC XVIII
CLASSIFICAÇÃO DAS 
FORMAS 
FARMACÊUTICAS
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O que é a farmacotécnica?
• A farmacotécnica é um ramo da farmácia, praticada por profissionais 
farmacêuticos, e tem como objetivo a manipulação dos princípios ativos 
(ou Insumos Farmacêuticos Ativos – IFAs) para a fabricação de 
medicamentos. 
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FORMA FARMACÊUTICA
• São sistemas de liberação de fármacos, ou seja, constituem um meio de 
administrar um fármaco de maneira segura, eficaz, precisa, reprodutível e 
prática ao organismo. Normalmente, é constituída por uma mistura de um 
ou mais fármacos com excipientes/adjuvantes farmacêuticos.
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EXCIPIENTES 
• São substâncias, normalmente sem atividade farmacológica, utilizadas para elaboração de uma
forma farmacêutica. São considerados ingredientes funcionais, podendo ser adicionados à uma
FF para solubilizar, suspender, aumentar a viscosidade, diluir, estabilizar, conservar, colorir,
edulcorar, entre várias outras funções.
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COMPRIMIDOS
Formas farmacêuticas sólidas preparadas por compressão ou moldagem.
FÁRMACO
EXCIPIENTES
Diluente
Desintegrantes
Lubrificantes
Deslizante
Compressão ou 
moldagem
COMPRIMIDO
Revestimento
COMPRIMIDO 
REVESTIDO
Entérico
Liberação modificada
Proteção
Inserção de adjuvantes moduladores 
de liberação na matriz 
Palatabilidade
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COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO MODIFICADA
MATRIZ INSOLÚVEL
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COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO MODIFICADA
MATRIZ HIDROFÍLICA
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COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO MODIFICADA
SISTEMA RESERVATÓRIO
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COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO MODIFICADA
BOMBA OSMÓTICA
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CÁPSULAS
Formas farmacêuticas em que o fármaco e os excipientes apropriados (ex. diluentes) 
são envoltos por um invólucro duro ou mole.
CÁPSULAS DE 
GELATINA
Conteúdo sólido
Conteúdo líquido
DESINTEGRAÇÃO RÁPIDA
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SOLUÇÕES
Forma farmacêutica líquida que contém uma ou mais substâncias ativas dissolvidas 
em um solvente ou mistura de solventes apropriados.
O fármaco é absorvido de maneira muito mais rápida do que as 
FFs sólidas (comprimidos e cápsulas)
ELIXIRES XAROPES SOLUÇÕES
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SUSPENSÕES
Forma farmacêutica na qual o fármaco encontra-se finamento dividido e disperso em 
um veículo líquido.
O fármaco deve ser insolúvel no veículo líquido
USO PARENTERAL 
(IM e SC)
USO ORAL
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EMULSÕES
Dispersão em que a fase dispersa é composta de pequenos glóbulos de líquido que 
se encontram distribuídos em um veículo no qual é imiscível.
ÓLEO EM ÁGUA (O/A) ÁGUA EM ÓLEO (A/O)
NECESSIDADE DE UM 
TENSOATIVO (EMULGENTE)
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POMADAS
FFs semissólidas nas quais fármaco está contido em uma base lipofílica 
(vaselina) ou hidrofílica (polietilenoglicol). São preparações mais espessas.
CREMES
FFs semissólidas nas quais o fármaco está dissolvido ou disperso em emulsões O/A 
ou A/O. São preparações menos espessas que as pomadas. 
GÉIS
FFs preparadas a partir de uma fase líquida que foi espessada com agentes 
gelificantes e podem conter o fármaco dissolvido ou disperso. 
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMISSÓLIDAS
PASTAS
FFs semissólidas destinadas à aplicação sobre a pele. Possuem uma proporção 
elevada de sólidos (> 25%), com consistência firme e espessa.
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SUPOSITÓRIOS E ÓVULOS
• São preparações sólidas destinadas à introdução nos orifícios corporais, onde vão
fundir, amolecer ou dissolver, exercendo efeitos locais ou sistêmicos.
• Geralmente são usados através das vias retal e vaginal, respectivamente.
VIAS DE 
ADMINISTRAÇÃO E 
ASPECTOS 
BIOFARMACÊUTICOS
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O QUE É BIOFARMÁCIA?
É o estudo de como as propriedades fisico-químicas dos fármacos, das formas 
farmacêuticas e as vias de administração afetam a velocidade e o grau de absorção 
(quantidade) deste fármaco. 
BIODISPONIBILIDADE Velocidade e extensão de absorção de um fármaco a 
partir de uma forma farmacêutica.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
É a maneira como o medicamento entra em contato com o organismo.
ORAL
RETAL
PARENTERAL
TÓPICA
RESPIRATÓRIA
OCULAR
NASAL
AURICULAR
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ADMINISTRAÇÃO ORAL
ABSORÇÃO LOCAL
ABSORÇÃO 
GASTRINTESTINAL
EFEITO LOCAL
EFEITO SISTÊMICO
VIA ORAL
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VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE FÁRMACOS
SIMPLES
CONVENIENTE
SEGURA
DESVANTAGENS
RESPOSTA TERAPÊUTICA RELATIVAMENTE LENTA
INSTABILIDADE DE ALGUNS FÁRMACOS FRENTE AOS FLUIDOS DO TGI
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM
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DIFERENÇAS NAS VELOCIDADES DE ABSORÇÃO DAS FORMAS 
FARMACÊUTICAS DE USO ORAL
Suspensões
Cápsulas (alguns tipos)
Comprimidos
Soluções
Xaropes
Elixires
Retirado de Allen Jr., Popovich e Ansel (2013).
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EFEITO LOCAL
Administração de medicamentos com efeito laxativo ou para tratamento de inflamações locais
Constipação
Hemorroidas
EFEITO SISTÊMICO
Administração de medicamentos que serão absorvidos para a circulação sistêmica para 
exercer o efeito farmacológico. Ex.: analgésicos, antieméticos, expectorantes, etc.
VIA DE ADMNISTRAÇÃO RETAL
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VANTAGENS
Administração de fármacos instáveis nos fluidos do TGI
Administração de medicamentos para pacientes com via oral impossibilitada
DESVANTAGENS
Administração inconveniente
Absorção irregular
Metabolismo de primeira passagem: 50% do fármaco 
absorvido pela via retal passa pelo fígado
VIA DE ADMNISTRAÇÃO RETAL
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SUPOSITÓRIOS POMADAS SOLUÇÕES / 
ENEMAS
FORMAS FARMACÊUTICASDE USO RETAL
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VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA
O fármaco é aplicado sobre a pele.
AÇÃO LOCAL AÇÃO SISTÊMICA
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EFEITO LOCAL
A maioria das formas farmacêuticas de uso tópico são aplicadas para 
ação local na pele (tratamento de queimaduras, feridas, lesões 
superficiais, alergias cutâneas, entre outros)
Antimicrobianos
Anti-inflamatórios
Anestésicos
Emolientes
Cremes e pomadas
Géis
Aerossóis
Pós
Loções
FFs formuladas para manter o contato do fármaco com o local por período 
prolongado com mínima absorção sistêmica
VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA
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MECANISMO DA ABSORÇÃO TRANSDÉRMICA 
Adesivo transdérmico
Extráto córneo
Folículo piloso
Duto de glândula sudorípara
Molécula de fármaco
VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA
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PATCHES
Sistemas de liberação na forma de adesivos que liberam lentamente a substância ativa para a 
absorção transdérmica (percutânea). 
O fármaco se difunde através das camadas da pele a uma velocidade 
controlada, atingindo a circulação sistêmica até alcançar seu sítio de ação
VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA
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SISTEMAS DE LIBERAÇÃO TRANSDÉRMICA: PATCHES 
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VIA DE ADMNISTRAÇÃO PARENTERAL
Do grego, para, que significa ao lado de, e enteron, que se refere ao intestino.
Fora do intestino, não por meio do trato gastrintestinal.
ADMINISTRAÇÃO 
PARENTERAL
Inserção de uma agulha fina no corpo
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL
SUBCUTÂNEA INTRAMUSCULAR INTRAVENOSA
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VIA DE ADMNISTRAÇÃO PARENTERAL
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VIA DE ADMNISTRAÇÃO PARENTERAL
VANTAGENS
Administração de fármacos instáveis ou pouco absorvidos no TGI
DESVANTAGENS
Difícil remoção do fármaco da circulação sistêmica após administração
Administração de fármacos na circulação sistêmica de forma muito rápida
Pouca ou nenhuma perda do fármaco após administração
Administração de doses menores do fármaco
Administração de medicamentos em pacientes que não toleram a administração oral
Forma farmacêutica onerosa
Necessidade de pessoal especializado para administração
Administração invasiva
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VIA DE ADMNISTRAÇÃO PULMONAR
Os pulmões são uma excelente via para administração de 
gases e de aerossóis constituídos de finíssimas partículas 
líquidas ou sólidas.
Os alvéolos pulmonares são áreas 
ricas em capilares (25 m²)
Absorção e efeito terapêutico em velocidade 
similar a via IV
Tamanho de partícula determina a profundidade em 
que as partículas penetram na árvore respiratória
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AEROSSÓIS DOSIMETRADOS AEROSSÓIS PULVÉRICOS
VIA DE ADMNISTRAÇÃO PULMONAR
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VIA DE ADMINISTRAÇÃO NASAL
AÇÃO LOCAL
Via conveniente e acessível para o tratamento de sintomas locais associados a rinite
alérgica, congestão e infecção nasal. Ex: anti-histamínicos, corticosteroides,
antibióticos e outros.
AÇÃO SISTÊMICA
Via conveniente para um início rápido de ação (ex.: tratamento de dor, enxaqueca e disfunção erétil) e
para evitar o metabolismo pré-sistêmico hepático e gastrintestinal.
SOLUÇÃO
SUSPENSÃO
CREME
POMADA
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ADMINISTRAÇÃO AURICULAR OU OTOLÓGICA
FFs líquidas, pastosas ou em pó, destinadas a serem instiladas no canal
auditivo para o tratamento de otites externas e médias ou para a lavagem
auricular.
Costumam ser viscosas para que o fármaco permaneça em contato por um
período prolongado com a área afetada
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VIA DE ADMINISTRAÇÃO OCULAR
Os medicamentos geralmente são administrados por via ocular para tratar condições 
patológicas do segmento anterior do olho, como infecções microbianas, inflamações, 
alergias, olho seco, glaucoma e ulceração córnea.
Soluções
Suspensões
Pomadas.
TEMPO DE AÇÃO DAS 
FORMAS 
FARMACÊUTICAS
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ABSORÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO DE FÁRMACOS POR DIFERENTES VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
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TEMPO DE INÍCIO DE AÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS
Segundos Injeção intravenosa
Minutos Injeções intramuscular e subcutânea, 
comprimidos bucais, aerossóis, gases
Minutos a horas Injeções de depósito de curto prazo, soluções, 
suspensões, pós, grânulos, cápsulas, 
comprimidos, comprimidos de liberação 
modificada
Várias horas Formulações entéricas com revestimento
Dias a semanas Injeções de depósito, implantes
Variável Preparações tópicas
Adaptado de Auton (2016).
VARIAÇÕES NO TEMPO DE INÍCIO DE AÇÃO DE FÁRMACOS DE ACORDO COM A 
FORMA FARMACÊUTICA
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EXEMPLO: NÍVEIS SANGUÍNEOS DE NITROGLICERINA APÓS ADMINISTRAÇÃO POR 
DIFERENTES FORMAS FARMACÊUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Muito obrigado!
widson.santos@sereducacional.com
@prof.widson

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