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Conceito de Consumidor II

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Conceito de Consumidor II
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
CONCEITO DE CONSUMIDOR II
Consumidor
Clássica (by stardard)
Equiparado
Art. 2º, caput – toda pessoa física ou 
juídica que adquire ou utiliza produto 
ou serviço como destinatário final 
(STJ – Teoria finalista aprofundada)
COLETIVIDADE
Art. 2º, parágrafo único: Equipara-se a 
consumidor a coletividade de pessoas 
ainda que indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de consumo.
Art. 17 – Vítimas do 
acidente de consumo;
Art. 29 – expostos às 
práticas comerciais;
Quando se fala de consumidor equiparado, existem três artigos que tratam de situações 
em que alguém vai ser equiparado ao consumidor. Muitas vezes são pessoas que não con-
trataram diretamente o serviço ou produto, mas acabam sendo equiparados a consumidores.
1. Coletividade:
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Conceito de Consumidor II
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Art. 2º, parágrafo único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeter-
mináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
O artigo acima trata de uma proteção que acontece muito antes de o consumidor contra-
tar determinado serviço/produto.
2. Vítimas de acidente de consumo:
Art. 17 – Vítimas do acidente de consumo;
Trata das pessoas que são vítimas de um defeito, de um serviço ou produto. Incidirá 
nesse ponto quando o produto/serviço não entregar a segurança razoável que o consumi-
dor espera. Por exemplo, em um casamento, um convidado comeu docinhos estragados, os 
quais foram entregues por um buffet contratado pelos noivos. Nesse caso, mesmo que o con-
vidado não tenha contratado diretamente o buffet, pode-se aplicar o CDC, visto que a pessoa 
foi atingida indiretamente daquela relação de consumo. 
3. Art. 29 – expostos às práticas comerciais.
Seriam exemplos disso os comerciais racistas, propagandas enganosas etc.
O julgado a seguir trata do taxista que compra um veículo. Se fosse analisar o rigor da 
teoria finalista, o taxista, quando compra um veículo, não seria um enquadrado como con-
sumidor, já que ele utilizaria o veículo para prestar um serviço, isto é, não é um destinatário 
final. Contudo, a vulnerabilidade está muito clara nesse caso, visto que há vulnerabilidade 
jurídica, técnica, informacional etc.
“A aquisição de veículo para utilização como táxi, por si só, não afasta a possibilidade de 
aplicação das normas protetivas do CDC”. STJ. 4ª Turma. REsp 611872-RJ, Rel. Min. Anto-
nio Carlos Ferreira, julgado em 2/10/2012 (Info 505).
No julgado a seguir, o STJ entendeu que havia vulnerabilidade técnica entre a imobiliária 
e a empresa de aeronaves. Observa-se:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. 
COMPRA DE AERONAVE POR EMPRESA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS. AQUISIÇÃO 
COMO DESTINATÁRIA FINAL. EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO. 
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Conceito de Consumidor II
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1. Controvérsia acerca da existência de relação de consumo na aquisição de aeronave 
por empresa administradora de imóveis.
2. Produto adquirido para atender a uma necessidade própria da pessoa jurídica, não se 
incorporando ao serviço prestado aos clientes.
3. Existência de relação de consumo, à luz da teoria finalista mitigada. Precedentes.
4. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg no REsp 1321083/PR, Rel. Minis-
tro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 09/09/2014, DJe 
25/09/2014)
CONSUMIDOR EQUIPARADO (by standard)
• Muitas pessoas, mesmo não sendo consumidoras stricto sensu, podem ser atingi-
das ou prejudicadas pelas atividades dos fornecedores no mercado. Essas pessoas 
podem intervir nas relações de consumo de outra forma e ocupar uma posição de 
VULNERABILIDADE.
HIPERVUNERABILIDADE – criança, pessoa com deficiência e idoso. A publicidade deve 
observar padrões de proteção mais qualificados.
Art. 2º Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeter-
mináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Das Práticas Comerciais
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pes-
soas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
Súmulas STJ
Súmula 297 – O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.
Obs.: o próprio CDC entende e registra de forma expressa que as instituições financeiras 
prestam serviço de consumo, apesar de não gostarem de sua aplicação.
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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Súmula 563 – O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de 
previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com enti-
dades fechadas.
Obs.: o sistema previdenciário tem três grandes ramos:
• Regime Geral de Previdência Social, em que a maioria dos trabalhadores está inserido;
• Regimes Próprios – regime dos servidores públicos;
• Regime de Previdência Complementar – regime facultativo.
Pode-se optar pelo regime aberto ou fechado. No último caso, é fechada para determina-
dos grupos, como, por exemplo, empregados da CAIXA. Além disso, possui a caraterística 
de muitas vezes serem geridas pelos próprios beneficiários, o que acaba por não ter vulne-
rabilidade, já que eles participam das decisões a serem tomadas. 
Por outro lado, no regime aberto, qualquer pessoa pode acessar, o que caracteriza vul-
nerabilidade, ou seja, aplica-se o CDC.
Súmula 602 – O CDC é aplicável aos empreendimentos habitacionais promovidos pelas 
sociedades cooperativas.
Súmula 608 – Aplica-se o CDC aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados 
por entidades de autogestão. 
Obs.: Seria, por exemplo, o caso da Qualicorp, que contrata vários planos de saúde que ela 
oferece, e a própria empresa que vai gerir esses contratos. Entende-se que não se 
aplica o CDC, pois entre a Qualicorp e a seguradora não há um desnível, pois uma 
empresa estaria representando os consumidores.
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20m
���������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Fernanda da Rocha Teiixeira.
����A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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