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Estrutura e Função Humana - Cap 2

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13/03/2024, 15:03 Estrutura e Função Humana
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Juliane Cristina de Souza Silva Brito / Vivian Alessandra Silva
ESTRUTURA E FUNÇÃO HUMANA
CAPÍTULO 1 - O QUE É
A ESTRUTURA E
FUNÇÃO HUMANA?
13/03/2024, 15:03 Estrutura e Função Humana
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Introdução
Seja bem-vindo ao estudo do corpo humano! Você sabe o que é a “Estrutura e
Função”? É um estudo integrado de três ciências básicas: anatomia, histologia e
�siologia humana.
Você sabia que anatomia é uma palavra que vem do grego que signi�ca “cortar
em partes”, conhecer a organização estrutural do corpo humano? Já a histologia,
também do grego, signi�ca “o estudo dos tecidos” que compõem as estruturas
do corpo humano. Por sua vez, �siologia, como as demais, uma palavra grega
que signi�ca “estudo da função” das estruturas e tecidos que compõem o corpo
humano. 
O estudo segregado destas três ciências é possível, porém limitado. Queremos
oferecer a você um aprendizado próximo à realidade, em que as ciências se
integram harmonicamente.
Você sabia que o nosso corpo não é simplesmente um conjunto de células ou de
órgãos, mas sim um conjunto de células e órgãos que se agrupam para formar
estruturas com funções especí�cas?
Neste primeiro capítulo, usaremos de três tópicos de estudo para nivelar
conhecimentos, ou seja, para saber de que maneira nosso organismo funciona e
como se organiza, do que ele é constituído e algumas nomenclaturas que são
utilizadas de maneira geral no mundo cientí�co.
No último tópico, daremos início à nossa aventura pelo corpo humano, por um
sistema de grande complexidade por dominar o funcionamento de todos os
restantes: o sistema nervoso. 
Fique atento ao material apresentado e bons estudos!
Você já percebeu que sua frequência respiratória ou a sua frequência cardíaca se
alteram durante uma prática esportiva? E que, quando você faz uma pausa para
descansar, essas mesmas frequências retornam ao estado inicial? Ou, ainda,
1.1 Mecanismos homeostáticos
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você já notou como seu corpo se comporta diferente dependendo do clima?
Num dia quente, você transpira. Já em um dia frio, você treme.  Já parou para
pensar em por que ou como seu corpo faz isso?
Antes de iniciar o estudo da homeostase, assista ao vídeo que preparamos para
você!
Neste primeiro tópico, você terá a oportunidade de aprender mais sobre o tema.
Vamos lá?
Nosso organismo tem a capacidade de se adaptar às mudanças ambientais e
internas, mantendo as funções orgânicas acontecendo de maneira e�ciente,
independente, da situação. A essa característica chamamos de Homeostase.
Você, como futuro pro�ssional da área da saúde, precisa compreender de que
maneira o nosso organismo funciona, para que nossas intervenções promovam
a saúde, previnam e tratem as doenças de nossos clientes, pacientes e alunos!
Para aprender mais sobre o tema, clique nas setas abaixo.
1.1.1. Homeostase e a membrana plasmática
Muitos autores de�nem homeostase como equilíbrio. Porém,
não é assim tão simples, isso porque vivemos num ambiente
totalmente dinâmico. O conceito correto seria a “manutenção
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da constância do ambiente interno independente de qualquer
condição. Você dorme, acorda, trabalha, estuda; além disso, as
temperaturas oscilam ao longo do dia, sua alimentação muda,
estresse etc.”. 
Homeostase, do grego, homeo, signi�ca parecido ou similar e
stase signi�ca condição. Perceba que nosso organismo não é
estático. Toda vez que algo perturba o equilíbrio, a
homeostase, rapidamente o organismo se ajusta e retorna ao
estado de equilíbrio. 
A capacidade que nosso organismo tem de manter a
homeostase é realmente incrível, mas, para que isso aconteça,
é preciso que haja uma comunicação íntima entre todos os
sistemas que compõem nosso organismo. 
Conforme formos aprofundando nosso estudo sobre o corpo
humano, você perceberá que sempre existe a presença de um
receptor, um centro integrador e um efetor. O receptor será
aquele que perceberá a quebra da homeostase; o centro
integrador será o responsável pela tomada de decisão do
restabelecimento do equilíbrio corporal; e o efetor será aquele
responderá ou efetuará o comando do centro integrador. 
Por exemplo, a temperatura ideal para o funcionamento do
nosso corpo �ca em torno de 36,5 °C ou 37 °C. Imagine que
hoje está fazendo 20 °C lá fora e você não imaginava que teria
tal queda de temperatura, saiu de casa vestindo apenas uma
bermuda e uma regata.
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Essa íntima relação entre os sistemas recebe o nome de feedback ou
retroalimentação. Trata-se de uma conversa entre receptores, centro integrador e
efetores a �m de garantir a homeostase momento a momento.
Existem dois tipos de feedbacks: o negativo e positivo. Para conhecer mais
sobre eles, clique nas abas abaixo.
Imediatamente a temperatura do ambiente começa a
in�uenciar sua temperatura corporal, porém, para que os
nossos órgãos funcionem de maneira adequada, precisamos
mantê-los a 36,5 ºC. Receptores localizados na superfície de
nosso corpo percebem a temperatura ambiente, enviam esta
mensagem para o sistema nervoso que compreende que se a
temperatura corpórea diminuir, nossos órgãos poderão sofrer
danos. 
A estratégia tomada então é enviar um comando aos
músculos (efetores), para que contraiam repetidamente
(tremor), gerando calor. Obviamente, não é somente esse
comando, muitos outros são enviados, mas conseguem
compreender a intima relação que há entre os sistemas?
Todos com o mesmo objetivo: garantir a homeostase.
O negativo é o mais comum e consiste na reversão de uma
variação, por exemplo: a pressão arterial (pressão sanguínea
exercida contra a parede dos vasos sanguíneos), deve ser
mantida dentro de um limiar, para que todo o corpo receba os
nutrientes provindos do sangue de maneira adequada. Vamos
supor que a sua pressão arterial se eleve ou reduza por algum
estímulo, isso pode gerar prejuízos sérios na nutrição tecidual.
Feedback negativo
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Neste caso, terminações nervosas localizadas em algumas
artérias (barorreceptores) terão a função de receptores, ou seja,
serão os responsáveis por perceber se o �uxo sanguíneo está
passando com a pressão adequada. Essa informação é
constantemente enviada para um centro integrador, que no
caso, é o sistema nervoso central. Ele interpreta a mensagem e
responde ao coração e aos vasos sanguíneos (efetores), que
gerarão diminuição ou aumento da frequência cardíaca,
vasoconstrição ou vasodilação, de acordo com a necessidade.
Ou seja, se a pressão arterial está elevada, por meio do
 negativo, essa pressão diminuirá até os valores
normais para aquele indivíduo. Porém, se a pressão arterial
diminuiu, por meio do negativo, os valores da pressão
arterial se elevarão até atingir a normalidade daquele indivíduo.
feedback
feedback
Por outro lado, o positivo reforça a variável. Funciona
da mesma forma que no negativo, porém, agora, o
comando enviado para o efetor é de intensi�cação, ou seja,
aquela variável vai ser ainda mais estimulada. Exemplo:
situação de parto. Por meio do negativo, as
contrações uterinas seriam anuladas, mas se isso acontecer o
bebê não irá nascer, já que são as contrações uterinas que
favorecema saída do bebê do útero. Com o positivo,
quanto mais contrações e estiramentos, mais contrações
uterinas irão acontecer até que o bebê nasça.
feedback 
 feedback 
feedback
feedback
Aprofundando um pouco mais nosso conhecimento, o conceito
de homeostase é aplicado ao funcionamento celular. Existem
diversos tipos de células, vamos usar um modelo simpli�cado,
mas que se aplica a todos os tipos de células eucariontes.
Feedback positivo
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No esquema abaixo, observe uma célula eucarionte, dotada de diversas
organelas com diferentes funções e de um núcleo contendo em seu interior
nosso material genético, o DNA. Queremos chamar atenção para o envoltório
celular, denominado Membrana Plasmática. Ainda que as demais estruturas
celulares sejam interessantes, serão focos de outra disciplina chamada
Processos Biológicos.
Figura 1 - A) Uma ilustração de uma célula animal, com seus constituintes citoplasmáticos. B) Uma
ampliação do envoltório celular, conhecido como membrana plasmática, ilustrando sua composição.
Fonte: Vladimir Ishuk; KallayanneNaloka Shutterstock.
Con�ra, na sequência, um vídeo sobre a membrana plasmática e a proteção das
organelas internas de uma célula. 
Agora, observe o quadro abaixo.
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Figura 2 - Concentrações iônicas homeostáticas no meio extracelular e intracelular
Fonte: Elsevier, [s.d].
Quando a membrana plasmática consegue garantir que as concentrações
iônicas intracelulares estejam de acordo com a necessidade celular, a célula está
em homeostase. 
Robert Hooke foi um cientista inglês da Universidade de Oxford, que viveu
no século XVII, o primeiro a descrever a existência das células. Fez isso a
partir da análise de cortiça, observou que ela era formada por “pequenas
celas”, a qual chamou de células.
VOCÊ O CONHECE?
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A função de transporte entre o meio extra e intracelular é então muito importante
para as células. Tanto para entrar (in�uxo) como para sair (e�uxo), todas as
substâncias químicas atravessam a membrana plasmática. Os transportes pela
membrana podem ser divididos de acordo com dois critérios: mediados e não
mediados, e ativos e passivos. O transporte mediado é feito pelas proteínas, que
podem ser carreadoras (transportadoras) ou proteínas de canais. Neste caso, as
substâncias que querem entrar ou sair da célula precisam de ajuda destas
proteínas ou canais.
A maior parte das moléculas que são transportadas fazem uso do que
chamamos de mediadores ou canais transportadores, proteínas localizadas na
membrana plasmática capazes de mudar a sua conformação ao se ligarem à
molécula na qual possuem especi�cidade, transportando-a para o MIC ou para o
MEC.
Figura 3 - Proteínas transportadoras de membranas plasmáticas
Fonte: Sakurra/Shutterstock
Na �gura, você pode observar a membrana plasmática em destaque com suas
proteínas transportadoras. À esquerda, um canal fechado e à direita, o canal
aberto, permitindo a difusão dos íons de um meio para outro.
No transporte não mediado, as substâncias atravessam a membrana plasmática
sem a ajuda de proteínas. Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema.
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No transporte ativo a célula gasta ATP e ele
ocorre contra um gradiente de concentração e
com uso de um mediador (carreador ou proteína
de canal). 
No transporte passivo, a célula não gasta ATP.
São exemplos de transporte passivo: a osmose,
realizada pela água no corpo humano, quando
ela vai de uma área de alta concentração de água
para uma área de baixa concentração de água; a
difusão simples, que ocorre quando um íon ou
gás é transportado sem um mediador e sem
gasto energético; e a difusão facilitada, ocorrida
quando um íon ou gás é transportado com um
mediador, porém, sem gasto energético. 
 Trans
porte
ativo
Transp
orte
passiv
o
Você sabia que a diabetes é uma doença das células? A glicose provinda
da alimentação é a principal matéria prima para a produção de ATP,
porém, ele só será produzido a partir do momento que a glicose for
transportada do sangue para dentro das células. A insulina (hormônio
produzido pelo pâncreas) atua facilitando a entrada da glicose nas
células. Existem diversos tipos de diabetes, as mais comuns são a “tipo 1”
e a “tipo 2”. Na diabetes tipo 1, a pessoa não produz insulina (é uma
doença autoimune, em que o próprio corpo destrói as células pancreáticas
produtoras de insulina). Já na diabetes tipo 2, a pessoa tem de�ciência
nas proteínas celulares que se ligam à insulina. Seja a 1 ou a 2, a pessoa
tem di�culdades em fazer essa glicose sanguínea entrar no meio
intracelular e, por isso, ela se acumula no sangue.
VOCÊ SABIA?
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Existem milhares de proteínas transportadoras na membrana plasmática, isso
porque elas têm alta especi�cidade, ou seja, existe uma proteína transportadora
especí�ca para o sódio, outra para o potássio, outra para o cálcio e por aí vai. A
membrana plasmática é dinâmica, isso signi�ca que as proteínas
transportadoras não são estáticas, ao contrário, migram pela membrana a �m de
garantir que os íons ou moléculas consigam ser transportados para dentro ou
para fora, não importando o local em que estejam.
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Vamos praticar o que estudamos até aqui? Vimos em nossos estudos sobre os
transportes ativos e passivos. Clique e arraste o nome de acordo com você
aprendeu sobre o tema.
Antes de continuar seus estudos, participe de um fórum.
Caso clínico: J.M.T., homem, 54 anos, obeso, hipertenso e diabético tipo 2
há 20 anos, procurou o hospital. Ao exame físico, observou-se ferida no pé
esquerdo, rarefação de pelos e perda da sensibilidade nas pontas dos
dedos. Quando o médico perguntou sobre a ferida, J.M.T. disse que nunca
tinha percebido a presença dela. O médico tratou a ferida e orientou J.M.T.
em relação à sua doença.
Em uma situação normal, o açúcar (glicose) ingerido na nossa dieta é
absorvido e cai na corrente sanguínea, aumentando a glicemia
(quantidade de glicose no sangue). O aumento da glicemia sinaliza para o
pâncreas produzir mais insulina, aumentando a capacidade de captação
da glicose pelas células. Com a entrada da glicose nas células, a glicemia
diminui. A redução da glicemia sinaliza para o pâncreas reduzir a
produção da insulina, formando uma alça de feedback.
No caso de J.M.T., no diabetes tipo 2, as células podem adquirir
resistência à insulina, destruindo ou não produzindo os receptores de
insulina da membrana celular e impedindo a entrada da glicose. Dessa
maneira, a glicose �ca livre no sangue e acaba se acumulando em alguns
tecidos, principalmente nas extremidades do corpo. 
A produção da insulina é um exemplo muito claro de feedback negativo,
pois a redução da glicemia inibe a produção de insulina no pâncreas. O
feedback é negativo porque tem uma ação reversa ao estímulo inicial. As
alças de feedback negativo são homeostáticas, pois mantêm em
equilíbrio dinâmico o funcionamento do organismo. Veja que assim que a
glicemia baixar, o feedback negativo fará com que o pâncreas produza
menos insulina, já que ela não será mais necessária.
No caso do nosso paciente J.MT., a fasedo controle da glicemia que está
em desequilíbrio é a etapa em que a insulina será transportada para o
MIC, por meio uma proteína de membrana (receptor), já que as células do
corpo destroem ou deixam de fabricar esses receptores, pois adquiriram
resistência à insulina.
ESTUDO DE CASO
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Na sequência, vamos estudar sobre os níveis organizacionais de diferentes
tecidos. Fique atento.
Para compreender a homeostase, faz-se necessário que compreendamos o que
chamamos de “Níveis Organizacionais”. E é sobre esse tema que estudaremos
neste tópico. 
Antes de iniciar o estudo dos níveis de organização do corpo humano, assista ao
vídeo que preparamos para você!
Ao ler um livro, muitas vezes, não re�etimos sobre isso, mas esse livro precisa
ser formado por capítulos. Esses capítulos são formados por parágrafos, que
são formados por palavras, que são formadas por letras combinadas.
Quando observamos um indivíduo, o vemos como um livro �nalizado. Porém,
esse indivíduo é formado por sistemas (nervoso, respiratório, cardiovascular,
urinário, endócrino, digestório, esquelético e genital). Cada sistema é formado
por um conjunto de órgãos que trabalham para a mesma �nalidade. Esses
órgãos são formados por tecidos, que por sua vez são formados por células.
1.2 Como o organismo humano está organizado?
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Figura 4 - Constituição corporal humana e seus constituintes celulares.
Fonte: Tortora e Derrickson(2016); GrapphicsRF/Shutterstock
Ainda comparando com um livro, os capítulos interagem uns com os outros. Os
sistemas corporais não trabalham de maneira individual, mas exercem grande
in�uência e até mesmo manutenção no funcionamento dos demais sistemas. 
Por exemplo, de que adianta o sistema cardiovascular trabalhar e enviar sangue
a todo o corpo, se o sistema respiratório não lhe ofertar o oxigênio ou o sistema
digestório não ofertar os nutrientes necessários? De que adianta um carteiro ir
às ruas, se não houver quem escreva as cartas? Entendem como um sistema
precisa do outro?
A homeostase começa em nível celular. Se as células estão exercendo bem suas
funções, logo o tecido também está. Consequentemente, o órgão funciona de
maneira adequada e assim os sistemas corporais também.
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Temos quatro tecidos fundamentais que compõem nosso corpo, são eles: tecido
epitelial, tecido muscular, tecido nervoso e tecido conjuntivo. 
Cada um deles desempenha um papel fundamental à nossa existência, porém,
com características diferentes. Clique nas abas abaixo e conheça mais detalhes
sobre cada um deles.
Uma das maiores causas de mortes no mundo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), é o Infarto Agudo do Miocárdio.
Muitos acreditam que a causa dessa morte é o “entupimento” de algumas
artérias cardíacas, as artérias coronárias. No entanto, o problema não é a
obstrução das artérias, mas o fato de haver um bloqueio na passagem do
sangue (que leva os nutrientes e gases necessários para a vida celular), as
células morrem (necrose). Se as células do coração sofrem necrose, logo,
o órgão para de funcionar.
Por isso que é possível um indivíduo se manter vivo após um
procedimento conhecido como revascularização do miocárdio, com a
implantação de stent, que desobstrui a artéria e restabelece o �uxo
sanguíneo.
VOCÊ SABIA?
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O tecido epitelial é responsável pelo
revestimento de superfícies externas (como a
pele, por exemplo) e internas do nosso corpo
(nossos órgãos). O tecido epitelial de
revestimento é responsável por proteger as
superfícies internas e externas do corpo ou fazer
a absorção de elementos. Dessa maneira, as
células que o compõem podem apresentar
diferentes formatos ou estar dispostas em
camadas. Ainda existe uma forma especializada
de tecido epitelial, com a capacidade de
secreção. Para este, damos o nome de tecido
epitelial glandular.
O tecido muscular é composto por células com
capacidade contrátil. Essas células apresentam
formato de �bra e, por isso, recebem o nome de
�bra muscular. Temos três tipos de tecido
muscular: tecido muscular estriado esquelético,
que compõe a musculatura do corpo; tecido
muscular estriado cardíaco (ou miocárdio), que
compõe o coração; e tecido muscular liso que
compõe nossos órgãos internos como
estômago, intestino, útero, etc.
O tecido nervoso é um tecido especializado na
condução de informações, na comunicação
entre os demais tecidos e sistemas. É formado
por neurônios (unidade funcional) e células da
glia (dão o suporte necessário para o
funcionamento adequado dos neurônios e a
manutenção do tecido).
Já o tecido conjuntivo é o tecido que forma o
conjunto com os demais. Também chamado de
tecido conectivo, esse tecido encontra-se
associado a todos os demais, conectando cada
Tecido
epitelial 
Tecido
muscular
Tecido
nervoso
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Na sequência, realize a atividade especialmente proposta para testar seus
conhecimentos sobre a membrana plasmática e outros temas relacionados ao
corpo humano.
Os quatro tecidos fundamentais formam os órgãos do corpo humano. Alguns
órgãos com funções semelhantes se agrupam formando os sistemas orgânicos. 
Figura 5 - Constituição corporal humana
Fonte: Macrovector/Shutterstock
Aprenda mais sobre os sistemas orgânicos, clicando nas abas abaixo.
um deles. Isso porque é o único tecido
vascularizado. As células principais são os
�broblastos e �brócitos (responsáveis pela
síntese e manutenção da matriz extracelular),
macrófagos, mastócitos e plasmócitos (células
responsáveis pela defesa do tecido) e a célula
mesenquimal (precursora destes tipos
celulares). Há vários subtipos de tecido
conjuntivo, como o tecido ósseo, o tecido
cartilaginoso, o tecido adiposo e outros.
Tecido
conjuntivo
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O sistema esquelético é formado por ossos e cartilagens e sua
função é dar sustentação e forma ao organismo.
O sistema articular é formado pelas articulações, cuja função é
unir segmentos do corpo humano.
O sistema muscular é formado pelos músculos associados ao
nosso esqueleto, bem como é formado pelo coração e alguns
órgãos o músculo liso. A função desse sistema é a geração de
movimento, ou seja, movimentar o corpo ou impulsionar e
movimentar o sangue ou ainda movimentar o bolo alimentar no
interior do nosso sistema digestório, por exemplo.
O sistema nervoso é formado pelo nosso encéfalo, medula
espinal, nervos e gânglios e tem a função de percepção do
ambiente interno e externo, compreender e gerar respostas para
a manutenção da homeostase e gerar comportamentos.
Sistema esquelético
Sistema articular
Sistema muscular
Sistema nervoso
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O sistema circulatório é formado pelo coração e uma rede
condutora, a qual nomeamos vasos sanguíneos. Tem a função
de conduzir o sangue para todo o corpo a �m de serem
distribuídos os nutrientes e materiais adequados para a
sobrevivência celular.
O sistema respiratório é formado pelo nariz, faringe, laringe,
traqueia, brônquiose pulmões. É responsável por fazer a troca
gasosa, �ltrar, aquecer e umidi�car o ar inspirado.
O sistema digestório tem a função de captar o alimento, digeri-
lo e a partir daí absorver os nutrientes necessários para o corpo
e excretar aquilo que não pudemos digerir. É formado pela boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino
grosso, além de algumas glândulas anexas como o fígado, o
pâncreas e as glândulas salivares.
Sistema circulatório
Sistema respiratório
Sistema digestório
Sistema urinário
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Alguns sistemas podem ser agrupados e formar aparelhos. É o caso dos
sistemas esquelético, articular e muscular, que se juntos permitem a locomoção
e, por isso, formam o que chamamos o aparelho locomotor. Esse também é o
caso do Aparelho urogenital, formado pelos sistemas urinário, genital masculino
e feminino.
O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária
e uretra. É responsável pela �ltração do sangue e formação da
urina, pela manutenção do volume plasmático, bem como a
manutenção iônica plasmática.
O sistema linfático é formado pelos vasos linfáticos e
linfonodos. Faz o recolhimento do líquido que se acumula entre
os tecidos (liquido intersticial) e forma a linfa, faz a absorção
dos lipídeos no intestino formando o quilo e ainda pode atuar na
defesa do organismo, eliminando possíveis patógenos.
O sistema genital masculino é formado pelo testículo,
epidídimo, ducto deferente, glândula seminal, ducto ejaculatório,
próstata, uretra, glândula bulbouretral, pênis e escroto. Já o
sistema genital feminino é formado pelos ovários, tuba uterina,
útero, vagina e genitália externa, também chamada de vulva,
formada por monte do púbis, lábios maiores, lábios menores,
clitóris e glândulas vestibulares. Ambos os sistemas são
responsáveis pela formação e manutenção dos gametas
(espermatozoide e ovócito) e produção de hormônios.
Sistema linfático
Sistema genital
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Agora, para continuar seus estudos, no próximo tópico você verá sobre a
terminologia anatômica. Mantenha-se concentrado!
Os pro�ssionais de saúde utilizam uma linguagem cientí�ca com termos
próprios para descrever as estruturas anatômicas e suas funções. Esses termos
permitem que a comunicação seja mais e�caz e precisa. A partir deste
momento, vamos discutir alguns termos e normas para que possamos adequar
nossa linguagem ao contexto pro�ssional.
Ao estudarmos o corpo humano, faremos descrição das estruturas anatômicas
que o compõem. Por exemplo: O estômago é um órgão em formato de “J”,
localizado na cavidade abdominal, ligado ao esôfago e ao duodeno (intestino
delgado). 
Toda a descrição das estruturas anatômicas que serão feitas, serão de
estruturas normais.
Normal na anatomia é toda característica que se repete na maior parte dos
indivíduos. Então, é normal que o estômago da maioria das pessoas seja dessa
forma. Porém, será que todos os indivíduos possuem todas as características
corporais normais? Não. Quando um indivíduo apresenta alguma característica
que fuja dos padrões normais da anatomia, mas isso não interfere no
funcionamento daquela estrutura, atribuímos o nome de variação anatômica.
Portanto, variação anatômica é uma característica interna ou externa que não é
normal, mas que mantem a sua função integra.
Por exemplo, a estatura. No Brasil, o normal é que os homens apresentem uma
estatura média de 1,73 m. Joaquim, é um rapaz de 23 anos que tem 2,04 m.
Considerando-se a população brasileira, a estatura de Joaquim é normal? 
Do ponto de vista anatômico, um indivíduo com 2,04 m, não é normal, pois difere
da maioria. Do ponto de vista anatômico, diríamos que Joaquim apresenta uma
variação anatômica, pois, embora a estatura di�ra da maioria, ela não traz
prejuízos funcionais ao Joaquim.
Veja que todos somos portadores de variações anatômicas e precisamos que
você se lembre disso quando estiver examinando ou avaliando seus pacientes,
alunos e clientes.
1.3 Como me comunicar utilizando os termos
adequados?
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Quando a morfologia diferente gerar algum tipo de prejuízo na função da
estrutura anatômica, dizemos que isso é uma anomalia. Por exemplo, a �ssura
lábio-palatina é uma anomalia anatômica, pois o indivíduo apresenta os lábios e
o palato fendidos, impedindo a adequada função alimentar e de fala.
Figura 6 - Anomalia: fissura lábiopalatina
Fonte: Shutterstock
Em nossos estudos sobre o corpo humano, vamos priorizar aquilo que é normal,
mas sempre trazer algum exemplo ou caso de alguma anomalia ou variação
anatômica para que possamos discutir. 
O corpo humano é dividido em regiões. No objeto abaixo, clique nas diferentes
partes que compõem o corpo humano e aprenda mais sobre elas. 
As estruturas anatômicas contidas na cabeça, estão inseridas na cavidade
craniana; as estruturas contidas no tórax, estão na cavidade torácica; as
estruturas contidas no abdômen estão na cavidade abdominal; por sua vez, as
estruturas localizadas na região da pelve estão inseridas na cavidade pélvica.
Para estudarmos o corpo humano, é preciso que alguns padrões anatômicos
sejam estabelecidos, para que, ao se descrever a localização de determinada
estrutura, todos compreendam da mesma forma. Para compreender melhor,
observe as imagens a seguir.
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Figura 7 - Corpo humano e suas posições
Fonte: MarcusVDT; Africa Studio/Elena EfimovaShutterstock
Será que, independentemente da posição que a pessoa se encontre, podemos
a�rmar que essa pessoa tem a cabeça acima do pescoço?
Obviamente que este exemplo foi bem simplista, mas pense na posição dos
órgãos ou ossos. Vamos supor que uma pessoa precise fazer uma cirurgia para
a retirada de um tumor intestinal, e o responsável técnico pelos exames de
imagem �zesse a tomogra�a com o paciente “deitado de bruços”. Será que para
o médico seria fácil saber o local certo da incisão?
Por isso foi estabelecida a Posição Anatômica. Todo o estudo corporal será
baseado nesta posição. 
Clique sobre os números do infográ�co a seguir e aprenda mais sobre essa
posição.
Pronto. A partir daí, podemos fazer qualquer descrição de localização de órgãos,
músculos, ossos etc. A posição anatômica faz com que qualquer pessoa no
mundo compreenda o que foi dito.
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Somos indivíduos tridimensionais, isso signi�ca que possuímos profundidade.
Como, então, descrever as estruturas que estão mais atrás ou mais à frente? Ou
mais acima e mais abaixo? Mais de um lado ou mais no meio? Isso também foi
padronizado, são os Termos Direcionais. Para conhecer os principais, clique nos
itens abaixo.
Superior
Para se referir a alguma estrutura que esteja acima de
outra.
Inferior
Para se referir a alguma estrutura que esteja abaixo de
outra.
Anterior
Para se referir a alguma estrutura que esteja mais à frente
de outra.
Posterior
A anatomia é uma ciência muito antiga, e há registros de que vem sendo
estudada desde antes de Cristo, na Idade Antiga. Durante todos esses
séculos de estudo anatômico, essa ciência se modernizou, mas algumas
coisas permanecem as mesmas desde os tempos antigos. Você quer
saber mais sobre como os primeiros anatomistas criaram essa ciência e a
terminologia que descreve o corpo humano?
Leia: LAROSA, Paulo Ricardo R. Anatomia humana: texto e atlas.Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. p. 1-10. Você encontrará essa obra
acessando a Minha Biblioteca.
VOCÊ QUER LER?
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Agora, con�ra alguns exemplos de uso dos principais Termos Direcionais.
Para se referir a alguma estrutura que esteja mais atrás de
outra.
Medial
Para se referir a alguma estrutura que esteja localizada
mais ao centro do corpo, comparada a outra.
Lateral
Para se referir a alguma estrutura que esteja localizada
mais à lateral (direita ou esquerda) do que outra.
Super�cial
Para se referir a alguma estrutura que esteja mais próxima
à superfície do corpo do que comparada a outra.
Profundo
Para se referir a alguma estrutura que esteja mais distante
da superfície do corpo quando comparada a outra.
Proximal
Utilizado apenas para os membros superiores e inferiores,
para estruturas que estejam mais próximas a região do
tronco, quando comparado a outra.
Distal
Utilizado apenas para os membros superiores e inferiores,
para estruturas que estejam mais distantes da região do
tronco, quando comparado a outra.
Os olhos são superiores ao nariz.
A boca é inferior ao nariz.
O osso esterno é anterior às vértebras torácicas.
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Repare que, para cada um dos exemplos, foi feito o uso de comparativos. Não se
pode dizer apenas: “O coração é inferior”. Pois, nesse caso, ele é inferior a quem?
Mas ele também é superior a alguém, lateral a alguém, anterior e posterior a
alguém. 
Imagine o corpo humano como uma caixa simples. Agora, insira o coração
dentro dela. Haverá sempre uma parede da caixa à frente, atrás, nas laterais,
acima e abaixo. Por isso, é importante que comparemos sempre ao menos duas
As vértebras torácicas são posteriores ao osso esterno.
O osso ulna é medial em relação ao osso rádio.
O osso rádio é lateral em relação ao osso ulna.
O músculo oblíquo externo é super�cial em relação ao
músculo oblíquo interno.
O músculo oblíquo interno é profundo ao músculo oblíquo
externo.
As falanges são distais em relação aos ossos do carpo.
Os ossos do carpo são proximais em relação às falanges.
Estamos aprendendo os planos tradicionais de secção do corpo humano
e os que são utilizados nos livros técnicos e exames de imagem. Mas há
quem inove e prepare o corpo humano para estudo de formas diferentes.
Um deles é o Dr. Gunther Von Hagens, que viaja o mundo com exposições
de ‘arte’ que mostram o corpo humano em posições pouquíssimo
convencionais. Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões!
Disponível em: <https://youtu.be/yEutJeER0XE
(https://youtu.be/yEutJeER0XE)>.
VOCÊ QUER VER?
https://youtu.be/yEutJeER0XE
https://youtu.be/yEutJeER0XE
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estruturas anatômicas para fazer o uso dos termos direcionais.
Figura 8 - Órgãos em caixa. Assim é nosso corpo, somos uma caixa que contém órgãos internamente.
Fonte: Adaptado deJocic; decade 3d anatomy online/Shutterstock.
Por �m, precisaremos cortar ou seccionar o corpo humano para ver os órgãos e
estruturas que estão dentro dele. A maneira de cortar o corpo humano foi
padronizada, e chamamos de planos de secção do corpo humano. São quatro:
plano sagital paramediano (divide o corpo humano em partes direita e esquerda);
plano sagital mediano (divide o corpo humano exatamente ao meio, em metades
direita e esquerda; plano horizontal (divide o corpo humano em partes superior e
inferior) e plano frontal (divide o corpo humano em partes anterior e posterior).
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Figura 9 - Planos de secção
Fonte: Blamb/Shutterstock.
Esses planos nos ajudarão a compreender e visualizar as estruturas como elas
são internamente.
Assista ao vídeo que preparamos para você e revise esses conceitos!
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Na sequência, realize a atividade especialmente proposta para testar seus
conhecimentos neste tópico. 
Vamos começar nosso estudo dos sistemas do corpo humano pelo sistema
nervoso! O sistema nervoso é um dos mais complexos e é o principal centro
integrador para a manutenção da homeostase. Seu funcionamento in�uencia
todos os demais sistemas orgânicos. O sistema nervoso é responsável por
receber estímulos do ambiente ou da periferia do corpo, interpretá-los e gerar
respostas adequadas. É dessa maneira que o sistema nervoso controla o
funcionamento de todos os órgãos do corpo e gera comportamentos.
A unidade funcional do SN é uma célula chamada neurônio, célula especializada
na capacidade de transmissão de mensagens, sejam elas químicas ou elétricas.
Existem milhões de neurônios espalhados por todo o corpo, formando o SNC e
SNP. As partes que compõe um neurônio são o corpo celular, onde situa-se o
núcleo da célula e suas principais organelas; os dendritos, pequenas
rami�cações que partem do corpo do neurônio; o axônio, ou �bra nervosa, pela
qual o impulso elétrico será conduzido e as terminações nervosas. Os neurônios
podem se apresentar de diferentes formas; acompanhe.
1.4 Como o sistema nervoso funciona como
centro integrador?
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Figura 10 - Tipos de neurônios
Fonte: Designua/Shutterstock.
Mas o modelo didático principal é este ilustrado a seguir. Con�ra!
Figura 11 - Neurônio
Fonte: gritsalakkaralak/Shutterstock.
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A seguir, encontramos as células da glia. São elas: Células de Schwann,
Oligodendrócitos, Astrócitos, Microglias e Células Ependimárias. 
Figura 12 - Célula de Glia
Fonte: Vector_mine/Shutterstock.
Dessas, vamos destacar as células de Schwann e os oligodendrócitos. São duas
células que têm a mesma função, porém, em locais diferentes. Para conhecê-las,
clique nas abas abaixo.
As células de Schwann encontram-se no SNP, enrolando-se ao
redor dos axônios dos neurônios, formando a bainha de mielina.
Os oligodentrócitos se encontram no SNC e são responsáveis
pela formação da bainha de mielina, que aumentará a
velocidade da propagação do impulso nervoso. 
Células de Schwann
Oligodendrócitos
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As demais células irão trabalhar na manutenção das condições adequadas para
que estes neurônios sobrevivam e exerçam suas funções de maneira adequada.
Vamos conhecer mais sobre elas? Clique nos cards a seguir e con�ra!
Astrócitos
1
Os astrócitos são células que têm
prolongamentos que os fazem semelhantes a
astros (estrelas), são as células mais
abundantes da neuroglia. Esses
prolongamentos conectam os neurônios aos
vasos sanguíneos, garantindo uma
permeabilidade e nutrição seletiva e
protegendo-os contra substâncias nocivas.
Micróglias
2
As micróglias são as menores células da glia e
funcionam como fagócitos. Ou seja, células que
removem restos celulares e microrganismos.
Ependimárias
3
Por �m, as células ependimárias produzem e
mantêm o líquor. 
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E você sabe como os neurônios funcionam? Todos os neurônios do nosso corpo
são capazes de produzir atividade elétrica, e chamamos esta habilidade de
potencial de ação.  Aqueles mesmos átomos mencionados no início deste
capítulo, fundamentais para a vida celular, têm cargas elétricas positivas ou
negativas. Portanto, há, sim, eletricidade constante em seu corpo; não na mesma
força de uma corrente elétrica de uma tomada, mas há. A eletricidade com a qual
estamos acostumados, é medida em volts, enquanto que a corrente elétrica que
percorre nosso corpo é medida em milivolts, ou seja, mil vezes mais fraca do que
um volt. Os neurônios são células capazes de usar destes íons para produzira
atividade elétrica. 
O potencial de ação é iniciado diante de um estimulo que pode ser temperatura,
dor, luz, alteração de glicose sanguínea, pressão arterial etc.
Na ausência de estímulo, dizemos que o neurônio está em estado de repouso.
Nossos neurônios produzem grandes proteínas carregadas com carga negativa,
estas proteínas são ânions. No estado de repouso, o MIC do neurônio acaba
�cando negativo por causa desses grandes ânions de proteína. No repouso,
também ocorre entrada livre do íon potássio (K+) para o interior da célula.
A chegada de um estímulo faz com que canais iônicos sejam ativados na
membrana celular do neurônio. Os canais de sódio, por exemplo. Como o sódio
(Na+) está mais concentrado no meio extracelular, por difusão simples, ele tende
a entrar no meio intracelular. É como em uma estação de metrô: se a plataforma
está mais cheia, comparada ao vagão, as pessoas tendem a entrar.
A entrada de uma alta quantidade de íons Na+ no MIC faz com que o interior do
neurônio deixe de ser negativo e �que positivo, invertendo a sua polaridade. A
inversão de carga elétrica negativa para positiva é chamada de Despolarização.
Figura 13 - Despolarização
Fonte: Sakurra/Shutterstock
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Lembrando que no MIC temos íons com cargas positivas e negativas, porém, em
proporção, no estado de repouso, temos muito mais cargas negativas do que
positivas quando comparamos com o MEC. Por isso, muitos autores descrevem
o MIC como um ambiente mais negativo no repouso.
Com a despolarização, a célula terá no seu interior os grandes ânions de
proteína, os íons de Na+ e os íons de K+. 
Para voltar ao seu estado normal de negatividade, o neurônio precisa remover a
carga positiva. Ele começa fazendo isso pelo K+, pois esse íon entra e sai do
neurônio por transporte passivo, sem gasto energético.
Com a abertura dos canais de potássio, a célula vai deixando de ter uma carga
tão positiva e vai voltando à negatividade. Essa nova etapa é denominada
Repolarização. 
Com isso, aquele ambiente interno que estava positivo começa a se tornar
negativo mais uma vez e, lentamente, com gasto energético, o Na+ vai sendo
bombeado para fora da célula. 
A questão é que os canais de potássio são muito mais permeáveis do que os
canais de sódio, portanto, mesmo após o neurônio já ter atingido a voltagem
interna necessária, os íons de potássio continuam a sair. O MIC do neurônio, que
deveria estar em torno de -65mV, agora �ca bem mais negativo. A essa fase,
denominamos Hiperpolarização.
A célula agora encontra dois problemas: além de estar muito mais negativa do
que deveria estar, o MIC ainda está concentrado em sódio, e o MEC está
concentrado em potássio, quando na realidade para a célula estar em repouso,
isso deveria ser ao contrário.
Henry Dale foi um farmacologista britânico que viveu de 1875 a 1968.
Recebeu o prêmio Nobel de 1936, por fazer descobertas sobre as
comunicações químicas entre neurônios, que hoje chamamos de
sinapses.
VOCÊ O CONHECE?
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Nesse momento, entra em ação a bomba de sódio e potássio, que terá por
responsabilidade o restabelecimento do equilíbrio. Porém, para fazer isso, ela
fará o uso de ATP (energia).
A bomba de Na+/K+ devolverá os íons para seus meios de origem, mas não na
mesma proporção, pois não podemos esquecer que ela precisa deixar o MIC
mais negativo do que o MEC. Então, serão três Na+ para o MEC e dois K+ para o
MIC. Assim acontecerá até que as concentrações e cargas iônicas estejam
novamente restabelecidas e o neurônio volte ao estado de repouso e esteja
pronto para receber um novo estímulo.
Resumindo: o potencial de ação do neurônio é composto pelas fases de repouso,
despolarização, repolarização e hiperpolarização.
Toda essa descrição que �zemos sobre o potencial de ação parece demorar,
mas, na realidade, cada potencial de ação não ultrapassa a casa dos milésimos
de segundos. Agora mesmo, ao ler e processar essas informações, milhares de
neurônios estão gerando potenciais de ação numa velocidade incrível. Desde os
receptores sensoriais localizados nos seus olhos e ouvidos, até o seu encéfalo,
compreendendo cada palavra e organizando em sua memória.
Sem dúvida alguma, o neurônio é fundamental para o funcionamento do SN. Mas
a velocidade de propagação desse impulso nervoso dependentes de algumas
células da glia.
Você sabe como ocorre esse processo? Bem, para que uma corrente elétrica seja
propagada, precisa de um meio condutor. Por exemplo, se você estiver descalço
num piso úmido e uma descarga elétrica atingir o piso, a chance de você ser
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eletrocutado é grande, pois a água é condutora de eletricidade. Porém, se você
estiver dentro de um carro, a chance é menor, isso porque a borracha dos pneus
é isolante elétrica.
A bainha de mielina é a própria membrana plasmática da célula de Schwann e do
oligodendrócito, envolvida sobre o axônio do neurônio. Como já vimos, no início
deste capítulo, a composição da membrana plasmática é fosfolipídica, portanto,
isolante elétrica.
Isso aumenta a velocidade da propagação do impulso nervoso, pois aquele
potencial de ação que percorreria todo o axônio, agora acontecerá pontualmente
entre uma bainha e outra, região que chamaremos de nós ou nodos de Ranvier.
Além disso, há economia de ATP, pois a bomba de sódio e potássio será ativada
em alguns momentos apenas.
Figura 14 - Células formadoras da Bainha de Mielina
Fonte: Designua; Pikiru/Shutterstock.
Na imagem, podemos ver as células responsáveis pela produção da bainha de
mielina. Também observe de que forma a bainha de mielina aumenta a
velocidade de propagação do impulso nervoso. Lembre-se que as etapas
acontecem de maneira completa apenas nos Nós de Ranvier. 
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E você sabe como os neurônios se comunicam?  Clique nas setas para aprender
sobre o tema.
Por meio de sinapses. Sinapse é a comunicação entre os
neurônios. No sistema nervoso humano, a maior parte das
sinapses é do tipo química, ou seja, os neurônios utilizam
substâncias químicas para se comunicar. Essas substâncias
químicas são chamadas de neurotransmissores. Os
neurotransmissores mais conhecidos são a adrenalina e a
acetilcolina. Estas substâncias químicas são produzidas pelos
neurônios e �cam armazenadas em seu interior em pequenas
bolsas, chamadas de vesículas sinápticas. As vesículas
sinápticas liberam os neurotransmissores no momento certo
para que a sinapse possa acontecer. 
De maneira geral, para que uma sinapse aconteça, precisamos
de dois neurônios, sendo um neurônio pré-sináptico e um
neurônio pós-sináptico. Entre esses dois neurônios, há um
pequeno espaço que os separa chamado de fenda sináptica. 
A esclerose múltipla é uma doença degenerativa das células da glia,que
formam a bainha de mielina. Dessa maneira, os impulsos nervosos vão
perdendo a velocidade de propagação de maneira progressiva, até que o
controle neural sobre os órgãos alvos se torna inefetivo.
VOCÊ SABIA?
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Assista ao vídeo que preparamos para você e revise estes conceitos!
Durante a sinapse, o neurônio que recebe o estímulo e está
despolarizando é o neurônio pré-sináptico. Durante a
despolarização, íons de cálcio entram no neurônio pré-
sináptico e promovem a migração das vesículas sinápticas
para a área de sinapse e a liberação dos neurotransmissores
na fenda sináptica. Esse neurotransmissor atua sobre o
neurônio seguinte, o pós-sináptico. 
Quando o neurônio pós-sináptico despolariza sob ação do
neurotransmissor, dizemos que esse neurotransmissor é
excitatório. Quando o neurônio pós-sináptico hiperpolariza sob
ação do neurotransmissor, dizemos que esse
neurotransmissor é inibitório. Assim, um estímulo percebido
pode ou não ser passado adiante entre os neurônios.
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Anatomicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em Sistema Nervoso
Central e Sistema Nervoso Periférico. Recebem esses nomes pela sua
localização em nosso corpo, um mais central, protegido pelos ossos do crânio e
da coluna vertebral, e outro espalhado por toda a periferia do corpo,
desprotegido por ossos.
O sistema nervoso central (SNC) é formado por: Encéfalo e Medula Espinal,
como mostra a imagem abaixo.
Figura 15 - Partes do sistema nervoso central (SNC)
Fonte: takito/Shutterstock.
Já o sistema nervoso periférico (SNP), é formado por nervos e gânglios e
terminações nervosas, como visto na imagem abaixo.
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Figura 16 - Sistema nervoso periférico (SNP)
Fonte: Blamb/Shutterstock.
Agora, para saber mais sobre o SNP, clique nas abas abaixo. 
Conheça as regiões que compõem o sistema nervoso central e periférico no
objeto tridimensional abaixo. Movimente-o nas diferentes direções para ter uma
visão completa do encéfalo, medula espinal e dos nervos.
Nervos são conjuntos de axônios.
Gânglios são conjuntos de corpos celulares.
Nervos
Gângli
os
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As terminações nervosas do SNP são capazes de perceber qualquer alteração no
ambiente externo ou interno ao corpo. Essas terminações são chamadas de
receptores, e são especí�cos e especializados em visão, olfato, tato, dor,
temperatura, pressão etc.
Assim que percebe qualquer estímulo, o neurônio é despolarizado, e a
informação, transformada em um sinal elétrico, é conduzida ao SNCentral. Os
neurônios que desempenham essa função são chamados de aferentes ou
sensitivos. No SNCentral, o sinal elétrico será interpretado e lá a decisão sobre o
que deve ser feito diante deste estímulo é tomada. Essa resposta será conduzida
para a periferia do corpo por um neurônio eferente ou motor. Por exemplo: ao
escutar seu telefone tocando, você estica a mão para atendê-lo, certo? Os
neurônios que conduziram à informação do som ao SNCentral são aferentes,
neles, o impulso elétrico sai da periferia e vai para o centro. Os neurônios que
conduziram a resposta, esticar a mão para atender, são eferentes, neles o
impulso nervoso vai do centro para a periferia do corpo.
Para saber como essas informações migram pelo nosso corpo, clique no
infográ�co a seguir.
Perceba que essas “setas” representam as informações que vão e vêm. Elas
formam o que chamamos de “vias”. Toda a informação percebida é enviada por
uma via aferente até o SNC, e toda resposta enviada migra por uma via eferente
até o SNP efetor que executará o comando.
As vias são como autoestradas de mão dupla, enquanto há informações sendo
levadas, há informações sendo trazidas pela medula espinal até o encéfalo e
trazidas dele.
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 O sistema nervoso também pode ser dividido em somático e visceral. O sistema
nervoso somático é formado por regiões do sistema nervoso que fazem um
controle voluntário do organismo, enquanto o sistema nervoso visceral faz o
controle involuntário. 
Por exemplo, você decide, de acordo com a sua vontade, se levantar ou se sentar,
por meio do controle voluntário dos músculos estriados esqueléticos. Estes,
portanto, são controlados pelo sistema nervoso somático. 
O sistema nervoso visceral está relacionado ao controle de órgãos formados por
músculo liso, cardíaco ou que sejam glândulas. O controle eferente das vísceras
é realizado de maneira involuntária pelo sistema nervoso, ou seja,
independentemente da nossa vontade. Por exemplo, o coração ou o estômago:
não podemos controlar o seu funcionamento de acordo com a nossa vontade. É
como se o SN agisse com autonomia para o controle das vísceras. Por causa
dessa característica, costumamos chamar as regiões do SN que controlam as
vísceras de Sistema Nervoso Autônomo.
Assim, para conhecer mais sobre o funcionamento do sistema nervoso, clique no
infográ�co abaixo.
Você sabe qual a diferença principal em um indivíduo tetraplégico e outro
paraplégico? O primeiro é aquele indivíduo que teve perda de mobilidade e
da sensibilidade nos quatro membros. Já o segundo, diz respeito a um
indivíduo que teve perda demobilidade e sensibilidade nos membros
inferiores. Mas, você sabe o que determina essa diferença? O local da
lesão medular. Como a medula espinal obrigatoriamente é o trajeto a ser
percorrido pelos neurônios que vão ou vem do encéfalo e, ela está inserida
na coluna vertebral, qualquer lesão mais grave na coluna pode interferir no
funcionamento do sistema nervoso.
Uma pessoa que teve uma lesão cervical, ou seja, na região do pescoço,
terá grandes chances de se tornar um tetraplégico, pois as informações
não conseguem passar do pescoço. Porém, uma pessoa que teve uma
lesão medular na região do tronco, terá mais chances de se tornar um
paraplégico.
VOCÊ SABIA?
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O SNC, como já foi dito anteriormente, está dividido em encéfalo e medula
espinal. Mas existem ainda algumas subdivisões anatômicas na qual é
importante estudarmos.
O encéfalo é dividido em: cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Por sua vez, o
cérebro é subdividido em telencéfalo e diencéfalo, e o tronco encefálico em
mesencéfalo, ponte e bulbo. Con�ra no esquema a seguir.
Figura 17 - Divisão do SNC
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
Cada uma dessas regiões tem funções especializadas na manutenção da
homeostase, você estudará sobre elas nos próximos capítulos. No entanto, é
importante conhecer mais sobre o tema, por isso, observe a �gura abaixo.
Figura 18 - Partes do cérebro
Fonte: Adaptado de Sebastian Kaulitzki/Shutterstock.
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O telencéfalo é ainda dividido em dois hemisférios (direito e esquerdo), por meio
da �ssura longitudinal do cérebro. Cada hemisfério é dividido em cinco lobos:
lobo frontal, parietal, temporal, occipital e insular. Nesses lobos, encontramos
os principais centros de controle como raciocínio, linguagem, movimento,
memoria, inteligência, emoções, sentidos etc.
Cada lobo do telencéfaloé formado por diversos giros, que são separados um do
outro pelos sulcos. Con�ra na imagem abaixo.
Figura 19 - Lobos cerebrais
Fonte: Moore, Dalley e Agur (ano, p. 862).
Recentemente, em nosso país, a epidemia do zika vírus causou o
nascimento de muitas crianças portadoras de microcefalia. O vírus da
zika ataca justamente os neurônios em formação durante a gestação,
impedindo que os lobos do telencéfalo se formem adequadamente. Essas
crianças poderão apresentar algumas di�culdades motoras, do raciocínio
e da linguagem.
ESTUDO DE CASO
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No diencéfalo, uma região logo abaixo do telencéfalo, encontramos estruturas
responsáveis pelo controle do sistema nervoso autônomo e a glândula hipó�se.
A hipó�se é responsável por produzir hormônios que controlam quase que todas
as outras glândulas do corpo.
Figura 20 - Região do Diencéfalo: Hipotálamo e Hipófise
Fonte: Tefi/Shutterstock
O tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo e suas funções
estão relacionadas ao controle da atividade elétrica cortical, do sono e da vigília
e dos nervos que controlam funções da cabeça.
O cerebelo está relacionado à manutenção da postura, do equilíbrio e da
coordenação motora. Já a medula espinal, por sua vez, serve como um meio de
condução das informações do encéfalo para a periferia do organismo do
pescoço para baixo e vice-versa. Por isso, quando há lesão medular, pode-se
perder o controle motor e a sensibilidade dessas regiões. Porém, a medula
espinal não ocupa todo o interior do canal vertebral. Em uma pessoa adulta ela
apresenta aproximadamente 45 cm e termina na altura da segunda vértebra
lombar (L2).
A seguir, clique nas partes coloridas e conheça mais sobre essas importante
partes do encéfalo. 
Antes de passar para o próximo capítulo, realize a atividade especialmente
proposta para testar seus conhecimentos sobre esse tema. Vamos lá?
CONCLUSÃO
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Vimos em nossos estudos que o nosso organismo está em uma busca
constante pela homeostase, e que ela é regida pelo sistema nervoso. Além disso,
você pôde entender os principais constituintes corporais e estudar sobre os
principais sistemas do nosso corpo.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer as estruturas anatômicas que compõem o SNC e
o SNP;
compreender de que forma eles se integram e suas
principais funções;
 aprender de que forma os neurônios se comunicam e
quais as células responsáveis pela manutenção deste
tecido.
Clique para baixar conteúdo deste tema.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de �siologia médica.  12. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011. 
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: Texto e Atlas. 12
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
LAROSA, P. R. R. Anatomia humana: Texto e Atlas. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2018.
Referências
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MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a
clínica.  7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Corpo Humano: fundamentos de
anatomia e �siologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

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