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Roxanne Cabral – M3 – 2017.2 - Embriologia EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO Origem do sistema urogenital: mesoderma intermediário. Uma elevação longitudinal de mesoderma — a crista urogenital — se forma em cada lado da aorta dorsal. A parte da crista urogenital que origina o sistema urinário é o cordão nefrogênico; a parte que dá origem ao sistema genital é a crista gonadal. O sistema urinário começa a se desenvolver antes do sistema genital. O sistema urinário consiste: nos rins, ureteres, na bexiga urinária e na uretra. Desenvolvimento dos Rins e Ureteres 3 conjuntos de órgãos excretores ou rins se desenvolvem em embriões humanos. Pronefro Estruturas bilaterais transitórias e não-funcionais. Surgem nos embriões humanos no início da 4ª semana. - Representados por poucos grupos de células e estruturas tubulares na região do pescoço. Os ductos pronéfricos dirigem-se caudalmente e se abrem na cloaca. O pronefro se degenera. Mesonefro Órgãos excretores, grandes e alongados, aparecem no fim da 4ª semana, caudalmente ao pronefro rudimentar. - Bem desenvolvidos, funcionam como rins provisórios por cerca de 4 semanas (até que os rins permanentes se desenvolvam). - Consiste em glomérulos e túbulos mesonéfricos que se abrem nos ductos mesonéfricos, que eram originalmente os ductos pronéfricos. Os ductos mesonéfricos abrem-se na cloaca. - O mesonefro degenera no final do 1º trimestre. Seus túbulos tornam-se os ductos eferentes dos testículos. - Os ductos mesonéfricos originam vários derivados adultos no sexo masculino. Metanefro - Primórdio dos rins permanentes; formação no início da 5ª semana, só funciona cerca de 4 semanas mais tarde. - A formação da urina contínua ao longo de toda a vida fetal. A urina é excretada na cavidade amniótica e mistura-se com o líquido amniótico o feto maduro deglute líquido amniótico que é absorvido pelo intestino e se tornam produtos de excreção que são transferidos pela placenta para o sangue materno, para eliminação pelos rins maternos. Os rins permanentes se desenvolvem a partir de 2 fontes: Broto uretérico (divertículo metanéfrico) – evaginação do ducto mesonéfrico, próximo à sua entrada na cloaca – origina o sistema coletor. Blastema metanefrogênico (massa metanéfrica de mesoderma intermediário) - derivada da parte caudal do cordão nefrogênico – origina o néfron. Formação do Sistema Coletor O broto uretérico se alonga e penetra no blastema metanefrogênico, sendo que o seu(a): - Pedículo origina o ureter. - Extremidade cranial origina a pelve renal, cálices maiores, cálices menores e túbulos coletores. Nessa extremidade cranial ocorrem ramificações sucessivas, levando a: formação dos túbulos coletores do metanefro aumentam e se confluem, formando os cálices maiores gerações seguintes coalescem e formam os cálices menores gerações restantes formam os túbulos coletores. Formação do Sistema Excretor Cada túbulo coletor recém-formado é coberto em sua extremidade distal por um capuz de tecido metanéfrico. Sob a influência indutora do túbulo coletor, as células desse capuz formam pequenas vesículas, as vesículas metanéfricas, que, por sua vez, dão origem a pequenos túbulos com formato de “S”. Capilares crescem na reentrância da extremidade proximal do “S” e se diferenciam em glomérulos. Esses túbulos, junto com seus glomérulos, formam os néfrons, ou unidades excretórias. Extremidade proximal de cada néfron: cápsula de Bowman com um glomérulo profundamente nela. Extremidade distal de cada néfron: ocorre alongamento contínuo do túbulo excretor resultando na formação do túbulo contorcido proximal, da alça de Henle e do túbulo contorcido distal. Roxanne Cabral – M3 – 2017.2 - Embriologia Há conexão aberta com um dos túbulos coletores, estabelecendo uma comunicação entre a cápsula de Bowman e a unidade coletora. Cada túbulo contorcido distal entra em contato com um túbulo coletor arqueado e então torna-se confluente. Os rins fetais são subdivididos em lobos. A lobulação geralmente desaparece durante a infância, à medida que os néfrons aumentam e crescem. A termo, a formação de néfrons está completa, com cada rim terá entre 400 mil e 2 milhões de néfrons. Apesar de a filtração glomerular começar em torno da 9ª semana fetal, a maturação funcional dos rins e o aumento da taxa de filtração ocorrem após o nascimento. Túbulo urinífero - consiste em 2 partes diferentes embriologicamente: • 1 néfron, derivado da massa metanefrogênica de mesoderma Intermediário (blastema metanefrogênico). • 1 túbulo coletor derivado do broto uretérico. A ramificação do broto uretérico é dependente da indução pelo mesoderma metanefrogênico. A diferenciação dos néfrons depende da indução pelos túbulos coletores. [O divertículo metanéfrico e a massa metanéfrica de mesoderma intermediário interagem e induzem um ao outro, um processo conhecido como indução recíproca, para formar os rins permanentes]. Mudanças de Posição dos Rins Inicialmente, os rins metanéfricos (rins primordiais permanentes) ficam próximos um do outro, na pelve, ventralmente ao sacro. Abdome e a pelve crescem os rins gradualmente se posicionam no abdome e se afastam um do outro (posição adulta em torno da 9a semana). Esta ascensão relativa ("migração") resulta principalmente do crescimento do corpo do embrião, na região localizada caudalmente aos rins. Na realidade, a parte caudal do embrião cresce em direção oposta aos rins; em consequência, eles progressivamente ocupam níveis mais craniais. Inicialmente, o hilo do rim, por onde vasos e nervos entram e saem, situa-se ventralmente; no entanto, conforme o rim "ascende", ele gira medialmente quase 90 graus. Na 9ª semana, o hilo está direcionado ântero-medialmente. Eventualmente, os rins assumem uma posição retroperitoneal (externa ao peritônio), na parede posterior do abdome. Mudanças no Suprimento Sangüíneo dos Rins A medida que os rins "ascendem" a partir da pelve, recebem seu suprimento sanguíneo de vasos que estão próximos a eles. Inicialmente: as artérias renais são ramos das artérias ilíacas comuns. Conforme "ascendem" mais, os rins recebem seu suprimento sanguíneo da extremidade distal da aorta. Quando eles alcançam um nível mais alto, eles recebem novos ramos da aorta. Normalmente, os ramos caudais sofrem involução e desaparecem. Quando os rins entram em contato com as glândulas supra- renais na 9ª semana, sua ascensão para. Nesse ponto, os rins recebem seus ramos arteriais mais craniais da aorta abdominal; estes ramos tornam-se as artérias renais permanentes. A artéria renal direita é mais longa e frequentemente mais superior. ARTÉRIAS REN Desenvolvimento da Bexiga Urinária A divisão da cloaca pelo septo urorretal, a divide em reto dorsalmente e em seio urogenital ventralmente. O seio urogenital é dividido em três partes: • Parte vesical cranial, que forma a maior parte da bexiga e é contínua com a alantóide. • Parte pélvica mediana: se torna a uretra no colo da bexiga e a parte prostática da uretra, nos homens, e toda a uretra, nas mulheres. • Parte fálica caudal - cresce em direção ao tubérculo genital (primórdio do pênis ou do clitóris). BEXIGA: desenvolve-se principalmente da parte vesical do seio urogenital, mas sua região do trígono é derivada das extremidades caudais dos ductos mesonéfricos. Epitélio da bexiga: é derivado do endoderma da parte vesical do seio urogenital. Outras camadas de sua parede se desenvolvem a partir do mesênquima esplâncnico adjacente. Inicialmente, a bexiga está em continuidade com o alantóide, uma estrutura vestigial. O alantoide logo sofre constrição e se torna um cordão fibroso espesso, o úraco. Este se estende do ápice da bexiga até o umbigo. No adulto, o úraco é representado pelo ligamento umbilical mediano. Conforme a bexiga aumenta, as partes distais dos ductosmesonéfricos são incorporadas em sua parede dorsal. Estes ductos contribuem para a formação do tecido conjuntivo do trígono da bexiga. Com a absorção dos ductos mesonéfricos, os ureteres passam a se abrir separadamente na bexiga urinária. Em parte por causa da tração exercida pelos rins durante sua "ascensão", os orifícios dos ureteres movem-se súpero- lateralmente e os ureteres entram obliquamente através da base da bexiga. Os orifícios dos ductos mesonéfricos movem-se juntos e penetram na parte prostática da uretra, conforme as extremidades caudais destes ductos se tornam os ductos ejaculatórios. Nas mulheres, as extremidades distais dos ductos mesonéfricos degeneram. Nos recém-nascidos e crianças, a bexiga urinária, mesmo quando vazia, fica no abdome. Ela começa a entrar na pelve maior por volta dos 6 anos de idade, mas somente penetra na pelve menor e se torna um órgão pélvico após a puberdade. O ápice da bexiga urinária, nos adultos, está em continuidade com o ligamento umbilical mediano, que se estende posteriormente ao longo da superfície posterior da parede abdominal anterior. O ligamento umbilical mediano fica entre os ligamentos umbilicais mediais, que são remanescentes fibrosos das artérias umbilicais. Desenvolvimento da Uretra Epitélio da maior parte da uretra masculina e de toda a uretra feminina: derivado do endoderma do seio urogenital. A parte distal da uretra na glande do pênis é derivada de um cordão sólido de células ectodérmicas que cresce a partir da extremidade da glande e se une com o restante da uretra esponjosa; consequentemente, o epitélio da parte terminal da uretra é derivado do ectoderma superficial. O tecido conjuntivo e o músculo liso da uretra são derivados do mesênquima esplâncnico em ambos os sexos.