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HISTOLOGIA DO SISTEMA URINARIO

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HISTOLOGIA – M3 2020.1 | Débora Fragoso 
 
HISTOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
O aparelho urinário é formado pelos 2 rins, 2 
ureteres, a bexiga e a uretra. A urina é produzida nos 
rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao 
exterior pela uretra. Esse aparelho contribui para a 
manutenção da homeostase, produzindo a urina, por 
meio da qual são eliminados diversos resíduos do 
metabolismo e água, eletrólitos e não eletrólitos em 
excesso no organismo. 
 
RIM 
O rim tem formato de grão de feijão, 
apresentando uma borda convexa, onde encontramos 
uma cápsula de tecido conjuntivo denso e parênquima 
renal, e outra borda côncava, na qual fica o hilo – 
estrutura onde entra a artéria renal e nervos, sai a veia 
renal, e onde fica a pelve renal. O rim é histologicamente 
constituído por zona cortical e a zona medular. 
Os rins, ao manterem a homeostasia, contribuem 
para a manutenção do pH sérico e regulação do 
equilíbrio acidobásico, a medida em que há eliminação 
de íons hidrogênio ou íons bicarbonato; contribuem para 
a regulação do volume e composição do líquido 
extracelular; e funcionam como órgãos endócrinos ao 
secretar renina (regula pressão sanguínea), 
eritropoietina (estimula produção de eritrócitos) e 
contribuir para a ativação de vitamina D3 (absorção de 
sódio). 
A cápsula conjuntiva externa é composta por uma 
porção mais periférica com fibroblastos e fibras 
colágenas e outra mais interna com miofibroblastos. 
A presença de miofibroblastos contráteis permite 
uma maior resistência a variações de volume e pressão. 
 
A produção da urina ocorre da periferia das 
pirâmides renais para o ápice, denominado de papila 
renal, encontrando os cálices menores. Os cálices 
menores se fundem e formam os cálices maiores, que 
também se fundem e formam a pelve renal que mais 
distalmente passa a ser denominada de ureter. Entre os 
cálices menores há espaços denominados de seios 
renais. Os espaços não ocupados por cálices e pelve são 
recobertos pela gordura perirrenal. No córtex, raios 
medulares se projetam da base das pirâmides. 
 
Quanto às zonas histológicas, pode-se dizer que o 
córtex, mais externo, possui coloração castanho-
avermelhada, enquanto que a medula, mais interna, 
possui coloração mais clara. 
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O rim é dividido em lobos e lóbulos renais. O lobo 
renal, como evidenciado na imagem, é composto por 
uma pirâmide renal, todo o córtex sobre a sua base e 
pelas colunas renais (Bertin). Já o lóbulo renal pode ser 
explicado pela vascularização. 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
A artéria renal é ramo direto da artéria aorta 
descendente. A medula é mais pálida e o córtex mais 
pigmentado devido a vascularização mais abundante. A 
artéria renal se ramifica até a pirâmide renal, onde 
começa a seguir um trajeto retilíneo e se denominar a. 
interlobar. Essas artérias na base da pirâmide realizam 
uma curva formando artérias arqueadas que seguem na 
base das pirâmides renais. Das artérias arqueadas 
seguirão ramos das arteríolas interlobulares. 
Os lóbulos podem ter duas definições: 
1. Formado por um ducto coletor e todos os néfrons 
que ele drena; 
2. Formado por uma região entre duas arteríolas 
interlobulares adjacentes. 
 
CÓRTEX E MEDULA 
O córtex consiste em corpúsculos renais e túbulos 
associados, como os túbulos contorcidos, túbulos retos, 
túbulos conectores e ductos coletores. 
Em um corte através do córtex é possível visualizar 
estriações verticais saindo da medula, denominadas de 
raios medulares (de Ferrein). Os raios medulares são 
uma agregação da alça de Henle e ductos coletores. 
Entre os raios há labirintos corticais, com corpúsculos 
renais, túbulos contorcidos e túbulos conectores. 
O tecido cortical é abundante e se estende para a 
porção lateral da pirâmide e forma as colunas renais (de 
Bertin). Nesse tecido são identificados dois tipos 
celulares: os fibroblastos, na membrana basal dos 
túbulos e capilares peritubulares, que secretam 
colágeno e glicosaminoglicanos; e macrófagos. 
A medula renal caracteriza-se pela presença de 
túbulos retos, ductos coletores e vasos retos. Na 
medula, as células intersticiais se assemelham a 
miofibroblastos e podem auxiliar na compressão das 
estruturas tubulares por possuírem filamentos de actina. 
 
TÚBULO URINÍFERO 
O néfron é formado pelo corpúsculo renal ou de 
Malpighi (cápsula de Bowman e glomérulo), túbulo 
contorcido proximal e distal e alça de Henle. 
O túbulo urinífero é formado a partir do néfron e 
túbulo conector – ligado ao ducto coletor no raio 
medular. Um único ducto coletor pode fazer parte de 
vários túbulos uriníferos. O néfron é a unidade funcional 
do rim. 
Inicialmente, há os corpúsculos renais, estruturas 
esféricas com uma rede capilar denominada de 
glomérulo. Logo, os túbulos retos e ductos coletores 
partem do córtex para a medula acompanhados de uma 
rede de capilares, os vasos retos. Esses vasos possuem 
sistema contracorrente que regula a concentração da 
urina. Os túbulos formam em conjunto as pirâmides. 
A papila renal, ápice da pirâmide projeta-se 
dentro do cálice menor formando a área cribiforme, e é 
perfurada por aberturas dos ductos coletores. Cada 
pirâmide é dividida em medula externa e interna. A 
medula externa é dividida em faixa interna e externa 
que refletem localização de partes distintas do néfron. 
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O corpúsculo renal apresenta um polo vascular, 
onde penetra a arteríola aferente (dá origem a capilares 
fenestrados enovelados) e sai a arteríola eferente, e 
outro polo urinário, onde se inicia o túbulo contorcido 
proximal. O túbulo contorcido proximal dá origem aos 
túbulos retos na porção espessa e delgada (alça de 
Henle) e, ao túbulo contorcido distal e ducto coletor. 
 
 
CORPÚSCULO RENAL 
O corpúsculo renal é formado por um tufo de 
capilares, o glomérulo, que é envolvido pela cápsula de 
Bowman. 
Essa cápsula contém 2 folhetos, um interno/ 
visceral, junto aos capilares glomerulares, e outro 
externo/parietal, que forma os limites do corpúsculo. 
Entre os dois folhetos há o espaço capsular, que recebe 
o líquido filtrado através da parede dos capilares e 
folheto visceral. Nos capilares glomerulares circula 
sangue arterial, cuja pressão hidrostática é regulada 
principalmente pela arteríola eferente, que tem maior 
quantidade de músculo liso que a aferente. O folheto 
parietal é constituído de epitélio simples pavimentoso, 
sobre a lâmina basal, com fibras reticulares. 
 
O glomérulo é formado por células endoteliais 
fenestradas, podócitos e células mesangiais. Os 
podócitos que emitem projeções por cima de células 
endoteliais, denominados de pés vasculares e participam 
do processo de formação do ultrafiltrado sanguíneo. As 
primeiras projeções dos podócitos são os 
prolongamentos primários e, logo, seguem os 
prolongamentos secundários que cobrem os capilares. 
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A partir dos prolongamentos secundários partem 
outras projeções denominadas de pedicelos. Eles 
cobrem completamente os capilares fenestrados, 
formando interdigitações. Entre os pedicelos há tendas 
ou diafragmas de filtração, onde passa o ultrafiltrado do 
sangue. 
 
As células mesangiais e sua matriz extracelular 
constituem o mesângio, muito evidente no pedículo 
vascular do glomérulo e no interstício de capilares 
glomerulares. As funções dessas células são: 
 Fagocitose e endocitose: para remoção de 
resíduos e proteínas agregadas a membrana basal 
glomerular, mantendo um filtrado glomerular 
límpido. A endocitose serve para o processamento 
de proteínas plasmáticas; 
 Suporte estrutural: essas células produzem 
componentes da matriz mesangial extracelular, 
que ajudam no suporte aos podócitos. A matriz 
mesangial possui diferente composição com 
relação à membrana basal glomerular, o quepossibilita a passagem de moléculas maiores do 
lúmen; 
 Secreção: sintetizam IL-1, PGE2 e PDGF (fator de 
crescimento derivado de plaquetas), que 
respondem à lesão celular; 
 Modulação da distensão glomerular: possuem 
propriedades contráteis, que possivelmente 
contribuem para o aumento do volume 
sanguíneo e pressão de filtração intraglomerular; 
A membrana basal é compartilhada entre mais de 
um glomérulo. As células mesangiais respondem a 
angiotensina II, se contraindo, e ao fator natriurético 
atrial, liberado quando a pressão arterial está alta. 
Isso estimula a produção de urina e o relaxamento 
dos capilares (reduzir a pressão sanguínea). 
 
O aparelho de filtração, portanto, é formado por 
podócitos, células endoteliais e membrana basal dupla. 
A membrana basal glomerular (MBG) é resultante 
da fusão das membranas basais do endotélio e 
podócitos. Nessa região há colágeno do tipo IV e 
laminina, nidogênio, além de proteoglicanos com carga 
negativa e glicoproteínas multiadesivas. Essa 
conformação impede que moléculas com carga negativa 
e macromoléculas sejam filtradas. 
Nos diafragmas de filtração há a nefrina, uma 
proteína estrutural que emerge de prolongamentos 
opostos de podócitos e interagem no centro da fenda. 
Essa lâmina formada contém moléculas de adesão como 
FAT1 e FAT2, Neph-1, Neph-2, alfa-actina e p-caderina. 
A regulação do citoesqueleto de actina dos 
podócitos é importante para controlar o tamanho, 
permeabilidade e a seletividade das fendas de filtração. 
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A membrana basal glomerular pode ainda se 
dividir em três zonas. A lâmina rara interna é adjacente 
aos prolongamentos dos podócitos e é rica em 
substâncias que impedem a passagem de moléculas de 
carga negativa. A lâmina densa, mais corada, está 
intercalada as duas lâminas raras e contém colágeno tipo 
IV que funciona como filtro. Por fim, a lâmina rara 
externa, adjacente ao endotélio capilar possui 
propriedades semelhantes à lâmina rara interna. 
 
O aparelho justaglomerular é formado por: 
 Célula justaglomerular: muscular modificada, das 
arteríolas aferentes, que são secretoras de renina; 
 Macula densa: que responde ao ADH e constituem 
uma porção do túbulo contorcido distal; 
 Células mesangiais extraglomerulares 
(reticulares). 
SISTEMAS DE TÚBULOS DO NÉFRON 
 TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL: possui células 
cúbicas com microvilosidades denominadas de 
borda em escova. Essas células são abundantes, 
possuem capacidade de endocitose (vesículas 
endocíticas e lisossomos apicais) e possui 
organelas basais importantes para a absorção de 
proteínas carreadoras. Suas especializações de 
membrana permitem seu caráter absortivo e de 
transporte de líquidos. 
As células da parte reta do túbulo proximal são 
menos especializadas para a absorção, cúbicas 
mais pavimentosas e com borda em escova curta; 
 TÚBULO RETO OU ALÇA DE HENLE: possui células 
achatadas sem microvilos na porção delgada, e na 
espessa, cúbicas de microvilosidades curtas; 
 TÚBULO CONTORCIDO DISTAL: possui células 
cúbicas com menos microvilosidades e curtas, 
especializadas para a reabsorção de íons e de 
citoplasma mais pálido. Na porção reta do túbulo 
há células cuboides coradas levemente e que não 
se distinguem nas laterais. Seu epitélio é 
relativamente impermeável a água; 
 TÚBULO COLETOR: é revestido por tecido epitelial 
simples cúbico com poucas microvilosidades e 
com limites laterais distinguíveis. Respondem a 
aldosterona e ADH. Os ductos coletores corticais 
possuem células mais planas enquanto que os 
medulares, células mais cuboides. Essa região é 
colonizada por células principais de coloração 
pálida com um único cílio primário e 
microvilosidades curtas; e células intercalares de 
citoplasma mais denso pela grande presença de 
mitocôndrias, e microvilosidades apicais. Essas 
ultimas células ainda podem ser de dois tipos e 
estão envolvidas com a secreção de H+ (α) ou de 
bicarbonato (β). 
HISTOLOGIA – M3 2020.1 | Débora Fragoso 
 
TIPOS DE NÉFRON 
Com base na localização dos corpúsculos renais os 
néfrons podem ser divididos em: 
 Néfrons subcapsulares (corticais): corpúsculos na 
porção externa do córtex, com alças de Henle 
curtas que chegam apenas na medula interna; 
 Néfrons justamedulares: possuem os corpúsculos 
próximos a base da pirâmide medular e alças de 
Henle longas essenciais para a concentração da 
urina; 
 Néfrons intermediários (mesocorticais): 
apresentam os corpúsculos na porção média do 
córtex e alças de Henle de comprimento médio. 
VIAS URINÁRIAS DE EXCREÇÃO 
Ao longo das vias excretoras a mesma organização 
histológica é observada, exceto na uretra. A urina deixa 
os ductos coletores à nível da área cribiforme e entra em 
uma série de estruturas que já não modificam mais sua 
composição. A urina flui sequencialmente para o cálice 
menor, cálice maior, pelve renal (onde deixa o rim), 
ureter, bexiga urinária (armazenamento) e uretra (onde 
deixa o corpo). Essas estruturas em sua maioria 
apresentam uma mucosa revestida por epitélio de 
transição, uma muscular com músculo liso disposto em 
duas camadas (longitudinal interna e circular externa) e 
uma adventícia ou serosa. 
O epitélio de transição ou urotélio reveste as vias 
e forma uma interface entre o espaço urinário e os vasos 
sanguíneos, nervos, tecido conjuntivo e células 
musculares lisas. 
Ele varia de 2 camadas 
na pelve menor e pode 
alcançar 6 camadas na 
bexiga. É impermeável a sais 
e água e apresenta 3 
camadas celulares: 
 Camada superficial: com células poliédricas 
grandes (globosas) com um ou mais núcleos e em 
formato de cúpula que variam com o enchimento 
da estrutura. Essas células são formam uma 
barreira osmótica entre urina e fluidos teciduais; 
 Camada intermediária: com células piriformes 
conectadas entre si e com células da camada 
superficial por desmossomos. Sua espessura varia 
conforme a expansão do trato urinário; 
 Camada basal: com pequenas células de núcleo 
único que repousam sobre a membrana basal. 
Essa camada contém também células-tronco para 
todo o urotélio; 
Grande parte da membrana plasmática apical é 
recoberta por placas uroteliais côncavas, intercaladas 
por regiões dobradiças estreitas. O folheto externo da 
bicamada lipídica da membrana é mais espesso que o 
folheto interno, por isso, uma porção assimétrica da 
placa urotelial pode ser denominada também de 
membrana unitária assimétrica (MUA). 
 
Uma lâmina própria colágena densa sustenta o 
urotélio das vias excretoras. 
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A camada muscular das porções tubulares das vias 
apresenta duas camadas de músculo liso logo abaixo da 
lâmina própria: 
 Camada longitudinal interna: disposta como uma 
espiral frouxa; 
 Camada circular externa: disposta como uma 
espiral compacta. 
URETER 
 Epitélio de transição 
da mucosa; 
 Muscular: disposta 
em 2 ou 3 camadas. 
Uma longitudinal 
interna, uma circular 
média e uma 
longitudinal externa (presente na porção distal); 
 Adventícia: o ureter está inserido no tecido 
adiposo retroperitoneal e essa camada é formada 
por tecido adiposo, vasos e nervos. 
BEXIGA URINÁRIA 
Contém três aberturas: 2 óstios ureterais e 1 óstio 
uretral. Essas aberturas estão situadas no trígono 
vesical, região de origem embriológica mesodérmica, 
diferentemente do resto da bexiga, de origem 
endodérmica). Essa região possui parede lisa, enquanto 
que o restante da bexiga urinária apresenta parede 
espessa e com dobras, quando vazia. Quando distendida 
essa parede é lisa e fina. A configuração histológica é: 
 Epitélio de transição da mucosa: e lâmina própria 
de tecido conjuntivo de frouxo a denso; 
 Muscular: músculo liso forma o músculo detrusor 
da bexiga. Nessa estrutura os feixes musculares e 
colágenos estão distribuídos em direções 
aleatórias(ou igual ao ureter distal), pois na sua 
contração possibilitam a compressão do órgão 
como um todo. As fibras musculares formam o 
esfíncter involuntário interno da uretra; 
 Serosa: recobre a face superior da bexiga 
(peritônio); 
 Adventícia: toda superfície, exceto a superior. 
Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra 
nas regiões delgadas, e as placas espessas se invaginam 
e se enrolam, formando vesículas fusiformes, que 
permanecem próximo à superfície celular. Ao se encher 
novamente, sua parede se distende e ocorre um 
processo inverso, com transformação das vesículas 
citoplasmáticas fusiformes em placas que se inserem na 
membrana, aumentando a superfície das células. 
 
URETRA 
É um tubo que transporta a urina da bexiga para o 
exterior, no ato da micção. No sexo masculino, a uretra 
dá passagem ao esperma durante a ejaculação. No sexo 
feminino, é um órgão exclusivamente urinário. 
A uretra masculina é formada pelas porções 
intramural, prostática, membranosa e peniana. Quanto 
à histologia notam-se variações no epitélio da uretra 
prostática para a membranosa e desta para a peniana. 
No homem: 
 Uretra prostática: com epitélio de transição; 
 Uretra membranosa: revestida por epitélio 
pseudoestratificado colunar. 
Nesta região nota-se também o esfíncter 
voluntário externo da uretra revestido de 
músculo estriado esquelético; 
 Uretra peniana: epitélio pseudoestratificado 
colunar, com áreas de epitélio estratificado 
pavimentoso contínuas ao revestimento da pele. 
Nota-se a presença de glândulas de uretrais 
(Littré), do tipo mucoso, em toda a extensão da uretra 
masculina, porém abundantes na uretra peniana. 
Algumas glândulas têm suas porções secretoras 
diretamente conectadas ao epitélio de revestimento da 
uretra, enquanto outras contêm ductos excretores. Os 
ductos das glândulas bulbouretrais (Cowper) 
desembocam na parte esponjosa/peniana da uretra. 
A uretra feminina possui comprimento mais curto 
que a masculina, e é revestida por epitélio pavimentoso 
estratificado, com áreas de epitélio pseudoestratificado 
colunar. Próximo à sua abertura no exterior, a uretra 
feminina contém o esfíncter voluntário externo da 
uretra, de músculo estriado esquelético. 
Na porção proximal da uretra feminina há a 
desembocadura de glândulas uretrais pequenas. Já as 
glândulas parauretrais, homólogas à próstata no 
homem, secretam seu conteúdo nos ductos parauretrais 
comuns que se abrem lateralmente ao óstio externo da 
uretra e secretam conteúdo alcalino. 
A lâmina própria, homóloga ao corpo esponjoso 
no homem, é recoberta de tecido conjuntivo e altamente 
vascularizada.

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