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1
Claudia Corrêa de Almeida Moraes
Interpretação do 
Patrimônio Turístico
2
Interpretação do Patrimônio Turístico
3
MINISTÉRIO DO TURISMO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Luíz Inácio Lula da Silva
 
MINISTRO DE ESTADO DO TURISMO
Celso Sabino de Oliveira
 
SECRETÁRIA-EXECUTIVA
Ana Carla Machado Lopes
 
SECRETÁRIO NACIONAL DE PLANEJAMENTO, SUSTENTABILIDADE E 
COMPETITIVIDADE NO TURISMO
Milton Sergio Silveira Zuanazzi
 
DIRETORA DE QUALIDADE, SUSTENTABILIDADE E AÇÕES CLIMÁTICAS 
NO TURISMO
Renata Sanches
 
COORDENADORA-GERAL DE QUALIDADE NO TURISMO
Débora Vieira Barboza
 
COORDENADORA DE QUALIFICAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS 
TURÍSTICOS
Angela Cascão
 
COORDENADORA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO TURISMO
Jéssica de Oliveira Queiroga
Interpretação do Patrimônio Turístico
4
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
REITOR 
Antonio Claudio Lucas da Nóbrega 
VICE-REITOR
Fabio Barboza Passos
DIRETORA DO CEAD/UFF 
Regina Célia Moreth Bragança
DIRETOR DA FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA 
João Evangelista Dias Monteiro 
CHEFE DO DEPARTAMENTO DE TURISMO 
Fábia Trentin 
COORDENADORA DO PROJETO 
Fábia Trentin
Vice-coordenador 
Carlos Lidizia 
 
Equipe LabPGTUR 
Beatriz Cardoso 
Lays Evangelista 
Maria Eduarda Teixeira 
Rafaellen Franklin
Revisoras: 
Nathália de Ornelas N. de Lima 
Camila Louzada Coutinho
 
Capa e Designer: 
Paulo Carvalho
Interpretação do Patrimônio Turístico
5
Direitos desta edição reservados ao Laboratório de Políticas, 
Governança e Turismo (LabPGTUR) e a Coordenação de Educação a 
Distância (CEAD/UFF)
Todo o conteúdo é de responsabilidade dos autores.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra desde que 
citada a fonte.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Moraes, Claudia Corrêa de Almeida
Interpretação do patrimônio turístico [livroeletrônico] / Claudia Corrêa de 
Almeida Moraes. --1. ed. -- Niterói, RJ : Laboratório de Políticas,Governança e 
Turismo (LabPGTUR) : Coordenação deEducação a Distancia (Cead/UFF), 2023.
PDF
Bibliografia.
ISBN 978-65-84620-26-1
1. Patrimônio cultural 2. Patrimônio histórico 3. Turismo I. Título.
23-178205 CDD-338.4791
Índices para catálogo sistemático:
1. Turismo cultural : Planejamento : Economia 338.4791
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
Interpretação do Patrimônio Turístico
6
 Interpretação do Patrimônio Turístico
Claudia Corrêa de Almeida Moraes
E-mail: ccamoraes@id.uff.br
UFF
2023
Interpretação do Patrimônio Turístico
7
Claudia Corrêa de Almeida Moraes
Estágio pós-doutoral em Turismo na Universidade 
de Aveiro-PT, doutora em Geografi a (Unesp), mestre em 
Comunicação Social – linha de pesquisa em turismo e lazer 
(USP), licenciada em História (Unicamp), bacharel em Turismo 
(PUC Campinas) e Guia de Turismo (Graffi t). Professora do Departamento 
de Turismo da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal 
Fluminense. Pesquisa temas relacionados ao turismo e a cultura, eventos 
turísticos, planejamento e política de turismo.
E-mail: ccamoraes@id.uff .br
Lattes: http://lattes.cnpq.br/1956118479593590
Comunicação Social – linha de pesquisa em turismo e lazer 
(USP), licenciada em História (Unicamp), bacharel em Turismo 
Interpretação do Patrimônio Turístico
8
Interpretação do Patrimônio Turístico
9
Sumário
Apresentação do módulo __________________________ 10
1. Interpretação do patrimônio natural e 
cultural: conceitos básicos _________________________ 11
2. Técnicas e instrumentos para a 
interpretação patrimonial _________________________ 19 
3. Plano interpretativo ____________________________ 30
Considerações finais ______________________________ 34
Saiba mais _______________________________________ 34
Referências ______________________________________ 37
Interpretação do Patrimônio Turístico
10
Apresentação do módulo 
Neste módulo, vamos trabalhar com a temática da interpretação do 
patrimônio cultural e natural no contexto do exercício profissional do guia de 
turismo regional. 
A abordagem aqui proposta pretende, de maneira clara e objetiva, conceituar 
termos como patrimônio natural e cultural e interpretação patrimonial, além de 
apresentar técnicas e ferramentas que auxiliam na interpretação do patrimônio 
cultural e natural. Por fim, exibir um plano interpretativo para que o guia de 
turismo possa entender seu uso na mediação da visita guiada. 
Ao final deste módulo, esperamos que você seja capaz de:
• explicar o conceito de patrimônio cultural e natural e de interpretação 
patrimonial cultural e natural;
• compreender o uso da interpretação patrimonial cultural e natural no 
ofício do guia de turismo regional;
• conhecer as técnicas e os instrumentos usados para a interpretação 
patrimonial cultural e natural; e
• identificar o passo a passo de um plano interpretativo que possa ser 
usado no guiamento de atrativos turísticos culturais e naturais. 
Plano de Estudos 
Unidade 1 – Conceitos básicos e o uso da interpretação patrimonial.
Unidade 2 – Técnicas e instrumentos para a interpretação patrimonial. 
Unidade 3 – Plano interpretativo
Apresentamos, a seguir, o conteúdo que lhe permitirá ampliar seu 
conhecimento a respeito da interpretação do patrimônio e de sua aplicação, com 
a finalidade de auxiliar você a melhorar a sua atuação como guia regional. Se você 
teve pouco contato com o tema e quiser conhecer um pouco mais, deixamos 
alguns materiais no ‘saiba mais’ e nas ‘referências bibliográficas’. 
Bons estudos!
1. Interpretação do patrimônio natural e cultural: 
conceitos básicos
Noções preliminares 
Neste tópico, vamos expor os conceitos que são importantes para a 
compreensão da relação da interpretação do patrimônio natural e cultural e o 
guiamento em turismo.
Inicia-se com o conceito de patrimônio cultural e ambiental, seguindo para 
o conceito de interpretação ambiental e cultural e finaliza-se com a indagação 
sobre as vantagens de utilizá-la no ofício do Guia de Turismo Regional.
De modo geral, o conceito de patrimônio, na cultura ocidental contemporânea, 
refere-se a bens de grande valor para as pessoas. Os patrimônios natural e cultural 
consistem em uma combinação entre natureza e cultura, pois, segundo Gerhardt 
e Nodari (2016, p. 67), eles “são duas faces da mesma realidade”. Para facilitar o seu 
entendimento, definimos separadamente os conceitos de patrimônio cultural e 
natural (Figura 1). 
Figura 1: Definições de patrimônio cultural e natural
Fonte: Vianna (2016) e Scifoni (2017)
Interpretação do Patrimônio Turístico
11
1. Interpretação do patrimônio natural e cultural: 
conceitos básicos
Noções preliminares 
Neste tópico, vamos expor os conceitos que são importantes para a 
compreensão da relação da interpretação do patrimônio natural e cultural e o 
guiamento em turismo.
Inicia-se com o conceito de patrimônio cultural e ambiental, seguindo para 
o conceito de interpretação ambiental e cultural e fi naliza-se com a indagação 
sobre as vantagens de utilizá-la no ofício do Guia de Turismo Regional.
De modo geral, o conceito de patrimônio, na cultura ocidental contemporânea, 
refere-se a bens de grande valor para as pessoas. Os patrimônios natural e cultural 
consistem em uma combinação entre natureza e cultura, pois, segundo Gerhardt 
e Nodari (2016, p. 67), eles “são duas faces da mesma realidade”. Para facilitar o seu 
entendimento, defi nimos separadamente os conceitos de patrimônio cultural e 
natural (Figura 1). 
Figura 1: Defi nições de patrimônio cultural e natural
Fonte: Vianna (2016) e Scifoni (2017)
Figura 1: Defi nições de patrimônio cultural e natural
PATRIMÔNIO CULTURAL 
Remete à riqueza simbólica, 
cosmológica e tecnológica de-
senvolvida pelas sociedades e 
transmitida como herança ou 
legado. Diz respeito ao conjun-
to de conhecimentos e realiza-
ções de uma sociedade ou co-
munidade que são acumulados 
ao longo de sua história e que 
lhe conferem os traços de sua 
identidade emrelação às outras 
sociedades ou comunidades.
PATRIMÔNIO NATURAL 
É o legado de atrativos natu-
rais com atributos intangíveis, 
referindo-se à soma total dos 
elementos da biodiversidade, 
incluindo fl ora e fauna, ecossis-
temas e estruturas geológicas. 
Compreende áreas de impor-
tância preservacionista e his-
tórica, da paisagem, de beleza 
cênica ou áreas que transmitem 
à população a importância do 
ambiente natural.
Interpretação do Patrimônio Turístico
12
Patrimônio cultural refere-se à esfera cultural e diz respeito ao conhecimento 
social e às ações produzidas pelo homem, denominados antrópicos. Patrimônio 
natural, por sua vez, está relacionado aos elementos naturais presentes no nosso 
planeta, denominados bióticos.
Hoje, ao se tratar da natureza, também se versa como resultante da histórica 
e sociedade ao se considerar que as transformações impostas estão presentes no 
curso de um processo histórico de constituição de sua humanidade. Entretanto, a 
dimensão natural é mantida, já que os mecanismos reguladores de sua dinâmica 
são dados por condições próprias de suas leis naturais, por isso, ambos estão 
associados (SCIFONI, 2017).
Agora que você já sabe os conceitos de patrimônio cultural e natural, vamos 
passar a entender o que significa interpretar o patrimônio. Antes de tratarmos da 
interpretação do patrimônio, segimoa para uma reflexão importante.
 
Quais os motivos para se considerar bens culturais e naturais como 
parte de um patrimônio comum? 
Considera-se educação patrimonial como uma forma de valorizar e, por 
conseguinte, conservar e preservar um bem cultural ou natural. Um patrimônio 
só tem sentido para quem o reconhece e quando desperta nas pessoas um 
sentimento de pertencimento e o desejo de que ele permaneça 
Atividade 1 - Pergunta para você pensar a respeito
Como a interpretação do patrimônio (IP) pode ser importante para valoração 
dos patrimônios?
Resposta Comentada
Houve uma época em que a preservação e a conservação de lugares, edifícios, 
objetos, fauna, flora e paisagens eram realizadas pelo seu valor em si mesmo, em um 
processo de reificação1 de “coisas”. Por exemplo: preservava-se uma igreja barroca 
colonial por ser bonita, ricamente decorada e antiga. Brandão (1996) analisa os 
motivos para se preservar e/ou conservar um monumento apenas por ser uma bela 
criação do passado e pela genial criatividade da humanidade. As novas discussões 
associam os bens culturais e naturais à vida cotidiana como criadora de símbolos, 
1 Tratar ou considerar como coisa, reduzir a valores meramente materialistas. 
Interpretação do Patrimônio Turístico
13
à circulação de signifi cados, à busca por uma releitura daquilo que é tradicional e 
inserido no contexto, e não mais como algo imobilizado no tempo presente, mas 
como algo vivo na cultura e na natureza. Assim, os programas de preservação/
conservação do patrimônio são imprescindíveis para colaborar com os diversos 
setores presentes no território. As ações podem ser divididas em quatro: (i) de 
informação e assessoramento no mesmo lugar; (ii) de promoção e divulgação de 
valores; (iii) interpretativas para provocar o interesse e apoio; e (iv) educativas para 
facilitar o compromisso e a participação.
O primeiro passo para sensibilizar pessoas para conservação e/ou preservação 
dos patrimônios (cultural e natural) é a educação patrimonial (EP). 
A EP visa promover o reconhecimento e a valorização das identidades 
comunitárias e da necessidade de mudanças de comportamento contra a 
vida, que levam a destruição das espécies e/ou de suas memórias, fazendo 
com que as pessoas ajam como produto e produtores dos patrimônios 
cultural e ambiental, em processo permanente de aprendizagem que 
respeitem todas as formas de vida, afi rmem valores e ações para a 
transformação humana e social. Desse modo, o educando torna-se um 
participante ativo e crítico nesse processo.
O próximo passo é a coletivização das informações e dos conteúdos, denominada 
interpretação patrimonial (IP).
O Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos (2001) conceitua 
interpretação como: “um catalisador para criar na audiência a oportunidade 
de formar suas próprias conexões intelectuais e emocionais com os 
signifi cados e a importância inerentes ao recurso”.
É muito comum haver confusão entre as etapas EP e IP porque ambas 
usam técnicas e instrumentos comuns. No entanto, são duas etapas distintas do 
processo de preservação e conservação do patrimônio.
A origem do termo “interpretação do patrimônio” está associada aos parques 
nacionais americanos. A fi losofi a interpretativa foi iniciada por Mills, solidifi cada 
com os princípios de Tilden e atualizada pelas propostas de Beck e Cable para o 
século XXI (COSTA, 2001).
Interpretação do Patrimônio Turístico
14
Na década de 1970, a IP avança para além das unidades de conservação, 
caminhando para os patrimônios culturais dos centros urbanos. Já na década 
de 1980 o planejamento interpretativo ganha destaque, passando a ser questão 
habitual em conferências e publicações nas pautas sobre revitalização e promoção 
do patrimônio. Costa (2001) explica que, em 1999, a “Conferência Internacional: 
apresentação e interpretação”, ocorrida na Europa, difunde a necessidade de 
desenvolver o afeto com a interpretação, alterando seu entendimento.
A interpretação auxiliou os visitantes de áreas naturais protegidas a terem 
maior aproximação com a natureza, por meio do guiamento por especialistas que 
conduziam pelo melhor caminho, evitando obstáculos, minimizando os riscos e 
auxiliando na visualização do ambiente com outros olhos. Foi essa nova forma de 
olhar, sentir e interpretar a natureza que deu origem à IP (VASCONCELOS, 1998).
A IP é a última etapa do processo de conservação e/ou preservação e 
tem como objetivo coletivizar as informações, revelando o que está por 
trás dos fatos nos conteúdos relacionados aos bens culturais e naturais, e 
provocando as pessoas a explorar, de forma profunda, o que está sendo 
interpretado, com base em informações científi cas e históricas (adaptado 
de ALVES; COSTA-PINTO; MELLO-AFFONSO, 2023; TATINI, 2021).
Tilden (2007) estabelece seis princípios fundamentais com o objetivo de 
identifi car a fi losofi a que sustenta a prática interpretativa e que, de certa forma, 
organiza as bases da interpretação. São eles:
I. Qualquer interpretação que não relacionar o que está sendo mostrado 
ou descrito a algo da personalidade ou da experiência do visitante
será estéril. 
II. Informação, por si só, não é interpretação. Interpretação é a revelação 
baseada na informação. Embora sejam completamente diferentes, 
toda interpretação inclui informação.
III. Interpretação é uma arte que combina muitas artes, quer o material 
apresentado seja científi co, histórico ou arquitetônico. Toda arte pode 
ser ensinada em um certo grau. 
IV. O objetivo principal da interpretação não é a instrução, mas a provocação.
V. A interpretação deve procurar apresentar um todo, ao invés de uma 
Interpretação do Patrimônio Turístico
15
O processo de CI pode ser 
usado para alfabetizar pes-
soas quanto ao patrimônio?
parte, e se dirigir à pessoa como um todo, ao invés de um aspecto 
dela. 
VI. A interpretação dirigida às crianças (até a idade de 12 anos) não 
necessita ser uma forma diluída da apresentação para adultos, mas deve 
seguir uma abordagem totalmente diferente. Para explorar todo seu 
potencial, requer um programa separado.
O processo de sensibilização ou de educação a respeito do patrimônio 
cultural e natural inicia-se com a informação. A informação ocorre por meio da 
comunicação interpretativa (CI).
A CI é destinada a estabelecer um trâmite de informações sobre o patrimônio 
cultural e natural, usando mensagem codifi cada em um sistema de sinais 
que é transportada para um destinatário por canais de comunicação (onde 
circula a mensagem).
Porém, como apresentou Tilden (2007, p. 30), apenas informações não 
são o sufi ciente para sensibilizar e/oueducar as pessoas para a importância 
de se valorizar o patrimônio. É preciso ir além de comunicar os fatos e “revelar 
signifi cados e as relações por meio do uso de objetos originais, de experiências 
de primeira mão e de materiais ilustrativos”. Trata-se, pois, de comunicar temas, 
estórias e conceitos específi cos que sejam capazes de transmitir a essência do seu 
signifi cado e provocar o visitante e, com isso, permitir que ele tenha experiências 
ricas e memoráveis e que pense e refl ita sobre o que está 
vivenciando (GONÇALVES, 2012, p.17).Algumas questões 
sobre os preceitos da IP precisam ser esclarecidas, como a 
alfabetização cultural e ambiental.
Interpretação do Patrimônio Turístico
16
Atividade 2 - Responda ao desafio apresentado
Diante do que foi apresentado sobre a forma como a IP se desenvolve e atua, 
envolvendo os visitantes, a comunidade e os mediadores, pode-se pensar a CI 
como instrumento educativo alfabetizador durante o processo de IP?
Resposta comentada
No Brasil, por influência das leituras que se faziam sobre a EP, nos anos de 
1980, considerava-se a IP como transmissão de conhecimentos sem reconhecer o 
participante do processo como protagonista. Afirmava-se que havia uma cultura 
superior que alfabetiza outra cultura, considerada inferior. Ximenes (2015) esclarece 
que no processo da IP a construção das informações é um ato dialógico2, 
participativo e coletivo, comprometido com a problematização e a intervenção 
na realidade. Desse modo, não se trata de alfabetizar as pessoas em relação ao 
patrimônio, e sim construir coletivamente reflexões e ideias sobre a temática que está 
sendo interpretada. 
Conhecer o patrimônio não significa exatamente que os envolvidos irão 
preservá-lo ou conservá-lo. Serão as reflexões críticas que poderão induzir a 
transformação da realidade (TOLENTINO, 2016). Os caminhos a serem trilhados 
(metodologia) são estabelecidos de acordo com o público participante, o 
ambiente, as especificidades e as peculiaridades de cada caso e o contexto em 
que a interpretação ocorra.
Entre as vantagens de se usar a IP como ferramenta de manejo das Unidades 
de Conservação (UC) nas áreas naturais, podemos citar a redução dos impactos 
ambientais negativos e a potencialização dos impactos sociais positivos. Por meio 
da IP, ainda é possível verificar os impactos econômicos positivos produzidos de 
forma indireta, em razão da atividade de visitação.
Quando a IP é aplicada de maneira proveitosa nas UC, o resultado pode 
ajudar a criar nos visitantes uma sensação de lugar (BROCHU; MERRIMAN, 
2002, p. 21). Costa (2009, p.190) completa com a ideia de que, ao vivenciarem 
e experimentarem diretamente os bens patrimoniais por meio da mediação 
interpretativa, os visitantes participam de um “processo ativo de construção 
de conhecimento sobre o patrimônio e seu contexto histórico”. Esse esforço 
2 Carrega em sua essência o significado de dialogismo, que consiste em construir uma reflexão sob a forma de 
diálogo. 
Interpretação do Patrimônio Turístico
17
comunicativo emite “sugestões e sensações que se 
conectam diretamente com as emoções inconscientes, 
de modo a seduzir para aumentar um espírito crítico 
e provocar comportamentos pró-ambientalistas e 
conservacionistas” (DELGADO; PAZOS, 2013). 
Atividade 3 - Reflita e responda sobre a questão a seguir
Que exemplo poderia ser utilizado para referenciar a importância da IP para 
o patrimônio ambiental e/ou natural? 
Resposta Comentada
São muitos os exemplos que poderiam ser citados. Ao responder, você precisa 
ter certeza de que a sua opção de exemplo é uma IP (natural/cultural) realmente 
significativa para o visitante. A IP deve não apenas trazer informações sobre o local, 
mas também relacioná-lo com o contexto do seu entorno, de maneira que faça o 
turista pensar sobre o que está vivenciando.
O trabalho de mediação exercido pelo guia de turismo deve integrar as 
comunidades como produtoras/detentoras dos bens percebidos e associados 
aos lugares. A reflexão exercida na mediação precisa olhar o patrimônio
• de forma crítica reconhecendo e respeitando a existência dos saberes 
locais;
• percebendo a vivência das comunidades onde esse patrimônio é 
construído;
• compreendendo a participação efetiva dos sujeitos;
• entendendo a necessidade da tolerância para a diversidade cultural;
• tendo sensibilidade às questões socioambientais relevantes para a 
conservação e para a qualidade de vida humana como princípios;
• agindo na transformação do mundo e na mentalidade gerada pela crise 
ambiental
Como a IP pode ser um ato 
positivo para o patrimônio 
natural e cultural?
Interpretação do Patrimônio Turístico
18
O Instituto Brasileiro de Museus (2014) esclarece que o guia de turismo 
exerce um trabalho essencial, ao criar conexões emocionais e intelectuais entre o 
local visitado e o turista. Sendo assim, seu trabalho é uma parte muito importante 
na experiência do visitante. Biesek (2004) completa essa ideia ao considerar que 
a mediação do guia de turismo cria conexões por meio de informações sobre a 
importância do bem e o porquê da sua proteção, auxiliando na identifi cação do 
visitante com o bem, o que pode ocasionar um sentimento em relação ao lugar 
de visita e seu entorno.
[…] é muito mais do que dominar os conceitos de patrimônio. [Interpretar] 
demanda atores específi cos, conhecimento de público-alvo para defi nir 
as técnicas e, com isso, atender aos objetivos propostos e aos princípios 
gerais. Afi rma-se, assim, que a interpretação patrimonial é, sim, uma forma 
de planejar a visitação de maneira efi ciente, pois proporciona todas as 
vantagens da preservação do patrimônio, agregando uma experiência 
turística muito mais relevante para o visitante (CARDOZO, 2012, p. 191-192).
Por exemplo, o que as pessoas sem uma formação específi ca veem em uma 
mata? Uma possibilidade é verem apenas o verde! Então, o papel do guia com a 
interpretação é levar a pensar sobre os matizes de verde, sendo que cada uma 
delas é uma história que pode criar nó para com o público na trama do tecido 
por ela composto. Mirar com atenção o que há à frente faz com que o verde, 
que parecia igual, passe a ter outro sentido, com várias 
histórias e novos entendimentos. 
Para manter o cuidado com o território é 
preciso despertar para novos vínculos! Assim, cria-
se confi ança e gera-se curiosidade. Além disso, 
Como o guia de turismo pode 
ter um papel importante no 
desenvolvimento da IP?
Interpretação do Patrimônio Turístico
19
ela vincula-se à natureza e à cultura, dando-lhes contexto, e gera um interesse 
maior sobre aquele patrimônio visitado. A interpretação também pode levar os 
moradores a despertarem sobre o valor do patrimônio do seu território que antes 
era despercebido, ao verifi carem que visitantes desembolsaram recursos para 
conhecê-lo.
Atividade 4 - Pondere sobre o questionamento apresentado
Como o guia de turismo pode ser um dos pilares para que a IP ocorra e 
dê resultados esperados? 
R esposta Comentada 
Recursos interpretativos, ao serem usados no trabalho dos guias, favorecem a 
existência de experiências mais profundas sobre os lugares, a cultura e as pessoas. 
Tais recursos também podem ser considerados uma medida dissuasiva, baseada 
na informação e na comunicação, muito útil em locais de interesse cultural muito 
sensíveis ou excessivamente visitados, bem como possibilitar outras alternativas
lúdicas e atrativas no guiamento. 
Sob essa perspectiva, pode-se dizer que a IP é baseada em um conjunto de 
técnicas específi cas a fi m de proporcionar conhecimento sobre o local visitado 
e tornar a experiência do visitante e do turista única e especial. A seguir, vamos 
apresentar as metodologias da IP. 
Como sugestão de material complementar para este tema, indicamos a live 
streaming: “Como los guías intérpretes de Naturaleza mejoran la calidad del 
turismo y la conservación en el siglo XXI: ¿Interpretar para conservar o con-
servar para interpretar?”, do Centrode Desenvolvimento Sustentável CDS 
UnB, ocorrida no dia 30 de abril de 2021. Disponível em: https://www.you-
tube.com/ watch?v=CEETpS2VlJ4&list=PLWzwVQhkEcOGocFqgdLyVeBBXf-
gRRGrUA&index=13. Acesso em: 10 jun. 2023
Interpretação do Patrimônio Turístico
20
2. Técnicas e instrumentos para a interpretação 
patrimonial
Neste segundo tópico, vamos tratar das técnicas e dos instrumentos 
necessários para a IP. À vista disso, pretendemos explicitar como os elementos que 
formam a IP (lugar/recurso; naturais/culturais; tangíveis/intangíveis; visitantes/
atividade; guias/meios) se conectam por meio das experiências vivenciadas 
pela população local e pelos visitantes. Para isso, vamos apontar as técnicas e os 
instrumentos que provocam as conexões intelectuais e emocionais (persuasão 
emocional), capazes de criar um apelo à imaginação do visitante, transformando-o 
em um consumidor ativo. Assim, o principal tema deste tópico são as técnicas 
e ferramentas usadas para seduzir e induzir os turistas a ter comportamentos e 
hábitos – sem deixar de informar e potencializar o espírito crítico – a favor da 
conservação dos bens (GONZALEZ; LEZCANO e SERRANTES, 2014). Começamos 
apresentando a Figura 2, que contém um esquema com os elementos do processo 
de interpretação.
Figura 2 - Esquema para uma boa interpretação para o turista
Fonte: González, Lezcano e Serrantes (2014), baseado em Dawson (1999) e Garcia (1999)
Os recursos e objetos patrimoniais se sustentam em um tripé de signifi cados: 
o funcional, o simbólico e o contextual (GARCIA, s/d). Assim, a IP é composta 
de informação (mensagens que se quer transmitir) e técnicas (processos de 
comunicação para que o público estabeleça as suas próprias conexões entre o 
que sabe e a sua experiência). 
Murta e Goodey (1995) apresentam como meios de interpretação do 
patrimônio cultural e natural:
i. os textos e publicações;
Visitante
Atividade
Lugar/
Recurso
Guias/
Meios
Contextual 
Funcional
Simbólico
SIGNIFICADO
Interpretação do Patrimônio Turístico
21
ii. a interpretação a base do design; 
iii. interpretação ao vivo e meios animados de exibição.
 Textos e publicações: são considerados, nesta categoria, mapas ilustrados, 
guias (Figura 3) e roteiros, folhetos e cartões postais. Normalmente, são usados 
como forma de complementar as informações das exibições e servem como guias 
pessoais para os visitantes. Podem ainda ser entendidos como uma oportunidade 
a mais para a publicidade do atrativo e servir como souvenir a ser levado para 
casa. Os textos e representações gráficas constituem a base de vários meios 
interpretativos, como painéis, placas, letreiros, sinalizações e avisos. 
Figura 3 - Guia do Patrimônio Cultural Carioca: bens tombados (2014) e Folhetos.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro (2014) e Programa de Conservação e Manejo Bicho-Preguiça
II. Interpretação com base no design: pode ser dividida em meios estáticos 
de exibição e meios animados de exibição. 
Meios estáticos de exibição: podem ser placas, sinais e painéis 
interpretativos; modelos e reconstruções; objetos e documentos fixos e 
protegidos; e reconstrução do passado para apreciação passiva. Este tipo de meio 
de comunicação pode ser estático ou animado.
 Placas, sinais e painéis interpretativos: são compostos de textos, gráficos, 
fotos e desenhos que esclarecem informações sobre o patrimônio. Muito de seu 
conteúdo pode ser apresentado em forma de questionamentos para aguçar 
a curiosidade ou testar o conhecimento dos visitantes. Servem também para 
Interpretação do Patrimônio Turístico
22
sinalizar o patrimônio e indicar sua localização. Entre os meios estáticos de 
exibição, estão as placas para fachadas de monumentos, as placas interpretativas 
verticais, as placas interpretativas pequenas, as marcas de distâncias para rotas de 
pedestres, as placas interpretativas para mapas e os planos e totens verticais de 
trânsito para identificação de entrada no sítio (Figura 4). 
 
Figura 4 - Parâmetros essenciais para a sinalização elementos propostos.
Fonte: IPHAN, 2013
As placas de fachadas de monumentos são muito usadas para indicar um 
acontecimento, a residência de um morador ilustre ou dados sobre o patrimônio 
(Figura 5 e 6). 
Figura 5 - Placas de fachadas de monumentos
Fonte: SPTuris (2014) e Prefeitura do Rio de Janeiro
Interpretação do Patrimônio Turístico
23
Figura 6: Painel de localização
Fonte: Morato Arquitetura.
Painéis (Figura 7), mesas interpretativas (Figura 8) e placas (Figura 9) 
constituem uma forma de facilitar a compreensão do bem patrimonial a ser 
interpretado. Geralmente, são uma forma rápida de comunicação, cujo objetivo 
é atrair e ser facilmente compreendida por públicos diversos (VASCONCELLOS, 
2006). São úteis para recriar ambientes do passado, fotos ou desenhos de antes 
e depois.
Figura 7 - Londres
Fonte: Da autora
Figura 8 - Urquhart Castle 
(Escócia) 
Fonte: Da autora
Figura 9 - PEIG Ilha Grande
Fonte: INEA, 2003
Interpretação do Patrimônio Turístico
24
Modelos e reconstruções: são uma distinta forma de comunicação por meios 
estáticos e se diversificam desde as miniaturas até cópias de figuras humanas em 
tamanho natural, com o objetivo de atrair e manter a atenção do visitante pela 
sua analogia com a realidade. Entre eles, estão os dioramas (Figura 10), montados 
tridimensionalmente, com tamanhos que diminuem gradativamente para criar 
a ilusão de perspectiva na montagem de uma cena. Há ainda nessa categoria as 
maquetes (Figuras 11 e 12), que também são tridimensionais, mas geralmente 
representam um edifício ou uma cidade, entre outros.
 
− Reconstrução do passado para apreciação passiva: é um tipo de IP que se 
baseia em reconstrução da atmosfera histórica com cenários de época e modelos. 
Deve ser executada com base em uma pesquisa cuidadosa (Figuras 13, 14 e 15).
Figura 10 - Bell Museum (EUA) 
Fonte: Cortina Production
Figura 11 - Tartarugas (ES)
 Fonte: Projeto Tamar
 Figura 12 - Forte (Valença, PT)
 Fonte: Da autora
Figura 13 - Mesa do 
restaurante do Cunard 
Line Royal -Liverpool
Fonte: Da autora 
Figura 14 - Estúdio fotográfico 
Riverside Museum 
Fonte: Da autora 
 Figura 15 - Espaço fabril
Fonte: Museu de Portimão (PT)
Interpretação do Patrimônio Turístico
25
Meios animados de exibição: constituem som; luz e imagem; e exibições 
interativas. Para esse tipo de IP são usados teatralização, ambientação com 
base histórica, instrumentos óticos, mecânicos e digitais, inteligência artificial e 
realidade aumentada. Esses meios permitem a interação do visitante com o que 
está sendo comunicado e aguçam os sentidos, trazendo mais realismo.
Som: pode ser emitido por meio de instalações específicas para que o visitante 
possa escolher como ouvir, com fone de ouvido, repetidores fixos de mensagens, 
sonorização de uma instalação e narrativas (Figura 17 e 19). Há até a possibilidade 
de se criar uma música com o seu nome baseado nas obras de Mozart (Figura 
18) ou ser recebido com monitores cantando uma música, referente à exposição 
(Figura 16).
Figura 16 - Arca de Noé Riverside Museum 
Fonte: Farol Santander (2023)
Figura 17 - MAP (Lima) 
Fonte: Da autora 
Figura 18 - Mozart Museum
Fonte: Da autora 
 Figura 19 - Oi Futuro 
 Fonte: Zurita (2014)
Interpretação do Patrimônio Turístico
26
 − Luz e imagem: podem ser projetadas em painéis iluminados e combinadas 
com textos (Figura 20) e vídeos (Figura 21), ou, ainda, ser hologramas (Figura 23). 
Com essa técnica o visitante pode entender melhor a informação, identificando 
os pontos de destaque, os elementos dramáticos e os efeitos tecnológicos. 
Também podem ser narradas histórias e projetadas em paredes ou mesmo em 
água (Figuras 23 e 24), ou ainda com tecnologia mais recente usando telas de led.
Figura 20 - Exposição 
 Fonte: da Autora 
Figura 21 - MAP (Lima, PE) 
Fonte: Zurita, 2014 
Figura 22 - Museu Wimbledon 
Fonte: Museu da Língua Portuguesa 
Interpretação do Patrimônio Turístico27
 − Exibições interativas: o uso de meios animados e interativos ampliou com 
a possibilidade de novas tecnologias, como telas de led e/ou telas touch (Figuras 
25 e 26). Outra tecnologia é a realidade aumentada (Figura 27). 
Figura 23 - Som Luz Museu 
Imperial de Petrópolis (RJ) 
Fonte: G1, 2022
 Figura 24 - Som e Luz Missões (RS)
Fonte: Prefeitura de Santo Ângelo,2023
Figura 25 - Um percurso de perguntas
Fonte: Museu do Amanhã, 2023
Figura 26 - Totem digital
Fonte: Ituanos (s/d
Interpretação do Patrimônio Turístico
28
III. Interpretação ao vivo: pode ser denominada interpretação pessoal. Ela 
pressupõe um ator, um guia ou um expert contando casos, atuando, cantando, 
conversando, demonstrando, ilustrando e explicando temas e processos aos 
visitantes. Pode ocorrer no formato de um walking tour (Figura 28) e bike tour (Figura 
29), tours motorizados, demonstrações, representações e performance. Entram, 
nesta categoria, as trilhas interpretativas guiadas das unidades de conservação, por 
exemplo (Figura 30).
Figura 27 - Mãos de Barro
Fonte: Galileu, 2014
Figura 28 - Walking tour (SP)
Fonte: SP Walking Tour (2014) 
Figura 29 - Bike tour (RJ)
Fonte: Imagina Rio de Janeiro 
Figura 30 - Trilha guiada 
Fonte: Fazenda Monte Alegre
Interpretação do Patrimônio Turístico
29
Outra forma de interpretação, além da pessoal, é a coletiva. Muitas histórias 
vivas são ambientadas em épocas em que o patrimônio teve mais expressividade. 
Por exemplo, em Mdina, Malta, uma vez ao ano, é comemorado seu passado 
medieval com um grande espetáculo (Figura 31). Outra grande interpretação 
teatralizada ocorre em São Vicente, São Paulo, que é a Encenação da Vila de São 
Vicente (Figura 32), realizada pela população para comemorar a fundação da 
primeira vila brasileira. 
Figura 31 - Feira Medieval (Malta) 
Fonte: Da autora
Figura 32 - Fundação de São Vicente
Fonte: Prefeitura de São Vicente
Interpretação do Patrimônio Turístico
30
Atividade 5 - A partir do que estudou responda
Quais são as técnicas de interpretação patrimonial (IP) mais usadas por você 
em seus guiamentos e por que as usa? Você pensou em usar outras técnicas 
depois de conhecê-las um pouco mais? 
Resposta Comentada
Não há uma única resposta, já que aqui depende da sua atuação como 
guia. Mas seria interessante procurar conhecer 
mais alternativas para aprimorar mais ainda o seu 
guiamento.
3. Plano Interpretativo
Neste último tópico, vamos tratar do plano interpretativo. Para Carter (2001), 
o processo de planejamento interpretativo envolve reflexões que giram em torno 
dos seguintes questionamentos: 
i. O que se pretende comunicar aos visitantes? 
ii. Quem são os visitantes? 
iii. Qual a imagem do lugar e o que ele tem a oferecer? 
iv. O que mais acontece no entorno? 
v. O que se quer dizer sobre o local? 
vi. Como e onde será dito?
A partir dessas reflexões, podemos desenvolver um planejamento 
interpretativo, com vistas a incorporar os anseios dos mais variados grupos que 
representam a comunidade e os visitantes. Devemos estabelecer no espaço uma 
rede de descobertas e de desfrute que ampliem as possibilidades de incremento 
de projetos turísticos e culturais (MURTA; GOODEY, 2002). 
O tema interpretativo é uma mensagem que está relacionada a uma ideia 
geral sobre a qual se deseja discorrer, o tópico interpretativo, podendo um 
São muitas as técnicas 
interpretativas que existem e 
são usadas em várias ocasiões 
diferentes
Figura 34 - Fluxo interpretativo 
Fonte: Adaptado de González, Lezcano e Serrantes (2014)
Interpretação do Patrimônio Turístico
31
mesmo tópico estar relacionado a diferentes temas (HAM, 1992). Assim, os tópicos 
dizem respeito ao objeto que está sendo apresentado, por exemplo: a vida de um 
artista, como Vinicius de Moraes, usada para explicar as técnicas interpretativas, 
ou, ainda, a criação da primeira Vila do Brasil, São Vicente, mas podem também 
ser elementos da fauna, como as tartarugas no Projeto Tamar. O tópico, portanto, 
signifi ca o ‘assunto’ a ser tratado.
Não se recomenda restringir a interpretação a apenas ao tópico, mas 
procurar abarcar um sentido completo. Uma vez estabelecido um tema, faz-se 
necessário pontuar as principais informações que derivarão do tema e que serão 
organizadas na sequência lógica de apresentação (HAM, 1992). O guia deve 
sempre atentar que os temas e informações escolhidos precisam expressar o que 
se quer dizer do lugar e estar conectados com os fatos considerados especiais que 
se está interpretando (CARTER, 2021). 
Na sequência, apresentamos um fl uxo para o desenvolvimento do plano 
interpretativo. 
Identifi car a demanda. Promover inventários 
interpretativos.
Revisar e monitorar 
frequentemente.
Identifi car e desenvolver 
as facilidades e os serviços 
disponíveis para se pro-
mover a interpretação.
Selecionar e desenvolver 
temas interpretados.
Analisar as alternativas de 
uso da área.Determinar objetivos. 
Desenvolver o plano e 
implementá-lo de forma 
gradual, sequencial e 
contínua
Figura 34 - Fluxo interpretativo 
Fonte: Adaptado de González, Lezcano e Serrantes (2014)
Interpretação do Patrimônio Turístico
32
Na maioria dos atrativos em que irá trabalhar (unidades de conservação, 
museus, centros culturais e interpretativos), o guia já terá seus próprios meios 
interpretativos. Caberá a ele conhecer o plano interpretativo e adaptá-lo ao seu 
público. No entanto, em alguns lugares não há IP, então, neste caso, o guia deverá 
fazer um plano para o seu guiamento.
Ham (1992) explica que o plano interpretativo deverá ser:
Pertinente - ter signifi cado para quem recebe
Ameno - apresentar uma relação direta entre causa e efeito - 
metáforas visuais ou ilustrações que facilitem a leitura
Temático - oferecer uma mensagem em forma de relato ou 
história
Organizado - sequenciar as ideias, e não oferecer mais que cinco, 
atrelada s à ideia principal 
Como exemplo de um plano interpretativo, apresentamos o proposto 
por Raimundo; Sarti e Pacheco (2019), para o Parque da Ilha da Usina, em Salto 
(SP). Os autores apresentam uma descrição das características dos três estágios 
sucessionais da fl oresta atlântica encontrados no parque: inicial, médio e 
avançado. Neles, estabelecem oito pontos para se desenvolver a IP. A proposta de 
plano interpretativo pode ser consultada em: 
Raimundo, S; Sarti, A.C; Pacheco, R. T. Interpretação do Patrimônio Natural 
para o Turismo: o caso do Parque da Ilha da Usina, Salto, São Paulo, Brasil. 
Pasos, v. 17, n. 4, p. 795-810, julio-septiembre 2019. DOI: https://doi.
org/10.25145/j.pasos.2019.17.055.
Outro exemplo de plano interpretativo são os Itinerários guiados que 
podem ser usados pelos guias. Assim, se o papel do guia é facilitar a informação 
de uma maneira atrativa e fazer os visitantes participarem da experiência, 
primeiramente, ele deve analisar o terreno antes de iniciar a rota, para informar 
aos visitantes, ver o estado em que pode usá-la e preparar a visita de acordo com 
o plano interpretativo. Algo como “aquecer os motores”. 
Antes de iniciar a visitação: o guia deve estar no local 15 minutos antes 
P
A
T
O
Interpretação do Patrimônio Turístico
33
para receber o grupo e conversar sobre suas expectativas e características. 
Durante a visitação: o guia deve fazer a primeira parada a pouca distância do 
ponto de encontro, dando oportunidade de todos os visitantes se incorporarem 
ao grupo. 
Na primeira parada, o guia apresenta a si e a instituição que representa. 
Explica o que consiste o percurso e quanto tempo leva para fazê-lo e passa as 
normas do roteiro, assim como esclarece dúvidas que os visitantes possam ter. 
Ainda nessa primeira parada, ele introduz o tema com clareza. 
Nas etapas seguintes, ele deve ter duas preocupações: com o grupo de 
visitantes e com o processo de comunicação. As paradas devem ser planejadas 
em lugares onde o grupo possa estar seguro e cômodo e onde seja possível 
ouvir o guia e ver atrativo com tranquilidade. O número de paradas dependedo 
grupo e do tema a ser explorado. Depois, no final do itinerário (última parada), 
o guia deve reforçar o tema principal e fazer um resumo do que foi tratado no 
roteiro, podendo finalizar de forma criativa ou surpreendente. Ele deve procurar, 
se possível, finalizar em um local simbólico ou com alguma coisa especial, e 
fazer uma rápida avaliação com perguntas diretas ou convidando alguém para 
comentar livremente. Na despedida, ele deve agradecer a participação dos 
visitantes e informá-los sobre outras atividades ou coisas que podem ser feitas. 
Interpretação do Patrimônio Turístico
34
CONDISERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste módulo foi explicar o conceito de interpretação patrimonial 
cultural e natural e sua aplicação na atividade do guia de turismo, mostrando as 
possibilidades da IP a partir de suas técnicas e orientações de uso. Esperamos que, 
depois deste estudo, você tenha revisitado e/ou ampliado suas reflexões sobre a 
IP e que este material possa ajudar você a melhorar a sua atuação como guia. Para 
que você possa se aprofundar no tema, deixamos algumas sugestões de leitura 
nas referências. Boas aplicações dos conhecimentos em seus trabalhos.
PARA SABER MAIS 
ASSOCIAÇÃO PARA A INTERPRETAÇÃO DO PATRIMÔNIO [AIP]. Disponível 
em: https://interpretaciondelpatrimonio.com/interpretacion/.
GARCIA, F. R. La interpretación del patrimonio como herramienta básica del 
turismo cultural: Análisis de varias experiencias. Cuadernos Património Cultural 
e Turismo. México, v. 18, s/d. p.63-82.
MAYER, C.; FINCHUM, R.; MURIEL, M.E.; LIPPIT, B. (Editores). (2008 - versão 
original). O Manual de Habilidades de Interpretação em Áreas Protegidas. 
Versão em português, 2012. Center for Protected Area Management. Fort Collins, 
Colorado.
MOSCARDO, G. Making Visitors mindful: Principles for Creating Sustainable 
Visitor Experiences through Effective Communication. Champaign: Sagamore
Publishing, 1999.
MORAES, C.; ESAKI, A.; SANTIAGO, M. B. Interpretação Patrimonial 
em Espaços Culturais relacionados à temática militar: Brasil, Escócia e 
Portugal. III Congresso Internacional e Interdisciplinar em Patrimônio Cultural: 
Experiências de Gestão e Educação Patrimonial. Disponível em: https://
www.ciipc2020.rj.anpuh.org/resources/anais/13/ciipc2020/1624042491_
ARQUIVO_11428275e0df6ee8cb7e2b660d818828.pdf. Acesso em 10 jul. 2023.
Interpretação do Patrimônio Turístico
35
DESAFIO DA INTERPRETAÇÃO PATRIMONIAL CULTU-
RAL/AMBIENTAL
Nos trechos selecionados do texto de Guimarães et.al. ‘Interpretação do 
patrimônio cultural por meio da roteirização turística da Avenida 7 de Setembro, 
Manaus, AM’. Interações, v.21, n.3, jul./set.2020. DOI: https://doi.org/10.20435/
inter.v21i3.2364, há reflexão sobre um estudo de interpretação patrimonial 
realizado por Porto, Leanza e Cascone (2012), no sudeste da Sicília (Itália) referente 
a Construções Tradicionais Rurais (TRBs) integrantes da paisagem agrícola. Os 
autores consideram que essa atividade interpretativa é uma maneira de promover 
as TRBs como patrimônio construído, transformando-as em atrações turísticas e 
também preservando as características dos edifícios. O estudo propõe que “Os 
meios de interpretação selecionados foram definidos com base nas informações 
obtidas por meio da análise das expectativas dos visitantes, e o roteiro estabelecido 
permitia aos visitantes explorar áreas rurais visitando TRBs, onde poderiam ter 
uma amostra dos produtos locais, ouvindo a narrativa de guias de turismo locais 
sobre a história e tradições, além de conhecer técnicas de construção das TRBs”.
A proposta apresentada denota a importância do conhecimento das 
peculiaridades locais em termos de atratividade histórica e cultural como 
conteúdo para a formatação de roteiros turístico e como consequência, qualificam 
a visitação e a experiência do turista e a valorização cultural dos destinos turísticos 
visitados, incentivando a autoestima do residente. 
Seguindo os conceitos básicos definido pelo Conselho Internacional de 
Monumentos e Sítios (Icomos) (2008) sobre a interpretação: 
 
1. A interpretação se refere a todas as atividades realizadas para gerar 
conhecimento ao público sobre o patrimônio cultural, incluindo as 
publicações impressas e eletrônicas, as conferências, as instalações 
sobre o sítio, os programas educativos, as atividades comunitárias e os 
programas de formação, métodos e sistemas de valorização permanente. 
2. A apresentação consiste no planejamento das maneiras de comunicar os 
conteúdos interpretativos, incluindo painéis informativos, exposições, tipo 
museus, trilhas sinalizadas, visitas guiadas, multimídias e páginas na web. 
3. A infraestrutura interpretativa são as instalações físicas, equipamentos 
e os espaços patrimoniais. 
Interpretação do Patrimônio Turístico
36
4. Os intérpretes do patrimônio dizem respeito às pessoas encarregadas 
pela veiculação da informação ao público que visita o patrimônio, 
ressaltando o valor e o significado dele. 
5. Sítio de patrimônio cultural faz referência a um local, uma paisagem 
cultural, um complexo arquitetônico, ou ainda uma estrutura reconhecida 
como sítio histórico.
Escolha uma região que permita aplicar um roteiro turístico que leve a 
interpretação de uma avenida/rua, de uma praça, de um bairro, de uma região, 
uma trilha, etc e delineie o roteiro interpretativo. 
Exemplos para inspirar: 
O roteiro interpretativo criado por Guimarães et. al para a Av. 7 de Setembro 
de Manaus-AM. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.20435/inter.v21i3.2364.
O roteiro interpretativo para uma trilha criado por Bartsch, L. Elaboração 
de um roteiro interpretativo para trilha de ciclista da Floresta Estadual Edmundo 
Navarro de Andrade, Rio Claro/SP. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/
handle/11449/139008.
Os roteiros interpretativos a partir do estudo da paisagem literária de Juiz de 
Fora-MG na obra de Murilo Mendes - A Idade do Serrote de Murilo Mendes – em 
manutenção – ver a obra depois. 
Os roteiros geo-turísticos criados em Belém- Pará - TAVARES, Maria Goretti 
da Costa; SERRA, Hugo Rogério Hage. Roteiros geo-turísticos. Disponível em: 
http://livroaberto.ufpa.br/jspui/handle/prefix/554. Ou https://revista.fct.unesp.
br/index.php/formacao/article/view/5163/4401.
Os roteiros de Leite e Gastal para a comunidade de Arroio Grande – Santa 
Maria/RS. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Humanas, v. 4, n. 1, p. 35-46, 2003. 
https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1614
Interpretação do Patrimônio Turístico
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(Orgs.). O difícil espelho: Limites e possibilidades de uma experiência de cultura 
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Mainz, Renânia-Palatinado (Alemanha). Pasos – Revista de Turismo y patrimonio 
cultural.  Vol.10 Nº1 págs. 661 – 670. 2012. Disponível em: file:///D:/Meus%20
Documentos/Downloads/CARDOZO.pdf. Acesso em: 04 nov. 2020
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