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5 Das sociedades empresariais especiais

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Das sociedades 
empresariais especiais
 
SST
Souza Júnior, P. R. de;
Das sociedades empresariais especiais / Paulo Roberto 
de Souza Júnior 
Ano: 2020
nº de p.: 10 páginas
Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
Das sociedades 
empresariais especiais
3
Apresentação
A Sociedade Empresária abrange vários tipos de sociedade, podendo, em 
síntese, ser denominada como a reunião de pessoas com o objetivo de exercer 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação 
de bens ou serviços, visando ao lucro, que deve ser compartilhado. 
Nesta unidade, veremos as sociedades empresariais que possuem características 
peculiares, tais como: sociedades unipessoais, dentre outras.
Sociedade unipessoal
Sociedade unipessoal, em síntese, pode ser definida como a possibilidade de 
uma única pessoa constituir uma sociedade, sob a forma limitada ou anônima, 
para explorar individualmente uma atividade econômica. Esse tipo societário é 
subdividido em duas hipóteses: (I) subsidiária integral; (II) Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada (EIRELI); (III) Sociedade Limitada Unipessoal. 
O primeiro caso decorre da Lei nº 6.404/76, que regra a sociedade por ações, mas 
que não é um instrumento de efetiva limitação da responsabilidade, uma vez que 
não é possível separar o patrimônio individual do patrimônio do empresário.
A subsidiária integral é constituída por escritura pública, ou seja, não pode ser 
constituída por instrumento particular; ou pode ser constituída por conversão de 
uma sociedade anônima em subsidiária integral em duas hipóteses: (a) aquisição 
da totalidade das ações da companhia e (b) incorporações de ações.
O segundo caso – a possibilidade da constituição de Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada (EIRELI) – surgiu com a promulgação da Lei nº 
12.441/2011, autorizando a constituição desse tipo societário.
Importa mencionar que a EIRELI sujeita-se às regras dos tipos societários e pode 
ser constituída tanto por sócio único pessoa física como por jurídica. Caso seja 
pessoa física, só pode ser titular de apenas uma EIRELI.
4
Sociedade unipessoal
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Podemos, ainda, destacar como requisitos para a constituição de uma EIRELI: 
• Capital social: deverá ser devidamente integralizado no momento da consti-
tuição e que represente o mínimo de 100 vezes o maior salário mínimo vigen-
te no país, segundo dispõe o próprio art. 980-A, do CC.
• Unipessoalidade: ela terá um único titular (pessoa jurídica ou física), que terá 
responsabilidade limitada ao capital integralizado. Salienta-se que o § 2º do 
Art. 980-A, do CC, dispõe que a pessoa natural que constituir empresa indi-
vidual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única 
empresa dessa modalidade.
• Nome empresarial: a EIRELI pode adotar tanto denominação quanto firma, 
conforme dispõe o § 1º do artigo supracitado.
Importa mencionar que o registro serve para dar garantia, publicidade, segurança, 
autenticidade e eficácia aos atos jurídicos das empresas, sendo que, para tanto, 
os órgãos de registro cadastram todos aqueles que exercem atividade econômica 
no país.
EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
Capital social mínimo equivalente a 100 vezes o valor do salário mínimo.
5
EI - Empresário Individual 
Exige um investimento inicial baixo.
Não é uma empresa limitada, de forma que as dívidas e obrigações da 
empresa podem chegar ao patrimônio pessoal do sócio.
Não é recomendado para profissionais liberais com profissões 
regulamentadas.
Sociedade Limitada Unipessoal
Lei nº 13.874, de 2019, tem o objetivo de desburocratizar e simplificar os 
processos, tanto para as empresas, como para os empreendedores, de 
forma a incentivar a abertura e manutenção das empresas brasileiras.
Uma empresa limitada, mantendo a proteção ao patrimônio do sócio, com 
um único proprietário.
Pode ter mais de uma empresa nessa modalidade.
Não existe nenhum valor de capital social mínimo. 
O patrimônio do sócio não se confunde com o da empresa.
Fonte: autor
A sociedade unipessoal e a 
desconsideração da personalidade 
jurídica
Um dos principais obstáculos para a implementação do regime da sociedade 
unipessoal refere-se à possibilidade de fraude pelo empresário individual, uma 
vez que existe nesse tipo societário a separação do patrimônio da empresa e do 
empresário.
O argumento da utilização da pessoa jurídica para a prática de atos desonestos – 
transferindo a responsabilidade dos atos dos sócios para as empresas – é bastante 
difundido, sendo esse tipo de atuação, fraudulenta ou com abuso de direito, já 
praticada pelos sócios ou acionistas das sociedades limitadas e pelas companhias.
A teoria da desconsideração da personalidade pode ser definida como o 
afastamento da personalidade jurídica com o objetivo de dar efetividade à 
6
possibilidade de correção de manobras fraudulentas de um ou mais dos seus 
sócios.
Cumpre-nos ainda destacar que se trata de uma suspensão episódica da eficácia 
do ato, sendo que a decisão judicial não invalida e não desfaz o seu ato constitutivo, 
não importando a sua dissolução. 
Especificamente com relação à sociedade unipessoal, destaca-se que a teoria da 
desconsideração é plenamente aplicável, sendo a sua aplicabilidade, ou melhor, 
a sua responsabilização, semelhante à do empresário individual, que tem a sua 
responsabilidade limitada.
Microempresa e empresa de pequeno 
porte 
Microempresa: Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. A Microempresa (ME) 
e a Empresa de Pequeno Porte (EPP) são empreendimentos que deveriam ter 
um tratamento simplificado por determinação constitucional (art. 179 da CF/88), 
podendo resumi-las como sendo empresas de pequena dimensão.
7
Além disso, devemos frisar que Microempresa e Empresa de Pequeno Porte 
são sociedades distintas. A Lei Complementar nº 123/2006, alterada pela Lei 
Complementar nº 128/2008, conceitua essas sociedades com base em suas 
receitas brutas anuais, conforme o art. 3º da LC nº 123/2006, vejamos:
No caso da microempresa,
aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais).
No caso de empresa de pequeno 
porte,
aufira, em cada ano-calendário, receita 
bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos 
e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil 
reais). (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 155, de 2016) Produção de efeito.
Fonte: Lei Complementar nº 123/2006 (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016).
Receita bruta é o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta 
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta 
alheia não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais 
concedidos (§ 1º da LC nº 123/2006).
O enquadramento da empresa como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte 
visa a possibilitar a simplificação de seu funcionamento, motivo pelo qual estas 
podem optar por inscrever-se no SIMPLES Nacional.
O SIMPLES Nacional é uma forma simplificada e englobada de recolhimento de 
tributos e contribuições, o qual tem como base de apuração a receita bruta, tendo 
sido instituído em 1º de julho de 2006, pela Lei Complementar nº 123/2006.
As pessoas jurídicas que se enquadram na condição de Microempresa ou Empresa 
de Pequeno Porte poderão optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento 
de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – 
SIMPLES.
Ressalta-se ainda que a lei traz aspectos inerentes às licitações públicas, ao 
estímulo ao crédito, às relações de trabalho, à capitalização, ao acesso à justiça e à 
inovação, dentre outros. Outrossim, ela determina normas gerais para as Empresas 
de PequenoPorte e Microempresas, entre elas, o regime tributário diferenciado 
(SIMPLES Nacional), no âmbito dos Poderes da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios.
8
É importante mencionar que o artigo 17, da Lei Complementar nº 123/2006, 
apresenta quais as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que não poderão 
optar pela forma de recolhimento simplificada.
A simplificação buscada para as empresas que se enquadram como Microempresas 
e Empresas de Pequeno Porte também ocorre nas questões relacionadas à abertura 
e fechamento, uma vez que, dentre outras, é estabelecida a impossibilidade de que 
outros órgãos envolvidos com o registro da atividade determinem mais documentos 
do que os pedidos pela Junta Comercial.
Ademais, não é necessária a assinatura de advogado no contrato social, o que 
facilmente se verifica nos regramentos elencados nos arts. 8º, 9º e 10 da Lei 
Complementar nº 123/2006.
Podemos verificar ainda no art. 56 da LC nº 123/2006, como o incentivo à 
associação, que as ME e EPP têm maior força de contratação, podendo adquirir 
bens numa quantidade maior e negociar as condições de pagamento em virtude da 
quantidade de compra.
Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno porte poderão 
realizar negócios de compra e venda de bens e serviços para os mercados 
nacional e internacional, por meio de sociedade de propósito específico, 
nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014).
Fonte: Lei Complementar nº 123/2006 (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014).
Por fim, para encerrarmos o presente tópico, a ME e a EPP estão liberadas do 
pagamento de grande parte dos emolumentos, permitindo-se o pagamento no 
cartório com o cheque, sem a exigência de que este seja administrativo ou visado 
(art. 73, da Lei Complementar nº 123/2006).
Para finalizarmos o estudo sobre as Microempresas, não podemos deixar 
de abordar os órgãos vinculados a estas, que lhes concedem um tratamento 
diferenciado e favorecido. São eles:
• Comitê Gestor do Simples Nacional
• Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
• Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM). 
9
Comitê serve para definir regras às microempresas
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Fechamento
Nesta Unidade, estudamos os tipos de sociedade empresariais especiais, já vista a 
ausência de mais de um sócio, chamadas de sociedades unipessoais.
Na parte dois, debatemos como é a desconsideração da personalidade jurídica de 
uma sociedade unipessoal e seus efeitos.
Por fim, chegamos à microempresa e sociedade empresária de pequeno porte, onde 
debate as diferenças entre ambas.
10
Referências
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccihttp://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L6404consol.htmvil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 17 out 
2020.
______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 17 
out 2020.
______. Lei nº 12.441, de 11 de julho de 2011. Altera a Lei nº 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de 
responsabilidade limitada. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2011-2014/2011/lei/l12441.htm>. Acesso em: 17 out 2020.
______. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das 
Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis 
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da 
Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de 
janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 
5 de outubro de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccihttp://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htmvil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso 
em: 17 out 2020.
NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Empresarial. 10.ed. São Paulo: SaraivaJus, 
2020.
http://www.planalto.gov.br/ccihttp
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htmvil_03/leis/L6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htmvil_03/leis/L6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12441.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12441.htm
http://www.planalto.gov.br/ccihttp
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htmvil_03/leis/LCP/Lcp123.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htmvil_03/leis/LCP/Lcp123.htm

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