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2 Modelos classificatórios

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MODELOS CLASSIFICATÓRIOS 
Conceitos importantes:
Sintomas: relatados
Sinais: observados 
Síndrome: conjunto de sinais e sintomas (tosse e febre)
Doença: reconhecimento de um processo patológico (patofisiológico) → diabetes como uma insuficiência de produção de insulina pelo pâncreas
Transtorno (disorder): anormalidade, prejuízo, sem conhecimento do processo patofisiológico → transtornos mentais 
Diagnóstico: opinião de alguém (treinado para tal) afirmando a presença ou ausência de alguma doença ou transtorno
Critérios diagnóstica: regras para se chegar a um diagnóstico 
Classificação diagnóstica: agrupamento de diagnóstico por relações
Sistemas classificatórios: 
Franz Mesmer (1170): transtornos mentais como problema de saúde com algum tipo de obstrução do magnetismo animal
Philipp Pinel (1845-1826): modificou a estrutura prisional para assistencial, transformando em espaços terapêuticos. Surge o alienista
Archives of Psychiatry and Nervous Disease (1867): surgimento da psiquiatria biológica, psiquiatras e patologistas, buscando origens biológicas para o surgimento de transtornos mentais 
1840: EUA inclui no censo “insanidade ou idiotia”
Por não encontrar um fator biológico claro, a psiquiatria afasta-se do modelo médico padrão 
Freud (1895): inconsciente e a teoria psicanalítica. Para vivermos em sociedade, devemos reprimir uma série de instintos. Doença mental é um conflito entre mecanismos inconscientes e foi a primeira teoria plausível de causalidade para os transtornos mentais 
Psicanálise como padrão:
Freud - 1900 publica o livro Interpretação dos sonhos 
Forma a Sociedade de Psicologia da Quarta-feira e inicia a Sociedade Psicanalítica, depois a Sociedade Internacional de Psicanálise 
Psicanálise como modelo explicativo:
Mudou o padrão do atendimento psiquiátrico
Ficou como modelo explicativo para os transtornos mentais e fez parte preponderante do pensamento universitário
Transtornos mentais graves foram considerados disfunções da personalidade e não patologias cerebrais 
Diversas teorias para as doenças mentais (que atualmente se sabem que são falsas e responsabilizavam os pais)
Psicanálise e suas consequências:
Psicanálise tornou-se a principal disciplina da psiquiatria
Grande e principal questão é que a psicanálise não melhorava indivíduos com doenças mentais 
Não estava funcionando 
Outras teorias:
Emil Kraepelin (1856)
Observação dos sintomas e descrição 
Ordenou os sintomas dentro de diagnósticos e processos de desenvolvimento das doenças e caracterizou-os de acordo com seu curso → mostrou que é importante ver o curso dessa doença, desde o surgimento até agora 
Livro: Compêndio de Psiquiatria 
Os ideais estavam divididos entre Freud e Kraepelin
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM)
· Associação Americana Médico-Psicologia publicou o Manual Estatístico para uso em Instituições para os Insanos 
· Não havia consenso nos conteúdos e um rigor diagnóstico no contexto da 2a guerra mundial
· Criação do DSM 
Mito da doença mental
· Antipsiquiatria 
· Tentavam desqualificar os transtornos como doença
· Alguns relacionam com causas sociais ou ao pensamento “contra o sistema”
· 1970: não havia um método confiável de diagnóstico em toda a psiquiatria 
DSM II para DSM III
Descoberta das medicações: clorpromazina, imipramina e lítio
Mudança do modelo para o usado atualmente 
Modelo psicopatológico descritivo
Modelo descritivo: descreve e categoriza experiências 
DSM-5 e CID 11: agrupa os fenômenos em transtornos/patologias, com manual de dx
Crítica atuais: proliferação dx, limites arbitrários, perda da subjetividade, necessidade de dx não específicos e alta taxa de comorbidade