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Funcionalismo Holandês na Linguística

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Linguística: Funcionalismo 
Aula 04: Funcionalismo Holandês 
Tópico 02: A descrição da expressão linguística na Gramática Funcional
Na descrição da expressão linguística, Dik parte da construção de uma predicação 
subjacente projetada na superfície, por meio de regras de expressão, que definem a forma, a 
ordem e o padrão entonacional em que os constituintes se realizam. Uma predicação 
representa um estado de coisa, isto é, uma situação linguisticamente codificada. A 
construção de predicações se faz por meio da inserção de termos (expressões 
referenciadoras das entidades que exercem papéis semânticos na predicação) em 
estruturas de predicado (esquemas que especificam as possibilidades estruturais de 
ocorrência de um predicado). As noções de entidade ou de estados-de-coisa na Gramática 
Funcional de Dik não têm realidade extralinguística ou extramental.
Os constituintes exigidos pela semântica de um predicado denominam-se argumentos, 
enquanto os constituintes que apenas fornecem uma informação suplementar são 
denominados de satélites. No exemplo (1), Pedro e um livro são argumentos do predicado 
escrever, enquanto durante as férias é um satélite indicativo de tempo.
(1) Pedro escreveu um livro durante as férias.
Na Gramática Funcional, uma classificação dos estados-de-coisa é proposta por meio 
da avaliação dos traços especificados no quadro a seguir:
Tipos de Estados-de-coisas (DIK, 1997)
Tipo de 
EC [dinâmico] [controle] [télico] 
Situação -
 Posição - +
Estado - -
Evento +
Ação + +
Realização + + +
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