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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Cálculo IV – EP16 – Tutor Queridos alunos! Este é o último EP do curso e tem como objetivo prepará-los para as próximas avaliações. Estudem os 21 primeiros exerćıcios para a AP2 e estudem todos os exerćıcios para a AP3. Exerćıcio 1: Uma part́ıcula move-se no plano de modo que no instante t sua posição é dada por ~r(t) = (t, t2). Calcule o trabalho realizado pelo campo de forças ~F(x, y) = (x + y)~ı + (x − y)~ no deslocamento da part́ıcula de ~r(0) a ~r(1). Solução: O trabalho realizado pelo campo ~F ao longo da trajetória C dada por ~r(t) = (t, t2), de ~r(0) até ~r(1) é dado por W = ∫ C ~F · d~r = ∫ C (x + y)dx + (x − y)dy. Como x = t, y = t2, 0 ≤ t ≤ 1, então, dx = dt, dy = 2t dt. Logo, W = ∫ 1 0 (t + t2)dt + (t − t2)2t dt = ∫ 1 0 (t + t2 + 2t2 − 2t3)dt = ∫ 1 0 (t + 3t2 − 2t3)dt = [ t2 2 + t3 − t4 2 ]1 0 = 1 2 + 1 − 1 2 = 1 u.w. Solução alternativa: W = ∫ C ~F · d~r = ∫ 1 0 ~F(~r(t)) · ~r′(t) dt = ∫ 1 0 (t + t2, t − t2) · (1, 2t) dt = ∫ 1 0 (t + t2 + 2t2 − 2t3) dt = ∫ 1 0 (t + 3t2 − 2t3)dt = 1 u.w. Exerćıcio 2: Calcule I = ∮ C ( − x2y 1 + x2 + y2 ) dx + (x + arctg x) dy onde C é o caminho fechado formado por y = 0, x+2y = 4 e x = 0, orientado no sentido anti-horário. Cálculo IV – EP16 Tutor 2 Solução: O cálculo direto da integral parece uma tarefa imposśıvel, mas o Teorema de Green fornece um outro método de resolução. Temos P = − x2y 1 + x2 + y2 e Q = x + arctg x donde ∂Q ∂x − ∂P ∂y = 1 + 1 1 + x2 − ( − x2 1 + x2 + 2y ) = 1 + 1 + x2 1 + x2 − 2y = 2 − 2y = 2(1 − y) . Então: I = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dxdy = 2 ∫∫ D (1 − y) dxdy onde D é a região do plano limitada por C, conforme a figura que se segue. x y D x = 0 x = 4 − 2y C = ∂D 2 4 A região D pode ser vista como tipo II: D = { (x, y) | 0 ≤ y ≤ 2 , 0 ≤ x ≤ 4 − 2y } . Logo I = 2 ∫ 2 0 ∫ 4−2y 0 (1 − y) dxdy = 2 ∫ 2 0 (1 − y)(4 − 2y) dy = = 4 ∫ 2 0 ( 2 − 3y + y2) dy = 4 [ 2y − 3y2 2 + y3 3 ]2 0 = 8 3 . Exerćıcio 3: Use o teorema de Green para calcular ∮ C (x4 − y3) dx+ (x3 + y5) dy, onde C é dada por ~r(t) = (cos t, sen t), 0 ≤ t ≤ 2π. Solução: Seja ~F = (P,Q) = (x4 − y3, x3 + y5) um campo de classe C1 em R2. Da parametrização de C, vemos que se trata da circunferência x2 + y2 = 1, orientada no sentido anti-horário. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 3 A curva C é fronteira do disco D dado por x2 + y2 ≤ 1, que está contido em R2. Como C = ∂D está orientada positivamente, então pelo teorema de Green, temos ∮ C (x4 − y3) ︸ ︷︷ ︸ P dx + (x3 + y5) ︸ ︷︷ ︸ Q dy = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dx dy = ∫∫ D (3x2 − (−3y2))dx dy = 3 ∫∫ D (x2 + y2)dx dy. Passando para coordenadas polares, temos x2 + y2 = r2, dx dy = r dr dθ, Drθ : 0 ≤ r ≤ 1 , 0 ≤ θ ≤ 2π. Logo, ∫∫ D (x2 + y2)dx dy = ∫∫ Drθ r2 · r dr dθ = ∫∫ Drθ r3 dr dθ = ∫ 2π 0 ∫ 1 0 r3 dr dθ = ∫ 2π 0 [ r4 4 ]1 0 dθ = 1 4 ∫ 2π 0 dθ = 1 4 · 2π = π 2 . Portanto, ∮ C (x4 − y3)dx + (x3 + y5)dy = 3π 2 . Exerćıcio 4: Calcule a integral de linha I = ∫ C ( y2 + x ) dx + ( 5x − ey2 + √ 1 + y6 ) dy sobre a circunferência superior x2 + y2 = 1, com y ≥ 0, orientada no sentido anti-horário. Solução: O cálculo direto dessa integral é uma tarefa complicada. Para aplicar o Teorema de Green, devemos primeiro fechar a curva C usando o segmento de reta C1, dado por C1 : { y = 0 −1 ≤ x ≤ 1 . Se y = 0 então dy = 0. Seja D a região do plano, limitada por C = C ∪C1. Logo, ∂D = C. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 4 x y D C C1−1 1 1 Como estamos nas condições do Teorema de Green, temos ∫ C ~F · d~r + ∫ C1 ~F · d~r = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dxdy = ∫∫ D (5 − 2y) dxdy (1) Passando para coordenadas polares, temos x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ e Drθ é dado por Drθ : { 0 ≤ r ≤ 1 0 ≤ θ ≤ π Logo: ∫∫ D (5 − 2y)dxdy = ∫∫ Drθ (5 − 2r sen θ)r drdθ = ∫ 1 0 ∫ π 0 ( 5r − 2r2 sen θ ) dθdr = ∫ 1 0 [ 5rθ + 2r2 cos θ ]π 0 dr = ∫ 1 0 ( 5πr − 4r2) dr = [ 5πr2 2 − 4r3 3 ]1 0 = 5π 2 − 4 3 . (2) Cálculo de ∫ C1 ~F · d~r Temos: ∫ C1 ~F · d~r = ∫ C1 ( y2 + x ) dx + ( 5x − ey2 + √ 1 + y6 ) dy Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 5 onde y = 0, dy = 0 e −1 ≤ x ≤ 1. Então: ∫ C1 ~F · d~r = ∫ 1 −1 x dx = [ x2 2 ]1 −1 = 0 (3) Logo, de (1), (2) e (3), segue que ∫ C = ~F · d~r = 5π 2 − 4 3 . Exerćıcio 5: (a) A integral I = ∫ C (sen xy + xy cos xy) dx + x2 cos xy dy é independente do caminho? (b) Calcule o valor I onde C é dada por σ(t) = ( t2 − 1, t2 + 1 ) , com 0 ≤ t ≤ 1. Solução: (a) Seja ~F = (P,Q) = ( sen xy + xy cos xy, x2 cos xy ) , para todo (x, y) ∈ R2. Temos ∂Q ∂x − ∂P ∂y = ( 2x cos xy − x2y sen xy ) − ( x cos xy + x cos xy − x2y sen xy ) = 0 em R2. Como R2 é um conjunto simplesmente conexo então, pelo teorema das equivalências segue que I é independente do caminho. (b) Também do teorema das equivalências temos que ~F é conservativo. Construção de uma função potencial para ~F Temos: ∂ϕ ∂x = sen xy + xy cos xy (4) ∂ϕ ∂y = x2 cos xy (5) Integrando (5) em relação a y, temos: ϕ(x, y) = x sen xy + f (x) (6) onde f (x) é uma “constante” de integração. Derivando (6) em relação a x e usando (4), temos: sen xy + xy cos xy + f ′(x) = sen xy + xy cos xy ou f ′(x) = 0. Logo, f (x) = c. Fazendo c = 0, temos uma função potencial ϕ(x, y) = x sen xy , em R2. Logo: I = ϕ ( σ(1) ) − ϕ ( σ(0) ) = ϕ(0, 1) − ϕ(−1, 1) = 0 − (−1) sen(−1) = sen(−1) = − sen 1 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 6 Exerćıcio 6: Calcule a massa da chapa fina S dada por x = u, y = v, z = u + 2v, 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ 1, sendo δ(x, y, z) = x + y + z a densidade superficial. Solução: Temos S : ~r(u, v) = (u, v, u + 2v), (u, v) ∈ D : 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ 1. A massa de S é dada por M = ∫∫ S (x + y + z) dS = ∫∫ D (u + v + u + 2v) ∥ ∥ ∥ ∥ ∥ ∂~r ∂u × ∂~r ∂v ∥ ∥ ∥ ∥ ∥ du dv = ∫∫ D (2u + 3v) ∥ ∥ ∥ ∥ ∥ ∂~r ∂u × ∂~r ∂v ∥ ∥ ∥ ∥ ∥ du dv, onde ∂~r ∂u × ∂~r ∂v = (1, 0, 1) × (0, 1, 2) = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~ı ~ı ~k 1 0 1 0 1 2 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (−1,−2, 1), e, portanto, ∥ ∥ ∥ ∥ ∥ ∂~r ∂u × ∂~r ∂v ∥ ∥ ∥ ∥ ∥ = √ (−1)2 + (−2)2 + 12 = √ 6 . Logo, M = √ 6 ∫∫ D (2u + 3v) du dv = √ 6 ∫ 1 0 ∫ 1 0 (2u + 3v) du dv = √ 6 ∫ 1 0 [ u2 + 3uv ]1 0 dv = √ 6 ∫ 1 0 (1 + 3v) dv = √ 6 [ v + 3v2 2 ]1 0 = √ 6 ( 1 + 3 2 ) = 5 √ 6 2 . Portanto, a massa é 5 √ 6 2 u.m. Exerćıcio 7: Seja S a porção do cilindro x2 + y2 = 9 limitada pelos planos z = 0 e y + z = 4. (a) Parametrize S usando coordenadas ciĺındricas como parâmetros. (b) Calcule ∫∫ S ( x2 + y2 ) z dS . Solução: (a) O esboço de S está representado na figura que se segue. Seja (x, y, z) ∈ S . Então x2 + y2 = 9 e 0 ≤ z ≤ 4 − y. Usando coordenadas ciĺındricas temos que x = r cos θ, y = r sen θ e z = z. Como no nosso caso, r = 3, então uma parametrização de S é dada por S : ϕ(θ, z) = (3 cos θ, 3 sen θ, z) com (θ, z) ∈ D : 0 ≤ θ ≤ 2π , 0 ≤ z ≤ 4 − 3 sen θ. (b) Temos ϕθ = (−3 sen θ, 3 cos θ, 0) e ϕz = (0, 0, 1). Logo, ϕθ × ϕz = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~ı ~ ~k −3 sen θ 3 cos θ 0 0 0 1 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (3 cos θ, 3 sen θ, 0) , Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 7 x y z S (x, y, 0) (x, y, z) 3 3 4 4 donde dS = ‖ϕθ × ϕz‖ dθdz = √ 9 cos2 θ + 9 sen2 θ dθdz = 3dθdz . Logo: ∫∫ S ( x2 + y2 ) z dS = ∫∫ D ( 9 cos2 θ + 9 sen2 θ ) z 3dθdz = = 27 ∫ 2π 0 ∫ 4−3 sen θ 0 z dzdθ = 27 ∫ 2π 0 [ z2 2 ]4−3 sen θ 0 dθ = = 27 2 ∫ 2π 0 ( 16 − 24 sen θ + 9 sen2 θ ) dθ = = 27 2 [ 16θ + 24 cos θ + 9 2 ( θ − sen 2θ 2 )]2π 0 = = 27 2 (32π + 9π)= 1107π 2 . Exerćıcio 8: Calcule a massa da superf́ıcie S porção do cone z = √ x2 + y2 compreendida entre os planos z = 1 e z = 3, sendo a densidade superficial de massa dada por δ(x, y, z) = x2 + y2. Solução: O esboço de S está representado na figura que se segue. A superf́ıcie S é descrita por S : z = √ x2 + y2 = f (x, y) com (x, y) ∈ D : 1 ≤ x2 + y2 ≤ 9. Temos dS = √ 1 + ( fx)2 + ( fy)2 dxdy = √ 1 + ( x √ x2 + y2 )2 + ( y √ x2 + y2 )2 dxdy = = √ 1 + x2 + y2 x2 + y2 dxdy = √ 2 dxdy . Como M = ∫∫ S δ(x, y, z) dS = ∫∫ S ( x2 + y2 ) dS Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 8 x y z S D 1 1 1 3 3 3 então: M = ∫∫ D ( x2 + y2 ) √ 2 dxdy = √ 2 ∫∫ D ( x2 + y2 ) dxdy . Passando para coordenadas polares, temos: x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ x2 + y2 = r2 O conjunto Drθ é dado por Drθ : { 1 ≤ r ≤ 3 0 ≤ θ ≤ 2π . Então: M = √ 2 ∫∫ Drθ r2 · r drdθ = √ 2 ∫∫ Drθ r3 drdθ = √ 2 ∫ 3 1 r3 ∫ 2π 0 dθdr = = 2 √ 2π ∫ 3 1 r3 dr = 2 √ 2π 4 · r4 ∣ ∣ ∣ ∣ 3 1 = √ 2π 2 · (81 − 1) = 40 √ 2π u.m. Exerćıcio 9: Use o Teorema da Divergência para calcular o fluxo do campo ~F(x, y, z) = x3 3 ~ı+ y3 3 ~+2~k, através da superf́ıcie S do cilindro W = {(x, y, z) ∈ R3 | x2 + y2 ≤ 4, −2 ≤ z ≤ 2} com normal ~n apontando para fora de W. Solução: O esboço de S , superf́ıcie do cilindro W é: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 9 Como ~F = (P,Q,R) = ( x3 3 , y3 3 , 2 ) é de classe C1 em R3 e S = ∂W está orientada positivamente, então, pelo Teorema da Divergência, temos: ∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ W div ~F dV = ∫∫∫ W ( ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z ) dV = ∫∫∫ W (x2 + y2) dV. Passando para coordenadas ciĺındricas, temos x2 + y2 = r2, dV = r dr dθ dz e Wrθz : 0 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤ 2π, −2 ≤ z ≤ 2. Então, ∫∫∫ W (x2 + y2) dV = ∫∫∫ Wrθz r2 · r dr dθ dz = ∫∫∫ Wrθz r3 dr dθ dz = ∫ 2 −2 ∫ 2π 0 ∫ 2 0 r3 dr dθ dz = ∫ 2 −2 ∫ 2π 0 [ r4 4 ]2 0 dθ dz = 4 ∫ 2 −2 ∫ 2π 0 dθ dz = 8π ∫ 2 −2 dz = 32π. Portanto, ∫∫ S ~F · ~n dS = 32π. Exerćıcio 10: Calcule o fluxo de ~F(x, y, z) = (x2, y,−z) através de S , superf́ıcie do paraleleṕıpedo W limitado pelos planos coordenados e pelos planos x = 2, y = 2, z = 3, com a normal ~n apontando para fora de W. Solução: O esboço de S , superf́ıcie do paraleleṕıpedo W é: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 10 Como ~F = (P,Q,R) = (x2, y,−z) é de classe C1 em R3 e S = ∂W está orientada positivamente, então pelo teorema de Gauss, temos ∫∫ S ~F · ~n dS = ∫∫∫ W div ~F dV = ∫∫∫ W ( ∂P ∂x + ∂Q ∂y ∂R ∂z ) dV = ∫∫∫ W (2x + 1 − 1) dV = ∫∫∫ W 2x dV = ∫ 3 0 ∫ 2 0 ∫ 2 0 2x dx dy dz = ∫ 3 0 ∫ 2 0 [ x2 ]2 0 dy dz = 4 ∫ 3 0 ∫ 2 0 dy dz = 8 ∫ 3 0 dz = 24. Exerćıcio 11: Calcule o fluxo de ~F = ( ez arctg z ) ~ı + [ ez ln ( x2 + 1 )] ~ + z~k através de S parte do parabolóide z = 4 − x2 − y2, acima de z = 1, na direção da normal exterior ~n. Solução: Note na figura que se segue que a superf́ıcie S não é fechada. Da complexidade do campo ~F, calcular o fluxo diretamente não é uma tarefa simples. Então tentemos usar o teorema de Gauss. Para isso, devemos fechar a superf́ıcie S com a porção S 1 do plano z = 1, delimitada pela circunferência x2 + y2 = 3, orientada com ~n1 = −~k. A figura a seguir mostra o sólido W delimitado por S e S 1. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 11 x y z S 1 4 ~n x y z S D 1 4 ~n ~n1 S 1 √ 3√ 3 Como estamos nas condições do teorema de Gauss, temos: ∫∫ S ~F· ~n dS + ∫∫ S 1 ~F· ~n1 dS = ∫∫∫ W div ~F dxdydz = = ∫∫∫ W (0 + 0 + 1) dxdydz = ∫∫∫ W dxdydz = = ∫∫ D ∫ 4−x2−y2 1 dz dxdy = ∫∫ D ( 3 − x2 − y2) dxdy = = ∫ 2π 0 ∫ √ 3 0 ( 3 − r2)r drdθ = ∫ 2π 0 ∫ √ 3 0 ( 3r − r3) drdθ = = ∫ 2π 0 [ 3 · r2 2 − r4 4 ] √ 3 0 dθ = ( 9 2 − 9 4 ) · 2π = 9π 2 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 12 Mas ∫∫ S 1 ~F· ~n1 dS = ∫∫ S 1 ( e arctg 1, e ln(x2 + 1), 1 ) · (0, 0,−1) dS = = − ∫∫ S 1 dS = −A(S 1) = −π (√ 3 )2 = −3π . Logo: ∫∫ S ~F· ~n dS = 9π 2 + 3π = 15π 2 . Exerćıcio 12: Seja S a calota esférica dada pela equação x2 +y2 + z2 = 4, z ≥ 0 e considere o campo ~F(x, y, z) = (y2x, z2y + x, x2z + 4). Fixe uma orientação sobre S e calcule o fluxo de ~F através de S . Solução: Inicialmente, fixemos uma orientação sobre S : ~n exterior a S . Calcular o fluxo de ~F através da superf́ıcie S é uma tarefa penosa. Como S é uma superf́ıcie aberta, vamos fechá-la usando S 1, porção do plano z = 0 limitada pela circunferência x2 + y2 = 4, orientada com ~n1 = −~k. x y z S S 1 ~n ~n1 Seja W o sólido limitado por S e S 1. Logo, ∂W = S ∪ S 1. Como ∂W está orientada positivamente e como ~F é um campo de classe C1 em R3, então pelo Teorema de Gauss, temos: ∫∫ S ~F · ~n dS + ∫∫ S 1 ~F · ~n1 dS = ∫∫∫ W div ~F dxdydz = ∫∫∫ W ( y2 + z2 + x2) dxdydz . Passando para coordenadas esféricas, temos: ∫∫∫ W ( x2 + y2 + z2)dxdydz = ∫∫∫ Wρφθ ρ2 · ρ2 senφ dρdφdθ = ∫∫∫ Wρφθ ρ4 sen φ dρdφdθ onde Wρφθ é dado por: Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 2 0 ≤ φ ≤ π/2 0 ≤ θ ≤ 2π . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 13 Então: ∫∫∫ W ( x2 + y2 + z2) dxdydz = ∫ 2 0 ∫ π/2 0 ∫ 2π 0 ρ4 sen φ dθdφdρ = 2π ∫ 2 0 ∫ π/2 0 ρ4 senφ dφdρ = = 2π [ − cosφ ]π/2 0 ∫ 2 0 ρ4 dρ = 2π [ ρ5 5 ]2 0 = 64π 5 . Logo: ∫∫ S ~F · ~n dS + ∫∫ S 1 ~F · ~n1 dS = 64π 5 . Agora, calculemos ∫∫ S 1 ~F · ~n1 dS . Temos S 1 : z = 0 = f (x, y), (x, y) ∈ D : x2 + y2 ≤ 4 , ~n1 = −~k. Logo, dS = dxdy. Então: ∫∫ S 1 ~F · ~n1 dS = ∫∫ S 1 ( y2x, 0 + x, 0 + 4 ) · (0, 0,−1) dS = = −4 ∫∫ S 1 dS = −4A(S 1) = −4 · π · 22 = −16π . Assim: ∫∫ S ~F · ~n dS = 64π 5 + 16π = 144π 5 . Exerćıcio 13: Seja um campo de forças dado por ~F(x, y, z) = ( 3x2yz + ez, x3z, x3y + xez + 3z2 ) . (a) ~F é um campo conservativo? Por quê? (b) Calcule o trabalho realizado por ~F para mover uma part́ıcula ao longo da curva C interseção da superf́ıcie z = 1 − x2, z ≥ 0, com o plano y + z = 1, orientada no sentido do crescimento de x. Solução: (a) Temos rot~F = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~ı ~ ~k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z 3x2yz + ez x3z x3y + xez + 3z2 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = ( x3 − x3, 3x2y + ez − ez − 3x2y, 3x2z − 3x2z ) = (0, 0, 0) = ~0 . Como dom ~F = R3, que é um conjunto simplesmente conexo e rot ~F = ~0, então pelo teorema das equivalências, segue que ~F é conservativo. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 14 x y z C 1 1 1 A = (−1, 1, 0) B = (1, 1, 0) (b) O esboço de C está representado na figura que se segue. O trabalho W é dado por: W = ∫ C ~F · d~r. Como ~F é conservativo, logo existe uma função ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ = ~F em R3, isto é, ∂ϕ ∂x = 3x2yz + ez (7) ∂ϕ ∂y = x3z (8) ∂ϕ ∂z = x3y + xez + 3z2 (9) Integrando (7), (8) e (9) em relação a x, y e z respectivamente, temos ϕ(x, y, z) = x3yz + xez + f (y, z) (10) ϕ(x, y, z) = x3yz + g(x, z) (11) ϕ(x, y, z) = x3yz + xez + z3 + h(x, y) (12) De (10), (11) e (12) vemos que f (y, z) = z3, g(x, z) = xez e h(x, y) = 0. Logo ϕ(x, y, z) = x3yz + xez + z3 é uma função potencial de ~F. Então: W = ϕ(B) − ϕ(A) = ϕ(1, 1, 0) − ϕ(−1, 1, 0) = e0 − ( −e0 ) = 2 u.ω. Exerćıcio 14: Calcule I = ∫ C ( ex2 + y2)dx + ( ey2 − z2)dy + ( ez2 − x2)dz Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 15 x y z C 1 1 1 onde C é o contorno da parte do plano x + y + z = 1, que está no primeiro octante, no sentido anti-horário. Solução: A curva C é constitúıda de três partes e pode ser visualizada na figura a seguir. Calcular I usando a definição é uma tarefa penosa. Calculemos então através do teorema de Stokes. Seja S a porção do plano x + y + z = 1 delimitadapela curva C. De acordo com a orientação de C, devemos tomar ~n apontando para cima. As figuras que se seguem mostram S e sua projeção sobre o plano xy. x y z S 1 1 1 C = ∂S ~n x y D 1 1 x + y = 1 Temos S : z = 1 − x − y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : { 0 ≤ x ≤ 1 0 ≤ y ≤ 1 − x . Como ~N = ( −∂ f ∂x , −∂ f ∂y , 1 ) = (1, 1, 1) aponta para cima então ~n = ~N ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣~N ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (1, 1, 1) √ 3 e dS = √ 3 dxdy. Por outro lado rot ~F = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~ı ~ ~k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z ex2 + y2 ey2 − z2 ez2 − x2 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (2z, 2x, −2y) . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 16 Do teorema de Stokes, temos: ∮ C ~F· d~r = ∫∫ S rot~F· ~n dS = = ∫∫ D ( 2(1 − x − y), 2x, −2y ) · (1, 1, 1) √ 3 · √ 3 dxdy = = ∫∫ D (2 − 2x − 2y + 2x − 2y) dxdy = 2 ∫∫ D (1 − 2y) dxdy = = 2 ∫ 1 0 ∫ 1−x 0 (1 − 2y) dydx = 2 ∫ 1 0 [ y − y2 ]1−x 0 dx = = 2 ∫ 1 0 ( 1 − x − 1 + 2x − x2) dx = 2 ∫ 1 0 ( x − x2) dx = = 2 [ x2 2 − x3 3 ]1 0 = 1 3 . Exerćıcio 15: Calcule ∮ C ~F · d~r, sendo ~F um campo em R3 dado por ~F(x, y, z) = ( − y + √ 1 + x10 , x , 3x + z10) e C é a interseção da superf́ıcie x2 + y2 = 1 com o plano z − y = 2, com uma orientação tal que quando projetada no plano z = 0 produz um percurso horário. Solução: O esboço de C é dado pela figura que se segue. x y z C −2 1 1 2 O cálculo direto da integral é uma tarefa dif́ıcil, mas o Teorema de Stokes fornece um outro método de resolução. Seja S a porção do plano z = 2+y, limitada por C, cujo esboço está ilustrado na figura que se segue. Então S é dada por S : z = 2 + y = f (x, y), com (x, y) ∈ D : x2 + y2 ≤ 1. Logo: dS = √ 1 + (zx)2 + (zy)2 dxdy = √ 1 + 0 + 1 dxdy = √ 2 dxdy . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 17 x y z C = ∂S −2 2 1 1 S Com a orientação de C = ∂S , dada no problema, vê-se pela regra da mão direita que ~n aponta para baixo. Como ~N = (−zx,−zy, 1) = (0,−1, 1) é um vetor normal a S , então: ~n = (0, 1,−1) √ 2 . Temos que: rot~F = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~ı ~ ~k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z −y + √ 1 + x10 x 3x + z10 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (0,−3, 1 − (−1)) = (0,−3, 2) . Como estamos nas condições do Teorema de Stokes, temos: ∮ C ~F · d~r = ∫∫ S rot~F · ~n dS = ∫∫ D (0,−3, 2) · (0, 1,−1) √ 2 · √ 2 dxdy = = ∫∫ D (−3 − 2) dxdy = −5A(D) = −5π . Exerćıcio 16: Seja o campo ~F(x, y, z) = y~ı − x~ + xyez~k . (a) Determine o rot~F. (b) Use o teorema de Stokes para calcular ∫ C ~F ·d~r, onde C é o triângulo de vértices (0, 0, 1), (0, 1, 1) e (1, 0, 1) contido no plano z = 1, orientado no sentido anti-horário quando visto de cima. Solução: (a) Temos: rot~F = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~ı ~ ~k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z y −x xyez ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (xez,−yez,−1 − 1) = (xez,−yez,−2) . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 18 (b) O esboço do triângulo C está representado na figura que se segue. x y z S D C ~n = ~k 1 1 1 x y D 1 1 Seja S a porção do plano z = 1, limitada pelo triângulo C. Logo, ∂S = C e S : z = 1, com (x, y) ∈ D. Orientando S de acordo com a orientação de C = ∂S , temos que ~n = ~k. Temos também que dS = √ 1 + (zx) 2 + ( zy )2 dxdy = √ 1 + 0 + 0 dxdy = dxdy. Então, pelo teorema de Stokes, temos: ∫ C=∂S ~F · d~r = ∫∫ S rot ~F · ~n dS = ∫∫ D (xe,−ye,−2) · (0, 0, 1) dxdy = ∫∫ D −2 dxdy = −2 A(D) = −2 · 1 2 · 1 · 1 = −1 . Exerćıcio 17: Utilizando o Teorema de Stokes, transforme a integral ∫∫ S rot ~F ·~n dS numa integral de linha e calcule-a, sendo ~F(x, y, z) = (x+1)~ı+exyz~k e S é o hemisfério superior da esfera x2 +y2 +z2 = 1, com ~n a normal com componente z positiva . Solução: O esboço de S está representado na figura a seguir. Como ~n aponta para cima então o bordo de S , ∂S , está orientado no sentido anti-horário quando visto de cima (use a regra da mão direita para se convencer). Como estamos nas condições do Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 19 x y z ~n ∂S S 1 1 1 Teorema de Stokes, temos ∫∫ S rot ~F · ~n dS = ∮ ∂S + ~F · d~r = ∮ ∂S + (x + 1) dx + exyz dz onde ∂S : x = cos t, y = sen t e z = 0, com 0 ≤ t ≤ 2π, donde dx = − sen t dt, dy = cos t e dz = 0. Logo, ∫∫ S rot ~F · ~n dS = ∫ 2π 0 [(cos t + 1)(− sen t) + 0] dt = ∫ 2π 0 (− cos t sen t − sen t) dt = [ cos2 t 2 + cos t ]2π 0 = 0 . Exerćıcio 18: Use o teorema de Stokes para calcular ∫ C ~F · d~r, sendo ~F = ( x − 2y + arctan x, x − z + y2 2 + cos y , y ) e C é a elipse 4x2 + y2 = 4 no plano xy, orientada no sentido anti-horário quando vista de cima. Solução: O esboço da elipse C : x2 + y2 4 = 1 no plano xy é: x y z 1 2 C x y z 1 2 C=∂S S ~n Seja S a porção do plano z = 0, limitada por C. Então, a superf́ıcie S pode ser vista como gráfico da função z = 0, com (x, y) ∈ D : x2 + y2 ≤ 1. De acordo com a orientação de C, vemos que S fica Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 20 orientada com ~n = ~k. Temos também que dS = √ 1 + (zx)2 + (zy)2 dx dy = √ 1 + 0 + 0 dx dy = dx dy. Assim, • ~F é de classe C1 em R3; • ∂S é orientado positivamente. Então, pelo teorema de Stokes, temos ∫ C ~F · d~r = ∫ ∂S ~F · d~r = ∫∫ S rot ~F · ~n dS , onde rot ~F = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ~i ~j ~k ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z x − 2y + arctan x x − z + y2 2+cos y y ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = (1 − (−1), 0 − 0, 1 − (−2)) = (2, 0, 3). Logo, ∫ C ~F · d~r = ∫∫ D (2, 0, 3) · (0, 0, 1)dx dy = ∫∫ D 3 dx dy = 3A(D) = 3(π · 1 · 2) = 6π. Exerćıcio 19: Seja S parametrizada por ~r(u, v) = (u + v,−v, 2u), com (u, v) ∈ D : u ≥ 0, v ≥ 0, 2u + v ≤ 2. (a) Determine a área de S ; (b) Suponhamos que S tem uma densidade por unidade de área em cada ponto igual ao quadrado da distância do ponto ao plano xy. Determine a massa total da superf́ıcie. Solução: (a) Se ~r(u, v) = (u + v,−v, 2u), então ~ru = (1, 0, 2) e ~rv = (1,−1, 0), donde ~ru × ~rv = (2, 2,−1) e ‖~ru × ~rv‖ = √ 22 + 22 + (−1)2 = √ 4 + 4 + 1 = √ 9 = 3. Como A(S ) = ∫∫ D ‖−→r u × −→r v‖ du dv, então, A(S ) = ∫∫ D 3 du dv = 3 ∫∫ D du dv, onde D é a região triangular seguinte: x y 1 2 2u + v=2 D Logo, A(S ) = 3A(D) = 3 ( 1 2 · 1 · 2 ) = 3 u.a. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 21 (b) A massa de S é dada por M = ∫∫ S δ(x, y, z) dS , onde δ(x, y, z) = (distância de (x, y, z) ao plano xy)2 = |z|2 = z2. Então M = ∫∫ S z2 dS = ∫∫ D (2u)2 3 du dv = 12 ∫∫ D u2 du dv. Enquadrando D como uma região do tipo I, temos: D : 0 ≤ u ≤ 1, 0 ≤ v ≤ 2 − 2u. Logo, M = 12 ∫ 1 0 u2 ∫ 2−2u 0 dv du = 12 ∫ 1 0 u2(2 − 2u)du = 24 ∫ 1 0 u2(1 − u) du = 24 ∫ 1 0 (u2 − u3) du = 24 [ u3 3 − u4 4 ]1 0 = 24 [ 1 3 − 1 4 ] = 2. Donde, M = 2 u.m. Exerćıcio 20: (a) Caso exista, encontre uma função potencial para ~F(x, y) = (sen y − y sen x + x)~i + (cos x + x cos y + y)~j. (b) Calcule ∫ C ~F · d~r, onde C é a poligonal aberta de vértices P1 = (0, 0), P2 = (π2 ,−π), P3 = (π, π2 ), orientada de P1 a P3. Solução: (a) Temos que • ~F = (P,Q) = (sen y − y sen x + x, cos x + x cos y + y) é de classe C1 em R2; • R2 é um conjunto simplesmente conexo; • ∂Q ∂x − ∂P ∂y = (− sen x + cos y) − (cos y − sen x) = 0 Então, pelo teorema das equivalências, segue que ~F é um campo conservativo, i.e., ~F admite uma função potencial ϕ(x, y), tal que ∂ϕ ∂x = sen y − y sen x + x (13) ∂ϕ ∂y = cos x + x cos y + y (14) Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 22 Integrando (13) e (14) em relação a x e y, respectivamente, temos ϕ(x, y) = x sen y + y cos x + x2 2 + f (y) ϕ(x, y) = y cos x + x sen y + y2 2 + g(x) Comparando as duas expressões, vemos que f (y) = y2 2 e g(x) = x2 2 . Logo, uma função potencial é dada por ϕ(x, y) = x sen y + y cos x + x2 2 + y2 2 . (b) Pelo teoremafundamental do Cálculo para integrais de linha, temos: ∫ C ~F · d~r = ϕ(P3) − ϕ(P1) = ϕ ( π, π 2 ) − ϕ ( π 2 ,−π ) = ( π sen π 2 + π 2 cos π + π2 2 + π2 8 ) − ( π 2 sen(−π) − π cos π 2 + π2 8 + π2 2 ) = ( π − π 2 + π2 2 + π2 8 ) − ( 0 − 0 + π2 8 + π2 2 ) = π 2 . Exerćıcio 21: Um campo de forças ~F, no espaço tridimensional é definido por ~F(x, y, z) = x~i + y~j + (xz − y)~k. Calcule o trabalho efetuado por esta forma ao deslocar uma part́ıcula de (0, 0, 0) para (1, 1, 1) ao longo do segmento de reta unindo estes dois pontos. Solução: Uma parametrização do segmento C é dada por: C : ~r(t) = (t, t, t), 0 ≤ t ≤ 1. Logo, ~r ′(t) = (1, 1, 1). O trabalho é dado por: W = ∫ C ~F · d~r = ∫ 1 0 ~F(~r(t)) · ~r ′(t) dt = ∫ 1 0 (t, t, t2 − t) · (1, 1, 1) dt = ∫ 1 0 (t + t + t2 − t) dt = ∫ 1 0 (t + t2) dt = [ t2 2 + t3 3 ]1 0 = 1 2 + 1 3 = 5 6 . Logo, W = 5 6 u.w. Exerćıcio 22: Inverta a ordem de integração e calcule a integral resultante de: ∫ 1 0 ∫ 1 y sen x x dxdy . Solução: A região D de integração é dada por { 0 ≤ y ≤ 1 y ≤ x ≤ 1 . Logo, D está estre as retas horizontais y = 0 e y = 1 e é limitada à esquerda pela reta x = y e à direita por x = 1. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 23 x y D entra em x = y sai em x = 1 1 1 Para inverter a ordem de integração, devemos descrever D como uma região do tipo I. Vemos que D está compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 1. Imaginemos uma reta vertical através de D, orientada como o eixo y, vemos que ela entra em D em y = 0 e sai de D em y = x. Assim D : { 0 ≤ x ≤ 1 0 ≤ y ≤ x . x y D entra em y = 0 sai em y = x 1 1 Logo: ∫ 1 0 ∫ 1 y sen x x dxdy = ∫ 1 0 ∫ x 0 sen x x dydx = ∫ 1 0 sen x x ∫ x 0 dydx = = ∫ 1 0 sen x x · x dx = ∫ 1 0 sen x dx = [ − cos x ]1 0 = 1 − cos 1 . Exerćıcio 23: Calcule a integral dupla de f (x, y) = xy, sobre a região D da figura que se segue, de duas maneiras distintas. x y D 1 1 Solução: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 24 Descrição de D como região do tipo I A figura que se segue mostra a descrição de D como região do tipo I. x y D y = x entra em y = x sai em y = 1 1 1 Temos D : { 0 ≤ x ≤ 1 x ≤ y ≤ 1 . Então: ∫∫ D xy dxdy = ∫ 1 0 ∫ 1 x xy dydx = ∫ 1 0 x ∫ 1 x y dydx = = ∫ 1 0 x [y2 2 ]1 x dx = 1 2 ∫ 1 0 x ( 1 − x2 ) dx = = 1 2 ∫ 1 0 ( x − x3 ) dx = 1 2 [ x2 2 − x4 4 ]1 0 = 1 2 ( 1 2 − 1 4 ) = 1 8 . Descrição de D como região do tipo II A figura que se segue mostra a descrição de D como região do tipo II. x y D entra em x = 0 sai em x = y 1 1 Temos D : { 0 ≤ y ≤ 1 0 ≤ x ≤ y . Então: ∫∫ D xy dxdy = ∫ 1 0 ∫ y 0 xy dxdy = ∫ 1 0 y ∫ y 0 x dxdy = ∫ 1 0 y [ x2 2 ]y 0 dy = = 1 2 ∫ 1 0 y ( y2 − 0 ) dy = 1 2 ∫ 1 0 y3 dy = 1 2 [ y4 4 ]1 0 = 1 8 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 25 Exerćıcio 24: Passe para coordenadas polares e calcule I = ∫ √ 2 0 ∫ √ 4−y2 y √ x2 + y2 dx dy. Solução: Temos que I = ∫∫ D √ x2 + y2 dx dy, onde D = { (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ √ 2 e y ≤ x ≤ √ 4 − y2 } . De 0 ≤ y ≤ √ 2, vemos que D está contida na faixa horizontal, limitada pelas retas horizontais y = 0 e y = √ 2. De y ≤ x ≤ √ 4 − y2, vemos que D está limitada a esquerda pela reta x = y e a direita pela curva x = √ 4 − y2, x ≥ 0 ou x2 + y2 = 4, x ≥ 0. De x2 + y2 = 4, x ≥ 0 e x = y temos 2x2 = 4, x ≥ 0 ou x2 = 2, x ≥ 0 ou x = √ 2. Logo, a interseção é o ponto ( √ 2, √ 2). Assim, temos o esboço de D. Por coordenadas polares, temos x2 + y2 = r2 , dx dy = r dr dθ e Drθ : 0 ≤ r ≤ 2 , 0 ≤ θ ≤ π/4. Então, I = ∫∫ Drθ √ r2 r dr dθ = ∫ π/4 0 ∫ 2 0 r2 dr dθ = ∫ π/4 0 [ r3 3 ]2 0 dθ = 8 3 ∫ π/4 0 dθ = 8 3 π 4 = 2π 3 . Exerćıcio 25: Uma lâmina tem a forma da região plana D limitada pelas curvas x2 + y2 = 1, com y ≥ 0,x2 + y2 = 4, com y ≥ 0 e o eixo x. Sua densidade de massa é δ(x, y) = k √ x2 + y2 . Determine o valor da constante k se a massa da lâmina é igual a 14π/3 u.m. Solução: O esboço da lâmina D está representado na figura a seguir. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 26 x y D 2 2 1 1 Temos M = 14π/3 onde M = ∫∫ D δ(x, y) dA = k ∫∫ D √ x2 + y2 dA . Calculemos a integral utilizando as coordenadas polares x = r cos θ y = r sen θ dxdy = r drdθ x2 + y2 = r2 . Descrição de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 até o eixo x negativo onde θ = π, vemos que θ varia de 0 a π. Considerando um ponto P no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em r = 1 e sai de D em r = 2. Então, r varia de 1 a 2. Assim Drθ : { 0 ≤ θ ≤ π 1 ≤ r ≤ 2 . Portanto: M = k ∫∫ Drθ √ r2 r drdθ = k ∫ π 0 ∫ 2 1 r2 drdθ = k ∫ π 0 [ r3 3 ]2 1 dθ = k 3 (8 − 1) ∫ π 0 dθ = 7kπ 3 . Logo, substituindo acima, temos: 14π 3 = 7kπ 3 donde k = 14/7 ou k = 2. Exerćıcio 26: Uma placa D tem a forma de uma região limitada pelas curvas y = √ 4 − x2 , y = −x e y = x. A densidade em cada ponto é proporcional à distância do ponto à origem. Determine a massa da placa D. Solução: De y = √ 4 − x2 temos x2 + y2 = 4 com y ≥ 0. Logo, o esboço de D está representado na figura que se segue. A distância de um ponto (x, y) à origem é √ x2 + y2 . Logo, a densidade δ(x, y) é dada por δ(x, y) = k √ x2 + y2, onde k é uma constante positiva. Como a massa M é dada por Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 27 x y D y = xy = −x π/4 3π/4 −2 2 2 M = ∫∫ D δ(x, y) dA então: M = ∫∫ D √ x2 + y2 dA . Passando para coordenadas polares temos: x = r cos θ y = r sen θ dA = rdrdθ x2 + y2 = r2 . Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, vemos que a região transformada Drθ é dada por; Drθ : π/4 ≤ θ ≤ 3π/4 0 ≤ r ≤ 2 . Logo: M = k ∫∫ Drθ √ r2r drdθ = k ∫∫ Drθ r2 drdθ = = k ∫ 2 0 r2 ∫ 3π/4 π/4 dθdr = k ∫ 2 0 r2 ( 3π 4 − π 4 ) dr = = kπ 2 ∫ 2 0 r2 dr = kπ 2 [ r3 3 ]2 0 = 4kπ 3 u.m. Exerćıcio 27: Calcule o volume do sólido W limitado superiormente pela esfera x2 + y2 + z2 = 4 e inferiormente pelo cone z = √ x2 + y2. Solução: Inicialmente, calculemos a interseção das duas superf́ıcies: { x2 + y2 + z2 = 4 z = √ x2 + y2 ⇔ { z2 = 4 − x2 − y2 z2 = x2 + y2 ⇔ x2 + y2 = 4 − x2 − y2 ⇔ 2(x2 + y2) = 4⇔ x2 + y2 = 2 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 28 Logo, a interseção ocorre no plano z = √ 2 e a projeção da interseção no plano xy é a circunferência x2 + y2 = 2. Assim, o esboço de W é: x y z W 2 2 2 √ 2 √ 2 √ 2 Usando coordenadas esféricas, temos: x = ρ senφ cos θ y = ρ senφ sen θ z = ρ cosφ dxdydz = ρ2 senφ dρdφdθ . A equação da esfera x2 + y2 + z2 = 4 fica ρ2 = 4 ou ρ = 2 . A equação do cone z = √ x2 + y2 fica: ρ cosφ = √ ρ2 sen2 φ ou tgφ = 1 donde φ = π/4 . O conjunto Wρφθ é dado por: 0 ≤ ρ ≤ 2 0 ≤ φ ≤ π/4 0 ≤ θ ≤ 2π . Então: V(W) = ∫∫∫ W dxdydz = ∫∫∫ Wρφθ ρ2 sen φ dρdφdθ = = ∫ 2 0 ρ2 ∫ π/4 0 sen φ ∫ 2π 0 dθdφdρ = 2π ∫ 2 0 ρ2 ∫ π/4 0 senφ dφdρ = = 2π [ − cos φ ]π/4 0 ∫ 2 0 ρ2 dρ = 2π ( 1 − √ 2 2 ) · [ ρ3 3 ]2 0 = = 8 ( 2 − √ 2 ) π 3 u.v. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – EP16 Tutor 29 Exerćıcio 28: Calcule a massa do sólido limitado pelo parabolóide z = x2 + y2 e pelo plano z = 4, sendo a densidade em cada ponto do sólido dada por δ(x, y, z) = ( x2 + y2)1/2. Solução: O esboço de W está representado na figura que se segue. x y z W D z = x2 + y2 z = 4 4 2 2 A massa de W é dada por: M = ∫∫∫ W δ(x, y, z) dV = ∫∫∫ W ( x2 + y2)1/2 dxdydz . Passando para coordenadas ciĺındricas,tem-se: x = r cos θ y = r sen θ z = z dxdydz = r drdθdz x2 + y2 = r2 Como W é dado por W : (x, y) ∈ D x2 + y2 ≤ z ≤ 4 então Wrθz é dado por Wrθz : 0 ≤ r ≤ 2 0 ≤ θ ≤ 2π r2 ≤ z ≤ 4 Assim: M = ∫∫∫ W ( x2 + y2)1/2 dxdydz = ∫∫∫ Wrθz ( r2)1/2r drdθdz = = ∫∫∫ Wrθz r2 drdθdz = ∫ 2 0 r2 ∫ 4 r2 ∫ 2π 0 dθdzdr = = 2π ∫ 2 0 r2 ∫ 4 r2 dzdr = 2π ∫ 2 0 r2(4 − r2) dr = = 2π ∫ 2 0 ( 4r2 − r4) dr = 2π [ 4r3 3 − r5 5 ]2 0 = 128π 15 u.m. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ