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Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Ca´lculo IV – AD2 – Tutor Questa˜o 1 [2,5 pts]: O campo vetorial −→ F (x, y) = (cxy, x6y2), com c > 0 age sobre uma part´ıcula transladando-a desde a origem de coordenadas ate´ o ponto (1, a) seguindo a curva y = axb, com a > 0 e b > 0. Ache a em func¸a˜o de c, sabendo que o trabalho realizado por −→ F (x, y) na˜o depende de b. Soluc¸a˜o: O trabalho W realizado pela forc¸a −→ F sobre a part´ıcula desde a origem (0, 0) ate´ (1, a) seguindo a curva y = axb se expressa por: W = ∫ C −→ F · d−→r . Para calcular essa integral necessitamos parametrizar a curva C. Fazendo x = t temos y = atb e a equac¸a˜o vetorial da curva sera´ γ(t) = ( t, atb ) , com 0 ≤ t ≤ 1. A derivada de γ(t) e´ γ′(t) = ( 1, abtb−1 ) . Enta˜o: W = ∫ 1 0 −→ F (γ(t)) · γ′(t) dt = ∫ 1 0 −→ F ( t, atb ) · γ′(t) dt = ∫ 1 0 ( ctatb, t6a2t2b ) · (1, abtb−1) dt = = ∫ 1 0 ( actb+1 + a3bt3b+5 ) dt = [ ac tb+2 b+ 2 + a3b t3b+6 3b+ 6 ]1 0 = ac b+ 2 + a3b 3(b+ 2) = 3ac+ a3b 3(b+ 2) = a ( 3c+ a2b ) 3(b+ 2) . Logo: W (a, b, c) = a ( 3c+ a2b ) 3(b+ 2) . Se o trabalho W na˜o depende de b enta˜o ∂W ∂b = 0, isto e´, a 3 · a 2(b+ 2)− (3c+ a2b) (b+ 2)2 = 0 ou a2b + 2a2 − 3c− a2b = 0 ou 2a2 = 3c donde a = √ 3c/2 . Questa˜o 2 [2,5 pts]: Seja −→ F (x, y) = ( 2 arctg y x − y, ln(x2 + y2) ) , com x, y ≥ 0. a) −→ F e´ conservativo? Porqueˆ? b) Calcule ∫ C −→ F · d−→r donde C e´ dada por γ(t) = (4 + 2 cos t, 4 + sen t), com 0 ≤ t ≤ 2pi. Ca´lculo IV AD2 – Tutor 2 Soluc¸a˜o: a) Temos P (x, y) = 2 arctg y x − y Q(x, y) = ln(x2 + y2) ∂Q ∂x = 2x x2 + y2 ∂P ∂y = 2 · 1 x 1 + y 2 x2 − 1 = 2 · 1 x x2+y2 x2 − 1 = 2x x2 + y2 − 1 donde ∂Q ∂x − ∂P ∂y = 1 6= 0. Logo −→F na˜o e´ conservativo. b) O ca´lculo direto dessa integral parece uma tarefa imposs´ıvel, mas o teorema de Green fornece um outro caminho. Vamos graficar a curva C : γ(t) = (4 + 2 cos t, 4 + sen t), com 0 ≤ t ≤ 2pi. Temos x = 4 + 2 cos t e y = 4 + sen t ou x− 4 2 = cos t e y − 4 = sen t donde (x− 4) 2 4 + (y − 4)2 = 1 que e´ uma elipse onde a = 2 e b = 1. x y C D 2 6 3 4 4 5 Seja D ⊂ R2 a regia˜o compacta cuja fronteira e´ a elipse C. Enta˜o, aplicando o teorema de Green temos:∫ C −→ F · d−→r = ∫ C P dx + Q dy = ∫∫ D [ ∂Q ∂x − ∂P ∂y ] dxdy = ∫∫ D 1 dxdy = ∫∫ D dxdy = A(D) = = piab = pi · 2 · 1 = 2pi . Questa˜o 3 [2,5 pts]: Seja −→ F (x, y) = ( 2x y2 + 1 , −2y(x2 + 1) (y2 + 1)2 ) . a) A integral ∫ C −→ F · d−→r e´ independente do caminho? Porqueˆ? b) Calcule ∫ C −→ F · d−→r onde C esta´ parametrizada por x = t3 − 1 e y = t6 − t, com 0 ≤ t ≤ 1. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 3 Soluc¸a˜o: a) Temos P (x, y) = 2x y2 + 1 Q(x, y) = −2y(x2 + 1) (y2 + 1)2 ∂Q ∂x = −4xy (y2 + 1)2 ∂P ∂y = −4xy (y2 + 1)2 Como ∂Q ∂x = ∂P ∂y e −→ F e´ de classe C1 em seu dom´ınio D = R2, que e´ um conjunto simplesmente conexo, enta˜o pelo teorema das equivaleˆncias afirmamos que ∫ C −→ F ·d−→r e´ independente do caminho. b) Tambe´m pelo teorema das equivaleˆncias, afirmamos que −→ F e´ conservativo. Portanto, existe uma func¸a˜o potencial ϕ tal que ∇ϕ = −→F em R2, isto e´, ∂ϕ ∂x = 2x y2 + 1 (1) ∂ϕ ∂y = −2y(x2 + 1) (y2 + 1)2 (2) Integrando (1) em relac¸a˜o a x temos ϕ(x, y) = x2 y2 + 1 + f(y) (3) onde f(y) e´ uma “constante” de integrac¸a˜o. Derivando (3) em relac¸a˜o a y temos −2x2y (y2 + 1)2 + f ′(y) = −2y(x2 + 1) (y2 + 1)2 = −2x2y (y2 + 1)2 − 2y (y2 + 1)2 ou f ′(y) = −2y (y2 + 1)2 = −2y(y2 + 1)−2 donde f(y) = (y2 + 1)−1 = 1 y2 + 1 + c . Logo, fazendo c = 0 e substituindo em (3), temos ϕ(x, y) = x2 y2 + 1 + 1 y2 + 1 . Para t = 0 temos (x, y) = (−1, 0) e para t = 1 temos (x, y) = (0, 0). Enta˜o, pelo teorema fundamental do ca´lculo para integrais de linha temos: ∫ C −→ F · d−→r = ϕ(0, 0)− ϕ(−1, 0) = (0 + 1)− (1 + 1) = −1 . Questa˜o 4 [2,5 pts]: O cilindro x2 + y2 = x divide a esfera S : x2 + y2 + z2 = 1 em duas regio˜es S1 e S2 onde S1 esta´ no interior do cilindro e S2 fora. Ache a raza˜o das a´reas A(S2) A(S1) . Soluc¸a˜o: O esboc¸o de S1 = S3 ∪ S4 ∪ S5 ∪ S6 esta´ representado na figura que se segue. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 4 x y z S3S4 S5 S6 1 1 x y D 1 Por simetria temos A(S3) = A(S4) = A(S5) = A(S6). Enta˜o A(S1) = 4A(S3) onde S3 e´ dada por: S3 : ϕ(r, θ) = (r cos θ, r sen θ, √ 1− r2) com (r, θ) ∈ D : 0 ≤ θ ≤ pi/2 , 0 ≤ r ≤ cos θ. Temos: A(S3) = ∫∫ D ∣∣∣∣ϕr × ϕθ∣∣∣∣ drdθ onde ϕr × ϕθ = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k cos θ sen θ −r√ 1− r2 −r sen θ r cos θ 0 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = ( r2 cos θ√ 1− r2 , r2 sen θ√ 1− r2 , r ) donde ∣∣∣∣ϕr × ϕθ∣∣∣∣ = √ r4 1− r2 + r 2 = r√ 1− r2 . Enta˜o: A(S3) = ∫∫ D r√ 1− r2 drdθ = − 1 2 ∫ pi/2 0 ∫ cos θ 0 ( 1− r2)−1/2 (−2r) drdθ = = −1 2 ∫ pi/2 0 2 [( 1− r2)1/2]cos θ 0 dθ = − ∫ pi/2 0 (sen θ − 1) dθ = − [ − cos θ − θ ]pi/2 0 = = [ cos θ + θ ]pi/2 0 = ( cos pi 2 + pi 2 ) − (cos 0 + 0) = pi 2 − 1 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV AD2 – Tutor 5 Logo: A(S1) = 4 ( pi 2 − 1 ) = 2pi − 4 . Como a a´rea da esfera e´ igual a 4pi, enta˜o: A(S2) = 4pi − (2pi − 4) = 2pi + 4 . Assim: A(S2) A(S1) = 2pi + 4 2pi − 4 . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ