Prévia do material em texto
Introdução à Biossegurança Biossegurança Ciência surgida no século XX, voltada para o controle e a minimização de risco advindos da prá5ca de diferentes tecnologias. (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio) Conceituando BIO = vida; BIOSSEGURANÇA = Segurança da Vida A Biossegurança é o conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e disposi<vos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às a<vidades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhadores desenvolvidos. (Manual de Biossegurança, 2008) Indústrias •Hemocentro UBS Universidades Laboratório Hospitais Biossegurança Finalidade - Biossegurança • Prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos e Msicos envolvidos em processos de saúde, onde o risco biológico se faz presente ou não. Finalidade - Biossegurança • Tem papel fundamental na PROMOÇÃO À SAÚDE, uma vez que aborda medidas de controle de infecção para proteção dos funcionários que atuam na rede laboratorial, além de colaborar para a preservação do meio ambiente, no que se refere ao descarte de resíduos proveniente desse ambiente, contribuindo para a REDUÇÃO DE RISCOS À SAÚDE. “Biossegurança é um conjunto de medidas voltadas para a prevenção de risco...” O QUE É RISCO? Biossegurança Risco: • É aquele que se tem como prevenir e deve ser sempre realizado. O risco é o resultado ou a consequência do perigo. Não exis<riam riscos se não exis<ssem perigos. Perigo: • É aquele que é desconhecido ou ainda mal conhecido. "É uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte." Risco e Perigo, exemplo Uma pessoa ao atravessar uma rua, tem as seguintes condições: • Atravessar a rua fora da faixa de pedestre; • Atravessar a rua na faixa de pedestre com semáforo de veículos fechado. ØO perigo nesse caso é atravessar a rua; ØO risco aumenta consideravelmente ao atravessar a rua fora da faixa de pedestre (acidente - atropelamento); ØO risco diminui consideravelmente quando aumenta o nível de segurança da faixa de pedestre (faixa de pedestre com semáforo fechado). Biossegurança X Risco e Perigo • Biossegurança = vida livre de riscos. • Conjunto de medidas para a segurança, minimização e eliminação de riscos nas a<vidades de trabalho. • ObjeNvo: evitar riscos de acidentes químicos, Msicos, microbiológicos e ecológicos para o trabalhador, cliente, paciente e cidadão, buscando a preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida. 26 Biossegurança • No ambiente hospitalar há RISCOS FÍSICOS, QUÍMICOS e BIOLÓGICOS e para cada um deles há NORMAS específicas disponíveis visando proteger as pessoas dos estabelecimentos, a saber: o paciente, o trabalhador de saúde, o acompanhante e a preservação do meio ambiente. Riscos e seus Agentes Risco Osico • Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes (radiodiagnós<co e radioterapia) e não-ionizantes (UV), vibração, etc. Riscos e seus Agentes Risco biológico • Bactérias, vírus, fungos, parasitas, protozoários, entre outros. Riscos e seus Agentes Risco biológico • Veículo ou Material biológico - Sangue, secreção vaginal, sêmen e tecidos; - Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amnióDco, líquor, líquido arDcular e saliva; - Suor, lágrima, fezes, urina, escarro; - Ar. • Tipo de exposição - Perfurocortante; - Mucosa; - Pele íntegra; - Inalação de goIculas/aerossóis. Riscos e seus Agentes Risco biológico Riscos e seus Agentes Classificação de Risco Biológico: • Níveis de I a IV por ordem crescente de risco de acordo com os seguintes critérios: - Patogenicidade para o homem; - Virulência (capacidade de invasão); - Modos de transmissão; - Disponibilidade de medidas profilá<cas eficazes; - Disponibilidade de tratamento eficaz; - Endemicidade. Riscos e seus Agentes Classificação de Risco Biológico • Nível I - Baixo risco individual e cole<vo. O microrganismo tem pouca probabilidade de provocar doença. Ex: Lactobacillus. • Nível II - Risco individual moderado, risco cole<vo limitado. Existem medidas eficazes de Ho e prevenção. Ex: Streptococcus, Staphilococcus. • Nível III - Risco individual elevado, baixo risco cole<vo. O agente pode provocar enfermidades graves em humanos, podendo propagar-se de uma pessoa para outra, entretanto, existe profilaxia e/ou Ho. Ex: Mycobacterium tuberculosis. • Nível IV - Elevado risco individual e cole<vo. Os agentes patogênicos representam grande ameaça para as pessoas e animais, com fácil propagação de um indivíduo ao outro, não exis<ndo profilaxia nem Ho. Ex: Vírus Ebola. Riscos e seus Agentes Classificação de Risco Biológico • Nível IV Riscos e seus Agentes Risco químico • Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória (poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores), ou que possam ser absorvidos por ele através da pele ou por ingestão. Ex: agentes u<lizados na esterilização (óxido de e<leno – gás inflamável e explosivo; glurataldeído e formaldeído – irritantes na pele e mucosa). Riscos e seus Agentes Risco químico Riscos e seus Agentes Risco de acidente • Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade e seu bem-estar Msico e psíquico. Ex: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo Msico inadequado, armazenamento inadequado, etc. Riscos e seus Agentes Risco ergonômico • Qualquer fator que possa interferir nas caracterís<cas psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Ex: levantamento de peso, ritmo de trabalho excessivo, monotonia, repe<<vidade, postura inadequada, etc. Biossegurança em Laboratório de Ensino • Principais agentes biológicos: níveis 2, 3 e 4 (VHB, VHC, citomegalovírus, HIV e outros). • Principais agentes Msicos: calor e radiações ionizantes (radiodiagnós<co e radioterapia) e não-ionizantes (UV e IV). • Principais agentes químicos: agentes u<lizados na esterilização (óxido de e<leno – gás inflamável e explosivo; glurataldeído e formaldeído – irritantes na pele e mucosa). Acidente com Perfurocortante • Lavar o ferimento com água corrente • Lavar as mãos com água e sabão e, quando houver sangramento, permi<r que o sangue escorra por alguns minutos • Procurar o RH, encaminhamento para Hospital • Emissão do CAT dentro de 24hrs • Cuidados com o manuseio e o descarte seguro do material perfurante, • Cuidado após a exposição • Acompanhamento e necessidade de sempre avaliar as prá<cas perfurantes Acidente com Perfurocortante Acidente com Perfurocortante Acidente com Perfurocortante 43 Manipulação de Instrumentos e Materiais Cortantes e de Punção Instrumentos perfuro-cortantes devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. Acidente com Perfurocortante Risco de acidentes podem ser evitados com: • Uso de barreiras protetoras (luvas, aventais, máscaras, óculos de proteção); • Aplicação de procedimentos seguros de manuseio e descarte (perfurocortante e resíduos biológicos); • Higienização imediata; • Vacinação. Causas de Acidentes em Laboratórios • Falta de treinamento, conhecimento, ou experiência; • Falta de cuidado (sem cautela); • Fadiga; • Decide tomar um caminho + curto. Falta de tempo suficiente; trabalho realizado com muita rapidez • Decide NÃO seguir as prá<cas de segurança • Não acredita que seja perigoso Requisitos para a transmissão de uma doença • Agente infeccioso • Número suficiente do agente • Hospedeiro susceMvel • Porta de entrada no hospedeiro deve estar presente ou ser criada. Como diminuir o Risco de Contaminação • Resíduo infectantetratado adequadamente: Contenção apropriada; • Trabalho com boas prá<cas; • Equipamento de proteção individual (luvas, avental, botas, óculos) • PORTA de ENTRADA pra<camente NÃO EXISTE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS • É responsabilidade de todos: conhecer os fatores de risco presentes em seu laboratório e saber prevenir ou minimizar, a ocorrência de acidentes e a incidência de doenças ocupacionais. • Todos fazem parte. BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO • Observância das prá<cas e técnicas microbiológicas padronizadas. • Conhecimento prévio dos riscos. • Treinamento de segurança apropriado. • Manual de biossegurança (iden<ficação dos riscos, especificação das procedimentos p/ eliminação de riscos). BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS PráPcas seguras: • Limpeza das áreas do laboratório (bancas, pisos, equipamentos, instrumentos...); • Desinfecção do ambiente (inerte de bactérias); • Descontaminação e limpeza de vidrarias e outros materiais (redução de microorganismos); • Manuseio e transporte de vidrarias e outros materiais (suporte); • Equipamentos e cabos elétricos. BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS PráPcas seguras: • Manuseio e armazenamento adequado de produtos químicos (Capela p/ produtos voláteis, metais, ácidos e bases fortes; cuidado c/ inflamáveis. Cabine p/ materiais biológicos). • Descarte adequado de produtos (Serviço de Descarte da Ins<tuição). • Cuidados c/ materiais radioa<vos. BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS PráPcas seguras: • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Cole<va (EPC). Lei 6.514 – toda empresa é obrigada a oferecer EPI. O uso de EPI apenas ↓ o risco de danos, pois o agente de risco con<nua presente. BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS Regras p/ evitar riscos de acidentes: • Não usar anéis ou pulseiras; • Cabelos presos, barba aparada; • Atenção ao calçado e vestuário (calçado s/ salto, materiais de proteção); • Nunca esfregar os olhos, nem tocar na pele c/ as luvas; • Higienização das mãos; • Nunca colocar os líquidos na boca; • Analisar/testar sempre os equipamentos e materiais; • Não comer, beber ou fumar no laboratório; • Não obstruir locais de livre circulação; • Cuidar da limpeza e organização; • Brincadeiras são proibidas nos laboratórios. A MELHOR PREVENÇÃO É NÃO SE ACIDENTAR! BIOSSEGURANÇA