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Questões Objetivas - Direito Tributário-77

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1 – As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento
de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar
a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes:
1) desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado;
2) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade
os impostos;
3) sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas;
4) desde que haja disposição de lei nesse sentido;
5) quando não se tratar de responsabilidade por infração.
• Vide doutrina.
2 – O art. 3° do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação
que não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos
inferir que:
1) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio
não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas
em decorrência da prática de atividade ilícita;
2) os rendimentos advindos da exploração do lenocínio são tributáveis,
porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte
com o fato tributário de auferir rendas;
3) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do
lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza o princípio
do non olet;
4) as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo
o Estado estará locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe
e, assim, ferindo o princípio da estrita legalidade;
5) atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo do
bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-
se, pelo simples fato de sua inobservância, em obrigação tributária
principal.
• Vide art. 3º do CTN e doutrina.
3 – As prescrições que seguem referem-se respectivamente aos princípios da:
I – É defeso cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes
do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
II – É defeso cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
III – É defeso à União cobrar tributo que não seja homogêneo em
todo o território nacional.
1) irretroatividade, anualidade e uniformidade geográfica;
2) anualidade, irretroatividade e igualdade;
3) anterioridade, legalidade e territorialidade da tributação;
4) irretroatividade, anterioridade e uniformidade geográfica;
5) legalidade, irretroatividade e não-discriminação em razão da procedência
ou destino dos bens.
• Vide doutrina.
4 – Consideradas essas três afirmações, pode-se dizer que são, respectivamente:
I – A competência tributária residual, prevista na Constituição Federal,
é privativa da União.
II – Os impostos, taxas e contribuições de melhoria que não tenham
fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição
podem ser instituídos, mediante lei complementar, com fundamento
na competência tributária residual.
III – Mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem
instituir competência tributária residual a ser exercida mediante lei
complementar estadual.
1) Verdadeira, verdadeira e falsa;
2) Falsa, falsa e verdadeira;
3) Verdadeira, falsa e falsa;
4) Verdadeira, falsa e verdadeira;
5) Falsa, verdadeira e verdadeira.
• Vide doutrina.
5 – Sobre as imunidades tributárias, podemos afirmar que:
1) não se aplicam às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior;
2) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar;
3) são extensivas às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados ou não a suas finalidades essenciais;
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4) impossibilitam sejam previstos fatos geradores da obrigação tributária
para os casos por elas abrangidos;
5) são hipóteses de não-incidência legalmente qualificadas.
• Vide doutrina.
6 – Acerca da competência tributária, é certo afirmar que:
1) corresponde à capacidade da pessoa política de figurar na posição
de sujeito ativo da obrigação tributária;
2) é transferível mediante lei delegada;
3) pode ser exercida no sentido de nomear, como sujeito ativo, pessoa
jurídica de direito público diversa daquela titular da competência,
atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos auferidos;
4) o seu não exercício, em decorrência do princípio da indisponibilidade
do interesse público, a defere a pessoa jurídica de direito
público que tenha interesse imediato fundado na repartição
constitucional de receitas do respectivo tributo;
5) não constitui delegação de competência a atribuição a pessoas de
direito privado da função de arrecadar tributos.
• Vide doutrina.
7 – Nos termos do Código Tributário Nacional, quanto à capacidade tributária,
podemos afirmar que:
1) sujeita-se ao regular exercício de atividades civis, comerciais ou
profissionais, ou da administração indireta de bens e serviços;
2) depende da regular constituição jurídica da pessoa que configure
unidade econômica ou profissional;
3) os menores de dezesseis anos, os loucos de todo o gênero e os
surdos-mudos que não puderem exprimir a sua vontade são considerados
juridicamente aptos à realização do fato jurídico tributário;
4) configura a capacidade econômica do contribuinte em sujeitar-se à
imposição tributária;
5) os silvícolas não são juridicamente aptos à realização do fato jurídico
tributário.
• Vide doutrina.
8 – Quanto à responsabilidade tributária, é incorreto afirmar que:
1) o adquirente é responsável pelos tributos relativos aos bens adquiridos;
2) os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poder;
3) as hipóteses de responsabilidade de terceiros só se aplicam, em
matéria de penalidades, as de caráter moratório;
4) no caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente os
sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas nos atos em
que estiverem ou pelas omissões de que forem responsáveis;
5) a Administração Pública pode, mediante regulamento, atribuir a
responsabilidade pelo pagamento do tributo a outra pessoa, desde
que vinculada ao fato gerador da obrigação tributária.
• Vide doutrina.
9 – O lançamento por declaração não pode ser alterado:
1) mediante recurso de oficio;
2) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória;
3) quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de
terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade
pecuniária;
4) após a extinção do direito do Fisco;
5) em conseqüência de decisão administrativa.
• Vide doutrina.
10 – Quanto ao crédito tributário, é correto afirmar que:
1) sua importância pode ser consignada judicialmente pelo sujeito
passivo, no caso de subordinação do recebimento do crédito ao
pagamento da penalidade pecuniária;
2) sua exclusão dispensa o cumprimento das obrigações acessórias;
3) extingue-se após decorrido o prazo decadencial de 5 anos, contados
da data da sua constituição definitiva;
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4) extingue-se após decorrido o prazo prescricional de 5 anos, contados
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ser efetuado;
5) extingue-se mediante o depósito do seu montante integral.
• Vide doutrina.
11 – A suspensão da exigibilidade do crédito tributário:
1) dispensa o cumprimento de obrigações acessórias dependentes da
obrigação principal cujo crédito seja suspenso;
2) pode ser concedida mediante moratória, instituída em lei, por prazo
indefinido;
3) quando concedida mediante moratória, retroage à data de ocorrência
do fato gerador;
4) em face do depósito do seu montante integral, elide a incidência de
penalidade de caráter moratório;
5) concedida por moratória aproveita inclusive os casos de dolo,
fraude e simulação praticados pelo sujeito passivo.
• Vide doutrina.
12 – Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem, podemos asseverarque:
I – Na remissão total, desaparece o direito subjetivo de exigir a prestação
e, por decorrência lógica e imediata, some também o dever jurídico
cometido ao sujeito passivo.
II – A transação independe de previsão legal para que a autoridade
competente possa entrar no regime de concessões mútuas, posto que
esta característica é da essência do próprio instituto.
III – A ação de consignação em pagamento não comporta outras
questões que não aquelas ligadas aos requisitos formais e objetivos
do pagamento que satisfaz o débito do sujeito passivo.
1) os três enunciados são falsos;

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