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2) um fato qualquer; 3) uma atuação estatal indiretamente referida aos contribuintes; 4) a construção de obras públicas que propiciem conforto e atendam às necessidades dos contribuintes. • Vide arts. 77 a 80 do CTN. 10 – As obras públicas, entendidas como construções, edificações, reparações, ampliações ou manutenção de imóveis pertencentes ou incorporados ao patrimônio público, autorizam a tributação por meio de: 1) preços ou tarifas públicas; 2) contribuição de melhoria, se consistirem em obras que causem valorização imobiliária; 3) imposto ou taxa, mas jamais contribuição de melhoria; 4) empréstimos compulsórios, mas jamais imposto, taxa ou contribuição de melhoria. • Vide arts. 81 e 82 do CTN. 102º EXAME DE ORDEM – OAB/SP – Gabarito: 1–2; 2–1; 3–1; 4–4; 5–2; 6–1; 7–2; 8–1; 9–1; 10–2. QUESTÕES OBJETIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 463 103º EXAME DE ORDEM – OAB/SP 1 – O princípio da anterioridade, em Direito Tributário exige que: 1) a lei que crie ou aumente um tributo só venha a incidir sobre fatos ocorridos no exercício financeiro subsecutivo ao de sua entrada em vigor; 2) a lei que aumente um tributo só pode incidir sobre os fatos ocorridos 366 dias após sua entrada em vigor; 3) a lei que crie um tributo deve ser sempre anterior aos fatos sobre os quais incidirá; 4) só possa haver tributo, posteriormente à aprovação do exercício financeiro, ou seja, com a prévia autorização orçamentária anual. • Vide doutrina. 2 – A respeito da delegação da capacidade tributária ativa, é lícito afirmar- se que: 1) somente a União pode por meio de lei própria autorizar terceiras pessoas a procederem à cobrança tributária; 2) os Estados não podem autorizar que terceiras pessoas, públicas ou privadas, procedam à cobrança tributária; 3) não há impedimento legal em nosso ordenamento jurídico para que pessoa diversa daquela pessoa política que criou o tributo, venha, desde que autorizada por lei, a arrecadá-lo; 4) não é necessária autorização legal para que se possa delegar capacidade tributária ativa, excepcionando os casos em que a União for interessada na delegação. • Vide doutrina. 3 – Vigora o princípio da legalidade também no Direito Tributário. Pode ser dito a seu respeito que: 1) os empréstimos compulsórios só podem ser criados ou aumentados mediante lei ordinária; 2) os impostos extraordinários não precisam obedecer ao princípio da anterioridade; 3) os impostos da competência residual da União só podem ser criados por lei ordinária e aumentados, por lei complementar; 4) os tributos da União só podem ser criados por lei complementar. • Vide doutrina. 4 – Assinale a única alternativa que não traduz a verdade com relação à competência tributária: 1) no Brasil tão somente têm competência tributária a União, os Estados e os Municípios; 2) no direito brasileiro, a União e os Estados possuem, no tocante à instituição de tributos, exclusividade, uma vez que são titulares de faixas tributárias privativas; 3) a pessoa política que recebe da Carta Magna uma determinada competência tributária, não pode renunciá-la, ou até mesmo delegá-la a terceiros; 4) o não exercício de uma determinada competência tributária, não tem o condão de impedir que a pessoa política, querendo, venha a criar, por meio de lei, os tributos que lhe foram constitucionalmente deferidos. • Vide arts. 6º a 15 do CTN. 5 – O Estado de São Paulo aprova lei que determina a sua renúncia em tributar as operações mercantis. Tal lei é inconstitucional, eis que; 1) os Estados não possuem autonomia para dispor livremente da arrecadação tributária, eis que são obrigados a repartir o produto da mesma com entidades políticas diversas; 2) esta é matéria exclusivamente de direito constitucional, portanto indisponível, estando as pessoas políticas proibidas de delegar ou renunciar suas respectivas competências tributárias; 3) somente a União, através de Lei Federal, pode estabelecer tal renúncia referente à tributação de operações mercantis; 4) o Estado de São Paulo não pode abdicar de seu direito, a não ser por meio de convênios celebrados com os demais Estados. • Vide jurisprudência. 6 – Sem dúvida, o principal efeito da isenção tributária é: 1) o impedimento do nascimento da obrigação tributária; 2) perdoar-se legalmente o débito tributário; 3) fazer desaparecer o objeto do tributo; 4) fazer desaparecer a antijuridicidade da sanção tributária. • Vide arts. 176 a 179 do CTN. QUESTÕES OBJETIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 465 7 – A execução fiscal: 1) pode perfeitamente ser dirigida ao espólio, representado pelo inventariante, após o falecimento do devedor; 2) não pode ser dirigida contra a massa falida se o devedor estiver falido, uma vez que a cobrança judicial da dívida ativa está sujeita à habilitação em falência e a competência para a execução fiscal não exclui a da falência; 3) não pode ter no pólo passivo sucessores tão-somente quando a sucessão for a título universal (causa mortis, falencial, societária etc.); 4) uma vez dirigida contra a empresa, jamais poderá voltar-se contra os sócios cujos nomes não tiverem sido incluídos na certidão de Dívida Ativa. • Vide CPC. 8 – Conforme dispõe o artigo 148 da Constituição Federal de 1988, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 1) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 2) nos casos a serem definidos em legislação infraconstitucional; 3) para obtenção de recursos, por parte do Estado nas hipóteses de déficit público; 4) nos casos já previstos nos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. • Vide art. 148 da CF. 9 – No que se refere aos institutos da prescrição e decadência, na esfera do direito tributário, podemos afirmar que: 1) o prazo é sempre de cinco anos, contados a partir da data da constituição do crédito tributário, e da data do fato imponível da obrigação tributária, respectivamente; 2) o primeiro constitui um impedimento ao ajuizamento da execução fiscal e o segundo um fato jurídico que faz perecer o dever-poder da administração, de proceder ao lançamento, devido ao decurso de certo lapso temporal; 3) o prazo prescricional é de cinco, o decadencial de vinte anos; 4) o primeiro constitui um impedimento ao dever-poder da administração, de proceder ao lançamento devido ao decurso de certo lapso temporal, e o segundo ao ajuizamento da execução fiscal. • Vide doutrina. 10 – O crédito tributário fica suspenso, impossibilitando sua exigibilidade: 1) quando o sujeito passivo impetrar mandado de segurança, contra a autoridade pública competente; 2) quando houver recurso administrativo pendente de julgamento; 3) quando não for concedida a moratória; 4) quando houver ação judicial do sujeito passivo contra a Fazenda. • Vide arts. 139 a 193 do CTN. 103º EXAME DE ORDEM – OAB/SP – Gabarito: 1–1; 2–3; 3–2; 4–1; 5–2; 6–1; 7–1; 8–1; 9–2; 10–2. QUESTÕES OBJETIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 467 104º EXAME DE ORDEM – OAB/SP 1 – O Município é pessoa jurídica de direito público interno, dotada, nos termos da Constituição Federal, de competência legislativa própria e exclusiva. Assim, pode-se afirmar com relação aos Municípios, que: 1) tão-somente os governos federal e estadual podem intervir no exercício da competência tributária dos municípios, uma vez que, não obstante serem dotados de competência legislativa própria, devem abrir mão de seus tributos diante da lei federal ou estadual, hierarquicamente superiores, que assim o estabeleça; 2) nem o governo federal, tão pouco qualquer tratado internacional, pode obrigar os Municípios a deixar de instituir tributos que são abrangidos por sua competência tributária; 3) os Municípios possuem competência de caráter residual, de forma que podem criar todo e qualquer tributo que não esteja reservado às competências exclusivas da União, dos Estados e do Distrito Federal; 4) os Municípios não foram alçados pela Lei Maior à posição de pessoas políticas, como os Estados e o Distrito Federal, sendo certo que não podem livremente disciplinar os assuntos de interesselocal, inclusive os que concernem à instituição e arrecadação dos tributos de sua competência. • Vide art. 156, incisos e §§, da CF. 2 – Se um tributo é criado em 20 de agosto de 1997, é certo que só poderá