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Questões Objetivas - Filosofia-42

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b)   um mundo   empobrecido   seria   aquele   em  que  ocorre   o   esvaziamento  do   campo
estético de suas qualidades intrínsecas.
c) a transformação da arte em espetáculo da indústria cultural é um critério adequado
para a avaliação de sua condição autônoma.
d) o critério mais adequado para a apreciação estética consiste em sua validação pelo
gosto médio do público consumidor.
e) a autonomia dos diversos tipos de obra de arte está prioritariamente subordinada à sua
valorização como produto no mercado.
 
Resposta:B
Não pode ser submetida aos mesmos critérios que regem a razão, diferentemente da
autonomia libertária na qual o uso da razão conduz o indivíduo para um fim. Este fim é
intencional   e   serve   para   tornar   o   homem  mais   consciente   de   si   e   promover   sua
independência   racional,   criando   assim,   condições  para   agir  de   forma  direcionada   e
intencional. Já autonomia estética não possui um fim em si, ela serve como forma de
fruição, ou seja, sua apreciação não direciona a uma elevação, a uma intenção para algo.
Desta   forma,   quando   tornamos   a   arte   racional,   desprovemo-la   de   suas   qualidades
intrínsecas   e   a   tornamos  um  instrumento  que  não  promove  uma  autonomia  por   si.
Quando   se   direciona   a   arte   por  meio   da   razão   instrumental,   descaracteriza-se   sua
fruição. Em outras palavras, para que a arte seja preservada, não submeter à arte ao
mercado   (razão   instrumental),  pois   se   tem aí  o   empobrecimento  de  sua  capacidade
representativa e expressiva.
 
10. (Unesp 2015) Para o teórico Boaventura de Sousa Santos, o direito se submeteu à
racionalidade   cognitivo-instrumental   da   ciência   moderna   e   tornou-se   ele   próprio
científico. Existe a necessidade de repensarmos os direitos humanos. Boaventura nos
instiga a pensar que eles  possuem um caráter  racional  e regulador  da vida humana.
Esses direitos não colaboram para eliminar as assimetrias políticas, culturais, sociais e
econômicas existentes, especialmente nos países periféricos. Os direitos humanos, num
plano   universalista   e   aberto   a   todos,   não  modificam   as   estruturas   desiguais,   mas
ratificam a ordenação normativa para comandar uma sociedade.
(Adriano   São   João   e   João   Henrique   da   Silva.   “A   historicidade   dos   direitos
humanos”. Filosofia, ciência e vida, dezembro de 2014. Adaptado.)
De acordo com o texto, os direitos humanos são passíveis de crítica, porque
a) desempenham um papel meramente formal de proteção da vida.
b) inexistem padrões universalistas aplicáveis à totalidade da humanidade.
c) são incompatíveis com os valores culturais de nações não ocidentais.
d) sua estrutura normativa carece de racionalidade e de cientificidade.
e) são destituídos de uma visão religiosa e espiritualista de mundo.
 
Resposta:A
No texto da questão dois pontos são destacados como referente ao papel dos direitos
humanos, sendo eles: o “caráter racional e regulador da vida humana” e “ratificam a
ordenação normativa para comandar a sociedade”. Estas afirmações encontram respaldo
na filosofia política dos contratualistas que estabelece que os direitos inerentes aos seres
humanos, e que não estão sujeitos à discussão, pois surgem devido à conveniência dos
homens que abrem mão de sua liberdade para viverem em sociedade. Assim, surge o
direito natural como polo regulador dos limites que a sociedade organizada não pode
ultrapassar na consolidação de sua estrutura. Contudo, o texto nos coloca que devido ao
progresso das ciências atualmente se descaracterizou sua fundamentação passando estes,
a serem tratados como conceito obsoleto que pode ser questionado livremente sem que
haja  qualquer   empecilho  caso   se   julgue  que  eles  não  atendam  mais   as   concepções
vigentes.  Portanto,   da  mesma   forma,   os   direitos   humanos  não   se   fazem  mais   uma
garantia  absoluta  para a proteção a vida,  mas constituem-se como meras referências
formais na realidade universal.
 
11. (Unesp  2015)   IHU On-Line  –  A  medicalização  de  condutas   classificadas   como
“anormais” se estendeu a praticamente todos os domínios de nossa existência. A quem
interessa a medicalização da vida?
Sandra Caponi – A muitas pessoas. Em primeiro lugar ao saber médico, aos psiquiatras,
mas   também aos  médicos  gerais   e   especialistas.   Interessa  muito   especialmente   aos
laboratórios   farmacêuticos   que,   desse  modo,   podem   vender   seus  medicamentos   e
ampliar   o  mercado   de   consumidores   de   psicofármacos   de  modo   quase   indefinido.
Porém, esse interesse seria irrelevante se não existisse uma demanda social que aceita e
até   solicita   que   uma   ampla   variedade   de   comportamentos   cotidianos   ingresse   no
domínio do patológico. Um exemplo bastante óbvio é a escola. Crianças com problemas
de comportamento  mais  ou menos sérios hoje  recebem rapidamente  um diagnóstico
psiquiátrico.   São  medicadas,   respondem   à  medicação   e   atingem   o   objetivo   social
procurado. Essas crianças que tomam ritalina ou antipsicóticos ficam mais calmas, mais
sossegadas, concentradas e, ao mesmo tempo, mais tristes e isoladas.
http://www.ihuonline.unisinos.br. Adaptado.
Podemos considerar como uma importante implicação filosófica da medicalização da
vida
a) a incorporação do conhecimento científico como meio de valorização da autonomia
emocional e intelectual.
b)   a   institucionalização   de   procedimentos   de   análise   e   de   cura   psiquiátrica
absolutamente objetivos e eficientes.
c) a proliferação social de conhecimentos e procedimentos médicos que pressupõem a
patologização da vida cotidiana.
d) a contribuição eticamente positiva da psiquiatrização do comportamento infantil  e
juvenil na esfera pedagógica.
e) o caráter neutro do progresso científico em relação a condicionamentos materiais e a
demandas sociais.
 
Resposta:C
O desenvolvimento das ciências médicas e sociais possibilitou de um lado o avanço na
compreensão detalhada do funcionamento do corpo/mente e comportamento humano,
de   outro   lado,   colaborou   para   a   classificação   e   criação   de   um   referencial   de
normalidade. Por meio deste referencial, classifica-se como “anormal”, ou “patológico”,
tudo o que não se adéqua ao padrão estabelecido, em outras palavras, reduz-se toda a
complexidade da vida humana a um conjunto de fatores normais ou patológicos. Assim,
no   intuito   de   poder   corrigir   esta   “distorção”   faz-se   uso   de   medicamentos   e
procedimentos   que   atingem   objetivos   definidos.  No   caso,   uma  maior   eficiência   e
adequação   do   comportamento   escolar.   Condiciona-se   assim,   o   comportamento   às
necessidades colocadas pela dinâmica social.
 
12. (Unesp 2015) Texto 1
Karl Popper se diferenciou ao introduzir na ciência a ideia de “falibilismo”. Ele disse o
seguinte: “O que prova que uma teoria é científica é o fato de ela ser falível e aceitar ser
refutada”. Para ele, nenhuma teoria científica pode ser provada para sempre ou resistir
http://www.ihuonline.unisinos.br/
para sempre à falseabilidade. Ele desenvolveu um tipo de teoria de seleção das teorias
científicas,   digamos,   análoga   à   teoria   darwiniana   da   seleção:   existem   teorias   que
subsistem,  mas,   posteriormente,   são   substituídas   por   outras   que   resistem  melhor   à
falseabilidade.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência, 1996. Adaptado.
Texto 2
O paralelismo entre macrocosmos e microcosmos, a simpatia cósmica e a concepção do
universo como um ser vivo são os princípios fundamentais do pensamento hermético,
relançado por Marcílio Ficino com a tradução do Corpus Hermeticum. Com base no
pensamento hermético, não há qualquer dúvida sobre a influência dos acontecimentos
celestes sobre os eventos humanos e terrestres.  Desse modo, a magia é a ciência da
intervenção sobre as coisas, os homens e os acontecimentos, a fim de dominar, dirigir e
transformar a realidade segundo a nossa vontade.
REALE,Giovanni. História da filosofia, vol. 2, 1990.
Baseando-se no conceito filosófico de empirismo, descreva o significado do emprego da
palavra   “ciência”  nos  dois   textos.  Explique   também o  diferente   emprego  do   termo
“ciência” em cada um dos textos.
 
Resposta:
 No primeiro texto o emprego da palavra ciência esta no sentido de que o conhecimento,
ou   seja,   as   teorias   científicas   não   são   absolutas,   elas   são   temporais   e   podem   ser
desmentidas,   ou   “falseadas”.   Segundo  Karl   Popper   as   explicações   fornecidas   pelas
teorias científicas não podem assumir um caráter infalível, com o desenrolar do tempo,
formas de conhecimento, isto é, teorias mais gerais e mais amplas substituirão as teorias
antigas assim como na teoria darwiniana da evolução das espécies, nas quais espécies
mais adaptadas ao meio superar seus antecessores.
No segundo texto o termo ciência é utilizado como um conhecimento integrado no qual
não   se   pode  prever   ou  determinar   com  exatidão   seu   sentido,   separado  do   todo.  O
hermetismo   propõe   uma   síntese   do   universo   que   recebe   influências   da   realidade
suprassensível, ou seja, a influência do pensamento de Platão, mas destacadamente de
Plotino, marca esta concepção de ideal que não pode ser alcançado plenamente, mas que
pode ser apenas contemplado. O conhecimento da ciência seria então uma compreensão
divinizada da natureza.
 
13. (Unesp 2015) A ciência é uma atividade na sua essência antidogmática. Pelo menos
deveria sê-lo. A ciência, em particular a física, parte de uma visão do mundo que é, de
acordo com a terminologia utilizada por Arquimedes, um pedido que se faz. É assim
porque   pedimos   para   que   se   admita,   à   escala   a   que   pretendemos   descrever   os
fenômenos,   que   o   mundo   assuma   uma   determinada   forma.   Os   outros   pedidos   e
postulados   têm   de   se   inserir,   tão   pacificamente   quanto   possível,   nesse   pedido
fundacional. Mas nunca perderão o estatuto de pedidos. Transformá-los em dogmas é
perturbar a ciência com atitudes que lhe deveriam ser totalmente estranhas.
(Rui Moreira. “Uma nova visão da natureza”. Le Monde Diplomatique, março de 2015.
Adaptado.)
Baseando-se   no   texto,   explique   qual   deve   ser   a   relação   entre   ciência   e   verdades
absolutas.   Explique   também   a   diferença   entre   uma   visão   de   mundo   baseada   em
“pedidos” e uma visão de mundo dogmática.
Resposta:
 A ciência propõe teorias e hipóteses como forma de se produzir conhecimento a partir
do exercício da observação da realidade empírica e da experimentação. Tal forma de

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