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1 Apostila de Enfermagem na Docente profº: Josélia Reis Aluno(a)...................................................................... 2023.2 2 SISTEMA REPRODUTIVO O sistema reprodutor e genital engloba os órgãos que produzem, transportam e armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar origem aos gametas. E são os gametas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo, que será abrigado em um órgão durante seu desenvolvimento. Esse órgão, chamado útero, faz com que o sistema reprodutor feminino seja considerado mais complexo que o masculino em razão da função de abrigar e propiciar o desenvolvimento de um novo indivíduo. Ovários, tubas uterinas, útero, vagina, hímen, pudendos grandes lábios e pequenos, clitóris e são as estruturas encontradas no sistema de reprodução feminino. Além disso, as mamas também são de grande importância na manutenção da vida. Os órgãos externos desse sistema permitem a entrada do esperma no organismo, além de protegerem os órgãos genitais internos contra micro-organismos infecciosos. . Os ovários são duas pequenas glândulas (aproximadamente 3 cm de comprimento, por 2 cm de largura e 1 cm de espessura), em forma de amêndoas. Localizados no abdome, à direita e à esquerda do útero, exercem duas funções. A primeira consiste na produção dos hormônios estrógeno e progesterona, que regem o desenvolvimento e o funcionamento dos demais órgãos genitais e que são responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres femininos secundários. A segunda função é a produção de óvulos. A atividade dos ovários é controlada pela hipófise, que, por sua vez, é influenciada pelo hipotálamo, estrutura do sistema nervoso central, próxima à hipófise e altamente especializada. 3 Os ovários são brancos na superfície e, depois da puberdade, apresentam minúsculas cicatrizes, cada uma delas correspondente a um óvulo liberado em cada ciclo menstrual. Como não são recobertos pelo peritônio – ao contrário dos outros órgãos abdominais -, os ovários libertam o óvulo diretamente na cavidade abdominal, de onde este migra para a trompa. A superfície do ovário é recoberta por tecido epitelial ovariano, numa única camada de células poliédricas. A seguir vem a camada albugínea (de albus, branco), que lhe confere a cor característica e, por baixo desse tecido, o córtex ovariano, em que são produzidos os óvulos. Tubas Uterinas ( trompas de falópio) As tubas uterinas, também chamadas ovidutos, são os canais que ligam cada ovário ao útero e através dos quais o óvulo caminha até lá. Têm, em média, cerca de 12 centímetros de comprimento; o diâmetro varia em suas diversas regiões. A porção medial de cada uma das trompas abre-se no interior do útero, razão por que é chamada de porção intramural. A extremidade lateral da trompa, chamada porção ampular, é dilatada e abre-se diretamente na cavidade abdominal, em forma de funil de bordas franjadas, como um lírio. Entre as extremidades da trompa localiza-se a porção ístmica. Toda a trompa é revestida pelo peritônio (membrana envolvente), exceto no trecho da porção intramural. Sob o peritônio, seguem-se 1 ou 2 mm de camada muscular, que exerce movimentos peristálticos semelhantes aos do intestino. São esses movimentos que empurram o óvulo, através da trompa, do ovário até o útero. Contribuem para isso os pequenos duos vibráteis de que são dotadas as células das pregas mucosas da trompa. E no interior da trompa, durante a migração para o útero, que o óvulo é fecundado por um dos espermatozoides que vão ao seu encontro. ÚTERO O útero é o órgão da gestação e do parto. Tem o formato de uma pêra, entortada em sua parte mais fina. Essa porção mais delgada é o colo do útero; a parte mais volumosa é o corpo. Colo e corpo são separados por uma cintura, o istmo. As dimensões do útero variam com a idade e as condições fisiológicas da mulher. VAGINA A vagina é órgão de copulação da mulher, é um canal muscular que se estende até o útero. Possibilita a eliminação do sangue menstrual para o exterior e forma parte do canal do parto. A constituição músculo- elástica das paredes lhe confere grande elasticidade e alguma contratilidade. As dimensões vaginais variam conforme a raça, estatura e compleição física. Tem, em média, de 7 a 10 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. VULVA E MAMAS A vulva é o conjunto de formações externas que protegem a vagina e o orifício urinário e que colaboram na copulação. São formadas pelos pudendos, clitóris, vestíbulo vaginal e orifício vaginal. Os grandes lábios são formações cutâneas, em que a forma e dimensão são determinadas pelo tecido gorduroso subcutâneo. Circundam os pequenos lábios e unem-se, anteriormente, para formar o monte de Vénus, elevação coberta de pêlos pubianos. Estreitam-se e encontram-se, atrás e abaixo, para formar o limite inferior da vulva. Por dentro dos grandes lábios estão os pequenos lábios, duas pregas cutâneas de reduzidas dimensões e coloração rosa. No ponto de encontro superior desses lábios, localiza-se um pequeno tubérculo arredondado e erétil, o clitóris. 4 O vestíbulo da vagina é a região delimitada pelas formações labiais. Tem forma de fenda alongada e seu ápice termina no clitóris. O orifício urinário (meato uretral) abre-se na parte anterior do vestíbulo, e o orifício vaginal, na parte posterior. De cada lado do orifício vaginal abrem-se os condutos das glândulas de Bartholin, que secretam um líquido claro e viscoso, lubrificante. Às paredes do orifício vaginal aderem os bordos de uma delgada prega de mucosa altamente vascularizada —o hímen, que, em geral, apresenta perfurações de diâmetro variável. As mamas, finalmente, são elevações peitorais, que abrigam as glândulas de onde provém o leite requerido pela amamentação. CICLO MENSTRUAL O ciclo menstrual geralmente dura cerca de 28 dias e é dividido em 3 fases, de acordo com as alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher durante o mês. A menstruação representa os anos férteis da vida da mulher, que se iniciam na adolescência e duram até a menopausa. É normal que a duração do ciclo varie entre 25 e 35 dias, mas ciclos com intervalos mais curtos ou mais longos do que estes podem representar problemas de saúde como ovários policísticos e, por isso, se isso acontecer é aconselhado consultar um ginecologista. Fases do ciclo menstrual normal O ciclo menstrual normal dura, em média, 28 dias, tendo início no primeiro dia de menstruação e terminando quando a menstruação do mês seguinte se inicia. Cada ciclo é dividido em 3 fases: 1. Fase folicular Esta é a primeira fase do ciclo, que se inicia no primeiro dia da menstruação e, dura entre 5 a 12 dias. Nesta fase o cérebro aumenta a produção do hormônio folículo-estimulante (FSH), que leva os ovários a amadurecer seus óvulos. Com esse amadurecimento, o ovário começa também a liberar maiores quantidades de estrogênio, que é outro hormônio, responsável por tornar o revestimento do útero pronto para uma possível gravidez. 2. Fase ovulatória Nesta fase, os níveis de estrogênio continuam aumentando e levam o corpo a produzir o hormônio luteinizante (LH), que é responsável por selecionar o óvulo mais maduro e fazê-lo sair do ovário, que é quando ocorre a ovulação, geralmente, por volta do dia 14 do ciclo. Depois de liberado, o óvulo viaja pelas trompas até chegar ao útero. Normalmente, o óvulo sobrevive por 24 horas fora do ovário e, por isso, se entrar em contato com espermatozoides, pode ser fecundado. Uma vez que os espermatozoides podem durar até 5 dias dentro do corpo da mulher, é possível que se, a mulher tiver tido relações até 5 dias antes da ovulação, possa engravidar. 5 3. Fase lútea Esta fase acontece, em média, nosúltimos 12 dias do ciclo e, durante esses dias, o folículo, deixado pelo óvulo dentro do ovário, começa a produzir progesterona em maior quantidade, para continuar preparando o revestimento do útero para o caso de uma possível gravidez. Além disso, também existe um aumento na produção de estrogênio e, por isso, algumas mulheres podem apresentar sensibilidade nos seios, mudanças de humor e até inchaço. Quando a fecundação não acontece, o folículo vai encolhendo dentro do ovário e, por isso, os níveis de estrogênio e progesterona vão diminuindo até que o revestimento do útero seja eliminado, dando início à menstruação e ao próximo ciclo menstrual. Já se existir fecundação, o óvulo fica grudado nas paredes do útero e o corpo começa a produzir hCG, um hormônio que mantém o folículo produzindo estrogênio e progesterona em níveis elevados para manter o revestimento do útero até à formação da placenta. 6 Como calcular o período fértil – Tabelinha O período fértil pode ser calculado através da técnica da tabelinha, mas essa técnica só é confiável se o ciclo menstrual for regular. O período fértil inclui o dia da ovulação + 3 dias antes + 3 dias depois, lembrando que a ovulação ocorre na metade do ciclo. Quando o ciclo menstrual é irregular, é mais difícil saber o dia da ovulação e pode ser mais difícil engravidar, pois não se consegue calcular com exatidão o período fértil. Sinais que indicam período fértil Os sinais que indicam período fértil são corrimento transparente semelhante à clara do ovo, aumento da sensibilidade das mamas e leve dor na região do útero, semelhante a uma cólica leve e passageira. Além desses sinais, também é possível identificar a ovulação através do teste de farmácia de ovulação, como o Confirme e o Bioeasy. Veja como usar esses testes para saber se está no período fértil. O que deixa o ciclo menstrual irregular O ciclo menstrual irregular é aquele em que não se sabe quando a menstruação irá vir. As causas mais comuns de ciclo irregular são: Início da vida fértil na adolescência, até 2 anos após a primeira menstruação; Período pós-gravidez; Pré-menopausa, devido às intensas alterações hormonais; Distúrbios da alimentação que causam perda de peso em excesso, como anorexia nervosa; Excesso de atividade física intensa, principalmente em mulheres atletas; Hipertireoidismo; Ovários policísticos; Mudança de anticoncepcional; Estresse ou distúrbios emocionais; Presença de inflamação, pólipos ou tumores no aparelho reprodutor feminino. Fecundação e Nidação A fecundação humana é o nome que se dá quando um óvulo é fertilizado por um espermatozoide, durante o período fértil da mulher, dando início a uma gravidez. Também pode ser chamada de concepção e, geralmente, ocorre nas trompas de falópio. Depois de algumas horas, o zigoto, que é o óvulo fecundado, migra para o útero, aonde irá se desenvolver, sendo este último processo chamado de nidação. A palavra nidação significa 'ninho' e assim que o óvulo fecundado se acomoda no útero, acredita-se que ele encontrou o seu ninho. Como ocorre a fecundação A fecundação ocorre da seguinte forma: um óvulo é liberado de um dos ovários, aproximadamente, 14 dias antes do primeiro dia do período menstrual iniciar e segue para uma das tubas uterinas. Se houver espermatozoides presentes, a fertilização ocorre e o óvulo fecundado é transportado até o útero. Já na ausência de espermatozoide, a fecundação não ocorre, ocorrendo então a menstruação. Em situações em que mais de um óvulo é liberado e fertilizado, ocorre uma gestação múltipla e, neste caso, os gêmeos são fraternos. Já os gêmeos idênticos são o resultado da separação de um único óvulo fecundado em duas células independentes. https://www.tuasaude.com/teste-de-ovulacao/ https://www.tuasaude.com/periodo-fertil/ 7 Diagnóstico de gravidez O diagnóstico de uma gravidez é feito habitualmente através de análises laboratoriais, tanto na urina como no sangue. Dados da história clínica e do exame físico, como atraso menstrual, enjoo, aumento do volume abdominal e história recente de relação sexual sem uso de um método contraceptivo ajudam na suspeita, mas sozinhos não são suficiente para estabelecer o diagnóstico, principalmente em uma gravidez de início recente. MÉTODOS CONFIÁVEIS PARA DIAGNOSTICAR UMA GRAVIDEZ 1. BETA HCG SANGUÍNEO O método mais confiável para diagnosticar uma gravidez é a dosagem sanguínea de um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (hCG). Como costumamos dosar apenas a fração beta do hCG, o exame de sangue usado para diagnosticar a gravidez chama-se beta hCG (BhCG). A dosagem do beta hCG é feita através de coleta sangue em um laboratório de análises clínicas. BhCG começa a ser produzido 6 a 8 dias após a fecundação, no momento em que há implantação do ovo (óvulo fecundado por um espermatozoide) na parede útero. Conforme o embrião e a placenta vão se desenvolvendo, mais hCG vai sendo produzido e lançado na circulação materna. Nas primeiras semanas de gestação, os níveis de hCG dobram a cada 2 ou 3 dias, podendo chegar até mais de 250.000 mIU/ml por volta da décima semana, momento em que os níveis atingem o seu valor máximo. Os exames beta hCG mais modernos conseguem detectar o hormônio até 1 semana antes do atraso menstrual. Porém, para evitar a ocorrência de falso-negativos, sugere-se que o exame seja feito somente após a menstruação ter atrasado. 2. TESTES DE GRAVIDEZ DE FARMÁCIA O beta hCG dosado em laboratório através de exame de sangue é a forma mais confiável de diagnosticar uma gravidez, porém não é a forma mais confortável para a paciente. A maioria das mulheres hoje em dia prefere métodos mais práticos, sem a necessidade de agulhas para colher sangue. Desde a década de 1970 existem testes de gravidez que podem ser feitos em casa, que são os famosos testes de gravidez vendidos em farmácias. Esses testes consistem em uma fita reativa que detecta a presença do BhCG na urina. Basta à mulher urinar em uma das fitas e esperar para ver se há reação ou não. Como as concentrações de beta hCG na urina são menores que no sangue, os testes de gravidez de farmácia demoram um pouco mais para ficarem positivos. Enquanto o beta hCG sanguíneo pode estar positivo antes mesmo do primeiro dia de atraso menstrual, os testes com beta hCG urinário são melhores quando feitos após a menstruação já ter atrasado pelo menos 1 dia. Quanto mais tempo se passar após a concepção, maior será o nível de BhCG sanguíneo e, consequentemente, urinário. Após uma semana de falha do período menstrual, a sensibilidade dos testes de farmácia supera os 99%. Se o seu teste for feito após 1 ou 2 dias de atraso e vier negativo, ele pode ser repetido após 1 semana, caso você ainda suspeite que possa estar grávida. Em geral, um teste de gravidez de farmácia positiva deve ser confirmado com o beta hCG sanguíneo ou através da ultrassonografia obstétrica. 3. ULTRASSONOGRAFIA Em gestações que já tenham algumas semanas, o diagnóstico pode ser feito através da ultrassonografia. Conseguimos identificar o saco gestacional (estrutura que abriga o embrião), que é o primeiro sinal de gravidez detectável ao ultrassom, a partir da 5ª semana de gravidez através da ultrassonografia transvaginal ou a partir da 7ª semana através da ultrassonografia abdominal. 8 4. EXAME FÍSICO Por incrível que pareça, algumas mulheres só procuram o diagnóstico após fases avançadas da gestação. Às vezes, a gravidez está tão desenvolvida que conseguimos identificá-la através do exame físico. Com doze semanas o útero começa a ficar palpável e após 20 semanas já podemos identificar os batimentos cardíacos do feto com o estetoscópio, assim como perceber seus movimentos através da palpação abdominal. De qualquer forma, mesmo que a gravidez seja evidentedurante o exame físico, o diagnóstico definitivo deve ser feito com ultrassonografia ou através do BhCG sanguíneo. 5. TESTES DE GRAVIDEZ CASEIROS Nenhum dos testes caseiros tem qualquer embasamento científico e nenhum deles funciona como método de diagnóstico de gravidez. E o pior é que alguns deles ainda podem fazer mal à saúde. 6. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ ATRAVÉS DOS SINTOMAS Os sintomas ajudam a levantar a suspeita, mas eles não são suficientes para se fazer um diagnóstico de gravidez. Sinais e sintomas, tais como atraso menstrual, ganho de peso, aumento do volume abdominal, alterações na aparência dos seios, náuseas, alterações de humor e cansaço podem ocorrer em diversos outros problemas de saúde ou podem ser simplesmente sintomas associados a fase pré-menstrual. Há de se lembrar de também que existe uma entidade chamada gravidez psicológica, na qual a mulher acredita piamente que está grávida e consegue desenvolver vários sinais e sintomas típicos de uma gravidez em curso (leia: GRAVIDEZ PSICOLÓGICA – PSEUDOCIESE – Causas e Sintomas). Os sinais e sintomas da gravidez devem servir de alerta e de estímulo para a mulher fazer um teste de gravidez, mas nunca devem ser usados sozinhos para fechar o diagnóstico. https://www.mdsaude.com/2013/09/gravidez-psicologica.html 9 Desenvolvimento Embrionário O desenvolvimento do embrião humano começa com a formação do zigoto, que após passar por muitas divisões celulares (mitoses), as clivagens, vai se fixar nas paredes do útero (nidação). Ali se formam novas estruturas (placenta, cordão umbilical, entre outros) e começa a gestação do feto até o seu nascimento durante o parto. 10 Resumo das Etapas O processo desde a fecundação até a nidação dura cerca de uma semana, sendo que a primeira divisão do zigoto ocorre nas primeiras 24 horas a seguir da fertilização. Confira as etapas a seguir: Mês a mês Etapas iniciaisdo desenvolvimento embrionário: - Ovulação: A ovulação corresponde à primeira etapa do desenvolvimento embrionário. Quando o ovário libera um óvulo (na verdade é um ovócito secundário) para a tuba uterina, inicia o período fértil; - Fertilização: Se durante o período fértil, houver contato sexual e os espermatozoides encontrarem o óvulo, pode ser que um deles consiga fecundá-lo. Caso contrário, a mulher irá ter sua menstruação e recomeçará o ciclo menstrual até a nova ovulação; - Formação do Zigoto: Após a fertilização do óvulo há união dos núcleos e do conteúdo genético e a formação do zigoto, que acontece na tuba uterina; -Clivagens do Zigoto: Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões (mitoses) e se encaminha para o útero; - Nidação: Até chegar ao estágio chamado blastocisto, quando irá se fixar nas paredes do endométrio uterino, isso é chamado de nidação. Se a nidação for bem sucedida iniciará a gestação do embrião. Se não for bem sucedida, o blastocisto será eliminado na menstruação; - Formação dos Anexos Embrionários: O embrião continua o seu desenvolvimento com a formação do cório, do âmnio, do alantoide e do saco vitelínico, cujas funções são proteger, nutrir e realizar as trocas entre o embrião e meio externas, através do corpo materno; - Organogênese: formam-se os folhetos embrionários, que são camadas de células que originarão os tecidos e órgãos do embrião. O processo de formação dos órgãos recebe o nome de organogênese. Clivagens do Zigoto 11 Esquema detalhado da formação do zigoto, das clivagens e da nidação. O zigoto é a primeira célula de o novo ser. Ele se forma pouco depois do óvulo ser fertilizado pelo espermatozoide, quando os núcleos das duas células se fundem no processo chamado cariogamia. Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões celulares (mitoses), originando muitas células que permanecem unidas e formarão o embrião. A divisão do zigoto, também chamada clivagem ou segmentação, origina inicialmente duas células chamadas blastômeros. Em seguida, os blastômeros de dividem novamente, formando 4 células, depois 8 e assim segue até formar muitas células no estágio da mórula, assim chamada por se assemelhar a uma amora. A mórula passará por novas divisões formando o blastocisto, que se diferencia por apresentar uma cavidade interna (blastocela). Continua o desenvolvimento do blastocisto, que possui uma massa de células germinativas no seu interior, é chamado de embrioblasto, e irá se fixar na parede do útero. Se tudo correr bem na implantação ou nidação do blastocisto, continuará o desenvolvimento do embrião e terá início a gravidez. Anexos Embrionários Depois que o embrião se fixa na parede uterina, as células continuarão a se multiplicar formando camadas celulares chamadas folhetos embrionários ou germinativos. A partir das camadas celulares mais externas surgem dobras que formarão estruturas com importantes funções durante a gestação, são chamadas de anexos embrionários. São eles: o cório e o âmnio e o saco vitelinico https://www.todamateria.com.br/espermatozoide/ https://www.todamateria.com.br/mitose/ 12 O embrião com 2,6mm, cerca de 4 semanas e seus anexos embrionários. O cório e o âmnio se desenvolvem juntos, o espaço formado pelo âmnio será preenchido pelo líquido amniótico que protegerá o feto de choques e permitirá que ele se movimente. O cório é intimamente ligado ao tecido uterino, depois forma projeções formando as vilosidades coriônicas que penetram na parede uterina e por fim origina a placenta. O saco vitelínico tem no começo da formação do embrião o papel de realizar a circulação sanguínea. 13 Organogênese A partir dos folhetos embrionários serão formados todos os órgãos do embrião, no processo chamado organogênese. O folheto embrionário mais externo, chamado ectoderma, é que formará o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos. Os primeiros órgãos que se formam são o encéfalo, a medula espinhal e a coluna vertebral. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação, quando a mulher ainda nem sabe que está grávida, há apenas suspeitas devido à falta da menstruação. A camada intermediária, o mesoderma, origina a derme, os ossos e cartilagens, os músculos e os sistemas circulatório, excretor e reprodutor. Enquanto que a camada mais interna, o endoderma dá origem aos órgãos do sistema digestivo, fígado, pâncreas, tubo digestivo e aos pulmões. Esquema mostrando em que período fetal se desenvolvem os órgãos. Pré-natal O pré-natal é o acompanhamento médico que toda gestante deve ter, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê. Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais que visam identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança. O técnico de Enfermagem auxilia o enfermeiro na avaliação antropométrica e nos sinais vitais, como PA, altura, peso, glicemia, e na administração das vacinas gestacionais, que são elas: DT, dtpa, Hep. B. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no terceiro), Sendo ideal é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre (Iniciar aos três meses) 12º semana de gestação. https://www.todamateria.com.br/folhetos-embrionarios/ https://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/ https://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/ https://www.todamateria.com.br/medula-espinhal/ 14 É importante que as futuras mamães comecem a fazer seu pré-natal assim que tiverem a gravidez confirmada, ou antes, de completarem três meses de gestação. Alguns exames feitos durante o pré-natal são importantes para detectar problemas, como doenças que possam afetar a criança ou o seu desenvolvimento no útero. Geralmente os médicos pedem os seguintes exames:- Glicemia, para avaliar se há presença de diabetes; - Grupo sanguíneo e fator Rh. Esse exame é muito importante, pois detecta a incompatibilidade sanguínea entre mãe e bebê, que pode levar à morte do feto. - Anti-HIV, para identificar se há a presença do vírus da AIDS no sangue da mãe. Se a mãe for soropositiva, o médico prescreverá alguns medicamentos que reduzirão as chances de a doença ser transmitida para o bebê; - Exame para detectar a sífilis, doença que pode causar malformações no bebê; - Exame para detectar a toxoplasmose, pois essa doença pode ser transmitida ao feto, causando malformações; - Exame para detectar a rubéola, doença que pode levar ao aborto, além de causar malformações no bebê; - Exame para detectar a presença do vírus da hepatite B. Caso a mãe tenha o vírus da doença, algumas medidas podem reduzir as chances de transmissão do vírus para o bebê; - Exame de urina e urocultura, para identificar se a mãe possui infecção urinária, que pode levar a um parto prematuro, além de poder evoluir para uma infecção mais grave; - Ultrassonografias. As ultrassonografias são utilizadas para a identificação da idade gestacional e malformações no bebê. Durante o pré-natal, as gestantes também recebem orientações sobre a importância de se manter uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e a importância de se evitar álcool, fumo e outros tipos de drogas. É importante que se faça o monitoramento do peso da mãe, para que ela não ganhe peso além do necessário, o que pode trazer alguns problemas. No pré-natal é importante que a gestante faça a reposição de vitaminas, sendo o ácido fólico recomendado nas primeiras semanas de gravidez, pois ele ajuda a prevenir as malformações. Profiláxia anemia em gestante • Sulfato ferroso 40 mg/dia • Acido fólico 400 mcg • Diariamente até o final da gestaçaõ Orientações sobre HIV • Mães HIV= Orientar a não amamentar e inibir a lactação com carbegolina • RN de mãe HIV= Recebe zidovudina solução VO na sala de parto, em até 04 horas após o nascimento. 15 TESTE DE COOMBS O teste de coombs pode ser direto ou indireto. • O direto verifica se há presença de anticorpos nas hemácias. • O indireto verifica se há anticorpos no soro. • Ele serve para detectar possíveis incompatibilidades do organismo contra determinado fator RH através dos anticorpos anti-D presentes na corrente sanguínea da mãe. MÃE RH - COOMBS INDIRETO - SEM EVIDENCIAS DHRN RN RH + COOMBS DIRETO - SEM EVIDENCIAS DHRN MÃE RH - COOMBS INDIRETO + HOUVE SENSIBILIDADE MATERNA RN RH + COOMBS DIRETO - HOUVE SENSIBILIDADE MATERNA 16 17 Calculo de DUM, IG, DPP. - primeiro escreva a DUM num papel dessa forma: Dia / Mês / Ano. - se a DUM for em janeiro, fevereiro ou março: some + 7 ao Dia, acrescente + 9 ao Mês e mantenha o mesmo Ano. Ex: DUM = 15 / 02 / 2010 +7 +9 = DPP = 22 / 11 / 2010 - se a soma do Dia ultrapassar 30 ou 31 dependendo do mês, considere o Mês seguinte. Ex: DUM = 27 / 03 / 2010 +7 +9 = DPP = 34 / 12 / 2010 considerar: dezembro é de 31 dias (34 – 31 = 3), o Mês seguinte a dezembro é janeiro (01), aí muda o Ano também, então DPP = 03 / 01 / 2011. - se a DUM for de abril a dezembro: some + 7 ao Dia, diminua – 3 do Mês e acrescente + 1 ao Ano. Ex: DUM = 12 / 07 / 2010 +7 -3 +1 DPP = 19 / 04 / 2011 - se o Dia ultrapassar 30 ou 31 dependendo do mês (ou 28/29 em fevereiro), considere o Mês seguinte. Ex: DUM = 25 / 05 / 2010 +7 -3 +1 DPP = 32 / 02 / 2011 considerar: fevereiro é de 28 dias (32 – 28 = 4), o Mês seguinte a fevereiro é março (03), então DPP = 04 / 03 / 2011. Cabe ressaltar que a DPP marca a 40ª semana, que é a média de duração da gestação humana, mas o parto não tem que ocorrer obrigatoriamente neste exato dia. Por isso, é mais sensato falar em período provável do parto que é considerado de duas semanas antes (ou – 14 dias) a duas semanas depois (ou + 14 dias) da DPP, ou seja, da 38ª a 42ª semana. A Idade Gestacional corresponde à duração da gestação, isto é, o tempo em semanas completas e dias completos. Este cálculo também é feito a partir da DUM e serve tanto para saber o número de semanas de uma gestação ainda em curso, como para saber com quantas semanas ocorreu o parto. A IG é calculada da seguinte maneira: - primeiro escreva a DUM num papel dessa forma: Dia / Mês. - pule algumas linhas e escreva a data de hoje, se ainda estiver grávida, ou a data em que o parto ocorreu (o cálculo é igual para ambos). - depois é preciso saber quantos dias tem cada Mês (Jan 31 / Fev 28 ou 29 / Mar 31 / Abr 30 / Mai 31 / Jun 30Jul 31 / Ago 31 / Set 30 / Out 31 / Nov 30 / Dez 31). - escreva quantos dias faltam para terminar o primeiro Mês, depois escreva os dias de cada Mês completos e por fim escreva os dias completados no último Mês. Some todos os dias e divida por 7; o resultado será o número de semanas completas e o resto será o número de dias (da semana incompleta). Ex: gestação em curso com DUM = 15 / 06 / 2010 DUM = 15 / Jun (Jun é de 30 dias, falta 15 dias para terminar o mês) = 15 Jul = 31 Ago = 31 Set = 30 18 Data de hoje = 18 / Out (já transcorreram 18 dias de Out) = 18 Soma =15+ 31 + 31 + 30 + 18 = 125 dias Divisão por 7 = 125 / 7 = 17 e restam 6, ou seja, IG = 17 semanas e 6 dias. Se a gestante não souber ou não conseguir precisar a DUM, a idade gestacional será calculada medindo a altura do Fundo do Útero (AFU) e/ou o tamanho do feto pela Ultrassonografia (US). Contudo, os valores encontrados também serão aproximados, considerando-se sempre uma margem de erro de duas semanas para mais e para menos. Parto Normal e Parto Cesárea O parto normal é melhor para a mãe e para o bebê porque além da recuperação ser mais rápida, permitindo que a mãe possa cuidar logo do bebê e sem dor, o risco de infecção da mãe é menor porque há menos sangramento e o bebê também tem menos risco de apresentar problemas respiratórios. No entanto, a cesariana pode ser a melhor opção de parto em alguns casos. Apresentação pélvica (quando o bebe está sentado), gemelar (quando o primeiro feto está em posicão anomala), quando ocorre desproporção céfalo-pélvica ou nos casos em que há suspeita de descolamento da placenta ou placenta prévia total ocluindo o canal de parto. Diferenças entre parto normal e cesárea O parto normal e a cesariana variam entre si relativamente ao trabalho de parto e ao período pós-parto. Por isso, veja na seguinte tabela as principais diferenças entre parto normal e cesárea. 19 Nos casos de parto normal, geralmente a mãe pode levantar logo para cuidar do bebê, não tem dor após o parto e os partos futuros são mais fáceis, duram menos tempo e a dor ainda é menor, enquanto que na cesárea, a mulher só pode levantar entre 6 e 12 horas depois do parto, tem dores e os partos futuros de cesariana são mais complicados. A mulher pode não sentir dor durante o parto normal caso receba anestesia peridural, que é um tipode anestesia que é dada no fundo das costas para que a mulher não sinta dor durante o trabalho de parto e quenão prejudica o bebê. Nos casos de parto normal, em que a mulher não quer receber anestesia, este tem o nome de parto natural, e a mulher pode adotar algumas estratégias para aliviar a dor como mudar de posição ou controlar a respiração. Indicações da cesárea A cesárea está indicada nos seguintes casos: Gravidez de gêmeos quando o primeiro feto está pélvico ou em alguma apresentação anomala; Sofrimento fetal agudo; Bebês muito grandes, acima de 4.500 g; Bebê na posição transversal ou sentado; Placenta prévia, descolamento prematuro da placenta ou posição anormal do cordão umbilical; Malformações congênitas; Problemas maternos como AIDS, herpesgenital, doenças cardiovasculares ou pulmonares graves oudoença inflamatória intestinal; Realização de duas cesarianas anteriores. Além disso, a cesariana também está indicada quando se tenta induzir o trabalho de parto através de remédios (se tenta uma prova de trabalho de parto) e este não evolui. No entanto, é importante lembrar que o parto por cesariana traz maiores riscos de complicações durante e após a cirurgia. Descolamento Prematuro da Placenta É a separação prematura do útero, geralmente após 20 semanas de gestação, de uma placenta implantadanormalmente. Pode ser uma emergência obstétrica. A separação pode ser parcial ou total. A porção placentária que se separa da decídua fica impossibilitada de realizar permutas gasosas, gerando umcomprometimento fetal quando a unidade fetoplacentária restante não consegue compensar. O tratamento do descolamento prematuro de placenta é sempre o parto.A via de parto vai variar de acordo com o estado materno e fetal. As manifestações podem incluir: • Sangramento vaginal, • Dor • Hipertonia uterina, • Choque hemorrágico • Coagulação intravascular disseminada. O diagnóstico é clínico: Ultrassonografia. https://www.tuasaude.com/riscos-da-cesaria/ 20 Placenta prévia • A placenta é um órgão presente durante a gestação, formado nos primeiros dias de gestação, e semove conforme o útero cresce. • É normal a placenta estar no baixo útero no início da gestação, onde completa seu crescimento porvolta da 12ª semana e pode continuar crescendo. Porém no terceiro trimestre a placenta deve estar no topo do útero, de forma que o colo do úteroesteja livre para o parto. • A sua principal função é o aporte de oxigênio e nutrientes para o feto, além de produzir hormônios importantes para manutenção da gestação, que ocorre pela troca de sangue da mãe com o feto, alémde bloquear impurezas para o feto. Placenta prévia é um distúrbio no qual a placenta total ou parcialmente se encaixa no segmento inferior do útero, sua classificação depende do grau de cobertura ou proximidade do orifício interno: • São quatro tipos de placenta prévia: • Placenta baixa (apresenta inserção baixa, mas não obstrui a saída do colo do útero); • Placenta prévia marginal (uma parte da placenta chega a encostar na abertura do colo do útero, masnão obstrui a saída); • Placenta prévia parcial (a placenta cobre parcialmente a saída do útero); • Placenta prévia total (a placenta cobre totalmente a saída do útero) 21 Pré-eclampsia É um novo diagnóstico de hipertensão arterial ou de piora de hipertensão arterial preexistente, que é acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana de gestação. Eclâmpsia são convulsões que ocorrem em mulheres com pré- eclâmpsia e que não apresentam outracausa. - A pré-eclâmpsia pode causar o desprendimento da placenta e/ou o bebê pode nascerprecocemente, aumentando o risco de ter problemas logo após o nascimento. - As mãos, dedos das mãos, pescoço e/ou pés da mulher podem edemaciar e, se a pré-eclâmpsiafor grave e não for tratada, ela pode ter convulsões (eclâmpsia) ou danos aos órgãos. - O sulfato de magnésio é dado pela veia para prevenir ou impedir as convulsões. 22 Síndrome de HELLP A síndrome HELLP surge em uma ou duas em cada dez mulheres com pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia. A síndrome de HELLP consiste em: - Hemólise (a destruição das células vermelhas do sangue) - Níveis elevados de enzimas hepáticas, indicando danos ao fígado. - Plaquetopenia Um número baixo de plaquetas, o que diminui a capacidade de coagulação do sangue e aumenta o risco de sangramento durante e após o parto. A maioria das gestantes com a síndrome HELLP tem hipertensão arterial e proteína na urina, mas algumas não têm nem uma nem outra. 23 Endometriose O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo. Endometriose é uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar. Endometriose profunda é a forma mais grave da doença. As causas ainda não estão bem estabelecidas. Uma das hipóteses é que parte do sangue reflua através das trompas durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a causa seja genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico. , Os tipos de endometriose - Profunda: Considerado o tipo mais grave, a endometriose profunda é a responsável pelos sintomas intensos e frequentes que são sentidos. O problema costuma formar nódulos que atingem o reto, os órgãos genitais e inclusive o intestino. As mulheres com endometriose profunda sofrem grandes chances de se tornarem inférteis. A correção dos sangramentos pode ser complicada, por isso é necessário analisar os riscos que oprocedimento pode causar. - Ovariana: Pequenos cistos acabam sendo formados com o sangue que se aloja nos ovários a cada ciclo menstrual. Com isso, eles acabam crescendo cada vez mais no decorrer dos meses. O seu tamanho pode afetar drasticamente a fertilidade da mulher, por isso é necessário buscar por opções de tratamento o quanto antes. Na maior parte das vezes acaba sendo indispensável a retirada dos cistos formados. - Superficial: Um dos tipos mais leves consiste na formação de pequenas lesões na região pélvica. - Septo reto-vaginal: Esse tipo é muito raro e acomete a região entre o reto e a vagina. 24 A doença é classificada em diferentes níveis, como: leve, moderada e severa. Entenda melhor cada caso: Leve :As dores e os sintomas são suportáveis e, na maior parte das vezes, a paciente não necessita do usode medicamentos. Moderada: Normalmente a paciente necessita do uso de medicamentos com frequência. - Severa: Mesmo com o uso de substâncias analgésicas a paciente continua sentindo fortes dores, que chegama ser, em alguns casos, insuportáveis. Causam mais comuns - Menstruação retrógrada: O fluxo sanguíneo da menstruação acaba realizando um percurso errado, indo até as tubas uterinas e, com isso, vazando para outros locais próximos à região como os ovários e até mesmo o intestino. - Imunidade baixa: Quando existem problemas no sistema imunológico o organismo sente dificuldade para funcionar daforma correta e também passa a produzir células do endométrio no local errado. As causas ainda não estão bem ainda não estão bem estabelecidas. Uma das hipóteses é que parte do sangue reflua através das trompas durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a causa seja genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico. Principais sintomas Entre os sintomas mais frequentes, é comum que as mulheres sofram com casos de infertilidade e dor intensa, principalmente durante as relações sexuais. A quantidade de pacientes que relatam esses sintomas chega a alcançar até 60%. Mas, também existem outros sinais que podem indicar a sua existência: • Cólicas menstruais frequentes e intensas; • Dores abdominais fortes no período pré-menstrual; • Sensação extrema de cansaço; • Sangramento intenso e abundante durante a menstruação. • Presença de nódulos ou cistos. • Sensação de dor durante a micção; • Constipação e dor intestinal; • Náuseas e êmese durante os quadros mais graves de dor.25 A endometriose pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, merecem destaque: • Dismenorreia – cólica menstrual que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e podeincapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais; • Dispareunia – dor durante as relações sexuais; • Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação; • Infertilidade. Diagnóstico Diante da suspeita de endometriose, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização da biópsia. • Exame pélvico: consiste na procura por alterações na região, principalmente nos ovários e nas trompas. • Ultrassonografia transvaginal: busca por possíveis cistos na região pélvica. • Ressonância magnética: costuma ser utilizado principalmente para diagnosticar casos de endometrioseprofunda. • Laparoscopia: a partir de uma pequena cavidade realizada pelo médico, é possível analisar a estrutura dotecido da cavidade abdominal. • Colonoscopia: o exame busca por alterações na parte interna do intestino. • Cistoscopia: com o uso de endoscópio o médico irá realizar uma análise das vias urinárias da paciente. Tratamento A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos. Mulher mais jovem pode valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos colaterais adversos. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento. 26 Recomendações * Não imagine que a cólica menstrual é um sintoma natural na vida da mulher. Procure o ginecologista edescreva o que sente para ele orientar o tratamento; * Faça os exames necessários para o diagnóstico da endometriose, uma doença crônica que acomete mulheresna fase reprodutiva e interfere na qualidade de vida; * Inicie o tratamento adequado ao seu caso tão logo tenha sido feito o diagnóstico da doença; * Saiba que a endometriose está entre as causas possíveis da dificuldade para engravidar, mas a fertilidadepode ser restabelecida com tratamento adequado. O que é o parto humanizado? O parto humanizado é um parto em que a grávida tem controle e decisão sobre todos os aspetos do trabalho de parto como posição, local do parto, anestesia ou presença de familiares, e onde o obstetra e a equipe estão presentes para colocar em prática as decisões e vontades da gestante, tendo em consideração a segurança e a saúde da mãe e do bebê. Desta forma, no parto humanizado, a grávida decide se quer um parto normal ou cesárea, anestesia, na cama ou na água, por exemplo, cabendo apenas à equipe médica respeitar essas decisões, desde que não coloquem em risco a mãe e o bebê. Para saber mais vantagens do parto humanizado consulte: Como é um parto humanizado. Gestação de alto risco É a gestação que ocorre quando existe qualquer doença materna ou condição sócio-biológica que pode prejudicar a sua boa evolução. Na gestação de alto risco existe risco maior para a saúde da mãe e/ou do feto. INDICAÇÃO DE ALTO RISCO Fatores individuais e sócios econômicos Idade materna menor do que 17 anos ou maior do que 35 anos Altura materna menor do que 1,45 m Exposição a agentes físico-químicos nocivos e estresse Má aceitação da gestação Situação conjugal insegura Baixa escolaridade Baixa renda Peso materno inadequado Dependência de drogas lícitas ou ilícitas https://www.tuasaude.com/como-e-um-parto-humanizado/ https://www.tuasaude.com/como-e-um-parto-humanizado/ 27 História ginecológica e obstétrica anterior Gestação ectópica Abortamento habitual Infertilidade Anormalidades uterinas Feto morto ou morte neonatal não explicada Trabalho de parto prematuro Recém-nascido de baixo peso Neoplasia ginecológica Cirurgia uterina anterior Hemorragia ou pressão alta em gestação anterior Doenças maternas prévias ou concomitantes Cardiopatia (doença do coração) Pneumopatia crônica (doença dos pulmões) Doenças da tireóide Retardo mental Doenças sexualmente transmissíveis Tumores Doenças psiquiátricas Epilepsia Doenças hematológicas (do sangue) Infecções 28 Doenças da gestação atual Crescimento uterino maior ou menor do que o esperado Gestação gemelar ou múltipla Não realização de pré-natal ou pré-natal insuficiente Hipertensão associada a gestação Diabete associada a gestação Ruptura prematura de membranas (ruptura da bolsa antes de 37 semanas) Isoimunização (doença do RH) Ganho de peso excessivo Puerpério O puerpério é o período pós-parto que abrange desde o dia do nascimento do bebê até a volta da menstruação da mulher, depois da gravidez que podem durar 45 dias, dependendo de como é feita da amamentação. O puerpério se divide em três etapas: Puerpério imediato: Do 1º ao 10º dia do pós-parto Puerpério tardio: Do 11º ao 42º dia do pós-parto Puerpério remoto: A partir do 43º dia do pós-parto O puerpério também é conhecido como período de resguardo ou quarentena, já que dura cerca de 40 dias. Durante o puerpério a mulher passa por muitas alterações hormonais, físicas e emocionais. Neste período ela deve ter uma espécie de 'menstruação', que é na verdade, um sangramento abundante que inicia após o parto e dura em média 15 dias e que vai diminuindo pouco a pouco. Inicialmente o sangue é um vermelho vivo em quantidade razoável e com o passar dos dias, a quantidade vai diminuindo e a sua cor vai escurecendo, chegando a um tom marrom ou amarelado até desaparecer completamente. Cuidados necessários durante o puerpério No puerpério imediato é importante levantar e andar logo nas primeiras horas depois do parto para: Diminuir o risco de trombose; Melhorar o trânsito intestinal; Contribuir para o bem-estar da mulher. Além disso, a mulher deve ter uma consulta com o obstetra ou ginecologista às 6 ou 8 semanas após o parto, para verificar se o útero está cicatrizando corretamente e não há nenhuma infecção. 29 O que acontece durante o puerpério 1. Mamas As mamas que durante a gravidez estavam mais maleáveis e sem qualquer desconforto, geralmente ficam mais durinhas por estarem cheias de leite. Se a mulher não puder amamentar o médico pode indicar um remédio para secar o leite, e o bebê vai precisar tomar fórmula infantil, com indicação do pediatra. O que fazer: Para aliviar o desconforto da mama cheia pode-se colocar uma compressa morna nos seios e amamentar a cada 3 horas ou sempre que o bebê quiser. Confira um guia completo de amamentação para iniciantes. 2. Barriga O abdômen ainda permanece inchado devido ao útero ainda não estar no seu tamanho normal, o que diminui a cada dia, e fica bastante flácido. Algumas mulheres ficam com um afastamento dos músculos da parede abdominal, uma situação chamada diástase abdominal. O que fazer: Amamentar e usar a cinta abdominal ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal, e fazer os exercícios abdominais corretos ajuda a fortalecer o abdômen, combatendo a flacidez da barriga. Saiba os melhores exercícios para fazer depois do parto para ficar com a barriga durinha outra vez, nesse vídeo: 3. Sangramento vaginal As secreções do útero vão saindo pouco a pouco, e porisso existe um sangramento parecido com a menstruação que é chamada de lóquidos, que é mais intenso nos primeiros dias mas que diminui a cada dia, até desaparecer completamente. O que fazer: É recomendado usar um absorvente íntimo de maior tamanho e maior capacidade de absorção, e observar sempre o odor e a cor do sangue, para identificar rapidamente os sinais de infecção como: mau cheiro e cor vermelho vivo por mais de 4 dias. Se estes sintomas estiverem presentes deve-se ir ao médico o quando antes. https://www.tuasaude.com/como-amamentar/ https://www.tuasaude.com/como-amamentar/ 30 4. Cólicas Ao amamentar o bebê é normal que a mulher sinta cólicas ou algum desconforto abdominal devido as contrações que fazem o útero voltar ao seu tamanho normal. O útero diminui cerca de 1 cm por dia, por isso esse desconforto não deve durar mais de 20 dias. O que fazer: Colocar uma compressa morna sobre o abdômen pode trazer mais conforto, enquanto a mulher amamenta. Se estiver incomodando muito a mulher pode tirar o bebê da mama durante alguns minutos e depois voltar a amamentar quando o desconforto aliviar um pouco. Desconforto na região íntima Surge nas mulheres que tiveram parto normal com episiotomia, sendo necessário fechar com pontos. Mas toda mulher que passou pelo parto tem modificações em sua vagina, que também fica mais dilatada e inchada nos primeiros dias depois do parto. O que fazer: Lavar a região com água e sabão até 3 vezes por dia, não fazer banho de assento antes de 1 mês. Normalmente a região cicatriza rápido e em 2 semanas o desconforto deve desaparecer completamente. 5. Desconforto na região íntima Surge nas mulheres que tiveram parto normal com episiotomia, sendo necessário fechar com pontos. Mas toda mulher que passou pelo parto tem modificações em sua vagina, que também fica mais dilatada e inchada nos primeiros dias depois do parto. O que fazer: Fazer os exercícios de Kegel é uma excelente forma de conseguir controlar a urina normalmente. Veja como são realizados estes exercícios contra incontinência urinária. 6. Cicatriz da cesariana A cicatriz da cesariana deve ser verificada diariamente, os pontos normalmente são retirados em 8 dias e a mulher pode tomar banho normalmente. O que fazer: Usar cinta abdominal pode ajudar a diminuir o desconforto na região da cicatriz, além disso, deve-se usar uma pomada cicatrizante que deve ser usada de 2 a 3 vezes ao dia, para ajudar a deixar a cicatriz o mais discreta possível. Em certos casos pode surgir um acumulo de líquido logo abaixo da cicatriz que é o seroma, que é preciso ser retirado com seringa ou dreno colocado pelo enfermeiro. PROJETO DE LEI N.º 8.219, DE 2017 (Do Sr. Francisco Floriano) • Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a violência obstétrica praticada por médicos e/ou profissionais de saúde contra mulheres em trabalho de parto ou logo após • Art. 2º. A violência obstétrica é a imposição de intervenções danosas à integridade física e psicológica das mulheres nas instituições e por profissionais em que são atendidas, bem como o desrespeito a sua autonomia. • Art. 3º. O procedimento médico denominado episiotomia é inadequado e violento, devendo ser praticado, exclusivamente, nos casos de sofrimento do bebê ou complicação no parto que coloque em risco a vida e a saúde da mãe e do bebê, devendo ser motivada no prontuário médico da mulher. • 7. Menstruação O retorno da menstruação depende se a mulher amamenta ou não. Quando amamenta exclusivamente a menstruação volta em aproximadamente 6 meses, mas é preciso usar métodos contraceptivos para não engravidar nesse período. Caso a mulher não amamente a menstruação volta em aproximadamente 1 ou 2 meses. O que fazer: Verificar se o sangramento depois do parto está com uma aparência normal e começar a usar o método contraceptivo quando o médico ou enfermeiro indicar. O dia em que a menstruação voltar deve ser anotado para indicar ao médico na próxima consulta. Saiba quando se preocupar com o Sangramento no Pós-parto. https://www.tuasaude.com/exercicios-para-incontinencia-urinaria/ https://www.tuasaude.com/sangramento-no-pos-parto/ https://www.tuasaude.com/sangramento-no-pos-parto/ 31 Métodos contraceptivos O uso de métodos contraceptivos deve ser conversado com o médico O que fazer: A mulher pode voltar a tomar a pílula anticoncepcional no 15º dia depois do nascimento do bebê, ou segundo a orientação médica. Relação sexual Só é recomendado voltar a ter relações sexuais, 40 dias depois do nascimento do bebê, quando o útero já estiver cicatrizado, a mulher tiver se sentindo melhor e já não houver risco de infecções. O que fazer: Apesar de não poder haver penetração, é possível manter a intimidade do casal durante esse período. Fazer os mesmos exercícios que combatem a incontinência urinária, também ajudam a melhorar a libido e melhorar o contato íntimo. Planejamento Familiar As consultas de Planeamento Familiar servem para esclarecer dúvidas sobre a forma como o corpo se desenvolve e o modo com funciona em relação à sexualidade e à reprodução tendo em conta a idade da mulher; Informa-se sobre a gravidez; Prestam-se informações Informa-se sobre anatomia e fisiologia da sexualidade humana e função reprodutiva; Faculta-se informação completa, isenta e com fundamento científico sobre todos os métodos contraceptivos; É feito acompanhamento clínico e na escolha do método contraceptivo; Fornecem-se, gratuitamente, os métodos contraceptivos; Prestam-se esclarecimentos sobre as consequências de uma gravidez não desejada; Presta-se ajuda na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. Efetua-se o rastreio do cancro da mama e do cancro do colo do útero; Faz-se o acompanhamento da gravidez e a preparação para o parto. Assim, os objetivos do planeamento familiar são: Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade; Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva; Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual as suas consequências, nomeadamente a infertilidade; Reduzir a mortalidade e a morbidade materna, perinatal e infantil; Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou seja, planear a sua família; Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável; Melhorar a saúde e o bem-estar da família e da pessoa em causa. E para evitar uma gravidez indesejada existem atualmente vários métodos contraceptivos, sendo que o único método 100 por cento eficazes para evitar a gravidez é a abstinência, isto é, não ter relações sexuais. Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada, permitindo a vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O grau de eficácia varia de método para método e em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia depende, também, da forma mais ou menos correta e continuada de utilização do método. Alguns têm contraindicações e efeitos colaterais. Assim, antes de optar por um método contraceptivo, deve marcar uma consulta de planeamento familiar ou consultar o seu médico, pois há alguns fatores que devem ser ponderados e analisados pelo médico ou profissional de saúde, como, por exemplo, a idade e o estilo de vida se têm ou pretende ter mais filhos, o estado da saúde em geral, a necessidade de proteção contra infecções de transmissão sexual, etc. E, sobretudo, lembre-se que a responsabilidade pela prevenção da gravidez não desejada cabe sempre aos dois parceiros. http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/10-passos-para-o-ajudar-sair-da-consulta-sem-duvidas http://www.atlasdasaude.pt/content/mama-cancro-da http://www.atlasdasaude.pt/content/mama-cancro-da http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-sexualmente-transmissiveis-0 http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/contraceptivo-oral-combinado-pilulahttp://www.atlasdasaude.pt/publico/content/preservativo-masculino 32 Métodos contraceptivos disponíveis Atualmente, existem vários métodos contraceptivos, embora nenhum pode ser considerado "o ideal", uma vez que todos têm vantagens e inconvenientes. Antes de optar por um deles, deve, como já foi dito, procurar aconselhar-se sobre qual o mais adequado ao seu caso, tendo em conta o grau de proteção proporcionado, a forma de utilização, as precauções, efeitos secundários, etc. 2. Métodos físicos ou de barreira Diafragma Preservativo masculino Preservativo feminino Espermicida 3. Métodos hormonais Anel vaginal Implante subcutâneo Injectáveis Orais 4. Métodos intra-uterinos DIU 5. Métodos cirúrgicos Laqueação das trompas Vasectomia (pode ser reversivel ) 6. Métodos naturais/comportamentais Calendário – Ogino-Knaus Temperatura basal Muco cervical – Billings Sinto- térmico Coito interrompido http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/diafragma http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/preservativo-masculino-0 http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/preservativo-masculino-0 http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/espermicida http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/diu-dispositivo-intra-uterino 33 Câncer de colo uterino O câncer de colo de útero é um tipo de tumor maligno que ocorre na parte inferior do útero, região em que ele se conecta com a vagina e que se abre para a saída do bebê ao final da gravidez. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal. No entanto, hoje o O câncer de colo de útero usualmente ocorre quando há uma mutação genética nas células da região, que começam a se multiplicar de forma descontrolada. Normalmente essa mutação está relacionada a presença de alguns tipos de vírus HPV. O HPV é muito comum em mulheres (estima-se que 90% delas entrarão em contato com alguma cepa desse vírus ao longo de sua vida), mas apenas alguns tipos do vírus estão relacionados com casos de câncer de colo do útero principalmente os tipos 16 e 18 (presentes em 70% dos casos), mas também os tipos 31, 33, 35 ou 39. Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, mas apenas 32% delas estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Normalmente o tumor se desenvolve a partir de uma lesão percursora, que pode ser causada pelo HPV. Elas são totalmente tratáveis e curáveis, e apenas quando não são tratadas por muitos anos, elas podem se desenvolver em um câncer. Essas lesões não apresentam sintomas, mas são facilmente detectadas nos exames Papanicolau, colposcopia e vulvoscopia. Converse com um ginecologista sobre estes exames. Além disso, apenas a presença do HPV não ocasiona o câncer de colo de útero, é preciso ter outros fatores de risco para que a doença se desenvolva. Causas http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-colon http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hpv http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-colo-do-utero http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-colo-do-utero http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18330-papanicolau http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18330-papanicolau http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18591-vulvoscopia 34 Fatores de risco - Início precoce da vida sexual, que aumenta o risco de ter HPV - Grande quantidade de parceiros sexuais também aumenta o risco de contrair HPV - Presença de outras DSTs, como gonorreia, sífilis, clamídia ou HIV aumentam o risco do HPV - Sistema imunológico mais fraco, principalmente em pessoas que tem alguma condição de saúde que interfere em sua imunidade, faz com que o HPV tenha mais chances de se manifestar - Tabagismo pode aumentar incidência de carcinoma de células escamosas - Uso prolongado de pílula anticoncepcional (por mais de 5 anos) - Histórico de três ou mais gestações - Uso de DIU - Histórico familiar de câncer de colo de útero. - Além disso, existem fatores de risco que aumentam o risco de cânceres de modo geral, como: - Excesso de peso - Baixo consumo de frutas e vegetais. - Sintomas de Câncer de colo do útero - - O câncer de colo de útero inicial ou mesmo o pré-câncer não costumam apresentar sintomas e são somente detectados pelos exames de rotina femininos. - Os casos mais avançados de câncer no colo do útero costumam causar: Sangramento vaginal seja durante a relação sexual, entre as menstruações ou após amenopausa - Corrimento vaginal anormal e com coloração e odores diferentes do normal - Dor na pelve ou durante a relação sexual. - Casos ainda mais avançados podem apresentar sintomas como: - Anemia devido ao sangramento anormal - Dores nas pernas ou nas costas - Problemas urinários ou intestinais - Perda de peso não intencional. O câncer de colo de útero em estágio inicial costuma ser rastreado periodicamente pelo ginecologista nas consultas de rotina. Para detectá-lo ou as lesões do HPV os exames mais usados são: Papanicolau Colposcopia e vulvoscopia, com biópsia se necessário Exame de HPV através do DNA, que coleta as células do colo do útero e verifica a presença do vírus. Esse exame é feito em mulheres com mais de 30 anos ou com mais jovens, desde que tenham um Papanicolau anormal. Os exames de prevenção costumam ser feitos depois que a mulher começa a ter uma vida sexual ativa. Quando o câncer de colo de útero já está em curso, alguns exames podem ser feitos para identificar a extensão do tumor: Biópsia da região Tomografia computadorizadaUltrassom Ressonância magnética Tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan). Tratamento de Câncer de colo do útero As opções de tratamento para o câncer de colo de útero variam conforme o estadiamento do tumor. Veja as opções abaixo: Cirurgia Na cirurgia os médicos podem retirar o tecido atacado pelo câncer. Também existe a opção de http://www.minhavida.com.br/temas/dsts http://www.minhavida.com.br/saude/temas/gonorreia http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sifilis http://www.minhavida.com.br/saude/temas/clamidia http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hiv http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tabagismo http://www.minhavida.com.br/temas/p%C3%ADlula%20anticoncepcional http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/32082-diu-vantagens-desvantagens-e-como-e-colocado http://www.minhavida.com.br/temas/sangramento%20vaginal http://www.minhavida.com.br/saude/temas/corrimento-vaginal http://www.minhavida.com.br/saude/temas/anemia http://www.minhavida.com.br/temas/perda%20de%20peso%20n%C3%A3o%20intencional 35 retirarem o colo do útero e o útero todo (histerectomia simples) e também a vagina e os linfonodos da região (histerectomia radical). O tipo de cirurgia é escolhido conforme o estadiamento do câncer (quantas áreas foram atacadas) e o desejo da mulher de engravidar, visto que a retirada do útero impede a possibilidade de ter filhos. Radioterapia A radioterapia usa radiação para matar as células cancerígenas. Ela pode ser feita externamente e/ou internamente. Na primeira técnica, um raio é aplicado de fora do corpo, já na interna o material da radioterapia é colocado dentro da vagina por alguns minutos. A radioterapia pode fazer com que a menstruação pare ou com que a menopausa comece antes em mulheres que estão em pré-menopausa. Quimioterapia A quimioterapia pode ser feita como um complemento à radioterapia ou para reduzir o tumor antes da cirurgia. Quando o médico encontra lesões pré-cancerígenas no colo do útero de uma mulher, as opções envolvem a destruição desse tecido de duas formas: Crioterapia: nela o tecido com células malignas é destruído através de um congelamento. Elapode ser feita com anestesia localTratamento com laser: o laser também pode ser usado para destruir o tecido com célulasmalignas. A vantagem é que ele pode ser feito no consultório do médico com anestesia local. Imunoterapia Imunoterapia para o tratamento do câncer é, de uma forma bem simples, uma maneira de combater o problema utilizando o próprio sistema de defesa do corpo para atacar as células do câncer. Convivendo/ Prognóstico O câncer de colo de útero quando diagnosticado em fase não invasiva ou em estágio I tem altas chances de cura (entre 80 e 90%). No entanto, as chances diminuem conforme o quadro estiver mais avançado. Por isso é muito importante realizar os exames de rotina para câncer de colo de útero, o que permite uma detecção precoce do câncer ou das lesões pré-cangerígenas. O tratamento pode levar a alguns problemas de fertilidade ou na sexualidade da mulher. É importante conversar com seu médico se você deseja ter filhos depois do tratamento, pois algumas providências podem ser tomadas, como o congelamento de óvulos. A histerectomia pode levar a problemas como secura vaginal, fraqueza nos músculos da pelve e até dor no ato sexual, devido a encurtamento da vagina. Todos estes problemas têm soluções e podem ser conversados com seu médico. Câncer de Mama O câncer de mama inicialmente é assintomático. As formas mais fáceis de descobrir logo no início são por exames como mamografia, ultrassom ou ressonância magnética. O exame de toque também é importante, ao notar qualquer alteração na mama, agende uma consulta médica. Algumas alterações físicas das mamas podem ser indícios de câncer de mama. Quando há presença destes indícios, é possível que a doença esteja em um nível avançado. http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18048-histerectomia http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tumor http://www.minhavida.com.br/temas/menopausa http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tumor http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/30529-imunoterapia http://www.clinicadamama.com.br/servicos/exames/mamografia/ 36 Fique de olho emalguns sintomas: - Dor ou inversão do mamilo - Vermelhidão ou descamação do mamilo ou da pele do seio. - Aparecimento de nódulos (caroços) no seio ou nas axilas, podendo apresentar dor ou não, serem duros e irregulares ou macios e redondos. - Presença de secreção pelo mamilo, sanguinolenta ou não. - Inchaço irregular em parte da mama, que pode ficar quente e vermelha. - Irritação ou retração na pele ou aparecimento de rugosidade semelhante à casca de laranja. - Nos casos mais adiantados, é possível aparecer ulceração na pele com odor desagradável Um caroço na mama não significa necessariamente câncer. Grande parte dos nódulos mamários são cistos e adenomas benignos. As mamas se modificam naturalmente ao longo do ciclo menstrual, porém, ao notar as alterações e sintomas descritos acima, é essencial ser consultado rapidamente. Autoexame de mama É muito importante que as mulheres, uma vez por mês, façam o autoexame da mama. O autoexame é uma medida importante para identificar nódulos de um possível câncer de mama. Esse procedimento é preventivo e deve ser realizado todos os meses, sempre após o período menstrual. É essencial estar atenta a alterações como retração da pele ou do mamilo, inchaços, assimetria, avermelhamento, secreção com sangue e gânglios que surgem nas axilas, crescentes ou não. O autoexame não deve ser o único método preventivo, já que o câncer de mama pode ser imperceptível ao toque. Por isso, é indicado visitar anualmente o ginecologista e/ou mastologista para fazer os exames necessários, como a mamografia, ultrassonografia mamária e ressonância magnética. Como realizar o autoexame da mama. http://www.clinicadamama.com.br/servicos/exames/ecografia-ultrassonografia/ 37 Para realizar o autoexame da mama é importante fazer a avaliação em frente ao espelho, em pé ou deitada: Frente ao espelho Deve-se ficar nua em frente ao espelho e observar o tamanho, forma e cor das mamas, assim como inchaços, abaixamentos, saliências ou rugosidades. Primeiro, deixar os braços para baixo, depois levantar os braços e observar as mamas; por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície da mama. Autoexame em pé Em pé, o melhor momento é quando a mulher está no banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça e apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita com movimentos circulares. Repita este passo para a mama do lado direito. Ao se apalpar é necessário que a mulher faça com os dedos da mão juntos e esticados em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois se pressiona os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido Autoexame deitada Para fazer o autoexame deitada é preciso deitar e colocar o braço esquerdo na nuca, colocando uma almofada ou toalha debaixo do ombro esquerdo para ficar mais elevado e mais confortável. Apalpe a mama esquerda com a mão direita e depois faça o mesmo procedimento com a direita. Fatores de risco e complicações no câncer de mama Um fator de risco é algo que afeta as chances de se adquirir alguma doença, como por exemplo, o câncer. Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento da doença, a maioria não a causa diretamente. Ter algum fator de risco, não significa que você vai ter a doença. O câncer de mama é, em partes, decorrente de uma série de fatores de risco como, por exemplo, gênero, idade, fatores genéticos, histórico familiar e pessoal, raça e etnia, mamam mais densas, doenças benignas na mama, menstruação e radioterapia no tórax. Estes são alguns dos fatores que podem influenciar no desenvolvimento da doença. Alguns fatores são relacionados ao estilo de vida, como por exemplo: ter o primeiro filho após os 30, não ter filhos, o uso de pílulas anticoncepcionais aumenta o risco de câncer de mama, reposição hormonal após a menopausa, amamentação, obesidade e uso de álcool estão claramente associados a um aumento do risco de se desenvolver câncer de mama. O autoexame da mama é um procedimento mensal que se deve fazer sozinha. Contudo, anualmente é necessário a realização de um check-up com seu mastologista ou ginecologista. Após análise de seu histórico, o médico irá pedir uma ultrassonografia, uma mamografia 2D, mamografia 3D (tomossíntese) ou mesmo uma ressonância magnética. O diagnóstico de câncer de mama - Somente pode ser estabelecido quando é realizada uma biópsia na área suspeita por um patologista e assim sendo laudada como um câncer ou não. - O rastreamento e a investigação diagnóstica de um nódulo palpável são feita com base na mamografia. Quando o médico pede o ultrassom das mamas, é para dar complemento à mamografia, ajudando na diferenciação de cistos e nódulos. http://www.clinicadamama.com.br/passo-passo-autoexame-da-mama-e-sua-importancia/ 38 - Já a ressonância magnética é recomendada para o rastreamento apenas de mulherescom alto risco, pacientes com uma história familiar confirmada ou suspeita, pacientes sabidamente predispostas geneticamente ao câncer ou que já tiveram um primeiro câncer de mama. Tratamento do câncer de mama Após a detecção da doença com os exames necessários para o diagnóstico do câncer de mama, é necessário iniciar os tratamentos. Há dois possíveis tratamentos para o câncer de mama, um clínico e um cirúrgico. Os tratamentos cirúrgicos envolvem a retirada da mama, a mastectomia, ou parte dela. Os tratamentos clínicos envolvem vários tipos de medicamentos, como os quimioterápicos, os hormonais e também a radioterapia, que deve ser empregada logo após o tratamento cirúrgico. Após o tratamento é possível fazer a reconstrução da mama, com o próprio mastologista ou cirurgião plástico, colocandoimplantes mamários, que naturalmente influenciarão na autoestima da mulher e consequentemente na parte psicológica feminina. Prevenção do câncer de mama O câncer de mama ainda não tem prevenção. O diagnóstico precisa ser realizado o mais cedo possível, utilizando-se para isto todos os exames de imagens possíveis. É necessário que façam o autoexame das mamas uma vez ao mês. E quando a mulher chegar aos 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da doença. É recomendado que seja feito pelo menos uma vez por ano. O melhor modo de prevenção da doença é estar em dia com os exames, para que não ocorra a detecção tardia com a doença em estágio avançado. Síndrome do ovário policístico A Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. Também conhecida pela sigla SOP. Sintomas A Síndrome do Ovário Policístico é uma doença caracterizada pela menstruação irregular (a falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome). Outros sintomas também alertam para a doença, como: alta produção do hormônio masculino (testosterona), causando aumento de pelos no rosto, seios e abdômen, obesidade e acne. Em casos mais graves, a SOP pode levar ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio. O diabetes, particularmente, tem uma forte ligação com a SOP. Isso porque a insulina é o hormônio responsável por facilitar a entrada de glicose na célula. Em algumas doenças como a SOP, existe um defeito na sua ação, que leva ao acúmulo de glicose no sangue. Como consequência, surge o diabetes e também um aumento da concentração de insulina no sangue. http://www.clinicadamama.com.br/servicos/exames/ressonancia-magnetica/ http://www.clinicadamama.com.br/nossos-medicos/ http://www.clinicadamama.com.br/quem-somos/importancia-de-fazer-exames/ 39 Os principais tratamentos existentes hoje são: Anticoncepcionais orais – A pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas. Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas, mas existem pílulas que têm um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona. Para esse tratamento é fundamental que a paciente não tenha desejo de engravidar. Antidiabetogênicos orais – Estando a síndrome dos ovários policísticos associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes. Dieta e atividade física – Como já foi dito anteriormente, dieta e atividade física diminuem os riscos de complicações como o diabetes, e devem ser feitas simultaneamente com as medidas terapêuticas. Cirurgia – Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais. O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento. Prevenção A causa exata da síndrome dos ovários policísticos ainda não é totalmente conhecida, uma das hipóteses é que tenha uma origem genética, pois quando há casos de SOP em parentes próximas como mães e irmãs a chance de desenvolver a doença aumenta. Mulheres que estão acima do peso, têm glicemia, pressão arterial e taxa de colesterol elevadas fazem parte do grupo de risco da doença, por isso precisam se prevenir seguindo uma dieta saudável, praticando exercícios físicos e realizando acompanhamento ginecológico anual. Infecção Urinária Infecção do Trato Urinário (ITU), conhecida popularmente como infecção urinária, é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra. Infecção urinária x gravidez A frequência em mulheres grávidas é aproximadamente a mesma que em mulheres não grávidas, no entanto, infecções recorrentes são mais comuns durante a gravidez. Adicionalmente, a ocorrência da pielonefrite (infecção renal) é mais elevada durante a gestação do que na população em geral, provavelmente como um resultado de alterações fisiológicas das vias urinárias no período. A bacteriúria assintomática, ou seja, quando são detectadas bactérias no exame de urina sem que a gestante apresente sintomas, ocorre em 2 a 7% das mulheres grávidas. Geralmente ocorre durante a gravidez inicial, com apenas cerca de um quarto dos casos identificados nos segundo e terceiro trimestres. Fatores que têm sido associados a um maior risco de bacteriúria incluem história de infecção urinária prévia, diabetes mellitus e gestações anteriores. http://www.minhavida.com.br/saude/temas/infeccao-urinaria 40 Os sintomas de infecções urinárias na gestante incluem: -dor em baixo ventre, acompanhada ou não de sintomas típicos como dor para urinar. Exames de imagem: o médico também poderá optar por realizar uma tomografia ou um Complicações de pielonefrite incluem anemia, sepse e dificuldade respiratória. Tipos Os tipos, causas e sintomas das infecções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção. A infecção é dividida em diferentes tipos, que são: Cistite A cistite é uma infecção bacteriana na bexiga ou no trato urinário inferior. Ela é, na maioria das vezes, causada por um tipo de bactéria proveniente do trato gastrointestinal, chamada Escherichia coli. A relação sexual também pode levar à cistite, mas você não precisa ser sexualmente ativo para desenvolvê-la. Todas as mulheres estão em risco de cistite por causa de sua anatomia - especificamente, a curta distância da uretra ao ânus e a abertura uretral à bexiga. Uretrite A uretrite consiste na inflamação ou infecção da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. As uretrites são decorrentes de bactérias provenientes do trato gastrointestinal, mas pelo fato da uretra nas mulheres estar mais próxima da vagina, algumas infecções como herpes, gonorreia e infecção por clamídia podem levar à uretrite. Pielonefrite A infecção renal (pielonefrite) é um tipo de infecção do trato urinário (UTI) que geralmente começa em sua uretra ou bexiga e viaja para um ou ambos os rim (3). Se não for tratado adequadamente, uma infecção renal pode prejudicar permanentemente seus rins ou a bactéria pode se espalhar para a corrente sanguínea e causar uma infecção potencialmente fatal. Infecção nos ureteres A infecção nos ureteres nada mais é do que a infecção dos canais que levam a urina dos rins até a bexiga. Causas As infecções urinárias geralmente ocorrem quando as bactérias entram no trato urinário através da uretra e começam a se multiplicar na bexiga. Embora o sistema urinário tenha sido projetado para manter esses invasores microscópicos, essas defesas às vezes falham. Quando isso acontece, as bactérias podem se apoderar e se transformar em uma infecção completa no trato urinário. 41 Exames Os exames que podem feitos para diagnosticar infecções urinárias são: - Exame de urina: é o método mais frequente usado para realizar o diagnóstico. A urina é analisada a procura de leucócitos e traços de sangue, sinais de infecção. Fica pronto em torno de duas horas; - Cultura de urina: Uma análise de urina feita em laboratório geralmente é seguida de uma cultura de urina, em que o médico usará a amostra do paciente para cultivar a bactéria causadora em laboratório. Esse exame ajuda a identificar a bactéria e quais medicamentos são mais eficazes na açãocontra ela. Este é o melhor exame para identificar a infecção e a bactéria causadora dela, no entanto, os resultados demoras de três a sete dias para ficarem prontos; ultrassom para identificar possíveis anormalidades em seu trato urinário. Também para esse fim, o especialista pode solicitar o exame com utilização de contraste para destacar as partes do sistema urinário que apresentam problemas; - Cistoscopia: para analisar as partes internas da bexiga e da uretra, a fim de identificar a causa da infecção. Doenças do sistema reprodutor/ IST Algumas doenças do sistema reprodutor feminino são as causas mais comuns de casos de infertilidade, problemas de esterilidade e dificuldade de engravidar. Entre as doenças mais conhecidas estão: - Candidíase; - Herpes genital; - Verruga genital; - Endometriose; - Pólipos uterinos; - Sífilis; - Gonorreia; - Tricomoníase; - Clamídia; - Síndrome do ovário policístico; - Pólipo endometrial/endocervical; - Cancro mole https://www.gestacaobebe.com.br/candidiase-gravidez-tratamento-caseiro-resolve/ https://www.gestacaobebe.com.br/ovario-policistico-tratamento-natural/ 42