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Nova Lei de Abuso de Autoridade

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA
CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM SEGURANÇA PÚBLICA
	
ALBERTO PORTELLA NETO
NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE E O REFLEXO NA PRÁTICA DO TRABALHO DOS AGENTES DE SEGURANÇA
Artigo a ser apresentado à Banca do Exame do Curso Superior de Tecnólogo em Segurança Pública da Universidade Estácio de Sá –CSTSP/UNESA, como requisito para aprovação na disciplina de TCC em Segurança Pública.
ORIENTADOR
PROFESSOR KÁTIA DE MELLO SANTOS
ARAUCÁRIA PR
Novembro 2021
NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE E O REFLEXO NA PRÁTICA DO TRABALHO DOS AGENTES DE SEGURANÇA
Alberto Portella Neto
RESUMO
O referido trabalho tem como objetivo o estudo da nova lei de abuso de autoridade e seu reflexo na prática do trabalho do agente de segurança tendo em vista o advento da Lei 13.869/19, que portou mudança na conduta que evidencia o crime de abuso de autoridade de agentes públicos. Observando o exposto referente à questão do abuso de autoridade haja vista a função de funcionários públicos sendo de força policial ou servidores em exercício da função, o delito de abuso de autoridade é previsto pela Lei 13.869/19 de 05 de setembro de 2019, tornando a prática da função um marasmo principalmente para os policiais, uma vez que andam no limite da Lei para execução das suas atribuições. A metodologia utilizada no presente trabalho é a pesquisa bibliográfica.
Palavras chave: Abuso de Autoridade. Lei 13.869/19. Policial. Agente de Segurança.
ABSTRACT
This work aims to study the new law on abuse of authority and its impact on the practice of the work of the security guard, in view of the advent of Law 13.869/19, which brought about a change in conduct that highlights the crime of abuse of authority of public agents. Observing the foregoing regarding the issue of abuse of authority, given the function of public officials being part of the police force or servants in exercise of their function, the offense of abuse of authority is provided for by Law 13.869/19 of September 5, 2019, making the practice of the function a marsmus mainly for the police, since they walk within the limits of the law to carry out their duties. The methodology used in this work is bibliographic research.
Keyword: Abuse of Authority, Law 13.869/19, Police Officer. Security Agente.
1. INTRODUÇÃO
A pesquisa em relação à lei de abuso de autoridade tem como objetivo central a observância na alteração da conduta policial e seus excessos, como a lei de abuso de autoridade determina a conduta de agentes públicos de todo país, em substituição a legislação da época da ditadura que era voltada apena ao executivo, agora o novo texto se aplica aos servidores públicos e autoridade dos três poderes Legislativo, Executivo e Judiciário incluindo também o Ministério Público. A nova lei caminha no sentido de tentar definir os tipos penais de uma forma mais clara e sistematiza de maneira mais incisa a estrutura dos tipos penais.
A metodologia realizada para a aplicação do presente trabalho foi a de pesquisa bibliográfica, este procedimento é exclusivamente de cunho teórico e busca reunir o máximo de informação possível sobre o tema abordado.
2. CONCEITO
Basicamente o conceito de abuso de autoridade constitui-se em três configurações específicas, sendo excesso de poder; desvio de poder ou desvio de finalidade e omissão de poder:
Excesso de poder: quando a autoridade competente age além do permitido na legislação, ou seja, atua ultra legem;
O excesso de poder se caracteriza quando o agente atua sem competência. Seja por sua total ausência, seja por extrapolar os limites da competência que lhe foi legalmente atribuída, e age além do legal. O ato praticado com excesso de poder, é ilegal em razão de vício no elemento competência. O ato com vício de incompetência pode ser corrigido através da sanatória ou convalidação na forma da ratificação. Sanado o vício, o ato administrativo torna-se válido no mundo jurídico desde a sua edição, podendo produzir todos os efeitos imediatos.
O desvio de poder ou desvio de finalidade é praticado por interesse próprio;
O vício nulificador do ato administrativo por desvio de poder ou desvio de finalidade, encontra previsão expressa na lei de ação popular, (Lei nº 4.717/65 artigo 2º, parágrafo único, alínea "e"), que assim assevera: "se verifica quando o agente pratica o ato visando  fim diverso daquele previsto, explicita ou implicitamente, na regra de competência".
Omissão de poder: pode ser caracterizado pela falha administrativa quando a mesma tem o dever de agir e não o realiza;
Para Meirelles et al. (2016, p.80) leciona que, "se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em beneficio da comunidade".
3. DESENVOLVIMENTO
Em 5 de setembro de 2019, entra em diligência a nova lei de abuso de autoridade após um período de 120 dias de vacatio legis(artigo 45), a decorrida substitui a antiga Lei 4.898, de 5 dezembro de 1965, que foi publicada para reduzir os excessos que viessem a ser cometido pela força policial(FREITAS,2019).
De acordo com Vladimir Passos de Freitas (2019):
“A nova Lei de Abuso de Autoridade é fruto de diversificadas iniciativas, cujo início se deu através dos Projetos de Lei do Senado 280, de 2016, do Senador Renan Calheiros, e 85, de 2017, do Senador Randolfe Rodrigues, relatados pelo Senador Roberto Requião”.
Em advento da nova lei as forças de Segurança Pública passaram por um processo de readequação em alguns quesitos que vinha seguindo, para assim se ajustar a nova lei.
Para adequar-se a nova temática, diversos Estados adotaram alguns meios para a adequação do seu efetivo.
Em concordância com Alex Rodrigues (2020):
A Polícia Militar do Pará iniciou um ciclo de palestras para capacitar os policiais sobre as implicações da Lei de Abuso de Autoridade. A proposta da corporação é, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), percorrer todas as unidades militares do estado. As guardas civis de Contagem (MG) e de Paulo Afonso (BA), entre outras, também já reuniram seus integrantes ou divulgaram orientações sobre os novos procedimentos.
Analisado a aplicação da lei nova pode-se dizer que esta tende a ser mais rigorosa diante de determinados crimes, tais como prevaricação e violência arbitrária que passavam sem castigo diante a sociedade.
· Prevaricação: Funcionário público que dificulte ou falte com os deveres de seu cargo, ou pratique atos de ofício, para atender interesses pessoais, comete crime de prevaricação. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, 2021).
· Violência arbitrária: É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Consiste na prática de violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la. (CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 2021).
Segundo comunicação a AGÊNCIA BRASIL 2021, o chefe de divisão da Polícia do estado de Goiás Mendonça relatou sobre as mudanças diárias que ocorreram no batalhão:
“Houve sim um impacto. Suspendemos, em definitivo, a divulgação de qualquer foto e de nomes, para não corrermos o risco de sermos enquadrados por suposto constrangimento. Estamos orientando todos a evitar comentar detalhes de processos disciplinares em andamento, principalmente em fase inicial. E já pedimos à Corregedoria para preparar um documento para os oficiais saberem como orientar seus subordinados”, detalhou Mendonça.
Ainda, de acordo com o chefe da Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Pará, Orlandino lima, relata que há a necessidade de mais tempo para compreender a eficácia da lei, sendo necessária mais cautela evitando divulgação de nomes e fotos como também em referência a as abordagens que não deve haver constrangimentos de nenhum indivíduo. (AGÊNCIA BRASIL 2021).
Para o aperfeiçoamento da atuação da força de segurança nas suas rotinas em consonância com a alteração da lei, é realizadas palestras para conhecimento de como os agentes deve sem portardiante disto, a fim de evitar que decorram complicações tanto na área administrativa, civil e/ou criminal (PREFEITURA DE SANTA LUZIA, 2020).
Cabem como exemplo os efeitos da condenação conforme o artigo 4º e seus respectivos incisos da referida lei:
Art. 4º  São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença (Brasil, 2019).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Não se deve considerar como um crime de poder ofensivo baixo, a autoridade deve usar o poder-dever da forma como determina a lei.
 Esta não será a primeira e nem a última vez que haverá alterações no ordenamento jurídico, por essa razão, sempre haverá a necessidade de que os policiais se adequem frequentemente a quaisquer circunstâncias, considerando que nenhuma atuação é igual à outra, através dessa lei que tende a abolir o abuso excedente, posto que a sociedade anseie transparência e efetividade na conduta dos agentes de segurança.
Dessa forma, com a implementação de palestras e cursos sobre a alteração da forma de aplicação da lei, os policias não podem alegar desconhecimento legal, e caso haja descumprimento serão punidos rigorosamente.
5. REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019.Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm> Acesso em 09/11/2021.
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Violência arbitrária. Disponível em: <https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/476-glossario/7748-violencia-arbitraria>. Acesso em 09/11/2021.
COUTINHO, 	Simone Andréa Barcelos. Direitos da filha e direitos fundamentais da mulher. Curitiba: Juruá, 2004.
FREITAS, Vladimir Passos.  Nova lei de abuso de autoridade é aprovada em clima de tensão. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-set-29/segunda-leitura-lei-abuso-autoridade-aprovada-clima-tensao>. Acesso em 02/11/2021.
MEIRELLES, hely Lopes; FILHO, Jose Emmanuel Burle. Direito administrativo brasileiro. Editora Malheiros 42. Ed. 2016.
RODRIGUES, Alex. Polícias mudam rotina para se adequarem à Lei de Abuso de Autoridade m rotina para se adequarem à Lei de Abuso de Autoridade. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2020-01/policias-mudam-rotina-para-se-adequarem-lei-de-abuso-de-autoridade>. Acesso em 02/11/2021.
RODRIGUES, Glaison Lima. Lei de abuso de autoridade. Disponível em: https://bebendodireito.com.br/voce-sabia-que-de-acordo-com-a-atual-lei-de-abuso-de-autoridade-praticamente-todos-os-crimes-possuem-uma-especie-de-duplo-dolo/. Acessado em 02/11/2021.
SOUZA, Jauile Rodrigues de.  Abuso de poder dos agentes públicos
 Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/12047/Abuso-de-poder-dos-agentes-publicos>. Acesso em 02/11/2021.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. Prevaricação. Disponível em: <https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicaosemanal/prevaricacao#:~:text=Funcion%C3%A1rio%20p%C3%BAblico%20que%20dificulte%20ou,pessoais%2C%20comete%20crime%20de%20prevarica%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em 09/11/2021.

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