Buscar

Prévia do material em texto

Tópicos Gerais de Ciências da Terra
Aula 01
CMA 110
Paulo Lopes 
 
 
I.I. Visão geral e papel da astronomiaVisão geral e papel da astronomia
II.II. Áreas de estudoÁreas de estudo
III.III. Astronomia no BrasilAstronomia no Brasil
IV.IV. Curso de graduaCurso de graduação do OV/UFRJção do OV/UFRJ
RESUMO:RESUMO:
4
 
                                                                                      
Astronomia
● Ciência básica e milenar.
● Estuda os corpos celestes e o 
Universo como um todo.
● “A Astronomia compele a alma a 
olhar para o alto e leva-nos deste 
mundo para outro.” – Platão
● Personificada por uma das nove 
musas – deusas que inspiravam o 
conhecimento, a literatura e as 
artes: Urânia. 
● Dividida em várias áreas de 
estudo.
5
 
                                                                                      
Qual o papel da Astronomia
● Medição do tempo
● Orientação e Navegação
● Cálculo de órbitas de satélites e naves espaciais
● e... ?
A Astronomia cumpre um importante papel 
civilizatório. Ela alimenta diretamente a curiosidade 
humana acerca de sua própria origem e destino. É a 
ciência que efetivamente leva o homem a ver a si 
perante o resto do Cosmo.
6
 
                                                                                      
O que estudar em Astronomia
•Planetas
•Sistema Solar
•Estrelas
•Meio inter-estelar
•Galáxias
•AGNs/Quasares
•Aglomerados e estrutura em grande escala
•Universo
 
A Astronomia entre as Ciências
Astronomia
Física
Química
Matemática
Geociências
Biologia
Engenharia Antropologia
Arqueologia
Astrofísica
Mecânica Celeste
Etnoastronomia
Astroquímica
Arqueoastronomia
Astroestatística
Astrometria
Astronáutica
Radioastronomia
Astrobiologia
Planetologia
 
Instituições astronômicas no mundo
 
Observatórios no mundo
10
 
                                                                                      
Terra, Lua, Planetas
● Podemos dizer que a Terra é uma 
grande esfera rochosa girando no 
espaço e orbitando o Sol.
● O raio da Terra é ~6400 km.
● Sua massa é ~6,0 x 1027 gramas.
● Os elementos mais comuns na 
Terra são oxigênio (45,5%), silício 
(27,2%), alumínio (8,3%), ferro 
(6,2%) e cálcio (4,66%).
● O estudo da Terra pode ser útil 
na compreensão de outros 
planetas. 
11
 
                                                                                      
Terra, Lua, Planetas
● A Lua é um satélite que orbita a 
Terra, a cerca de 384000 km de 
distância.
● Possui cerca de 1/4 do diâmetro 
terrestre.
● A atmosfera lunar é praticamente 
desprezível (geologicamente 
estável).
● Tem sempre a mesma face 
voltada para Terra.
● A massa da Lua é cerca de 1/80 
da terrestre.
12
 
                                                                                      
Terra, Lua, Planetas
● Os oito planetas do sistema 
solar são: Mercúrio, Vênus, Terra, 
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e 
Netuno.
● Podem ser divididos em 
plantetas internos (4 primeiros) 
ou terrestres, e externos (ou 
jovianos).
● Diferem bastante em tamanhos 
e paisagens.
● A olho nu percebemos os 
planetas como pontos luminosos 
que deslocam-se de uma noite 
para outra.
13
 
                                                                                      
Sol
● O Sol é uma “estrela anã”.
● Ainda assim, tem cerca de 100 
vezes o diâmetro terrestre e 300 
mil vezes sua massa.
● Sendo uma estrela, gera energia 
em seu núcleo, por reações 
nucleares que convertem 
hidrogênio em hélio.
● Do centro, a energia vai até a 
superfície, escapando para 
iluminar e aquecer os planetas.
14
 
                                                                                      
Sistema Solar
● Além do Sol e planetas, diversos 
outros corpos estão presentes no 
sistema solar.
● Há vários satélites orbitando outros 
planetas, além de asteroides e 
cometas.
● A maior parte dos asteroides se 
concentra numa região chamada 
cinturão de asteroides (entre as 
órbitas de Marte e Júpiter).
● Muitos cometas vem de uma região 
chamada cinturão de Kuiper (além da 
órbita de Netuno).
● Uma Unidade Astronômica (AU, em 
inglês) é a distância entre a Terra e o 
Sol (~150 milhões de km).
15
 
                                                                                      
Via Láctea
● A Via Láctea é uma grande nuvem 
de gás e estrelas (centenas de 
bilhões) com uma forma achatada 
(como o sistema solar).
● O Sol e outras estrelas orbitam a 
Via Láctea.
● Também a chamamos 
simplesmente de Galáxia.
● Por estarmos dentro da Galáxia, 
nossa visão desta é limitada.
● Nossa Galáxia é do tipo espiral.
16
 
                                                                                      
Aglomerados e Estrutura em Grande 
Escala
● Há outros tipos de galáxias no 
Universo. E há bilhões de galáxias!
● A distribuição de galáxias não é 
aleatória.
● Algumas galáxias encontram-se 
isoladas, outras em grupos e 
aglomerados.
● A distribuição destas no Universo 
forma a Estrutura em Grande 
Escala.
 
Observatório Pico dos Dias
● Criado em 1980, com o nome de Observatório 
Astronômico Brasileiro (OAB). Era 
administrativamente ligado ao Observatório 
Nacional.
● A partir de 1989, tornou-se parte de um órgão 
autônomo do MCT: Laboratório Nacional de 
Astrofísica.
● Encontram-se no OPD: o telescópio de 1.60 
metros, o telescópio Zeiss (60 cm), o telescópio 
IAG (60 cm) e a buscadora de cometas (~15 cm).
 
Observatório Pico dos Dias
● O OPD é um 
observatório público.
● Qualquer pessoa pode 
submeter um projeto de 
observação, 
circunstanciado, para 
solicitar tempo.
● Os projetos são 
analisados e 
ranqueados com base 
no impacto esperado.
 
 
Radioobservatório de Itapetinga
● Radioobservatório público que funciona aos moldes do 
OPD, embora com menor eficiência e alcance.
– Ao contrário do OPD, ele não fica a cargo de um 
órgão especializado em observação
– A comunidade de radioastrônomos brasileiros é 
muito pequena.
– Não há tanta facilidade de incorporar novos 
instrumentos a uma antena, como no caso de um 
telescópio óptico, de modo que o 
radioobservatório fica limitado em frequência 
observável.
 
 
Observatórios Gemini
● Consórcio internacional que gerencia 2 
telescópios idênticos de 8.1 metros, um no 
Havaí, outro no Chile.
● Tempo é dividido proporcionalmente entre as 
nações participantes com base na quota 
adquirida. A quota do Brasil equivale a ~5%; isso 
pode mudar no futuro.
● O consórcio Gemini é um dos mais ativos no 
mundo, promovendo congressos, distribuindo 
bolsas, testando novas tecnologias em 
instrumentação, etc.
 
 
O SOAR: Southern Astrophysical Obsr.
● Pouco tempo após a entrada do Brasil no 
consórcio Gemini, a comunidade brasileira 
discutiu a necessidade de criação de um 
telescópio de médio porte em um sítio de boas 
condições observacionais. Desta discussão surgiu 
o SOAR.
● O telescópio do SOAR tem 4.1 m, opera desde o 
UV próximo ao IR próximo, com excelente 
qualidade de imagem.
● É operado conjuntamente pelo Brasil, pela Univ. 
da Carolina do Norte e pelo NOAO.
 
 
O ESO
● O European Southern Observatory está 
presente em quatro sítios astronômicos do 
Chile há décadas.
● O Brasil recebeu o convite para tornar-se país-
membro do ESO, com direito de co-propriedade 
de cada um de seus telescópios, entre os quais 
se incluem o VLT, o NTT, o ALMA, o VISTA, o VST 
e o E-ELT.
● Infelizmente o acordo não foi ratificado pelo 
congresso nacional e a participação brasileira 
foi suspensa.
 
 
ALMA @ ESO
 
VLT @ ESO
Nebulosa Eta Carina
Glóbulo de Bok B68
 
E-ELT @ ESO
● Quando estiver 
pronto, será o 
maior telescópio do 
mundo.
● A construção já está 
em andamento.
● Previsto para 2027
 
 
Os astrônomos brasileiros
● Contam-se em quase 
600 o número de 
brasileiros com 
atuação direta em 
Astronomia e/ou 
Cosmologia.
● A grande maioria faz 
parte da Sociedade 
AstronômicaBrasileira (SAB).
 
Breve Linha do Tempo da Astronomia
no Brasil
● 1827: Criação do Observatório Nacional
● 1881: Criação do Obs. da Escola Politécnica 
(futuro OV)
● 1908: Criação do Obs. Astron. do RS
● 1931: Criação do Inst. Astron. e Geofís. 
(IAG/USP)
● 1958: Criação do Curso de Graduação do 
OV/UFRJ
● c.1970: retornam ao Brasil os primeiros 
doutores formados na França.
● 1974: Criação da Pós-Graduação do ON
● 1980: Criação do OAB, atual Obs. Pico dos 
Dias.
● 1993: Ingresso do Brasil no Consórcio Gemini
● 2009: Assembleia Geral da UAI no Rio de 
Janeiro
 
Possibilidades de trabalho 
● Academia
– Universidades
– Institutos de Pesquisa
● Suporte à pesquisa
– Laboratórios
– Observatórios
● Divulgação e extensão
– Planetários
– Museus
● Setor privado
 
Paixão vs. Profissão
X
40
 
                                                                                      
Curso de Astronomia do OV/UFRJ
● O curso de astronomia na UFRJ é oferecido pelo Observatório do 
Valongo (OV). 
● Desde 2001 o OV passou a ser uma Unidade Acadêmica do Centro 
de Ciências Matemáticas e da Natureza da UFRJ (CCMN).
● O curso de graduação em astronomia da UFRJ foi criado em 1958, 
tendo ultrapassado a marca de 200 alunos formados.
● São oferecidas 20 vagas por ano.
● O curso de graduação dura 4 anos.
● Desde 2003 o OV também oferece cursos de pós-graduação em 
astronomia.
● Para a formação do astrônomo, é fundamental a vivência, treino, 
análise e síntese, construídos com o enfoque observacional.
●É igualmente fundamental uma base sólida em Física e 
Matemática. 
41
 
                                                                                      
Histórico do Curso de Astronomia do OV/UFRJ
● O Observatório do Valongo (OV) teve origem na iniciativa de criação 
do Observatório da Escola Politécnica, em 1881, localizado no Morro de 
Santo Antônio. 
● Com a decisão urbanística de derrubada do morro, todos os 
equipamentos que haviam no observatório foram levados, em 1921, 
para a Chácara do Valongo, local onde, antes da Abolição, eram 
deixados os escravos para serem vendidos e, em 1924, foi inaugurado 
o Observatório do Valongo. 
● O OV ficou praticamente abandonado a partir da década de 1930. Em 
1957, dois astrônomos do Observatório Nacional (Alércio Moreira 
Gomes e Mário Ferreira Dias) se transferiram para o Observatório do 
Valongo, dando início ao processo de criação do curso de graduação 
em Astronomia na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da antiga 
Universidade do Brasil. 
● Em 05 de fevereiro de 1958, o Conselho Universitário da FNFi 
aprovou, por unanimidade, a Criação do Curso de Astronomia e das 
Cadeiras de Astronomia e Geofísica.
42
 
                                                                                      
Observatório do Valongo / UFRJ
● Localização: Ladeira do 
Pedro Antônio, 43, Saúde, 
Rio de Janeiro - RJ – Brasil - 
CEP: 20080-090
Tel/Fax: (021) 2263-0685 
Telescópio Cooke
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42

Mais conteúdos dessa disciplina