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AULA 04 PARASITO TEÓRICA - E vermiculares

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HELMINTOLOGIA – NEMATHELMINTHES 
Enterobius vermiculares
AGENTE ETIOLÓGICO: Enterobius vermicularis ou Oxiúros vermicularis
 Vermes cilíndrica, cor branca e mede cerca de 1 cm.
 provoca uma verminose intestinal denominada enterobíase, Enterobiose, oxiuríase ou oxiurose
 Filiformes, simetria bilateral, não segmentados
FILO CLASSE FAMÍLIA GENERO ESPÉCIE DOENÇA
Nemathelminthes Nematoda
Ascarididae
Ascaris A. lumbricoides Ascaridíase
Toxocara T. Canis Toxocaríase
Oxyuridae Enterobius E. vermicularis Oxiurose
Strongyloididae Strongyloides S. stercoralis Estrongiloidíase
Ancylostomidae
Ancylostoma A. duodenale
Ancilostomose
Necator N. americanus
Trichuridae Trichuris T. trichiura Tricuríase
Onchocercidae
Wuchereria W. bancrofti
Filariose ou
Elefantíase
Onchocerca O. volvulus Oncocercose
ENTEROBÍASE, ENTEROBIOSE, OXIURÍASE OU OXIUROSE
Doença: Enterobiose
 A oxiuríase é uma parasitose cujo principal sintoma é a uma coceira anal, geralmente intensa e
com predomínio noturno, o que costuma atrapalhar o sono dos indivíduos acometidos.
 A enterobíase pode surgir em qualquer idade, mas é observada com maior frequência entre as
crianças em idade escolar de 5 a 10 anos, sendo relativamente rara em crianças com menos de 2
anos de idade.
Habitat: vermes adultos vivem no ceco (inicio do intestino grosso), apêndice e região perianal
 O ser humano é o único hospedeiro natural do oxiúro, e sua infecção ocorre em todos os países e
grupos socioeconômicos.
Via de transmissão :
 Passiva : ingestão de ovos larvados
 Ativa : penetração da larva na região perianal externa
Formas evolutivas: adultos (macho e fêmea), ovo e larva
Ciclo biológico: monóxeno
MORFOLOGIA
MACHO 
2,5 mm de comprimento por 0,1-0,2 mm de largura 
Cauda recurvada e Presença de espiculo 
FÊMEA 
medem 8-13 mm de comprimento por 0,3-0,5 mm de largura. 1,0 cm x 
0,4mm 
Cauda pontiaguda 
Vermes adultos Enterobius vermicularis
Vermes adultos Enterobius vermicularis
Morfologia 
do Ovo
E. vermicularis
Ovo: 
 Aspecto de D, formato alongado e oval e ligeiramente
achatado em um dos seus lados.
 Medem 50–60 µm por 20–30 µm
 Membrana dupla, lisa e transparente
 Liberação de ovo embrionado
Ovo
E. vermicularis
Ovo
E. vermicularis
CICLO DE VIDA
 Os machos após a cópula são
eliminados junto com as fezes.
 Migração da fêmea do ceco para
o ânus (à noite).
 Rompimento da fêmea e
liberação dos ovos.
 5.000 a 16.000 ovos
 Ovos se tornam infectantes em 6
horas.
TRANSMISSÃO 
HETEROINFECÇÃO: 
 Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo
hospedeiro.
Indireta:
 Ovos presentes na poeira atingem o mesmo hospedeiro que
os eliminou
Autoinfecção externa (oral) :
 a criança leva os ovos da região perianal a boca. Causa a
cronicidade da doença.
Autoinfecção interna (retal):
 larvas que eclodem dentro do hospedeiro migram até o
ceco
Auto infecção externa anal ou retroinfecção :
 larvas eclodem na região perianal, penetram no ânus e
migram até o ceco.
Patogenia
 Enterite catarral por ação mecânica. As fêmeas repletas de
ovos são encontradas na região perianal.
 Prurido anal noturno.
 Possibilidade de infecção bacteriana local pelo ato de coçar.
 O ato de coçar pode provocar infecções secundárias, além
de provocar perda de sono e nervosismo.
 Pela proximidade dos órgãos sexuais pode levar a
masturbação e erotismo, principalmente em meninas.
 Presença de vermes na região genital nas mulheres pode
causar vaginite, ovarite e salpingite
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A identificação microscópica de ovos coletados na região perianal é o método de escolha para o
diagnóstico de enterobíase.
Para melhorar a sensibilidade, a coleta deve ser feita pela manhã, antes de defecar e lavar,
pressionando fita de celulose transparente (“Scotch test”, teste de lâmina de fita de celulose) sobre
a pele perianal e, em seguida, examinando a fita colocada em lâmina de microscópio.
Alternativamente, esfregaços anais ou “tubos Swube” (uma pá revestida com material adesivo)
também podem ser usados ​​para coleta.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Os ovos também podem ser encontrados, mas com menos frequência, nas fezes e, ocasionalmente,
na urina ou nos esfregaços vaginais.
Os vermes adultos também são diagnósticos, quando encontrados na região perianal ou durante
exames anorretais ou vaginais. Nos casos de infecção ectópica, os ovos podem ser observados na
urina ou no esfregaço cervicovaginal de Papanicolau.
MÉTODO 
DA FITA GOMADA
Método da fita gomada:
1. Corta-se um pedaço de 8 a 10 cm de
fita adesiva transparente;
2. Coloca-se a mesma com a parte
adesiva para fora sobre um tubo de
ensaio;
3. Opõe-se várias vezes a fita na região
perianal;
4. Coloca-se a fita na lâmina de vidro
como se fosse uma lamínula;
5. Leva-se ao microscópio e examina-se
no aumento de 10 e 40x
MÉTODO 
DA FITA GOMADA
ASPECTOS CLÍNICOS
CLÍNICO:
 Prurido anal noturno e contínuo.
 vulvovaginite e granulomas pélvicos ou
peritoneais.
SINAIS E SINTOMAS
 Migração noturna das fêmeas grávidas - região
perianal
 Irritação e dor abdominal
 Dor abdominal
 ranger de dentes, enuresia, insônia, anorexia
 Eosinofilia
EPIDEMIOLOGIA
 Possui alta prevalência nas crianças em idade escolar.
 Transmissão doméstica ou em ambientes coletivos (escolas, creches).
 Fatores que colaboram na transmissão:
• As fêmeas eliminam grande quantidade de ovos.
• Em poucas horas os vermes se tornam infectantes.
• Os ovos podem resistir até três semanas em ambientes domésticos,
contaminando alimentos e a poeira.
• Hábito de sacudir as roupas de cama pela manhã.
TRATAMENTO
Pamoato de pirantel (Combantrim e Piranver)
 Mebendazol (Pantelmim, Panfugan, Sirbem)
 Albendazole (Zentel)
 Ivermectina (Revectina)
Efeitos colaterias:
• náusea,
• vômito,
• cefaléia,
• sonolência,
• etc
Profilaxia
 Tratamento de todas as pessoas parasitadas
 Corte rente das unhas, aplicação de pomada
mercurial na região perianal ao deitar-se, banho
ao levantar e limpeza doméstica com aspirador de
pó.
 Roupa de dormir e de cama não devem ser
sacudidas e sim enroladas e lavadas em água
fervente
E. vermicularis
Enterobius vermicularis e a Enterobíase
Videoaula 01
• Profa. Dra. Deisy Resende -
Link: https://youtu.be/5TzYf3mxBGs
Videoaula 02
• Prof. Elisângela Pinotti -
Link: https://youtu.be/3Usmq8moKLE
VIDEOAULA
https://youtu.be/5TzYf3mxBGs
https://youtu.be/3Usmq8moKLE

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