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MÉTODO BLINDADO OLÁ, EU SOU A PROFESSORA MILLA BORGES! Minha missão é empoderar pessoas por meio do conhecimento! Estarei com você nesta trajetória rumo à nota 1000! O que não te desafia não te transforma! É tudo nosso! 2 “ “Saiba do teu valor e amanheça brilhando mais forte...” Música Camarada D’água – O Teatro Mágico 3 REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL PARTE 4 4 HANNAH ARENDT 5 A BANALIDADE DO MAL Hannah Arendt (1906-1975) foi uma teórica polí=ca alemã, de origem judaica, que atuou também como jornalista e professora universitária. Escreveu livros como As origens do totalitarismo (1951), A condição humana (1958), Homens em tempos sombrios (1968) e Eichmann em Jerusalém – um relato sobre a banalidade do mal (1963) e é considerada uma das pessoas mais influentes do século 20. Adolf Eichmann foi um oficial da Gestapo nazista responsabilizado pela logís=ca de extermínio de milhões de pessoas. Foi capturado na Argen=na e julgado em Jerusalém no ano de 1961. Hannah Arendt foi enviada como correspondente pela revista The New Yorker para cobrir as sessões do julgamento tornadas públicas pelo governo israelense. Em 1963, com base nos ar=gos publicados pela The New Yorker, a autora publicou um livro sobre o julgamento e nele desenvolveu uma análise sobre Eichmann. 6 A polêmica Um dos pontos polêmicos do livro é a maneira como a autora interpreta o comportamento de Eichmann, pois além de cobrir todo o processo do julgamento, ela ainda entrevistou pessoalmente o acusado. Segundo Hannah Arendt, Adolf Eichmann não era um monstro, alguém com um espírito demoníaco e an@ssemita. Ela o iden@ficou como um burocrata, um sujeito medíocre, que de certa forma renunciou a pensar nas consequências que os seus atos poderiam ter. “Embora as atrocidades por ele conduzidas @vessem sido de uma crueldade inimaginável, ‘o executante era ordinário, comum, nem demoníaco, nem monstruoso’. Eichmann revelou-se, durante todo o processo, até os dias que antecederam sua morte por enforcamento, como uma pessoa incapaz de exercer a a@vidade de pensar e elaborar um juízo crí@co e reflexivo” (SIQUEIRA, 2011). 7 Reflexões “Será que a natureza da a@vidade de pensar, o hábito de examinar, refle@r sobre qualquer acontecimento, poderia condicionar as pessoas a não fazer o mal? Estará entre os atributos da a@vidade do pensar, em sua natureza intrínseca, a possibilidade de evitar que se faça o mal? Ou será que podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar?” (ARENDT, 2008). “O que tornava Eichmann uma aberração era o fato de ele nunca haver experimentado as exigências do pensamento diante dos acontecimentos. A questão que a filósofa se propõe a aprofundar, então, é a ausência do pensamento e sua possível relação com os atos maus” (Duarte, 2000, apud Andrade, 2010). 8 Exemplo Tema: A cultura do cancelamento e suas implicações na sociedade brasileira. 1° parágrafo de desenvolvimento: Sob tal viés, cabe salientar, de início, que a banalização do ódio, nas redes sociais, contribui para agravar a questão. Isso porque, de um modo geral, os internautas não refletem sobre as implicações dessa ofensas. Nesse sentido, os cancelamentos se perpetuam, provocando sérios danos às pessoas ofendidas, sem que haja, por parte dos agressores, consciência ou senso de responsabilidade por esses agravos. Tal panorama pode ser associado ao conceito de Banalidade do Mal, desenvolvido pela filósofa alemã Hannah Arendt, o qual aponta a indiferença dos indivíduos diante de um mal massificado pelo qual ninguém se sente responsável. Nesse sentido, a ótica da autora é confirmada, visto que, apesar dos efeitos maléficos dos atos odiosos nas redes, há uma naturalização dessa prática. Logo, é importante que a mídia dê mais visibilidade a esse assunto para que haja uma maior conscientização social. 9 PIERRE BOURDIEU 10 VIOLÊNCIA SIMBÓLICA Uma ilustração: Você está indo a uma festa de aniversário, nenhum traje foi determinado. O evento será realizado no horário da tarde, você resolve ir de short ou bermuda, um look mais descontraído. Ao chegar no local, as demais pessoas estão usando roupas sociais, ves@dos longos, gravatas e blazers. Instantaneamente, você fica incomodado, não se sente adequado para frequentar o espaço. Já parou para pensar por que estar trajado diferente, nesse contexto, provoca um desconforto pessoal, social e até mesmo emocional? Isso pode ser traduzido como um simples caso de violência simbólica. Esse @po de agressão se torna muito mais danosa quando situado em questões de raça, gênero, etnia e classe social. 11 Afinal, o que é isso? Para Pierre Bourdieu, sociólogo francês, os seres humanos possuem quatro tipos de capitais, são eles: 1) o capital econômico, a renda financeira; 2) o capital social, suas redes de amizade e convívio; 3) o cultural, aquele que é constituído pela educação, diplomas e envolvimento com a arte; 4) capital simbólico, que está ligado à honra, o prestígio e o reconhecimento. É através desse último capital que determinadas diferenças de poder são definidas socialmente. Por meio do capital simbólico, é que instituições e indivíduos podem tentar persuadir outros com suas ideias. 12 O agravante A violência simbólica se dá justamente pela falta de equivalência desse capital entre as pessoas ou instituições. O conceito foi definido por Bourdieu como uma violência que é cometida com a cumplicidade entre quem sofre e quem a pratica, sem que, frequentemente, os envolvidos tenham consciência do que estão sofrendo ou exercendo. Onde está o agravante? A ilustração do traje de festa no início da matéria é muito pequena se comparada aos níveis que a violência simbólica pode atingir. Mais que um caso individual relacionado a uma roupa, o alcance dos meios de comunicação, por exemplo, pode ser usado como instrumento para execução da violência simbólica em grande escala. Isso é feito através da propagação de ideias que pertencem às camadas dominantes (que, usualmente na sociedade capitalista, são as de maior capital econômico) para as camadas minoritárias, a fim de que a ordem social se mantenha. 13 Exemplo Tema: Impactos do culto ao corpo no Brasil contemporâneo. 1° parágrafo de desenvolvimento: Diante de cenário, cabe ressaltar que os padrões estéPcos socialmente construídos no Brasil são agravantes dessa questão. Isso porque, hodiernamente, muitos sujeitos buscam por um corpo idealizado para serem aceitos e, quando não conseguem se adequar minimamente ao molde esPpulado pela sociedade e reforçado pelas mídias, em muitos casos, passam por situações de exclusão social e de preconceito velado. Essa situação configura-se como uma espécie de “Violência Simbólica”, conceito proposto pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual se refere à opressão psicológica e moral exercida por determinados grupos com poder de influência e sofrida por outros indivíduos que, diante disso, sentem-se inferiorizados e insaPsfeitos com a sua própria condição. Logo, é preciso pensar em ações que desconstruam tais imposições para que a aceitação corporal seja naturalizada. 14 VAMOS COM TUDO! ESTOU COMPLETAMENTE COMPROMETIDA COM VOCÊ! E lembre-se... NADA PODE PARAR UM CORAÇÃO DETERMINADO! É O BONDE DA MB! É TUDO NOSSO! Siga-me: @profmillaborges 15