Buscar

Recurso Inominado - Abono de Permanência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
6ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
 
Autos nº. 0032010-49.2022.8.16.0182
 
Recurso Inominado Cível n° 0032010-49.2022.8.16.0182 RecIno
15º Juizado Especial da Fazenda Pública de Curitiba
ESTADO DO PARANÁRecorrente(s): 
 JOAQUIM LOPES CORDEIRO FILHORecorrido(s):
Relator: Luciana Fraiz Abrahão
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. ABONO DE
PERMANÊNCIA. AGENTE PENITENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DO
DIREITO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. LEI ESTADUAL Nº 51
/85. MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 7.044/PR. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA RECURSAL DO ESTADO. PEDIDO DE
EXCLUSÃO DO PERÍODO DE SETEMBRO/2017 A JULHO/2018 DA
CONDENAÇÃO. SERVIDOR QUE ESTEVE APOSENTADO COM BASE
 NA DECISÃO PROFERIDA NOS AUTOS N. 0017576-
65.2016.8.16.0182, QUE TRAMITOU NA 2ª VARA DA FAZENDA
PÚBLICA DE CURITIBA. ACOLHIMENTO. BENEFÍCIO PECUNIÁRIO
DEVIDO AO SERVIDOR OPTOU POR PERMANECER EM ATIVIDADE
APÓS CUMPRIR OS REQUISTOS PARA APOSENTADORIA
VOLUNTÁRIA. PAGAMENTO NÃO DEVIDO NO PERÍODO EM QUE O
SERVIDOR ESTEVE APOSENTADO. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
Relatório dispensado (Enunciado 92 do FONAJE).
VOTO
O recurso deve ser conhecido vez que presentes os pressupostos processuais de
admissibilidade.
Pugna o recorrente para que seja excluído da condenação o pagamento retroativo do
abono de permanência do servidor referente ao  período de setembro/2017 até 01/07/2018,
uma vez que o recorrido não estava em atividade, tendo em vista a decisão proferida nos autos
n. 0017576-65.2016.8.16.0182- 15º Juizado Especial da Fazenda Pública de Curitiba, que
determinou a concessão de sua aposentadoria.
O recorrido, por sua vez, alega que tem direito ao pagamento do benefício no referido
período tendo em vista que não se ausentou de suas atividades.
Pois bem.
A Constituição Federal estabelece que o abono de permanência é um benefício
pecuniário pago ao servidor que tiver completado os requisitos para aposentadoria voluntária e
opte por permanecer em atividade.  
Compulsando os autos, notadamente o protocolo administrativo juntado no mov. 12.5
/12.6, observa-se que em 05/06/2017 foi publicada a Resolução n. 9663 da Secretaria de
Estado da Administração e da Previdência concedendo a aposentadoria especial ao servidor
Joaquim Lopes Cordeiro Filho, com proventos no valor de R$ 6.987,88 (mov. 12.5, p. 43).
Verifica-se a concessão da aposentadoria do recorrido se deu em cumprimento
provisório da sentença proferida nos autos n. 0017576-65.2016.8.16.0182- 15º Juizado
Especial da Fazenda Pública de Curitiba, que decretou a sua aposentadoria (mov. 12.5, p. 5-9).
Após a sentença judicial favorável o servidor requereu a desistência da ação com o
intuito de retornar as suas atribuições funcionais como agente penitenciário, o que foi acolhido
pelo juiz, decisão esta que foi mantida pela Turma Recursal que julgou os recursos interpostos
pelo Estado do Paraná e pela Paranaprevidência, tendo o servidor retornado para suas
atividades em julho de 2018.  
Assim, ao contrário do que foi alegado pelo recorrido, verifica-se que o Estado do Paraná
logrou êxito em comprovar que ele permaneceu aposentando no período compreendido entre
junho de 2017 e junho de 2018, não fazendo jus ao recebimento do abono de permanência
neste período.
Ante o exposto, voto por ao recurso interposto paraconhecer e dar provimento
 setembro de 2017 a 01/07/2018.excluir da condenação o período compreendido entre
Ante o sucesso recursal, deixo de condenar o recorrente ao pagamento das verbas
sucumbenciais.
Ante o exposto, esta 6ª Turma Recursal dos Juizados Especiais resolve, por unanimidade
dos votos, em relação ao recurso de ESTADO DO PARANÁ, julgar pelo(a) Com Resolução do
Mérito - Provimento nos exatos termos do voto.
O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz(a) Haroldo Demarchi Mendes, com voto, e dele
participaram os Juízes Luciana Fraiz Abrahão (relator) e Gisele Lara Ribeiro.
12 de abril de 2024
Luciana Fraiz Abrahão
Juiz (a) relator (a)

Mais conteúdos dessa disciplina