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RESPOSTA DOS CASOS CONCRETOS DE 2 A 6 PRÁTICA SIMULADA V

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Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
Aplicação Prática Teórica 
CASO CONCRETO 2 – MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO – ART. 12 DA LEI 
Nº 13300/2016. 
 
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, 
atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição 
constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta 
função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos 
Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao 
prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à 
aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito 
previsto na constituição estadual a tal benefício: Lei orgânica do Município Y. 
“Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de 
lei que disponham sobre: 
(...) 
III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos 
servidores.” 
 
“Constituição do Estado de São Paulo. 
Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas 
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos 
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
(...) 
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, 
ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: 
I- portadores de deficiência; 
II - que exerçam atividades de risco; 
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física.” 
 
Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui 
competência ao Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de 
norma regulamentadora estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da 
Administração Indireta, que torne inviável o exercício de direitos assegurados na Constituição 
da República e na Constituição Estadual, atue na qualidade de advogado contratado pelo 
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y promova a medida 
judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando-se para os 
requisitos formais da medida judicial a ser elaborada. 
 
 
 
 
Peça Processual 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente do Tribunal de Justiça do 
Estado de São Paulo. 
Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sindicato do Servidores Públicos do Município Y, com sede à Rua X, inscrito no CNPJ 
sob o nº......, representado seu presidente Caio ... (qualificação completa) vem por seu advogado 
com escritório no endereço......, à presença de VSa. Impetrar Mandado de Injunção Coletivo 
pelo rito especial apontando como impetrado o Prefeito do Município Y, pelas razões de fato e 
de direito que passa expor: 
 
Dos fatos: 
 
Teresa e demais associados ao Sindicato impetrante é funcionária do município de Y, 
Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de 
esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como 
todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. 
Os associados do impetrante em decorrência da atividade que exercem têm direito à 
aposentadoria especial na forma da Constituição Federal, que afirma que segundo a lei orgânica 
do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o 
exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais. 
Ocorre diante da omissão do impetrado inexiste a norma regulamentadora que viabilize 
a aposentadoria especial no município Y. 
 
Dos Fundamentos: 
 
A Constituição Federal de 1988, prevê em seu artigo 40 inciso III, § 3º que: 
“... 
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão 
disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.” 
 
Isto posto as regras para aposentadoria deverão ser confeccionadas nos entes federativos 
individualmente. 
Corroborando com o texto constitucional, efetivando-se, assim, o direito previsto no 
artigo nº 126 da constituição estadual do Estado de São Paulo o tal benefício e no artigo 51 da 
Lei orgânica do Município Y: 
“Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de 
lei que disponham sobre: 
(...) 
III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos 
servidores.” 
 
“Constituição do Estado de São Paulo. 
Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas 
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos 
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
(...) 
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, 
ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: 
I- portadores de deficiência; 
II - que exerçam atividades de risco; 
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física.”. 
 
Ocorre diante da omissão do impetrado inexiste a norma regulamentadora que viabilize 
a aposentadoria especial no município Y. 
Desta forma com base na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º inciso LXXI, 
que trata da concessão de Mandado de Injunção que diz: 
 
“Art. 5º inciso LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a 
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania;” 
 
E regulamentado pelo artigo 2º da Lei nº 13300/2016, que trata da concessão de 
Mandado de Injunção que diz: 
 
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou 
parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
 
Somando-se ao artigo 12 inciso III da Lei nº 13300/2016, que prevê a legitimidade para 
impetrar mandado de injunção coletivo por parte da organização sindical em favor dos seus 
associados, abaixo transcrito: 
“Art. 12. O mandado de injunção coletivopode ser promovido: 
... 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício 
de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus 
membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;” 
 
Não restou dúvida que a omissão do Impetrado em prejuízo dos associados do 
Impetrante, está dificultando viabilização da aposentadoria especial, já previsto na constituição 
federal e estadual, violando o princípio constitucional da Simetria previsto no artigo nº 29 da 
CF/1988. 
Em consonância o STF já se pronunciou favoravelmente, em consulta a jurisprudência 
pátria está o Mandado de Injunção Coletivo do SINDICATO DOS SERVIDORES DA 
JUSTIÇA DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO - AMAZONAS E RORAIMA – SITRAAM, sob 
o MI 3750/DF: 
Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
 
“MANDADO DE INJUNÇÃO 3.750 DISTRITO FEDERAL RELATOR : 
MIN. ROBERTO BARROSO IMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DA 
JUSTIÇA DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO - AMAZONAS E RORAIMA - SITRAAM 
ADV.(A/S) :JANNE SALES GOMES E OUTRO(A/S) IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE 
DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO IMPDO.(A/S) 
:PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO 
SENADO FEDERAL DECISÃO: Ementa: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. 
APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. 1. Mandado de injunção 
impetrado com base no art. 40, § 4º, da Constituição, que assegura o direito à 
aposentadoria especial para servidores que exerçam suas atividades em condições 
prejudiciais à saúde. 2. Embora ausente comprovação de indeferimento de pedido 
administrativo, há interesse de agir quando se contesta o mérito da pretensão 
deduzida na inicial. 3. A integração pleiteada não ofende o princípio da preexistência 
de fonte de custeio. 4. A jurisprudência desta Corte não admite a concessão da ordem 
para mera conversão de tempo especial em comum, mediante aplicação de um fator 
multiplicador. 5. Deferimento da ordem, nos termos da jurisprudência estabelecida 
pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, para o fim de se reconhecer o direito 
dos substituídos da parte impetrante a terem Documento assinado digitalmente 
conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves 
Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço 
eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5496430. MI 3750 
/ DF seus pedidos de aposentadoria especial analisados na via administrativa, com 
aplicação supletiva do art. 57 da Lei nº 8.213/91.” 
 
Do pedido: 
 
Pelo exposto requer: 
1. A notificação do impetrado para prestar informações no prazo legal de 10(dez) dias; 
2. Seja dado ciência ao Município Y para que no caso queira ingresse no feito; 
3. A intimação do Ministério Público; e 
4. Seja concedida a ordem de Injunção para declarar a omissão legislativa sendo fixado 
prazo razoável para edição de norma regulamentadora. 
 
Das provas: 
 
A presente impetração está devidamente instruída com os documentos necessários para 
comprovar a omissão legislativa. 
 
Nestes termos, pede deferimento 
 
Local e data 
 
ADV/OAB 
 
 
 
 
Recibo(s) do 
trabalho 
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Recibo de entrega 
 
Trabalho entregue com sucesso. 
 
Código do recibo: 13432009 
Trabalho entregue: Caso Concreto 2 
Trabalho entregue: 14/09/2020 12:50 
Observações: 
Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 2 – MANDADO DE INJ
UNÇÃO COLETIVO – ART. 12 DA LEI 13300-2016.pdf 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
Aplicação Prática Teórica 
CASO CONCRETO 3 : XIX Exame da OAB - Direito Administrativo. Adaptado. 
 
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com 
a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora 
Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, 
exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a 
iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. 
Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para 
apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada 
pelo crime de lesão corporal. 
Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em 
legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. 
O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a 
Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento 
por meio da imprensa e de outros servidores. 
Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à 
pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, 
sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão 
à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. 
Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação 
em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu 
escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o 
afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. 
Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de 
sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados. 
Elabore a peça adequada, considerando que: 
I. não há necessidade de dilação probatória; 
II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; 
III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere. 
 
Peça Processual 
 
Ao Juízo Federal da Seção Judiciária do estado X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
Maria Souza (qualificação completa) vem por seu advogado com escritório no 
endereço......, à presença de Vsa. impetrar mandado de segurança pelo rito especial da Lei nº 
12016/2009 apontando como autoridade coatora o magnífico reitor da Universidade Federal X, 
pelas razões de fato e de direito que passa expor: 
 
Dos fatos: 
 
A impetrante Maria Souza, é servidorapública federal da Universidade X, ministrando 
a disciplina .... do curso de .... de graduação. Na data ....., foi abordada por Marcos Silva, aluno 
de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída 
em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora impetrante, com um canivete 
em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a 
professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o 
aluno, que, na queda, quebrou um braço. 
Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para 
apurar eventual responsabilidade da impetrante. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada 
pelo crime de lesão corporal. 
Na esfera criminal, a impetrante foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em 
legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. 
O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a 
Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento 
por meio da imprensa e de outros servidores. 
Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à 
pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, 
sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão 
à impetrante, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. 
Em 11/01/2017, Maria Souza foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação 
em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, e desde o 
afastamento, está até hoje com sérias dificuldades financeiras. 
Cabe ressaltar também que foi violado o artigo 143 da Lei 8112/1990, que assegura a 
ampla defesa do acusado no Processo Administrativo Disciplinar, pois a impetrante não foi 
citada do PAD o que inviabiliza a apresentada de sua defesa, cerceando todas as condições para 
uma decisão fundamentada em um processo regular. 
 
 
Da gratuidade de justiça: 
 
A impetrante é pessoa que não tem recursos suficientes para pagar custas e despesas 
processuais, sendo pessoa pobre na acepção jurídica do termo, assim possui direito à gratuidade 
de justiça com base nos artigos 98 e 99 da Lei nº13,105/2015. 
 
 
Dos Fundamentos: 
 
Presentes estão ao requisitos para autorizar a tutela de urgência, o fumus bonis iuris que 
se caracteriza pela violação do artigo 5º inciso LV da CF/88, previsão constitucional de pleno 
Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas 
CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 
 
direito do exercício do contraditório e da ampla defesa, e o periculum in mora, caracterizando-
se pelas dificuldades enfrentadas pela impetrante, levando-se em consideração que está sem o 
recebimento de seus vencimentos, verba alimentar necessária a sua subsistência. Verifica-se o 
receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem 
tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação, sendo certo que há 
previsão legal que sustenta a pretensão no artigo 7º, inciso III, da Lei nº 12016/2009, medida 
de urgência para a suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento 
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente 
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de 
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
Cabe ressaltar também que foi violado o direito da impetrante do pleno exercício do 
contraditório e da ampla defesa previsto no artigo 143 da Lei 8112/1990, que assegura ao 
acusado no Processo Administrativo Disciplinar aberto conforme o artigo 148 da referida lei, 
pois a impetrante nem foi citada do PAD, o que inviabiliza completamente a apresentação de 
sua defesa, cerceando todas as condições para uma decisão fundamentada em um processo 
regular 
De acordo com o Art. 1º da Lei nº 12.016/2009 será concedido a segurança para 
mandado de segurança que vise proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física 
ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de 
que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça, sendo que se enquadra 
efetivamente o caso em tela, haja visto que a impetrante teve sua demissão publicada sem ter 
sido observadas as formalidades do PAD, tais como: não foi citada; não foi inquirida; não 
apresentou defesa, o que caracteriza a nulidade do parecer da Comissão, dados os vícios 
insanáveis tudo de acordo com o artigo 169 da Lei 8112/90, bem como a reintegração imediata 
da impetrante. 
O mandado de segurança é tempestivo, em razão de que o ato de demissão foi publicado 
no dia 11/01/2017, e não transcorreu o tempo limite de 120 (cento e vinte) dias entre o ato a ser 
impugnado e a propositura da ação. 
 
 
Do pedido: 
 
Pelo exposto requer: 
1. A concessão da gratuidade de justiça a impetrante; 
2. A concessão da tutela de urgência para impugnação do ato demissional como seus 
efeitos para reintegração com restabelecimento dos vencimentos; 
3. A notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de 
10(dez) dias; 
4. Seja dado ciência ao órgão de vinculação do coator para que no caso queira ingresse 
no feito; 
5. A intimação do Ministério Público; 
6. Seja concedida a ordem à segurança para reintegrar a impetrante na função sendo 
restabelecidos os vencimentos; e 
7. A condenação do impetrado em custas 
 
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CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 
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Das provas: 
 
A presente impetração está devidamente instruída com os documentos necessários para 
comprovar a violação ao direito líquido e certo da impetração. 
 
 
Do valor da Causa: 
Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais). 
 
 
Nestes termos, pede deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
Recibo(s) do 
trabalho 
Recibo de entrega 
 
Trabalho entregue com sucesso. 
 
Código do recibo: 13432620 
Trabalho entregue: Caso Concreto 3 
Trabalho entregue: 14/09/2020 16:27 
Observações: 
Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 3 XIX Exame da OAB - 
Direito Administrativo.- MANDADO DE SEGURANÇA.pdf 
 
 
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Aplicação Prática Teórica 
CASO CONCRETO 4 OAB 2010.3 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: 
DIREITO CONSITUTCIONAL HABEAS DATA. 
 
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos 
políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi 
vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus 
movimentos foram monitorados pelosórgãos de inteligência vinculados aos órgãos de 
Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, 
Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em 
todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da 
Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades 
do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos 
os cidadãos. 
Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que 
propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. 
Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, 
observando: 
a) competência do Juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
d) os requisitos formais da peça inaugural. 
 
 
Peça Processual 
 
Ao Juízo Federal da Seção Judiciária do estado X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tício (qualificação completa) brasileiro, casado, engenheiro, vem por seu advogado 
com escritório no endereço......, à presença de Vsa. impetrar Habeas Data pelo rito especial da 
Lei nº 9.507/97 apontando como autoridade coatora o Ministro de Estado da Defesa 
(qualificação completa), pelas razões de fato e de direito que passa expor: 
 
 
Da prioridade de Tramitação: 
 
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PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 
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De acordo com o Art. 19, da Lei 9.507/97:. “Os processos de habeas data terão 
prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas-corpus e mandado de segurança. Na 
instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data 
em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator.” 
Somando-se ao artigo 19 § único, da referida lei, que diz “O prazo para a conclusão não 
poderá exceder de vinte e quatro horas, a contar da distribuição.” 
Desta forma o impetrante solicita que seja observado o referido artigo e promova a 
prioridade de tramitação da presente impetração. 
 
 
Dos fatos: 
 
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos 
políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi 
vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus 
movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de 
Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
Ocorre que após longos anos, no ano de 2010,o impetrante requereu acesso à sua ficha 
de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. 
Esse foi o último ato praticado pelo coator, o Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu 
ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que 
os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. 
O impetrante, inconformado, propõe apresentar habeas data para acessar os dados. 
 
 
Dos Fundamentos: 
 
Presentes estão os requisitos para autorizar concessão da ordem habeas data de acordo 
com base no artigo 5º, inciso LXXII da Constituição Federal de 1988, e no art.7 da Lei 9.507/97, 
para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, em razão da 
negativa em todas as instância administrativas, e inclusive pela autoridade coatora, no caso o 
Ministro de Estado da defesa, c 
Cabe ressaltar que o artigo 5º, inciso XXXIII da CF/88, que diz: “todos têm direito a 
receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou 
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;” o que corrobora com a 
presente impetração para a obtenção das informações pretendidas. 
Cabe informar que a presente impetração está instruída com prova da recusa das 
informações em anexo. 
 
 
Do pedido: 
 
Pelo exposto requer: 
1. A concessão da prioridade de tramitação ao impetrante; 
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2. A notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de 
10(dez) dias; 
3. A intimação do Ministério Público; e 
4. Seja concedida a ordem de Habeas Data para fixação de prazo para que o coator 
forneça as informações conforme artigo 13 da Lei nº 9507/97, requerido pelo 
impetrante. 
 
Das provas: 
 
A presente impetração está devidamente instruída com a prova documental da recusa 
das informações sobre o impetrante. 
 
 
Do valor da Causa: art. 291 CPC 
Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais). 
 
 
Nestes termos, pede deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
Recibo(s) do 
trabalho 
Recibo de entrega 
 
Trabalho entregue com sucesso. 
 
Código do recibo: 13432910 
Trabalho entregue: Caso Concreto 4 
Trabalho entregue: 14/09/2020 17:38 
Observações: 
Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 4 OAB 2010.3 - PROV
A PRÁTICO - PROFISSIONAL - HABEAS DATA.pdf 
 
 
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Aplicação Prática Teórica 
CASO CONCRETO 5 – HABEAS CORPUS. 
 
Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos 
Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por seu pai, 
Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo 
da 10ª Vara de Família da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco 
mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo 
juízo da mesma Vara de Família. 
Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em 
que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho 
e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. 
Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado 
decretou a prisão dela, pelo prazo de sessenta dias. 
A filha de Matilde, Jane, de treze anos de idade, telefonou para Josefina, sua avó 
materna, avisando-a da decisão judicial de decretação da prisão de sua mãe. 
Desesperada, Matilde procura você, advogado, e afirma que não deixou de pagar por 
negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de 
uma depressão profunda. 
Promova a medida judicial necessária aos interesses de Matilde para resguardar o seu 
direito de locomoção. 
 
 
 
Peça Processual 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor 1º Vice Presidente do Tribunal de 
Justiça do Estado do Rio de Janeiro.Advogado (qualificação completa) vem a presença de vossa excelência impetrar habeas 
corpus preventivo pelo rito especial em favor da paciente Matilde (qualificação completa) 
apontando como autoridade coatora o M.M. Juiz de direito da 10ª Vara de família da Comarca 
da Capital do RJ, pelas razões de fato e de direito que passa expor: 
 
 
Dos fatos: 
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A paciente Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, é mãe de dois filhos Jane 
e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, em decorrência do seu poder 
familiar foi obrigada a pensioná-los com o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) mensais, sendo 
R$ 500,00 para cada um dos filhos. Porém a paciente a 5 (cinco) meses não cumpre com sua 
obrigação alimentar existindo um débito de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) referente aos últimos 
5 meses impagos. 
Em decorrência do não pagamento da pensão alimentícia foi ajuizada ação de execução 
de alimentos sendo a paciente devidamente citada, tendo apresentado em sua defesa justificativa 
que não pagou a pensão pois está desempregada há um ano, fruto da grave situação econômica 
em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de 
trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar, e afirma que não 
deixou de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como 
por está tratando de uma depressão profunda. 
Ocorre que o coator afastando os fundamentos da justificativa apresentada pela 
paciente, decretou a prisão dela que poderá ser efetivada a qualquer momento, pelo prazo 
de sessenta dias. 
 
 
Do pedido de liminar: 
 
Presentes os requisitos que autorizam a concessão da liminar. O fumus bonis iuris se 
caracteriza pela ilegalidade da prisão referente a 5(cinco) meses de alimentos em aberto 
violando a lei processual, bem como pelo fato que a paciente apresentou justificativa plausível 
ao inadimplemento. Já o periculum in mora está caracterizado pela possibilidade de prisão da 
paciente violando o seu direito de locomoção. 
 
 
Dos Fundamentos: 
 
A Constituição Federal de 1988, prevê em seu artigo 5º inciso LXVII que: “não haverá 
prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel” o que se aplica a paciente, não poderá ser presa, 
pois de forma nenhuma houve desídia em suas obrigações referente ao seu poder familiar, mas 
sim as dificuldades enfrentadas pela falta de emprego para cumprir com o seu dever, em razão 
da absoluta incapacidade financeira, por estar desempregada há um ano, o que implica em 
ilegalidade em sua prisão. 
Destacamos também o artigo 5º, inciso LXVIII: “conceder-se-á habeas corpus sempre 
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, o que se justifica a concessão de habeas corpus, 
confronto com a ilegalidade da decretação de prisão de uma mãe desempregada, que não pode 
cumprir suas obrigações não por desleixo mas por justificativa fundada no desemprego e em 
sua doença que se encontra em tratamento. 
Cabe ainda salientar que o Código do Processo Civil de 2015, em seu artigo 528, § 7º, 
dispõe: “O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até 
as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do 
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processo.” O que comprova a ilegalidade do ato da autoridade coatora, que determinou a prisão 
da paciente, pois a dívida da pensão alimentícia da paciente refere-se a 5 (cinco) meses, 
ultrapassando os 3 (três) meses que permitem a decretação de prisão. 
Somando-se à legislação já citada, existe jurisprudência conforme o julgado a seguir: 
 
“CIVIL E PROCESSO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. DECISÃO QUE INDEFERE O 
PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO POR CONSTRIÇÃO PESSOAL. PROVIMENTO 
FUNDAMENTADO NA EXISTÊNCIA DE PRÉVIA PRISÃO POR DÉBITO ALIMENTAR DO 
EXECUTADO. DÉBITO ALIMENTAR VENCIDO NO CURSO DA EXECUÇÃO. 
PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO EXECUTIVO. IMPERATIVIDADE. POSSIBILIDADE 
DE ADOÇÃO DE NOVA MEDIDA PRISIONAL. LEGITIMIDADE. ART. 528, CAPUT E §3º, 
DO CPC E SÚMULA 309 DO STJ. PEDIDO DE PRISÃO EM SEDE RECURSAL. 
PRESSUPOSTOS NÃO ATENDIDOS. PRETENSÃO DE COMPETÊNCIA DA INSTÂNCIA A 
QUO, DEPOIS DE OBSERVADA AS FORMALIDADES PERTINENTES. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO REFORMADA. 1. Mesmo antes da 
edição do Novo Código de Processo Civil, estava assentado na jurisprudência pátria o 
entendimento de que a execução de alimentos autoriza a prisão do devedor, pelas últimas 3 
(três) prestações vencidas e pelas prestações que se vencerem no curso da execução (Súmula 
309 do STJ). 2. Esse entendimento restou adotado expressamente pelo novo Código de 
Processo Civil, que instituiu em seu art. 528 o rito da execução de alimentos, tanto autônoma 
quanto efetivada em cumprimento de sentença, permitindo a prisão do executado tanto pelas 3 
(três) últimas prestações vencidas quanto pelas prestações que se vencerem no curso do 
processo. 3. Na hipótese, conquanto o agravado já tenha sido preso em razão de débito 
alimentar pretérito, é legitimo o prosseguimento da execução originária, pois visa a satisfação 
de prestações alimentícias vencidas no curso da execução e em momento posterior à 
segregação prisional do agravado. 4. Não compete decidir, nesta sede recursal, acerca da 
possibilidade de ser decretada a prisão civil por alimentos do agravado, já que essa 
providência exige a prévia intimação pessoal do executado para comprovar o pagamento da 
obrigação ou justificar sua desídia, como dispõe o art. 528, caput e §3º, do CPC vigente, 
competindo ao juízo da causa o processamento do pedido e a aferição dessas circunstâncias, 
sob o crivo do contraditório, já que esta questão não foi objeto de deliberação na decisão 
agravada. 5. Agravo de instrumento conhecido e parcialmente provido. (AGI 
2016.00.2.020859-4, Rel. Desembargador Alfeu Machado, 1ª Turma Cível, julgado em 
16/11/2016, DJe 07/12/2016. Negritado)” 
 
Desta forma a jurisprudência pátria é pacífica em afirmar que art. 528 § 7º e a Súmula 
309 do STJ, que somente autoriza a prisão pelas 3 (três) últimas prestações alimentícia não 
pagas que a paciente inadimpliu 5 (cinco) prestações o que impede legalmente a decisão objeto 
desta impetração. 
 
 
Do pedido: 
Pelo exposto requer: 
1. A concessão de liminar para sustar o decreto prisional determinando o imediato 
recolhimento do mandado de prisão já expedido ou caso já tenha sido cumprido para 
que a paciente seja colocada imediatamente em liberdade. 
2. A notificação do impetrado para prestar informações no prazo legal de 10(dez) dias; 
3. A intimação do procurador de justiça; e 
4. Seja concedida a ordem do Habeas Corpus para expedição do respectivo salvo 
conduto. 
 
 
 
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Nestes termos, pede deferimento 
 
Local e data 
 
ADV/OAB 
 
 
Recibo(s) do 
trabalho 
Recibo de entrega 
 
Trabalho entregue com sucesso. 
 
Código do recibo: 13434336 
Trabalho entregue: Caso Concreto 5 
Trabalho entregue: 14/09/2020 21:53 
Observações: 
Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 5 – HABEAS CORPUS.
pdf 
 
 
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Aplicação Prática Teórica 
CASO CONCRETO 6 - AÇÃO POPULAR 
CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - 
PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL 
João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 
2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia 
determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria 
custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía O senador declarara, em entrevistas, 
que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada 
ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara 
e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer 
atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, 
onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. 
Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de 
profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser 
tomada no caso. 
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, 
redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido 
senador da República onere os cofres públicos. 
 
 
Peça processual 
 
M.M. Juízo da Vara Cível Federal da Seção Judiciária de 
Florianópolis/SC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João (qualificação completa), vem por seu advogado com escritório no endereço......, à 
presença de Vsa. Propor Ação Popular pelo rito ordinário, prevista na Lei nº 4.717/65 em face 
do Senador X (qualificação completa), pelas razões de fato e de direito que passa expor: 
 
 
Dos fatos: 
 
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O autor é cidadão e nas últimas eleições direcionou o seu voto ao Senado X. Logo após 
a posse do réu, o autor tomou conhecimento de que o réu contratara reforma em seu gabinete 
orçada em R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais). A referida reforma constituía de 
aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de 
ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, 
incompatíveis com a realidade brasileira. 
Ocorre que ao ser indagado sobre a reforma o réu declarou, em entrevistas, que os gastos 
com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que 
exerce. 
O autor salienta que tomou conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara, 
mas obra ainda não havia sido iniciada, e que temia que nenhum ente público tomasse qualquer 
atitude para impedir o início da referida reforma. 
 
 
Da Tutela de Urgência: 
 
 
Presentes os requisitos que autorizariam a concessão de Tutela de Urgência, de acordo 
com o artigo 5º § 4º da Lei nº 4717/65: O fumus bonis iuris que se caracterizaria pelo desvio de 
finalidade consagrado na atuação do réu que gera prejuízo aos cofres públicos, já o periculum 
in mora se evidenciaria uma vez que a obra está prestes a ser iniciada e obviamente 
implementados os pagamento. 
 
 
Dos Fundamentos: 
 
 
O ato de contratação é nulo, se lesivos aos cofres públicos, com desvio de finalidade e 
inexistência de motivos, como previsto no artigo 2º incisos “d” e “e” da Lei nº 4.717/1965, 
como é o caso concreto, onde para exercer sua atividade de senador, onde já existia gabinete 
preparado para todos os senadores, providenciou reforma que não beneficiaria em nada a sua 
atuação como parlamentar pois são regalias dispensáveis. 
Cabe ressaltar que o réu ao contratar a reforma infringiu os princípios constitucionais 
previstos no Art. 37 da CF/88, onde a administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, pois foram contratados para benefício 
próprio do réu, e também, não foram observados os princípios constitucionais implícitos da 
razoabilidade e da proporcionalidade, em razão, do excessivo valor de R$ 1.000.000,00 da 
reforma desnecessária, que caracterizam o mal uso do dinheiro público, pois não traz nenhum 
benefício para sociedade brasileira. 
Cabe informar que a presente ação é possível a qualquer cidadão que seja eleitor, contra 
ato ou contrato que dilapida o patrimônio público, de acordo o artigo 1º da Lei nº 4717/1965. 
 
 
Do pedido: 
 
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Pelo exposto requer: 
1. A concessão de liminar para sustar o ato de contratação da obra e os efeitos, em 
especial o início da obra e seu respectivo pagamento; 
2. A citação do réu, para que querendo contestar o faça dentro do prazo legal de 20 
dias; 
3. A intimação do Ministério Público; e 
4. Seja julgado o pedido para invalidar o ato de contratação ( para declarar a nulidade 
do ato de contratação da obra) condenando o réu ao pagamento de perdas e danos 
referente aos gastos com a licitação. 
 
 
Das provas: 
 
Requer a produção de todos os meios de prova admitidas em direito, especialmente a 
prova documental, documental superveniente ou suplementar ou prova pericial. 
 
 
 
Do valor da Causa: art. 291 CPC 
Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais). 
 
 
Nestes termos, pede deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado 
OAB/UF

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