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Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO 2 – MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO – ART. 12 DA LEI Nº 13300/2016. Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício: Lei orgânica do Município Y. “Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.” “Constituição do Estado de São Paulo. Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I- portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.” Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o exercício de direitos assegurados na Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando-se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada. Peça Processual Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Sindicato do Servidores Públicos do Município Y, com sede à Rua X, inscrito no CNPJ sob o nº......, representado seu presidente Caio ... (qualificação completa) vem por seu advogado com escritório no endereço......, à presença de VSa. Impetrar Mandado de Injunção Coletivo pelo rito especial apontando como impetrado o Prefeito do Município Y, pelas razões de fato e de direito que passa expor: Dos fatos: Teresa e demais associados ao Sindicato impetrante é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Os associados do impetrante em decorrência da atividade que exercem têm direito à aposentadoria especial na forma da Constituição Federal, que afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais. Ocorre diante da omissão do impetrado inexiste a norma regulamentadora que viabilize a aposentadoria especial no município Y. Dos Fundamentos: A Constituição Federal de 1988, prevê em seu artigo 40 inciso III, § 3º que: “... § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.” Isto posto as regras para aposentadoria deverão ser confeccionadas nos entes federativos individualmente. Corroborando com o texto constitucional, efetivando-se, assim, o direito previsto no artigo nº 126 da constituição estadual do Estado de São Paulo o tal benefício e no artigo 51 da Lei orgânica do Município Y: “Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.” “Constituição do Estado de São Paulo. Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I- portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.”. Ocorre diante da omissão do impetrado inexiste a norma regulamentadora que viabilize a aposentadoria especial no município Y. Desta forma com base na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º inciso LXXI, que trata da concessão de Mandado de Injunção que diz: “Art. 5º inciso LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;” E regulamentado pelo artigo 2º da Lei nº 13300/2016, que trata da concessão de Mandado de Injunção que diz: Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Somando-se ao artigo 12 inciso III da Lei nº 13300/2016, que prevê a legitimidade para impetrar mandado de injunção coletivo por parte da organização sindical em favor dos seus associados, abaixo transcrito: “Art. 12. O mandado de injunção coletivopode ser promovido: ... III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;” Não restou dúvida que a omissão do Impetrado em prejuízo dos associados do Impetrante, está dificultando viabilização da aposentadoria especial, já previsto na constituição federal e estadual, violando o princípio constitucional da Simetria previsto no artigo nº 29 da CF/1988. Em consonância o STF já se pronunciou favoravelmente, em consulta a jurisprudência pátria está o Mandado de Injunção Coletivo do SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO - AMAZONAS E RORAIMA – SITRAAM, sob o MI 3750/DF: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA “MANDADO DE INJUNÇÃO 3.750 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO IMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO - AMAZONAS E RORAIMA - SITRAAM ADV.(A/S) :JANNE SALES GOMES E OUTRO(A/S) IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL DECISÃO: Ementa: MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. 1. Mandado de injunção impetrado com base no art. 40, § 4º, da Constituição, que assegura o direito à aposentadoria especial para servidores que exerçam suas atividades em condições prejudiciais à saúde. 2. Embora ausente comprovação de indeferimento de pedido administrativo, há interesse de agir quando se contesta o mérito da pretensão deduzida na inicial. 3. A integração pleiteada não ofende o princípio da preexistência de fonte de custeio. 4. A jurisprudência desta Corte não admite a concessão da ordem para mera conversão de tempo especial em comum, mediante aplicação de um fator multiplicador. 5. Deferimento da ordem, nos termos da jurisprudência estabelecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, para o fim de se reconhecer o direito dos substituídos da parte impetrante a terem Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5496430. MI 3750 / DF seus pedidos de aposentadoria especial analisados na via administrativa, com aplicação supletiva do art. 57 da Lei nº 8.213/91.” Do pedido: Pelo exposto requer: 1. A notificação do impetrado para prestar informações no prazo legal de 10(dez) dias; 2. Seja dado ciência ao Município Y para que no caso queira ingresse no feito; 3. A intimação do Ministério Público; e 4. Seja concedida a ordem de Injunção para declarar a omissão legislativa sendo fixado prazo razoável para edição de norma regulamentadora. Das provas: A presente impetração está devidamente instruída com os documentos necessários para comprovar a omissão legislativa. Nestes termos, pede deferimento Local e data ADV/OAB Recibo(s) do trabalho Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Recibo de entrega Trabalho entregue com sucesso. Código do recibo: 13432009 Trabalho entregue: Caso Concreto 2 Trabalho entregue: 14/09/2020 12:50 Observações: Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 2 – MANDADO DE INJ UNÇÃO COLETIVO – ART. 12 DA LEI 13300-2016.pdf Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO 3 : XIX Exame da OAB - Direito Administrativo. Adaptado. Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados. Elabore a peça adequada, considerando que: I. não há necessidade de dilação probatória; II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere. Peça Processual Ao Juízo Federal da Seção Judiciária do estado X. Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Maria Souza (qualificação completa) vem por seu advogado com escritório no endereço......, à presença de Vsa. impetrar mandado de segurança pelo rito especial da Lei nº 12016/2009 apontando como autoridade coatora o magnífico reitor da Universidade Federal X, pelas razões de fato e de direito que passa expor: Dos fatos: A impetrante Maria Souza, é servidorapública federal da Universidade X, ministrando a disciplina .... do curso de .... de graduação. Na data ....., foi abordada por Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora impetrante, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da impetrante. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a impetrante foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à impetrante, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, Maria Souza foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, e desde o afastamento, está até hoje com sérias dificuldades financeiras. Cabe ressaltar também que foi violado o artigo 143 da Lei 8112/1990, que assegura a ampla defesa do acusado no Processo Administrativo Disciplinar, pois a impetrante não foi citada do PAD o que inviabiliza a apresentada de sua defesa, cerceando todas as condições para uma decisão fundamentada em um processo regular. Da gratuidade de justiça: A impetrante é pessoa que não tem recursos suficientes para pagar custas e despesas processuais, sendo pessoa pobre na acepção jurídica do termo, assim possui direito à gratuidade de justiça com base nos artigos 98 e 99 da Lei nº13,105/2015. Dos Fundamentos: Presentes estão ao requisitos para autorizar a tutela de urgência, o fumus bonis iuris que se caracteriza pela violação do artigo 5º inciso LV da CF/88, previsão constitucional de pleno Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA direito do exercício do contraditório e da ampla defesa, e o periculum in mora, caracterizando- se pelas dificuldades enfrentadas pela impetrante, levando-se em consideração que está sem o recebimento de seus vencimentos, verba alimentar necessária a sua subsistência. Verifica-se o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação, sendo certo que há previsão legal que sustenta a pretensão no artigo 7º, inciso III, da Lei nº 12016/2009, medida de urgência para a suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. Cabe ressaltar também que foi violado o direito da impetrante do pleno exercício do contraditório e da ampla defesa previsto no artigo 143 da Lei 8112/1990, que assegura ao acusado no Processo Administrativo Disciplinar aberto conforme o artigo 148 da referida lei, pois a impetrante nem foi citada do PAD, o que inviabiliza completamente a apresentação de sua defesa, cerceando todas as condições para uma decisão fundamentada em um processo regular De acordo com o Art. 1º da Lei nº 12.016/2009 será concedido a segurança para mandado de segurança que vise proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça, sendo que se enquadra efetivamente o caso em tela, haja visto que a impetrante teve sua demissão publicada sem ter sido observadas as formalidades do PAD, tais como: não foi citada; não foi inquirida; não apresentou defesa, o que caracteriza a nulidade do parecer da Comissão, dados os vícios insanáveis tudo de acordo com o artigo 169 da Lei 8112/90, bem como a reintegração imediata da impetrante. O mandado de segurança é tempestivo, em razão de que o ato de demissão foi publicado no dia 11/01/2017, e não transcorreu o tempo limite de 120 (cento e vinte) dias entre o ato a ser impugnado e a propositura da ação. Do pedido: Pelo exposto requer: 1. A concessão da gratuidade de justiça a impetrante; 2. A concessão da tutela de urgência para impugnação do ato demissional como seus efeitos para reintegração com restabelecimento dos vencimentos; 3. A notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de 10(dez) dias; 4. Seja dado ciência ao órgão de vinculação do coator para que no caso queira ingresse no feito; 5. A intimação do Ministério Público; 6. Seja concedida a ordem à segurança para reintegrar a impetrante na função sendo restabelecidos os vencimentos; e 7. A condenação do impetrado em custas Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Das provas: A presente impetração está devidamente instruída com os documentos necessários para comprovar a violação ao direito líquido e certo da impetração. Do valor da Causa: Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Nestes termos, pede deferimento Local e data Advogado OAB/UF Recibo(s) do trabalho Recibo de entrega Trabalho entregue com sucesso. Código do recibo: 13432620 Trabalho entregue: Caso Concreto 3 Trabalho entregue: 14/09/2020 16:27 Observações: Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 3 XIX Exame da OAB - Direito Administrativo.- MANDADO DE SEGURANÇA.pdf Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO 4 OAB 2010.3 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL HABEAS DATA. Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelosórgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural. Peça Processual Ao Juízo Federal da Seção Judiciária do estado X. Tício (qualificação completa) brasileiro, casado, engenheiro, vem por seu advogado com escritório no endereço......, à presença de Vsa. impetrar Habeas Data pelo rito especial da Lei nº 9.507/97 apontando como autoridade coatora o Ministro de Estado da Defesa (qualificação completa), pelas razões de fato e de direito que passa expor: Da prioridade de Tramitação: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA De acordo com o Art. 19, da Lei 9.507/97:. “Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas-corpus e mandado de segurança. Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator.” Somando-se ao artigo 19 § único, da referida lei, que diz “O prazo para a conclusão não poderá exceder de vinte e quatro horas, a contar da distribuição.” Desta forma o impetrante solicita que seja observado o referido artigo e promova a prioridade de tramitação da presente impetração. Dos fatos: Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Ocorre que após longos anos, no ano de 2010,o impetrante requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo coator, o Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. O impetrante, inconformado, propõe apresentar habeas data para acessar os dados. Dos Fundamentos: Presentes estão os requisitos para autorizar concessão da ordem habeas data de acordo com base no artigo 5º, inciso LXXII da Constituição Federal de 1988, e no art.7 da Lei 9.507/97, para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, em razão da negativa em todas as instância administrativas, e inclusive pela autoridade coatora, no caso o Ministro de Estado da defesa, c Cabe ressaltar que o artigo 5º, inciso XXXIII da CF/88, que diz: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;” o que corrobora com a presente impetração para a obtenção das informações pretendidas. Cabe informar que a presente impetração está instruída com prova da recusa das informações em anexo. Do pedido: Pelo exposto requer: 1. A concessão da prioridade de tramitação ao impetrante; Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA 2. A notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de 10(dez) dias; 3. A intimação do Ministério Público; e 4. Seja concedida a ordem de Habeas Data para fixação de prazo para que o coator forneça as informações conforme artigo 13 da Lei nº 9507/97, requerido pelo impetrante. Das provas: A presente impetração está devidamente instruída com a prova documental da recusa das informações sobre o impetrante. Do valor da Causa: art. 291 CPC Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Nestes termos, pede deferimento Local e data Advogado OAB/UF Recibo(s) do trabalho Recibo de entrega Trabalho entregue com sucesso. Código do recibo: 13432910 Trabalho entregue: Caso Concreto 4 Trabalho entregue: 14/09/2020 17:38 Observações: Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 4 OAB 2010.3 - PROV A PRÁTICO - PROFISSIONAL - HABEAS DATA.pdf Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO 5 – HABEAS CORPUS. Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão dela, pelo prazo de sessenta dias. A filha de Matilde, Jane, de treze anos de idade, telefonou para Josefina, sua avó materna, avisando-a da decisão judicial de decretação da prisão de sua mãe. Desesperada, Matilde procura você, advogado, e afirma que não deixou de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de uma depressão profunda. Promova a medida judicial necessária aos interesses de Matilde para resguardar o seu direito de locomoção. Peça Processual Excelentíssimo Senhor Doutor 1º Vice Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.Advogado (qualificação completa) vem a presença de vossa excelência impetrar habeas corpus preventivo pelo rito especial em favor da paciente Matilde (qualificação completa) apontando como autoridade coatora o M.M. Juiz de direito da 10ª Vara de família da Comarca da Capital do RJ, pelas razões de fato e de direito que passa expor: Dos fatos: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA A paciente Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, é mãe de dois filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, em decorrência do seu poder familiar foi obrigada a pensioná-los com o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) mensais, sendo R$ 500,00 para cada um dos filhos. Porém a paciente a 5 (cinco) meses não cumpre com sua obrigação alimentar existindo um débito de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) referente aos últimos 5 meses impagos. Em decorrência do não pagamento da pensão alimentícia foi ajuizada ação de execução de alimentos sendo a paciente devidamente citada, tendo apresentado em sua defesa justificativa que não pagou a pensão pois está desempregada há um ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar, e afirma que não deixou de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de uma depressão profunda. Ocorre que o coator afastando os fundamentos da justificativa apresentada pela paciente, decretou a prisão dela que poderá ser efetivada a qualquer momento, pelo prazo de sessenta dias. Do pedido de liminar: Presentes os requisitos que autorizam a concessão da liminar. O fumus bonis iuris se caracteriza pela ilegalidade da prisão referente a 5(cinco) meses de alimentos em aberto violando a lei processual, bem como pelo fato que a paciente apresentou justificativa plausível ao inadimplemento. Já o periculum in mora está caracterizado pela possibilidade de prisão da paciente violando o seu direito de locomoção. Dos Fundamentos: A Constituição Federal de 1988, prevê em seu artigo 5º inciso LXVII que: “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel” o que se aplica a paciente, não poderá ser presa, pois de forma nenhuma houve desídia em suas obrigações referente ao seu poder familiar, mas sim as dificuldades enfrentadas pela falta de emprego para cumprir com o seu dever, em razão da absoluta incapacidade financeira, por estar desempregada há um ano, o que implica em ilegalidade em sua prisão. Destacamos também o artigo 5º, inciso LXVIII: “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, o que se justifica a concessão de habeas corpus, confronto com a ilegalidade da decretação de prisão de uma mãe desempregada, que não pode cumprir suas obrigações não por desleixo mas por justificativa fundada no desemprego e em sua doença que se encontra em tratamento. Cabe ainda salientar que o Código do Processo Civil de 2015, em seu artigo 528, § 7º, dispõe: “O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA processo.” O que comprova a ilegalidade do ato da autoridade coatora, que determinou a prisão da paciente, pois a dívida da pensão alimentícia da paciente refere-se a 5 (cinco) meses, ultrapassando os 3 (três) meses que permitem a decretação de prisão. Somando-se à legislação já citada, existe jurisprudência conforme o julgado a seguir: “CIVIL E PROCESSO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. DECISÃO QUE INDEFERE O PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO POR CONSTRIÇÃO PESSOAL. PROVIMENTO FUNDAMENTADO NA EXISTÊNCIA DE PRÉVIA PRISÃO POR DÉBITO ALIMENTAR DO EXECUTADO. DÉBITO ALIMENTAR VENCIDO NO CURSO DA EXECUÇÃO. PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO EXECUTIVO. IMPERATIVIDADE. POSSIBILIDADE DE ADOÇÃO DE NOVA MEDIDA PRISIONAL. LEGITIMIDADE. ART. 528, CAPUT E §3º, DO CPC E SÚMULA 309 DO STJ. PEDIDO DE PRISÃO EM SEDE RECURSAL. PRESSUPOSTOS NÃO ATENDIDOS. PRETENSÃO DE COMPETÊNCIA DA INSTÂNCIA A QUO, DEPOIS DE OBSERVADA AS FORMALIDADES PERTINENTES. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO REFORMADA. 1. Mesmo antes da edição do Novo Código de Processo Civil, estava assentado na jurisprudência pátria o entendimento de que a execução de alimentos autoriza a prisão do devedor, pelas últimas 3 (três) prestações vencidas e pelas prestações que se vencerem no curso da execução (Súmula 309 do STJ). 2. Esse entendimento restou adotado expressamente pelo novo Código de Processo Civil, que instituiu em seu art. 528 o rito da execução de alimentos, tanto autônoma quanto efetivada em cumprimento de sentença, permitindo a prisão do executado tanto pelas 3 (três) últimas prestações vencidas quanto pelas prestações que se vencerem no curso do processo. 3. Na hipótese, conquanto o agravado já tenha sido preso em razão de débito alimentar pretérito, é legitimo o prosseguimento da execução originária, pois visa a satisfação de prestações alimentícias vencidas no curso da execução e em momento posterior à segregação prisional do agravado. 4. Não compete decidir, nesta sede recursal, acerca da possibilidade de ser decretada a prisão civil por alimentos do agravado, já que essa providência exige a prévia intimação pessoal do executado para comprovar o pagamento da obrigação ou justificar sua desídia, como dispõe o art. 528, caput e §3º, do CPC vigente, competindo ao juízo da causa o processamento do pedido e a aferição dessas circunstâncias, sob o crivo do contraditório, já que esta questão não foi objeto de deliberação na decisão agravada. 5. Agravo de instrumento conhecido e parcialmente provido. (AGI 2016.00.2.020859-4, Rel. Desembargador Alfeu Machado, 1ª Turma Cível, julgado em 16/11/2016, DJe 07/12/2016. Negritado)” Desta forma a jurisprudência pátria é pacífica em afirmar que art. 528 § 7º e a Súmula 309 do STJ, que somente autoriza a prisão pelas 3 (três) últimas prestações alimentícia não pagas que a paciente inadimpliu 5 (cinco) prestações o que impede legalmente a decisão objeto desta impetração. Do pedido: Pelo exposto requer: 1. A concessão de liminar para sustar o decreto prisional determinando o imediato recolhimento do mandado de prisão já expedido ou caso já tenha sido cumprido para que a paciente seja colocada imediatamente em liberdade. 2. A notificação do impetrado para prestar informações no prazo legal de 10(dez) dias; 3. A intimação do procurador de justiça; e 4. Seja concedida a ordem do Habeas Corpus para expedição do respectivo salvo conduto. Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 14/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Nestes termos, pede deferimento Local e data ADV/OAB Recibo(s) do trabalho Recibo de entrega Trabalho entregue com sucesso. Código do recibo: 13434336 Trabalho entregue: Caso Concreto 5 Trabalho entregue: 14/09/2020 21:53 Observações: Arquivo enviado: RESPOSTA AO CASO CONCRETO 5 – HABEAS CORPUS. pdf Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 28/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO 6 - AÇÃO POPULAR CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos. Peça processual M.M. Juízo da Vara Cível Federal da Seção Judiciária de Florianópolis/SC. João (qualificação completa), vem por seu advogado com escritório no endereço......, à presença de Vsa. Propor Ação Popular pelo rito ordinário, prevista na Lei nº 4.717/65 em face do Senador X (qualificação completa), pelas razões de fato e de direito que passa expor: Dos fatos: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 28/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA O autor é cidadão e nas últimas eleições direcionou o seu voto ao Senado X. Logo após a posse do réu, o autor tomou conhecimento de que o réu contratara reforma em seu gabinete orçada em R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais). A referida reforma constituía de aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. Ocorre que ao ser indagado sobre a reforma o réu declarou, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. O autor salienta que tomou conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara, mas obra ainda não havia sido iniciada, e que temia que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma. Da Tutela de Urgência: Presentes os requisitos que autorizariam a concessão de Tutela de Urgência, de acordo com o artigo 5º § 4º da Lei nº 4717/65: O fumus bonis iuris que se caracterizaria pelo desvio de finalidade consagrado na atuação do réu que gera prejuízo aos cofres públicos, já o periculum in mora se evidenciaria uma vez que a obra está prestes a ser iniciada e obviamente implementados os pagamento. Dos Fundamentos: O ato de contratação é nulo, se lesivos aos cofres públicos, com desvio de finalidade e inexistência de motivos, como previsto no artigo 2º incisos “d” e “e” da Lei nº 4.717/1965, como é o caso concreto, onde para exercer sua atividade de senador, onde já existia gabinete preparado para todos os senadores, providenciou reforma que não beneficiaria em nada a sua atuação como parlamentar pois são regalias dispensáveis. Cabe ressaltar que o réu ao contratar a reforma infringiu os princípios constitucionais previstos no Art. 37 da CF/88, onde a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, pois foram contratados para benefício próprio do réu, e também, não foram observados os princípios constitucionais implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade, em razão, do excessivo valor de R$ 1.000.000,00 da reforma desnecessária, que caracterizam o mal uso do dinheiro público, pois não traz nenhum benefício para sociedade brasileira. Cabe informar que a presente ação é possível a qualquer cidadão que seja eleitor, contra ato ou contrato que dilapida o patrimônio público, de acordo o artigo 1º da Lei nº 4717/1965. Do pedido: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 28/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Pelo exposto requer: 1. A concessão de liminar para sustar o ato de contratação da obra e os efeitos, em especial o início da obra e seu respectivo pagamento; 2. A citação do réu, para que querendo contestar o faça dentro do prazo legal de 20 dias; 3. A intimação do Ministério Público; e 4. Seja julgado o pedido para invalidar o ato de contratação ( para declarar a nulidade do ato de contratação da obra) condenando o réu ao pagamento de perdas e danos referente aos gastos com a licitação. Das provas: Requer a produção de todos os meios de prova admitidas em direito, especialmente a prova documental, documental superveniente ou suplementar ou prova pericial. Do valor da Causa: art. 291 CPC Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais). Nestes termos, pede deferimento Local e data Advogado OAB/UF
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