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DIREITO ADMINISTRATIVO NA PRÁTICA 2020

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DIREITO ADMINISTRATIVO NA PRÁTICA
 
 Elaborado por Décio M. Borba Netto
Este material constitui uma coletânea de situações reais do dia a dia que permitem o estudo do Direito Administrativo através de casos concretos, de modo a facilitar o aluno melhor compreender a aplicação do direito material na prática.
2020
1. GABARITO PERMITE PRÉDIOS DE ATÉ NO MÁXIMO SEIS ANDARES NA FREGUESIA
Saiba o que mudou após a revisão de regras para construção no bairro
30/11/2013
RIO - Na última semana, a Freguesia se tornou Sítio de Relevante Interesse Ambiental e Paisagístico graças a um decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes. O Maciço da Tijuca, na Serra dos Pretos Forros; o Morro da Freguesia; os rios Sangrador, Banca da Velha, Córrego Panela e Cantagalo; e o Bosque da Freguesia passaram a ser protegidos pelo documento. O decreto também destaca a necessidade de restrições ambientais e urbanísticas, com a descrição dos limites de gabarito para garantir a qualidade de vida e da paisagem urbana na região.
Estamos diminuindo alguns parâmetros de construção na região e esperamos que esta medida reduza o adensamento e permita que o bairro cresça de maneira planejada e sustentável. Nossa grande preocupação era com o crescimento acelerado e os transtornos que ele poderia causar.
Em vez de nove andares, o máximo passa a ser de seis. A taxa de ocupação do terreno será de no máximo 50%. O afastamento mínimo frontal será de 3m, para edificações de até 11m; e de 5m para as demais.
A matéria trata de um caso de Intervenção restritiva na propriedade. Pois bem, identifique-a e esclareça melhor como ela funciona?
2. TARIFA DE ÔNIBUS EM PIRAÍ É DE APENAS 1 REAL HÁ 4 ANOS. PROGRAMA, EXCLUSIVO DE MORADORES DO MUNICÍPIO, BENEFICIA HOJE QUASE 13 MIL PESSOAS.
 
Enquanto no Brasil inteiro a população se mobiliza para contestar aumentos nas tarifas do transporte público, o morador de Piraí que utiliza ônibus continua pagando, desde 2010, apenas R$ 1,00 em qualquer percurso dentro do município. O cadastro do Programa Tarifa Legal, pioneiro no Sul Fluminense, beneficia atualmente cerca de 13 mil pessoas – quase metade da população -, conforme levantamento feito esta semana pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito.
 
De acordo com números da Secretaria, o Programa Tarifa Legal, exclusivo para moradores no município, em qualquer faixa etária, beneficiou todos os setores envolvidos ou que necessitam do transporte coletivo, inclusive empresas, que tiveram redução de gasto com transporte de seus empregados. O sucesso do programa pode ser confirmado pelo aumento de pessoas cadastradas: em 2011 eram 7,5 mil moradores. Desde sua implantação, o Programa Tarifa Legal já subsidiou quase 2,6 milhões de viagens dentro do município, com desembolso de R$ 3,5 milhões pela Prefeitura.
 
Para efetivação do Tarifa Legal, a Prefeitura assinou parceria com as empresas de ônibus que circulam no município. De acordo com o programa, o passageiro paga apenas R$1,00 em qualquer percurso dentro do município e a Prefeitura subsidia o restante. 
 
Opa! Opa! Opa! Temos aqui um exemplo de Concessão de serviço público! Mas que espécie de concessão é essa?
3. LICITAÇÃO DE TERRENO EM ITAPUÃ É DESERTA; PRÓXIMA ÁREA TEM LANCE MÍNIMO DE R$ 65 MILHÕES.
O terreno de 26.780 m² desafetado em Itapuã, com preço mínimo de R$ 23 milhões, que seria licitado na manhã desta segunda-feira (9) na sede da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), não recebeu lance de nenhum comprador interessado.
A área está localizada entre as praias de Itapuã e Stella Maris, tem acesso direto à faixa de areia e está próximo a uma região com hotéis e resorts de luxo da capital. Segundo informações da Sefaz, com a licitação deserta, o terreno continuará a disposição para venda, mas ainda não há nova data para a concorrência.
O cronograma de oferta dos bens desafetados seguirá normalmente. Um deles, com 16.915 m², localizado na Rua Clarival do Valladares, no Caminho das Árvores, será licitado no próximo dia 26, a partir das 10h, com lance mínimo de R$ 65 milhões. A área fica localizada atrás do Shopping da Bahia.
Case made in Bahia... vamos lá... o que é licitação deserta? Qual a diferença para licitação fracassada?
4. DECRETO QUE RESCINDIA CONTRATO DO MUNICÍPIO DE MACAÉ COM A CEDAE É SUSPENSO PELA JUSTIÇA E TARIFA DE ÁGUA VOLTARÁ A SER COBRADA.
 
 22 de março de 2019
Segundo a CEDAE, a medida do prefeito, que rescindiu o contrato celebrado em dezembro de 2011 com prazo de 30 anos, foi absurda e nitidamente ilegal.
Em decisão liminar proferida no final da tarde desta sexta-feia (22), a juíza Mirela Erbisti, da Terceira Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio determinou a suspensão cautelar do decreto municipal, assinado esta semana, pelo prefeito Dr. Aluízio que rescindia unilateralmente o contrato de concessão com a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) e encampava o serviço de abastecimento de água da cidade.
Nos autos da ação, a companhia argumentou que decreto do prefeito era completamente nulo, que a medida foi tomada sem considerar os investimentos feitos pela empresa, se apossando do patrimônio da mesma, sem efetivar qualquer tipo de ressarcimento.
Na decisão, a magistrada entendeu que, para o cancelamento de contrato, o prefeito deveria estar respaldado por uma lei autorizativa, neste caso a matéria carecia de apreciação pela Câmara Municipal de Macaé. Além disso, o contrato prevê que a Cedae deveria ser indenizada pela quebra de contrato, já que a prefeitura não poderia encampar sua infraestrutura (prédios e equipamentos), sem nenhuma contrapartida financeira à mesma.
Contrato Administrativo! Encampação??? Caducidade??? Vamos relembrar as diferenças???
5. MULHER MORRE AO SER ATINGIDA POR BALA PERDIDA DURANTE TIROTEIO PRÓXIMO AO CEMITÉRIO DO CAJU.
01/12/2014
RIO - Uma mulher foi morta e um homem ficou ferido, na tarde desta segunda-feira, próximo ao Cemitério do Caju, no Rio. Os dois foram atingidos por balas perdidas durante uma intensa troca de tiros entre policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju e ocupantes de um Honda.
Célia Maria Santos Peixoto, de 59 anos, estava na calçada do cemitério, onde foi visitar o túmulo do neto, morto atropelado há um ano. Ela foi atingida e morreu no local.
O tiroteio começou após PMs tentarem abordar suspeitos que estavam em um carro. A assessoria das UPPs informou que os PMs foram recebidos a tiros e revidaram. Testemunhas contaram que o tiroteio foi intenso e criticaram os policiais por atirarem numa região com intenso movimento de pessoas.
Os criminosos conseguiram fugir em direção à Avenida Brasil. O homem, identificado como Cláudio da Silva, de 42 anos, foi socorrido e levado para o Hospital Souza Aguiar.
Em nota enviada ao GLOBO, a assessoria das UPPs informou que “por volta das 15h desta segunda-feira, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju foram abordar um veículo suspeito, nas proximidades do crematório do Caju, quando os ocupantes do carro atiraram contra os policiais. Os agentes revidaram e os criminosos fugiram em direção à Avenida Brasil. No confronto, duas pessoas que passavam pela região foram atingidas. Uma das vítimas morreu no local e a outra foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro".
Bateu a dúvida??? Qualquer situação de bala perdida dá ensejo a responsabilidade civil do Estado?
6. PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES ABRE UMA RUA EM TERRENO DE PARTICULAR.
 14/11/2014
Uma família proprietária de um terreno no distrito de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes foi surpreendida com uma rua passando em seu terreno sem avisá-los de nada, simplesmente, foram abrindo caminho com as máquinas, pavimentando e pronto. 
Por incrível que pareça, no terreno da família do comerciante Rogério Alvim de Matos foi construído umacesso para o bairro Vila Pomar.
A escritura mostra que o terreno havia sido comprado pelo pai do comerciante há 15 anos. Apesar de nunca ter construído, a família sempre pagou os impostos em dia e nunca abandonou o lugar.
O que mais revolta é que no final de 2013 “mandaram uma intimação pedindo para fazer limpeza do terreno e ajeitar o muro. Depois de tudo pronto um vizinho mandou nos avisar que haviam derrubado os muros e construído uma rua, de asfalto”, disse.
Uma foto mostra a propriedade em 2013, medindo cerca de 1190 metros quadrados. Já nas imagens de satélite de 2014 disponíveis na internet, a rua asfaltada já aparece passando no meio do terreno.
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) sempre chegou normalmente para a família, que não tinha dívida nenhuma de IPTU com o município. Mesmo assim, nunca recebeu qualquer aviso sobre a desapropriação do terreno. “Fui na prefeitura e ninguém me dava uma posição me mandaram para um setor e para outro e ninguém resolveu nada. Apenas disseram que foi um equívoco”, reclamou.
E o calvário não terminou por aí, pois a prefeitura continua cobrando o IPTU da família sob a ameaça de inscrição na dívida ativa e execução fiscal.
Difícil de acreditar... mas vamos lá, no âmbito do Direito Administrativo, o que foi que aconteceu aí galera?
7. JUSTIÇA ANULA PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR DO DETRAN E DETERMINA A READMISSÃO AO CARGO DE SERVIDORA DEMITIDA.
 
A funcionária Maria do Socorro Brito Oliveira Lima, servidora demitida do Departamento Estadual de Trânsito - Detran, após sindicância, tendo sido afastada de suas funções sob acusação de aprovar candidato "analfabeto", em exame psicológico para aquisição da carteira de habilitação, deverá ser readmitida ao cargo. A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça, acolhendo voto do relator, desembargador José Ricardo Porto, decidiu prover a Apelação Cível e anular o processo administrativo que culminou com sua demissão, alegando irregularidades na constituição da comissão de investigação e a falta de especificação da infração cometida.
O processo trata do recurso nº 200.2099.041.294-7/002, interposto contra a sentença do Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, nos autos da Ação Ordinária de Nulidade de Ato Administrativo e Reintegração a Cargo Público. O relator entendeu que o relatório conclusivo do processo administrativo apenas informa que um candidato "analfabeto", na cidade de Pombal, foi aprovado nos exames médicos, psicotécnico e de legislação, sendo que a avaliadora psicológica foi a recorrente, não pormenorizando as supostas condutas por ela praticadas e que justificariam a formulação de processo em seu desfavor.
Explica o desembargador José Ricardo Porto, que o artigo 153, e parágrafos, do Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Estado, dispõe que a comissão deverá elaborar relatório contendo todas as informações obtidas, concluindo sempre quanto à inocência ou responsabilidade do servidor, indicando o dispositivo legal ou regulamentar violado, com as circunstâncias atenuantes ou agravantes, se houverem.
Nas razões recursais a apelante contestou a composição da comissão de investigação, que segundo consta, não respeitou a exigência para sua composição de dois servidores do quadro efetivo da repartição, assim como, realizou os procedimentos sem o conhecimento dos indiciados. Outro fator alegado foi também inépcia da portaria que instaurou a Comissão Disciplinar, em virtude da falta de especificação do fato concreto que ensejou a instauração da sindicância e do processo administrativo.
Processo Administrativo Disciplinar (PAD) – Submissão total à lei, caso contrário... olha aí o que acontece? Vamos analisar melhor essa história! 
8. RESTAURANTE É INTERDITADO PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM CAMPINAS.
G1 Campinas e Região - 23/11/2014 
O Bar e Restaurante do Pepe, da Avenida Norte-Sul, em Campinas (SP), foi interditado pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira (23), no início da tarde. Segundo a assessoria de imprensa do órgão da saúde municipal, no estabelecimento, foram encontrados produtos à venda fora do prazo de validade, além de condições de higiene precárias e manipulação inadequada de alimentos.
A Vigilância Sanitária solicitou apoio da polícia para realizar uma vistoria no estabelecimento após uma denúncia anônima.
Na ocasião o dono do estabelecimento, argumentou que a interdição do estabelecimento só poderia ser feita através de ordem judicial e que os agentes da fiscalização sanitária estavam agindo com abuso de poder.
Tema: Poderes Administrativos
Pois bem, diga aí se os argumentos do proprietário do restaurante têm algum fundamento legal?
9. EM LARANJEIRAS, BARES INVADEM CALÇADA E VAGAS PARA CARROS
 Barris dão usados para impedir estacionamento de carros e lotear espaço para mesas de bar 
O descumprimento a lei tem limite. E o último recurso para evitar a farra de bares e restaurantes que ocupam a rua com mesas e cadeiras pode ser a cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento, segundo a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop). Mas expandir seus limites tem sido prática recorrente de proprietários de dois bares em Laranjeiras, que correm o risco de acumular 20 autuações - o suficente para iniciar o processo que resulta na perda da licença.
O Bar do Serafim e a Tasca do Edgar, que ficam lado a lado na Rua Alice, quase esquina com a Rua das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio loteiam a calçada, prejudicando a circulação de pedestres, e a rua com mesas, cadeiras, cones e barris de chope, que ocupam até o espaço de vagas de automóveis.
Segundo o Código Tributário do Município, a ocupação não autorizada do passeio público (calçada ou asfalto) é punida de acordo com a quantidade de mesas e cadeiras expostas. Um conjunto (composto por uma mesa e até quatro cadeiras) implica em um pagamento a partir de três UNIFs (Unidade de Valor Fiscal do Município do Rio de Janeiro), que nos valores de 2012, equivalem a R$ 171,18.
No Bar do Serafim, Edinaldo, que se identificou como gerente e não quis dar seu sobrenome, reconheceu que utiliza barris de chope para evitar o estacionamento de carros em frente ao bar. No entanto, disse que se o motorista pedir, os funcionários retiram os objetos da rua.
Já na Tasca do Edgar, o sócio Edgar Maia também admitiu a recorrente prática e reconheceu que já teve de pagar diversas multas. O gerente Leonardo Silva afirmou que, com o uso de mesas fora dos bares a área “acabou virando um Baixo Alice”. Silva informou que a prefeitura já ordenou a retirada do mobiliário e diz que a questão já foi normalizada no bar.
A Seop afirma que vistoria constantemente vários bares da região e autua os infratores. A secretaria promete continuar com o trabalho de fiscalização para inibir que os estabelecimentos ampliem seus limites físicos.
Matéria: Atos Administrativos/Poderes.
Cassação de Alvará? Vamos aprofundar um pouco mais a discussão???
10. MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA É CONDENADO SUBSIDIARIAMENTE EM RECLAMAÇÃO CONTRA EMPRESA TERCEIRIZADA
A empresa contratada pelo município “sumiu” sem pagar salários e verbas rescisórias
 11/12/2019
O município de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, foi condenado, subsidiariamente, a pagar dias trabalhados e verbas rescisórias à ex-empregada de uma empresa prestadora de serviços. Ao perder os postos de trabalho, a empresa “desapareceu”, deixando a reclamante sem receber salários nem verbas rescisórias.
O caso foi decidido pela juíza Martha Halfeld, titular da 3ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, que condenou a empresa a pagar saldo salarial de 22 dias e verbas rescisórias decorrentes da dispensa sem justa causa. A juíza ainda reconheceu o direito da autora à reparação por danos morais, fixada em mil reais, por entender que houve desrespeito a direitos trabalhistas básicos, indispensáveis à subsistência da empregada e de sua família. Na qualidade de tomador dos serviços, o município foi subsidiariamente responsabilizadopor todas as parcelas reconhecidas na sentença.
Embora regularmente citada na ação, a empresa não apresentou defesa e, dessa forma, foi declarada revel, o que resultou na presunção da veracidade dos fatos alegados pela trabalhadora. Nesse cenário, a empresa foi condenada a pagar à empregada as verbas rescisórias devidas, entre elas, aviso-prévio, saldo salarial de 22 dias, 13º salários, férias + 1/3 e FGTS + 40%. Por não existir controvérsia sobre o não pagamento do valor rescisório, a empregadora ainda foi condenada ao pagamento das multas dos artigos 467 e 477 da CLT.
Ao reconhecer a responsabilidade do município de Juiz de Fora pelo pagamento de todas as parcelas deferidas na sentença, a Juíza Martha Halfeld destacou que, na condição de tomador dos serviços, o município se beneficiou dos serviços prestados pela autora e, portanto, deve responder também pelo pagamento dos direitos trabalhistas.
Para a magistrada, a culpa do município, no caso, é incontestável! “Em virtude da falta de repasses dos valores previstos nos contratos de terceirização, decorreu o inadimplemento das verbas trabalhistas pleiteadas nos autos”, destacou.
A sentença afastou a tese do município de que a Súmula 331, IV, do TST não teria aplicação no caso. Ficou esclarecido que a Súmula representa a condensação de julgados no mesmo sentido e tem como base legal o dever de reparação previsto na lei civil, diante da culpa da tomadora ao deixar de fiscalizar os direitos trabalhistas dos terceirizados e também ao contratar empresa que descumpre obrigações trabalhistas, ainda que vencedora em procedimento licitatório.
O ente público recorreu, mas teve a condenação subsidiária mantida pelos julgadores da Primeira Turma do TRT-MG. No acórdão, de relatoria do desembargador José Eduardo de Resende, foi ressaltado que o município não fiscalizou se aqueles que prestavam serviços em suas dependências tinham seus direitos trabalhistas básicos quitados, tais como FGTS e verbas rescisórias.
O acórdão ainda destacou que notificações e ofícios apresentados revelaram que o município tomava conhecimento das reiteradas irregularidades, mas não atuava para que cessassem, por exemplo, com a aplicação de multa, retenção de pagamentos ou outras medidas contidas no contrato administrativo ou na Lei 8.666/93. Pelo contrário, omitindo-se da análise sobre o cumprimento dos deveres trabalhistas da empresa contratada, o ente público ainda determinou a prorrogação do contrato firmado.
Eitaaaa ferro!!! Tema polêmico!!! Envolve a análise do art. 71, da Lei 8.666, Súmula 331, TST, Julgamento do Recurso extraordinário RE 760931, do STF, Lei 13.429/17 e por aí vai!!! Mas no final das contas qual entendimento tem prevalecido???
11. CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC
O Consórcio Intermunicipal Grande ABC reúne os sete municípios do Grande ABC para o planejamento, a articulação e definição de ações de caráter regional.
Formado pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o Consórcio foi criado em 1990. Desde 8 de fevereiro de 2010, a entidade passou a ser o primeiro consórcio multisetorial de direito público e natureza autárquica do país. Nesta data, os prefeitos dos sete municípios instalaram a Assembleia Geral nos moldes do Contrato de Consórcio Público.
O Consórcio foi transformado em pessoa jurídica de direito público para se adequar à Lei nº 11.107 de 2005, vez que a União somente celebra convênios com consórcios públicos constituídos sob a forma de associação pública ou que para essa forma tenham se convertido. A mudança foi precedida por um Protocolo de Intenções assinado por todos os chefes de Executivo e aprovado pelas sete Câmaras Municipais.
A nova constituição jurídica deu poder de execução para a autarquia firmar acordos entre as administrações e abrir processos de licitação para obras em prol dos sete municípios; receber recursos oriundos das esferas federal e estadual, bem como de organismos internacionais, para dar vida aos projetos regionais oriundos dos Grupos de Trabalho do Consórcio.
O modelo vigente permite ao Consórcio abrir processos de licitação para obras em prol das sete cidades; aumenta os limites de valores das modalidades de licitação para Consórcios Públicos, em razão do consorciamento de vários municípios; dispensa o Consórcio de Licitação para contratar com entes da federação ou entidades de sua administração direta. A nova estrutura jurídica tem imunidades tributárias e vantagens processuais.
O Consórcio é mantido com recursos oriundos dos municípios, de acordo com suas receitas orçamentárias. As atividades são operacionalizadas de diretrizes emanadas pela Assembleia, órgão soberano constituído pelos sete prefeitos consorciados, que se reúnem uma vez por mês ou em caráter extraordinário. É a Assembleia que elege anualmente o presidente e o vice-presidente.
Consórcio Público. O que é? O que é? 
12. COMPLEXO PENITENCIÁRIO PÚBLICO-PRIVADO DE RIBEIRÃO DAS NEVES – MG
 
O projeto do Complexo Penal, instalado em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, teve sua primeira etapa inaugurada em janeiro deste ano. Trata-se da primeira penitenciária do Brasil contratada por meio de parceria público-privada.
O projeto completo prevê a disponibilização de 3.040 vagas divididas em cinco unidades, sendo três para o regime fechado e duas para o regime aberto, com investimento de R$ 280 milhões.
No modelo mineiro, inspirado na experiência inglesa, o consórcio vencedor da licitação é o responsável por construir e administrar o complexo, obedecendo 380 indicadores de desempenho definidos pelo governo mineiro, por meio de um contrato de concessão, com prazo de 27 anos.
PPPs DE MINAS SÃO REFERÊNCIA.
O programa de Parceria Público-Privada, desenvolvido pela Unidade de PPPs da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais instituiu as bases para a modernização da gestão de infraestrutura econômica e social no Estado a partir do envolvimento do setor privado.
Minas Gerais é o Estado com o maior número de contratos de PPPs em execução e foi reconhecido, em 2013, pela revista britânica World Finance tendo como o melhor programa de PPPs do mundo. Os contratos de PPPs elaborados em Minas também foram classificados entre os melhores exemplos de boas-práticas de financiamentos de PPPs na América Latina pelo Banco Mundial, listados no guia “Como envolver o setor privado nas PPPs em Mercados Emergentes”.
PPP? Qual a ideia básica das mesmas? Trata-se uma concessão? Como funcionam?
13. APÓS 8 ANOS PRESO, INOCENTE VIVE DE FAVOR EM CANIL E AGUARDA INDENIZAÇÃO
 O ex-segurança Wagno Silva foi condenado injustamente por latrocínio em 1997.
Um erro da Justiça manteve uma pessoa inocente presa injustamente por mais de oito anos. Hoje, quase sete anos depois de ser libertado, Wagno Lúcio da Silva continua pagando por um crime que não cometeu.
Preso em outubro de 1997, ele foi acusado de latrocíno contra um taxista na cidade de Congonhas, região central de Minas, e condenado a 25 anos de prisão. Após cumprir oito anos e três meses, ele foi solto em fevereiro de 2006. Mas o que deveria ser o começo de uma nova fase em sua vida se mostrou apenas a continuação do pagamento de uma dívida que ele não tem. Enquanto esteve preso, ele perdeu tudo que tinha: casa, família, amigos. O pesadelo, segundo ele, parece que não ter data para terminar.
Desde que foi solto, há quase sete anos, Silva vive da ajuda de terceiros. Após morar durante quase um ano em uma cabana de lona em um lote vago em Congonhas, há cerca de seis anos ele vive na sede de um clube de criação de cães, na cidade de Confins, na região metropolitana de BH.
A única coisa que fizeram foi me soltar na rua, eu tive que me virar na vida. Se não fosse o Doutor Dino [Miraglia, advogado de Wagno] eu estaria perdido. Wagno não recebeu nada até então, sequer uma cesta básica do Estado. Hoje ele sobrevive de bicos e do treinamento de cachorros.
Após entrar com uma ação judicialcontra o governo do Estado, a 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou em março de 2010 que Wagno teria direito a receber uma indenização de R$ 1 milhão (R$ 300 mil referente a danos morais, além de dois salários mínimos por mês desde sua prisão, cerca de R$ 750 mil). Porém, o Estado entrou com recurso contestando o valor. Desde então, o caso se arrasta na Justiça.
Triste, mas infelizmente é assim... relembrando... como a União, Estados, DF, Municípios e suas respectivas autarquias pagam os seus débitos???
14. STJ DETERMINA QUE MINERADORA É RESPONSÁVEL POR DESASTRE AMBIENTAL DE 2007.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Mineração Rio Pomba Cataguases deve recompor os danos materiais e morais que aconteceram após o vazamento de lama tóxica em 2007. O desastre ambiental atingiu cidades em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, deixando um grande número de famílias desabrigadas, principalmente nos municípios mineiros de Muriaé e Miraí. 
O acidente aconteceu em janeiro daquele ano, quando cerca de 2 bilhões de litros de resíduos contaminados por bauxita vazaram da barragem da empresa após uma forte chuva. A decisão do STJ vai orientar a solução de processos idênticos que tramitam nas instâncias inferiores. Foram propostas 3.938 ações envolvendo a mineradora no município de Muriaé e outras 500 em Miraí.
No processo, segundo texto divulgado pelo STJ, “a mineradora sustentou que não haveria responsabilidade de sua parte, tendo em vista que não ficou comprovado o nexo de causalidade entre o rompimento da barragem e os danos sofridos pela vítima. Segundo ela, a ocorrência de duas fortes enchentes na região, em períodos anteriores, afastaria o nexo causal determinante, capaz de justificar a indenização”.
Mas, segundo o STJ, “a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, conforme a teoria do risco integral. Os ministros entenderam que é descabida a invocação, pela empresa, de excludentes de responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar. A decisão condena a ré a reparar os danos materiais e morais causados às famílias que ingressaram na Justiça”.
Teoria do Risco Integral x Teoria do Risco Administrativo. Vamos lembrar das diferenças!
15. CERCA DE 900 FAMÍLIAS ESTÃO DESABRIGADAS PELAS CHUVAS EM LAGES NA SERRA CATARINENSE.
Prefeitura está utilizando temporariamente as dependências da Escola Estrela do Saber para fazer atendimento médico no Bairro Vila Nova. 
O número de famílias atingidas pela enchente em Lages já passa de 900. A cidade está entre as seis que decretaram situação de emergência no Estado, segundo relatório da Defesa Civil Estadual. No total, 400 casas foram danificadas pela chuva e vendaval que atingiram a cidade, e cerca de 4 mil pessoas foram afetadas.
O Rio Caraha transbordou, invadindo ruas e residências do município. No bairro Habitação, várias famílias tiveram que ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros de suas casas, que ficaram em meio a água.
Muitas pessoas tiveram que sair sem levar quase nada, como é o caso da enfermeira Maísa Rambusch, de 48 anos. Ela teve que deixar sua casa ainda na noite de terça-feira, e passou a madrugada num abrigo improvisado pela Defesa Civil. Segundo ela, apenas algumas roupas foram salvas, o resto ficou na casa, que acabou sendo praticamente encoberta pela água.
E aí gente! Que forma de intervenção do Estado na propriedade é essa? 
16. ESTUDANTE DA UFBA TEM NOTEBOOK ROUBADO EM ASSALTO À MÃO ARMADA DENTRO DO CAMPUS.
Um estudante foi assaltado na tarde desta quarta-feira (29) na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O aluno de primeiro semestre teve um laptop roubado em um assalto à mão armada. O crime aconteceu por volta das 15h30 na área externa da Facom.
O aluno Darlan Caires estava com mais quatro colegas fazendo um trabalho de grupo quando foi abordado por um homem armado. Segundo a vítima, tudo aconteceu muito rapidamente, com o assaltante levando seu computador e guardando-o dentro de um saco plástico. Logo após o roubo, ele foi até a secretaria da faculdade, onde foi orientado a procurar a central de segurança da universidade para tentar reconhecer o homem pelas imagens de segurança.
Ademais, aconselhado pelo chefe de segurança da Ufba e pela coordenação, Darlan tentou prestar queixa na 14ª Delegacia, mas o delegado titular, disse que não poderia registrar o furto porque aconteceu em área federal. Na ocasião foi aconselhado a procurar a Polícia Federal, o que fará nesta quinta-feira. De qualquer forma, Darlan pretende processar a Ufba.
E aí meu rei!!! Cabe responsabilização no caso em tela? Quem deve ser responsabilizado? UFBA, União ou o Estado da Bahia?
17. PREFEITURA ARROMBA IMÓVEIS FECHADOS PARA COMBATER A DENGUE.
Uma grande dificuldade para a efetivação das políticas públicas de combate ao mosquito transmissor é a falta de cooperação da própria população: diversos são os imóveis que permanecem fechados, impedindo o saneamento do local pelos agentes de saúde.
Enfim, pergunta-se: É lícito ao município "invadir" imóveis fechados? Qual ou quais princípios poderiam ser suscitados neste caso? 
18. PRIMEIRA-DAMA DO PIAUÍ É AFASTADA DO CARGO NO TRIBUNAL DE CONTAS.
A Justiça Federal no Piauí afastou a primeira-dama do Piauí, Lilian Martins, do cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
A medida, em caráter liminar (provisório), atendeu a um pedido da seccional Piauí da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que apontou violação dos princípios da isonomia, da impessoalidade e da moralidade pública no ato de nomeação.
Mulher do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), Lilian Martins foi eleita para o cargo pela Assembleia Legislativa em 27 de abril. Na ocasião, era deputada estadual licenciada pelo PSB e secretária de Saúde do Estado, cargos que deixou para ocupar o TCE.
Os tribunais de contas são órgãos auxiliares do Legislativo na fiscalização do uso de verbas públicas pelos agentes políticos. Os cargos de conselheiros são vitalícios.
A primeira-dama recorreu da decisão ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), mas terá que permanecer afastada do cargo até o julgamento do recurso. O TCE recebeu a notificação da Justiça Federal e afastou a conselheira nesta quarta-feira.
Na decisão que promoveu o afastamento, a juíza federal Marina Rocha Mendes, da 5ª Vara, acatou argumentação da OAB no Piauí e considerou ter sido "inegável" que o governador "incorreu em nepotismo". Afirmou ainda que a atuação da conselheira "pode vir a ocasionar prejuízo no controle das contas públicas".
Para o presidente da OAB/PI, Sigifroi Moreno, gestores públicos devem ter equidistância de atos como a nomeação de conselheiros do TCE, o que não teria ocorrido no caso da primeira-dama. "Houve a participação do governador neste processo de escolha", afirmou.
Nepotismo? Agentes políticos? Súmula Vinculante nº 13? Como nossos tribunais superiores têm se posicionado??? 
19. ITAPERUNA - CONCURSADOS DA PREFEITURA MANIFESTAM POR CONVOCAÇÃO IMEDIATA.
A cada dia que passa o clima entre concursados e a administração pública da Prefeitura de Itaperuna está cada vez pior. Dos 581 aprovados no Concurso Público realizado em 2012, até o momento, somente 39 foram chamados e são professores que atuam nas Escolas Municipais, mesmo assim um número bem maior está trabalhando com contrato temporário o que já fere o Termo de Ajustamento de Conduta assinado em 2009 quando o município se comprometeu com o Ministério Público (MP) em realizar o certame e convocar os aprovados.
Na noite desta segunda-feira (17/03) os aprovados dentro e fora das vagas foram até a Câmara Municipal para mais uma vez pedir a intervenção daquela Casa Legislativa que fiscalizam os atos do prefeito e que também assinaram o Termo de Ajustamento junto ao MP.
Xiiiii!!!! Contratação de temporários em detrimento da convocação daqueles que passaram no concurso... complicado! Vamos desenrolar!
20. ANTT AUTORIZA REAJUSTE NAS TARIFAS DE PEDÁGIO DA BR-393/RJ
A Agência Nacionalde Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, hoje (4/3), a 7ª revisão ordinária, a 8ª revisão extraordinária e o reajuste da tarifa básica nas praças de pedágio da rodovia BR-393/RJ, trecho da divisa entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro até o entroncamento com a BR-116/RJ, explorada pela Rodovia do Aço S.A. As novas tarifas entram em vigor à 0h do dia 5/3/2016.
A tarifa reajustada, para a categoria 1, passa de R$ 5,00 para R$ 6,00 nas praças de pedágio de Sapucaia (RJ), Paraíba do Sul (RJ) e Barra do Piraí (RJ). O objetivo da revisão tarifária consiste em manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e atender à Lei nº 13.103/2015. A alteração foi calculada a partir da combinação de três itens previstos em contrato: reajuste, revisão e arredondamento.
Revisões e reajustes
A ANTT, por força de lei, realiza, anualmente, o reajuste e a revisão das tarifas de pedágio das rodovias federais concedidas. Essas alterações tarifárias são aplicadas no aniversário do início da cobrança de pedágio.
As alterações de tarifa são calculadas a partir da combinação de três itens previstos em contrato:
· Reajuste: tem por intuito a correção monetária dos valores da tarifa e leva em consideração a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.
· Revisão: visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro celebrado no contrato de concessão.
Nas revisões ordinárias, são feitas as compensações, na tarifa de pedágio, por descumprimentos de cláusulas contratuais, caso existam. Neste caso, pode haver, inclusive, decréscimo na tarifa básica, caso a fiscalização da ANTT verifique que a concessionária deixou de cumprir alguma obrigação prevista para aquele ano. Assim como o reajuste, a revisão ordinária acontece uma vez ao ano, sempre no aniversário do início da cobrança de pedágio.
As revisões extraordinárias podem ocorrer a qualquer tempo e abrigam os fatores de desequilíbrios derivados da inclusão de novas obrigações não previstas inicialmente no contrato, ou da postergação de obras previstas, a exemplo de inclusão de novas obras ou como foi o caso da Lei dos Caminhoneiros.
Os efeitos da “Lei dos Caminhoneiros” nas tarifas
Conhecida por “Lei dos Caminhoneiros”, a Lei 13.103/2015 entrou em vigor no dia 17 de abril de 2015, trazendo para o mercado regulado de rodovias dois impactos. Segundo a norma, se o caminhão estiver vazio e com eixo suspenso, não se cobra o pedágio. Até a edição da lei, as concessionárias podiam cobrar pedágio por eixo suspenso. 
Ambas as alterações resultaram no pedido de reequilíbrio do contrato pelas concessionárias. Este é um caso de revisão extraordinária, pois não havia como prever a edição de uma lei federal. Dessa forma, a recomposição das perdas de receita poderia ser feita a qualquer tempo ou junto com o reajuste, de modo a alterar a tarifa uma única vez ao ano.
O cálculo considera os fluxos históricos de caminhões em cada concessão e, por isso, apresenta resultados diferentes para cada rodovia. Esse cálculo será revisado posteriormente com base nos dados reais de isenção e de receita.
Concessão – A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), criada em 2001, regula e fiscaliza a exploração de infraestrutura e prestação de serviços de transporte terrestre, inclusive contratos já celebrados antes da sua criação, resguardando os direitos das partes e o equilíbrio econômico-financeiro dos respectivos acordos.
Com 200 quilômetros de extensão, a BR-393/RJ foi concedida para iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 28 de março de 2008, pelo período de 25 anos.
Opaaa!!! Vamos falar um pouco de concessão... equilíbrio econômico financeiro dos contratos!!! Essa história também vale para contratos administrativos??? 
21. MORADORES DE IMÓVEIS TOMBADOS ENFRENTAM DOR DE CABEÇA PARA CONSERVÁ-LOS
Donos de imóveis tombados em BH se dividem entre o desejo de preservar bens de família e as pesadas exigências do Conselho do Patrimônio.
A comerciante Elza Ribeiro de Castro, de 72 anos, recebeu como uma vitória a informação de que a casa onde cresceu, com os pais e nove irmãos, foi tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Assim, o imóvel, situado na Rua Silva Jardim, na Floresta, bairro da Região Leste da capital, não correria o risco de se perder com o tempo. “Queremos preservar o que papai nos legou com tanto sacrifício. Ninguém deveria se desfazer dessas coisas antigas”, diz. Porém, depois que resolveu fazer uma reforma na casa, Elza descobriu que preservar a memória da família e da cidade não é tão simples assim, e que lidar com as regras da prefeitura pode se transformar em um teste de paciência e de orçamento. “Está sendo uma dor de cabeça”, diz.
Assim como ela, muitos moradores dos cerca de 700 imóveis tombados da capital enfrentam uma situação ambígua. Por um lado, vivem em construções consideradas de valor incomum e, se forem zelosos, ajudam a preservar parte importante da história mineira. Por outro lado, sempre que querem fazer alguma mudança na estrutura, por menor que seja, precisam de autorização da Diretoria de Patrimônio Cultural de BH. Podem pagar pesadas multas se causarem algum dano à estrutura. E os custos para manter tudo em bom estado costumam ser altos.
A Lei Municipal 3.802, de 1984, que estabelece as regras para a proteção do patrimônio cultural de BH, prevê que “as coisas tombadas” não podem, em caso nenhum, ser destruídas, demolidas, mutiladas ou repassadas a outro dono sem prévia autorização do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural, integrado por representantes da Fundação Municipal de Cultura, de secretarias municipais, da Câmara Municipal, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) e da sociedade civil. Quem desrespeitar a norma pode pagar multa de 50% sobre o valor do dano causado.
Na casa da família de Elza, tombada em 2007, foi aprovado em agosto deste ano mais um detalhe, invisível a olhos leigos, que encareceu ainda mais as obras: a tinta usada para avivar as cores das paredes externas não poderia ser do tipo mais comum, mas sim uma especial. A dona da casa não conseguiu encontrar o produto em BH e, para refazer toda a pintura, precisou encomendá-lo em São Paulo. Incluindo a mão de obra, foram R$ 10 mil a mais no orçamento. “Tudo o que eles exigem é difícil. Quando o projeto ainda estava sob análise, os representantes do patrimônio municipal não queriam que as duas largas janelas que se abrem para a rua ganhassem grades de ferro. “Briguei muito e eles deixaram. É que antes não havia tanta violência quanto hoje”, constata.
Matéria: Intervenção do Estado na propriedade
Tombamento!!! Você lembra como funciona???
 
22. BAR EM RIO BRANCO DO SUL É FECHADO POR POLUIÇÃO SONORA E PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO A PARTIR DE AÇÃO PROPOSTA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ
	26/09/2018
O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Rio Branco do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, obteve liminar favorável em ação civil pública proposta contra um bar que funciona no centro da cidade. Moradores vizinhos ao estabelecimento levaram ao MPPR um abaixo-assinado pedindo providências em razão de poluição sonora e perturbação do sossego causadas pelo bar. O Juízo da Comarca acatou os pedidos e impôs o embargo da empresa.
Foi verificado pela Promotoria que o lugar está aberto de forma irregular, sem aval do Corpo de Bombeiros ou alvará sanitário, além de funcionar em horário indevido conforme lei municipal que disciplina a questão (Lei 992/2012). De acordo com a liminar, o bar só pode ser reaberto quando atender às determinações indicadas pelos bombeiros e pelo Município e também deve cessar com a poluição sonora. Foi imposta multa diária de R$ 10 mil para caso de descumprimento da decisão, noticiada nesta terça-feira ao MPPR.
Prefeitura deve fiscalizar – A Promotoria também apresentou ação civil públicacontra o Município por causa dos problemas verificados no bar. O MPPR sustenta que a prefeitura deveria ter feito a vistoria no estabelecimento, de forma a proteger os munícipes. A Justiça acatou esse entendimento e também deferiu liminar para que o Município faça a devida fiscalização a respeito do bar, impondo as sanções cabíveis quanto às irregularidades encontradas, em até cinco dias, sob pena de mula diária de R$ 5 mil.
Eitaaaa!!! Saideira cara! Poluição sonora! Crime Ambiental! Ação Civil Pública - Município no polo passivo, como assim???
23. MAIORIA DAS INDENIZAÇÕES DE DESAPROPRIAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DA TRANSCARIOCA É PAGA EM JUÍZO.
RIO - A dona de casa Neuzilan Maia dos Santos Bento, de 45 anos, viu boa parte de seus vizinhos na Rua Domingos Lopes, em Madureira, se mudar ao longo dos últimos meses, ao mesmo tempo em que aumentavam as nuvens de poeira. As casas próximas estão cercadas por tapumes ou já foram demolidas para abrir caminho para o BRT Transcarioca (Barra-Aeroporto Internacional Tom Jobim), um dos corredores viários que a prefeitura está construindo para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Neuzilan, que investiu recentemente na reforma do imóvel, sabe que deixar a casa é questão de tempo. Mas decidiu brigar na Justiça para mudar o valor da indenização.
O caso de Neuzilan não é exceção na cidade, que se prepara para receber os eventos esportivos, e mostra um conflito de interesses entre os proprietários, que reclamam das indenizações, e a prefeitura, que corre contra o tempo para evitar que processos paralisem frentes de obras. Esse conflito encontra eco em números. Segundo o Portal da Transparência do município, as desapropriações para implantação de infraestrutura — os corredores de BRTs e o Parque Olímpico Cidade do Rock, entre outras intervenções — já custaram à prefeitura, desde 1 de janeiro de 2010, R$ 71,4 milhões em indenizações. Do total, R$ 59,08 milhões (82,7%) foram depositados no Fundo Especial do Tribunal de Justiça (TJ) em ações movidas pelo município para obter emissão na posse de imóveis, artifício legal que dá a propriedade das áreas ao poder público enquanto se discutem os litígios em torno das indenizações. O restante — R$ 12,32 milhões (ou 17,3% do total) — foi depositado nas contas de proprietários após negociações amigáveis.
Falhas na documentação prejudicam os pagamentos
A Procuradoria Geral do Município (PGM) entra na Justiça em duas situações: quando não há acordo com os proprietários ou há problemas de documentação do imóvel, inviabilizando o pagamento da indenização. São casos, por exemplo, de proprietários que constam dos cadastros municipais, mas já morreram, ou daqueles que venderam seus imóveis, mas a situação não foi regularizada pelos novos donos. Se não houver recursos, o depósito no Fundo Especial permite que o juiz declare a área de propriedade do município, liberando a realização de obras, enquanto a Justiça não se pronuncia sobre a indenização.
Neuzilan pediu à Justiça a nomeação de um perito independente para avaliar seu imóvel. Quando o aviso de desapropriação chegou, estávamos em obras. Uma casa no padrão da minha não vale menos que R$ 260 mil. A proposta inicial era de R$ 170 mil, mas não aceitei porque avaliaram pela fachada. Depois, fizeram uma contraproposta de R$ 202 mil. Decidi pela ação judicial — contou a professora.
Apenas no trecho inicial do BRT Transcarioca (Barra-Penha) estão previstas 2.500 desapropriações. Deste total, 30% se encontram em andamento. O procurador-geral do Município, Fernando Santos Dionísio, rebate as críticas. Segundo ele, os imóveis são avaliados por uma equipe especializada. Primeiro, uma empresa contratada visita o imóvel para medi-lo e avaliar as benfeitorias. Os dados são analisados por uma comissão de técnicos das secretarias municipais de Obras e Urbanismo e da PGM, que fazem uma estimativa de valor conforme o preço do mercado.
As avaliações seguem regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com base no laudo, chamamos o proprietário para saber se ele aceita. Se não houver acordo, o caso vai para a Justiça. Geralmente, os valores das indenizações estipuladas pelo perito judicial ficam de 3% a 5% apenas a cima do que pagamos — justificou Dionísio.
O procurador-geral, no entanto, acrescenta que, nos casos em que o responsável pelo imóvel não é o que aparece nos documentos oficiais, o acordo acaba se tornando impossível. Cabe à Justiça, e não à prefeitura, determinar a quem devemos pagar. O dinheiro, de qualquer forma, já não é mais nosso. Ficará no fundo até a questão legal ser esclarecida — disse o procurador.
Hummm!!! Justa e prévia indenização... será???
24. ASSÉDIO SEXUAL E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
O STJ manteve uma decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e decretou a perda do cargo de um professor da rede pública de ensino por improbidade administrativa.
O caso passou longe de malversação de recursos públicos ou desvio de contratos da escola. O professor foi condenado por ter assediado sexualmente diversas de suas alunas em troca de boas notas em matemática.
Para o STJ, o professor se aproveitou da função pública para assediar alunas e obter vantagem indevida em razão do cargo, por isso a condenação por improbidade.
Como assim??? Será que a lei de Improbidade também estabelece sanções penais???
25. GOVERNADORA DE RORAIMA ADMITE NEPOTISMO, MAS CRITICA MP POR PEDIR EXONERAÇÕES.
 
A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), criticou nesta quinta-feira a recomendação do Ministério Público estadual para que sejam exonerados "imediatamente" dos cargos os parentes que ela nomeou para vários cargos do executivo esta semana, logo após tomar posse, e alegou, em nota, que o MP foi "precipitado" e não teve o mesmo rigor com a prática do nepotismo em relação a administrações anteriores.
Ela justificou o nepotismo afirmando, na nota oficial, que "o governo de Roraima espera tratamento isento e igualitário dos órgãos de fiscalização do poder público, considerando que é uma prática comum na história de Roraima a nomeação de pessoas próximas aos gestores para ocupar importantes secretarias, tanto na esfera estadual como municipal".
No início da semana, Suely Campos, nomeou, entre outros parentes, as filhas Emília Campos dos Santos e Danielle Ribeiro Campos Araújo para a Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social e para a Casa Civil, respectivamente, a irmã Selma Mulinari para Secretaria de Educação e os sobrinhos Frederico Linhares e Kalil Coelho para as secretarias de Gestão Estratégica e Administração e de Saúde (Sesau), respectivamente. Paulo Linhares, que também é sobrinho da governadora, foi nomeado para secretário adjunto da Sesau.
Ao todo, de acordo com o MPRR, a governadora nomeou 15 parentes para a estrutura de governo local. "Além de ofender os preceitos constitucionais de moralidade, razoabilidade e eficiência, as nomeações dos agentes políticos atendem a uma identidade familiar, bem como geram na sociedade um sentimento de indignidade moral'', disse o MPRR em notificação enviada ao governo do estado. Caso a recomendação de exonerar os parentes não seja cumprida, o MPRR prometeu "adotar medidas judiciais cabíveis".
A administração estadual, por sua vez, alegou que as nomeações estão "revestidas de legalidade" e não ferem a Súmula Vinculante número 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), editada em 2008, que veda o nepotismo. A súmula proíbe a nomeação de parentes para cargos de direção, chefia ou assessoramento, em exercício de comissão ou de confiança na Administração Pública direta e indireta.
"Tratam-se de nomeações de secretários de estado, considerados agentes políticos e não agentes administrativos. Atuam com ampla liberdade no exercício de funções típicas, com atribuições, prerrogativas e responsabilidades estabelecidas na Constituição Federal e na Constituição do Estado de Roraima", argumentou o governo de Roraima em nota.
A escolha do primeiro escalão, acrescentou a Secretaria de Imprensa e Comunicação Socialde Roraima, seguiu "critérios de confiança, capacidade técnica". No documento em que critica a recomendação do Ministério Público estadual, a governadora cita casos de nepotismo praticado por adversários nos últimos anos que não foram alvo, segundo ela, de ação do órgão.
Complicado!!! Como vem sendo interpretada a Súmula Vinculante nº 13???
26. DOENTES GRAVES VÃO À JUSTIÇA PELO DIREITO À VIDA
"Meu filho está morrendo aos poucos. Dá um desespero de ver o tempo passando e ele sem o tratamento que poderia estacionar a doença."
O desabafo do desempregado Isaias Santana, encontra eco em outras famílias que têm liminares favoráveis para obter remédios de alto custo, mas se deparam com o descumprimento por parte dos gestores públicos.
O drama é mais um capítulo da judicialização da saúde. Se por um lado ela desorganiza o sistema de saúde e consome significativa parcela dos orçamentos da União, Estados e municípios (R$ 7 bilhões ao ano) para atender a demandas individuais e específicas, por outro pode ser o único caminho para salvar a vida de pacientes.
Heloísa tem tirosinemia, doença rara em que o organismo não metaboliza a tirosina, substância encontrada na proteína animal. Ela conseguiu por via judicial o medicamento nitisinona, que é importado da Suíça e custa cerca de R$ 100 mil a caixa. Mas a medicação só foi suficiente para dois meses e acabou em janeiro. "Avisamos que veio bem menos do que foi pedido, mas até agora não tivemos resposta." Para que a filha não ficasse totalmente sem o remédio, a mãe criou uma página na internet e conseguiu alguns comprimidos doados, que acabaram nesta semana. "Ela está tomando doses bem menores da recomendada, e o fígado aumentou." A doença pode levar à falência hepática e renal.
Segundo o advogado Paulo José de Morais, do Instituto Arte de Viver Bem, situações de descumprimento de decisões judiciais por gestores públicos têm se tornado frequentes. "Eles têm esticado a corda. Os pacientes dependem desses medicamentos para viver. Ao negá-los, aplicam uma pena de morte."
Para o desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, se por um lado a autoridade das decisões judiciais não pode ser desafiada, por outro, há dados práticos, como prazo para fornecimento de um remédio importado ou para realização de licitação, que deveriam ser considerados pelos juízes.
Segundo Gebran, quando há urgência no cumprimento das decisões, ele diz que é preciso mais esforços da administração e maior rigor judicial. "Direito à saúde é matéria extremamente delicada, contrapondo dramas individuais e perspectivas coletivas."
Sobre o descumprimento de decisões judiciais, o Ministério da Saúde afirma que isso pode decorrer de problemas de logística que surgem pela determinação da entrega da droga em tempo exíguo. O custo da judicialização em logística muitas vezes é superior ao próprio medicamento."
Segundo David Uip, Secretário de Saúde, os entraves para o cumprimento das decisões judiciais para fornecimento de remédios vão desde falta de recursos até pedidos inespecíficos que dificultam o cumprimento das decisões. 
Segundo Uip, que já teve ao menos quatro mandados de prisão por descumprimento de decisão judicial, a questão é que o juiz pensa em casos individuais, e os gestores precisam pensar no coletivo.
"Eu, como pai e avô, sofro quando vejo uma criança doente. Mas não temos um orçamento separado para a judicialização. Ele é contado centavo a centavo."
Tema delicado que expõe a deficiência do Estado no que toca os Direitos Sociais. Vamos debater??? Quais os princípios entrariam em cena no caso em tela???
27. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 35, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2006, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. 
CONSTITUIÇÃO SUL-MATO-GROSSENSE. INSTITUIÇÃO DE SUBSÍDIO MENSAL E VITALÍCIO AOS EX-GOVERNADORES DAQUELE ESTADO, DE NATUREZA IDÊNTICA AO PERCEBIDO PELO ATUAL CHEFE DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL. GARANTIA DE PENSÃO AO CÔNJUGE SUPÉRSTITE, NA METADE DO VALOR PERCEBIDO EM VIDA PELO TITULAR. 1. Segundo a nova redação acrescentada ao Ato das Disposições Constitucionais Gerais e Transitórias da Constituição de Mato Grosso do Sul, introduzida pela Emenda Constitucional n. 35/2006, os ex-Governadores sul-mato-grossenses que exerceram mandato integral, em 'caráter permanente', receberiam subsídio mensal e vitalício, igual ao percebido pelo Governador do Estado. Previsão de que esse benefício seria transferido ao cônjuge supérstite, reduzido à metade do valor devido ao titular. 2. No vigente ordenamento republicano e democrático brasileiro, os cargos políticos de chefia do Poder Executivo não são exercidos nem ocupados 'em caráter permanente', por serem os mandatos temporários e seus ocupantes, transitórios. 3. Conquanto a norma faça menção ao termo 'benefício', não se tem configurado esse instituto de direito administrativo e previdenciário, que requer atual e presente desempenho de cargo público. 4. Afronta o equilíbrio federativo e os princípios da igualdade, da impessoalidade, da moralidade pública e da responsabilidade dos gastos públicos (arts. 1º, 5º, caput, 25, § 1º, 37, caput e inc. XIII, 169, § 1º, inc. I e II, e 195, § 5º, da Constituição da República). 5. Precedentes. 6. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do art. 29-A e seus parágrafos do Ato das Disposições Constitucionais Gerais e Transitórias da Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul.
(ADI 3853, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 12/09/2007, DJe-131 DIVULG 25-10-2007 PUBLIC 26-10-2007 DJ 26-10-2007 PP-00029 EMENT VOL-02295-04 PP-00632 RTJ VOL-00203-01 PP-00139)
Parece até notícia fake!!! Mas não é!!! Vamos que vamos de princípios novamente!!!
28. PREFEITURA REVOGA LICITAÇÃO DE R$ 12 MILHÕES PARA INSTALAR RADARES EM SINOP
 06/08/2018
A prefeitura revogou a licitação, na modalidade pregão presencial, para contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços técnicos de engenharia e apoio na administração e gestão de trânsito, “incluindo locação, instalação, operação e manutenção de registradores de imagens” em diversas ruas e avenidas de Sinop. Conforme a justificativa, publicada no Diário Oficial do Estado, a medida se deu em razão de “adequações no edital”.
Revogação!!! Simplesmente revoga... me diz aí... isso pode???
29. JUSTIÇA ANULA TRANSFERÊNCIA DE SERVIDOR DO SEU LOCAL DE TRABALHO EM NOVA LIMA
A professora transferida da escola em que trabalhava alegou "perseguição" por parte da administração, sendo esta a razão que levou a mesma procurar a Justiça para anular a transferência e tentar voltar ao seu local de trabalho inicial.
O caso foi analisado pelo juiz Mauro César Silva que determinou a anulação da transferência e considerou que não houve "interesse público" na mudança de local para a servidora, o que leva à nulidade administrativa.
O magistrado ressaltou que a organização da atividade administrativa é ato discricionário da Administração, mas deve se guiar pelo interesse público. Por esse motivo, a transferência pode ocorrer a pedido do servidor ou de ofício (por iniciativa da administração). Entretanto, conforme acrescentou o juiz, o interesse público devidamente comprovado é um dos requisitos para essa modalidade de transferência. E essa comprovação não ocorreu no caso.
"O motivo é requisito de validade do ato administrativo. Sem ele, o ato é nulo", destacou o juiz, ressaltando que a motivação deve apontar a causa e os elementos determinantes da prática do ato administrativo, assim como a norma legal em que se funda, o que não foi observado pela Administração Pública.
Tem abuso de poder aí??? Sem falar que vira e mexe também voltamos a bater na tecla do princípio da legalidade...
30. JUÍZA ANULA ESTABILIDADES DE SERVIDORES E VEREADOR PERDE APOSENTADORIA.
 
 Gazeta Digital
A juíza da Vara de Ação Civil Pública de Cuiabá, Célia Vidotti, determinou que o Governo do Estado anulea estabilidade de servidores públicos não concursados em razão da ilegalidade nos atos. Entre os servidores atingidos com a decisão está o vereador por Várzea Grande, Calistro do Nascimento, conhecido como “Jânio Calistro”, que perdeu sua aposentadoria. 
 
A anulação atende a uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE), que tem com base um inquérito civil instaurado para apurar a ilegalidade nas estabilidades funcionais concedidas aos servidores temporários da Polícia Civil além do vereador.
 
De acordo com o MPE, as estabilidades eram fundamentadas na Lei Complementar Estadual n.º 155/2004, que foi revogada em 2010. Após isso, o Estado se embasou na decisão do Colégio de Procuradores da Procuradoria-Geral, que determinou que os servidores em exercício de função de cargo efetivo, com exceção aos ocupantes de cargo comissionado, que ingressaram no serviço público sem concurso e permaneceram por mais de 5 anos, deveriam ser equiparados aos estabilizados.
 
“Dessa forma, foi criada uma nova hipótese de estabilidade funcional, não prevista na Constituição Federal, beneficiando uma grande quantidade de servidores públicos do Estado de Mato Grosso”, justificou o MPE.
 
Por essa razão, o MPE requereu concessão de liminar para determinar que o Estado se abstenha de reconhecer novas estabilidades a servidores não concursados e declare a nulidade absoluta dos atos de reconhecimento de estabilidade funcional de servidores não concursados.
 
Ao analisar o caso, a juíza Célia Vidotti reconheceu que, houve, de fato, a indevida e ilegal declaração de estabilidade de Calistro, assim como dos outros policiais. Ressaltou ainda que qualquer ato normativo que concedeu a estabilidade no serviço público fora dos critérios da Constituição Federal é considerado inconstitucional.
 
Por essa razão, acatou o pedido de liminar do MPE e determinou que o Estado se abstenha de conceder a estabilidade de servidores públicos não concursados. Além disso, declarou “nulos todos os atos administrativos subsequentes de enquadramentos, progressões, incorporações e etc., inclusive, o ato que lhe concedeu indevidamente a aposentadoria em cargo efetivo”, disse a magistrada.
Está pensando que é brincadeira??? Ato administrativo é sério!!! Tem um monte de requisitos a serem observados... vamos relembrar!!!
31. ABERTO CHAMAMENTO PÚBLICO PARA USO DOS BOXES NO ENTREPOSTO DE PESCA DO CAMAROEIRO
 
 22/11/2018
 
A Associação de Pescadores da Praia do Camaroeiro (APPC), juntamente com a Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca informam que os pescadores associados interessados já podem realizar o Credenciamento de Pescadores para Ocupação das vinte e quatro vagas dos boxes no Entreposto de pescado do Camaroeiro. Serão doze vagas destinadas aos pescadores de camarão e doze vagas destinadas aos pescadores de peixes diversos, conforme consta no Termo de Permissão de Uso de bem público para 14 boxes, firmado entre a Associação e a Prefeitura.
As inscrições podem ser feitas partir de hoje (22/11), das 09h às 16h30, na sede da Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro, situada na Avenida Dr. Arthur Costa Filho, 2280, no bairro Ipiranga. A ficha e os documentos necessários estão disponíveis no site www.caraguatatuba.sp.gov.br na publicação do Diário Oficial de 22/11. A data limite é dia 06/12, às 12h.
Após o encerramento do prazo de inscrição, os envelopes serão abertos em sessão pública realizada na Videoteca Lúcio Braun, na Praça do Caiçara, às 14h, onde a documentação será conferida pela comissão de credenciamento, composta por três servidores efetivos técnicos da SMAAP. O resultado final da fase de classificação será publicado no Diário Oficial do Município no dia 13/12 e afixado no Quadro de Avisos do Entreposto do Camaroeiro.
Como funciona mesmo essa tal permissão de uso de bem público???
32. JUSTIÇA CONSIDERA REFORMAS DE DORIA NA PREFEITURA INCONSTITUCIONAIS.
 07.06.2018
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) declarou que as reformas feitas nas secretarias municipais durante a gestão do ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) são inconstitucionais.
Entre as reformas, estão a criação e extinção de cargos e secretarias da cidade. "Reputa-se inadmissível a inativação (extinção), por decreto, das Secretarias Municipais de Promoção da Igualdade Racial, de Relações Governamentais, de Licenciamento e de Políticas para as Mulheres", afirma o desembargador Sérgio Rui, no acórdão. Para os desembargadores, essas mudanças deveriam ser feitas por meio da lei.
Vacilou!!! Porque??? Vamos esclarecer melhor essa história??? 
33. EDP CORTA ENERGIA DA PREFEITURA POR FALTA DE PAGAMENTO
 03 de janeiro de 2019 
A concessionária EDP efetuou o corte de energia elétrica de três prédios da Prefeitura de São Sebastião.
Como a prefeitura não fez os pagamentos, a EDP desligou na manhã desta quinta a energia no paço municipal, na Secretaria de Turismo e na Rua da Praia, local onde ocorrem os shows de verão.
Segundo a EDP foram inúmeras as tentativas feitas para que a prefeitura regularizasse os débitos, mas nada teria sido providenciado.
Concessionária de energia cortando a luz do município... isso pode??? 
34. EX-PREFEITO É CONDENADO POR PINTAR PRÉDIOS COM CORES DO PARTIDO.
Caso aconteceu durante mandato de José Santana Neto (PT) em Colinas.
Recurso foi negado pelo TJ e político pode ter que pagar multa.
 Do G1 TO
 Colinas do Tocantins
O ex-prefeito de Colinas do Tocantins, José Santana Neto (PT), teve o recurso negado e a condenação mantida por pintar os prédios públicos da cidade de vermelho e branco. As cores não estão presentes em nenhum símbolo oficial da cidade e o entendimento da justiça é de que seria uma alusão ao Partido dos Trabalhadores. A sentença é uma multa de cinco vezes o valor da remuneração atual do político com correção monetária juros.
Santana foi prefeito de Colinas entre 2009 e 2015. No período, as cores vermelho e branco foram aplicadas nos prédios públicos municipais, carros, uniformes, placas e até no site oficial. A defesa do ex-prefeito disse no processo que a pintura aconteceu em gestões anteriores e que as cores estão presentes no brasão da cidade, mas a Justiça discordou e manteve a condenação.
A decisão de manter a condenação é da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Tocantins. A votação foi unânime. As cores oficiais do município são o verde, amarelo, azul e branco. “Essa prática é forma notória de gravar na memória da população a relação pessoal que o gestor tenta estabelecer na Administração Municipal, rompendo, em função disso, com o dever da gestão pública ser orientada segundo os princípios da administração pública, principalmente o da moralidade e da impessoalidade”, disse a relatora do caso, desembargadora Jacqueline Adorno.
Essa galera... parece que não aprende... só mais uma vez... qual a orientação nesses casos??? 
35. EX-PREFEITO DE MATOZINHOS É CONDENADO POR DISPENSA DE LICITAÇÃO.
 19/08/2016
A 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Matozinhos condenou o ex-prefeito da cidade, A.P.S., e a empresa CCR Construções Civis e Rodoviárias Ltda. por dispensa de licitação na contratação de serviço de coleta de lixo. O prefeito deverá pagar multa equivalente a seu último vencimento como gestor da cidade, e a empresa, multa no valor de 10% do contrato firmado com o município. A decisão é da juíza Patrícia Froes Dayrell.
 
O Ministério Público ajuizou ação civil pública contra o ex-prefeito e a empresa sob a alegação de que A.P.S., na qualidade de prefeito do município, contratou diretamente, mediante indevida dispensa de licitação, baseado na hipótese de caráter emergencial, a empresa CCR Construções Civis e Rodoviárias para coleta de lixo, causando ao erário municipal prejuízo apurado, à época, em R$ 1.220.087,41.
 
De acordo com o Ministério Público, o ex-prefeitodeixou de renovar o contrato com a empresa KTM Administração e Engenharia Ltda., realizando contratação de emergência ao argumento de que não havia prazo suficiente para conclusão de novo certame. Em seguida, promoveu dispensa de licitação, realizando contratação direta na qual restou vencedora a segunda requerida, a empresa CCR. O MP pediu, assim, que o ex-prefeito fosse condenado por improbidade administrativa e que fosse declarada nula a contratação, com a devolução ao município da integralidade do valor pago no contrato.
 
Em sua contestação, a empresa argumentou que participou do certame promovido pelo município de forma legal, porém se isentava de fazer juízo de mérito a respeito da urgência, alegada pelo ente público. Já o prefeito confirmou o caráter de emergência do serviço e sustentou que o município não teve prejuízo, pois o serviço foi prestado.
 
A juíza Patrícia Froes Dayrell, em sua decisão, entendeu que não houve prejuízo ao erário, “elemento indispensável à configuração deste tipo de improbidade”, pois o contrato foi firmado em valores condizentes com o do mercado. “No caso, os serviços contratados foram aparentemente prestados, com valores condizentes com o mercado e inferiores, em sua maioria, àqueles praticados pela empresa antecessora”.
 
Contudo, a magistrada concluiu que houve violação de princípios da administração pública: “Não consta dos autos Decreto Municipal reconhecendo a situação de emergência apta a fundamentar a contratação direta ocorrida”, observou. Na avaliação da juíza, “o gestor público não pode invocar, para legitimar a dispensa de licitação, situações causadas por sua própria falta de administração, se afastando de um planejamento correto e necessário no sentido de, caso não tenha interesse de renovar determinado contrato de prestação de serviço, iniciar a tempo e modo novo processo licitatório”.
 
Diante disso, a magistrada conclui que o processo em questão havia ocorrido de forma ilegal, “deixando de observar requisitos legais mínimos exigidos pela norma para a formalização de uma dispensa” e determinou ao prefeito e à construtora o pagamento de multa. “Cumpre destacar que tal sanção tem por escopo desmotivar condutas similares e também impor a reprimenda pela conduta ímproba”.
 
Os réus também foram condenados à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de cinco anos.
 
“A proibição de contratar com o Poder Público possui nítido caráter punitivo e a penalidade guarda pertinência com o ato ímprobo praticado pelos réus, os quais se valeram indevidamente de dispensa de procedimento licitatório, em nítida ofensa aos princípios da administração pública, notadamente o da legalidade, o da impessoalidade e o da isonomia”, ressaltou a magistrada.
 
A juíza também acolheu o pedido de nulidade do contrato celebrado. “Porém, sendo incontroversa a prestação dos serviços, ainda que embasados em licitação que não observou todas as formalidades da norma, incabível o ressarcimento dos valores pagos de modo a evitar enriquecimento sem causa da Prefeitura Municipal”, afirmou.
Vejam que a empresa contratada também dançou!!! Licitação tem que ter o máximo de cuidado para não virar uma improbidade... vamos relembrar algumas premissas básicas???
36. PRIMEIRA TURMA ANULA DEMISSÃO DE SERVIDOR DO INCRA ABSOLVIDO EM AÇÃO PENAL.
 Notícias STF
 Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu provimento ao Recurso Ordinário em Mandado de Segurança (RMS 28208) para afastar a penalidade administrativa de demissão aplicada a E.M.P., servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sob a alegação de ter facilitado a obtenção de certidões para que uma empresa pudesse participar de licitação. A decisão unânime ocorreu na sessão desta terça-feira (25) e seguiu o voto do relator, ministro Luiz Fux, no sentido de que a penalidade foi desproporcional, sobretudo tendo em vista que o servidor foi absolvido em ação penal pelos mesmos fatos.
No mandado de segurança, E.M.P. pedia a anulação do ato e sua reintegração ao cargo de assistente de administração. Com a ordem negada pelo STJ, ele recorreu ao STF em 2009, alegando ausência de provas para a aplicação da penalidade administrativa máxima, que teria, assim, desobedecido ao princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. Em junho de 2012, juntou ao processo decisão do juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santarém (PA) que o absolveu em ação penal versando sobre os mesmos fatos, por insuficiência de provas.
Ao analisar o recurso, o ministro Luiz Fux observou que os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade devem nortear a administração pública “como parâmetros de valoração de seus atos sancionatórios”. A não observância dessas balizas, a seu ver, “justifica a possibilidade de o Judiciário sindicar decisões administrativas”.
Assinalou ainda que é reiterada no STF a orientação no sentido da independência das instâncias penal e administrativa, “e de que aquela só repercute nesta quando conclui pela inexistência do fato ou pela negativa da autoria”. Porém, “não se deve ignorar a absolvição do recorrente na ação penal pelos mesmos fatos, sob a justificativa de falta de provas concretas para a condenação”.
O voto do relator destacou que cabe ao agente público, ao editar atos administrativos, “demonstrar a pertinência dos motivos arguidos aos fins a que o ato se destina”. No caso do servidor do Incra, o delito do qual foi acusado, embora grave, não foi comprovado no âmbito administrativo e nem penal, juntando-se a isso o fato de se tratar de servidor público possuidor de bons antecedentes e longo tempo de serviço público (ele foi admitido em 1984), e, ainda, de não haver comprovação da prática de qualquer falta residual de gravidade capaz de justificar a demissão.
Com base nos fundamentos do relator, a Turma deu provimento ao recurso para desconstituir a pena de demissão e determinar a reintegração do servidor ao quadro do Incra.
Esfera administrativa. Esfera penal. Totalmente independentes entre si???
37 . GOVERNO DO ESTADO DESAPROPRIA IMÓVEL DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ.
Através de decreto, o governador Pedro Taques (PSDB) desapropriou o imóvel que pertence ao município de Cuiabá, situado na Avenida Lava Pés, e que atualmente é ocupada pela Secretaria de Estado de Cultura, com objetivo de transferir a propriedade ao Estado.
A ação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta quarta-feira (1°). De acordo com o procurador-geral do Estado, Rogério Gallo, a medida foi tomada considerando o decreto-lei 3365/1941 da Constituição Federal que, mediante declaração de utilidade pública, bens poderão ser desapropriados.
“O município exigiu a devolução do imóvel, através de uma notificação. Realizamos um processo administrativo no âmbito do Estado e a Secretaria defendeu a utilidade pública daquele imóvel para fins para desenvolvimento da cultura, por isso, pedimos a desapropriação do local”, afirma Gallo.
No decreto, o governador pontua que "a desapropriação de que trata este decreto visa transferir a propriedade do imóvel ao Estado de Mato Grosso para a utilização do prédio como espaço destinado a eventos e exposições culturais, históricos, artísticos e esportivos, e também ao funcionamento de repartições públicas".
Em julho, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), encaminhou ao Estado uma notificação para que a pasta desocupasse pelo menos um andar do prédio para ocupação de secretarias municipais.
Em resposta, a Secretaria de Cultura afirmou que a desocupação de um andar do edifício era tecnicamente inviável. A briga acabou gerando uma queda de braço entre Taques e Emanuel.
Pera aêêêê!!!! Pode isso Arnaldo??? Estado desapropriar imóvel de município??? E o município poderia desapropriar um imóvel do Estado ou da União???38. PREFEITO DEMITE SERVIDORES QUE ACUMULAVAM CARGOS ILEGALMENTE.
O prefeito Mauro Mendes demitiu onze servidores por acúmulo ilegal de cargos públicos nos âmbitos municipal e estadual, sem compatibilidade de horário.
As demissões resultaram de Processos Administrativos Disciplinares, instaurados pela Comissão Disciplinar da Prefeitura de Cuiabá, presidida pelo corregedor-geral Silvano Macedo Galvão, por determinação de Mauro Mendes.
“A administração pública precisa dar o exemplo; estamos cobrando do cidadão, que ele pague os impostos corretamente, por exemplo; então, nós temos que fazer com que esse dinheiro renda o máximo possível, nem que tenhamos que cortar na própria carne”, disse Mauro.
O Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Município de Cuiabá, também destaca que a acumulação ilegal de cargos é infração disciplinar apenada com demissão, conforme descrito no art. 147, XII.
Como exemplo, o corregedor citou uma servidora que ocupava o cargo de agente prisional pelo Governo do Estado e de técnico de desenvolvimento infantil, pelo Município. Para todos os servidores foi assegurado o amplo direito de defesa.
 “A lei é clara em relação ao acúmulo de cargos no serviço público. Nos casos apontados pela Comissão Disciplinar, era impossível prestar serviço em dois lugares ao mesmo tempo. A Prefeitura acabava pagando por um trabalho que não era realizado. Temos a obrigação de detectar esse tipo de problema e tomar as medidas cabíveis”, afirmou Mauro Mendes.
Segundo o parecer, “a Constituição Federal e a Lei Orgânica Municipal proíbem a acumulação remunerada de cargos públicos e também de empregos públicos e, por exceção, permite a acumulação somente de dois cargos de professores, de professor com outro técnico e de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde como profissões regulamentadas. Acrescenta-se, ainda, que a acumulação nestes casos será permitida apenas se houver compatibilidade de horário”, escreve o corregedor.
Acumulação de cargos!!! Quais são os casos permitidos pela Constituição Federal mesmo???
39. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROÍBE GREVES PARA TODAS AS CARREIRAS POLICIAIS.
Ao julgarem direito de greve para policiais civis, ministros declararam inconstitucionais paralisações de todos servidores de órgãos de segurança. Caso terá repercussão geral no Judiciário.
 05/04/2017 
Por 7 votos a 3, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam nesta quarta-feira (5) inconstitucional o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança e decidiram proibir qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais. Embora tenha proibido as greves nas polícias, a Suprema Corte também decidiu, por maioria, que o poder público terá, a partir de agora, a obrigação de participar de mediações criadas por entidades que representam servidores das carreiras de segurança pública para negociar interesses da categoria.
Relator do recurso, o ministro Edson Fachin foi o primeiro magistrado a se manifestar no julgamento desta quarta. Ressaltando que o direito de greve estava diretamente relacionado à “liberdade de reunião e de expressão” prevista na Constituição, ele se posicionou favorável à legalidade dos movimentos grevistas de policiais civis, mas sugeriu que o tribunal determinasse limites às paralisações.
Entre as regras defendidas por Fachin para que os policiais tivessem assegurado o direito à greve estavam a prévia comunicação do movimento ao Judiciário, a definição de um percentual mínimo de servidores que deveriam ser mantidos em suas funções e o corte de ponto, desde que a motivação da paralisação não fosse o atraso no pagamento dos vencimentos.
O ministro Alexandre de Moraes – que já atuou como ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública de São Paulo – discordou da recomendação do relator pela legalidade dos movimentos de policiais civis e abriu uma divergência. O mais novo magistrado do Supremo defendeu que o tribunal declarasse a inconstitucionalidade de todas as paralisações de servidores públicos de órgãos de segurança, conforme está previsto no artigo 144 da Constituição. Mais tarde, Moraes disse a jornalistas que a restrição de greve se estenderia também aos agentes penitenciários.
A carta constitucional classifica como integrantes das carreiras de órgãos de segurança, além dos policiais civis e militares, os policiais federais, policiais rodoviários federais e bombeiros militares. Em meio ao seu voto no julgamento, Moraes comparou um Estado em que a polícia está em greve a um Estado anárquico.
“Não é possível que braço armado do Estado queira fazer greve. Ninguém obriga alguém a entrar no serviço público. Ninguém obriga a ficar”, ressaltou o ministro do STF.
Luis Roberto Barroso foi o primeiro ministro a acompanhar a divergência aberta por Alexandre de Moraes. Ao votar, Barroso afirmou aos colegas do tribunal que seu voto a favor da proibição das greves de policiais foi influenciado pela recente paralisação de PMs no Espírito Santo. Em fevereiro, o estado ficou sem policiais militares nas ruas por sete dias por causa do protesto de familiares na porta dos quartéis. Nas ocupações, as mulheres dos policiais alegavam que eram elas que estavam no comando da paralisação. Para as autoridades, entretanto, essa era uma tentativa de encobrir o que, supostamente, seria um motim dos PMs. Durante a paralisação os índices de estupros, mortes violentas e saques aumentaram exponencialmente.
Segundo Barroso, esses recentes episódios demonstram que não é possível garantir um “caráter absoluto” do direito de greve para policiais. Ele, então, afirmou que acompanharia o voto de Moraes, que proibia irrestritamente as paralisações de servidores diretamente ligados à segurança pública, mas sugeriu que o poder público passasse a ser obrigado a participar de eventuais negociações com representantes da categoria policial. “Nós testemunhamos os fatos ocorridos no Espírito Santo, em que, em última análise, para forçar uma negociação com o governador, se produziu um quadro hobbesiano.
Tema controverso!!! Novo entendimento na área!!!
40. SINDICATO OBTÉM VITÓRIA JUDICIAL IMPORTANTÍSSIMA EM DEFESA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE GUAÍRA-SP
 
ADIN movida pelo Sindicato dos Servidores de Guaíra-SP foi julgada procedente e confirmou a inconstitucionalidade do § 6º do Artigo 124-A do Estatuto dos Servidores Municipais que prejudicava servidores ao prever que “servidores que tivessem mais de duas faltas justificadas perderiam o Auxílio Alimentação”.
A Prefeitura, como sempre, não pensou no servidor, insistiu no erro e contestou a ação na tentativa defender a constitucionalidade da mesma, mas os desembargadores do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo confirmaram a inconstitucionalidade arguida pelo Sindicato e de forma unânime julgaram “PROCEDENTE A AÇÃO PARA O FIM DE DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 124-A § 6º, DA LEI COMPLEMENTAR 2040, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2002, COM A REDAÇÃO QUE LHE FOI DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 2740, DE 21 DE JANEIRO DE 2.016, DO MUNICÍPIO DE GUAÍRA.”
O acórdão, cujo relator foi o Eminente Desembargador Antônio Celso Aguilar Cortez, resume a causa da inconstitucionalidade. Leia o trecho do acórdão:
“Em vista do princípio da razoabilidade, verifica-se a patente inconstitucionalidade da norma arrostada, pois a presença de rol taxativo no § 6º do Artigo 124-A representa tão somente discriminação indevida entre indivíduos que podem estar em situações semelhantes, bem como a injusta supressão circunstancial de vantagem pecuniária prevista em lei. Deixou-se de atender o interesse público e incorreu-se em desproporcionalidades ao instituírem-se hipóteses de vedação à percepção do auxílio alimentação contrárias à própria natureza de vantagem.”
Com o acórdão declaratório da inconstitucionalidade, a nulidade do § 6 do artigo 124-A acabou sendo reconhecida desde sua edição, até porque o mesmo jamais poderia ter gerado quaisquer efeitos. Os efeitos de tal decisão

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