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Adoção de redes sociais por cidadãos no Paraguai

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REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA | Rio de Janeiro 55(5): 1077-1100, set. - out. 2021
 1077
ISSN: 1982-3134
Adoção de redes sociais por cidadãos no Paraguai
Vincent Homburg ¹ ²
Rebecca Moody ¹
¹ Erasmus University Rotterdam / Department of Public Administration and Sociology, Rotterdam – Países Baixos
² University of Tartu / Johan Skytte Institute of Political Studies, Tartu – Estônia
Este artigo tem como objetivo identificar os fatores associados ao uso das redes sociais pelos cidadãos paraguaios 
nas relações cidadão-governo. A coleta dos dados foi feita usando uma pesquisa com vinhetas na qual as respostas 
a quatro problemas com serviços públicos foram registrados. Também foram coletadas pontuações sobre a 
percepção de eficácia, capacidade, influência social, confiança no governo, confiança na infraestrutura das redes 
sociais e ansiedade em relação às redes sociais. Uma análise multivariada foi usada para testar as hipóteses. A 
percepção de eficácia, a influência social e a confiança nas infraestruturas das redes sociais estão significativamente 
correlacionadas com o uso que os cidadãos fazem das redes sociais para relatar problemas nos serviços públicos. 
Por outro lado, a capacidade, a confiança no governo e a ansiedade em relação às redes sociais não foram associadas 
ao uso das redes sociais pelos cidadãos. Os resultados nos incentivam a formular mais teorias e desvendar como a 
percepção de eficácia, a influência social e a confiança nas infraestruturas das redes sociais afetam o envolvimento 
e a participação digital do cidadão, e em que condições as plataformas proprietárias de redes sociais, como o 
Facebook e o Twitter, contribuem para uma democracia vibrante.
Palavras-chave: redes sociais; governo eletrônico; democracia digital; democracia imperfeita; adoção; difusão; inovação.
Adopción de redes sociales por parte de los ciudadanos en Paraguay
Este artículo tiene como objetivo identificar qué factores están asociados con el uso de las redes sociales por parte 
de los ciudadanos paraguayos en las relaciones ciudadano-gobierno. Recopilamos datos mediante una encuesta 
basada en técnica de viñeta en la que se registraron las respuestas a cuatro problemas de servicio público, además 
de puntuaciones sobre la eficacia percibida, la capacidad, la influencia social, la confianza en el Gobierno, la 
confianza en la infraestructura de las redes sociales y la ansiedad con relación a las redes sociales. Se utilizó un 
análisis multivariado para probar las hipótesis. Se encontró que hay una correlación entre la efectividad percibida, 
la influencia social y la confianza en las infraestructuras de las redes sociales con el uso de las redes sociales por 
parte de los ciudadanos para informar sobre problemas de servicio público. Por otro lado, no se encontró que la 
capacidad, la confianza en el Gobierno y la ansiedad con relación a las redes sociales estuvieran asociadas con el 
uso de las redes sociales por parte de los ciudadanos. Los resultados nos instan a teorizar y desentrañar aún más 
cómo la efectividad percibida, la influencia social y la confianza en las infraestructuras propietarias de las redes 
sociales afectan el compromiso y la participación digital de los ciudadanos, y bajo qué condiciones las plataformas 
propietarias de las redes sociales propietarias ‒como Facebook y Twitter‒ contribuyen a una democracia vibrante.
Palabras clave: redes sociales; gobierno electrónico; democracia digital; democracia imperfecta; adopción; difusión; 
innovación.
Citizens’ social media adoption in Paraguay
This article aims to identify factors associated with the use of social media by Paraguayan citizens in their relationship 
with the government. We gathered data using a vignette survey, which recorded the responses to four public service 
problems and collected scores on perceived effectiveness, capability, social influence, trust in government, trust 
in social media infrastructure, and social media anxiety. Multivariate analysis was used to test the hypotheses. 
Perceived effectiveness, social influence, and trust in social media infrastructures were found to be significantly 
correlated with citizens’ use of such media to report public service issues. On the other hand, capability, trust in 
government, and social media anxiety were not found to be associated with citizens’ social media use. The results 
urge further theorization to disentangle how perceived effectiveness, social influence, and trust in social media 
infrastructures affect digital citizen engagement and participation and under what conditions proprietary social 
media platforms such as Facebook and Twitter contribute to a vibrant democracy.
Keywords: social media; e-government; digital democracy; flawed democracy; adoption; diffusion; innovation.
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-761220200793
Artigo recebido em 03 nov. 2020 e aceito em 04 maio 2021.
[Versão traduzida]
REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA | Rio de Janeiro 55(5): 1077-1100, set. - out. 2021
RAP | Adoção de redes sociais por cidadãos no Paraguai
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AGRADECIMENTOS
Este trabalho foi apoiado pelo programa de pesquisa e inovação Horizonte 2020 da União Europeia 
ao abrigo do acordo de subvenção n.º 857622 “ERA Chair in E-Governance and Digital Public 
Services - ECePS".
1. INTRODUÇÃO
Em todo o mundo, as redes sociais têm sido adotadas pelos governos como uma inovação institucional 
e tecnológica e com o objetivo de promover um diálogo aberto entre governo e cidadãos (Bertot, Jaeger 
& Grimes, 2010; Mergel, 2013; Thomas & Streib, 2005). De forma geral, as plataformas proprietárias 
de redes sociais, como Twitter e Facebook, permitem que (1) agências governamentais disseminem 
informações de uma forma mais dinâmica do que se publicassem mensagens em sites do governo, (2) 
legisladores e cidadãos se engajem na coprodução de soluções para a sociedade e (3) cidadãos expressem 
preocupações sobre a má qualidade ou problemas nos serviços públicos que eles podem estar enfrentando, 
desempenhando assim um papel mais ativo nos assuntos públicos (Feeney & Porumbescu, 2020).
Uma eterna questão nos estudos empíricos sobre inovações, incluindo, entre outras, as redes sociais, 
é como explicar a adoção e difusão de artefatos (Criado, Sandoval-Almazan & Gil-Garcia, 2013). Em 
estudos sobre a adoção e a difusão das redes sociais por governos locais europeus, pesquisadores 
correlacionaram a presença dos governos e a aplicação de princípios dialógicos em plataformas de 
redes sociais com fatores explicativos demográficos, socioeconômicos e políticos (Agostino, 2013; 
Bonsón, Perea & Bednárová, 2019; Bonsón, Torres, Royo & Flores, 2012; Faber, Budding & Gradus, 
2020; Hofmann, Beverungen, Räckers & Becker, 2013; Silva, Tavares Silva & Lameiras, 2019). Uma 
observação que ecoa em todos os estudos sobre o uso das redes sociais pelos governos é que a troca de 
informações é muito unidirecional (Alam & Lucas, 2011; Balaban, Abrudan, Iancu & Irimies, 2016) 
e a contribuição dos cidadãos tem sido pouco aproveitada (Bonsón et al., 2019).
Com poucas exceções (Homburg, Moody, Yang & Bekkers, 2020; Lu, Zhang & Fan, 2016) que 
discutiremos na seção dois, os estudos realizados até hoje não identificaram fatores que expliquem 
a intenção comportamental dos cidadãos de usar as redes sociais em diálogos com os governos 
(Gintova, 2019). Além disso, os estudos sobre a presença e as atividades dos governos em plataformas 
de redes sociais se concentraram em contextos com pontuações relativamente altas nos índices de 
democracia (Abu-Shanab, 2015; Högström, 2013), havendo poucos estudos em ambientes 
de democracias imperfeitas (para exceções, consulte Triantafillidou, Lappas, Yannas & Kleftodimos, 
2016; Yang, Homburg, Moody & Bekkers, 2018).
Este artigo aborda essas lacunas na atual literatura e tem como foco o uso das redes sociais nas 
relações cidadão-governo no Paraguai, um país que tem enfrentado continuidades autoritárias 
persistentes desde o regimede Stroessner (1954-1989) em diante, incluindo uma baixa eficácia das 
instituições governamentais (Fournier & Burges, 2000; Tartakoff, 2019). Esta pesquisa aborda a seguinte 
questão: que fatores explicam o uso das redes sociais pelos cidadãos nas relações cidadão-governo 
no Paraguai? Adotamos uma abordagem dedutiva e quantitativa, com a qual formulamos e testamos 
hipóteses com dados de pesquisas originais coletados no Paraguai.
Este artigo busca contribuir para o debate científico ampliando a nossa compreensão das práticas 
participativas on-line dos cidadãos em um regime que apresenta características de uma “democracia 
iliberal” (Fournier & Burges, 2000). O elemento diferencial deste artigo é que combinamos teorias 
muito utilizadas nos estudos sobre governo eletrônico, como o Modelo de Aceitação de Tecnologia e 
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a Teoria Unificada de Aceitação e Uso de Tecnologia (Araujo, Reinhard & Cunha, 2018), com linhas 
de raciocínio originadas na teoria política e no institucionalismo (como ansiedade, confiança no 
governo e confiança nas infraestruturas das redes sociais) com o objetivo de compreender melhor a 
adoção e a difusão das redes sociais nas relações cidadão-governo.
O artigo foi estruturado da seguinte forma. Em primeiro lugar, descreveremos aspectos relevantes 
do sistema político no Paraguai (seção dois). Em seguida, iremos desenvolver hipóteses sobre a adoção 
das redes sociais pelos cidadãos paraguaios nas relações cidadão-governo (seção três), seguidas da 
análise dos dados da pesquisa e do teste das hipóteses na seção quatro. As conclusões e reflexões sobre 
os achados serão apresentadas na seção cinco.
2. ADOÇÃO E DIFUSÃO DAS REDES SOCIAIS PELOS CIDADÃOS NO PARAGUAI
2.1 Contexto: A democracia imperfeita do Paraguai
Uma vez que estudos demonstraram a relevância das variáveis demográficas, socioeconômicas e 
políticas na adoção das redes sociais, faremos um breve balanço das reformas institucionais que o 
Paraguai vivenciou nas últimas décadas.
O Paraguai se destaca pelo seu alto grau e longa história de centralização administrativa desde a 
sua independência em 1811, com recentes transformações territoriais que sinalizam para um papel 
ligeiramente mais importante dos governos locais (Sili, 2019). A história do Paraguai no século XX é 
marcada pelo colapso do regime de Stroessner em fevereiro de 1989, quando uma longa ditadura de 
direita chegou ao fim. O país tem se caracterizado por um forte sistema bipartidário, com a Asociación 
Nacional Republicana (ANR, coloquialmente chamada de Partido Colorado) de caráter conservador de 
direita, no poder quase ininterruptamente desde 1947, e o Partido Liberal Radical Auténtico (PLRA) 
de caráter liberal que tem assumido o papel de oposição. A identificação dos eleitores paraguaios 
com o seu partido de escolha é muito forte e, muitas vezes, se perpetua por gerações nas famílias 
(Cañete-Straub, Miquel-Florensa, Straub & Van der Straeten, 2020).
Por mais de um século, o Paraguai tem sido uma das economias mais abertas da região, com um 
aparato governamental relativamente pequeno, mas altamente politizado, informal e ineficiente, em 
grande parte, devido às atividades de rent-seeking por funcionários do governo e à corrupção institucional 
através da qual as elites e os funcionários públicos se vinculavam ao regime político (Nickson & Lambert, 
2002). Embora a Constituição Nacional de 1992 forneça uma base institucional para uma democracia 
eleitoral (Fournier & Burges, 2000; Setrini & Duarte-Recalde, 2019) com um mandato presidencial 
com tempo limitado (Tartakoff, 2019), continuidades autoritárias têm (1) sustentado a articulação de 
preferências e demandas de cidadãos através de práticas clientelistas em vez de canais oficiais dos partidos 
políticos (Setrini & Duarte-Recalde, 2019), (2) limitado a competição entre vários partidos políticos 
e alimentado o sectarismo partidário (Fournier & Burges, 2000) e (3) preservado as prerrogativas e 
hegemonia stronistas e do establishment militar (Fournier & Burges, 2000)
Nas décadas de 1980 e 1990, uma coalizão externa formada pelo Fundo Monetário Internacional 
(FMI), Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Agência dos Estados Unidos 
para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e União Europeia (UE) pressionou por reformas 
da Nova Gestão Pública, incluindo a privatização de empresas estatais, reforma do serviço público 
e descentralização. De acordo com Nickson e Lambert, tantos os políticos do Partido Colorado, que 
governava o país, como os lobbies resistiram a essas reformas, uma vez que esses dois grupos haviam 
acumulado riquezas através do Estado (Nickson & Lambert, 2002).
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No Índice de Democracia da Economist Intelligence Unit de 2020 (Abu-Shanab, 2015; Högström, 
2013), o Paraguai obteve o 67º lugar (e foi classificado como uma “democracia imperfeita”) com a 
pontuação do processo eleitoral estando acima da média da democracia do país e a pontuação da cultura 
política abaixo da média da democracia do país. No Índice de Percepção da Corrupção da Transparência 
Internacional de 2020, o Paraguai obteve o 137º lugar (Transparência Internacional, 2021).
Com base nos desenvolvimentos mencionados acima, é possível descrever o Paraguai como um 
país com instituições fracas, com cidadãos que apresentam baixo grau de envolvimento público e 
uma confiança volátil nas instituições políticas. Este é o contexto do nosso estudo explicativo sobre 
a adoção das redes sociais pelos cidadãos paraguaios nas relações cidadão-Estado, cujas hipóteses 
serão desenvolvidas nas próximas subseções.
2.2 As redes sociais como inovação tecnológica e institucional
As redes sociais trazem a promessa de um engajamento cívico on-line mais inclusivo (Feeney & 
Porumbescu, 2020), tanto para formas de participação “thin” (ou seja, mais pontual e individual) como 
“thick” (ou seja, mais deliberativa e baseada em grupo) (Leighninger, 2014). Um exemplo do primeiro 
seria a criação de relatórios por cidadãos através de crowdsourcing sobre falhas de infraestrutura 
(Sjoberg, Mellon & Peixoto, 2017); um exemplo do segundo seria a busca através da internet por 
ideias fornecidas pelos cidadãos para uma nova constituição na Islândia (McNutt, 2014). No contexto 
do Paraguai, as redes sociais podem ser interpretadas como um canal adicional de participação que 
potencialmente serve como uma alternativa à cadeia de comando clientelista semioficial que está 
tradicionalmente disponível para os cidadãos paraguaios que desejam comunicar reclamações, declarar 
preferências ou participar nos processos de tomada de decisão pública.
Neste estudo, nós nos limitamos a formas mais pontuais de participação dos cidadãos, em particular, 
a relatos de cidadãos sobre a má qualidade de serviços públicos. Essa escolha foi motivada pelo método de 
pesquisa dedutivo geral, que exige clareza em relação ao conteúdo da interação entre cidadãos e governo.
Para desenvolver as hipóteses sobre a adoção das redes sociais pelos cidadãos paraguaios 
nas relações cidadão-Estado em uma democracia imperfeita, baseamo-nos em dois corpos de 
conhecimento:
1. Estudos mais genéricos sobre a adoção e difusão de serviços baseados na web nas relações entre 
cidadãos e governos (Azam, Qiang & Abdullah, 2013; Carter & Bélanger, 2005; Horst, Kuttschreuter & 
Gutteling, 2007; Kurfalı, Arifoğlu, Tokdemir & Paçin, 2017; Rana, Dwivedi, Williams & Weerakkody, 
2016; Venkatesh, Thong & Xu, 2016), com especial atenção aos estudos sobre governo eletrônico no 
contexto ibero-americano (Araujo et al., 2018; Cunha, Coelho & Przeybilovicz, 2017); e
2. Estudos sobre a adoção e difusão das redes sociais por usuários individuais em geral(Al-Debei, 
Al-Lozi & Papazafeiropoulou, 2013; Khan, 2017; Lai & Shi, 2015; Malinen, 2015).
2.3 Expectativa de desempenho
De acordo com diversos autores que trabalham a partir de um quadro de referência de Modelo de 
Aceitação de Tecnologia e Teoria Unificada de Aceitação e Uso de Tecnologia (Araujo et al., 2018; 
Venkatesh et al., 2016), a primeira variante – e supostamente a mais influente – que explica a adoção 
de inovações (Venkatesh, Morris, G. Davis & F. Davis, 2003) é a eficácia percebida, definida como o 
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grau em que um indivíduo espera que publicar uma mensagem nas redes sociais ajudará a resolver 
um problema com o qual esse indivíduo é confrontado. Nessa linha de raciocínio, os cidadãos 
só gastarão seu tempo e energia em atividades on-line se acreditarem que essas atividades vão 
render frutos e benefícios pessoais (Al-Debei et al., 2013). Em estudos sobre governo eletrônico, 
foi observada uma associação positiva entre (1) a eficácia percebida do governo eletrônico e 
(2) o uso (Carter, Schaupp Hobbs & Campbell, 2011; Kurfalı et al., 2017; Rana et al., 2016). Em um 
estudo mais genérico sobre por que os usuários do Facebook normalmente continuam acessando a 
plataforma, Al-Debei et al. (2013) descobriram que o valor percebido pelos usuários das plataformas 
de redes sociais é um fator importante e determinante na decisão desses usuários de continuar 
usando a plataforma (Al-Debei et al., 2013).
Os elementos dessa linha de raciocínio levam à formulação da H1.
H1 Quanto mais eficazes um cidadão achar que as redes sociais são, maior será a 
probabilidade de esse cidadão usar as redes sociais para abordar questões ou problemas 
nas relações cidadão-Estado.
2.4 Capacidade
Araujo et al. (2018; Cunha et al., 2017) sugerem o uso da abordagem das capacidades de Sen para 
compensar algumas das limitações de uma linha de raciocínio excessivamente racionalista e baseada 
em consequências, exemplificada pela ênfase na eficácia percebida como o fator dominante na 
explicação da adoção. Seguindo a abordagem das capacidades, a apropriação das redes sociais para 
participação requer que os cidadãos avaliem as suas capacidades em relação às redes sociais 
para decidir se devem e como devem usar as redes sociais para atingir o seu uso eficaz. Em estudos 
sobre adoção, os elementos da abordagem das capacidades foram utilizados pela hipótese de que 
a facilidade de uso de uma tecnologia está relacionada à adoção (Carter et al., 2011; Carter & 
Bélanger, 2005; Rana et al., 2016), assim como as habilidades e conhecimentos dos usuários estão 
relacionados à apropriação da tecnologia (Carter et al., 2011; Rana et al., 2016). Neste estudo, a 
capacidade em relação às redes sociais é definida como o grau em que um cidadão acredita que 
possui as habilidades e conhecimentos necessários para usar as redes sociais para iniciar um diálogo 
com agências ou autoridades governamentais relevantes. Em estudos sobre a adoção e difusão do 
governo eletrônico, foi evidenciado que a capacidade está significativamente correlacionada com 
as intenções dos cidadãos de usar os serviços do governo eletrônico (Carter et al., 2011; Rana 
et al., 2016), enquanto que nenhum suporte foi observado em Kurfali et al. (2017). Isso nos leva à 
formulação da H2.
H2 Quanto mais avançada for a capacidade de um cidadão em relação às redes sociais, 
maior será a probabilidade de esse cidadão usar as redes sociais para abordar 
questões ou problemas nas relações cidadão-Estado.
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2.5 Influência social
A influência social, definida como as normas mantidas pelas pessoas mais próximas e queridas, também 
deve afetar as decisões dos cidadãos de adotar tecnologias (Carter & Bélanger, 2005; Homburg et al., 
2020; Qin, Strömberg & Wu, 2017; Venkatesh et al., 2003). A relevância da influência social para a 
adoção de tecnologias nas relações cidadão-Estado é confirmada em diversos estudos sobre a adoção 
do governo eletrônico (Carter & Bélanger, 2005; Horst et al., 2007; Kurfalı et al., 2017; Rana et al., 
2016). Isso nos leva à formulação da H3.
H3 Quanto maior for o grau de influência social observado por um cidadão, maior será a 
probabilidade de esse cidadão usar as redes sociais para abordar questões ou problemas 
nas relações cidadão-Estado.
2.6 Confiança
De acordo com Meijer, Koops, Pieterson, Overman e ten Tije (2012), a confiança mútua é um ingrediente 
essencial para qualquer relação cidadão-governo sólida e gera relações de informação e cooperação 
entre cidadãos e governos. Neste estudo, definimos confiança como a crença de um indivíduo (A) que 
existe apenas em referência a outros indivíduos ou instituições (B) (Homburg et al., 2020). Definimos 
confiança como a expectativa de A de que B não irá explorar as vulnerabilidades de A enquanto B tiver 
o poder para fazê-lo (Pavlou & Gefen, 2005). A confiança gera a adoção de serviços eletrônicos por 
parte dos cidadãos (Carter et al., 2011; Carter & Bélanger, 2005; Horst et al., 2007; Kurfalı et al., 2017; 
Venkatesh, Thong, Chan, Hu & Brown, 2011). Homburg et al. (2020) descobriram que nas relações 
cidadão-Estado na China, a confiança dos cidadãos em funcionários individuais estava positivamente 
associada à adoção do Weibo (o que demonstra a importância de relações pessoais quanxi densamente 
estabelecidas na China), enquanto que a confiança dos cidadãos nas instituições governamentais não 
estava associada de forma significativa à adoção (Homburg et al., 2020).
Uma inspeção mais detalhada dos estudos existentes revela que existem pelo menos duas 
conotações de confiança do indivíduo: a confiança no governo como uma instituição que fornece 
serviços públicos e cria valor público (Carter et al., 2011; Carter & Bélanger, 2005; McKnight, 
Choudhury & Kacmar, 2002; Welch, Hinnant & Moon, 2005), e a confiança nos conglomerados 
de provedores de internet, empresas de redes sociais e agências regulatórias que decidem sobre a 
privacidade e a segurança das comunicações e transações on-line (Kurfalı et al., 2017; Rana et al., 
2016; Venkatesh et al., 2011). O segundo é relevante, uma vez que as plataformas de redes sociais são 
proprietárias e não necessariamente concebidas e construídas para fortalecer a democracia. Os usuários 
dependem dos esforços das empresas de redes sociais para, por exemplo, combater a “trollagem”, 
prevenir abusos e alavancar plataformas de redes sociais para permitir a participação democrática 
(Feeney & Porumbescu, 2020). No nosso estudo, definimos confiança nas redes sociais e nas suas 
infraestruturas tecnológicas e empresariais como o grau em que um indivíduo acredita que, embora 
existam potenciais riscos no uso das redes sociais, ele não enfrentará consequências negativas. A 
confiança no governo é definida como o grau em que um indivíduo acredita que os governos agem 
de forma competente, justa e responsiva. Isso nos leva à formulação da H4 e H5.
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H4 Quanto maior for a confiança de um cidadão na infraestrutura das redes sociais, maior 
será a probabilidade de esse cidadão usar as redes sociais para abordar questões ou 
problemas nas relações cidadão-Estado.
H5 Quanto maior for a confiança de um cidadão no governo, maior será a probabilidade 
de esse cidadão usar as redes sociais para abordar questões ou problemas nas relações 
cidadão-Estado.
2.7 Ansiedade em relação às redes sociais
Há outro elemento nas teorias sobre a adoção de tecnologia nas relações cidadão-Estado: a variável 
“ansiedade”. No uso cotidiano, confiança (consulte a seção 2.6) e ansiedade podem ser vistascomo 
conceitos que se sobrepõem. Neste estudo, consideramos ansiedade em relação às redes sociais 
como uma emoção afetiva, negativa, internalizada e individual, enquanto que a confiança é considerada 
um atributo das relações sociais. Especialmente os primeiros modelos de adoção de tecnologia tinham 
a ansiedade em relação ao computador como um preditor para a adoção de tecnologias da informação 
e comunicação (Igbaria, 1990; Zmud, 1979). O papel da ansiedade na interação dos usuários com as 
tecnologias também foi amplamente estudado em trabalhos sobre exclusão digital e terceira idade 
(Lee, Chen & Hewitt, 2011; van Deursen & Helsper, 2015) e em um estudo sobre o uso do Weibo nas 
relações cidadão-Estado na China (Homburg et al., 2020). Aqui, a ansiedade se refere às emoções dos 
cidadãos em relação às consequências imprevistas e não controladas do uso das redes sociais (Qin 
et al., 2017). Em um estudo sobre a adoção de serviços de governo eletrônico na Índia, Rana et al. 
(2016) concluíram que a ansiedade afetou negativamente a intenção comportamental dos cidadãos 
de usar os serviços governamentais on-line. Neste estudo, o nosso foco é a possível ansiedade em 
relação ao uso das redes sociais e definimos “ansiedade em relação às redes sociais” como uma emoção 
de excitação, afetiva, negativa e geral de um cidadão que é provocada pelas consequências do uso 
individual das redes sociais por parte dos cidadãos e que estão além do controle desse cidadão em 
particular. Isso nos leva à formulação da H4.
H6 Quanto maior for a ansiedade em relação às redes sociais de um cidadão nas relações 
cidadão-Estado, menor será a probabilidade de esse cidadão usar as redes sociais para 
abordar questões ou problemas nas relações cidadão-Estado.
2.8 Variáveis de controle
Antes de colocar as hipóteses à prova, confrontando as hipóteses com os dados empíricos, identificamos 
controles com os quais poderíamos isolar efeitos da variável de interesses na variável dependente 
de possíveis fatores de confusão. Os estudos sobre adoção de tecnologia sugerem que as variáveis de 
controle relevantes incluem sexo (Venkatesh, Morris & Ackerman, 2000), idade (Liébana-Cabanillas, 
Sánchez-Fernández & Muñoz-Leiva, 2014) e nível de escolaridade (Yera, Arbelaitz, Jauregui & 
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Muguerza, 2020). Além disso, os estudos empíricos existentes sobre adoção usam idade, sexo e nível 
de escolaridade como covariáveis ou moderadores (Homburg et al., 2020; Silva et al., 2019; Van Schaik, 
2009; Venkatesh et al., 2003; Venkatesh et al., 2011). Estudos empíricos específicos desconsideraram o 
uso das variáveis idade, sexo e nível de escolaridade como moderadores devido à falta de motivações 
teóricas para a direção específica dos efeitos moderadores e porque, em conjuntos de dados empíricos, 
idade e sexo foram distribuídos de forma assimétrica, dificultando a testagem da moderação (Kurfalı 
et al., 2017; Van Schaik, 2009). Por isso, no nosso estudo, evitamos testar a moderação com sexo, idade 
e nível de escolaridade e incluímos essas variáveis como covariáveis para aumentar a validade interna.
3. METODOLOGIA
3.1 Método de pesquisa
Levando em consideração o caráter dedutivo do objetivo da pesquisa, optamos por um método de 
pesquisa dedutivo, no qual usamos um questionário de pesquisa large-n on-line para coletar dados 
entre cidadãos paraguaios. Para medir a adoção das redes sociais em contextos realistas, apresentamos 
aos entrevistados vinhetas nas quais um protagonista é confrontado com uma questão ou problema 
específico relacionado à má qualidade de um serviço público e optou por atuar nas redes sociais 
para resolver o problema. O entrevistado é solicitado a avaliar o realismo percebido da situação 
(o que, neste estudo, é usado para fins de validação e não para testar hipóteses) e em que grau ele ou 
ela reagiria da mesma maneira se confrontado com a aquela situação.
O uso de vinhetas em pesquisas tem uma série de vantagens em relação a itens de pesquisa mais 
genéricos e abstratos, como, por exemplo, “Eu usaria as redes sociais para denunciar problemas 
em serviços públicos”. De acordo com Steiner, Atzmüller e Su (2017), a validade aumenta à medida 
que as respostas são inseridas em um contexto mais concreto e realista. Além disso, o impacto da 
desejabilidade social é limitado (Steiner et al., 2017; Wallander, 2009). As vinhetas estão no Apêndice 
(Quadro A).
3.2 Medição de variáveis
O uso das redes sociais é medido usando três itens através dos quais é medida a probabilidade 
dos entrevistados usarem as redes sociais. Um exemplo desses itens é “Eu também publicaria uma 
mensagem na página da agência nas redes sociais”. A expectativa de desempenho, capacidade, 
influência social e ansiedade foram medidos através de vários itens Likert que foram baseados em 
construtos de medição existentes encontrados em estudos inspirados pelo modelo de Teoria Unificada 
de Aceitação e Uso de Tecnologia, embora tenham sido ligeiramente adaptados para se adequarem 
ao contexto do uso das redes sociais nas relações cidadão-Estado.
A expectativa de desempenho foi medida usando quatro itens Likert. Um exemplo desses itens 
é “Publicar mensagens em contas públicas do governo em redes sociais ajudaria a resolver meus 
problemas” (Venkatesh et al., 2003). A capacidade foi medida usando seis itens de Likert. Um exemplo 
desses itens é “Acho que as redes sociais são fáceis de usar” (Bamberg & Schmidt, 2003; Venkatesh 
et al., 2003). A influência social foi medida usando três itens (Homburg et al., 2020). Um exemplo é 
“Em geral, a maioria das pessoas ao meu redor usa as páginas de agências do governo nas redes sociais 
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 1085
para se comunicar com o governo”. A ansiedade em relação às redes sociais é medida usando sete 
itens adaptados de (A. Osman, Barrios J. R. Osman, Schneekloth & Troutman, 1994). Um exemplo 
desses itens é “Fazer o que os personagens das histórias fizeram pode resultar em graves problemas”. 
A confiança nas infraestruturas tecnológicas e empresariais das redes sociais foi medida através de 
três itens ligeiramente adaptados de Carter e Bélanger (2005) e Zhou (2011). Um exemplo desses itens 
é “Acredito que as estruturas legais e tecnológicas me protegem adequadamente de problemas nas 
redes sociais”. A confiança no governo foi medida usando itens adaptados de McKnight et al. (2002). 
Um exemplo desses itens é “Acredito que o meu governo comunica informações de forma honesta”. 
Todos os itens do questionário estão listados no Apêndice (Quadro B).
3.3 Coleta de dados
Para coletar os dados, a Qualtrics ficou encarregada de distribuir um questionário on-line entre 
um painel de cidadãos paraguaios com 18 anos ou mais. O questionário foi redigido em espanhol 
e pré-testado por um falante nativo de espanhol. Os dados não foram coletados através de river-
sampling, mas sim através de painéis de pesquisa ativamente gerenciados e de confirmação dupla, o 
que significa que os entrevistados tiveram que se inscrever e fornecer informações pessoais antes de 
se tornarem elegíveis para a inclusão em painéis de pesquisa aleatórios. Isso permite a composição 
de um painel muito mais representativo do que com dados extraídos através de river-sampling. Para 
evitar a autosseleção, os convites para pesquisas não incluíam detalhes específicos sobre o conteúdo 
da pesquisa. Ao contrário, as informações eram muito gerais. Os dados foram coletados entre 23 de 
julho e 30 de julho de 2020. A análise dos dados foi realizada com o SPSS 27.
4. ACHADOS
4.1 Triagem de dados
Antes de realizar qualquer análise estatística, os dados foram selecionados em relação à usabilidade. 
Removemos os dados de dois entrevistados porque haviavariação zero nas pontuações dos itens 
Likert (todos uns e cinco). Nenhum valor atípico óbvio em termos de idade foi identificado. Durante a 
triagem de variáveis, não foram detectados valores ausentes. No total, 298 observações úteis puderam 
ser registradas no conjunto de dados.
4.2 Viés do método comum
Um possível risco na coleta de dados com um método transversal, como uma pesquisa, é a ocorrência 
de viés do método comum ou common method bias (P. M. Podsakoff, MacKenzie, Lee & N. P. Podsakoff, 
2003). Verificamos o viés do método comum inspecionando a variância total em uma análise de 
componentes principais não rotacionados de todos os itens Likert no conjunto de dados. Se um fator 
contribui com mais de 50% da variação, há motivos para presumir que há problemas associados ao 
viés do método comum. Em nosso conjunto de dados, o primeiro fator foi responsável por 11,9% da 
variância total, o que implica que nenhum dos fatores explica a maioria da variância e provavelmente 
não houve viés do método comum durante o processo de coleta de dados.
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 1086
4.3 Realismo
Para verificar o realismo percebido e a relevância das vinhetas, analisamos as pontuações de realismo 
relatadas (medidos em uma escala Likert de cinco pontos e dois itens) para cada uma das vinhetas. 
A consistência da medição do realismo foi de aceitável a bom e os níveis de realismo relatados foram 
muito satisfatórios (Tabela 1). Com base nos níveis relatados de realismo de todas as vinhetas usadas 
no questionário, não encontramos nenhuma razão para excluir vinhetas específicas da análise.
TABELA 1 REALISMO PERCEBIDO, PONTUAÇÃO 1-5, PARA DIVERSAS VINHETAS, ALFA DE CRONBACH 
 (αC), MÉDIA (M) E DESVIO PADRÃO (DP)
PONTUAÇÕES DE REALISMO αC M (DP)
Vinheta “buracos” 0,808 4,63 (0,67)
Vinheta “passaporte” 0,739 4,57 (0,70)
Vinheta “impostos” 0,876 4,51 (0,79)
Vinheta “vacinação” 0,905 4,33 (0,95)
Fonte: Elaborada pelos autores.
4.4 Dados demográficos na amostra
Foi registrado um total de 298 respostas úteis na pesquisa. A Tabela 2 mostra uma comparação das 
características da amostra e estimativas conhecidas das mesmas características na população paraguaia. 
Embora haja uma pequena, mas notável diferença entre os níveis de escolaridade na amostra e as 
estimativas conhecidas em relação aos níveis de escolaridade da população de 2012, e levando em 
consideração que na prática da pesquisa toda amostra apresenta algum tipo de erro amostral, decidimos 
não realizar pós-estratificação nem descartar a amostra e incluir todas as 298 respostas na análise.
TABELA 2 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA (ESTATÍSTICAS POPULACIONAIS DERIVADAS DE), 
 PORCENTAGENS E MEDIANA (UNITED NATIONS, 2021) 
População do Paraguai em 
2020
AMOSTRA
Sexo Homem: 50%, Mulher: 50% Homem: 58%, Mulher: 42%
Idade Mediana = 29,7 anos Mediana = 28,5 anos
Nível de escolaridade (taxa bruta de matrícula no ensino 
médio)
75,9% (porcentagem 
estimada de 2012)
97,3%
Fonte: Elaborada pelos autores.
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4.5 Análise: construção de escala e resultados de regressão
Como as pesquisas empíricas existentes sobre redes sociais nas relações cidadão-Estado no Paraguai 
são escassas, realizamos uma análise de componentes principais para identificar a estrutura subjacente 
das variáveis medidas no conjunto de dados (Tabela 3). Todos os itens Likert mostraram uma 
correlação de pelo menos 0,3 com pelo menos um outro item, sugerindo fatorabilidade. A medida 
de Kaiser-Meyer-Olkin para a adequação da amostra foi de 0,835 (bem acima do mínimo exigido de 
0,6) e o teste de esfericidade de Bartlett foi significativo (χ2 (630) = 7095,766, p < 0,001). Todas as 
comunalidades estavam acima de 0,3, confirmando novamente que cada item compartilhou pelo 
menos alguma variação comum com pelo menos um outro item. Dadas as considerações acima 
mencionadas, a análise fatorial foi considerada adequada para todos os itens.
Ao longo da análise fatorial real com rotação varimax, não foi possível realizar uma estrutura 
fatorial simples com todos os itens incluídos. Após a eliminação de ARS1, ARS3, ARS5 e ARS7, pode 
ser identificada uma solução de 10 fatores com a qual 77,1% da variância total pode ser explicada.
TABELA 3 MATRIZ DE COMPONENTES ROTACIONADOS (ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS, 
 ROTAÇÃO VARIMAX)
Componente
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Capacidades1 0,843
Capacidades2 0,857
Capacidades3 0,896
Capacidades4 0,686
Capacidades5 0,831
Capacidades6 0,846
Confiança no governo1 0,787
Confiança no governo2 0,849
Confiança no governo3 0,864
Confiança no governo4 0,833
Expectativa de 
desempenho1
0,758
Expectativa de 
desempenho2
0,809
Expectativa de 
desempenho3
0,842
Expectativa de 
desempenho4
0,820
Continua
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Componente
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Confiança na infraestrutura 
das redes sociais1
0,749
Confiança na infraestrutura 
das redes sociais2
0,847
Confiança na infraestrutura 
das redes sociais3
0,845
Confiança na infraestrutura 
das redes sociais4
0,795
V3Impostos1 0,897
V3Impostos2 0,867
V3Impostos3 0,902
V2Passaporte1 0,892
V2Passaporte2 0,836
V2Passaporte3 0,889
V4Vacina1 0,904
V4Vacina2 0,919
V4Vacina3 0,896
V1Estrada1 0,805
V1Estrada2 0,762
V1Estrada3 0,828
Influência social1 0,792
Influência social2 0,858
Influência social3 0,751
Ansiedade nas redes 
sociais2
0,753
Ansiedade nas redes 
sociais4
0,813
Ansiedade nas redes 
sociais6
0,815
Fonte: Elaborada pelos autores.
A Tabela 4 mostra a confiabilidade das escalas, pontuações médias e desvios padrão de todas as 
variáveis, correlações bivariadas entre as variáveis independentes e fatores de inflação da variância 
(VIF) dos fatores independentes.
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TABELA 4 DESCRITIVOS (*P < 0,05; ** P < 0,01; *** P < 0,001) ALFA DE CRONBACH (αC), MÉDIA (M) 
 E DESVIO PADRÃO (DP)
αC 
(número 
de itens)
M (DP) 1. 2. 3. 4. 5. 6. VIF
Sexo (1=feminino) 0,42 
(0,49)
Idade 31,2 
(9,58)
Escolaridade (1=superior) 0,74 
(0,43)
V Estrada 0,892 (3) 4,27 
(0,83)
V Passaporte 0,888 (3) 3,81 
(1,14)
V Impostos 0,931 (3) 3,83 
(1,24)
V Vacinação 0,940 (3) 3,84 
(1,23)
V Todas as vinhetas 0,914 (12) 3,94 
(0,78)
Eficácia percebida 0,869 (4) 2,86 
(1,10)
1 1,35
Capacidade 0,822 (6) 4,49 
(0,74)
0,209** 1 1,10
Influência social 0,845 (3) 2,96 
(1,16)
0,457** 0,164** 1 1,39
Confiança na infraestrutura 
das redes sociais
0,878 (4) 3,18 
(1,04)
0,287** 0,199** 0,354** 1 1,29
Confiança no governo 0,887 (4) 2,12 
(1,01)
0,292** -0,029 0,314** 0,362** 1 1,30
Ansiedade em relação às 
redes sociais
0,730 (3) 2,60 
(0,99)
0,015 -0,105 0,095 0,077 0,219** 1 1,06
Fonte: Elaborada pelos autores.
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A análise de regressão múltipla foi considerada adequada para testar as hipóteses. Os pressupostos 
do modelo para tal análise foram atendidos: as correlações entre as variáveis independentes e as 
pontuações dos fatores de inflação de variância relativamente baixas não sinalizam problemas com a 
multicolinearidade; a homocedasticidade foi verificada usando um gráfico de dispersão de resíduos 
padronizados e valores previstos e nenhuma anomalia foi encontrada. Foram verificados erros 
independentes usando a estatística de Durbin-Watson e os valores de 1,95, 1,85, 2,02, 2,09 e 1,98 (para as 
pontuações de uso das redes sociaisnas respectivas vinhetas e nas vinhetas combinadas) não revelaram 
problemas associados a esse pressuposto. A inspeção dos gráficos Q-Q revelou uma distribuição 
relativamente normal e, portanto, pode-se concluir que esse pressuposto também foi atendido.
A equação de regressão para estimar os coeficientes padronizados b (com Vi,j referindo-se à 
resposta V do entrevistado i à j-ésima vinheta) está expressa na Equação 1.
19 
 
𝑉𝑉��� = 𝑏𝑏���. 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝑆𝑆𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝑆𝑆𝐸𝐸� + 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐼𝐼𝐸𝐸� + 𝑏𝑏���. 𝐼𝐼𝑆𝑆�
+ 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶� + 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶� + 𝑏𝑏���. 𝐼𝐼𝐶𝐶𝑆𝑆� + 𝑏𝑏��� + 𝜀𝜀��� 
 
Equação 1: equação de regressão para testar as hipóteses com coeficientes de 
regressão não padronizados (SEXO representa sexo, IDADE representa idade, ES 
representa ensino superior, EP representa eficácia percebida, CAP representa capacidade, 
IS representa influência social, CRS representa confiança na infraestrutura das redes 
sociais, CNG representa confiança no governo, ARS representa ansiedade em relação às 
redes sociais). 
A Tabela 5 resume os resultados das análises de regressão com as quais os coeficientes das 
variáveis independentes são estimados. A tabela apresenta coeficientes padronizados 
estimados 𝛽𝛽 para cada uma das variáveis independentes xk (com 𝛽𝛽��� = 𝑏𝑏���. ���
���
 ). A coluna 
à direita apresenta coeficientes padronizados para a equação com respostas para quatro 
vinhetas combinadas como variável dependente. 
 
Tabela 5 
Resultados da regressão com coeficientes padronizados (𝛽𝛽) (*p < 0,05; ** p < 0,01; *** p < 0,001) 
 
V
1 (
BU
R
A
C
O
S)
 
V
2 (
PA
SS
A
PO
R
TE
) 
V
3 (
IM
PO
ST
O
S)
 
V
4 (
V
A
C
IN
A
Ç
Ã
O
) 
V
1+
2+
3+
4 (
TO
D
A
S)
 
 Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
SEXO (1=FEMININO) 0,091 0,088 0,064 0,066 0,042 0,037 0,015 0,011 0,069 0,066 
IDADE -0,008 -0,019 -0,041 -0,059 0,053 0,044 0,025 0,018 0,014 -0,001 
ESCOLARIDADE (1=ENSINO 
SUPERIOR) 
-0,014 0,025 -0,002 0,030 0,016 0,046 -0,015 0,019 -0,004 0,044 
 
EFICÁCIA PERCEBIDA 0,090 0,125 0,078 0,080 0,131* 
CAPACIDADE 0,136* 0,029 -0,034 -0,096 -0,005 
INFLUÊNCIA SOCIAL 0,171** 0,090 0,181** 0,151* 0,209** 
CONFIANÇA NA INFRAESTRUTURA 
DAS REDES SOCIAIS 
 
0,225*** 
 
0,074 
 
0,205** 
 
0,193** 
 
0,244*** 
CONFIANÇA NO GOVERNO -0,051 0,027 -0,108 -0,069 -0,074 
ANSIEDADE EM RELAÇÃO ÀS REDES 
SOCIAIS 
 
-0,108 
 
-0,050 
 
-0,063 
 
-0,023 
 
-0,080 
 
F 0,841 7,350*** 0,622 2,215* 0,452 3,877*** 0,083 2,964** 0,469 7,017*** 
R2 0,09 0,18 0,00 0,06 0,00 0,10 0,00 0,085 0,00 0,18 
Fonte: Elaborada pelos autores. 
Equação 1: equação de regressão para testar as hipóteses com coeficientes de regressão não 
padronizados (SEXO representa sexo, IDADE representa idade, ES representa ensino superior, 
EP representa eficácia percebida, CAP representa capacidade, IS representa influência social, 
CRS representa confiança na infraestrutura das redes sociais, CNG representa confiança no governo, ARS 
representa ansiedade em relação às redes sociais).
A Tabela 5 resume os resultados das análises de regressão com as quais os coeficientes das 
variáveis independentes são estimados. A tabela apresenta coeficientes padronizados estimados β 
para cada uma das variáveis independentes xk 
19 
 
𝑉𝑉��� = 𝑏𝑏���. 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝑆𝑆𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝑆𝑆𝐸𝐸� + 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐼𝐼𝐸𝐸� + 𝑏𝑏���. 𝐼𝐼𝑆𝑆�
+ 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑆𝑆� + 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶� + 𝑏𝑏���. 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶� + 𝑏𝑏���. 𝐼𝐼𝐶𝐶𝑆𝑆� + 𝑏𝑏��� + 𝜀𝜀��� 
 
Equação 1: equação de regressão para testar as hipóteses com coeficientes de 
regressão não padronizados (SEXO representa sexo, IDADE representa idade, ES 
representa ensino superior, EP representa eficácia percebida, CAP representa capacidade, 
IS representa influência social, CRS representa confiança na infraestrutura das redes 
sociais, CNG representa confiança no governo, ARS representa ansiedade em relação às 
redes sociais). 
A Tabela 5 resume os resultados das análises de regressão com as quais os coeficientes das 
variáveis independentes são estimados. A tabela apresenta coeficientes padronizados 
estimados 𝛽𝛽 para cada uma das variáveis independentes xk (com 𝛽𝛽��� = 𝑏𝑏���. ���
���
 ). A coluna 
à direita apresenta coeficientes padronizados para a equação com respostas para quatro 
vinhetas combinadas como variável dependente. 
 
Tabela 5 
Resultados da regressão com coeficientes padronizados (𝛽𝛽) (*p < 0,05; ** p < 0,01; *** p < 0,001) 
 
V
1 (
BU
R
A
C
O
S)
 
V
2 (
PA
SS
A
PO
R
TE
) 
V
3 (
IM
PO
ST
O
S)
 
V
4 (
V
A
C
IN
A
Ç
Ã
O
) 
V
1+
2+
3+
4 (
TO
D
A
S)
 
 Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
Modelo 
1 
Modelo 
2 
SEXO (1=FEMININO) 0,091 0,088 0,064 0,066 0,042 0,037 0,015 0,011 0,069 0,066 
IDADE -0,008 -0,019 -0,041 -0,059 0,053 0,044 0,025 0,018 0,014 -0,001 
ESCOLARIDADE (1=ENSINO 
SUPERIOR) 
-0,014 0,025 -0,002 0,030 0,016 0,046 -0,015 0,019 -0,004 0,044 
 
EFICÁCIA PERCEBIDA 0,090 0,125 0,078 0,080 0,131* 
CAPACIDADE 0,136* 0,029 -0,034 -0,096 -0,005 
INFLUÊNCIA SOCIAL 0,171** 0,090 0,181** 0,151* 0,209** 
CONFIANÇA NA INFRAESTRUTURA 
DAS REDES SOCIAIS 
 
0,225*** 
 
0,074 
 
0,205** 
 
0,193** 
 
0,244*** 
CONFIANÇA NO GOVERNO -0,051 0,027 -0,108 -0,069 -0,074 
ANSIEDADE EM RELAÇÃO ÀS REDES 
SOCIAIS 
 
-0,108 
 
-0,050 
 
-0,063 
 
-0,023 
 
-0,080 
 
F 0,841 7,350*** 0,622 2,215* 0,452 3,877*** 0,083 2,964** 0,469 7,017*** 
R2 0,09 0,18 0,00 0,06 0,00 0,10 0,00 0,085 0,00 0,18 
Fonte: Elaborada pelos autores. 
. A coluna à direita apresenta 
coeficientes padronizados para a equação com respostas para quatro vinhetas combinadas como 
variável dependente.
TABELA 5 RESULTADOS DA REGRESSÃO COM COEFICIENTES PADRONIZADOS (β) (*P < 0,05; ** 
 P < 0,01; *** P < 0,001)
V 1 (
Bu
ra
co
s)
V 2 (
Pa
ss
ap
or
te
)
V 3 (
Im
po
st
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V 4 (
Va
ci
na
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o)
V 1+
2+
3+
4 (
To
da
s)
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2
Sexo 
(1=feminino)
0,091 0,088 0,064 0,066 0,042 0,037 0,015 0,011 0,069 0,066
Idade -0,008 -0,019 -0,041 -0,059 0,053 0,044 0,025 0,018 0,014 -0,001
Escolaridade 
(1=ensino 
superior)
-0,014 0,025 -0,002 0,030 0,016 0,046 -0,015 0,019 -0,004 0,044
Continua
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V 1 (
Bu
ra
co
s)
V 2 (
Pa
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or
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V 3 (
Im
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V 4 (
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çã
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V 1+
2+
3+
4 (
To
da
s)
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 1 Modelo 2
Eficácia 
percebida
0,090 0,125 0,078 0,080 0,131*
Capacidade 0,136* 0,029 -0,034 -0,096 -0,005
Influência 
social
0,171** 0,090 0,181** 0,151* 0,209**
Confiança na 
infraestrutura 
das redes 
sociais
0,225*** 0,074 0,205** 0,193** 0,244***
Confiança no 
governo
-0,051 0,027 -0,108 -0,069 -0,074
Ansiedade 
em relação às 
redes sociais
-0,108 -0,050 -0,063 -0,023 -0,080
F 0,841 7,350*** 0,622 2,215* 0,452 3,877*** 0,083 2,964** 0,469 7,017***
R2 0,09 0,18 0,00 0,06 0,00 0,10 0,00 0,085 0,00 0,18
Fonte: Elaborada pelos autores.
Isso nos leva às seguintes conclusões em relação às nossas hipóteses: encontramos uma 
sustentação limitada para a hipótese um (eficácia percebida) uma vez que, na vinheta “buraco”, 
assim como nas respostas combinadas, puderam ser observadas correlações significativas. A 
hipótese três (influência social) foi corroborada com base de suporte em três das quatro vinhetas e 
todas as vinhetas combinadas;a hipótese quatro (confiança na infraestrutura das redes sociais) foi 
corroborada com base de suporte em três das quatro vinhetas e todas as vinhetas combinadas. As 
hipóteses dois (capacidades), cinco (confiança no governo) e seis (ansiedade em relação às redes 
sociais) não foram corroboradas.
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5. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo contribuem para explicar por que os cidadãos paraguaios adotam 
plataformas de redes sociais para se envolverem na participação política on-line. A análise multivariada 
de dados de pesquisa com vinhetas indica que nem as capacidades, nem a confiança no governo, nem 
a ansiedade em relação às redes sociais estão significativamente relacionadas ao uso das plataformas 
de redes sociais pelos cidadãos para interagir com o governo. Em vez disso, a análise de regressão 
múltipla sugere que o preditor mais forte para a participação “thin” dos cidadãos nas redes sociais na 
democracia imperfeita do Paraguai é a crença dos cidadãos nas plataformas das redes sociais como um 
ambiente robusto e seguro para compartilhar experiências ou opiniões pessoais. Neste contexto, pode 
ser relevante observar que as plataformas das redes sociais não foram necessariamente concebidas 
e construídas para permitir ou promover a participação política, e que o escândalo da Cambridge 
Analytica mostrou que as empresas de redes sociais nem sempre expressaram interesses sinceros em 
controlar a manipulação dos seus usuários ou têm dificuldades em fazer isso (Feeney & Porumbescu, 
2020). Além disso, a “participação thin” também está associada às expectativas dos cidadãos sobre 
o que as pessoas mais próximas e queridas esperam que eles façam e as suas expectativas sobre os 
resultados das suas atividades nas redes sociais.
Os resultados apresentados acima levam a uma série de conclusões para pesquisadores e 
profissionais da área de redes sociais e participação política.
Para os pesquisadores, isso implica um desafio de, por meio de métodos de pesquisa mais 
qualitativos e indutivos, desvendar os mecanismos e linhas de raciocínio que relacionam a participação 
digital nas plataformas de redes sociais com as expectativas dos cidadãos em relação às pessoas mais 
próximas e queridas sobre participar digitalmente ou não, as suas expectativas de segurança e robustez 
das plataformas de redes sociais e as expectativas dos cidadãos sobre como suas atividades on-line 
estão vinculadas a resultados. O contexto paraguaio, com a sua forte transferência intergeracional de 
valores políticos e democráticos e instituições formais relativamente fracas, poderia ser usado como 
um teste interessante para um estudo sobre e como a influência social interage com a participação em 
geral e a participação nas plataformas de redes sociais em particular. Seguramente, visões institucionais 
sobre redes sociais, com foco em como as crenças dos cidadãos e regras formais e informais afetam o 
uso de tecnologias, são pontos promissores para melhorar a nossa compreensão de como a tecnologia 
e as instituições estão inter-relacionadas, assim como para atenuar as diferenças epistemológicas 
entre as disciplinas acadêmicas de sistemas de administração pública e dos sistemas de informação 
(Orlikowski & Barley, 2001).
Para profissionais que desejam estimular a participação política nas plataformas de redes sociais, 
os resultados deste estudo sugerem que devem ser levadas em consideração as consequências de 
longo prazo do uso das plataformas proprietárias de redes sociais, tais como Facebook e Twitter, 
como infraestruturas para o envolvimento e a participação do cidadão e que as proteções legais e 
tecnológicas das plataformas de redes sociais como condições para a participação política devem 
ser levadas a sério. Negligenciar a robustez das plataformas de redes sociais pode gerar canais não 
confiáveis para a participação em democracias imperfeitas e, consequentemente, a exacerbação, em 
vez de mitigação, de instituições deficientes e déficits democráticos.
As conclusões acima devem ser compreendidas à luz das limitações.
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Em primeiro lugar, nós nos limitamos explicitamente a formas “thin” de participação e os 
comportamentos de participação on-line “thick” (como apelos ao voto, voluntariado e protestos) 
podem ser explicados através de variáveis e linhas de raciocínio diferentes.
Em segundo lugar, a variância explicada nos nossos modelos (14% para a vinheta do passaporte e 
27% para todas as vinhetas combinadas) deixa espaço para a inclusão de outras variáveis explicativas. 
Uma possível via para selecionar variáveis adicionais a serem incluídas em futuras pesquisas poderia ser 
a revisão dos trabalhos de Malinen sobre a participação do usuário em comunidades on-line (Malinen, 
2015). Embora Malinen tenha como foco comunidades on-line, como a Wikipedia e plataformas 
de compartilhamento de fotos, as suas descobertas podem inspirar pesquisas sobre a interação em 
plataformas de redes sociais iniciadas pelo governo. Malinen analisou achados de pesquisas que 
sugerem que traços de personalidade (neuroticismo, agradabilidade, extroversão e conscienciosidade) 
podem afetar a participação digital, assim como os graus de valores materialistas dos indivíduos. Sem 
dúvida, a existência de canais alternativos para descarregar a raiva ou pedir soluções para problemas 
relacionados aos serviços públicos que os cidadãos enfrentam (pense na acessibilidade de ouvidores 
em vários níveis de governo) também poderia ser usada para explicar melhor o uso das redes sociais 
pelos cidadãos nas relações cidadão-governo no Paraguai e em várias outras regiões.
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Vincent Homburg
 https://orcid.org/0000-0002-9253-6798
Ph.D. em Ciência da Organização e Gestão; Professor associado do Departamento de Administração Pública e 
Sociologia, Escola Erasmus de Ciências Sociais e Comportamentais, Erasmus University Rotterdam, Holanda; 
Professor visitante no Johan Skytte Institute of Political Studies, Universidade de Tartu, Estônia. 
E-mail: homburg@essb.eur.nl
Rebecca Moody
 https://orcid.org/0000-0001-9114-2108
Ph.D. em Administração Pública; Professora assistente do Departamento de Administração Pública e Sociologia, 
Escola Erasmus de Ciências Sociais e Comportamentais, Erasmus University Rotterdam, Holanda. 
E-mail: moody@essb.eur.nl
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APÊNDICE
QUADRO A VINHETAS
Identificação da vinheta Texto da vinheta
“Buracos” Trudy mora em uma pequena comunidade urbana e viaja para uma cidade vizinha quatro vezes 
por semana por uma estrada pública. Trudy observa que devido às condições meteorológicas, as 
condições da estrada se deterioraram a ponto de aparecerem grandes rachaduras e buracos. Como 
Trudy viaja regularmente por essa estrada, ela já sabe onde estão as rachaduras e buracos, mas 
ela tem receio que outras pessoas possam cair e se machucar. Trudy está preocupada com o que 
pode acontecer com seus concidadãos e usa a conta da agência de obras públicas responsável 
pela manutenção de estradas em uma rede social para publicar fotos dos buracos e rachaduras na 
estrada e avisar a agência de obras públicas sobre o mau estado da estrada em seu próprio nome.
“Passaporte” Jimmy está solicitando um novo passaporte. Jimmy está um pouco atrasado, pois ele planejou fazer 
uma visita à sua família no exterior em três semanas e o procedimento normal pode demorar um 
pouco mais de três semanas. Jimmy explica a situação ao funcionário público que está processando 
o seu pedido e, para a sua surpresa, o funcionário público explica que o processo pode ser realizado 
com urgência se Jimmy estiver disposto a pagar uma sobretaxa de 25%. Jimmy aceita a oferta, 
recebe o seu passaporte em uma semana e descobre que não existe um processo oficial para casos 
de urgência com uma sobretaxa de 25%. Embora Jimmy tenha ficado satisfeito com o serviço que 
lhe foi prestado, ele se sente mal com a situação e decide compartilhar a sua experiência na conta 
do órgão emissor em uma rede social em seu próprio nome.
“Impostos” Vincent é um pequeno empresário e, como todo mundo, Vincent precisa pagar impostos sobre suas 
receitas. Vincent declarou seus impostos de maneira correta e não cometeu nenhum erro. No entanto, 
para a surpresa de Vincent, o valor dos impostos que ele tem que pagar de acordo com a agência 
de cobrança de impostos é muito maior do que deveria ser. Obviamente, eles cometeram um erro e 
precisam ajustar o valor dos impostos que Vincent precisa pagar. Vincent está descontente com essa 
situação e decide expressar o seu descontentamento na página da agência de cobrança de impostos 
em uma rede social em seu próprio nome.
“Vacinação” Rebecca é mãe de dois filhos e quer que seus filhos sejam vacinados contra doenças comuns. 
O departamento de saúde do país em que Rebecca reside oferece essas vacinas gratuitamente. 
Todos os pais neste país recebem uma carta quando seus filhos atingem uma determinada idade, 
solicitando que procurem o seu médico para obter as vacinas. Aparentemente, o departamento de 
saúde cometeu um erro e não enviou a carta para Rebecca. Assim, seus filhos não foram vacinados 
na idade correta. Rebecca está preocupada com isso e decide perguntar ao departamento de saúde 
como ela deve proceder para que seus filhos sejam vacinados usando a página do departamento de 
saúde em uma rede social em seu próprio nome.
Fonte: Elaborado pelos autores. 
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QUADRO B MEDIÇÃO USADA NO QUESTIONÁRIO
Variável Itens Likert (1=discordo totalmente 5=concordo totalmente)
Eficácia percebida EP1 Publicar mensagens em contas públicas do governo em redes sociais ajudaria a resolver 
meus problemas.
EP2 Publicar mensagens em contas públicas do governo em redes sociais aumenta as minhas 
chances de atingir meus objetivos.
EP3 Publicar mensagens em contas públicas do governo em redes sociais me permite 
solucionar meus problemas mais rapidamente.
EP4 Publicar mensagens em contas públicasdo governo em redes sociais ajudaria na minha 
eficácia em lidar com problemas.
Capacidade C1 Para mim, aprender a usar as redes sociais é fácil.
C2 Acho que as redes sociais são fáceis de usar.
C3 Para mim, é fácil me tornar hábil no uso das redes sociais.
C4 Para mim, é fácil acessar as ferramentas das redes sociais para fazer o que quero fazer.
C5 Tenho os recursos necessários para usar as redes sociais.
C6 Tenho os conhecimentos necessários para usar as redes sociais.
Confiança na infraestrutura 
das redes sociais
CRS1 As redes sociais possuem proteções suficientes para que eu me sinta confortável em 
usá-las para publicar opiniões/experiências pessoais.
CRS2 Acredito que as estruturas legais e tecnológicas me protegem adequadamente de 
problemas nas redes sociais.
CRS3 Tenho certeza de que a criptografia e outros avanços tecnológicos nas redes sociais 
tornam o seu uso seguro.
CRS4 Em geral, as redes sociais agora são um ambiente robusto e seguro.
Influência Social IS1 As pessoas que me influenciam acham que eu devo usar as páginas de agências do 
governo nas redes sociais para me comunicar com o meu governo.
IS2 As pessoas que são importantes para mim acham que eu deveria usar as páginas de 
agências do governo nas redes sociais para me comunicar com o meu governo.
IS3 Em geral, a maioria das pessoas ao meu redor usa as páginas de agências do governo 
nas redes sociais para se comunicar com o governo.
Confiança no governo CNG1 Acredito que o meu governo comunica informações de forma honesta.
CNG2 Acredito que o meu governo é capaz de cumprir sua tarefa.
CNG3 Acredito que o meu governo é justo.
CNG4 Acredito que o meu governo quer o melhor para seus cidadãos.
Continua
REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA | Rio de Janeiro 55(5): 1077-1100, set. - out. 2021
RAP | Adoção de redes sociais por cidadãos no Paraguai
 1100
Variável Itens Likert (1=discordo totalmente 5=concordo totalmente)
Ansiedade em relação às 
redes sociais
ARS1 Qualquer problema resultante das ações dos personagens das histórias seria permanente.
ARS2 Algo terrível aconteceria se eu fizesse o que os personagens das histórias fizeram.
ARS3 Embora as ações dos personagens das histórias pudessem ter consequências 
negativas, eu não teria problemas (R).
ARS4 Tenho medo do que pode acontecer se eu fizer o que os personagens das histórias fizeram.
ARS5 Qualquer problema resultante das ações dos personagens das histórias desapareceria 
com o tempo (R).
ARS6 Fazer o que os personagens das histórias fizeram poderia causar sérios problemas.
ARS7 Meu computador/telefone/tablet poderia ficar comprometido se eu fizesse aquilo que 
os personagens das histórias fizeram.
Uso (X=nome do protagonista 
na vinheta)
USO1 Eu faria o mesmo que X fez.
USO2 Eu também publicaria uma mensagem na página da agência nas redes sociais.
USO3 Eu teria feito o mesmo que X fez se estivesse na mesma situação.
Realismo REALISMO1 A situação é realista.
REALISMO2 Consigo imaginar essa situação acontecendo com uma pessoa.
Fonte: Elaborado pelos autores.

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