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Resumão - Conceitos de Marx

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Objeto do marxismo: gênese das sociedades humanas, suas estruturas econômicas, sociais, políticas, ideológicas e os vínculos que mantém entre si, suas contradições internas e o que as sociedades contemporâneas podem anunciar.
Razão - instrumento para construção de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos;
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A ótica dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação e superação de uma determinada ordem. Para Marx, todo fenômeno, ainda que sujeitos a constante interdependência, movimento e transformação, pode ser compreendido se analisado diante de suas conexões circundantes.
O termo alienação expressa a ideia de tornar-se estranho a si mesmo, não se reconhecer em suas obras, desprender-se, distanciar-se, perder o controle.
Marx e Engels viam o materialismo como resultado da ação humana. Materialismo histórico é um método de análise da vida econômica, social, política, intelectual. Veio para romper com o idealismo hegeliano. Parte do pressuposto de que as ideias, a consciência e as relações sociais dependem das relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida. “Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina a sua consciência.” (MARX, 2003 [1859], p.5)
As formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem e trocam são transitórias e históricas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam seu modo de produção, e com o modo de produção mudam as relações econômicas. Portanto, o pensamento e a consciência são decorrência da relação homem/natureza, isto é, das relações materiais.
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Seres humanos, por meio da interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem à sua vida material.
Trabalho: Relação consciente entre o homem e a natureza na qual ele faz o uso de todas as suas forças naturais, que se encontram em seu corpo (braços, pernas, cabeça e mãos), fazendo com que elas transformem aquilo que está ao seu redor.
Produção é a realização de atividades que permitem satisfazer necessidades. É “a atividade vital do trabalhador, a manifestação de sua própria vida” 
O ato de produzir gera também novas necessidades que são produtos da existência social.
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Forças produtivas: Ação dos indivíduos sobre a natureza; refere-se aos instrumentos e habilidades que possibilitam o controle das condições naturais para a produção; combinação de meios de produção e força de trabalho.
Cada geração posterior encontra forças produtivas adquiridas pela geração precedente, que lhe servem de matéria-prima para a nova produção, cria na história dos homens uma conexão. 
Meios de produção: Instrumentos utilizados na produção – ferramentas, maquinaria, matéria-prima, espaço físico, etc.
Força de trabalho: Força física, habilidades e conhecimentos técnicos dos trabalhadores ofertadas em mão-de-obra para o processo de produção.
Relações sociais de produção: Interação entre os indivíduos no processo produtivo; são as diferentes formas de organização da produção e distribuição, de posse e tipos de propriedade dos meios de produção e de divisão do trabalho para a estruturação das classes sociais. 
· Comunas primitivas (união de forças – ex: caçadores);
· Antiga (relações na agricultura);
· Escravidão
· Feudalismo (relações de servidão);
· Capitalismo (poder sobre os meios de produção);
· Socialismo (propriedade coletiva dos meios de produção).
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Infraestrutura: Refere-se às forças produtivas; trata-se da base econômica da sociedade, onde ocorre as relações de trabalho.
Superestrutura: É derivada do conflito de interesses das classes de determinada sociedade. Sua função é manter as relações econômicas que constituem a infraestrutura, reforçando assim os interesses coletivos da classe social dominante. fruto de estratégias dos grupos dominantes para a consolidação e perpetuação de seu domínio. Trata-se de ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino, de comunicação, conhecimento filosófico e científico, sentimentos, ilusões, modos de pensar e concepções de vida diverso).
Modo de produção é a configuração das maneiras como se produz, de suas estruturas de classes, assim como de suas leis, religiões, regimes políticos e outros elementos superestruturais.
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É o surgimento de um excedente da produção que permite a divisão social do trabalho, assim como a apropriação das condições de produção por parte de alguns membros da comunidade os quais passam, então, a estabelecer algum tipo de direito sobre o produto ou sobre os próprios trabalhadores.
Configuração básica de classes: De um lado, os proprietários ou possuidores dos meios de produção (classe dominante – burguesia), de outro, os que não os possuem (classe dominada – proletariado).
O estabelecimento de novas relações sociais de produção com a organização jurídica e política correspondente e, com elas, de novas classes, quase nunca representa uma completa extinção dos modos de produção anteriores, cujos traços às vezes só gradualmente vão desaparecendo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Luta de classes: relaciona-se diretamente à mudança social, ao antagonismo de interesses na estrutura produtiva, à superação dialética das contradições existentes. É por meio da luta de classes que as principais transformações estruturais são impulsionadas, por isso ela é dita o “motor da história”.
Classes: conjunto dos membros de uma sociedade que compartilham determinadas condições objetivas ou pessoas que se organizam politicamente para a defesa consciente de seus interesses, principalmente no que se refere à propriedade dos meios de produção.
A consciência de classe conduz à formação de associações políticas (sindicatos, partidos) que buscam a união solidária entre os membros da classe oprimida com vistas à defesa de seus interesses e ao combate aos opressores.
As relações de produção capitalistas implicam na existência do mercado, onde também a força de trabalho é negociada por um certo valor entre o trabalhador livre e o capital. A força de trabalho é uma mercadoria que tem características peculiares: é a única que pode produzir mais riqueza do que seu próprio valor de troca.
Tempo de trabalho necessário X Tempo de trabalho excedente
Mais-valia: valor que ultrapassa os fatores consumidos no processo produtivo (meios de produção e força de trabalho), e que se acrescenta ao capital empregado inicialmente na produção. Ela expressa o grau de exploração da força de trabalho pelo capital, é a disparidade entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho.
Mais-valia absoluta: Aumenta-se a jornada de trabalho sem que o salário tenha um aumento proporcional. 
Mais-valia relativa: Faz-se melhorias nos processos técnicos de trabalho que, por conseguinte, aumentam a produtividade. 
O que impede o trabalhador de perceber como se dá efetivamente todo esse processo é sua situação alienada. O afastamento do trabalhador de seu produto final o impedede medir o valor de seu trabalho, possibilitando ao capitalista apropriar-se de parte desse valor.
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Marx formula o seu conceito de alienação na contradição de que quanto mais riqueza o trabalhador produz, mais pobre ele fica e sublinha três aspectos:
1) o trabalhador é alienado em relação às coisas, relaciona-se com o produto do seu trabalho como algo alheio a ele;
2) o trabalhador é alienado em relação a si mesmo, sua atividade não está sob seu domínio;
3) a vida produtiva torna-se apenas meio de vida para o trabalhador.
O trabalhador e suas propriedades humanas só existem para o capital. Se ele não tem trabalho, não tem salário, não tem existência.
Resumindo alienação: o operário não se reconhece no produto que criou, em condições que escapam a seu arbítrio e às vezes até à sua compreensão, nem vê no trabalho qualquer finalidade que não seja a de garantir sua sobrevivência.
Fetichismo da mercadoria: incapacidade dos produtores de perceber que, através da troca dos frutos de seus trabalhos no mercado, são eles próprios que estabelecem uma relação social. As mercadorias, dentro do sistema capitalista, ocultam as relações sociais de exploração do trabalho.
Ideologia é a percepção da realidade com base em uma perspectiva sobre ela que vem da classe dominante. (Falsa sensação de ascensão quando se adquire algo que normalmente é utilizado pela classe dominante – aquilo que é bom é o que a burguesia usa)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Marx e Engels atribuem ao proletariado o papel de agente transformador da sociedade capitalista. “A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis”. Por meio de um processo revolucionário, as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes em mãos de uma classe desaparecem e, a partir de então, inicia-se um processo de fundação da sociedade sobre novas bases.
Quando a necessidade de expansão das forças produtivas de uma dada formação social choca-se com as estruturas econômicas, sociais e políticas vigentes, estas começam a se desintegrar, para dar lugar a uma nova estrutura, já anunciada nos elementos contraditórios da sociedade que se extingue. 
Quando uma classe consegue impor-se sobre outras classes debilitadas ou historicamente ultrapassadas, ela age a favor de seus interesses e seu domínio. Embora a luta de classes venha a desembocar na conquista do poder, não se trata de uma mera troca de posições - de modo que os que eram anteriormente oprimidos passem a ocupar o lugar dos opressores - mas da construção de uma nova sociedade sobre outras bases.
Marx afirma que “o comunismo é a forma necessária e o princípio dinâmico do futuro imediato” Ele possibilita submeter a criação dos homens “ao poder dos indivíduos associados” e que a divisão do trabalho passe a obedecer aos interesses de toda a sociedade.

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