AVA - Teoria Geral do Delito e Principiologia Constitucional

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Teoria Geral do Delito e Principiologia Constitucional
Professor(a): Paulo Henrique de Godoy Sumariva (Doutorado)
1)
2)
Prepare-se! Chegou a hora de você testar o conhecimento adquirido nesta disciplina. A Avaliação Virtual (AV) é composta por questões objetivas e
corresponde a 100% da média final. Você tem até cinco tentativas para “Enviar” as questões, que são automaticamente corrigidas. Você pode
responder as questões consultando o material de estudos, mas lembre-se de cumprir o prazo estabelecido. Boa prova!
De acordo com Luiz Régis Prado (2011, p. 436):
A incidência tão somente dos elementos ___________ das causas excludentes de _________ (ex.: agressão injusta, necessidade de defesa –
na legítima defesa) não é o bastante para justificar uma ação ou omissão típica, se ausente o ____________ respectivo (conhecimento e
ânimo de defesa).
Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas:
Fonte: PRADO, Luiz Régis. Direito Penal brasileiro – Parte Geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
Alternativas:
Da ilicitude; culpabilidade; elemento objetivo.
Objetivos; ilicitude; elemento subjetivo.  CORRETO
Do tipo; ilicitude; excludente de culpabilidade.
Subjetivos; culpabilidade; elemento objetivo.
Objetivos; culpabilidade; elemento subjetivo.
Código da questão: 72829
Leia e associe as duas colunas a seguir:
Início da descrição. O quadro é formado por duas colunas e três linhas. A primeira coluna traz três opções: 1. Anterioridade; 2. Culpabilidade;
e 3. Lesividade. A segunda coluna traz também três opções: A. Afasta a responsabilidade objetiva.; B. Afasta a retroatividade maléfica da lei
penal.; e C. Afasta a incriminação de atitude interna. Fim da descrição.
Assinale a alternativa que 
traz a associação correta entre as duas colunas:
Alternativas:
I-C; II-A; III-B.
I-C; II-B; III-A.
I-A; II-C; III-B
I-A; II-B; III-C.
I-B; II-A; III-C.  CORRETO
Resolução comentada:
De acordo Luiz Regis Prado (2011, p. 436), a incidência tão somente dos elementos objetivos das causas excludentes de ilicitude (ex.:
agressão injusta, necessidade de defesa – na legítima defesa) não é o bastante para justificar uma ação ou omissão típica, se ausente
o elemento subjetivo respectivo (conhecimento e ânimo de defesa).
Isso porque a lei penal, ao proibir a realização de ações dolosas ou culposas, lesivas ou perigosas a um bem jurídico, não pode valorar
positivamente a produção de resultados que só estejam amparados de um modo objetivo e causal em uma causa de justificação.
Fonte: PRADO, Luiz Régis. Direito Penal brasileiro – Parte Geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
Resolução comentada:
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Código da questão: 72821
Dentro da classificação de crime de perigo, a doutrina destaca também a existência de outras duas subespécies, com peculiaridades e
funções distintas. A primeira é o crime de perigo concreto e, em seguida, o crime de perigo abstrato. Enquanto o perigo expõe explícita ou
implicitamente o perigo na conduta do agente, no crime de perigo abstrato presume-se o risco na conduta do agente.
Com base nisso, analise as assertivas a seguir e identifique as corretas:
I. De acordo com parte da doutrina, o crime de perigo abstrato viola o princípio da lesividade, visto que exclui a necessidade de
comprovação de dano ou ameaça concreta a um bem jurídico protegido.
II. Nos crimes de dano, há violação ao princípio da proporcionalidade, visto que a pena, como reação do Estado, não observa o dano ou a
ameaça real provocada pelo agente ao bem jurídico.
III. A incriminação da tentativa nos crimes de dano viola o princípio da lesividade.
IV. O crime de perigo abstrato afasta a necessidade de se comprovar o dolo ou a culpa do agente.
V. O crime de perigo concreto viola o princípio da legalidade, visto que deixa de descrever o elemento normativo do perigo.
São verdadeiras:
Alternativas:
I, II, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e IV, apenas.
I, apenas.  CORRETO
Código da questão: 72822
A associação correta entre as duas colunas é:
1 B. Anterioridade: afasta a retroatividade maléfica da lei penal.
2 A. Culpabilidade: afasta a responsabilidade objetiva.  
3 C. Lesividade: afasta a incriminação de atitude interna.
Vale lembrar:
Como efeito decorrente do princípio da legalidade, devemos destacar que o princípio da anterioridade impede a retroatividade e a
ultratividade da lei penal maléfica. Uma lei posterior maléfica não pode retroagir a fatos anteriores à sua vigência nem gerar efeitos
posteriores após a sua revogação.
O princípio da proporcionalidade possui quatro funções primordiais: proibir a incriminação de uma atitude interna; proibir a conduta
que não exceda o âmbito do próprio autor; proibir a incriminação de estados ou condições existenciais; e proibir a incriminação de
condutas desviadas e que não afetem bem jurídico.
Sabe-se que, pela Constituição brasileira atual, o Estado brasileiro somente poderá incriminar alguém caso fique constatada a
respectiva responsabilidade subjetiva, como decorrência do princípio da culpabilidade. Assim, o agente só se torna responsável pelo
resultado que produziu quando age ou com dolo (isto é, com vontade e consciência de atingir o resultado), ou com culpa (isto é, sendo
previsível o resultado, ele age com imprudência, negligência ou imperícia).
Resolução comentada:
A afirmativa I é correta, pois o legislador exime a necessidade de verificação do risco concreto ao bem jurídico protegido.
A afirmativa II é incorreta, pois no crime de dano há necessidade de verificação de ameaça ou do próprio dano ao bem jurídico
protegido.
A afirmativa III é incorreta, pois a tentativa nos crimes de dano chega a ameaçar o bem jurídico protegido.
A afirmativa IV é incorreta, pois o dolo ou a culpa deve ser observado em todas as condutas penais.
A afirmativa V é incorreta, pois no crime de perigo concreto existe a previsão no tipo penal do perigo na conduta do agente.
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5)
As hipóteses excludentes de ilicitude podem estar previstas tanto na parte geral do Código Penal quanto em qualquer outra fonte do
direito. No caso do aborto provocado em razão de risco de morte à gestante, trata-se de  _________.  Já a venda de bens deixados pelo
hóspede em estabelecimento hoteleiro configura _________, previsto no Código Civil. Por sua vez, o policial que efetua prisão em flagrante
age em ________.
Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas:
Alternativas:
Estado de necessidade; exercício regular de direito; estrito cumprimento 
do dever legal.  CORRETO
Estrito cumprimento do dever legal; estado de necessidade; exercício 
regular de direito.
Estado de necessidade; estrito cumprimento do dever legal; exercício 
regular de direito.
Estrito cumprimento do dever legal; exercício regular de direito; estado 
de necessidade.
Exercício regular de direito; estado de necessidade; estrito cumprimento 
do dever legal.
Código da questão: 72837
De acordo com o princípio da exteriorização do fato, consagra o Direito Penal o fato de que só pode ser aplicado em relação às condutas
humanas que tenham atingido com perigo ou lesão um bem jurídico. A exteriorização da conduta pode se dar através da ação ou da
omissão.
Início da descrição. O quadro é formado por duas colunas e três linhas. A primeira coluna traz três opções: 1. Conduta omissiva própria; 2.
Conduta omissiva própria; e 3. Conduta comissiva. A segunda coluna traz também três opções: A. Trata-se de uma ação proibida por uma
norma penal incriminadora.; B. O tipo penal descreve expressamente que o autor deixa de agir, de prestar assistência etc.; e C. O agente
atinge o resultado de um crime normalmente comissivo, maso faz deixando de agir quando tinha o dever de evitar o resultado. Fim da
descrição.
Assinale a alternativa que traz a associação correta entre as duas colunas:
Alternativas:
I-A; II-B; III-C.
I-C; II-A; III-B.
I-C; II-B; III-A.
I-B; II-C; III-A.  CORRETO
I-A; II-B; III-C.
Resolução comentada:
No caso do aborto provocado em razão de risco de morte à gestante, trata-se de estado de necessidade. Já a venda de bens deixados
pelo hóspede no estabelecimento hoteleiro configura exercício regular de direito, previsto no Código Civil. Por sua vez, o policial 
que efetua prisão em flagrante age em estrito cumprimento do dever legal.
Resolução comentada:
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7)
Código da questão: 72827
Uma das razões para a superpopulação carcerária é o uso excessivo da prisão preventiva em processos em que poderiam ser usadas
outras modalidades de medidas restritivas. Ocorre que o poder judiciário acaba por ceder à pressão social muitas vezes para impor uma
medida restritiva de liberdade como resposta à sensação geral de impunidade, seja pela gravidade abstrata do crime, seja pela
repercussão que ele ganhou no meio social.
Contudo, quando se antecipam os efeitos de uma condenação antes do julgamento apenas para satisfazer os anseios sociais em um
caso cujo processo ainda se encontra em andamento, podemos violar qual dos princípios a seguir?
Alternativas:
Princípio da proporcionalidade.
Princípio da culpabilidade.
Princípio da presunção de inocência.  CORRETO
Princípio da razoabilidade.
Princípio da ofensividade.
Código da questão: 72819
A associação correta entre as duas colunas é:
1 B. Conduta omissiva própria: o tipo penal descreve expressamente que o autor deixa de agir, de prestar assistência etc.
2 C. Conduta omissiva imprópria: o agente atinge o resultado de um crime normalmente comissivo, mas o faz deixando de agir
quando tinha o dever de evitar o resultado.
3 A. Conduta comissiva: trata-se de uma ação proibida por uma norma penal incriminadora.
Vale lembrar:
Ação – Crime comissivo: trata-se de uma conduta ou ação proibida por uma norma penal incriminadora.
Omissão – Crime omissivo: trata-se de uma conduta omissiva diante da obrigação legal de agir.
Omissão própria: o tipo penal descreve expressamente que o autor deixa de agir, de prestar assistência etc.
Omissão imprópria: o agente atinge o resultado de um crime normalmente comissivo, mas o faz deixando de agir quando tinha o
dever de evitar o resultado.
Resolução comentada:
Como o próprio nome nos informa, o princípio da presunção de inocência é aquele dispositivo que dirige ao Estado um dever de tratar
o acusado em geral sob a condição de inocente até que sobrevenha uma sentença penal condenatória em definitivo. Aprisionar
alguém sem motivo especial durante o processo é violar a presunção que pesa em favor de todos os acusados, além de sobrecarregar
o sistema penitenciário com pessoas que podem ser absolvidas no final.
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8)
João dirigiu-se a uma farmácia para comprar medicamentos necessários a um tratamento a que sua mulher vinha se submetendo. Devido
à urgência e ao estado dela, saiu às 23h, um horário perigoso na cidade onde morava. Ocorre que, ao sair do estabelecimento, ele foi
abordado por Hélio, que anunciou o assalto. João, contudo, mesmo ciente do perigo da situação, resolveu transportar ilegalmente uma
arma de fogo. Assim, tão logo Hélio apontou uma arma de brinquedo, João sacou a sua e disparou três tiros. Hélio fugiu assustado sem
ser atingido, mas Joana, que passava pelo local, foi atingida com um tiro fatal.
Analise as assertivas a seguir e identifique as corretas:
I. João responderá por homicídio, não podendo se beneficiar da excludente, visto que atingiu terceiros.
II. João agiu em legítima defesa.
III. João não poderá se beneficiar da excludente, visto que transportou ilegalmente uma arma, entendendo-se que ele próprio criou o
perigo.
IV. João se beneficiará da excludente, já que mirou corretamente a pessoa causadora da agressão injusta, vindo a atingir outra por erro de
execução.
V. João agiu em estado de necessidade.
São verdadeiras:
Alternativas:
I e III, apenas.
IV e V, apenas.
I, apenas.
III e V, apenas
II e IV, apenas  CORRETO
Código da questão: 72836
Sobre os requisitos da tipicidade, analise as afirmativas a seguir e assinale-as com V (verdadeiro) ou F (falso):
(   ) O dolo é a consciência e a vontade de agir conforme a descrição do tipo penal.
(   ) Na culpa consciente, o agente assume o risco, mas não aceita um resultado lesivo.
(  ) No dolo eventual, o agente assume o risco e aceita o resultado.
(   ) Configura-se o crime culposo mesmo quando o resultado era objetivamente imprevisível.
(   ) A desobediência a um dever de cuidado objetivo não é um elemento do crime culposo. Basta agir com imprudência, negligência ou
imperícia.
Assinale a alternativa que contenha a sequência correta de V e F:
Alternativas:
V – V – F – V – F.
F – V – V – V – F.
F – F – F – V – V. 
V – V – V – F – F.  CORRETO
F – V – F – V – F.
Resolução comentada:
A afirmativa I é incorreta, pois João atingiu um terceiro em erro de execução.
A afirmativa II é correta, já que João agiu em legítima defesa.
A afirmativa III é incorreta, pois o perigo foi criado por Hélio, que anunciou o assalto.
A afirmativa IV é correta, uma vez que João atingiu Joana por erro de execução.
A afirmativa V é incorreta, já que João agiu em legítima defesa.
Resolução comentada:
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9)
10)
Código da questão: 72825
Sobre a ilicitude, analise as afirmativas a seguir e assinale-as com V (verdadeiro) ou F (falso):
(   ) O elemento subjetivo da ilicitude é a vontade de agir no sentido de atingir uma causa justificante, pretendendo dirigir o resultado à
salvação.
(   ) O elemento objetivo da ilicitude é a incidência das causas excludentes de ilicitude à conduta típica.
(  ) A causa que eventualmente justifique a conduta deverá ser necessariamente de natureza penal.
(   ) Se for uma conduta ilícita na esfera cível, será necessariamente ilícita na esfera penal pelo princípio da noção unitária da ilicitude.
(   ) A ilicitude é a primeira fase do exame sobre o crime.
Assinale a alternativa 
que contenha a sequência correta de V e F:
Alternativas:
V – V – F – V – F.
F – V – F – V – F.
F – V – V – V – F.
F – F – F – V – V. 
V – V – F – F – F.  CORRETO
Código da questão: 72830
A primeira, a segunda e a terceira afirmativas são verdadeiras.
Veja a forma correta das afirmativas falsas:
Quarta – Não se configura o crime culposo quando o resultado era objetivamente imprevisível de ocorrer.
Quinta – A desobediência a um dever de cuidado objetivo se faz necessariamente por uma das seguintes formas: imprudência,
negligência e imperícia.
Resolução comentada:
A primeira e a segunda afirmativas são verdadeiras.
Veja a forma correta das afirmativas falsas:
Terceira – A causa que eventualmente justifique a conduta poderá vir de qualquer esfera do direito, não se limitando nem mesmo aos
dispositivos legais e podendo vir de valores como a necessidade (estado de necessidade).
Quarta – Se for uma conduta ilícita na esfera penal, será necessariamente ilícita em outras esferas, mas a recíproca não é verdadeira.
Isso porque no Direito Penal prevalece o princípio da tipicidade e da ultima ratio.
Quinta – A ilicitude é 
a segunda fase do exame sobre o crime.
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Dois motoristas estão dirigindo em fileira por uma rua sem iluminação pública à noite em velocidade compatível com a via. Um pedestre,
caminhando pelo local, não percebe a aproximação dos dois veículos e atravessa a rua.
A partir da históriaapresentada, analise as assertivas a seguir e identifique as corretas:
I. Caso os dois motoristas estejam com o farol desligado, e somente o primeiro motorista atropele o pedestre, os dois devem ser
responsabilizados pela teoria da imputação objetiva.
II. Se o pedestre atravessar fora da faixa, ninguém será responsabilizado em eventual atropelamento com violação às normas de trânsito
pelos motoristas, devido à culpa concorrente.
III. Caso os dois motoristas estejam com o farol desligado, e somente o primeiro motorista atropele o pedestre, mesmo que o farol do
segundo pudesse iluminar o local e impedir o acidente, somente o motorista que efetivamente atropelou o pedestre poderá ser
responsabilizado.
IV. Se os dois motoristas impedirem o acidente com o farol desligado, ainda assim responderão por tentativa em um crime culposo.
V. Se os motoristas não tiverem vislumbrado a previsibilidade do acidente, não poderão responder por crime culposo.
São verdadeiras:
Alternativas:
I, II e IV, apenas.
III e IV, apenas.
III, apenas.  CORRETO
I, IV e V, apenas.
II, III e V, apenas.
Código da questão: 72826
Resolução comentada:
A afirmativa I é incorreta, pois somente o motorista poderia ser responsabilizado por ter aumentado o risco e provocado o resultado
com o risco que criou.
A afirmativa II é incorreta, pois é inadmissível culpa concorrente no Direito Penal.
A afirmativa III é correta, pois o ato do segundo motorista não representou um risco proibido.
A afirmativa IV é incorreta, pois não se admite tentativa em crime culposo.
A afirmativa V é incorreta, pois exige-se a previsibilidade objetiva, e não apenas aquela do agente.
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