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Avaliação Psicológica na Educação

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Avaliação Psicológica no contexto escolar e educacional
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Psicologia, Educação e Avaliação Psicológica
A Psicologia Escolar se refere à prática do psicólogo na escola e/ou em outras instituições educacionais e a psicologia educacional se relaciona às teorias da psicologia que sustentam essa prática.
De acordo com a Resolução do CFP n° 13/2007, o psicólogo atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em grupo e individualmente. Envolve, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino-aprendizagem. Nessa tarefa, considera as características do corpo docente, do currículo, das normas da instituição, do material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema. Em conjunto com a equipe, colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais. 
Psicologia, Educação e Avaliação Psicológica
No caso da Avaliação Psicológica em/ou demandada por instituições escolares, a atuação do psicólogo pode ser particularmente complicada, tanto por ser realizada com crianças e adolescentes – faixas etárias sujeitas a mudanças contínuas de desenvolvimento, como também devido às diferentes partes envolvidas nesse contexto.
A avaliação em psicologia escolar é complexa, pode e deve incluir vários métodos, ferramentas e diferentes fontes de dados (observação de aulas/ momentos informais, entrevista, uso de testes psicológicos e/ou educacionais).
A testagem psicológica se relaciona mais especificamente à administração de uma medida ou procedimento para quantificar um construto psicológico, enquanto a avaliação é mais ampla e focada em vários métodos para responder as perguntas de encaminhamento específicas. 
Identificação de atrasos do desenvolvimento nos primeiros anos escolares 
O desenvolvimento da criança entre 0 e 6 anos apresenta características específicas, com mudanças significativas do ponto de vista cognitivo, motor, da linguagem e psicossocial, que tendem a influenciar a continuidade do processo de escolarização.
A avaliação e o acompanhamento dos processos de desenvolvimento da criança na educação infantil, do ponto de vista da psicologia escolar, têm como objetivo a prevenção e promoção da saúde mental e da aprendizagem integral. Esse acompanhamento deve se dar tanto de forma individual centrada na trajetória de cada criança - quanto coletiva observação do grupo de crianças e avaliação da qualidade das práticas educativas e de cuidados na escola infantil e na família. 
Identificação de atrasos do desenvolvimento nos primeiros anos escolares 
O acompanhamento das crianças deve ser feito de forma sistematizada pelos professores, por meio de pareceres avaliativos, levando em conta os diferentes domínios do desenvolvimento - acadêmico, cognitivo, motor, linguístico e socioemocional.
O psicólogo escolar, então, deve intervir em situações de necessidade de maior atenção, identificando habilidades potenciais e que merecem intervenção mais específica. Sua atuação pode se dar instrumentalizando o professor quanto à observação dessas habilidades e dos marcos desenvolvimentais de cada faixa etária.
A escuta às famílias e aos profissionais que trabalham na escola é fundamental para que se possam identificar as concepções de desenvolvimento infantil e processo educativo dos adultos.
Identificação de atrasos do desenvolvimento nos primeiros anos escolares 
A identificação precoce de atrasos no desenvolvimento que possibilite um encaminhamento para intervenção para promoção do desenvolvimento infantil é largamente fundamentada cientificamente.
Entende-se que quanto mais cedo for feito o encaminhamento para intervenções, maiores serão os benefícios para o desenvolvimento e as chances de amenizar as consequências de um transtorno, devido à maior plasticidade cerebral nessa etapa da vida.
A avaliação dos marcos do desenvolvimento pode auxiliar na identificação de atrasos por diferentes procedimentos.
Atrasos podem ser identificados em observação de brincadeiras, interações sociais, comunicação e linguagem, ou motricidade.
Identificação de atrasos do desenvolvimento nos primeiros anos escolares
Mesmo que a avaliação psicológica não seja o foco do psicólogo escolar, o uso de instrumentos breves e padronizados pode fornecer uma análise mais apurada do desenvolvimento.
Entre os instrumentos que existem, está disponível a versão breve do Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (IDADI-B, Mendonça et al., 2021).
Com o IDADI-B é possível classificar o desenvolvimento infantil como típico ou em risco, portanto esse instrumento pode ser uma medida útil no contexto escolar. 
Outra opção de instrumento nessa perspectiva é o Ages and Stages Questionnaire (ASQ-3) que foi adaptado e validado para o Brasil por Filgueiras et al. (2013). O ASQ-3 avalia o desenvolvimento de crianças com idades entre 2 e 66 meses.
Identificação de sinais
de risco para Transtornos do Neurodesenvolvimento na escola
Identificar o mais cedo possível sinais de risco para os transtornos do neurodesenvolvimento é fundamental para o desenvolvimento adequado da criança, pois dessa forma permite que intervenções sejam iniciadas o quanto antes.
O TEA (Transtorno do Espectro Autista) trata-se de uma condição clínica caracterizada por déficits na comunicação e interação social, com presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento. Esses comprometimentos manifestam-se nos primeiros anos de vida, limitam ou prejudicam a vida diária e não são mais bem explicados por deficiência intelectual ou atraso global do desenvolvimento. 
A capacidade de compreender intenções comunicativas dos outros, estimulada por meio de interações de atenção conjunta e do jogo simbólico, é o que permite o aprendizado de símbolos linguísticos. Dessa forma, o desenvolvimento da compreensão dos outros como seres intencionais e a capacidade de identificação com o outro são as bases para a aquisição da linguagem.
Identificação de sinais
de risco para Transtornos do Neurodesenvolvimento na escola
Tendo em vista o papel relevante da interação social nos primeiros meses para o desenvolvimento da linguagem, ressalta-se a importância da identificação precoce de possíveis atrasos ou desvios qualitativos nessa área.
Caso haja um prejuízo na interação social, observam-se também comprometimentos no desenvolvimento da comunicação e da brincadeira simbólica. 
O déficit na habilidade de atenção compartilhada (AC) é considerado um dos principais sinais de risco para TEA, bem como um dos critérios para a diferenciação entre TEA e outros transtornos do neurodesenvolvimento (Backes et al., 2018).
Os comportamentos de iniciativa de atenção compartilhada (IAC) se relacionam com a habilidade da criança em direcionar a atenção do parceiro para um objeto/evento de seu interesse de maneira espontânea, ou seja, sem que o parceiro tenha antes feito algum tipo de solicitação com o objetivo de compartilhar interesse em relação a uma dada situação.
Identificação de sinais
de risco para Transtornos do Neurodesenvolvimento na escola
No caso de crianças com TEA, alguns estudos trazem evidências sobre a identificação de limitações em habilidades sociointerativas, incluindo a AC, em períodos muito precoces do desenvolvimento.
Além de caracterizarem sinais de risco para TEA, os déficits na interação social influenciam outros sinais e sintomas importantes para a identificação precoce do transtorno, como é o caso da brincadeira simbólica.
Destaca-se que o prejuízo na linguagem é um dos sinais que caracterizam o TEA, visto que os déficits na comunicação estão entre os sintomas do transtorno (APA,2014).
Exemplos de Leonardo e Pedro. 
Avaliação de habilidades sociais na escola
A avaliação psicológica constitui um amplo processo de investigação técnica e científica que busca conheceros fenômenos psicológicos, com vistas a subsidiar a tomada de decisão pelo psicólogo em diferentes âmbitos (Resolução CFP n° 09/2018).
Historicamente, a avaliação psicológica no contexto educacional teve como foco de atenção primordial dificuldades no processo de aprendizagem. No entanto, atualmente, tem-se ampliado para outros campos, entre eles, a dimensão sociemocional, como se verificou no estudo de Gomes e Pedrero (2015), no qual a categoria "comportamento afetivo-social" foi o tipo de encaminhamento de queixa escolar mais frequente (quase 60%).
Avaliação de habilidades sociais na escola
A competência social, que é central no campo das HS&CS, se define por interações harmoniosas e saudáveis, pautadas por resultados do tipo ganha-ganha, de modo que a busca por objetivos pessoais deve ser equalizada com a qualidade da relação, consequências positivas também para o interlocutor e o grupo social e o compromisso com a ética da convivência (Del Prette & Del Prette, 2017a).
As HS&CS, conforme defendidas por Del Prette e Del Prette (2017a), se articulam com os princípios de uma educação para cidadania, responsabilidade, autonomia, desenvolvimento pessoal/profissional e busca de condições de vida mais saudáveis para todos.
A questão da avaliação dos componentes da competência social e do desenvolvimento socioemocional constitui um foco de pesquisa e prática no campo das habilidades sociais. A avaliação é importante pelo menos em três momentos: antes, durante e depois de programas de promoção de competência social e desenvolvimento socioemocional. No primeiro momento, o objetivo da avaliação é verificar tanto os recursos como os déficits das crianças e jovens nesses requisitos e componentes, mapeando-se as necessidades de investimento no desenvolvimento socioemocional dos alunos e, a partir delas, procedimentos e estratégias eficientes de ensino.
Avaliação de habilidades sociais na escola
Além dos instrumentos, de autorrelato ou de relato por informantes, que permitem um acesso indireto às habilidades sociais dos educandos, há também recursos e procedimentos que possibilitam um acesso direto às habilidades sociais e variáveis relacionadas. Um desses procedimentos é a observação, que pode ser feita tanto no contexto natural como em situações estruturadas. Um exemplo de observação em situação estruturada são os "cenários comportamentais". propostos por Michelson et al. (1983).
Outra estratégia que produz um indicador importante de competência social, especialmente em crianças, é a avaliação sociométrica (Coie et al., 1982).
Esse procedimento consiste em avaliar o status sociométrico em termos de popularidade, aceitação/rejeição e atributos positivos de crianças/adolescentes, conforme a percepção dos colegas de sala (Del Prette et al., 2006).
OBRIGADA! 
REFERÊNCIAS 
Livro: Hutz, C. S., Bandeira, D. R., & Trentini, C. M. et al. (2021). Avaliação psicológica no contexto escolar e educacional. Grupo A.
Parte 1- Avaliação Psicológica e educação: Capítulo "Psicologia, educação e avaliação psicológica”.
Parte 2- Avaliação das questões do desenvolvimento; Capítulos 3 a 5.
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