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Universidade Cruzeiro do Sul: São Miguel Paulista Licenciatura em Pedagogia; 1°C Sala 505 (Noite) Manoela Santana Ferreira, RGM: 38013941. POLÍTICAS PUBLICAS EM EDUCAÇÃO Sobre a Lei 13146/2015 Estatuto da Pessoa com Deficiência. Professora: Célia Regina da Silva Rocha. Sobre a Lei 13146/2015- Estatuto da Pessoa com Deficiência, responda as questões abaixo: 1. Qual a finalidade da norma instituída nesta Lei? R: Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. 2. Quem é considerada como sendo pessoa com deficiência? R: Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 3. Como e quem avalia a deficiência? R: A perícia biopsicossocial é uma avaliação feita por peritos médicos e assistentes sociais da Previdência Social, que vai além da análise da documentação médica. Ela investiga as barreiras e impedimentos que uma pessoa enfrenta em seu ambiente residencial, social e profissional. Quando necessário, a avaliação da deficiência é realizada por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar e leva em consideração quatro aspectos principais: I - Impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II - Fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - Limitação no desempenho de atividades; IV - Restrição de participação. O Poder Executivo é responsável por criar instrumentos para essa avaliação. O exame médico-pericial pode ser feito utilizando tecnologia de telemedicina ou por análise documental, conforme regulamentação específica. 4. O que é acessibilidade? O que é desenho universal? O que tecnologia assistiva ou ajuda técnica? 1° Acessibilidade: Refere-se à capacidade e condição de alcançar, utilizar e usufruir de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, bem como outros serviços e instalações, com segurança e autonomia. Isso inclui sistemas e tecnologias, tanto na zona urbana quanto na rural, garantindo o acesso para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 2° Desenho Universal: refere-se à concepção de produtos, ambientes, programas e serviços que são utilizáveis por todas as pessoas, sem a necessidade de adaptação ou design específico. Isso inclui a incorporação de recursos de tecnologia assistiva para garantir acessibilidade a uma ampla gama de usuários, independentemente de suas habilidades ou necessidades específicas. 3° Tecnologia Assistiva: Esses são recursos e serviços desenvolvidos para promover a funcionalidade, atividade e participação de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Eles visam aumentar sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. Isso inclui uma variedade de produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços, todos projetados para atender às necessidades específicas desses indivíduos e facilitar sua plena participação na sociedade. 5. Quais são os diferentes tipos de barreiras que precisamos superar? R: Barreiras são entraves, obstáculos, atitudes ou comportamentos que limitam ou impedem a participação social das pessoas e o exercício de seus direitos à acessibilidade, liberdade de movimento, expressão, comunicação e acesso à informação. Elas podem ser classificadas em: a) Barreiras urbanísticas: presentes em vias e espaços públicos ou privados abertos ao público. b) Barreiras arquitetônicas: encontradas em edifícios públicos e privados. c) Barreiras nos transportes: obstáculos em sistemas e meios de transporte. d) Barreiras nas comunicações e na informação: dificuldades na expressão e recebimento de mensagens e informações. e) Barreiras atitudinais: atitudes que prejudicam a participação social das pessoas com deficiência. f) Barreiras tecnológicas: dificuldades de acesso às tecnologias por pessoas com deficiência. 6. Como essa lei define a comunicação e as adaptações razoáveis? Comunicação: Forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações Adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais. 7. O que é a pessoa com mobilidade reduzida? Pessoa com mobilidade reduzida: Aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso. 8. Qual a diferença entre atendente pessoal, a acompanhante e o profissional de apoio escolar? Atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas; Profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas; Acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pessoal. 9. Quais são os tipos de proteção a que estão sujeitas as pessoas com deficiência? R: As pessoas com deficiência têm direito à proteção contra diversos tipos de abusos, como negligência, discriminação, violência e tratamento desumano. Crianças, adolescentes, mulheres e idosos com deficiência são considerados particularmente vulneráveis a essas formas de violência e discriminação. A deficiência não afeta a capacidade civil das pessoas, permitindo que elas se casem, exerçam seus direitos sexuais e reprodutivos e decidam sobre questões relacionadas à reprodução e planejamento familiar. Também é garantido o direito de conservar a fertilidade, sendo proibida a esterilização compulsória. Além disso, as pessoas com deficiência têm o direito à família, convivência comunitária e acesso à guarda, tutela, curatela e adoção em igualdade de oportunidades com outras pessoas. 10. Por que a pessoa com deficiência precisa de atendimento prioritário? R: A pessoa com deficiência precisa de atendimento prioritário devido a uma série de razões, todas centradas na garantia de igualdade de oportunidades e acesso aos direitos fundamentais. Em resumo, o atendimento prioritário é essencial para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso igualitário aos serviços, promovendo sua inclusão e bem-estar na sociedade. 1. Equidade e Justiça: O atendimento prioritário é necessáriopara garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso equitativo aos serviços e recursos, nivelando o campo de jogo e compensando desvantagens históricas e sociais. 2. Acessibilidade: Muitas pessoas com deficiência enfrentam barreiras físicas, comunicativas e sociais que dificultam seu acesso a serviços essenciais. O atendimento prioritário ajuda a mitigar essas barreiras, tornando os serviços mais acessíveis. 3. Necessidades Específicas: As pessoas com deficiência frequentemente têm necessidades específicas que requerem atenção especializada e adaptada. O atendimento prioritário garante que essas necessidades sejam reconhecidas e atendidas de maneira adequada e oportuna. 4. Promoção da Autonomia: Ao receber atendimento prioritário, as pessoas com deficiência têm mais oportunidades de desenvolver sua autonomia e independência, permitindo-lhes participar plenamente da sociedade e tomar decisões que afetam suas vidas. 5. Respeito aos Direitos Humanos: O atendimento prioritário é um aspecto fundamental do respeito aos direitos humanos das pessoas com deficiência, garantindo que sejam tratadas com dignidade, igualdade e não discriminação. 6. Inclusão Social: Priorizar o atendimento às pessoas com deficiência promove a inclusão social, ajudando a combater o isolamento, a exclusão e o estigma social que muitas vezes enfrentam. Atendimento Prioritário Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: I - Proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; II - Atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público; III - Disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas; IV - Disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque; V - Acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis; VI - Recebimento de restituição de imposto de renda; VII - Tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências. § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo. § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de atendimento médico.