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AVALIAÇÃO A3 – 05/10/2023 Aluno: Gabriela Tognoni Moreira – Nº Matricula: 2023121692 Disciplina: Biossistemas do Corpo Humano Curso: Bacharelado em Farmácia 1. SISTEMAS o Sistema Osteomioarticular O sistema osteomioarticular, como o nome já diz, é contemplado pelo sistema ósseo, sistema muscular e sistema articular. Sendo assim, esse sistema é fundamental para o controle motor e o movimento humano, de forma que os ossos dão suporte aos músculos que realizaram o movimento, podendo ele ser realizado graças as articulações presentes naquela região. Para entender melhor esse sistema, é importante saber que existem 3 planos anatômicos do corpo humano: plano frontal/coronal, sagital e transversal. O primeiro divide o corpo em anets posterior e anterior, o segundo em metades – cabeça aos pés, e o terceiro em superior e inferior. Atravessando esses planos, temos 3 eixos de movimento: o anteroposterior que atravessa o plano frontal e permite os movimentos de adução e abdução; o eixo latero- lateral, que atravessa o sagital e permite os movimentos de flexão e extensão; e o eixo longitudinal, que atravessa o plano transversal e permite a rotação do corpo. Os ossos garantem suporte para os tecidos moles, proteção para os órgãos internos e células sanguíneas, auxílio na movimentação – uma vez que ajudam na fixação dos músculos, garantem uma homeostasia mineral, sendo fonte de armazenamento de diversos minerais, produzem células sanguíneas e armazenam os triglicerídeos. O esqueleto humano é dividido em 4 porções: a cabeça, tronco, membros superiores e membros inferiores, compondo os 206 ossos do corpo humano adulto. Os músculos representam em torno de 40% do peso total de uma pessoa, e são controlados pelo sistema nervoso somático, que funciona de maneira voluntária. Suas principais funções são: auxiliar na execução dos movimentos e também produzir força para promover sustentação corporal, além de produzir calor durante períodos de exposição ao frio. Os músculos são compostos principalmente pelo ventre muscular e pelo tendão O ventre muscular é a porção contrátil, carnosa doo músculo. O tendão é a estrutura que conecta o ventre muscular ao osso. Os tipos de contração muscular são: contração concêntrica, que aproxima a origem e inserção do músculo ao contrair; a contração excêntrica, quando ocorre um afastamento entre a origem e a inserção; concentração isométrica que é quando não há uma alteração do comprimento do músculo, ou seja a origem e a inserção se mantêm à mesma distância. Podem ser classificados de acordo com: forma e arranjo das fibras musculares, número de tendões de origem, número de ventres musculares, ação realizada e a função do músculo. As articulações são as uniões entre dois ou mais ossos do esqueleto humano, sendo de diferentes tipos, de forma que pode ocorrer mais ou menos movimento em determinados segmentos do corpo humano. Além disso, as articulações podem ser divididas em três tipos: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. As articulações fibrosas apresentam um tecido fibroso posicionado no meio dos ossos, como por exemplo as suturas do crânio. Elas possuem uma movimentação limitada, que é dependente do comprimento das fibras que unem os ossos. As articulações cartilagíneas garantem um movimento também limitado, mas também há a possibilidade de movimentos de torção e pressão, podendo ser primárias ou secundárias. As primárias são temporárias, podendo posteriormente serem substituídas por ossos, e as secundárias apresenta, uma fibrocartilagem espessa entre dois ossos, ajudando na absorção do impacto e nos movimentos de compressão, como no caso da articulação dos ossos púbicos. As articulações sinoviais permitem uma liberdade de movimento, tendo como função principal oferecer uma amplitude de movimente, além de manter estabilidade. Essa articulação é composta de líquido sinovial que serve como uma espécie de lubrificante para a articulação e também de cartilagem articular, que recobre as faces articulares dos ossos – além disso, algumas podem apresentar ligamentos e meniscos, como por exemplo a articulação presente no joelho. o Sistema Nervoso De acordo com Guilherme Carvalhal Ribas III, temos que desde os primórdios da vida, a principal função do sistema nervoso seria a realização da adaptação ao meio ambiente por meio de 3 principais características: a irritabilidade, condutibilidade e contratilidade. Entretanto, conforme ocorreu a evolução das espécies, as funções do sistema nervoso se expandiram, uma vez que a necessidade pela adaptabilidade também cresceu, e os estímulos do meio fizeram com que o nível de informação que esse sistema precisa processar fosse maior, e grandemente mais complexa. O sistema nervoso é uma composição de dois sistemas que devem agir em conjunto, sendo eles o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC é composto pelo encéfalo e pela medula espinha; já o SNP é composto pelos nervos cranianos e espinhais e gânglios nervosos. Cada um dos componentes do sistema nervoso é extremamente delicado, necessitando de uma proteção extra contra potenciais traumatismo e impactos [TORTORA; DERRICKSON; 2016]. Figura 1: Divisão do sistema nervoso Fonte : Imagem - https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico SISTEMA NERVOSO CENTRAL O encéfalo é divido em 4 partes essencialmente, que são o cérebro, o diencéfalo – composto pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo, o tronco encefálico e o cerebelo; além do mais, a proteção deste é o feita pelo crânio, e pelas meninges encefálicas. O cérebro ocupa a maior parte do encéfalo, sendo repleto de dobras/sulcos. O córtex cerebral compõe a superfície externa cinzenta, e a medula cerebral compões a parte interna ao cérebro, sendo branca. Além do mais, ele é dividido em dois hemisférios, o direito e o esquerdo, os quais são divididos em 5 lobos centrais: frontal, temporal, parietal, occipital e ínsula. O lobo frontal é responsável pela função motora voluntária, a motivação, a agressão, o olfato e o humor. Já o lobo temporal recebe e avalia informação auditivas e olfatórias e possuem importante papel na memória. O lobo parietal também recebe e avalia a maior parte das informações somatossensorias, com exceção do olfato, audição, gustação e visão. O lobo occipital é responsável por receber e também avaliar os sinais visuais. Por último, temos o lobo da ínsula que é responsável pelas informações gustatórias. O Diencéfalo localiza-se entre o cérebro e o tronco encefálico. O tálamo transmite os estímulos sensoriais, além de influenciar o humor e as lidar com as fortes emoções: medo, raiva, etc. O epitálamo é responsável por modular o ciclo de sono e demais ritmos biológicos. Já p hipotálamo é responsável por regular o sistema endócrino, atuando na seção de hormônios pela hipófise. O tronco encefálico serve de meio termo entre o encéfalo e a medula espinhal, sendo dividido entre mesencéfalo, ponte e bulbo. No mesencéfalo ocorre a manutenção do tônus muscular e a coordenação dos movimentos, sendo o lugar onde localiza-se a substância negra. A ponte trabalha na regulação do sono e da respiração (juntamente com o bulbo). No bulbo também ocorre a presença que pares cranianos que iram atual como centro de reflexos vitais: frequência cardíaca, respiração, deglutição, tosse, etc. O cerebelo apresenta e seu interior a substância branca, sendo dividido em dois hemisférios laterais, sendo relacionado com as funções de equilíbrio e de coordenação motora A medula espinhal necessita proteção assim como o encéfalo, sendo feita pelo canal vertebral, pelas meninges, por ligamentos e pelo líquido cérebro-espinhal. Ela pode ser dividida em 4 partes: vertebras cervicais, torácicas, lombares e sacrococcígea, sendo que as que possuemmais destaques são as cervicais e a lombares, pois é a partir dessas regiões que são formados os plexos braquial e lombar, que inervam os membros superiores e inferiores. Na medula, tem-se a divisão entre a substância cinzenta, localizada em sua região interna abrangendo os corpos celulares neurais, e a substância branca, localizando-se na região externa, abrangendo os feixes de axônios mielinizados. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO O SNP é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. O primeiro é responsável por regular as contrações voluntárias além de proporcionais a inervação sensitiva. Já o segundo é responsável por regular as funções involuntárias, formando o então sistema nervoso autônomo, que por sua vez pode ser dividido em simpático e parassimpático. O sistema nervoso autônomo funciona independente da vontade, consistindo de neurônios que conduzem impulsos no sistema nervoso central para as glândulas, musculo liso e cardíaco. Suas funções incluem o aperfeiçoamento os órgãos e seus sistemas e manter a estabilidade e equilíbrio interno do corpo. o O sistema nervoso simpático desencadeia a resposta a impulsos ligados com “luta/fuga”, através do neurotransmissor noradrenalina. Além disso participa também do controle do fluxo sanguíneo tecidual o O sistema nervoso parassimpático atua em “oposição” a via simpática, revertendo os efeitos da resposta de luta/fuga, ou seja, diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial e constrição das pupilas. O sistema nervoso somático controla os músculos esqueléticos, constituído de apenas um tipo de neurônio que se origina no SNC e se projeta para o músculo esquelético. Nesse sistema, temos a acetilcolina como neurotransmissor liberado para a resposta neurológica, sendo liberado pelas vesículas sinápticas. o Sistema Endócrino O sistema endócrino é uma das principais vias responsáveis pela adaptação do corpo humano as condições ambientais que é frequentemente exposto, atuando por meio de hormônios específicos que são produzidos e liberados por glândulas endócrinas que atuam no metabolismo humano. Como é necessário que essas condições ambientais sejam captadas por algum sistema, temos que há uma ação conjunta e uma comunicação importantíssima no sistema endócrino com o sistema nervoso. As glândulas endócrinas são diversas, e têm como principal função a produção e secreção de hormônios na corrente sanguínea. O sangue irá levar esses hormônios para os órgãos específicos que geraram uma resposta também específica. A definição tradicional do que é um hormônio gira em torno de ser uma substância química produzida por uma célula, ou grupo de células, que será transportada para um alvo distante, através do sangue, de forma que a atividade sinalizadora dos hormônios possui uma duração limitada para que o corpo responda sempre as mudanças em seu estado interno. Os hormônios possuem algumas divisões, com relação a ação as células alvo e com relação as suas classes químicas. O primeiro consiste em dividir os hormônios em polares, que são hidrossolúveis e não atravessam membranas celulares, e não polares – que são lipofílicos e podem penetrar suas células alvo, ultrapassando as células alvo. Com relação a classe química temos as seguintes divisões: aminas, hormônios polipeptídicos, as glicoproteínas e os hormônios esteroides. Os hormônios são distribuídos pelo sangue para todas as células do corpo, mas para responder a determinado hormônio, a célula-alvo precisa de proteínas receptoras específicas àqueles hormônios. As principais glândulas endócrinas são as seguintes: hipófise, suprarrenais, tireoide e paratireoide. A seguir alguns detalhes sobre cada uma delas: HIPÓFISE: a hipófise é estruturalmente e funcionalmente dividida entre adeno- hipófise e neuro-hipófise, sendo que cada uma dessas partes tem sua função. A primeira, também subdividida em parte distal e parte tubular, é a principal parte endócrina da glândula; já a segunda é a parte neural, ou seja, consiste na parte nervosa, com fibras entendendo-se por meio do infundíbulo (parte que conecta a glândula ao hipotálamo). Os hormônios por ela liberados controlam várias outras glândulas e tecidos, sendo considerada uma glândula “mestre”. SUPRARRENAIS: são órgãos pareados, localizando-se na parte de cima dos rins, além de serem constituídas por um córtex externo e uma medula interna. A medula suprarrenal secreta hormônios catecolaminas – isto é, adrenalina, noroadrenalida- na corrente sanguínea em resposta as fibras nervosas simpáticas. Seu funcionamento é estimulado pelo hormônio ACTH secretado pela hipófise, uma vez que não possui inervação neural. Os hormônios secretados pelas glândulas suprarrenais realizam a metabolização de carboidratos e gorduras, para a produção de energia a ser utilizada pelos músculos. Além do mais, elas agem quando há uma situação entendida pelo SN como “fuga/luta” liberando então adrenalina. TIREOIDE E PARATIREOIDE: a tireoide é a maior das glândulas endócrinas puras, pesando em torno de 20/25gramas. Ela se localiza abaixo da laringe, e é responsável por produzir e secretar a tiroxina; além disso, ela possui células parafoliculares que secretam o hormônio calcitonina. o Sistema Digestório O sistema digestório é responsável por fornecer matéria e energia para o corpo humano, de forma que os órgãos nele presente são especializados na obtenção de nutrientes dos alimentos consumidos pelo ser humano. A digestão dos alimentos, depende da motilidade e da secreção, que são reguladas para que as enzimas digestórias conseguiam quebrar o alimento em partes muito pequenas para que os nutrientes possam ser absorvidos. Além disso, as etapas no sistema são as seguintes: ingestão, digestão, absorção e eliminação. O sistema se inicia na cavidade oral, com a boca e a faringe, a qual serve como local onde o alimento adentra o sistema. Após, o alimento segue no trato gastrointestinal (trato GI), que é composto pelo esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. BOCA: responsável pela mastigação e consequente formação do bolo alimentar, graças as enzimas presentes nela e as glândulas salivares. FARINGE: conecta a boca ao estômago, realiza a deglutição, além de ser comum ao sistema respiratório e digestório. ESÔFAGO: realiza a deglutição com movimentos peristálticos do musculo liso ESTÔMAGO: age a partir do suco gástrico, tal que a enzima pepsina realizará a digestão das proteínas, responsável por realizar a quimificação do bolo alimentar, que consiste na fase gástrica do processo digestivo. INTESTINO DELGADO: absorve os nutrientes pelas microvilosidades; libera o suco entérico – é nessa fase que se inicia a fase intestinal do processo digestório. Ao longo da passagem pelo intestino, ocorrem movimentos para frente extremamente lentos para permitir a máxima absorção nos nutrientes, água, etc; e para garantir que a digestão seja completa. INTESTINO GROSSO: realiza a absorção de água e realiza a formação da massa fecal. Após a massa fecal ser formada, é eliminada do organismo através do reto. É interessante entender que os processos digestivos se iniciam antes o alimento entre no corpo, isto é, o salivar da boca, o “roncar” do estômago. Esses reflexos se iniciam no cérebro, iniciando a fase cefálica da digestão – resposta antecipatória. O pâncreas e o fígado também contribuem para o processo digestivo, uma vez que o pâncreas produz enzimas digestivas, e ele e o fígado produzem mais de 3 litros de secreções que são necessárias para completar a digestão dos nutrientes provindo do alimento ingerido. Figura 2: Esquema do sistema digestório Fonte : Imagem – https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-digestorio.htm o Sistema Cardiovascular O sistema cardiovascular (SCV) atua na homeostase do organismo,garantindo que os componentes essenciais para a manutenção da vida alcancem os órgãos/células alvo. Para isso o coração serve como uma bomba circulatória que impulsiona sangue nos vasos sanguíneos. O sistema circulatório tem como principal função o transporte de oxigênio, CO2, nutrientes, hormônios; além de também realizar a regulação da temperatura corporal, e contribuir para a defesa contra patógenos ao adentrarem no corpo humano. O sangue é um líquido espesso, de coloração avermelhada que percorre o sistema circulatório, sendo sua principal função, como mencionado, o transporte. Sua composição consiste em elemento figurados – eritrócitos, leucócitos e plaquetas suspensas - e a parte líquida, chamada de plasma – constituído por proteínas plasmáticas dissolvidas, nutrientes, gases respiratórios, hormônios e eletrólitos. A coagulação do sangue é o processo que interrompe hemorragias, e ocorre quando o organismo forma um tampão no local de uma lesão, permitindo a manutenção do fluxo sanguíneo. O coração tem como principais funções: gerar pressão arterial, realizar transporte sanguíneo, promover fluxo unidirecional do sangue e regular o fornecimento de sangue. Ele localiza-se entre os dois pulmões, tendo um formador triangular/piramidal. Ele é envolto pelo pericárdio – tecido conjuntivo que separa o coração dos demais órgãos e limita a expansão durante a diástole ventricular, sendo dividido entre pericárdio fibroso e pericárdio seroso. Entre as partes do pericárdio encontra-se o líquido pericárdico, que reduz o atrito entre as camadas quando ocorre as contrações pelo coração AS camadas que compõem a parede do coração são: epicárdio – mais externa, onde localizam-se os vasos sanguíneos, linfáticos que irrigam o miocárdio; miocárdio – compõe 95% da parede, composto por tecido muscular cardíaco e é responsável por bombear o sangue; endocárdio – camada mais interna, que reveste as câmeras do coração e as válvulas cardíacas. Figura 3: Anatomia do coração Fonte : Imagem - https://www.sanarmed.com/cardiologia-... O coração é composto por 4 câmeras: 2 átrios que recebem o sangue e 2 ventrículos que ejetam o sangue. O lado direito do coração recebe sangue rico com CO2, vindos da veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário; já o lado esquerdo recebe o sangue oxigenado, vindos dos pulmões por meio das 4 veias pulmonares. O ventrículo direito impulsiona o sangue vindo do átrio direito em direção ao pulmão por meio das artérias pulmonares, constituindo então a CIRCULAÇÃO PULMONAR (pequena circulação) O ventrículo esquerdo leva, através da aorta, o sangue oxigenado que veio dos pulmões e passou pelo átrio esquerdo, para o restante do corpo, formando a CIRCULAÇÃO SISTÊMICA (grande circulação) Compondo o sistema cardiovascular, e fazendo com que seja possível essa circulação sanguínea, temos os vasos sanguíneos, sendo os principais: artérias, arteríolas, capilares vênulas e as veias. As artérias são tubos cilíndricos que carregam o sangue a partir dos ventrículos para todas as partes do corpo humano, possuindo uma grande quantidade de tecido elástico, caracterizando sua complacência. o As arteríolas são pequenas artérias que regulando a resistência – o fluxo das artérias para os capilares Os capilares são os menores dos vasos sanguíneos, tendo como sua principal função realizar a troca de substâncias entre o sangue e o líquido intersticial – circula maior parte das células. As vênulas drenam o sangue dos capilares para iniciar o trajeto até o coração, sendo que quanto mais próximas do coração, maiores elas se tornam. Elas possuem válvulas que impedem que ocorra um refluxo do sangue venoso. Outro ponto importante do sistema cardiovascular é a pressão arterial. Ela é determinada pelo volume sanguíneo, pelo débito cardíaco, pela resistência do sistema ao fluxo sanguíneo e pela distribuição relativa do sangue entre os vasos sanguíneos. Quando ocorre o relaxamento do ventrículo para receber o fluxo de sangue, gera a chamada pressão diastólica, que gira em torno de 80mmHg, e quando ocorre a contração do ventrículo temos a pressão sistólica, que gira em torno de 12mmHg A pressão arterial média é determinada então pelo balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias (débito cardíaco) e o fluxo sanguíneo para fora das artérias. o Sistema Urinário O sistema urinário, também conhecido como sistema renal, é responsável pela eliminação de resíduos e também pela filtração de fluidos e substâncias do sangue, eliminando- os através da urina produzida por ele, que será excretada. Ou seja, ele é responsável por tentar manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico no corpo humano. Ele é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra, tal que a disposição é relacionada com: produção, armazenamento e liberação da urina. Os rins são responsáveis por filtrar o sangue, regulando as substâncias presentes no sangue através da formação da urina. Ele é composto por uma camada externa chama de córtex e a camada interna é composta pela medula, onde encontra-se os néfrons – estrutura essencial na formação da urina. Figura 4: Formação da urina no néfron Fonte : Imagem – Bio Explica – página do facebook : https://www.facebook.com/kennedyramosbio/photos/a.533907116738437/3315893845206403/?type=3. NEFRONS: cada néfron possui um corpúsculo renal onde ocorre o processo de filtração do sangue (formado pela cápsula de Bowman e pelo glomérulo renal) e o túbulo proximal, onde o material filtrado pode ser reabsorvido ou concentrado e enviado depois para a bexiga. No glomérulo renal, o nível capilar encontra-se entre as arteríolas de forma que a pressão arterial é forte de modo que a passagem da água e dos resíduos filtrados são forçados para a porção urinária do néfron, sendo assim, essa rede capilar produz o filtrado. o Em seguida, o esse filtrado passa pela Alça de Henle, que logo após penetra noo túbulo contorcido distal, terminando no canal coletor. Esse canal acumula a urina produzida de vários néfrons, e descarta-a na pelve renal. o Nos túbulos, ocorre a reabsorção, onde as substâncias importantes para o corpo retornam para a circulação através de pequenos vasos (capilares sanguíneos) Em seguida, a urina formada flui em direção a bexiga, passando pelos ureteres, com a ajuda da gravidade e do peristaltismo presente na musculatura lisa da parede do ureter. Quando a bexiga se expande ao encher, ela comprime os ureteres de forma a evitar o retorno da urina por eles. A partir do seu musculo detrusor – que se distende quando a bexiga enche e se contrai para a eliminar a urina – a urina é eliminada pela uretra, que irá conduzi-la para o exterior do corpo. https://www.facebook.com/kennedyramosbio/photos/a.533907116738437/3315893845206403/?type=3 o Sistemas Reprodutores Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino é responsável principalmente pela a produção dos óvulos, por secretar os hormônios sexuais, por ser o ambiente onde ocorre o desenvolvimento do embrião e também é responsável pela secreção das glândulas mamárias para a produção de leite. Figura 5: Anatomia interna do sistema reprodutor feminino Fonte : Imagem base - https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/aparelho-reprodutor- feminino.htm, com edição autoral. A anatomia desse sistema é composta por diversos integrantes. Temos os ovários, que produzem os gametas (óvulos-ovócito secundário) e os hormônios sexuais femininos, como a progesterona e o estrogênio. Conectando o útero com os ovários temos as tubas uterinas que fornecem uma via para os espermatozoides chegarem até o óvulo a ser fecundado, além de transportarem os ovócitos secundários fecundados dos ovários até o útero. Como mostrado na figura o útero é composto de três partes principais:o fundo do útero, de onde saem as tubas uterinas, o corpo do útero que é a parte mais volumosa do órgão, e colo do útero que é a porção inferior mais estreita a qual desemboca no canal vaginal, através da porção denominada óstio, onde encontra- se a abertura do canal do colo do útero. O útero tem como principal função o acolhimento para o desenvolvimento do embrião, tal que é nas paredes da cavidade uterina em que o embrião irá se alocar. Seguindo como continuação do canal do colo, o canal vaginal tem como principais funções o recebimento do esperma, servir como o canal do parto e também ser a passagem do material menstrual. https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/aparelho-reprodutor-feminino.htm https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/aparelho-reprodutor-feminino.htm Além da parte interna no sistema reprodutor feminino, temos também a genitália externa composta pelo pudendo feminino, isto é, órgãos externos superficiais ao diafragma urogenital e acham-se abaixo do arco púbico, sendo eles o monte púbico, os lábios maiores e menores do pudendo, o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores *1. Além do mais, como mencionado, as glândulas mamárias também entram como parte do sistema reprodutor feminino, tendo como principal função a síntese e ejeção de leite controladas pelos reflexos neuroendócrinos quando há a sucção realizada pelo recém-nascido. VII Sistema Reprodutor Masculino O sistema reprodutor masculino é responsável principalmente pela produção de espermatozoides (gameta masculino) e também pelo transporte desses gametas até o sistema reprodutor feminino através da cópula. Além do mais, ele também é responsável por produzir e secretar os hormônios sexuais masculinos (testosterona). Figura 6: Anatomia interna do sistema reprodutor masculino Fonte : Imagem - https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-genital-masculino.htm A anatomia desse sistema, assim como no feminino, é composta por diversos integrantes. Os testículos são órgãos pares, onde são produzidos os espermatozoides. O seu interior é composto por túbulos seminíferos enrolados que são as unidades funcionais dos testículos, tal que é nesse local em que ocorre a espermatogênese. O pênis é um outro órgão importante do sistema reprodutor masculino pois ele contém a uretra, sendo assim, sua função é dar passagem para a ejaculação do sêmen e para excreção da urina. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-genital-masculino.htm 2. PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS SISTEMAS A interação entre os sistemas detalhados acima é essencial para o bom funcionamento do metabolismo e organismo como um todo. Quando um ou mais sistemas não funciona corretamente, pode ocorrer o surgimento de algumas patologias. ARTROSE: A artrose consiste no desgaste da cartilagem que reveste as articulações, sendo que é um fenômeno envolvimento principalmente com o envelhecimento do organismo estando relacionada com o sistema osteomioarticular. ADENOMA DA GLÂNDULA PITUITÁRIA: Nesse caso temos um tumor localizado na glândula pituitária, que envolve dois sistemas, o sistema nervoso e o sistema endócrino, uma vez que pode apresentar transtornos hormonais e riscos a visão. DIABETES TIPO 2: O desequilíbrio hormonal (sistema endócrino) leva a resistência à insulina, afetando o metabolismo, dessa maneira podendo causar danos em diversos sistemas, como por exemplo o sistema imunológico. DOENA DE CROHN: É uma doença inflamatória gastrointestinal que afeta o íleo e o cólon principalmente, sendo crônica e provocada pela desregulação do sistema imune. CARDIOPATIA CONGÊNITA: Caracterizada pela anormalidade na função/estrutura do coração desde o nascimento. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: Caracteriza-se pela dificuldade dos rins de filtrar o sangue e excretar as substâncias nocivas do organismo, de forma que isso pode ocasionar diversas outras doenças, inclusive o aumento da pressão arterial. SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: Distúrbio hormonal que pode gerar a presença de cistos nos ovários, podendo ocasionar também a resistência a insulina, atingindo assim o sistema endócrino, além do sistema reprodutor feminino. SÍNDROME DE KLINEFELTER: Má formação congênita devido a uma combinação anormal de cromossomos sexuais, que atinge o sistema reprodutor masculino. 3. REFERÊNCIAS I. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. II. CARNEIRO, J,; JUNQUEIRA, L. Histologia Básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. III. RIBAS, Guilherme Carvalhal. Considerações sobre a evolução filogenética do sistema nervoso, o comportamento e a emergência da consciência, Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 28, ed. 4, p. 326-38, 2006. IV. Sem autor. Cardiologia. In: Cardiologia. Https://www.sanarmed.com/cardiologia-..., 21 jul. 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/cardiologia-... Acesso em: 3 out. 2023. V. Sem Autor. Sistema Genital Feminino. In: Sistema Genital Feminino. Disponível em: https://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/26/Sistema-Genital-Feminino. Acesso em: 5 out. 2023. VI. VAN GRAAF, K. M. Anatomia Humana. Trad. 6 . ed . Barueri - SP: Manole, 2003. VII. HADDAD, H. Junior; VISCONTI, M. A.. Reprodução, sistema genital, ontogênese. Anatomia e fisiologia do sistema reprodutor femino. Disponível em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0024/impressos/plc0024_02.pdf. Acesso em: 28 set. 2023.