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Saúde das Mulheres

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SAÚDE DAS MULHERES
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
31° Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Apresentar a Polí.ca Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres 
• Discu.r sobre planejamento familiar e reprodu.vo
• Discu.r sobre a atenção à saúde da gestante e o atendimento pré-natal
• Discu.r sobre as principais intercorrências na gestação
• Abordar os aspectos legais e direitos na gestação
• Discu.r sobre o combate à violência contra a mulher
• Discu.r a prevenção do câncer ginecológico.
POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE 
DAS MULHERES (PNAISM)
PNAISM
• O documento da PNAISM incorpora, num enfoque de gênero, 
a integralidade e a promoção da saúde como princípios 
norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos 
direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da 
atenção obstétrica, no planejamento reprodutivo, na atenção 
ao abortamento inseguro e aos casos de violência doméstica 
e sexual. Além disso, amplia as ações para grupos 
historicamente alijados das políticas públicas, nas suas 
especificidades e necessidades.
• É acima de tudo uma proposta de construção conjunta e de 
respeito à autonomia dos diversos parceiros – entes 
fundamentais para a concretização das políticas – enfatizando 
a importância do empoderamento das usuárias do SUS e sua 
participação nas instâncias de controle social.
PNAISM
Questões fundamentais na elaboração da PNAISM
• Conceituar as ações de saúde da mulher como política e não mais como 
programa, por entender que, conceitualmente, o termo política é mais 
abrangente que o termo programa, para ressaltar a resposta governamental a 
determinados problemas de saúde de certos grupos específicos, neste caso as 
mulheres
• Introduzir e visibilizar novas “necessidades” de saúde das mulheres, até então 
ausentes das políticas públicas;
• Introduzir ações para segmentos da população feminina, todavia sem 
visibilidade social;
• Definir fontes de recursos e responsabilidades nos diversos níveis do sistema, 
de acordo com as diretrizes do SUS e os instrumentos de gestão adotados pelo 
Ministério da Saúde;
• Introduzir nas políticas a transversalidade de gênero, o recorte racial-étnico e as 
especificidades das mulheres que fazem sexo com mulheres.
Obje5vos Gerais
• Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres 
brasileiras, mediante a garanFa de direitos legalmente consFtuídos e 
ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção e 
assistência e recuperação da saúde em todo o território brasileiro
• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no 
Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e 
nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer 
espécie
• Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher 
no Sistema Único de Saúde
Objetivos Específicos
• Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as 
portadoras de infecção pelo HIV e outras DST.
• Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento 
reprodutivo para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da 
atenção integral à saúde.
• Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, 
incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para 
mulheres e adolescentes
• Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência 
doméstica e sexual.
• Promover, conjuntamente com o Departamento Nacional de DST/Aids, a 
prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção 
pelo HIV/Aids na população feminina.
Objetivos Específicos
• Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.
• Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o 
enfoque de gênero
• Implantar e implementar a atenção à saúde da mulheres no climatério
• Promover a atenção à saúde das mulheres idosas, negras, das 
trabalhadoras do campo e da cidade, das mulheres indígenas e das 
mulheres em situação de prisão.
• Fortalecer a participação e o controle sociais na definição e 
implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres.
ATENÇÃO ÀS MULHERES 
NO CLIMATÉRIO
ATENÇÃO ÀS MULHERES NO CLIMATÉRIO
• O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos profissionais da 
saúde o cuidado pautado em princípios é=cos aliados a competências relacionais, 
aconselhamento, orientações e educação para a saúde e a qualidade de vida
• O climatério corresponde à transição da mulher do ciclo reprodu=vo para o não 
reprodu=vo, ocorrendo habitualmente entre os 40 e 65 anos. É uma fase biológica da 
vida da mulher e um período de mudanças psicossociais, de ordem afe=va, sexual, 
familiar e ocupacional.
• A menopausa, marco do período climatérico, é a interrupção permanente da 
menstruação e o diagnós=co é feito de forma retroa=va, após 12 meses consecu=vos 
de amenorreia, ocorrendo geralmente entre os 48 e 50 anos de idade (MS, 2016).
• A confirmação do climatério e da menopausa é eminentemente clínica, sendo 
desnecessárias dosagens hormonais.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES
Ainda sobre os Sintomas, lembrar que:
• Muitas mulheres passam pelo climatério sem queixas, mas outras 
podem apresentar queixas diversificadas e com intensidades 
diferentes. A irregularidade menstrual é universal e os fogachos e 
suores noturnos também são bastante frequentes, típicos deste 
período. É importante enfatizar que as queixas que mais interferem na 
qualidade de vida da mulher no climatério são as de ordem psicossocial 
e afetiva. 
• O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos 
profissionais da saúde o cuidado pautado em princípios éticos aliados a 
competências relacionais, aconselhamento, orientações e educação 
para a saúde e a qualidade de vida.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
• FOGACHOS • ALTERAÇÃO DO SONO
• Resfriar o ambiente
• Roupas adequadas
• Aumentar número de banhos
• Aumentar hidratação
• Dieta saudável e controle de peso
• Exercícios físicos regulares
• Cessação do tabagismo
• Respiração lenta e profunda
• Controlar fogachos noturnos
• Evitar cafeína
• Evitar exercício 3 horas antes de dormir
• Reduzir exposição a telas
• Evitar cochilos
NÃO-FARMACOLÓGICA – a depender do sintoma apresentado
ATROFIA UROGENITAL
o Usar lubrificante íntimo/óleo vegetal
o Incentivo à prática sexual regularTRANSTORNO PSICOSSOCIAL
TERAPIA HORMONAL 
DIRETRIZES ATUAIS
A TH é o tratamento mais efetivo para o tratamento dos sintomas 
vasomotores e de atrofia urogenital no pós-menopausa.
É especialmente indicada para mulheres 
sintomáticas abaixo de 60 anos ou com menos de 
10 anos de menopausa.
A dose, a via, a duração e o regime da TH para tratamento 
dos sintomas devem ser individualizados. A dose hormonal deve ser ajustada para a menor 
dose eficaz e menor tempo de uso (5 anos).
Menores doses de TH podem reduzir os sintomas 
suficientemente com manutenção da qualidade de vida das 
mulheres.
QUEM TRATAR?
O início de terapia estrogênica após 10 anos da menopausa e/ou em 
mulheres com idade superior a 59 anos deve ser evitado devido à 
associação com aumento do risco de doenças cardiovasculares nesses 
grupos de mulheres.
A Sociedade Brasileira de Geriatria chama a atenção quanto à 
evidência científica forte de que “está contraindicada a prescrição de 
terapia de reposição de hormônios como terapêutica 
antienvelhecimento com os objetivos de prevenir, retardar, modular 
e/ou reverter o processo de envelhecimento; prevenir a perda 
funcional da velhice; e prevenir doenças crônicas e promover 
envelhecimento e/ou longevidade saudável (nível de evidência A).”
Contraindicações da TH
ABSOLUTAS:
• Câncer de mama
• Câncer de endométrio
• Sangramento genital não esclarecido
• Doença arterial coronariana e cerebrovascular
• Antecedente de doença tromboembólica 
• Porfirias
• Doença hepática grave
RELATIVAS:
• HAS e DM não controlados
• Endometriose
• Miomatose uterina
PLANEJAMENTOFAMILIAR E 
REPRODUTIVO
PRINCÍPIOS GERAIS
• Fortalecimento dos direitos sexuais e reproduYvos.
• Ações educaYvas prevenYvas e clínicas que incluam e valorizem a 
parYcipação do homem.
• GaranYa de direitos iguais de consYtuição, limitação ou aumento da prole 
pela mulher, pelo homem ou pelo casal e de acesso igualitário a 
informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da 
fecundidade (Lei 14.443 /2022, alterando Lei 9263 de 12/01/1996).
SAÚDE REPRODUTIVA
• Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e saFsfatória, 
tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre 
quando e quantas vezes deve fazê-lo.
• Devem, portanto, ser ofertados a homens e mulheres adultos, jovens 
e adolescentes, informação, acesso e escolha a métodos eficientes, 
seguros, permissíveis e aceitáveis.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
• Designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais 
podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o 
nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, 
com vida sexual, com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e 
aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual.
Abordagem
 IMPORTANTE!!!!!!
A escuta qualificada deve ser 
centrada na pessoa e no seu 
discurso e guiada pelas suas 
necessidades.
ABORDAGEM
ORIENTAÇÃO EM SAÚDE
MÉTODOS DISPONÍVEIS NO SUS
ÍNDICE DE FALHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
AOC e Minipílula AC Injetável
Anticoncepção de Emergência
Deve ser usada preferencialmente nas primeiras 48h.
Se tomada nas primeiras 24 horas a chance de uma gravidez fica em 
torno de 0,5 a 1%.
Após 72h os índices de falha aumentam substancialmente. Após o 
quinto dia não tem mais indicação de uso.
Deve ser usado apenas em situação de emergência e de forma 
esporádica.
Seu uso repetitivo aumentam a chance de gravidez indesejada, bem 
como irregularidade do ciclo menstrual
Indicação do Preservativo: SEMPRE!!!!
ATENÇÃO À SAÚDE DA 
GESTANTE
MORTALIDADE MATERNA
MORTALIDADE MATERNA
REDE CEGONHA
Linha de Cuidados que assegura:
• Às mulheres, direito 
• ao planejamento reprodu.vo
• a atenção humanizada na gravidez, parto, abortamento e puerpério
• Às crianças, direito 
• ao nascimento seguro
• crescimento e desenvolvimento saudáveis
Diretrizes da Rede Cegonha
1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria 
da qualidade do PRÉ-NATAL.
2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro.
3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao Parto e nascimento.
4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e 
resolutividade.
5. Garantia da ampliação do acesso ao planejamento produtivo.
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Acolhimento
• Captação Precoce
• Organização dos atendimentos
• Pré-Natal
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Rodas de Gestantes
• Puerpério
• Papel da Equipe de Saúde
• Atendimento da gestante
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
• Evitar um dia fixo de atendimento Pré Natal, dando preferência a 
uma Agenda Flexível, em dia e horários variados
• EsFmular a parFcipação da parceria em todas as consultas, 
aproveitando o momento para vínculo e estabelecimento de cuidado.
• Criar uma roFna de atendimento similar entre os profissionais de 
saúde da Unidade , respeitando-se as Diretrizes Clínicas´já insFtuídas.
CONSULTA PRÉ-NATAL
PRIMEIROS PASSOS
• Confirmação do diagnóstico de gravidez
• Cadastramento no SISPRENATAL
• Registro dos dados no prontuário e na caderneta da gestante
• Classificação de risco gestacional.
• Vinculação com a maternidade de referência (se possível)
PARTO HUMANIZADO
• Movimento que visa reposicionar a mulher como protagonista no momento 
do parto.
• Construção compartilhada do plano de parto.
• Direito a presença de acompanhante.
PARTO HUMANIZADO
• CríFca a procedimentos invasivos e sem, ou com pouca evidência 
cienwfica:
• Episiotomia
• Kristeller
• Vitamina K no recém nascido
• Aspiração no recém nascido
FATORES DE RISCO
Permitem acompanhamento na 
APS
• Idade < 15 ou > 35 anos
• Situação familiar insegura
• Não aceitação da gravidez
• Múltiplas cesáreas
• Infecção urinária
• Anemia leve a moderada
Exigem acompanhamento 
compartilhado
• Diabetes
• Anemia falciforme
• Antecedente de TVP
• Anemia grave (hemoglobina < 8)
• Polidramnia
• Oligodramnia
• Síndromes hipertensivas
PERIODICIDADE DAS CONSULTAS
Lembre-se...
• Em algumas situações esse 
acompanhamento deverá 
ser diário...
• O acompanhamento 
precisa ser adaptado às 
realidades locais e sempre 
que possível 
multiprofissional.
LEMBRAR…
❖ Tentar fazer no mínimo 06 consultas ( 01 no primeiro trimestre, 02 
no segundo e 03 no terceiro).
❖ A cada consulta de acompanhamento deve ser reavaliado o Risco 
Gestacional.
❖ A parFr de 41 semanas , mesmo em gestações de risco habitual, já 
fazer o acompanhamento comparFlhado com o local escolhido para 
o Parto.
❖ Não existe “Alta do Pré Natal” e mesmo quando a Gestação é 
classificada como de Alto Risco e a gestante encaminhada ao PNAR, 
o acompanhamento conFnua sob responsabilidade da ESF e 
também sendo feito na UBS.
Caderneta da Gestante
Rotina de exames na primeira consulta
CONDUTAS GERAIS
• Suplementação de ferro e ácido fólico
• ferro elementar (40 mg/dia);
• ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia).
• Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação.
• Realizar Consulta Odontológica
Calendário Vacinal da Gestante
Lembrar também do Pré Natal do Parceiro…
INTERCORRÊNCIAS 
NA GESTAÇÃO
Condições clínicas de iden=ficação de maior risco 
na gestação atual 
Diagnóstico Clínico e Laboratorial 
Valores de Hb abaixo de 11g/dl e/ou Hematócrito abaixo de 33% em 
qualquer período gestacional.
Condição que deve ser tratada devido ao aumento do risco de 
resultados adversos na gestação , como pré eclâmpsia, baixo peso ao 
nascer, parto pré termo, hemorragia pós parto,maior mortalidade 
perinatal e materna 
Causas mais comuns de Anemias na Gestação
Anemias por deficiência da absorção de Ferro ( Anemias Ferroprivas)
Anemias por deficiência de Vit B12 
Anemias por Deficiência de Ácido Fólico
Anemias Hereditárias ( Anemia Falciforme, Talassemias)
Tratamento da Anemia Ferropriva
Existem várias formulações à base de ferro e deve-se estar atento à equivalência de 
cada formulação. A dose de 30 mg de ferro elementar, em geral, é disponibilizada em 
150 mg de sulfato ferroso, 90 mg de fumarato ferroso e 250 mg de gluconato ferroso.
Valor da Hemoglobina Tratamento
de 09 a 11g/dl 160 a 200mg de Ferro Elementar
de 07 a 09g/dl e IG > 16 semanas Ferro endovenoso
<07g/dl Transfusão e encaminhamento ao PNAR
As síndromes hipertensivas são a intercorrência clínica mais comum da 
gestação e representam a principal causa de morbimortalidade 
materna no mundo.
Atentar-se para a técnica correta de aferição da PA
Quando fazer profilaxia?
Se presença de 01 Fator de 
Alto Risco ou 02 Fatores de 
Baixo Risco, prescrever a partir 
da semana 12 e até a Semana 
Gestacional 36
100mg de AAS e 
01g de Carbonato de 
Cálcio(02comp de 500mg)
Classificação e Definições
1- Hipertensão Arterial Crônica- Hipertensão relatada e aferida antes 
da vigésima semana de gestação
2- Hipertensão Gestacional: Hipertensão na segunda metade da 
gestação, em gestante previamente normotensa, porém sem 
proteinúria ou manifestação de outros sinais/sintomas relacionados à 
préeclâmpsia (PE)
3-Pré-eclâmpsia: identificação de hipertensão arterial, em gestante 
previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, 
associada à proteinúria significativa.Na ausência de proteunúria, mas 
com comprometimento de orgão alvo ou comprometimento 
placentário.
4- Eclâmpsia é a ocorrência de convulsões tônico-clônicas 
generalizadas, de coma ou de ambas, durante a gravidez ou o 
puerpério,em gestantes com pré eclâmpsia, que não estão 
relacionadas com outras doenças do sistema nervoso central.
5-Síndrome HELLP:O acrônimo HELLP significa hemólise, aumento de 
enzimas hepáticas e plaquetopenia:
• Hemograma (particularmente hematócrito, hemoglobina e 
plaquetas).
 • Desidrogenase láctica (DHL).
 • Bilirrubinas totais.
 • Creatinina.
 • Transaminase oxalacética (TGO/AST). 
Rotina Mínima de Exames, além dos já 
preconizados
DIAGNÓSTICO DE ECLÂMPSIA E PRÉ ECLÂMPSIA
Proteinúria 
• >300 mg/24h
• Relação proteinúria/crea.núria > 0,3
• Fita reagente com uma ou mais 
cruzes de proteína
Suspeita de Eclâmpsia
• Cefaléia persistente
• Visão turva
• Dor abdominal
• Alterações laboratoriais
• Plaquetopenia
• Ácido úrico >6,0mg/dl
• Alteração TGO TGP
TRATAMENTO 
Alguns Aspectos Importantes
Todo caso confirmado de Pré Eclâmpsia deve também ser 
acompanhado pelo PNAR
Se a Gestante apresenta quadro de PE Grave com PAS>ou igual a 160 e 
ou PAD > ou igual a 110 ou apresenta sinais sugestivos de iminência de 
Eclâmpsia, deve ser encaminhada com Urgência para Atendimento 
Hospitalar para que seja Sulfatada ( Sulfato de Magnésio).
A IG limite para interrupção da Gestação será com 37 semanas.
Pré Eclâmpsia não se configura numa indicação absoluta de Cesariana, 
sendo inclusive preferível o PN, quando possível.
A hiperglicemia materna é uma das condições mais comuns na 
gravidez. 
No Brasil estima-se que 18% das Gestações atendidas no SUS atinjam 
critérios diagnósticos atuais para DMG.
Hiperglicemia na gestação aumenta o risco de morbidade materna e 
perinatal, com repercussões em médio e longo prazo, tanto para a mãe 
como para o seu filho.
DIABETES GESTACIONAL
DIAGNÓSTICO
• Rastreamento universal, independentemente da presença de fator 
de risco. 
• Glicemia de jejum (GJ) na primeira consulta de pré-natal.
 • Glicemia de jejum ≥126 mg/dL: diabetes mellitus diagnosFcado na 
gestação (diabetes prévio); 
• Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL: diabetes mellitus 
gestacional. 
• Para pacientes com glicemia de jejum <92 mg/dL no 1º trimestre: 
realizar teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 g, entre 24 e 
28 semanas, com avaliação da GJ, G1h e G2h
Valores de Referência do TOTG
JEJUM menor que 92mg/dl
PÓS 01H 180mg/dl
PÓS 02H 153mg/dl
01 valor alterado já fecha o 
diagnóstico.
Na impossibilidade de realização 
do TOTG-75g, frente a recursos 
escassos, pode-se repetir a 
glicemia de jejum entre 24 e 28 
semanas, mantendo os mesmos 
valores de referência usados no 1º 
trimestre.
TRATAMENTO
Medidas não Farmacológicas
Adequação Nutricional- 40 a 55% 
de carboidratos , 15 a 20% de 
proteínas e 30 a 40% de Lipídios
Realização de Atividades Físicas
Medidas Farmacológicas
Insulina- Na dose de 0,3 a 
0,5UI/kg/dia fracionadas em duas 
ou três aplicações.
 
DIABETES GESTACIONAL
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela 
bactéria (espiroqueta) Treponema pallidum.
Ainda é uma infecção de transmissão sexual (IST) muito frequente, 
com potencial acomeFmento grave do feto e do recém-nascido.
Tanto a Sífilis na Gestação quanto a congênita aumentaram muito na 
úlFma década. De 2010 a 2019, a taxa de SC passou de 1,4 para 8,2 
casos por 1.000 nascidos vivos (NVs) em consequência do aumento de 
sífilis em gestantes (de 3,5 para 20,8 casos por 1.000 NVs).
Quadro Clínico/Manifestações clínicas
Lesão inicial apesar de típica, difícil de ser diagnosticada, devido 
regressão espontânea.
Manifestações cutâneas apresentando lesões pleomórficas, podendo 
ser facilmente confundida com outras patologias.
Num QC típico teremos: Infecção pelo Treponema—Aparecimento de 
lesão ulcerada após cerca de 07 a 21 dias—Desaparecimento da 
Ùlcera—Aparecimento de Rash disseminado após 45 a 60 dias com 
manifestações sistêmicas inespecíficas, que também desaparecem de 
forma espontânea—a partir daí inicia-se a fase latente tardia…
Diagnóstico na Gestação
Na Gestação a positividade do Teste Rápido (TR) o qual faz parte da 
rotina de atendimento pré natal, já na primeira consulta, e é um Teste 
Treponêmico, com altíssimas sensibilidade e especificidade, autoriza o 
tratamento para Sífilis em Gestantes sem histórico de tratamento 
anterior.
Importante salientar que, mesmo após tratamento correto, não 
ocorrerá negativação do TR, situação semelhante à dos outros testes 
treponêmicos, como TPHA ou FTA-Abs
O VDRL deve ser solicitado e usado nesses casos para controle da 
resposta terapêutica;
Alguns Pontos Importantes.
Na Gestante sempre vamos considerar o TTO para Sífilis Tardia ou 
latente, fazendo o Esquema de 7.200.000 UI.
A parceria sempre será tratada com o mesmo esquema.
Qualquer nível de Titulação positiva de VDRL indica também 
tratamento para a Gestante.
O único tratamento eficaz para proteção do Feto é com a Penicilina .
Em caso de alergia à Penicilina Benzatina está indicada a 
dessensibilização da Gestante em ambiente hospitalar, com posterior 
aplicação.
CONTROLE DE CURA
VDRL mensal na gestação
Após gestação:
• A cada 3 meses no 1º ano
• A cada 6 meses até a estabilização dos wtulos
• Títulos devem cair progressivamente até permanecerem negaFvos ou 
inferiores a 1:8
• Se wtulos permanecerem baixos e estáveis em 2 oportunidades após 
um ano, pode ser dada alta
Entre 70 e 90% dos casos de toxoplasmose em pacientes 
imunocompetentes são assintomáticos ou apresentam sintomas 
inespecíficos comuns a doenças como dengue, citomegalovírus ou 
mononucleose infecciosa. 
Apenas em 02 Grupos a infecção pelo Toxoplasma Gondii pode causar 
sérias complicações: Pacientes Imunossuprimidos e Gestantes, pelo 
risco de Infecção Congênita do concepto, podendo acarretar 
abortamento, partos prematuros e /ou malformação fetal , 
principalmente se exposto no primeiro trimestre.
Condutas de Acordo com Cenários Possíveis
Cenário 1: 
IgG e IgM negativos: Gestante 
Susceptível. Orientações quanto 
prevenção à exposição ao T. 
Gondii.
Cenário 2: 
IgG + e IgM - Compatível com 
infecção pregressa adquirida há, 
pelo menos, seis meses.
Cenário 3: IgM positivo independentemente do resultado da IgG, deve 
ser interpretada como infecção aguda, com indicação para iniciar 
intervenção medicamentosa.
-3a: IgG negativo– Fazer imediatamente Espiramicina 03g/dia e Repetir 
Sorologia de 02 a 03 semanas.Caso persista IgG negativo, considerar como 
falso positivo e suspender medicação.
Caso o IgG positive: Idade Gestacional menor que 16 semanas : Continua 
Espiramicina e encaminha ao PNAR se maior que 16 semanas : Substitui 
Espiramicina pelo Esquema Tríplice com Sulfadiazina 03g dia, Pirimetamina 
50mg dia e Ácido Folínico 10 a 20 mg, 3x semana
Cenário 4: IgM e IgG Reagentes
IG<16 Sem: Iniciar Espiramicina e solicita Avidez: Se Alta, descarta-se 
infecção na gestação atual e suspende medicação.
IG>16 Sem: O teste de avidez não muda conduta devendo a Gestante 
fazer o Esquema Tríplice com a Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido 
Folínico
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
• Gestante com bacteriúria sintomática ou assintomática deve ser tratada.
• Gestante com clínica de ITU deve ser tratada, lembrando que polaciúria e 
urgência podem ser fisiológicos na gestação.
• Bacteriúria não tratada pode progredir para pielonefrite e trabalho de parto 
prematuro.
• Rastreamento deve ser feito pela urocultura.
• Se possível, guiar o tratamento pelo teste de sensibilidade.
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS E
DIREITOS NA GESTAÇÃO
LICENÇA MATERNIDADE
• Licença maternidade de 120 dias (CLT) ou 180 dias funcionários 
públicos ou privados, a depender da empresa.
• Pode ser iniciada a partir de 36ª semana de gestação.
• Empregado não pode ser demitido durante a gestação e até 5 meses 
após o parto, exceto em casos de “justa causa”.
MUDANÇA DE FUNÇÃO
• Em caso de riscos ou problemas de saúde ou do bebê.
• Sem prejuízo do salário e demais direitos.
• Requer atestado médico comprovando necessidade da mudançade 
Função.
• Fica garanFda a retomada da função anterior após a licença 
maternidade
ATESTADOS
• É proibida a exigência de atestados de gravidez, esterilização e outras 
práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da 
trabalhadora
• Gestante tem direito de receber declaração de comparecimento sempre 
que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando à 
sua chefia, tem direito a justificativa de falta ao trabalho.
AMAMENTAÇÃO
• Até o bebê completar 6 meses, a mulher tem direito de ser 
dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora 
ou por um período de uma hora, para amamentar. Deve acordar com 
o empregador a melhor forma de utilizar este tempo.
BOLSA FAMÍLIA
• Famílias beneficiárias tem direito ao benefício variável extra na 
gravidez e durante a amamentação.
ESTUDANTES
• Lei 6.202/75 garante à estudante o direito a licença maternidade sem 
prejuízo do período escolar.
• A parYr do 8º mês a gestante pode cumprir compromisso escolares em 
casa.
• Início e fim do afastamento serão determinados por atestado médico, 
apresentado à direção da escola.
• Em qualquer caso é assegurado à estudante gestante o direito a prestação 
dos exames finais.
COMBATE À VIOLÊNCIA 
CONTRA A MULHER
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL
• Lei Maria da Penha (11.340/2006).
• Prevê que agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão 
preventiva decretada quando ameaçarem a integridade física da mulher.
• Prevê medidas protetivas para a mulher que corra risco de morte, como 
afastamento do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação 
física junto à mulher agredida.
VIOLÊNCIA SEXUAL
• Prevê atendimento integral às vítimas em todos os serviços de 
urgência e emergência do SUS.
• Define que a atendimento inclua diagnóstico e tratamento de lesões, 
realização de exames para IST e gravidez.
• Prevê uso de anticoncepção de emergência, em casos de estupro.
ATENDIMENTO A MULHERES EM SITUAÇÃO 
DE VIOLÊNCIA
SINAIS DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA 
A MULHER
REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO 
DE VIOLÊNCIA
REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM 
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
ABORDAGEM DA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
ABORDAGEM DA VIOLÊNCIA SEXUAL
OPÇÕES DISPONÍVEIS
FICHA DE NOTIFICAÇÃO
VIOLÊNCIA SEXUAL
IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
HepaFte B: se não vacinada, vacinar e oferecer imunoglobulina hiperimune.
HIV: TARV por 4 semanas com início no máximo em 72h.
EXAMES NA VIOLÊNCIA SEXUAL
• Anti HIV
• VDRL
• Anti HCV
• HBsAg
• Anti HBs
ABORTAMENTO LEGAL
• É permitido quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual ou 
em caso de risco de vida à mulher.
• Não é exigido qualquer documento. Como Boletim de Ocorrência 
Policial, Laudo de IML ou autorização judicial.
PREVENÇÃO DO CÂNCER
GINECOLÓGICO
RASTREAMENTO CÂNCER DE COLO UTERINO
Quem faz Papanicolau:
• Mulheres dos 25 aos 64 anos que tenham iniciado vida sexual em algum momento da vida.
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza-se somente um exame a cada três anos.
• Vacinação contra o HPV disponível nas UBS e indicada para meninas e meninos de 09 a 14 
anos 11 meses e 29 dias. Quadrivalente e protegendo contra os soro]pos 06,11(Baixo Grau) 
e 16, 18( Alto Grau).
SITUAÇÕES ESPECIAIS
SITUAÇÕES ESPECIAIS
RESULTADO AMOSTRA
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
• Fatores de Risco
• Idade > 50 anos
• Menarca precoce
• Nuliparidade
• Primeira gestação após os 30 anos
• História pregressa
• História familiar
• Uso de álcool
• Tabagismo
• Terapia de reposição hormonal
• Sedentarismo
• Obesidade
ROTINA DE RASTREAMENTO
Achados e Condutas…
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Evitando ações com beneBcios incertos para a paciente e 
a protege de ações potencialmente danosas
NÃO solicitando mamografia de rastreamento na
população menor de 50 anos e maior de 70 anos ou com 
periodicidade menor de dois anos
Fornecendo informações claras quanto aos benefícios e riscos 
da ação e compartilhando as decisões com a usuária
Das mulheres submetidas ao rastreamento menos têm morte 
evitada por câncer de mama, enquanto mais mulheres 
saudáveis serão tratadas desnecessariamente e muitas 
experimentarão estresse psicológico por conta de falsos 
positivos no exame
Realizando rastreamento de
forma individualizada
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica 32. 
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: 
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2016. Disponível em: 
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf>
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 
xxx p. : il. 1. Gestação 2. Gestação de Alto Risco 3. Complicações na Gravidez I. Título
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf
OBRIGADO(A)!
COORDENAÇÃO GERAL
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
NILSON MASSAKAZU ANDO
POLO SÃO PAULO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES
MARIANA TOMASI SCARDUA
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO
DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA
APOIO INSTITUCIONAL DO MEC
MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO
JONAS NERIS FILHO
POLO SALVADOR
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARINA ABREU CORRADI CRUZ
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CLARISSA SANTOS LAGES
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO
POLO BELO HORIZONTE
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
DENISE PIRES DE CARVALHO
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
GISELE VIANA PIRES
COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB
ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO
ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA
GABRIELA CARVALHO DA ROCHA
HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA
LEONARDO SOUSA ARAÚJO
LUCAS DE SOUZA PORFIRIO
MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL
TATIANA RIBEIRO

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