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Da� Direit� Pena� Prof Tailso� Conceito - Conjunto de normas jurídicas estabelecidas pelo Estado, visando o combate a criminalidade através da sanção penal ou medida de segurança. Inimputáve� 1. <18 anos ➟ Fundação Casa 2. Doença Mental ➟ Hospital Psiquiátrico 3. Silvícolas - (índio ou indígena) Denominaçã�➟ Direit� Pena� ● 1830 - Código Criminal do Império ● 1890 - Código Penal Repúblicano ● 1988 - CF/88 (art 22, I) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Classificaçã� d� Ilícit� Penai� 1. Crime e Delito ● (Decreto Lei 2848/1940 + Legislação Especial) > Gravidade 2. Contravenção Penal ● (Decreto Lei 3688/1941) < Gravidade Ius Puniendi = Direito de Punir Cabe ao Estado: 1. P. Legislativo 2. P. Judiciário 3. P. Executivo Diferença entre Direito Penal e Direito Processual - Direito Penal ➟ Material / Substantivo - Ex: Crimes - Direito Processual ➟ Formal / Adjetivo - Ex: Inquérito, Provas, Depoimento. Lei: 11340/06 - Lei maria da Penha 11343/06 - Drogas 8078/90 - CDC 8072/90 - Hediondos 8138/90 - Tributário 9605/98 - Ambiental 8069/90 - ECA 10741/03 - Estatuto do Idoso CP Parte Geral ➟ 1º ao 120º 2º Ano - Fundamentos dos crimes - 121º ao 361º - Parte Especial Valorativo - Bem Jurídico de maior valor = à vida. Art 121. Matar alguém Exercício arbitrário: Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: 27/02 Fonte� d� Direit� Pena� Orige� d� D. Pena� Espécies: Material ➞ Estado ➞ Art 22, I CF "Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho." Formal 1) Imediata / Direta ➞ Lei (CP+Legislação Especial) Imediata seria a lei. Para saber se determinada conduta praticada por alguém é proibida pelo Direito Penal, devemos recorrer exclusivamente à lei, pois somente a ela cabe a tarefa, em obediência ao princípio da legalidade, de proibir comportamentos sob a ameaça de pena. 2) Mediata / Indireta / Subsidiária ● Costumes ○ Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. ○ Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro ○ 216-B . Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes. ● Doutrinas: Livros, Manuais, artigos e etc… ● Equidade = Razoabilidade - Penas alternativas Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) I - prestação pecuniária; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) II - perda de bens e valores; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) III - limitação de fim de semana(VETADO). (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998) ● Jurisprudência: Mesmos casos / mesmo sentido ● Analogia - Somente para beneficiar o réu, jamais em seu prejuízo. Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. Princípi� Gerai� d� Direit�: “O� princípi� estã� par� � direit� assi� com� � trilh� estã� par� � locomotiv�” ● Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - Previsto no inciso II, do Art. 5º da Constituição Federal de 1988, o princípio da legalidade determina que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” ● objetivo garantir a segurança jurídica e limitar o poder punitivo. ● Por esse princípio, o crime e sua respectiva sanção só podem ser criados por lei em sentido estrito (criada pelo Poder Legislativo federal, em regra) e essa lei penal incriminadora só poderá ser aplicada aos fatos ocorridos após a sua entrada em vigor. ● Podemos afirmar que o princípio da legalidade pode ser subdividido em dois: 1. reserva legal 2. anterioridade da lei. *Medida provisória, decreto, regulamento, ou qualquer outra coisa, NÃO podem tipificar condutas nem cominar sanções. o Presidente da República somente poderá editar Medida Provisória no tocante à Lei Penal, se e somente se a lei penal for NÃO incriminadora. ● Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; Diferença de Reclusão e Detenção A pena de reclusão é aplicada a condenações mais severas, o regime de cumprimento pode ser fechado, semiaberto ou aberto, e normalmente é cumprida em estabelecimentos de segurança máxima ou média. A detenção é aplicada para condenações mais leves e não admite que o início do cumprimento seja em regime fechado. Princípios ➔ é a base para a execução das normas Normas (leis) ➔ Leis infra-constitucionais imutáveis 28/02/2023 Históri� d� Direit� Pena� Tempos Primitivos ● Vingança divina ● Vingança Privada - Lei do Talião - Art 345 e 346 ● Vingança Pública Estado ⇢ Igreja Hábito e Influência Período Humanitário (séc XVIII) 1. Contrato Social 2. "NULLA POENA SINE LEGE” -Expressão latina que significa que não há punição sem lei. É a chamada garantia penal. 3. Princípio da publicidade da lei 4. Provas Lícitas (incluindo o réu) 5. Prisão preventiva - Indícios de autoria - Materialidade do fato - a prova da existência do crime Não faz sentido podar a liberdade do indivíduo quando não existem elementos mínimos a indicar seu envolvimento no delito ou quando sequer há prova concreta de sua ocorrência. 6. Finalidade da Pena - Reeducação - Ressocialização N� Brasi� Ordenações do reino de Portugal ● Afonsinas ⇢ Até 1512 ● Manuelinas ⇢ Até 1569 ● Cod de Sebastião ⇢ Até 1603 ● Filipinas ⇢ Até 1830 ● 1824 ⇢ 1ª CF ● 1830 ⇢ Có� Crimina� d� Impéri� ● 1890 ⇢ Có�. Pena� Republican� ● Avanç�???? ⇢ Pena de Morte / Prisão Perpétua (máx de 30 anos) ● Crítica�??? ⇢ Feito muito rápido sem discussão ● 1932 ⇢ Consolidaçã� da� Lei� Penai� (Vicente Piragibe) Vargas nomeou ● 1940 ⇢ Có�. Pena� (Decreto Lei 2848/2007) ○ Projeto Alcântara Machado (autor do cód. penal)⇢ Prof de Medicina Legal ○ Governo de Getúlio Vargas Beccari� 1º Contrat� Socia� - Uma carta Magna ⇢ Nossa CF/88 Nossas Garantias Fundamentais e nossos deveres - Penas - Limites - Proporcionalidade das penas. 2º Princípi� d� Legalidad�⇢ Presente em nossa constituição desde 1824 Código Penal. ● Art. 1° Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). ● Art. 5ºCF XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 3º Princípi� d� Publicidad� Para evitar excessos do estado, conforme Beccaria: “ A lei foi feita para o povo e, consequentemente, seu destinatário deve compreendê-la.” “Para que uma pena alcance o seu efeito, é suficiente que omal proveniente da pena supere o bem que nasce do delito; e nesse excesso de mal deve-se calcular a infalibilidade da pena e a perda do bem que o crime viria produzir. Tudo, além disso, é, portanto, supérfluo, e, ao mesmo tempo, tirânico. (Beccaria, 2005. p. 179)” Implemento de políticas públicas, ações sociais no sentido de minimizar a desigualdade existente na sociedade, onde riqueza e pobreza extrema convivem em ummesmo espaço. DOUTRINA Vacatio legis é o tempo entre a publicação de uma lei até a sua entrada em vigor. Nesse período, ela NÃO pode ser aplicada. Isso é até lógico, pois a lei ainda não entrou em vigor. Exemplo: a lei X foi publicada no dia 1ºde janeiro de 2020 e no final havia a seguinte expressão: Essa lei entra em vigor 30 dias após sua publicação. São dois tempos diferentes, o primeiro é a publicação da lei, o segundo é sua entrada em vigor, portanto, a lei só poderá ser aplicada após o fim dos 30 dias, ou seja, do seu período de vacatio legis. PRINCÍPIO DA FORMALIDADE DA NORMA A criação de crimes e as suas penas são de competência privativa da União, mas, como já vimos, excepcionalmente os Estados podem receber autorização para tratar de condutas específicas de âmbito local. Exemplo: A Câmara de Vereadores do Município X criou uma lei penal incriminadora. Para a criação dessa lei, foram respeitados rigorosamente todos os procedimentos legais de criação de lei municipal. Nesse exemplo, a lei respeitou o sentido FORMAL da legalidade, pois passou pero rito legal de criação de uma lei municipal. Porém, não respeitou o sentido MATERIAL, visto que a matéria crime foi reservada à União. PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE DA NORMA A lei penal deve ser clara e compreensível pelo homemmédio. Não pode deixar dúvidas; a população tem que entender claramente o sentido da norma. A lei penal deve completa e precisa e deve delimitar expressamente a conduta considerada criminosa FUNÇÕES DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Por fim, cabe ressaltar que o princípio da legalidade possui algumas funções importantíssimas para o Direito e para a sua prova. Vejamos cada uma delas de forma bem resumida e compreensiva. 1. Função de proibir a retroatividade da lei, isso enxergamos dentro do princípio da anterioridade da lei, que visa justamente garantir a segurança jurídica. Em latim pode cair na prova da seguinte forma: nullum crimen nulla poena sine lege praevia, traduzindo, não há crime e não há pena sem uma lei prévia. 2. Proibir a criação de crimes e penas por meio dos costumes. Podemos enxergar dentro do próprio princípio de reserva legal, o qual afirma que o crime só pode ser criado por lei em sentido estrito, lei formal. Em latim, nullum crimen nulla poena sine lege scripta, não há crime e não há pena sem lei escrita. 3. Proibir o emprego de analogia para criar crimes. Como vimos, a analogia só pode ser utilizada no Direito Penal se for para beneficiar o réu, e NUNCA para criar um crime. Em latim, pode vir da seguinte forma, nullum crimen nulla poena sine lege stricta. Por fim, o princípio da legalidade visa proibir incriminações vagas e indeterminadas. A lei deve ser clara e compreensiva, conforme estudado no princípio da taxatividade. Em latim, nullum crimen nulla poena sine lege certa. Quebra de Regime = Novo Desejo de Punir / Novas Mudanças no Código Penal. 06/03 Le� Pena� Classificação Incriminadoras - Preceito Primário (comando) - Não Fazer - Preceito Secundário (Pena) - Consequência Não Incriminatórias 1. Permissivas - Que permitem uma conduta típica Exemplos: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779) Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Art. 146 - § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; II - a coação exercida para impedir suicídio. 2. Explicativas→ Esclarece um conceito em conteúdo Exemplos: Código Penal. Art. 1° Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: § 4º - A expressão "casa" compreende: I - qualquer compartimento habitado; II - aposento ocupado de habitação coletiva; III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Nome do Crime➜ Negrito = Nomen Iuris = Rubrica Caput = Cabeça Tipo penal = Fato típico = conduta típica 13/03 Ar�. 2º CP - Aplicaçã� d� le� pena� n� temp� Regra geral ● Não retroage (art 1º CP) ● Execução “Lex Mitior” 1. “Novatio legis” incriminadora→ nova lei que vem para incriminar (prejudica a situação do réu) ● Não retroage = Irretroatividade Ex: → Art 1º CP + art 5º XXXIX CF → Art 216-A CP Assédio sexual → Art 215-A CP Importunação sexual → Art 154-A CP - invasão de dispositivo informático A lei nova, editada posteriormente à conduta do agente, poderá conter dispositivos que o prejudiquem ou que o beneficiem. Será considerada novatio legis in pejus, se prejudicá-lo; ou novatio legis in mellius, se beneficiá-lo. 2. “Abolitio Criminis”→ “esse crime não é mais crime, não existe mais”. Lei para abolir crime ● Retroage = retroatividade → sempre que melhorar a situação do réu, retroagirá ● “Lex Mitior” = Lei + perfeita… ● Art 2º caput CP + art. 107, III CP → Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; ● Art. 91, I, CP (exceção). Ex: → Art. 217 CP - sedução (revogado pela lei 11.106/2005) ● Estupro de vulneravel art. 217-A (acrescido pela lei 12.015/2009) → Art. 220 CP - rapto (revogado) → Art. 240 CP - adultério (revogado pela lei 11.106/2005). Parágrafo único: ● Cessam os efeitos penais ● Extinção de punibilidade ● Permanecem os efeitos civis Ex: → Liberdade / primário Efeitos da abolitio criminis Além de conduzir à extinção da punibilidade, a abolitio criminis faz cessar todos os efeitos penais da sentença condenatória, permanecendo, contudo, seus efeitos civis. Extrai-se do caput do art. 2º do Código Penal que, havendo a descriminalização e uma vez cessados os efeitos penais da sentença condenatória, deverá ser providenciada a retirada do nome do agente do rol dos culpados, não podendo sua condenação ser considerada para fins de reincidência ou mesmo antecedentes penais. Os efeitos civis, ao contrário, não serão atingidos pela abolitio criminis. 3. “Novatio Legis in Pejus” → a nova lei que prejudica. Torna o crime que já existe mais severo, aumentando a pena, por exemplo. ● Não retroage = irretroatividade ● Lei + severa ⇒ prejudica o réu ● Art. 5º XL CF Ex: → Lei nº 8072/ 25-07-90 → crimes hediondos ● o crime de latrocínio → a lei pegou esse crime que até então tinha uma pena de 15 a 30 anos e elevou para 20-30 anos. Quem cometeu o crime de latrocínio a partir dessa data passou a responder a partir de 20 anos, quem cometeu antes da data, responde apenas por 15 anos. → Lei nº 8069/13-07-1990 (art. 121, parágrafo 4º, 2º parte CP) → mais severo no caso de homicídio (ECA) → Lei nº 10741/ 03-10-2003 (art. 121, parágrafo 4º, 2º parte CP) → mais severo no caso de homicídio (EI - estatuto do idoso). 4. “Novatio legis in Mellius” → Nova lei que vem para melhorar, atingir fatos anteriores para melhorar a situação do réu (ex. diminuir a pena). ● Retroage = retroatividade ● “ Lex mitior” Ex: Art. 159, parágrafo 4º CP (Lei 9269/02-04-96) → extorsão mediante sequestro (pena 8-15 anos) ⇒ Crime hediondo → Lei nº 11464/28-03-2007 Ar� 3º CP - Le� �cepciona�/ Le� temporári�→p�sue� ultratividad� 1. Excepcional - situações de emergência→ não tem prazo para acabar, irá acabar quando a situação emergencial se extinguir. ● Calamidade pública ● Guerra ● Covid 2. Temporária - vigência pré-determinada → já vem no texto o seu prazo de validade. ● Lei nº 12663/05-06-2012 (lei geral da copa) → garante a Fifa que seus direitos econômicos não serão violados. A vigência dela já veio com prazo, até 31/12/2014 (último dia do ano da copa de 2014). ● Vigência ⇒ 31-12-2014 ⇒ Característica → Ultratividade ≠ retroatividade ● Ultratividade - a lei deixa de existir mas seus efeitos continuam sendo aplicados. ● Retroatividade - significa que os efeitos atingem fatos anteriores ≠ “Abolitio Criminis” SUCESSÃO DE LEIS NO TEMPO Entre a data do fato praticado e o término do cumprimento da pena podem surgir várias leis penais, ocorrendo aquilo que chamamos de sucessão de leis no tempo. Nessa sucessão de leis, vamos observar as regras da ultratividade ou retroatividade benéficas. À medida que forem surgindo as leis, faremos as comparações entre elas, com a finalidade de ser escolhida e aplicada aquela que melhor atenda aos interesses do agente. Se a anterior for considerada mais favorável, gozará dos efeitos da ultra-atividade; se a posterior é mais benéfica, será retroativa. Esse “jogo comparativo” será feito até que o agente cumpra, efetivamente, a pena que lhe fora aplicada. Sucessão de leis temporárias ou excepcionais Encerrado o período de sua vigência, ou cessadas as circunstâncias anormais que a determinaram, têm-se revogadas as leis temporária e excepcional. Nas leis temporárias e excepcionais, antes que sua eficácia no tempo como lei penal, o que temos de apreciar, como preponderante, é a contribuição do tempus como elemento de punibilidade na estrutura da norma. 14/03 Artig� 4º CP - Temp� d� Crim� Teori� ● Atividade (ação /Omissão ( adotado pelo CP brasileiro)➜ é considerado o marco inicial para todo tipo de raciocínio que se queira fazer, ainda que o momento do resultado seja outro, para essa teoria o que importa é a conduta, comissiva ou omissiva. ( direito Penal Brasileiro está baseado nessa teoria, conforme previsto no art 4º do CP) ● Resultado (efeito) (momento da morte)➜ esta na ocorrência do resultado ● Mista ( atividade + resultado)➜(considera crime os dois momentos) Exempl��: ● Homicídio ➜ Sujeito Ativo - < de 18 anos (inimputável, irá responder pelo estatuto da criança e do adolescente) ● Doente mental (inimputável) Homicídio (art 121, parágrafo 4º, 2ª parte CP) - para as idades apontadas sofre um acréscimo de ⅓ da pena, ou seja, aumenta ⅓ da pena de 6 a 20 anos para esse crime Art 121. Matar alguém: Aumento de pena § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) ➜ Sujeito Passivo (vítima) - < de 14 anos > de 60 anos para as idades apontadas acima sofre um acréscimo de ⅓ da pena, ou seja, aumenta ⅓ da pena de 6 a 20 anos para esse crime para o agente. Para Direito penal é desprezado as frações, por exemplo ao completar aniversário no dia 14/03/23 passa valer as 00H, e não as 21h45. 20/03/2023 Aplicaçã� d� Le� Pena� n� Espaç� → espaço - território Art. 5º “caput” CP ● Princípio da territorialidade → aplica-se a lei brasileira em todo o território nacional. ● Princípio da soberania do Estado (JUS PUNIENDI”) → quem detém o direito de punir é o Estado brasileiro. ● Exceção (Agentes diplomáticos) Conceito de território ● Solo (subsolo)→ tudo aquilo que é delimitado por fronteiras. ● Espaço aéreo correspondente (coluna atmosférica - linhas imaginárias que existem nas fronteiras, não há limite de altitude) → tudo que está acima do nosso solo. ● Águas marítimas (até 12 milhas contadas da costa brasileira → para efeito penal, para efeito comercial é muito mais). Parágrafo 1º extensão territorial: → continuará sendo aplicada a lei penal brasileira ● Embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou ao serviço do governo brasileiro (lei penal brasileira) ○ Serão consideradas território brasileiro onde quer que elas estejam (em qualquer lugar do planeta). ● Embarcações e aeronaves mercantes (comerciais) ou de propriedade privada em águas brasileiras ou em espaço aéreo correspondente (lei penal brasileira). → ainda tem que estar dentro de território brasileiro ○ Quando a embarcação estiver dentro das 12 milhas aplica-se a lei penal brasileira ou ○ Se a aeronave ainda estiver sobrevoando solo brasileiro Parágrafo 2º Embarcação / oceano estrangeiro ● Embarcação/aeronave estrangeira mercantes (comerciais) ou de propriedade privada em território brasileiro (lei penal brasileira) → dentro das 12 milhas ● Pública ou a serviço de governo estrangeiro (lei penal do país de origem). → fora das 12 milhas Lei da Bandeira ● Embarcações ou aeronaves mercantis (comerciais) ou de propriedade privada em alto mar ou espaço aéreo comum? ○ A lei da bandeira significa em qual país aquela aeronave ou embarcação está registrada. ○ A lei da bandeira se aplica se a aeronave ou a embarcação não for pública ○ Se estiver em alto mar ou em espaço aéreo comum (não pertence a nenhum país). Aplicaçã� d� le� pena� e� relaçã� à� pessoa� Artigo 5º → “Caput” CP = exceção → reserva aos tratados, convenções e regras de direito internacional (função diplomática). - Finalidade: não intimidá-lo e praticar funções/atividades em favor de seu país. Os agentes diplomáticos não são submetidos à legislação do país estrangeiro quando estão trabalhando de forma oficial. Sempre estão submetidos à legislação de seu país, porque representam os interesses do país de origem. Imunidade diplomática → 18/04/1961 → Convenção de Viena Agentes diplomáticos ● Embaixador ● Secretário do embaixador ● Pessoal técnico administrativo ● Famílias ● Chefe de Estado estrangeiro e toda sua comitiva ● Embaixada ○ È inviolável → ninguém pode entrar, nem a PF entra. Naquele território só tem coisas que interessam ao país de origem ○ Não é extensão territorial→ está dentro do território do país que a recebe. ● Consul? ○ Cônsul não tem imunidade, é aquele que cuida das relações comerciais entre os países → não é um agente diplomático que cuida de estratégias dos países. Por outro lado, nada impede que os países façam um acordo bilateral entre si. Imunidade parlamentar → Também diz respeito à aplicação da lei penal em relação às pessoas (aplica-se a lei penal a todas as pessoas em todo o território nacional, com suas respectivas exceções). → è presente no estado democratico de direito (preservar a autonomia do poder legislativo, para que seus membros que representam a camada mais democrática e são eleitos pelo povo, não se sintam intimidados em defender os interesses daqueles que os elegeram e do seu Estado). → Congresso Nacional (poder legislativo central, inclusive competente para fazer lei penal). ● Deputados federais ● Senadores Objetivo → preservar a autonomia do Poder Legislativo Características: ● Início → Diplomação ⇒ começa no dia da posse, em que ele recebe um diploma. Nesse ato vem também a imunidade ● Término → fim do mandato ⇒ vai até o término do seu mandato, podendo se dar de várias formas, geralmente ao término de 4 anos. Se reeleito, continua por mais 4 anos. ○ Pode ser cassado. ○ Renuncia o mandato por qualquer motivo. ● Irrenunciável ⇒ A imunidade não é dele, é do parlamento que ele representa, para preservar a autonomia do poder legislativo. Art. 53, caput CF (absoluta) ● Crimes de palavra→ mesmo afastado das funções → Imunidade absoluta: em hipótese alguma o deputado ou senador pode ser processado por algum crime→ Podem ser desenhados, escritos, gesticulados. Crimes contra a honra: ● Art. 138 (calúnia) → imputar falsamente a alguém de cometer um fato definido como um crime. ● Art. 139 (difamação) → atribuir condutas desabonadoras e pouco importa se é verdadeiro ou falso. ● Art. 140 (injúria) →o agente ofende a dignidade da vítima dizendo que ela é alguma coisa, não que ela fez alguma coisa. Parágrafo 1º → Foro Privilegiado ● Enquanto o senador ou o deputado tiver mandato, se for processado, o processo não vai correr em vara comum, será sempre perante o Supremo Tribunal Federal Imunidade relativa → Imunidade relativa: dependendo de alguns fatores, poderá ou não ser processado ou preso ● Parágrafo 2º → Prisão (flagrante, inafiançável) ○ Como regra, deputados e senadores não podem ser presos, porque isso afeta a composição do poder legislativo. A exceção é quando houver flagrante delito e o crime for inafiançável. Na respectiva casa, os deputados ou senadores irão votar para decidir se ele ficará preso ou não. ● Parágrafo 3º → Processo… ○ Já houve o inquérito (delegacia), tanto faz se ele está preso ou não, haverá a denúncia (é no tribunal). O Procurador Geral da República denunciou o deputado/senador perante o STF. O Supremo recebe a denúncia e informa a casa legislativa, e esta decide se ele irá continuar respondendo o processo ou se ele será suspenso até que termine seu mandato (quando terminar, será processado na vara comum). ● Parágrafo 5º → Suspensão da prescrição… ○ A prescrição é a perda do direito de poder pelo decurso de prazo. Quando o Estado trabalha mal, o crime prescreve. → pega o máximo da pena e aplica na tabela do art. 109 CP. ■ Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010). I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010). ● Parágrafo 6º → Testemunha ○ Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Deputados estaduais → São os mesmos dos Deputados Federais e Senadores ● Exceto foro privilegiado → tribunal de justiça ○ Na Constituição do Estado de São Paulo, o foro privilegiado é o tribunal de justiça do próprio estado (a segunda instância do nosso Estado). Vereadores → Apenas a imunidade absoluta no exercício da função (crimes de palavra) → em qualquer lugar desde que ele esteja falando em nome do parlamento. → Trabalho individual e manuscrito → próxima semana e entregar 1 semana depois →Vale 1, a prova continua valendo 10 27/03/2023 Ar�. 6º CP - Lugar d� Crim� → Onde o crime aconteceu, sua localidade ● Lugar em que ocorreu o crime: 3 teorias a. Teoria da atividade (ação/omissão) 1. Ex: ocorreu um crime em Osasco e o criminoso foi baleado. Foi levado até SP e morreu no dia seguinte. O lugar pela teoria da atividade é Osasco. Ex: Art. 121 CP → lugar do disparo b. Teoria do resultado (efeito) 1. Ex: ocorreu um crime em Osasco e o criminoso foi baleado. Foi levado até SP e morreu no dia seguinte. Pela teoria do resultado, o lugar do crime de homicídio é SP Ex: Art. 121 CP → lugar em que o último morreu c. Teoria da ubiquidade (mista) → considera o lugar da ação/omissão e o lugar do efeito → TEORIA ACEITA PELO LEGISLADOR BRASILEIRO. 1. ocorreu um crime em Osasco e o meliante foi baleado. Foi levado até SP e morreu no dia seguinte. A teoria da ubiquidade abrange o lugar da ação/omissão ou o lugar do efeito. Ex: Art. 121 CP → local dos disparos/local da morte ● Casos - Internacionais - Estado/Estado e Município/Município Ar�. 10, CP→ Contage� d� pr�� Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Frações não computáveis da pena Direito penal ≠ Processo Penal - No Processo Penal o prazo passa a ser contado no dia útil seguinte. → se começa um dia depois, acaba um dia depois. - O dia do começo é contado para o cômputo do prazo. O prazo começa na data do fato, independentemente de finais de semana ou feriados. → Se começo a contar no primeiro dia, acaba um dia antes (sempre favorecendo o réu). Ex: - Pena - Decadência - Prescrição ● Direito penal despreza as frações (conta o dia completo) - Calendário gregoriano Conceito de crime ● Dogmática ○ Fato típico - aquele que está previsto na lei como crime ⇒ Exceto hipóteses descritas no Art. 23, CP. ○ Antijurídico - anti(contrário) jurídico (aquilo que é legal, vem da lei), portanto, significa tudo que é contrário a lei, conduta humana contrária à lei. ○ Culpável - ser responsável/responsabilizado ■ Se um desses 3 elementos desaparece, não há crime. Diferença entre - Ilícito penal → tem pena - Ilícito civil → não tem pena (tem indenização, mas não pena). Sujeito ativo (agente) → Pratica a conduta descrita na lei → Pratica o fato típico, contrária a lei. - I.P ( CRIMES MAIS GRAVES)= indiciado - T.C (TERMO CIRCUNSTANCIADO- mini inquérito policial) = autor do fato - P.P = réu/condenado/detento ou recluso ● Exceções: ○ Pessoas jurídicas (dirigente) ○ Animais (instrumentos) Sujeito passivo → Titular do bem jurídico (sofre a ação) - I.P, I.C, P.P ⇒ vítima ● Vítimas ○ Ser humano ○ Pessoa jurídica (ex: Art. 171, parágrafo 2º, V do CP) ○ Estados ( Ex Art 312…CP) ○ Mortos (família). Ex: artigos 209…CP ○ Animais (coletividade). Ex: artigos 29…Lei 9605/98 Objeto do crime →É o bem jurídico tutelado pelo Estado Ex: - Artigos 121 a 127 CP → vida humana - Artigo 129 CP → integridade/saúde - Artigos 138 a 140 CP → Honra - Artigos 146 a 154 CP → Liberdade - Artigos 155 a 180 CP → Patrimônio Doutrin� → NOÇÕES FUNDAMENTAIS Embora o crime seja insuscetível de fragmentação, pois que é um todo unitário, para efeitos de estudo, faz-se necessária a análise de cada uma de suas características ou elementos fundamentais, isto é, o fato típico, a antijuridicidade e a culpabilidade. Podemos dizer que cada um desses elementos, na ordem em que foram apresentados, é um antecedente lógico e necessário à apreciação do elemento seguinte. Welzel, dissertando sobre o tema, diz: “A tipicidade, a antijuridicidade e a culpabilidade são três elementos que convertem uma ação em um delito. A culpabilidade – a responsabilidade pessoal por um fato antijurídico – pressupõe a antijuridicidade do fato, do mesmo modo que a antijuridicidade, por sua vez, tem de estar concretizada em tipos legais. A tipicidade, a antijuridicidade e a culpabilidade estão relacionadas logicamente de tal modo que cada elemento posterior do delito pressupõe o anterior.” Assim, se alguém, dirigindo um automóvel em via pública, com todas as cautelas necessárias, atropela fatalmente um pedestre que, desejando cometer suicídio, se atira contra o veículo, não pratica o delito de homicídio culposo, uma vez que, se não agiu com culpa, tampouco com dolo, não há falar em conduta. Se não há conduta, não há fato típico e, como consequência, não há crime. Nesse caso, elimina-se o crime a partir do estudo de seu primeiro elemento – o fato típico. Somente quando o fato é típico, isto é, quando comprovado que o agente atuou dolosa ou culposamente, que em virtude de sua conduta adveio o resultado e, por fim, que seu comportamento se adapta perfeitamente ao modelo abstrato previsto na lei penal, é que poderemos passar ao estudo daantijuridicidade. Da mesma forma, somente iniciaremos a análise da culpabilidade se já tivermos esgotado o estudo do fato típico e da antijuridicidade. É a teoria do crime, portanto, um roteiro obrigatório a ser seguido pelos intérpretes que compõem a Justiça Penal, principalmente pelos aplicadores da lei, trazendo, outrossim, o máximo de segurança jurídica possível, reconhecendo ou não a prática de uma determinada infração penal. Assim, como afirmam, corretamente, Juan Carlos Ferré Olivé, Miguel Ángel Nuñez Paz, William Terra de Oliveira e Alexis Couto de Brito, devemos ter a: “Segurança de que a imposição de uma sanção penal responde a critérios científicos sérios, que não é resultado de uma atitude arbitrária ou caprichosa do intérprete. Justamente o Direito Penal, por ser o instrumento mais repressivo com que conta o Estado, requer um grau superior de sistematização, ou seja, de critérios lógicos para formular uma interpretação coerente, ordenada e fundamentalmente uniforme da Lei Penal. Por todos esses motivos a teoria do crime aparece como um instrumento indispensável para a interpretação da Lei Penal, para conhecer seu conteúdo”. Assim, esse “roteiro” a ser seguido, mesmo que com pequenas distinções e interpretações entre eles, servirá de norte para uma correta e mais efetiva aplicação da lei penal. Aspectos positivos de se contar com uma teoria do crime ● É um instrumento que fornece segurança jurídica, pois fixa as regras do jogo, permitindo conhecer antecipadamente o âmbito do proibido e do permitido. Dessa forma, afasta a solução dos casos penais do azar e da arbitrariedade. ● Garantia dos direitos fundamentais do indivíduo frente ao poder arbitrário do Estado, instrumentalizando a vigência dos princípios básicos do Direito Penal (legalidade, ● proporcionalidade, culpabilidade etc.). ● Permite estruturar racionalmente as causas de exoneração de responsabilidade penal (causas de justificação, de exclusão da culpabilidade etc.) analisando ordenadamente seus critérios regentes, o que resulta essencial para a segurança jurídica. ● Possibilita o aparecimento de uma jurisprudência racional e uniforme. ● Tem alcançado um alto grau de desenvolvimento e refinamento jurídico ILÍCITO PENAL E ILÍCITO CIVIL Quando falamos em ilicitude, estamos nos referindo àquela relação de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. Temos ilícitos de natureza penal, civil, administrativa etc. Será que existe alguma diferença entre eles? Ou, numa divisão somente entre ilícitos penais e ilícitos não penais, podemos vislumbrar alguma diferença? Na verdade, não há diferença alguma. Ocorre que o ilícito penal, justamente pelo fato de o Direito Penal proteger os bens mais importantes e necessários à vida em sociedade, é mais grave. Também aqui o critério de distinção é política. O que hoje é um ilícito civil amanhã poderá vir a ser um ilícito penal. O legislador, sempre observando os princípios que norteiam o Direito Penal, fará a seleção dos bens que a este interessam mais de perto, deixando a proteção dos demais a cargo dos outros ramos do Direito. A diferença entre o ilícito penal e o civil, obviamente observada a gravidade de um e de outro, encontra-se também na sua consequência. Ao ilícito penal, o legislador reservou uma pena, que pode até chegar ao extremo de privar o agente de sua liberdade, tendo destinado ao ilícito civil, contudo, como sua consequência, a obrigação de reparar o dano ou outras sanções de natureza civil. CONCEITO DE CRIME Não existe um conceito de crime fornecido pelo legislador, restando-nos, contudo, seu conceito doutrinário. Não foram poucos os doutrinadores que, durante anos, tentaram fornecer esse conceito de delito. Interessa-nos, neste estudo, refletir somente sobre aqueles mais difundidos. Assim, mesmo que de maneira breve, faremos a análise dos seguintes conceitos: Adotamos, portanto, de acordo com essa visão analítica, o conceito de crime como o fato típico, ilícito e culpável. O fato típico, segundo uma visão finalista, é composto dos seguintes elementos: ● conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva; ● resultado; ● nexo de causalidade entre a conduta e o resultado; ● tipicidade (formal e conglobante). A ilicitude, expressão sinônima de antijuridicidade, é aquela relação de contrariedade, de antagonismo, que se estabelece entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. A licitude ou a juridicidade da conduta praticada é encontrada por exclusão, ou seja, somente será lícita a conduta se o agente houver atuado amparado por uma das causas excludentes da ilicitude previstas no art. 23 do Código penal. Além das causas legais de exclusão da antijuridicidade, a doutrina ainda faz menção a outra, de natureza supralegal, qual seja, o consentimento do ofendido. Contudo, para que possa ter o condão de excluir a ilicitude, é preciso, quanto ao consentimento: ● que o ofendido tenha capacidade para consentir; ● que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja disponível; ● que o consentimento tenha sido dado anteriormente, ou pelo menos numa relação de simultaneidade à conduta do agente. Ausente um desses requisitos, o consentimento do ofendido não poderá afastar a ilicitude do fato. Culpabilidade é o juízo de reprovação pessoal que se faz sobre a conduta ilícita do agente. São elementos integrantes da culpabilidade, de acordo com a concepção finalista por nós assumida: ● imputabilidade; ● potencial consciência sobre a ilicitude do fato; ● exigibilidade de conduta diversa. “Delito é uma conduta humana individualizada mediante um dispositivo legal (tipo) que revela sua proibição (típica), que por não estar permitida por nenhum preceito jurídico (causa de justificação) é contrária ao ordenamento jurídico (antijurídica) e que, por ser exigível do autor que atuasse de outra maneira nessa circunstância, lhe é reprovável (culpável).” CONCEITO DE CRIME ADOTADO POR DAMÁSIO, DOTTI, MIRABETE E DELMANTO Damásio, Dotti, Mirabete e Delmanto entendem que o crime, sob o aspecto formal, é um fato típico e antijurídico, sendo que a culpabilidade é um pressuposto para a aplicação da pena. Mesmo considerando a autoridade dos defensores desse conceito, entendemos, permissa vênia, que não só a culpabilidade, mas também o fato típico e a antijuridicidade são pressupostos para a aplicação da pena. Para chegarmos a essa conclusão, devemos nos fazer as seguintes indagações: ● Se, por alguma razão, não houver o fato típico, poderemos aplicar pena? Obviamente que a resposta será negativa. ● Se a conduta do agente não for antijurídica, mas, sim,permitida pelo ordenamento jurídico, poderemos aplicar-lhe uma pena? Mais uma vez a resposta negativa se impõe. 28/03 Trabalho Bimestral (1,0 ponto) Classificação dos crimes ● Explicar ● Dar um exemplo de cada ● Proibido repetir exemplos 1. Instantâneo 2. Permanente - é aquele que se consuma com o ato 3. Instantâneo de efeito permanente 4. Comissivo 5. Omissivo puro (próprio) 6. Omissivo impróprio 7. Unissubjetivo 8. Plurissubjetivo 9. Simples 10. Qualificado 11. Privilegiado 12. Progressivo 13. Progressão criminosa 14. Habitual 15. Profissional 16. Exaurido 17. De ação única 18. De ação múltipla 19. Unissubsistente 20. Plurissubsistente 21. Material 22. Formal 23. De meia conduta 24. De dano 25. De perigo 26. Complexo 27. Comum 28. Próprio 29. De mão própria 30. Principal 31. Acessória 32. Vago 33. Político 34. Militar 35. Hediondo 36. Organizado 37. De menor potencial ofensivo 38. Continuado 39. De ação pública 40. De ação privada 41. Doloso 42. Culposo 43. Preterdoloso 44. Putativo 45. Impossível 46. Provocado 47. Falho 48. Multitudinário 49. Consumado 50. Tentado → Como fazer o trabalho? Volume 1 - parte geral Consultar mais de 1 autor para completar as 50 classificações. Explicar em 1 (máximo 2) linhas o conceito de cada um deles e acrescentar 1 exemplo de cada. Não pode repetir exemplos (crimes). Entregar na terça que vem 04/04 03/04/2023 Iter Crimini� Conceito: caminho itinerário a ser percorridopelo agente. → Fases: ● Interna (cogitação) - cogitatio criminis. Só de pensar em praticar um crime, não haverá punição para o código penal ● Externa ○ Atos preparatórios → às vezes são punidos e às vezes não. ○ Atos de execução → será sempre punida. Se alcançar a consumação será punida como consumada. ○ Consumação → a consumação alcançada será punida ● O ato preparatório será punido quando constituir outro crime (ex: associação criminosa - art. 288). → prof citou a Lei 10826/03 →Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - Sinarm, define crimes e dá outras providências. Crime consumado (art. 14, I CP) - Estão reunidos todos os elementos de sua definição legal (todas as palavras descritas no artigo do crime). - Alcança o resultado para se tornar consumado. - Maior pena se tornando mais grave, é o pior de todas - Ex: Art. 121 CP matar alguém (vítima morre) Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Tentativa (Art. 14, II, CP) - Praticado o iter criminis, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente - Sujeito cogita, prepara e executa, mas não consegue alcançar todos os elementos exigidos na lei, por interferência externa de terceiro (toda pessoa que não seja o próprio agente). - Interrupção externa ● Elemento subjetivo (dolo) ⇒ vontade ● Punibilidade ⇒ pena < que do crime consumado (crime consumado: pena completa // crime tentado: pena reduzida) Distância voluntária (Art. 15, 1º parte CP) - O agente desiste voluntariamente. - Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. - Pode prosseguir, mas não o faz… - Consequência: responderá pelos atos praticados - Ex: Art. 121 ⇒ artigo 129 CP - Art. 157 ⇒ artigo 150 CP Arrependimento eficaz (art. 15, 2º parte CP) - O agente esgota os meios de execução e se arrepende, impedindo que o resultado se produza. - Ex: atira na cabeça da vítima com todos os projéteis, mas depois se arrepende e a leva para o hospital. Se salvar a vítima não responde por homicidio consumado nem por tentativa (porque não houve socorro de terceiros, ele mesmo socorreu), responde por lesão corporal de natureza gravíssima. - Impede que o resultado se produza (eficaz) - Deve ser voluntário - Consequência: responderá pelos atos praticados - Ex: socorre vítima atingida pelos disparos - Ministra antídoto a vítima envenenada Arrependimento posterior (Art. 16 CP) - Só cabe a crimes sem violência ou grave ameaça à vítima - O sujeito consumou o delito, e posteriormente, se arrependeu e reparou o dano. - Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. - Incentive a reparação do dano - Forma voluntária - Antes: - Denúncia (MP) → petição inicial feita pelo ministério público. - Queixa crime (Advogado) → petição inicial feita pelo advogado. - Depois que começou o processo penal não pode mais se arrepender. Tem que ser antes do recebimento da denúncia ou da queixa crime, quando ainda estiver no inquérito policial. - Consequência: pena reduzida sem violência ou geral ameaça à pessoa. - Ex: Crimes contra a honra - Furto - apropriação indébita - estelionato Crime impossível (Art. 17 CP) - Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. - O crime pretendido jamais será consumado. Você pode até consumar outro crime como consequência, mas não o principal. - Ineficácia absoluta do meio empregado pelo agente p/ obter o resultado - Ex: revólver sem munição para matar - Envenenamento com açúcar - Absoluta impropriedade do objeto material do crime (bem jurídico que não existe). - Ex: atirar contra um cadáver - manobra abortiva em mulher que não está grávida 10/04/2023 Art. 12 CP - Princípio da especialidade → Toda lei especial se sobrepõe à lei geral (lei especial que será aplicada) → Conflitos: o mesmo crime pode estar na lei penal geral e na lei penal especial. Quando isso acontecer, vamos aplicar sempre a lei penal especial. → Normas não incriminadoras: explicativas e permissivas (institutos). → Possui 2 comandos 1 → Parte geral do CP ● Aplica na legislação especial ■ Quando não possuir… ■ EX: Art. 327 CP ■ Artigo 14, II, parágrafo único - tentativa (diminui a pena do crime consumado de ⅓ a ⅔ ). ■ Lei nº 11.343/2006 → lei do tráfico de drogas (possui 36 núcleos). Não tem previsão do crime tentado, somente pena prevista para o crime consumado. Quando alguém for preso por tentativa de tráfico de drogas não pode responder pela pena de 5 a 15 anos consumada, mas sim, tentada e diminuída. Aplica-se às disposições gerais do código penal na legislação especial quando esta não dispuser de forma diferente. Se o crime for tentado, aplica-se a punição da tentativa igual no código penal para o crime consumado. ● Não aplica quando já possuir ○ Ex: artigo 29 CP vs Artigo 75 da lei 8078/1990 (CDC) - concurso de pessoas ou de agentes, quando 2 ou mais pessoas participam do mesmo crime. 2º → Conflito aparente de norma → Às vezes, o mesmo crime aparece em 2 lugares diferentes (no código penal e na legislação especial) a regra não muda, aplica sempre a legislação especial quando o crime for cometido de forma especial. → Crime aparece 2x dentro do código penal (pode ser que numa primeira vez apareça de forma genérica e outra de forma específica. Aplica-se a específica). ● Mesmo fato ⇒ em duas ou + normas (um crime genérico e um especial que decorre do genérico) ● Ex: no mesmo código ○ A) Artigo 121 CP ○ Artigo 123 CP (puerpério) - infanticidio. Quando um homicídio (especial) é aplicado nessas circunstâncias, aplica-se o artigo 123, não o 121 (homicídio genérico). ○ B) Art 155 CP - furto. ○ Art. 156 CP - furto especial (coisa comum). Só pode acontecer no condomínio, na sociedade e na herança. ● Ex: duas normas diferentes: ○ A) Art. 121 parágrafo 3º CP ○ Art 302 lei nº 9503/97 - também pode matar alguém sem intenção dirigindo, esse sujeito ativo não responde pelo CP e sim pelas leis de trânsito. ○ B) Artigo 165 e 166 CP - crime de dano e alteração de local especialmente protegido por lei, respectivamente. ○ Artigo 62 e 63 da lei nº 9605/1998 Artig� 18 CP→ Crim� dol��/Culp�� Artig� 19 CP→ Crim� Preterdol�� Crime doloso (Art. 18, I CP) ● Teoria da vontade: ○ Consciência ■ Fato típico ■ Do resultado ○ Vontade ● Conceito ⇒ é a vontade livre e consciente de praticar o ilícito penal ● Espécies: ○ Direto - Determinado → quer um único resultado ○ Indireto - Indeterminado ■ Alternativo = quer, para ele tanto faz o resultado, ele quer atingir a vítima (art. 121 e 129) ■ Eventual = quer praticar o ato e assume o risco, o agente não quer o resultado, mas quer praticar a conduta e assume o risco do resultado. Ex: Racha - mata pessoas que estavam no ponto de ônibus. Atirar para ■ cima para comemorar, mas acertou a cabeça da vítima. ○ De dano: lesão ao bem jurídico - ela perpassa desde a vida, a integridade física até ao bem material, crime material ■ Artigo 121 CP ■ Art. 155 CP ○ De perigo: ■ Artigo 132 CP ■ Art. 133 CP - abandono de incapaz ■ Art. 134 CP ○ Genérico: ■ Art. 121 CP ■ Art. 155 CP - furto ○ Específico: ■ Art. 149-A - tráfico de pessoas ■ Art. 216-A - assédio sexual, constranger a vitima para obter vantagem sexual. Crime culposo (Art. 18, II CP) - Somente com previsão legal, sem ela se torna fato atípico. ● Negligência (omissão): ○ Dirigir veículo sem revisão ○ Deixar veneno ao alcance de criança ● Imprudência (fazer algo além do permitido): ○ Manejar arma em lugar público ○ Dirigirem alta velocidade ○ Dirigir com sono ● Imperícia (não ter habilitação para exercer certas atividades, pode ter habilidade, mas não tem habilitação): ○ Realizar cirurgia sem habilitação ○ Dirigir sem habilitação ○ Ex:. Antigamente era obrigatório andar com um kit de primeiros socorros, mas conforme verificaram que a falta de conhecimento para manusear os ferimentos, retiraram a lei. Crime Preterdoloso (Art. 19 CP) (Doloso + CulPoso) ● Conceito ⇒ há dolo no antecedente e culpa no consequente ● Qualificado pelo resultado - só responde o agente que tiver causado o resultado culposamente. ● Se resulta… - Artigo 127 CP - Artigo 129, parágrafo 3º CP - Artigo 133, parágrafos 1º e 2º CP - Artigo 134, parágrafos 1º e 2º CP 2°BIMESTRE ☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆ 08/05/2023 Erro de tipo . ART. 20 CP → dolo - consciência da conduta ⇒ o erro afasta o dolo. Você errou mas não teve a vontade nem a consciência do que estava fazendo. ● Vontade de alcançar um resultado ● Exemplo ○ Pai/filho ○ Gestante/medicamento abortivo ○ Guarda chuva/ restaurante → conceito: representação falsa da realidade, equiparada a ignorância (desconhecimento) → art. 20 caput: erro salvo elemento do tipo ● Lei anterior → erro de fato ● Características: exclui o dolo e pune a culpa Doutrin� No erro de tipo, o agente realiza uma conduta desconhecendo que pratica um crime, por haver apreciado equivocadamente a realidade que o circunda. Exemplo- Pedro traz consigo uma arma verdadeira pensando tratar-se de uma réplica inofensiva. Pode-se dizer que ocorre um delito do ponto de vista puramente objetivo (quem assistisse à cena veria o porte ilegal de arma de fogo); subjetivamente, contudo, não se está praticando crime algum; vale dizer, na mente de Pedro, ele porta um objeto inócuo.9 → art. 20 parágrafo 1° erro culposo (Descriminante Putativo) ● Pune-se a culpa quando prevista em lei ● Poderia ser evitado ● Exemplos: Art. 121 parágrafo 3°/ art 129 parágrafo 6° e etc. → art. 20 parágrafo 2° erro provocado por terceiro ● Responderá pelo crime praticado o terceiro que determinou o erro (este queria cometer o ato ilícito) ● Exemplo: médico/enfermeiro/paciente → art. 20 parágrafo 3° erro sobre a pessoa ● Pessoa = vítima ● Não está isento de pena ○ Infanticídio (estado puerperal da mãe) ○ Idoso/atleta → Coação irresistível - art. 22, primeira parte do CP ● Coação física irresistível ○ Emprego de força física ○ Não ação voluntária (conduta) ○ Exemplo: tortura ● Coação moral irresistível ○ Grave ameaça ○ Inexigibilidade de conduta diversa ○ Perigo atual ○ Exemplo: vínculo familiar do ameaçado ● Coação moral irresistível putativa ○ Consequência: responde pelo crime o autor da coação ● Será responsabilizado o autor e não quem executou. → Obediência hierárquica art. 22, segunda parte do CP ● Responderá pelo crime praticado o autor da ordem, desde que: ○ O autor da ordem deve ser o superior hierárquico competente para dar a ordem. ○ Essa ordem não pode ser manifestamente ilegal. Se ela for ilegal, esta não deve ser cumprida, mesmo que o autor da ordem seja seu superior hierárquico. ● Requisitos: ○ Estrita obediência hierárquica ○ Ordem não manifestamente ilegal ○ Superior hierárquico (capaz…) ○ Exemplos: No filme questão de honra, o soldado e o cabo acusados de homicídio foram condenados pela conduta, mas inocentados do crime. Se analisarmos a ordem para eles aplicarem o “código vermelho”, vemos que esta veio de seu superior competente, mas como era ilegal (coagir fisicamente um colega de serviço), eles foram exonerados sem honra do exército. Mesmo que a ordem fosse vinda de um superior competente, era ilegal, portanto, deveriam ter se recusado a cumprir, podendo perceber nitidamente essa questão na hora da sentença. ● Consequência: será responsabilizado o autor da ordem ● Será responsabilizado o autor e não quem executou TRABALHO BIMESTRAL → Entregar em: 13/06 na aula → Valor: 1 ponto → O que fazer? → Vamos assistir um filme e fazer uma resenha relacionando com a matéria que ele ainda vai dar. ● Questão de honra (atores: Jack Nicholson, Tom Cruise, Demi Moore) → matéria da prova desse bimestre: artigo 20 ao 32. 09-05-23 Coação.Irresistível/ Obediência Hierárquica. Faltará a livre vontade, então não há dolo. Só há instrumento que tem poder de obrigar a fazer ou não algo, que é a Lei, caso contrário, você estará sendo coagido, e este responderá pela coação e o resultado. Coação irresistível, vc estará obrigado a fazer algo que não é de sua vontade, mas não pode resistir. 15/05/2023 Antijuridicidade Artigo 23 CP Crime = Fato típico + antijuridicidade + culpável (vamos responsabilizar o autor do fato típico) Antijuridicidade = é a contradição entre a conduta humana e a lei. Exclusão de Antijuridicidade (normas permissivas) → se eliminar a antijuridicidade, não há crime, a conduta será justificada →Permissivas não incriminadoras - Causas excludentes de antijuridicidade = Causas excludentes de criminalidade = Causas excludentes de ilicitude Consequências - Conduta típica é justificada ⇒ Não haverá crime Conceito A expressão ilicitude, empregada pelo legislador no Código Penal, é frequentemente preterida pela maioria dos manuais. Muitos adotam o termo antijuridicidade. Na tradição pátria, os termos são utilizados como sinônimos. Na doutrina estrangeira, emprega-se maciçamente o termo antijuridicidade, pois a expressão ilicitude tem um sentido diverso. Indica o fato típico e antijurídico. A ilicitude consiste na contrariedade do fato com o ordenamento jurídico (enfoque puramente formal ou “ilicitude formal”), por meio da exposição a perigo de dano ou da lesão a um bem jurídico tutelado (enfoque material ou “ilicitude material”). A antijuridicidade da conduta deve ser apreciada objetivamente, vale dizer, sem se perquirir se o sujeito tinha consciência de que agia de forma ilícita. Por essa razão, age ilicitamente o inimputável que comete um crime, ainda que ele não tenha consciência da ilicitude do ato cometido (o agente, contudo, não receberá pena alguma por ausência de culpabilidade, como se estudará no próximo capítulo). Classificação A doutrina classifica a ilicitude em genérica e específica. ● genérica corresponde à contradição do fato com a norma abstrata, por meio da afetação a algum bem jurídico. ● específica consiste na ilicitude presente em determinados tipos penais, os quais empregam termos como “sem justa causa", “indevidamente”, “sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar” Na verdade, dessas, só a genérica realmente trata-se efetivamente de ilicitude. A chamada antijuridicidade específica nada mais é do que uma designação equivocada a determinados elementos normativos de alguns tipos penais. Não se pode confundir “antijuridicidade”, requisito do crime, com dados da figura típica, isto é, verdadeiras elementares do tipo penal. → Art 23 CP ⇒ Não há crime quando a sua conduta humana se enquadra em: I- Estado de necessidade II - Legítima defesa III- Estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de Direito. Parágrafo Único - Excesso punível → volta a responder pelo crime → Art 24 CP - Estado de necessidade Diz o CP no art. 24: “Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”. A situação de necessidade pressupõe, antes de tudo, a existência de um perigo (atual) que ponha em conflito dois ou mais interesses legítimos, que, pelas circunstâncias, não podem ser todos salvos (na legítima defesa, como se verá adiante, só existe um interesse legítimo) Requisitos: 1- Ameaça a direitos próprios ou alheios (bens jurídicos) ● Origens: ○ Força da natureza: a ação natural ○ Ação Humana: conduta humana 2- Existência de 1 perigo ATUAL 3- Existência de 1 perigo inevitável ● Fugir ● Avisar autoridade 4- Situação não provocada voluntariamente pelo agente → Não pode sercausado pela própria vontade do agente → quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade 5- Inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado (equivalência de bens) ● Exemplos: ○ Furto famélico - Apenas o furto de comida para consumo imediato, com o objetivo de saciar a fome, praticado por pessoa sem condições financeiras para adquirir o alimento ○ Antropofagia → comer carne humana para sobreviver. Ex:. No coração do mar. ○ Tábua de salvação ○ Fugir / linchamento ○ Desabamento / violação de domicílio ○ Artigo 128, I CP ○ Artigo 146, parágrafo 3º, I e II CP ● Parágrafo 1º → exclusão? ○ Ex: bombeiro, porém há limites ● Parágrafo 2º → ↓ de pena no item 5. DIREITO PENAL TRABALHO BIMESTRAL - Valor: até 1 ponto - Entrega: última aula antes das provas • O que fazer? → Uma resenha • O que é uma resenha? → Resumo + conclusão (opinião jurídica) ☆ Manuscrito ☆individual ☆Mínimo: Uma folha de almaço Fontes: 1. Filme: Questão de Honra 2. ( real ou putativa ) a) Erro b) Coação irresistível c) obediência hierárquica d) Estado de necessidade e) Legítima defesa f) Estrito cumprimento do dever legal g)exercício regular do direito OBS: Justificar apresentando a cena principal 22/05/2023 Legítima Defesa - Art. 23, II CP Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779) III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. → Para caracterizar legítima defesa, você tem que reagir numa fração de segundos, a um dos requisitos apresentados abaixo. → Crime: fato típico + antijurídico + culpável → reagir a uma ação que sofremos ● Fundamento jurídico ○ Característica natural de defesa ○ Reação a uma agressão ● Artigo 25 CP → Conceito Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. → Requisito nº 1 ● Reação a uma agressão atual ou iminente e injusta ○ A) Reação → contra ato humano ■ Diferente de estado de necessidade (ato humano ou natureza). Aqui só vale se for atacado por um ser humano ○ B) Atual → que está acontecendo AGORA ■ Se você deixa o local, vai até em casa, pega uma arma, volta e atira no sujeito que já te agrediu, não é mais legítima defesa. ○ C) Iminente → que está prestes a acontecer ■ O sujeito vem na sua direção, indiretamente ou diretamente. ○ D) Imediato → não pode haver demora ■ A reação de revidar tem que ser no exato momento. ○ E) Injusto por parte do agressor ■ Não está autorizado pela lei (Ex:. Quando alguém vem lhe despejar, mas a pessoa não tem a ordem judicial) ■ Não foi provocado pelo agente → aquele que vai alegar legítima defesa não pode ter dado causa a agressão do outro (se você agride primeiro, o sujeito revida e você mata ele, não existe legítima defesa, você deu origem a agressão dele). → Requisito nº 2 ● Defesa de 1 direito próprio ou alheio ○ A) Direito: vida, integridade física, saúde, etc. → defender direito próprio ○ B) Alheio: legítima defesa de 3º → é possivel excluir ilicitude quando se vai defender uma pessoa que está sendo agredida por outra. → Direito: nossos bens jurídicos. → Requisito nº 3 ● Uso moderado dos meios necessários ○ A) Moderado → aquele ½ que venha causar o menor dano possível ○ B) Necessário → proporcional a agressão ● Legítima defesa putativa? ○ Legítima defesa imaginária, fantasiosa. Você imagina que é real. ○ Tem que existir fatos anteriores que produzem na sua mente uma ideia que você realmente irá sofrer essa agressão (você já sofreu ameaças, agressões, promessas de morte, etc). Tudo isso faz com que você passe a agir com sentimento de medo. ○ Por sentir medo, você já fica prevenido (anda armado, por exemplo). Quando você se depara com esse indivíduo, já imagina que ele irá agir de fato para te matar e age em legítima defesa putativa. OBS → Meios necessários: aquilo que está a sua disposição para repelir a agressão do indivíduo. Se você tem 1 arma, não precisa disparar 14 vezes na pessoa para poder pará-la. → Verificação de excesso por parte da vítima. → Quem irá analisar os requisitos é a perícia Parágrafo único ⇒ Pacote anticrime → Legalizou ação policial como legítima defesa de terceiros → já existia, mas de forma interpretativa, agora é legal. ● Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. Legítima defesa Estado de necessidade 1. Há agressão a 1 bem tutelado 1. Há conflito entre titulares de interesses jurídicos lícitos 2. Somente conta conduta humana 2. Se exerce contra qualquer causa a. Natureza b. Humana 3. Há uma reação 3. Há uma ação 4. O bem jurídico é exposto a uma agressão 4. O bem jurídico é exposto ao perigo 5. Se atua contra o agressor 5. Pode atuar contra 3º inocente Estrito cumprimento do dever legal → Prática da conduta humana de acordo com o que está expresso em lei. Se você fizer além do que está na lei, comete excessos, e responderá por estes. → Art. 23, III - 1° parte do CP ● Dever legal é diferente de ilícito penal → Quem tem o dever legal de cumprir o que está descrito em lei? ● Agente público ● Funcionário público → O que é 1 dever legal? Ex: - Prisão em flagrante - Mandado de prisão - Mandado de despejo - Mandado de busca e apreensão 23/05/2023 Exercício regular de Direito → Exercitar aquilo que está na lei → é uma faculdade. Você faz se quiser ou não. Artigo 23, III, 2º parte CP ● Conceito ⇒ é exercitar o que está previsto em lei (Direito) a) Prisão Facultativa → Art. 301 CPP ● Afasta o artigo 148 CP b) Ofendículos → instrumentos destinados à defesa da propriedade ● Artigos 5º, XI CF + 150 CP ○ Afasta o artigo 129 CP c) Correção dos filhos ● Afasta o artigo 136 CP- Maus tratos d) Intervenção médica (cirúrgica) ● Autorizada pelo Estado que estimula, fiscaliza e organiza a atividade médica ● Requisito: Consentimento do paciente/responsável ● Afasta o artigo 129 CP ● Emergência / sem consentimento? ○ Estado de necessidade e) Violência esportiva ● Possibilidade de causar dano à integridade física/saúde pelo contato corporal ○ Ex: boxe, futebol, etc ● Justificativa: O estado autoriza e estimula ● Afasta os artigos 121, 129, etc CP ● Artigo 23, parágrafo único CP ⇒ Excesso ○ Tem que respeitar os limites legais Estado de necessidade e legítima defesa ● Meios necessários e moderados para afastar perito/agressão Estrito cumprimento do dever legal e Exercício regular do direito ● Respeitar os limites estabelecidos pela lei Prova: 20/06 29/05/2023 Culpabilidade (art. 26 do CP) → Crime é um fato típico + antijuridicidade + culpado ● Se faltar qualquer um desse não é crime, então não vai pra cadeia e nem vai sofrer medida de segurança, claro se falta a culpabilidade. → Culpabilidade ○ Culpa = culpado ○ agente responsável ● Características ○ reprovação social - em razão de juízo de valor, que são os bens tutelados juridicamente pelo direito penal, então havendo um ataque a esse bem terá mais ou menos reprovação social. ■ não há sanção penal, diferente do fato típico, que traz uma consequência. ○ juízo de valor ● Exigência legal = o agente deve ter consciência (saber e querer o que está praticando) ○ recai sobre o sujeito ativo ● Elemento = inimputabilidade (eliminar a culpabilidade e assim ficar isento de pena, pois não tem consciência perante o âmbito penal e o ECA, há o crime, mas não será responsabilizado por ele) ○ Não pode ser culpado por mais que seja umfato típico e juridico ○ capacidade psíquica ○ Consequência = há crime, mas o agente é isento de pena → medida de segurança ○ Conclusão: culpabilidade é a reprovação típica e antijurídica ● Critérios de determinação ○ sistema biológico (anomalia mental) ■ putáveis ■ inimputáveis → aquele que é completamente doente mental, dizendo isso o perito. Pode vir desde o nascimento ou pode se desenvolver na vida extrauterina. ○ sistema psicológico (condições psíquicas) ■ Entende a legislação que o indivíduo ainda não atingiu a plena capacidade de consciência, como aqueles que são menores de idade, ou seja, não é porque ele tem uma doença mental, mas sim porque ele ainda não desenvolveu essa consciência. . ○ sistema biopsicológico (misto) ■ Envolvem os dois sistemas supracitados ■ Aderido pela lei penal brasileira ○ doença mental → moléstia ○ desenvolvimento mental incompleto ■ menor de 18 anos, silvícola, surdo e mudo ● Redução da maioridade penal? ○ Tempo da maioridade penal (elemento (momento) da ação ou omissão) ■ Caso a ação seja efetuada quando a pessoa for menor, só caberá às medidas de segurança. ■ Art 4 do CP TRATA DA IDADE NO ATO DO CRIME _ VAI CAIR NA PROVA Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. ○ Prova = certidão de nascimento ○ Questão de consciência parcial, art. 26 do CP. ● Maioridade penal (art.228 da CF, art. 104 do ECA e art. 27 do CP) ○ É considerado criança aquela que ainda não atingiu a idade de 12 anos (considerado adolescente a partir de 12 anos). ■ estando cabíveis as medidas de segurança do ECA, só quando ele oferece muita periculosidade que ele vai para a FEBEM ficando no máximo de 3 anos. CF Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. CP Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era,ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena - quando parcial incapaz (culpabilidade parcial) Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. ECA - 8069/91 Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. → Lei 8069/90 (ECA) ● Art. 2 do ECA ● art. 101 do ECA = proteção ● art. 112 do ECA = socioeducativa ● Penalmente inimputáveis, estando sujeitos às normas especiais, o ECA. → Emoção/Paixão (art. 28, I do CP) ● Emoção = ira, medo, alegria, surpresa e etc. ○ Pode reduzir a pena de ⅓ a ⅙ ● Paixão = amor, ódio, avareza, ciúme e etc. ● Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão → Embriaguez (art. 28, II do CP) ● toda substância entorpecente que tem o mesmo efeito, incluindo medicamentos. ● Dolosa e culposa. ● álcool = substâncias análogas → entorpecentes ○ estimulantes = maconha e cocaína ○ anestésico = morfina ○ alucinógenos = LSD ● Não retira sua responsabilidade, vai responder criminalmente. ● Inimputabilidade ○ só quando ela for completa ou parcial que não terá responsabilidade Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. ● “Actio libera in causa” ? ○ caso fortuito/ força maior ■ parágrafo 1° → exclusão § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. ■ parágrafo 2° → diminuição da pena § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. ● Contravenção penal (decreto lei 3688/41) ○ art. 62 e 63 Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia: Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é internado em casa de custódia e tratamento. Art. 63. Servir bebidas alcoólicas: I – a menor de dezoito anos; (Revogado pela Lei nº 13.106, de 2015) II – a quem se acha em estado de embriaguez; III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais; IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de frequentar lugares onde se consome bebida de tal natureza: Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de quinhentos mil reais a cinco contos de réis. 30/05/2023 Falta para encerrar o Bimestre ● Medidas de Segurança- destinada aos inimputáveis, ou vc é imputável, ou inimputável. Concurso de Pessoas 05/06/2021 Con����o do Dir���o Conjunto de normas jurídicas estabelecidas pelo Estado, visando o combate à criminalidade, através de sanção, penal ou medida de segurança. ● Medidas de Segurança- destinada aos inimputáveis, ou vc é imputável, ou inimputável. As medidas de segurança tem que haver a prática do fato típico e periculosidade do agente, mas não há capacidade mental para evitar o fato. ○ não tem tempo para acabar, só quando ele sair do estado de periculosidade. 1. Internação - Isolando ele da sociedade completamente- Internação (privado de liberdade) - A regra é considerado o agente inimputável, ele será internado. 2. Tratamento ambulatorial - Submeter a tratamento - deve comparecer regularmente ao tratamento ambulatorial - crimes de menor potencial ofensivo, é possível aplicar essa medida de segurança, Estado oferece ao agente. Não há recomendação de Internação. Pena de detenção, poderá. Sis����s ● duplo binário - extinguido em 1984 ● O vicariante (o mesmo sujeito perante o mesmo caso ele não pode ser sentenciado pela medida de segurança e pela privativa de liberdade) Inimputável não tem capacidade de distinguir o real, não tem consciência do que está fazendo, portanto não há culpabilidade. Ele tem conduta antijurídica, fato típico, mas não há culpa, há crime, mas é isento de pena. Objetivo: Visa a peculiaridade do agente enquanto sanção penal visa a culpabilidade do agente. - Destino: Art 26 CP (caput) Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. - Pressuposto - Prática de um fato típico. - Periculosidade do agente inimputável. - Doença mental completa Espécies (art. 96) Espécies de medidas de segurança Art. 96. As medidas de segurança são: I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II - sujeição a tratamento ambulatorial. - existem 2 tipos de medidas de segurança: ● Internação (hospital, tratamento psiquiátrico) ● Tratamento ambulatorial (deve comparecer nos dias definidos pelo médico para tratamento terapêutico). ○ Tratamento psiquiátrico, o grau de periculosidade dele não requer internação. ● Caso o agente saia do tratamento ambulatorial e vá para a internação esse processo é chamado de reversão - Art 97, caput (pena de detenção) - Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se,todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. possibilidade de detenção § 1° - Prazo § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, serápor tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. § 2° - (execução) - tempo máximo indeterminado § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. - perícia médica - de 1 a 3 anos, repetida de ano em ano, se constatado antes que ele saiu do estado de periculosidade, o juiz de execução pode dar “alta” para ele. §3° - Liberação condicional - Desinternação ou liberação condicional § 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. §4° - possibilidade de reversão → semi-imputável, vai para a cadeia, mas se ficar constatado por peritos que é melhor que ele sofra medida de segurança para tratamento, ele pode cumprir medida de segurança. § 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos Art 98 - semi imputável ( art 26 § único CP) Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. Art 99 - Direitos do internado. Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será submetido a tratamento. Sanção penal ● ela é cumprida nos regimes: ○ fechado → máxima ○ semi-aberto → mínima ○ aberto → em casa ○ Pode haver a progressão de regime se for analisado de cima para baixo ○ Já na hipótese de ser analisado debaixo para cima ele estará fazendo a regressão 12/06/2023 Con���s� de pe����s (ar�. 29 do C�) É também conhecido por codelinquência, concurso de agentes ou concurso de delinquentes. 2 ou mais agentes praticando crimes contra a mesma vítima. → Esses participantes têm que agir de forma voluntária, pq se não vamos estar falando de coação irresistível → Autoria: é o sujeito que pratica a ação penal → Conceito: quando a infração for praticada por mais de 1 pessoa →Denominação semelhantes: ● Concurso de agentes ● Coautoria ● Participação → Sujeito ativo é sempre aquele que pratica o verbo que está descrito na lei ● Quando tem 2 ou mais pessoas participando de um crime com a mesma vítima, tem-se o concurso de pessoas. Art 29 CP Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. ● Consciência - imputável ● forma voluntária - querem participar do Crime ● Responde pelo resultado - Modalidades (espécies): O conceito de autor tem enfrentado certa polêmica dentro da doutrina,comportando três posições. Passemos à análise das teorias sobre autoria. ● Autoria direta / imediata ○ Quando a forma é voluntária e existe a consciência, quando pratica diretamente o verbo do crime (núcleo do tipo penal). ○ Todos respondem pela mesma regra ● Autoria indireta / mediata ○ Ela vai acontecer quando existe coação ○ O coagido não responde por nada ● Coautor ○ ● Participe ○ Partícipe é quem concorre para que o autor ou co autores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o verbo (núcleo) do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado. Dois aspectos definem a participação: (Autor) vontade de cooperar com a conduta principal, mesmo que a produção do resultado fique na inteira dependência do autor; (Partícipe) cooperação efetiva, mediante uma atuação concreta acessória da conduta principal. Participe § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. ↳ < importância ↳pena reduzida (⅙ - ⅓) ● Esteve envolvido no crime, mas sua importância foi menor, então sua pena é menor. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. A- responde pelo art. 155 CP B - responde pelo art. 157 CP ● É quando um dos participantes muda o rumo das suas ações e acaba não agravando o crime. ● Ex:. quando 2 pessoas vão roubar alguém, e a pessoa x começa a bater na vítima, mas a pessoa y não bate e só pratica o roubo. ● Exceção: salvo quando a circunstância da pessoa é elementar ao crime, ou seja está escrito no crime, sem aquela situação não existe o crime. ○ Infantícidio ○ Se a circunstância não for elementar do crime, não se comunica. *Art 5º, XLVI - Individualização da pena Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ................................... XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes : a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; Agravantes - Art. 62, I; II e IV CP Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; II - coage ou induz outrem à execução material do crime; IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa → Qualificadoras: aumenta a pena mínima e a máxima ao mesmo tempo → Majorantes: aumenta a pena em frações (⅓, ⅙, etc) Artigos CP - 146, § 1º Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 3m a 1 ano Aumento de pena § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas. - 150, § 1º Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:1 a 3meses ou multa § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência. - 155, § 4º, IV - 157, § 2º etc. Art. 30 CP - Circunstância - Motivo do crime - Confissão espontânea Condições - Menoridade penal - reincidência EX: Art. 181, II CP e Art 183, II CP Exceções Art. 123 CP Art 312 CP Art 31 CP Ïter Criminis” - Ajuste - combinando o crime, essas combinações não são punidas, pq o crime ainda não foi tentado. Exceto se esse ajuste culmina em crime. - determinação - instigação - Auxílio *Exceção - art.288 CP Multidão delinquente - Saques - Depredações - Linchamentos ● Todos responderão ○ Pena atenuadas (art 65, III e CP) ○ Penas agravadas ( art. 62, I CP) ■ será agravado quando o agente promover a ação, então é quem organizou, mas responde pelo mesmo crime. 07/08/2023 - 3 Bimestre Vista de prova - 14/08 Penas Neste bimestre, calcular e executar. ● Trabalho - Assitir filme “Assassinato em primeiro grau” - No brasil se fala de Homicidio, não falamos assassinato. Homem furta R$5, de uma agência de Correios, atentar contra o estado nos EUA é muito grave. Infrações contra o estado são tratadas de forma rigorosa. Foi desproporcional a forma com que o Estado tratou deste caso. ● Procurar a origem da palavra assassinato, deve conter nos livros. Deve ser o primeiro tópico, após o cabeçalho. ● Leitura do Livro Penas alternativas, do Professor Tailson, tem na biblioteca. ● Valerá até dois pontos. ●