Buscar

LEI N 13 869-2019 - ABUSO DE AUTORIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 1 
 
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, 
cometidos por agente público, servidor ou não, que, no 
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, 
abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. 
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime 
de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com 
a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a 
si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou 
satisfação pessoal. 
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na 
avaliação de fatos e provas não configura abuso de 
autoridade. 
CAPÍTULO II 
DOS SUJEITOS DO CRIME 
 
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade 
qualquer agente público, servidor ou não, da administração 
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de 
Território, compreendendo, mas não se limitando a: 
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles 
equiparadas; 
II - membros do Poder Legislativo; 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.869-2019?OpenDocument
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 2 
 
III - membros do Poder Executivo; 
IV - membros do Poder Judiciário; 
V - membros do Ministério Público; 
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. 
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os 
efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra 
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego 
ou função em órgão ou entidade abrangidos 
pelo caput deste artigo. 
CAPÍTULO III 
DA AÇÃO PENAL 
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal 
pública incondicionada. (Promulgação partes vetadas) 
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública 
não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério 
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, 
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo 
tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a 
ação como parte principal. 
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo 
de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o 
prazo para oferecimento da denúncia. 
CAPÍTULO IV 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 3 
 
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS 
RESTRITIVAS DE DIREITOS 
Seção I 
Dos Efeitos da Condenação 
Art. 4º São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado 
pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar 
na sentença o valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele 
sofridos; 
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou 
função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; 
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III 
do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de 
reincidência em crime de abuso de autoridade e não são 
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na 
sentença. 
Seção II 
Das Penas Restritivas de Direitos 
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das 
privativas de liberdade previstas nesta Lei são: 
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas; 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 4 
 
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do 
mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a 
perda dos vencimentos e das vantagens; 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem 
ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. 
CAPÍTULO V 
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E 
ADMINISTRATIVA 
 
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas 
independentemente das sanções de natureza civil ou 
administrativa cabíveis. 
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta 
Lei que descreverem falta funcional serão informadas à 
autoridade competente com vistas à apuração. 
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são 
independentes da criminal, não se podendo mais questionar 
sobre a existência ou a autoria do fato quando essas 
questões tenham sido decididas no juízo criminal. 
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como 
no administrativo-disciplinar, a sentença penal que 
reconhecer ter sido o ato praticado em estado de 
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento 
de dever legal ou no exercício regular de direito. 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 5 
 
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em 
manifesta desconformidade com as hipóteses 
legais: (Promulgação partes vetadas) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade 
judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de: 
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; 
II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar 
diversa ou de conceder liberdade provisória, quando 
manifestamente cabível; 
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando 
manifestamente cabível.’ 
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha 
ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia 
intimação de comparecimento ao juízo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão 
em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de 
prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a 
decretou; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 6 
 
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de 
qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou 
à pessoa por ela indicada; 
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, 
com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das 
testemunhas; 
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, 
de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de 
segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e 
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura 
imediatamente após recebido ou de promover a soltura do 
preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. 
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante 
violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de 
resistência, a: 
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à 
curiosidade pública; 
II - submeter-se a situação vexatória ou a 
constrangimento não autorizado em lei; 
III - produzir prova contra si mesmo ou contra 
terceiro: (Promulgação partes vetadas) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, 
sem prejuízo da pena cominada à violência. 
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, 
pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou 
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 7 
 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
prossegue com o interrogatório: (Promulgação partes 
vetadas) 
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao 
silêncio; ou 
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por 
advogado ou defensor público, sem a presença de seu 
patrono. 
Violência Institucional (Incluído pela Lei nº 14.321,de 2022) 
Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou a 
testemunha de crimes violentos a procedimentos 
desnecessários, repetitivos ou invasivos, que a leve a 
reviver, sem estrita necessidade: (Incluído pela Lei nº 
14.321, de 2022) 
I - a situação de violência; ou (Incluído pela Lei nº 
14.321, de 2022) 
II - outras situações potencialmente geradoras de 
sofrimento ou estigmatização: (Incluído pela Lei nº 
14.321, de 2022) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 8 
 
§ 1º Se o agente público permitir que terceiro intimide a 
vítima de crimes violentos, gerando indevida revitimização, 
aplica-se a pena aumentada de 2/3 (dois 
terços). (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) 
§ 2º Se o agente público intimidar a vítima de crimes 
violentos, gerando indevida revitimização, aplica-se a pena 
em dobro. (Incluído pela Lei nº 14.321, de 2022) 
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se 
falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando 
deva fazê-lo durante sua detenção ou 
prisão: (Promulgação partes vetadas) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como 
responsável por interrogatório em sede de procedimento 
investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao 
preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou 
função. 
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial 
durante o período de repouso noturno, salvo se capturado 
em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, 
consentir em prestar declarações: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/Lei/L14321.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 9 
 
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio 
de pleito de preso à autoridade judiciária competente para a 
apreciação da legalidade de sua prisão ou das 
circunstâncias de sua custódia: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado 
que, ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar 
as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo 
competente para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o 
pedido à autoridade judiciária que o seja. 
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e 
reservada do preso com seu advogado: (Promulgação 
partes vetadas) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede 
o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se 
pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, 
por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-
se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, 
salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência 
realizada por videoconferência. 
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma 
cela ou espaço de confinamento: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 10 
 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, 
na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de 
maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o 
disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto 
da Criança e do Adolescente). 
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou 
astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, 
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer 
nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora 
das condições estabelecidas em lei: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista 
no caput deste artigo, quem: 
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências; 
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar 
após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco 
horas). 
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar 
socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem 
a necessidade do ingresso em razão de situação de 
flagrante delito ou de desastre. 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, 
de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa 
ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade 
ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe 
a responsabilidade: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 11 
 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a 
conduta com o intuito de: 
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa 
por excesso praticado no curso de diligência; 
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou 
informações incompletos para desviar o curso da 
investigação, da diligência ou do processo. 
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, 
funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública 
ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já 
tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de 
crime, prejudicando sua apuração: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, 
além da pena correspondente à violência. 
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento 
de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente 
ilícito: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso 
de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com 
prévio conhecimento de sua ilicitude. 
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar 
procedimento investigatório de infração penal ou 
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 12 
 
indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração 
administrativa: (Vide ADIN 6234) (Vide ADIN 6240) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de 
sindicância ou investigação preliminar sumária, 
devidamente justificada. 
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem 
relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a 
intimidadeou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem 
do investigado ou acusado: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento 
judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de 
prejudicar interesse de investigado: (Vide ADIN 
6234) (Vide ADIN 6240) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil 
ou administrativa sem justa causa fundamentada ou contra 
quem sabe inocente: (Promulgação partes vetadas) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, 
procrastinando-a em prejuízo do investigado ou 
fiscalizado: (Vide ADIN 6234) (Vide ADIN 6240) 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6234&processo=6234
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6240&processo=6240
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6234&processo=6234
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6234&processo=6234
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6234&processo=6234
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6240&processo=6240
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6234&processo=6234
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=6240&processo=6240
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 13 
 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, 
inexistindo prazo para execução ou conclusão de 
procedimento, o estende de forma imotivada, 
procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do 
fiscalizado. 
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou 
advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao 
termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro 
procedimento investigatório de infração penal, civil ou 
administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, 
ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em 
curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, 
cujo sigilo seja imprescindível: (Promulgação partes 
vetadas) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, 
inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso 
amparo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza 
de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente 
público para se eximir de obrigação legal ou para obter 
vantagem ou privilégio indevido. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 14 
 
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a 
indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que 
extrapole exacerbadamente o valor estimado para a 
satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela 
parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no 
exame de processo de que tenha requerido vista em órgão 
colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou 
retardar o julgamento: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por 
meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de 
culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a 
acusação: (Promulgação partes vetadas) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
 
QUESTÕES DA LEI Nº 13.869 / 2019 
(ABUSO DE AUTORIDADE) 
01. Julgue os itens abaixo. 
I. A Lei nº 13.869/2019 define os crimes de abuso de 
autoridade, cometidos por agente público, exclusivamente, 
do tipo servidor, que, no exercício de suas funções ou a 
pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido 
atribuído. INCORRETO. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13869.htm#derrubadaveto
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 15 
 
II. As condutas descritas nesta Lei constituem crime de 
abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a 
finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si 
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou 
satisfação pessoal. CORRETO. 
DOLO ESPECÍFICO: 
Beneficar a si ou a outrem 
Prejudicar outrem 
Mero capricho ou satisfação pessoal 
III. A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de 
fatos e provas configura abuso de autoridade. INCORRETO. 
Marque a alternativa CORRETA. 
a) Somente o item III está correto. 
b) O item II está incorreto. 
c) O item I está incorreto. 
d) Todos os itens estão incorretos. 
e) Todos os itens estão corretos. 
GABARITO: C 
02. Marque a alternativa CORRETA. 
a) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer 
agente público, servidor ou não, da administração direta, 
indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 16 
 
Território, compreendendo, e se limitando a servidores 
públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas, 
membros do Poderes, do Ministério Público e dos tribunais 
ou conselhos de contas. 
b) Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo 
aquele que exerce, ainda que transitoriamente, desde que 
remunerado, por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou 
entidade descrita pela Lei nº 13.869/2019. 
c) Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública 
incondicionada, não se admitindo outra espécie de ação 
penal. 
d) Caso o Ministério Público requeira novas diligencias à 
autoridade policial e não ofereça a denúncia no prazo de 15 
dias, por essa razão, considerando, ainda, que o indiciado 
esteja solto, então podemos afirmar que a vítima, com base 
na situação acima apontada, poderá promover a ação penal 
privada subsidiária, que será exercida no prazo de 6 (seis) 
meses, contado da data em que se esgotar o prazo acima 
citado. 
e) A autoridade que inova artificiosamente, no curso de 
investigação, o estado de coisa com o fim de eximir-se de 
responsabilidade, responderá por crime de abuso de 
autoridade consumado, previsto na Lei n. 13.869/2019, por 
mais que não consiga alcançar o seu objetivo. 
03. J. L. M., policial militar, primário e de bons 
antecedentes, não informou o cumprimento de ordem 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 17 
 
de prisão preventiva, realizada por ele, à autoridade 
judiciária competente que expediu referida ordem. 
Com base na situação hipotética acima apresentada, 
analise os itens abaixo, e marque a alternativa 
CORRETA. 
I. Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado 
pelo crime, devendo o juiz, de ofício, fixar na sentença o 
valor para reparação dos danos causados pela infração, 
considerando os prejuízos por ele sofridos é um dos efeitos 
penais secundários da condenação pela prática de crime de 
abuso de autoridade. INCORRETO. 
II. A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou 
função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos, 
bem como a perda do cargo, do mandato ou da função 
pública, são efeitos secundários da condenação penal, pela 
prática do crime de abuso de autoridade, podendo ser 
aplicados ao referido policial militar. INCORRETO. 
III. A conduta do Policial Militar não configura abusode 
autoridade, em razão da condição especifica de militar, 
tendo em vista que essa lei é aplicada somente a civis e não 
a militares. INCORRETO. 
a) O item I está correto. 
b) O item II está incorreto. 
c) O item III está correto. 
d) Somente o item I está incorreto. 
e) Todos os itens estão corretos. 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 18 
 
GABARITO: B 
04. Situação hipotética: A.M., particular, associado a 
seu amigo íntimo F.M., policial civil, prendem 
ilegalmente em flagrante M.M.A, que devia uma vultuosa 
quantia em dinheiro à A.M., situação essa que foi 
forjada por referido policial civil, tendo em vista que o 
mesmo plantou a prova do crime no veículo de referida 
vítima. Em ato contínuo, a prisão não foi informada 
imediatamente à autoridade judiciária, sem nenhuma 
justificativa e o referido policial não se identificou no 
ato da prisão e nem tão pouco em momento posterior. 
Baseado na situação hipotética acima apresentada, 
julgue os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA. 
I. Diante dessa situação hipotética, podemos afirmar que 
somente o policial civil responderá por abuso de autoridade, 
tendo em vista que o particular não pode ser 
responsabilizado nos termos da lei nº 13.869/2019, por não 
ser autoridade. 
II. Há concurso de dois crimes, na situação acima 
apresentada, sendo que com relação aos crimes acima 
praticados, previstos na lei nº 13.869/2019, aplicam-se, no 
que couber, os dispositivos da Lei nº 9.099/65 (juizado 
especial criminal). 
III. São penas restritivas de direitos substitutivas das 
privativas de liberdade previstas na Lei nº 13.869/2019: a 
prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas e a suspensão do exercício do cargo, da função ou 
do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 19 
 
perda dos vencimentos e das vantagens, sendo estas 
aplicadas de forma autônoma ou cumulativamente. 
a) Todos os itens acima estão corretos. 
b) Todos os itens acima estão incorretos. 
c) Somente o item III está correto. 
d) Os itens I e III estão corretos. 
e) Somente os itens II e III estão corretos. 
05. Marque a alternativa CORRETA. 
a) As penas previstas Lei nº 13.869/2019 poderão ser 
aplicadas independentemente das sanções de natureza civil 
ou administrativa cabíveis, sendo que as notícias de crimes 
que descreverem falta funcional serão informadas à 
autoridade competente com vistas à apuração. 
b) As responsabilidades civil e administrativa são 
independentes da criminal, razão pela qual é possível 
questionar sobre a existência ou a autoria do fato, quando 
essas questões tenham sido decididas no juízo criminal. 
c) Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no 
administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer 
ter sido o ato praticado por meio de uma exculpante. 
d) Os crimes previstos na lei nº 13.869/2019 podem ser 
praticados através de condutas comissivas ou omissivas, 
dolosas ou culposas. 
e) Haverá crime de abuso de autoridade se a violação do 
domicílio for para prestar socorro, ou quando houver 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 20 
 
fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso 
em razão de situação de flagrante delito ou de desastre, 
ainda que no período noturno. 
06. Considerando que todos os personagens 
apresentados nas narrativas hipotéticas abaixo são 
agentes públicos, marque a alternativa CORRETA. 
a) Martelinho de Ouro deixa de conceder ordem de habeas 
corpus, quando era perfeitamente cabível. Diante de tal 
situação hipotética, podemos afirmar que referido 
magistrado responderá por crime de abuso de autoridade, 
sendo que, caso haja eventual condenação, poderá ser 
aplicada a pena privativa de liberdade do tipo reclusão, 
devendo ser cumulada com pena de multa. 
b) TNT decretou a condução coercitiva de testemunha em 
processo criminal, sem prévia intimação de comparecimento 
ao juízo. Diante dessa situação hipotética, podemos afirmar 
que TNT deverá responder por crime de abuso de 
autoridade, considerado de menor potencial ofensivo, 
aplicando-se, no que couber, as disposições da Lei nº 
9.099/95. 
c) Mercúrio Plutão Vênus de Marte deixou de comunicar, 
injustificadamente, a prisão em flagrante à autoridade 
judiciária. Podemos afirmar, com base na situação 
hipotética acima apresentada, que Mercúrio P.V.M. cometeu 
crime de abuso de autoridade, estando sujeito à pena de 
detenção. A ação penal será pública incondicionada, 
admitindo-se a aplicação do instituto da transação penal. 
d) Anzóis Minhoca Fisgada Certa, autoridade competente 
de determinado órgão público, após receber denúncia 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 21 
 
apócrifa, determina a instauração de sindicância preliminar 
a fim de investigar suposta prática de irregularidade de 
subordinado seu. Nessa situação hipotética, podemos 
afirmar que referida autoridade cometeu o crime de abuso 
de autoridade prevista na lei de nº 13.869/2012. 
e) Nenhuma das alternativas acima apresentadas está 
correta. 
07. Marque a alternativa abaixo que não configura crime 
de abuso de autoridade, previsto na lei nº 13.869/2019. 
a) Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, 
em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva 
guardar segredo ou resguardar sigilo, respondendo da 
mesma forma quem prossegue com o interrogatório de 
pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio ou 
de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado 
ou defensor público, sem a presença de seu patrono. 
b) Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao 
preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo 
durante sua detenção ou prisão, incorrendo na mesma pena 
quem, como responsável por interrogatório em sede de 
procedimento investigatório de infração penal, deixa de 
identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa 
identidade, cargo ou função. 
c) Submeter o preso a interrogatório policial durante o 
período noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 22 
 
se ele, devidamente assistido, consentir em prestar 
declarações. 
d) Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito 
de preso à autoridade judiciária competente para a 
apreciação da legalidade de sua prisão ou das 
circunstâncias de sua custódia 
e) Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e 
reservada do preso com seu advogado. 
08. Julgue os itens abaixo e marque a alternativa 
correta. 
I. O Agente penitenciário que mantem presos de ambos os 
sexos na mesma cela ou espaço de confinamento, comete 
crime de abuso de autoridade de médio potencial ofensivo. 
II. Quem coage alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas 
dependências comete crime de abuso de autoridade. 
III. Oficial de Justiça que cumpre mandado de busca e 
apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou 
antes das 5h (cinco horas) comete crime de abuso de 
autoridade de menor potencial ofensivo. 
IV. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio 
de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, 
antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação 
é crime de abuso de autoridade de médio potencial 
ofensivo. 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 23 
 
a) Todos os itens estão incorretos. 
b) Todos os itens estão corretos. 
c) Somente o item I está correto. 
d) Os itens I, II e III estão corretos. 
e) Os itens I e IV estão corretos. 
09. Marque a alternativa correta. 
a) Teórcrito, servidor público municipal, foi condenado por 
abuso de autoridade, nos termos da Lei nº 13.869/2019 (Lei 
de Abuso de Autoridade), tendo sido reconhecida sua 
reincidência em crime da mesma espécie. Assim, tem-se 
como efeito automático da sentença a perda do cargo 
público. 
b) O crime de abuso de autoridade, por caracterizar uma 
violação aos direitos humanos, é imprescritível. 
c) Tito foi absolvidoem processo criminal atinente à Lei nº 
13.869/2019, em razão do reconhecimento do estrito 
cumprimento de dever legal. A decisão prolatada pelo juízo 
criminal, na hipótese, faz coisa julgada no âmbito cível e 
administrativo-disciplinar. 
d) Durante uma atividade na Assembleia Legislativa do RS, 
alguns manifestantes quebraram móveis e danificaram as 
instalações do prédio, além de agredirem algumas pessoas 
na sala de audiência pública. Os agentes da segurança do 
prédio contiveram aqueles agressores e os mantiveram sob 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 24 
 
sua guarda até as autoridades policiais comparecerem e 
adotarem as medidas legais correspondentes. Nesse 
intervalo de tempo, alguns agentes utilizaram uma placa 
que colocaram no pescoço dos manifestantes com dizeres 
“Animais irresponsáveis, não merecem liberdade”, para que 
fossem vistos e ridicularizados perante os presentes. Nessa 
situação hipotética há crime de abuso de autoridade, de 
menor potencial ofensivo, com penas de detenção e multa, 
sem prejuízo da pena cominada à violência. 
e) Havendo dúvidas quanto à possibilidade de condenação 
na esfera criminal, o processo administrativo deve ser 
suspenso até o fim da ação penal, no intuito de se evitarem 
decisões conflitantes. 
10. Marque a alternativa correta. 
a) SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: O diretor de um 
estabelecimento prisional federal ordenou aos agentes 
penitenciários que proibissem o banho de sol e o 
recebimento de visitas nos horários regulamentares para 
constranger os presos e manter a disciplina. ASSERTIVA: 
Nessa situação, se cumprirem a ordem dada, os agentes 
penitenciários deverão responder por crime de abuso de 
autoridade, mesma acusação que se deverá estender ao 
diretor. 
b) O particular que atuar em coautoria ou participação com 
uma autoridade pública no cometimento de crime de abuso 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 25 
 
de autoridade não responderá por esse crime porque não é 
agente público. 
c) Nos crimes de abuso de autoridade, a ação é pública 
condicionada à representação da vítima, pois a falta dessa 
representação impede a iniciativa do Ministério Público. 
d) Comete crime de abuso de autoridade, previsto 
expressamente na Lei n. 13.869/2019, o agente público que 
constrange o preso ou o detento, mediante violência, grave 
ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a 
exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à 
curiosidade pública. O referido agente público poderá, em 
tese, ser beneficiado pelo instituto da suspensão condicional 
do processo ou ter sua pena privativa de liberdade 
substituída pela pena restritiva de direito de prestação de 
serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
e) Responderá por crime de abuso de autoridade, previsto 
na Lei n. 13.869/2019, o agente público que, mediante 
violência, constranger o preso a produzir prova contra si 
mesmo ou contra terceiro, causando-lhe sofrimento físico. 
QUESTÃO FGV - 2024 
Com relação à Lei nº 13.869/2019, que dispõe sobre 
os crimes de abuso de autoridade, analise as seguintes 
afirmações: 
I. Militares não estão sujeitos à Lei de Abuso de Autoridade. 
INCORRETO. 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 26 
 
II. A condenação por crimes de Abuso de Autoridade 
previstos na Lei nº 13.869/2019 implica, automaticamente, a 
perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
INCORRETO. 
 
III. Determinar a condução coercitiva de investigado sem 
sua prévia intimação para comparecimento em juízo 
configura crime de Abuso de Autoridade. 
CORRETO. 
 
Está correto o que se afirma em 
A) I e III, apenas. 
B) II e III, apenas. 
C) I, II e III. 
D) I, apenas. 
E) III, apenas. 
 
GABARITO: E 
 
Bernardo é servidor público e foi condenado 
porque, durante procedimento administrativo, prestou 
informações falsas ao interessado, com o intuito de 
prejudicá-lo. Recebeu condenação de um ano e dois 
meses pela prática de tal conduta, tipificada no Art. 29 
da Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019). 
 
PROFESSOR GIOVANNE[Digite texto] Página 27 
 
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
A)Em razão da quantidade de pena aplicada, é efeito 
automático da condenação a perda do cargo público 
ocupado por Bernardo. 
 
B)A pena de Bernardo pode ser substituída por restritivas de 
direitos, consistente na inaptidão para o exercício de cargo 
ou emprego público pelo prazo de 1 a 5 anos. 
 
C)A imposição do dever de indenizar a vítima depende de 
reincidência específica em crimes de abuso de autoridade. 
 
D) Bernardo pode sofrer suspensão do exercício do cargo, 
por 1 a 6 meses, com a perda de vencimentos e vantagens, 
como medida alternativa à pena de prisão. 
 
GABARITO: D

Mais conteúdos dessa disciplina