Prévia do material em texto
CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II Professor (es): Período: 202301 Turma: Data: N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 07248 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 1 de 14 Enunciado: A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos, pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa: ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID- 19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. Analisando a tabela acima marque a alternativa correta. 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 2 de 14 Alternativas: (alternativa A) Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos. (alternativa B) Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior variabilidade entre as respostas. (alternativa C) Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão grave ao compararmos com as estudantes mulheres. (alternativa D) (CORRETA) A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural. Resposta comentada: Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural (desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40). As demais firmativas estão incorretas: - Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens. - Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ± 3,65; desvio padrão para habitantes da zona rural para DS: ± 3,99; Ou seja, os habitantes da zona rural apresentaram maior variabilidade entre as respostas. - Média do score dos homens para DS: 11,65; média do score das mulheres para DS: 11,36. Ou seja, as mulheres apresentam menos sintomas de disfunção social que os homens. O mesmo ocorrendo para sintomas de depressão grave (homens: 3,57 e mulheres: 3,56) REFERÊNCIAS ARAÚJO et. al., 2022. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 2ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 3 de 14 Enunciado: Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que 12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono. Diante do exposto, marque a alternativa correta: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no período de estudo descrito, foi de 6%. (alternativa B) Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a pesquisa foi de 30%. (alternativa C) A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um acréscimo de 18% de casos novos. (alternativa D) No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do sono nos colaboradores da creche. Resposta comentada: A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim, temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito. Já a incidência, diz respeito à proporção de um grupo de pessoas inicialmente livre de uma determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou seja, 6% no estudo em questão. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out. 2022. 3ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 4 de 14 Enunciado: Observe o diagrama de caixa (Box-plot) do peso de 50 pacientes antes e após a realização de um tratamento. Com base nas informações do gráfico, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I- Antes do tratamento, o peso mediano dos pacientes era superior a 87 kg. PORQUE II- Após o tratamento, 75% ou mais dos pacientes passaram a pesar menos de 84 kg. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Alternativas: (alternativa A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. (alternativa B) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. (alternativa C) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. (alternativa D) (CORRETA) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 5 de 14 Resposta comentada: Como pode ser percebido pelo Box-plot apresentado para o período anterior ao tratamento, o peso mediano é de aproximadamente 89, ou seja, a asserção I é verdadeira. Já na asserção II, o primeiro quartil (Q1) está muito próximo de 84. Ou seja, não é factível que 75% ou mais dos pacientes tenham passado a pesar menos de 84 kg. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 4ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: O Estado do Paraná declara guerra contra a H3N2 e reforça importância da vacinação. O aumento repentino do número de casos diários e óbitos que vêm acorrendo no Estado do Paraná em decorrência da doençalevaram a essa decisão. A medida adotada pela Secretaria de Saúde do Estado é necessária, considerando a transmissão comunitária e a presença do vírus em 144 municípios, representando 72% do total de municípios desse estado. O caso refere-se a Alternativas: (alternativa A) surto. (alternativa B) pandemia. (alternativa C) endemia. (alternativa D) (CORRETA) epidemia. Resposta comentada: Epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões, mas sem uma escala global. PEREIRA, Maurício Gomes; GALVÁO, Taís Freire; SILVA, Marcus Tolentino. Saúde Baseada em Evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 5ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 6 de 14 Enunciado: A tabela abaixo mostra valores de média, desvio padrão (DP), máximos (Máx) e mínimos (Mín) das taxas de mortalidade por câncer colorretal, segundo mesorregiões do Mato Grosso (CALÓ et al., 2022). Analise os valores de média e desvio padrão expostos na tabela. CALÓ, R.S.; SOUZA, R.A.G.; ALVES, M.R.; CARVALHO, A.E.; GALVÃO, N.D. Desenvolvimento socioeconômico e mortalidade por câncer colorretal em uma unidade federativa da Amazônia Legal, de 2005 a 2016. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2022, 25: E220006. De acordo com a análise da tabela, marque a alternativa correta. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) O baixo desvio padrão calculado em torno da média de óbitos para o IFDM geral na mesorregião Sudoeste, foi influenciado pela diferença entre os valores mínimo e máximo. (alternativa B) Os valores médios da Taxa padronizada entre as mesorregiões Norte e Nordeste, diferem devido a não organização dos valores brutos em postos durante o cálculo. (alternativa C) Os valores de desvio padrão para o indicador IFDM saúde entre as mesorregiões Sudoeste e Sudeste, estão relacionados aos valores similares na média de óbitos. (alternativa D) A mesorregião Sudoeste apresenta a maior taxa bruta média, porém com baixa variabilidade nos dados, que pode ser expressa pela variação entre os valores máximos e mínimos de óbitos. 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 7 de 14 Resposta comentada: Os valores mínimos e máximos em um conjunto de dados podem influenciar a média e principalmente sua variabilidade, neste caso o desvio padrão. Portanto, o desvio padrão mostra a variabilidade em torno da média, e valores muitos discrepantes entre mínimos e máximos podem aumentá-la consideravelmente. Referência AKANINE, C.; YAMAMOTO, R. Estudo Dirigido de Estatística Descritiva. 3. ed. edição. São Paulo: Saraiva, 2013. MOORE, D.; NOTZ, W.I.; FLIGNER, M.A. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 6ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados, 36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes. Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem respectivamente à: Alternativas: (alternativa A) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa B) (CORRETA) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa C) 16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa D) 14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 8 de 14 Resposta comentada: A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é definida segundo a seguinte fórmula: A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo, ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em determinado tempo). REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021. MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA, D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115- 136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006. 7ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: A hanseníase no Brasil ainda apresenta-se como um problema de saúde pública. A posição epidemiológica da doença no país é considerada diversificada devido ao alto coeficiente e variação de prevalência nas diversas regiões do país. Com isso, pesquisadores do Centro Universitário do Vale do Araguaia (UNIVAR - Barra do Garças / MT), executaram uma pesquisa com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico da população acometida pela hanseníase na cidade de General Carneiro, no interior do Mato Grosso, durante os anos de 2006 e 2021. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, documental do tipo descritiva, com abordagem quantitativa. Neste estudo foram utilizadas as fichas de notificação de Hanseníase do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma de dados públicos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Com base na pesquisa acima, podemos afirmar que trata-se de um delineamento de estudo observacional 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 9 de 14 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) ecológico. (alternativa B) de coorte. (alternativa C) ensaio clínico. (alternativa D) caso-controle. Resposta comentada: O estudo de observacional de coorte requer no mínimo duas amostragens em tempos diferentes. O ponto de partida é o fator de exposição (variável independente). Envolvem o seguimento de grupos de indivíduos considerando um determinado período de tempo. Os estudos de incidência de doenças estão nessa categoria, além daqueles que analisam as associações entre fatores de risco ou a exposição e o próprio desfecho estudado. Os estudos caso-controle tentam identificar os fatores de risco para as doenças. Partem da doença (casos) ou ausência dela (controles) e avaliam, retrospectivamente, na tentativa de encontrar associação (portanto, partem da variável dependente, a doença). Estão indicados principalmente quando a doença é rara e estudos prospectivos, como coorte, seriam caros e não efetivos. Os ensaios clínicos não são estudos observacionais e sim experimentais onde os pesquisadores realizam um ensaio extremamente controlado com finalidade específica. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, G. S. P. de.; BARBOSA, A. C.; CARRIJO, M. V. N. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes diagnosticados com Hanseníase. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. Umuarama. v. 26, n. 3, p. 569-579, set./dez. 2022. MARTINS, Amanda de Ávila B.; TEIXEIRA, Deborah; BATISTA, Bruna G.; STEFFENS, Daniela. Epidemiologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. 9788595023154. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 18 ago. 2022. 8ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9ddPgina 10 de 14 Enunciado: Estudos enfocando o processo de tendência secular em estatura (TSE) no Brasil são escassos, seja pela ausência de tradição de investigações sobre o tema, seja pela escassa disponibilidade de dados para análise. Tradicionalmente, dados de estatura aferidos em instituições militares têm sido utilizados para estimar a TSE em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a TSE vem sendo investigada em recrutas e alistados da Marinha do Brasil, onde foi observado que nascidos entre 1970 e 1977, aumentaram em estatura média cerca de 0,315 cm/ano. Com base no exposto acima, responda as questões a seguir: a) (0,5 ponto) Identifique qual tipo de viés poderia ocorrer durante o estudo da TSE. b) (1,0 ponto) Proponha uma estratégia para evitar este tipo de viés. Alternativas: -- Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Um tipo de viés que poderia ocorrer em estudos do processo de tendência secular em estatura (TSE), que medem a estatura da população ao longo dos anos, seria o viés de aferição. Este viés pode ocorrer em situações onde são necessárias aferições de medidas por diferentes pesquisadores e instrumentos, podendo resultar em diferenças entre grupos geradas não pela variável medida em si, mas sim por diferenças no meio de aferição. b) (1,0 ponto) Esse viés poderia ser evitado pré-estabelecendo instrumentos, protocolos, escalas de medição e critérios de classificação para a medida das estaturas dos indivíduos, de forma a garantir a uniformidade dos meios de medição e, assim, evitar diferenças geradas pelos métodos de coleta dos dados e não pelas características de cada grupo. REFERÊNCIAS GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de Dados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/. MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 9ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 11 de 14 Enunciado: Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir do desfecho (hantavirose) e o outro grupo o de pessoas sem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do estudo. O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo. A respeito das propostas de estudo acima, responda a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B. b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença entre eles. Alternativas: -- Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado. b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido). O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um novo fármaco. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 10ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 12 de 14 Enunciado: Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso, e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia. No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir: I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal, pois apresenta-se na forma de um número inteiro. II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em forma de número real. III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem ordenação de categorias. IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição dos meses. É correto o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) II, III e IV, apenas. (alternativa B) III, apenas. (alternativa C) I, apenas. (alternativa D) I e III, apenas. 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 13 de 14 Resposta comentada: Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV. Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados. Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens, símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo, sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc. Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo, número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 000072.480013.3494d4.71f35d.24ee21.176b89.8a2cbe.1c9dd Pgina 14 de 14 CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II Professor (es): Período: 202301 Turma: Data: N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 07248 - CADERNO 002 1ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados, 36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes. Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem respectivamente à: Alternativas: (alternativa A) 16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa B) 14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa C)17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa D) (CORRETA) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 1 de 13 Resposta comentada: A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é definida segundo a seguinte fórmula: A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo, ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em determinado tempo). REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021. MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA, D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115- 136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006. 2ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: A hanseníase no Brasil ainda apresenta-se como um problema de saúde pública. A posição epidemiológica da doença no país é considerada diversificada devido ao alto coeficiente e variação de prevalência nas diversas regiões do país. Com isso, pesquisadores do Centro Universitário do Vale do Araguaia (UNIVAR - Barra do Garças / MT), executaram uma pesquisa com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico da população acometida pela hanseníase na cidade de General Carneiro, no interior do Mato Grosso, durante os anos de 2006 e 2021. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, documental do tipo descritiva, com abordagem quantitativa. Neste estudo foram utilizadas as fichas de notificação de Hanseníase do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma de dados públicos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Com base na pesquisa acima, podemos afirmar que trata-se de um delineamento de estudo observacional 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 2 de 13 Alternativas: (alternativa A) caso-controle. (alternativa B) ensaio clínico. (alternativa C) de coorte. (alternativa D) (CORRETA) ecológico. Resposta comentada: O estudo de observacional de coorte requer no mínimo duas amostragens em tempos diferentes. O ponto de partida é o fator de exposição (variável independente). Envolvem o seguimento de grupos de indivíduos considerando um determinado período de tempo. Os estudos de incidência de doenças estão nessa categoria, além daqueles que analisam as associações entre fatores de risco ou a exposição e o próprio desfecho estudado. Os estudos caso-controle tentam identificar os fatores de risco para as doenças. Partem da doença (casos) ou ausência dela (controles) e avaliam, retrospectivamente, na tentativa de encontrar associação (portanto, partem da variável dependente, a doença). Estão indicados principalmente quando a doença é rara e estudos prospectivos, como coorte, seriam caros e não efetivos. Os ensaios clínicos não são estudos observacionais e sim experimentais onde os pesquisadores realizam um ensaio extremamente controlado com finalidade específica. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, G. S. P. de.; BARBOSA, A. C.; CARRIJO, M. V. N. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes diagnosticados com Hanseníase. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. Umuarama. v. 26, n. 3, p. 569-579, set./dez. 2022. MARTINS, Amanda de Ávila B.; TEIXEIRA, Deborah; BATISTA, Bruna G.; STEFFENS, Daniela. Epidemiologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. 9788595023154. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 18 ago. 2022. 3ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 3 de 13 Enunciado: Observe o diagrama de caixa (Box-plot) do peso de 50 pacientes antes e após a realização de um tratamento. Com base nas informações do gráfico, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I- Antes do tratamento, o peso mediano dos pacientes era superior a 87 kg. PORQUE II- Após o tratamento, 75% ou mais dos pacientes passaram a pesar menos de 84 kg. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 4 de 13 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. (alternativa B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. (alternativa C) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. (alternativa D) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Resposta comentada: Como pode ser percebido pelo Box-plot apresentado para o período anterior ao tratamento, o peso mediano é de aproximadamente 89, ou seja, a asserção I é verdadeira. Já na asserção II, o primeiro quartil (Q1) está muito próximo de 84. Ou seja, não é factível que 75% ou mais dos pacientes tenham passado a pesar menos de 84 kg. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 4ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva Enunciado: Estudos enfocando o processo de tendência secular em estatura (TSE) no Brasil são escassos, seja pela ausência de tradição de investigações sobre o tema, seja pela escassa disponibilidade de dados para análise. Tradicionalmente, dados de estatura aferidos em instituições militares têm sido utilizados para estimar a TSE em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a TSE vem sendo investigada em recrutas e alistados da Marinha do Brasil, onde foi observado que nascidos entre 1970 e 1977, aumentaram em estatura média cerca de 0,315 cm/ano. Com base no exposto acima, responda as questões a seguir: a) (0,5 ponto) Identifique qual tipo de viés poderia ocorrer durante o estudo da TSE. b) (1,0 ponto) Proponha uma estratégia para evitar este tipo de viés. Alternativas: -- 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 5 de 13 Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Um tipo de viés que poderia ocorrer em estudos do processo de tendência secular em estatura (TSE), que medem a estatura da população ao longo dos anos, seria o viés de aferição. Este viés pode ocorrer em situações onde são necessárias aferições de medidas por diferentes pesquisadores e instrumentos, podendo resultar em diferenças entre grupos geradas não pela variável medida em si, mas sim por diferenças no meio de aferição. b) (1,0 ponto) Esse viés poderia ser evitado pré-estabelecendo instrumentos, protocolos, escalas de medição e critérios de classificação para a medida das estaturas dos indivíduos, de forma a garantir a uniformidade dos meios de medição e, assim, evitar diferenças geradas pelos métodos de coleta dos dados e não pelas características de cada grupo. REFERÊNCIAS GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de Dados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/. MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 5ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva Enunciado: Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir do desfecho (hantavirose) e o outro grupo o de pessoassem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do estudo. O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo. A respeito das propostas de estudo acima, responda a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B. b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença entre eles. Alternativas: -- 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 6 de 13 Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado. b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido). O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um novo fármaco. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 6ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso, e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia. No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir: I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal, pois apresenta-se na forma de um número inteiro. II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em forma de número real. III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem ordenação de categorias. IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição dos meses. É correto o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) I, apenas. (alternativa B) III, apenas. (alternativa C) (CORRETA) II, III e IV, apenas. (alternativa D) I e III, apenas. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 7 de 13 Resposta comentada: Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV. Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados. Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens, símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo, sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc. Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo, número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 7ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: O Estado do Paraná declara guerra contra a H3N2 e reforça importância da vacinação. O aumento repentino do número de casos diários e óbitos que vêm acorrendo no Estado do Paraná em decorrência da doença levaram a essa decisão. A medida adotada pela Secretaria de Saúde do Estado é necessária, considerando a transmissão comunitária e a presença do vírus em 144 municípios, representando 72% do total de municípios desse estado. O caso refere-se a Alternativas: (alternativa A) surto. (alternativa B) endemia. (alternativa C) pandemia. (alternativa D) (CORRETA) epidemia. Resposta comentada: Epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões, mas sem uma escala global. PEREIRA, Maurício Gomes; GALVÁO, Taís Freire; SILVA, Marcus Tolentino. Saúde Baseada em Evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 8 de 13 8ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: A tabela abaixo mostra valores de média, desvio padrão (DP), máximos (Máx) e mínimos (Mín) das taxas de mortalidade por câncer colorretal, segundo mesorregiões do Mato Grosso (CALÓ et al., 2022). Analise os valores de média e desvio padrão expostos na tabela. CALÓ, R.S.; SOUZA, R.A.G.; ALVES, M.R.; CARVALHO, A.E.; GALVÃO, N.D. Desenvolvimento socioeconômico e mortalidade por câncer colorretal em uma unidade federativa da Amazônia Legal, de 2005 a 2016. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2022, 25: E220006. De acordo com a análise da tabela, marque a alternativa correta. Alternativas: (alternativa A) Os valores de desvio padrão para o indicador IFDM saúde entre as mesorregiões Sudoeste e Sudeste, estão relacionados aos valores similares na média de óbitos. (alternativa B) (CORRETA) O baixo desvio padrão calculado em torno da média de óbitos para o IFDM geral na mesorregião Sudoeste, foi influenciado pela diferença entre os valores mínimo e máximo. (alternativa C) A mesorregião Sudoeste apresenta a maior taxa bruta média, porém com baixa variabilidade nos dados, que pode ser expressa pela variação entre os valores máximos e mínimos de óbitos. (alternativa D) Os valores médios da Taxa padronizada entre as mesorregiões Norte e Nordeste, diferem devido a não organização dos valores brutos em postos durante o cálculo. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 9 de 13 Resposta comentada: Os valores mínimos e máximos em um conjunto de dados podem influenciar a média e principalmente sua variabilidade, neste caso o desvio padrão. Portanto, o desvio padrão mostra a variabilidade em torno da média, e valores muitos discrepantes entre mínimos e máximos podem aumentá-la consideravelmente. Referência AKANINE, C.; YAMAMOTO, R. Estudo Dirigido de Estatística Descritiva. 3. ed. edição. São Paulo: Saraiva, 2013. MOORE, D.; NOTZ, W.I.; FLIGNER, M.A. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 9ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que 12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono. Diante do exposto, marque a alternativa correta: Alternativas: (alternativa A) Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a pesquisa foi de 30%. (alternativa B) No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do sono nos colaboradores da creche. (alternativa C) (CORRETA) É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no períodode estudo descrito, foi de 6%. (alternativa D) A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um acréscimo de 18% de casos novos. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 10 de 13 Resposta comentada: A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim, temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito. Já a incidência, diz respeito à proporção de um grupo de pessoas inicialmente livre de uma determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou seja, 6% no estudo em questão. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out. 2022. 10ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 11 de 13 Enunciado: A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos, pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa: ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID- 19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. Analisando a tabela acima marque a alternativa correta. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 12 de 13 Alternativas: (alternativa A) Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos. (alternativa B) (CORRETA) A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural. (alternativa C) Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão grave ao compararmos com as estudantes mulheres. (alternativa D) Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior variabilidade entre as respostas. Resposta comentada: Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural (desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40). As demais firmativas estão incorretas: - Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens. - Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ± 3,65; desvio padrão para habitantes da zona rural para DS: ± 3,99; Ou seja, os habitantes da zona rural apresentaram maior variabilidade entre as respostas. - Média do score dos homens para DS: 11,65; média do score das mulheres para DS: 11,36. Ou seja, as mulheres apresentam menos sintomas de disfunção social que os homens. O mesmo ocorrendo para sintomas de depressão grave (homens: 3,57 e mulheres: 3,56) REFERÊNCIAS ARAÚJO et. al., 2022. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 000072.48001a.4f1ee3.9adf69.6be8fa.7eb678.f0b3e2.2775f Pgina 13 de 13 CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II Professor (es): Período: 202301 Turma: Data: N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 07248 - CADERNO 003 1ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 1 de 14 Enunciado: A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos, pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa: ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID- 19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. Analisando a tabela acima marque a alternativa correta. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 2 de 14 Alternativas: (alternativa A) Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão grave ao compararmos com as estudantes mulheres. (alternativa B) Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos. (alternativa C) Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior variabilidade entre as respostas. (alternativa D) (CORRETA) A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houveuma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural. Resposta comentada: Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural (desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40). As demais firmativas estão incorretas: - Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens. - Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ± 3,65; desvio padrão para habitantes da zona rural para DS: ± 3,99; Ou seja, os habitantes da zona rural apresentaram maior variabilidade entre as respostas. - Média do score dos homens para DS: 11,65; média do score das mulheres para DS: 11,36. Ou seja, as mulheres apresentam menos sintomas de disfunção social que os homens. O mesmo ocorrendo para sintomas de depressão grave (homens: 3,57 e mulheres: 3,56) REFERÊNCIAS ARAÚJO et. al., 2022. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 2ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 3 de 14 Enunciado: Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso, e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia. No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir: I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal, pois apresenta-se na forma de um número inteiro. II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em forma de número real. III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem ordenação de categorias. IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição dos meses. É correto o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) I, apenas. (alternativa B) (CORRETA) II, III e IV, apenas. (alternativa C) I e III, apenas. (alternativa D) III, apenas. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 4 de 14 Resposta comentada: Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV. Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados. Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens, símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo, sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc. Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo, número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 3ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: O Estado do Paraná declara guerra contra a H3N2 e reforça importância da vacinação. O aumento repentino do número de casos diários e óbitos que vêm acorrendo no Estado do Paraná em decorrência da doença levaram a essa decisão. A medida adotada pela Secretaria de Saúde do Estado é necessária, considerando a transmissão comunitária e a presença do vírus em 144 municípios, representando 72% do total de municípios desse estado. O caso refere-se a Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) epidemia. (alternativa B) surto. (alternativa C) endemia. (alternativa D) pandemia. Resposta comentada: Epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões, mas sem uma escala global. PEREIRA, Maurício Gomes; GALVÁO, Taís Freire; SILVA, Marcus Tolentino. Saúde Baseada em Evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 5 de 14 4ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: A hanseníase no Brasil ainda apresenta-se como um problema de saúde pública. A posição epidemiológica da doença no país é considerada diversificada devido ao alto coeficiente e variação de prevalência nas diversas regiões do país. Com isso, pesquisadores do Centro Universitário do Vale do Araguaia (UNIVAR - Barra do Garças / MT), executaram uma pesquisa com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico da população acometida pela hanseníase na cidade de General Carneiro, no interior do Mato Grosso, durante os anos de 2006 e 2021. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, documental do tipo descritiva, com abordagem quantitativa. Neste estudo foram utilizadas as fichas de notificação de Hanseníase do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma de dados públicos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Com base na pesquisa acima, podemos afirmar que trata-se de um delineamento de estudo observacional Alternativas: (alternativa A) ensaio clínico. (alternativa B) caso-controle. (alternativa C) de coorte. (alternativa D) (CORRETA) ecológico. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 6 de 14 Resposta comentada: O estudo de observacional de coorte requer no mínimo duas amostragens em tempos diferentes. O ponto de partida é o fator de exposição (variável independente). Envolvem o seguimento de grupos de indivíduos considerando um determinado período de tempo. Os estudos de incidência de doenças estão nessa categoria, além daqueles que analisam as associações entre fatores de risco ou a exposição e o próprio desfecho estudado. Os estudos caso-controle tentam identificar os fatores de risco para as doenças. Partem da doença (casos) ou ausência dela (controles) e avaliam, retrospectivamente, na tentativa de encontrar associação (portanto, partem da variável dependente, a doença). Estão indicados principalmente quando a doença é rara e estudos prospectivos, como coorte, seriam caros e não efetivos. Os ensaios clínicos não são estudos observacionais e sim experimentais onde os pesquisadores realizam um ensaio extremamente controlado com finalidade específica. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, G. S. P. de.; BARBOSA, A. C.; CARRIJO, M. V. N. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes diagnosticados com Hanseníase. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. Umuarama. v. 26, n. 3, p. 569-579, set./dez. 2022. MARTINS, Amanda de Ávila B.; TEIXEIRA, Deborah; BATISTA, Bruna G.; STEFFENS, Daniela. Epidemiologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. 9788595023154. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 18 ago. 2022. 5ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva Enunciado: Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir dodesfecho (hantavirose) e o outro grupo o de pessoas sem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do estudo. O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo. A respeito das propostas de estudo acima, responda a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B. b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença entre eles. Alternativas: -- 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 7 de 14 Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado. b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido). O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um novo fármaco. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 6ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados, 36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes. Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem respectivamente à: Alternativas: (alternativa A) 14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa B) (CORRETA) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa C) 16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa D) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 8 de 14 Resposta comentada: A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é definida segundo a seguinte fórmula: A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo, ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em determinado tempo). REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021. MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA, D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115- 136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006. 7ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 9 de 14 Enunciado: Observe o diagrama de caixa (Box-plot) do peso de 50 pacientes antes e após a realização de um tratamento. Com base nas informações do gráfico, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I- Antes do tratamento, o peso mediano dos pacientes era superior a 87 kg. PORQUE II- Após o tratamento, 75% ou mais dos pacientes passaram a pesar menos de 84 kg. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 10 de 14 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. (alternativa B) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. (alternativa C) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. (alternativa D) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Resposta comentada: Como pode ser percebido pelo Box-plot apresentado para o período anterior ao tratamento, o peso mediano é de aproximadamente 89, ou seja, a asserção I é verdadeira. Já na asserção II, o primeiro quartil (Q1) está muito próximo de 84. Ou seja, não é factível que 75% ou mais dos pacientes tenham passado a pesar menos de 84 kg. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 8ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que 12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono. Diante do exposto, marque a alternativa correta: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no período de estudo descrito, foi de 6%. (alternativa B) A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um acréscimo de 18% de casos novos. (alternativa C) No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do sono nos colaboradores da creche. (alternativa D) Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a pesquisa foi de 30%. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 11 de 14 Resposta comentada: A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim, temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito. Já a incidência, diz respeito à proporção de um grupo de pessoas inicialmente livre de uma determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou seja, 6% no estudo em questão. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out. 2022. 9ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: A tabela abaixo mostra valores de média, desvio padrão (DP), máximos (Máx) e mínimos (Mín) das taxas de mortalidade por câncer colorretal, segundo mesorregiões do Mato Grosso (CALÓ et al., 2022). Analise os valores de média e desvio padrão expostos na tabela. CALÓ, R.S.; SOUZA, R.A.G.; ALVES, M.R.; CARVALHO, A.E.; GALVÃO, N.D. Desenvolvimento socioeconômico e mortalidade por câncer colorretal em uma unidade federativa da Amazônia Legal, de 2005 a 2016. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2022, 25: E220006. De acordo coma análise da tabela, marque a alternativa correta. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 12 de 14 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) O baixo desvio padrão calculado em torno da média de óbitos para o IFDM geral na mesorregião Sudoeste, foi influenciado pela diferença entre os valores mínimo e máximo. (alternativa B) A mesorregião Sudoeste apresenta a maior taxa bruta média, porém com baixa variabilidade nos dados, que pode ser expressa pela variação entre os valores máximos e mínimos de óbitos. (alternativa C) Os valores de desvio padrão para o indicador IFDM saúde entre as mesorregiões Sudoeste e Sudeste, estão relacionados aos valores similares na média de óbitos. (alternativa D) Os valores médios da Taxa padronizada entre as mesorregiões Norte e Nordeste, diferem devido a não organização dos valores brutos em postos durante o cálculo. Resposta comentada: Os valores mínimos e máximos em um conjunto de dados podem influenciar a média e principalmente sua variabilidade, neste caso o desvio padrão. Portanto, o desvio padrão mostra a variabilidade em torno da média, e valores muitos discrepantes entre mínimos e máximos podem aumentá-la consideravelmente. Referência AKANINE, C.; YAMAMOTO, R. Estudo Dirigido de Estatística Descritiva. 3. ed. edição. São Paulo: Saraiva, 2013. MOORE, D.; NOTZ, W.I.; FLIGNER, M.A. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 10ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva Enunciado: Estudos enfocando o processo de tendência secular em estatura (TSE) no Brasil são escassos, seja pela ausência de tradição de investigações sobre o tema, seja pela escassa disponibilidade de dados para análise. Tradicionalmente, dados de estatura aferidos em instituições militares têm sido utilizados para estimar a TSE em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a TSE vem sendo investigada em recrutas e alistados da Marinha do Brasil, onde foi observado que nascidos entre 1970 e 1977, aumentaram em estatura média cerca de 0,315 cm/ano. Com base no exposto acima, responda as questões a seguir: a) (0,5 ponto) Identifique qual tipo de viés poderia ocorrer durante o estudo da TSE. b) (1,0 ponto) Proponha uma estratégia para evitar este tipo de viés. Alternativas: -- 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 13 de 14 Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Um tipo de viés que poderia ocorrer em estudos do processo de tendência secular em estatura (TSE), que medem a estatura da população ao longo dos anos, seria o viés de aferição. Este viés pode ocorrer em situações onde são necessárias aferições de medidas por diferentes pesquisadores e instrumentos, podendo resultar em diferenças entre grupos geradas não pela variável medida em si, mas sim por diferenças no meio de aferição. b) (1,0 ponto) Esse viés poderia ser evitado pré-estabelecendo instrumentos, protocolos, escalas de medição e critérios de classificação para a medida das estaturas dos indivíduos, de forma a garantir a uniformidade dos meios de medição e, assim, evitar diferenças geradas pelos métodos de coleta dos dados e não pelas características de cada grupo. REFERÊNCIAS GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de Dados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/. MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 000072.48001d.d7eefd.33b7ba.189c12.f324ac.5296ee.5bb47 Pgina 14 de 14 CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II Professor (es): Período: 202301 Turma: Data: N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 07248 - CADERNO 004 1ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso, e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia. No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir: I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal, pois apresenta-se na forma de um número inteiro. II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em forma de número real. III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem ordenação de categorias. IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição dos meses. É correto o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) II, III e IV, apenas. (alternativa B) I e III, apenas. (alternativa C) III, apenas. (alternativa D) I, apenas. 000072.48001c.7ade1c.c0f945.6fa579.0247c3.1856e7.7016f Pgina 1 de 13 Resposta comentada: Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV. Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados. Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens, símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo, sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc. Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo, número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 2ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que 12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono. Diante do exposto, marque a alternativa correta: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no período de estudo descrito, foi de 6%. (alternativa B) Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a pesquisa foi de 30%. (alternativa C) No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do sono nos colaboradores da creche. (alternativa D) A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um acréscimo de 18% de casos novos. 000072.48001c.7ade1c.c0f945.6fa579.0247c3.1856e7.7016f Pgina 2 de 13 Resposta comentada: A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim, temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito. Já a incidência, diz respeito à proporção de umgrupo de pessoas inicialmente livre de uma determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou seja, 6% no estudo em questão. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out. 2022. 3ª QUESTÃO Tipo da questão: Discursiva Enunciado: Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir do desfecho (hantavirose) e o outro grupo o de pessoas sem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do estudo. O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo. A respeito das propostas de estudo acima, responda a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B. b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença entre eles. Alternativas: -- Resposta comentada: a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado. b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido). O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um novo fármaco. REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 000072.48001c.7ade1c.c0f945.6fa579.0247c3.1856e7.7016f Pgina 3 de 13 4ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha Enunciado: Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados, 36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes. Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem respectivamente à: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa B) 17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa C) 16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000 habitantes. (alternativa D) 14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000 habitantes. 000072.48001c.7ade1c.c0f945.6fa579.0247c3.1856e7.7016f Pgina 4 de 13 Resposta comentada: A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é definida segundo a seguinte fórmula: A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo, ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em determinado tempo). REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021. MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA, D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115- 136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006. 5ª QUESTÃO Tipo da questão: Múltipla Escolha 000072.48001c.7ade1c.c0f945.6fa579.0247c3.1856e7.7016f Pgina 5 de 13 Enunciado: A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos, pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa: ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID- 19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022. Analisando a tabela acima marque a alternativa correta. 000072.48001c.7ade1c.c0f945.6fa579.0247c3.1856e7.7016f Pgina 6 de 13 Alternativas: (alternativa A) Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos. (alternativa B) Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior variabilidade entre as respostas. (alternativa C) Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão grave ao compararmos com as estudantes mulheres. (alternativa D) (CORRETA) A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural. Resposta comentada: Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural (desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40). As demais firmativas estão incorretas: - Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens. - Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ±