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Estudo sobre Saúde Mental em Estudantes

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II
Professor (es):
Período: 202301 Turma: Data:
N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 07248 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e
acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram
uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino
superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra
de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo
feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde
Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas
durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações
na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as
atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes
novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de
perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia
entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos,
pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior
saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa:
ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-
19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
Analisando a tabela acima marque a alternativa correta.
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Alternativas:
(alternativa A)
Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais
sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não
observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos.
(alternativa B)
Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram
maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior
variabilidade entre as respostas.
(alternativa C)
Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível
concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão
grave ao compararmos com as estudantes mulheres.
(alternativa D) (CORRETA) 
A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os
estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houve uma maior variabilidade nas
respostas dos residentes na zona rural.
Resposta comentada:
Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão
grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em
ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural
(desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40).
As demais firmativas estão incorretas:
- Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou
seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens.
- Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ± 3,65; desvio padrão para
habitantes da zona rural para DS: ± 3,99; Ou seja, os habitantes da zona rural apresentaram
maior variabilidade entre as respostas. 
- Média do score dos homens para DS: 11,65; média do score das mulheres para DS: 11,36.
Ou seja, as mulheres apresentam menos sintomas de disfunção social que os homens. O
mesmo ocorrendo para sintomas de depressão grave (homens: 3,57 e mulheres: 3,56)
REFERÊNCIAS
ARAÚJO et. al., 2022. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia
COVID-19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
2ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de
acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde
executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que
12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o
início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos
colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono.
Diante do exposto, marque a alternativa correta:
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no período
de estudo descrito, foi de 6%.
(alternativa B)
Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a
pesquisa foi de 30%.
(alternativa C)
A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um
acréscimo de 18% de casos novos.
(alternativa D)
No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do
sono nos colaboradores da creche.
Resposta comentada:
A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma
determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim,
temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito.
Já a incidência, diz respeito à proporção de um grupo de pessoas inicialmente livre de uma
determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou
seja, 6% no estudo em questão.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out.
2022.
3ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
Observe o diagrama de caixa (Box-plot) do peso de 50 pacientes antes e após a realização de
um tratamento.
 
Com base nas informações do gráfico, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre
elas:
 
I- Antes do tratamento, o peso mediano dos pacientes era superior a 87 kg.
PORQUE
II- Após o tratamento, 75% ou mais dos pacientes passaram a pesar menos de 84 kg.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Alternativas:
(alternativa A)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
(alternativa B)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
(alternativa C)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
(alternativa D) (CORRETA) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
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Resposta comentada:
Como pode ser percebido pelo Box-plot apresentado para o período anterior ao tratamento, o
peso mediano é de aproximadamente 89, ou seja, a asserção I é verdadeira. Já na asserção II,
o primeiro quartil (Q1) está muito próximo de 84. Ou seja, não é factível que 75% ou mais dos
pacientes tenham passado a pesar menos de 84 kg.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
4ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
 O Estado do Paraná declara guerra contra a H3N2 e reforça importância da vacinação.
O aumento repentino do número de casos diários e óbitos que vêm acorrendo no Estado do
Paraná em decorrência da doençalevaram a essa decisão. A medida adotada pela Secretaria
de Saúde do Estado é necessária, considerando a transmissão comunitária e a presença do
vírus em 144 municípios, representando 72% do total de municípios desse estado.
O caso refere-se a
Alternativas:
(alternativa A)
surto.
(alternativa B)
pandemia.
(alternativa C)
endemia.
(alternativa D) (CORRETA) 
epidemia.
Resposta comentada:
Epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões,
mas sem uma escala global. 
PEREIRA, Maurício Gomes; GALVÁO, Taís Freire; SILVA, Marcus Tolentino. Saúde Baseada em
Evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
5ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
A tabela abaixo mostra valores de média, desvio padrão (DP), máximos (Máx) e mínimos (Mín)
das taxas de mortalidade por câncer colorretal, segundo mesorregiões do Mato Grosso (CALÓ
et al., 2022).
Analise os valores de média e desvio padrão expostos na tabela.
CALÓ, R.S.; SOUZA, R.A.G.; ALVES, M.R.; CARVALHO, A.E.; GALVÃO, N.D. Desenvolvimento
socioeconômico e mortalidade por câncer colorretal em uma unidade federativa da Amazônia
Legal, de 2005 a 2016. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2022, 25: E220006.
De acordo com a análise da tabela, marque a alternativa correta.
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
O baixo desvio padrão calculado em torno da média de óbitos para o IFDM geral na
mesorregião Sudoeste, foi influenciado pela diferença entre os valores mínimo e máximo.
(alternativa B)
Os valores médios da Taxa padronizada entre as mesorregiões Norte e Nordeste, diferem
devido a não organização dos valores brutos em postos durante o cálculo.
(alternativa C)
Os valores de desvio padrão para o indicador IFDM saúde entre as mesorregiões Sudoeste e
Sudeste, estão relacionados aos valores similares na média de óbitos.
(alternativa D)
A mesorregião Sudoeste apresenta a maior taxa bruta média, porém com baixa variabilidade
nos dados, que pode ser expressa pela variação entre os valores máximos e mínimos de
óbitos.
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Resposta comentada:
Os valores mínimos e máximos em um conjunto de dados podem influenciar a média e
principalmente sua variabilidade, neste caso o desvio padrão. Portanto, o desvio padrão mostra
a variabilidade em torno da média, e valores muitos discrepantes entre mínimos e máximos
podem aumentá-la consideravelmente.
Referência
AKANINE, C.; YAMAMOTO, R. Estudo Dirigido de Estatística Descritiva. 3. ed. edição. São
Paulo: Saraiva, 2013.
MOORE, D.; NOTZ, W.I.; FLIGNER, M.A. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2014.
6ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou
a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a
situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser
considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro
caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também
estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha
diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados,
36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de
fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes.
Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem
respectivamente à:
Alternativas:
(alternativa A)
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa B) (CORRETA) 
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa C)
16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa D)
14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
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Resposta comentada:
A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de
serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é
definida segundo a seguinte fórmula:
 
A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo,
ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em
determinado tempo).
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021.
MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA,
D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa
na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115-
136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006.
7ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
A hanseníase no Brasil ainda apresenta-se como um problema de saúde pública. A posição
epidemiológica da doença no país é considerada diversificada devido ao alto coeficiente e
variação de prevalência nas diversas regiões do país. Com isso, pesquisadores do Centro
Universitário do Vale do Araguaia (UNIVAR - Barra do Garças / MT), executaram uma pesquisa
com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico da população acometida pela hanseníase na
cidade de General Carneiro, no interior do Mato Grosso, durante os anos de 2006 e 2021.
Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, documental do tipo descritiva, com abordagem
quantitativa. Neste estudo foram utilizadas as fichas de notificação de Hanseníase do Sistema
de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma de dados públicos do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Com base na pesquisa acima, podemos afirmar que trata-se de um delineamento de estudo
observacional
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
ecológico.
(alternativa B)
de coorte.
(alternativa C)
ensaio clínico.
(alternativa D)
caso-controle.
Resposta comentada:
O estudo de observacional de coorte requer no mínimo duas amostragens em tempos
diferentes. O ponto de partida é o fator de exposição (variável independente). Envolvem o
seguimento de grupos de indivíduos considerando um determinado período de tempo. Os
estudos de incidência de doenças estão nessa categoria, além daqueles que analisam as
associações entre fatores de risco ou a exposição e o próprio desfecho estudado.
Os estudos caso-controle tentam identificar os fatores de risco para as doenças. Partem da
doença (casos) ou ausência dela (controles) e avaliam, retrospectivamente, na tentativa de
encontrar associação (portanto, partem da variável dependente, a doença). Estão indicados
principalmente quando a doença é rara e estudos prospectivos, como coorte, seriam caros e
não efetivos.
Os ensaios clínicos não são estudos observacionais e sim experimentais onde os pesquisadores
realizam um ensaio extremamente controlado com finalidade específica.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, G. S. P. de.; BARBOSA, A. C.; CARRIJO, M. V. N. Perfil clínico-epidemiológico de
pacientes diagnosticados com Hanseníase. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR.
Umuarama. v. 26, n. 3, p. 569-579, set./dez. 2022.
MARTINS, Amanda de Ávila B.; TEIXEIRA, Deborah; BATISTA, Bruna G.; STEFFENS, Daniela.
Epidemiologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. 9788595023154. Disponível em:
https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 18 ago. 2022.
8ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
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Enunciado:
Estudos enfocando o processo de tendência secular em estatura (TSE) no Brasil são escassos,
seja pela ausência de tradição de investigações sobre o tema, seja pela escassa disponibilidade
de dados para análise.
Tradicionalmente, dados de estatura aferidos em instituições militares têm sido utilizados para
estimar a TSE em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a TSE vem sendo
investigada em recrutas e alistados da Marinha do Brasil, onde foi observado que nascidos entre
1970 e 1977, aumentaram em estatura média cerca de 0,315 cm/ano.
Com base no exposto acima, responda as questões a seguir:
a) (0,5 ponto) Identifique qual tipo de viés poderia ocorrer durante o estudo da TSE.
b) (1,0 ponto) Proponha uma estratégia para evitar este tipo de viés.
Alternativas:
--
Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Um tipo de viés que poderia ocorrer em estudos do processo de tendência
secular em estatura (TSE), que medem a estatura da população ao longo dos anos, seria o
viés de aferição. Este viés pode ocorrer em situações onde são necessárias aferições de
medidas por diferentes pesquisadores e instrumentos, podendo resultar em diferenças entre
grupos geradas não pela variável medida em si, mas sim por diferenças no meio de aferição.
b) (1,0 ponto) Esse viés poderia ser evitado pré-estabelecendo instrumentos, protocolos,
escalas de medição e critérios de classificação para a medida das estaturas dos
indivíduos, de forma a garantir a uniformidade dos meios de medição e, assim, evitar
diferenças geradas pelos métodos de coleta dos dados e não pelas características de cada
grupo.
REFERÊNCIAS
GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de
Dados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/.
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/.
MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
9ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
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Enunciado:
Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de
hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois
grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir do desfecho (hantavirose) e o outro
grupo o de pessoas sem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do
estudo.
O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a
eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão
aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento
para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo.
A respeito das propostas de estudo acima, responda
a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B.
b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença
entre eles.
Alternativas:
--
Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado.
b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do
grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das
exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido).
O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois
grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um
novo fármaco.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
10ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma
população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de
gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes
decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso,
e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando
aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia.
No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir:
I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal,
pois apresenta-se na forma de um número inteiro.
II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em
forma de número real.
III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem
ordenação de categorias.
IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição
dos meses.
É correto o que se afirma em
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
II, III e IV, apenas.
(alternativa B)
III, apenas.
(alternativa C)
I, apenas.
(alternativa D)
I e III, apenas.
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Resposta comentada:
Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV.
Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados.
Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens,
símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo,
sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as
categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc.
Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles
respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo
discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo,
número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a
altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla
variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II
Professor (es):
Período: 202301 Turma: Data:
N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 07248 - CADERNO 002
1ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou
a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a
situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser
considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro
caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também
estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha
diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados,
36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de
fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes.
Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem
respectivamente à:
Alternativas:
(alternativa A)
16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa B)
14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa C)17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa D) (CORRETA) 
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
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Resposta comentada:
A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de
serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é
definida segundo a seguinte fórmula:
 
A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo,
ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em
determinado tempo).
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021.
MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA,
D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa
na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115-
136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006.
2ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
A hanseníase no Brasil ainda apresenta-se como um problema de saúde pública. A posição
epidemiológica da doença no país é considerada diversificada devido ao alto coeficiente e
variação de prevalência nas diversas regiões do país. Com isso, pesquisadores do Centro
Universitário do Vale do Araguaia (UNIVAR - Barra do Garças / MT), executaram uma pesquisa
com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico da população acometida pela hanseníase na
cidade de General Carneiro, no interior do Mato Grosso, durante os anos de 2006 e 2021.
Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, documental do tipo descritiva, com abordagem
quantitativa. Neste estudo foram utilizadas as fichas de notificação de Hanseníase do Sistema
de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma de dados públicos do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Com base na pesquisa acima, podemos afirmar que trata-se de um delineamento de estudo
observacional
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Alternativas:
(alternativa A)
caso-controle.
(alternativa B)
ensaio clínico.
(alternativa C)
de coorte.
(alternativa D) (CORRETA) 
ecológico.
Resposta comentada:
O estudo de observacional de coorte requer no mínimo duas amostragens em tempos
diferentes. O ponto de partida é o fator de exposição (variável independente). Envolvem o
seguimento de grupos de indivíduos considerando um determinado período de tempo. Os
estudos de incidência de doenças estão nessa categoria, além daqueles que analisam as
associações entre fatores de risco ou a exposição e o próprio desfecho estudado.
Os estudos caso-controle tentam identificar os fatores de risco para as doenças. Partem da
doença (casos) ou ausência dela (controles) e avaliam, retrospectivamente, na tentativa de
encontrar associação (portanto, partem da variável dependente, a doença). Estão indicados
principalmente quando a doença é rara e estudos prospectivos, como coorte, seriam caros e
não efetivos.
Os ensaios clínicos não são estudos observacionais e sim experimentais onde os pesquisadores
realizam um ensaio extremamente controlado com finalidade específica.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, G. S. P. de.; BARBOSA, A. C.; CARRIJO, M. V. N. Perfil clínico-epidemiológico de
pacientes diagnosticados com Hanseníase. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR.
Umuarama. v. 26, n. 3, p. 569-579, set./dez. 2022.
MARTINS, Amanda de Ávila B.; TEIXEIRA, Deborah; BATISTA, Bruna G.; STEFFENS, Daniela.
Epidemiologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. 9788595023154. Disponível em:
https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 18 ago. 2022.
3ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
Observe o diagrama de caixa (Box-plot) do peso de 50 pacientes antes e após a realização de
um tratamento.
 
Com base nas informações do gráfico, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre
elas:
 
I- Antes do tratamento, o peso mediano dos pacientes era superior a 87 kg.
PORQUE
II- Após o tratamento, 75% ou mais dos pacientes passaram a pesar menos de 84 kg.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
(alternativa B)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
(alternativa C)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
(alternativa D)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Resposta comentada:
Como pode ser percebido pelo Box-plot apresentado para o período anterior ao tratamento, o
peso mediano é de aproximadamente 89, ou seja, a asserção I é verdadeira. Já na asserção II,
o primeiro quartil (Q1) está muito próximo de 84. Ou seja, não é factível que 75% ou mais dos
pacientes tenham passado a pesar menos de 84 kg.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
4ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
Enunciado:
Estudos enfocando o processo de tendência secular em estatura (TSE) no Brasil são escassos,
seja pela ausência de tradição de investigações sobre o tema, seja pela escassa disponibilidade
de dados para análise.
Tradicionalmente, dados de estatura aferidos em instituições militares têm sido utilizados para
estimar a TSE em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a TSE vem sendo
investigada em recrutas e alistados da Marinha do Brasil, onde foi observado que nascidos entre
1970 e 1977, aumentaram em estatura média cerca de 0,315 cm/ano.
Com base no exposto acima, responda as questões a seguir:
a) (0,5 ponto) Identifique qual tipo de viés poderia ocorrer durante o estudo da TSE.
b) (1,0 ponto) Proponha uma estratégia para evitar este tipo de viés.
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Um tipo de viés que poderia ocorrer em estudos do processo de tendência
secular em estatura (TSE), que medem a estatura da população ao longo dos anos, seria o
viés de aferição. Este viés pode ocorrer em situações onde são necessárias aferições de
medidas por diferentes pesquisadores e instrumentos, podendo resultar em diferenças entre
grupos geradas não pela variável medida em si, mas sim por diferenças no meio de aferição.
b) (1,0 ponto) Esse viés poderia ser evitado pré-estabelecendo instrumentos, protocolos,
escalas de medição e critérios de classificação para a medida das estaturas dos
indivíduos, de forma a garantir a uniformidade dos meios de medição e, assim, evitar
diferenças geradas pelos métodos de coleta dos dados e não pelas características de cada
grupo.
REFERÊNCIAS
GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de
Dados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/.
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/.
MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
5ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
Enunciado:
Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de
hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois
grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir do desfecho (hantavirose) e o outro
grupo o de pessoassem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do
estudo.
O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a
eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão
aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento
para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo.
A respeito das propostas de estudo acima, responda
a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B.
b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença
entre eles.
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado.
b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do
grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das
exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido).
O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois
grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um
novo fármaco.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
6ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma
população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de
gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes
decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso,
e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando
aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia.
No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir:
I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal,
pois apresenta-se na forma de um número inteiro.
II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em
forma de número real.
III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem
ordenação de categorias.
IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição
dos meses.
É correto o que se afirma em
Alternativas:
(alternativa A)
I, apenas.
(alternativa B)
III, apenas.
(alternativa C) (CORRETA) 
II, III e IV, apenas.
(alternativa D)
I e III, apenas.
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Resposta comentada:
Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV.
Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados.
Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens,
símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo,
sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as
categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc.
Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles
respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo
discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo,
número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a
altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla
variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
7ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
 O Estado do Paraná declara guerra contra a H3N2 e reforça importância da vacinação.
O aumento repentino do número de casos diários e óbitos que vêm acorrendo no Estado do
Paraná em decorrência da doença levaram a essa decisão. A medida adotada pela Secretaria
de Saúde do Estado é necessária, considerando a transmissão comunitária e a presença do
vírus em 144 municípios, representando 72% do total de municípios desse estado.
O caso refere-se a
Alternativas:
(alternativa A)
surto.
(alternativa B)
endemia.
(alternativa C)
pandemia.
(alternativa D) (CORRETA) 
epidemia.
Resposta comentada:
Epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões,
mas sem uma escala global. 
PEREIRA, Maurício Gomes; GALVÁO, Taís Freire; SILVA, Marcus Tolentino. Saúde Baseada em
Evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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8ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
A tabela abaixo mostra valores de média, desvio padrão (DP), máximos (Máx) e mínimos (Mín)
das taxas de mortalidade por câncer colorretal, segundo mesorregiões do Mato Grosso (CALÓ
et al., 2022).
Analise os valores de média e desvio padrão expostos na tabela.
CALÓ, R.S.; SOUZA, R.A.G.; ALVES, M.R.; CARVALHO, A.E.; GALVÃO, N.D. Desenvolvimento
socioeconômico e mortalidade por câncer colorretal em uma unidade federativa da Amazônia
Legal, de 2005 a 2016. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2022, 25: E220006.
De acordo com a análise da tabela, marque a alternativa correta.
Alternativas:
(alternativa A)
Os valores de desvio padrão para o indicador IFDM saúde entre as mesorregiões Sudoeste e
Sudeste, estão relacionados aos valores similares na média de óbitos.
(alternativa B) (CORRETA) 
O baixo desvio padrão calculado em torno da média de óbitos para o IFDM geral na
mesorregião Sudoeste, foi influenciado pela diferença entre os valores mínimo e máximo.
(alternativa C)
A mesorregião Sudoeste apresenta a maior taxa bruta média, porém com baixa variabilidade
nos dados, que pode ser expressa pela variação entre os valores máximos e mínimos de
óbitos.
(alternativa D)
Os valores médios da Taxa padronizada entre as mesorregiões Norte e Nordeste, diferem
devido a não organização dos valores brutos em postos durante o cálculo.
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Resposta comentada:
Os valores mínimos e máximos em um conjunto de dados podem influenciar a média e
principalmente sua variabilidade, neste caso o desvio padrão. Portanto, o desvio padrão mostra
a variabilidade em torno da média, e valores muitos discrepantes entre mínimos e máximos
podem aumentá-la consideravelmente.
Referência
AKANINE, C.; YAMAMOTO, R. Estudo Dirigido de Estatística Descritiva. 3. ed. edição. São
Paulo: Saraiva, 2013.
MOORE, D.; NOTZ, W.I.; FLIGNER, M.A. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2014.
9ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de
acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde
executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que
12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o
início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos
colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono.
Diante do exposto, marque a alternativa correta:
Alternativas:
(alternativa A)
Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a
pesquisa foi de 30%.
(alternativa B)
No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do
sono nos colaboradores da creche.
(alternativa C) (CORRETA) 
É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no períodode estudo descrito, foi de 6%.
(alternativa D)
A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um
acréscimo de 18% de casos novos.
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Resposta comentada:
A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma
determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim,
temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito.
Já a incidência, diz respeito à proporção de um grupo de pessoas inicialmente livre de uma
determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou
seja, 6% no estudo em questão.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out.
2022.
10ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e
acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram
uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino
superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra
de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo
feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde
Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas
durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações
na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as
atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes
novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de
perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia
entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos,
pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior
saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa:
ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-
19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
Analisando a tabela acima marque a alternativa correta.
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Alternativas:
(alternativa A)
Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais
sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não
observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos.
(alternativa B) (CORRETA) 
A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os
estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houve uma maior variabilidade nas
respostas dos residentes na zona rural.
(alternativa C)
Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível
concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão
grave ao compararmos com as estudantes mulheres.
(alternativa D)
Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram
maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior
variabilidade entre as respostas.
Resposta comentada:
Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão
grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em
ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural
(desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40).
As demais firmativas estão incorretas:
- Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou
seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens.
- Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ± 3,65; desvio padrão para
habitantes da zona rural para DS: ± 3,99; Ou seja, os habitantes da zona rural apresentaram
maior variabilidade entre as respostas. 
- Média do score dos homens para DS: 11,65; média do score das mulheres para DS: 11,36.
Ou seja, as mulheres apresentam menos sintomas de disfunção social que os homens. O
mesmo ocorrendo para sintomas de depressão grave (homens: 3,57 e mulheres: 3,56)
REFERÊNCIAS
ARAÚJO et. al., 2022. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia
COVID-19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II
Professor (es):
Período: 202301 Turma: Data:
N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 07248 - CADERNO 003
1ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e
acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram
uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino
superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra
de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo
feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde
Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas
durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações
na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as
atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes
novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de
perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia
entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos,
pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior
saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa:
ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-
19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
Analisando a tabela acima marque a alternativa correta.
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Alternativas:
(alternativa A)
Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível
concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão
grave ao compararmos com as estudantes mulheres.
(alternativa B)
Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais
sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não
observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos.
(alternativa C)
Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram
maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior
variabilidade entre as respostas.
(alternativa D) (CORRETA) 
A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os
estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houveuma maior variabilidade nas
respostas dos residentes na zona rural.
Resposta comentada:
Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão
grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em
ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural
(desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40).
As demais firmativas estão incorretas:
- Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou
seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens.
- Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ± 3,65; desvio padrão para
habitantes da zona rural para DS: ± 3,99; Ou seja, os habitantes da zona rural apresentaram
maior variabilidade entre as respostas. 
- Média do score dos homens para DS: 11,65; média do score das mulheres para DS: 11,36.
Ou seja, as mulheres apresentam menos sintomas de disfunção social que os homens. O
mesmo ocorrendo para sintomas de depressão grave (homens: 3,57 e mulheres: 3,56)
REFERÊNCIAS
ARAÚJO et. al., 2022. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia
COVID-19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
2ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma
população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de
gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes
decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso,
e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando
aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia.
No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir:
I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal,
pois apresenta-se na forma de um número inteiro.
II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em
forma de número real.
III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem
ordenação de categorias.
IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição
dos meses.
É correto o que se afirma em
Alternativas:
(alternativa A)
I, apenas.
(alternativa B) (CORRETA) 
II, III e IV, apenas.
(alternativa C)
I e III, apenas.
(alternativa D)
III, apenas.
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Resposta comentada:
Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV.
Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados.
Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens,
símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo,
sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as
categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc.
Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles
respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo
discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo,
número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a
altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla
variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
3ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
 O Estado do Paraná declara guerra contra a H3N2 e reforça importância da vacinação.
O aumento repentino do número de casos diários e óbitos que vêm acorrendo no Estado do
Paraná em decorrência da doença levaram a essa decisão. A medida adotada pela Secretaria
de Saúde do Estado é necessária, considerando a transmissão comunitária e a presença do
vírus em 144 municípios, representando 72% do total de municípios desse estado.
O caso refere-se a
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
epidemia.
(alternativa B)
surto.
(alternativa C)
endemia.
(alternativa D)
pandemia.
Resposta comentada:
Epidemia é quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões,
mas sem uma escala global. 
PEREIRA, Maurício Gomes; GALVÁO, Taís Freire; SILVA, Marcus Tolentino. Saúde Baseada em
Evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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4ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
A hanseníase no Brasil ainda apresenta-se como um problema de saúde pública. A posição
epidemiológica da doença no país é considerada diversificada devido ao alto coeficiente e
variação de prevalência nas diversas regiões do país. Com isso, pesquisadores do Centro
Universitário do Vale do Araguaia (UNIVAR - Barra do Garças / MT), executaram uma pesquisa
com o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico da população acometida pela hanseníase na
cidade de General Carneiro, no interior do Mato Grosso, durante os anos de 2006 e 2021.
Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, documental do tipo descritiva, com abordagem
quantitativa. Neste estudo foram utilizadas as fichas de notificação de Hanseníase do Sistema
de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma de dados públicos do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Com base na pesquisa acima, podemos afirmar que trata-se de um delineamento de estudo
observacional
Alternativas:
(alternativa A)
ensaio clínico.
(alternativa B)
caso-controle.
(alternativa C)
de coorte.
(alternativa D) (CORRETA) 
ecológico.
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Resposta comentada:
O estudo de observacional de coorte requer no mínimo duas amostragens em tempos
diferentes. O ponto de partida é o fator de exposição (variável independente). Envolvem o
seguimento de grupos de indivíduos considerando um determinado período de tempo. Os
estudos de incidência de doenças estão nessa categoria, além daqueles que analisam as
associações entre fatores de risco ou a exposição e o próprio desfecho estudado.
Os estudos caso-controle tentam identificar os fatores de risco para as doenças. Partem da
doença (casos) ou ausência dela (controles) e avaliam, retrospectivamente, na tentativa de
encontrar associação (portanto, partem da variável dependente, a doença). Estão indicados
principalmente quando a doença é rara e estudos prospectivos, como coorte, seriam caros e
não efetivos.
Os ensaios clínicos não são estudos observacionais e sim experimentais onde os pesquisadores
realizam um ensaio extremamente controlado com finalidade específica.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, G. S. P. de.; BARBOSA, A. C.; CARRIJO, M. V. N. Perfil clínico-epidemiológico de
pacientes diagnosticados com Hanseníase. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR.
Umuarama. v. 26, n. 3, p. 569-579, set./dez. 2022.
MARTINS, Amanda de Ávila B.; TEIXEIRA, Deborah; BATISTA, Bruna G.; STEFFENS, Daniela.
Epidemiologia. Porto Alegre: Grupo A, 2018. E-book. 9788595023154. Disponível em:
https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 18 ago. 2022.
5ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
Enunciado:
Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de
hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois
grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir dodesfecho (hantavirose) e o outro
grupo o de pessoas sem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do
estudo.
O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a
eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão
aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento
para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo.
A respeito das propostas de estudo acima, responda
a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B.
b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença
entre eles.
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado.
b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do
grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das
exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido).
O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois
grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um
novo fármaco.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
6ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou
a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a
situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser
considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro
caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também
estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha
diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados,
36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de
fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes.
Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem
respectivamente à:
Alternativas:
(alternativa A)
14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa B) (CORRETA) 
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa C)
16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa D)
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
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Resposta comentada:
A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de
serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é
definida segundo a seguinte fórmula:
 
A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo,
ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em
determinado tempo).
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021.
MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA,
D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa
na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115-
136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006.
7ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
Observe o diagrama de caixa (Box-plot) do peso de 50 pacientes antes e após a realização de
um tratamento.
 
Com base nas informações do gráfico, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre
elas:
 
I- Antes do tratamento, o peso mediano dos pacientes era superior a 87 kg.
PORQUE
II- Após o tratamento, 75% ou mais dos pacientes passaram a pesar menos de 84 kg.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
(alternativa B)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
(alternativa C)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
(alternativa D)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Resposta comentada:
Como pode ser percebido pelo Box-plot apresentado para o período anterior ao tratamento, o
peso mediano é de aproximadamente 89, ou seja, a asserção I é verdadeira. Já na asserção II,
o primeiro quartil (Q1) está muito próximo de 84. Ou seja, não é factível que 75% ou mais dos
pacientes tenham passado a pesar menos de 84 kg.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
8ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de
acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde
executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que
12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o
início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos
colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono.
Diante do exposto, marque a alternativa correta:
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no período
de estudo descrito, foi de 6%.
(alternativa B)
A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um
acréscimo de 18% de casos novos.
(alternativa C)
No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do
sono nos colaboradores da creche.
(alternativa D)
Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a
pesquisa foi de 30%.
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Resposta comentada:
A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma
determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim,
temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito.
Já a incidência, diz respeito à proporção de um grupo de pessoas inicialmente livre de uma
determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou
seja, 6% no estudo em questão.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out.
2022.
9ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
A tabela abaixo mostra valores de média, desvio padrão (DP), máximos (Máx) e mínimos (Mín)
das taxas de mortalidade por câncer colorretal, segundo mesorregiões do Mato Grosso (CALÓ
et al., 2022).
Analise os valores de média e desvio padrão expostos na tabela.
CALÓ, R.S.; SOUZA, R.A.G.; ALVES, M.R.; CARVALHO, A.E.; GALVÃO, N.D. Desenvolvimento
socioeconômico e mortalidade por câncer colorretal em uma unidade federativa da Amazônia
Legal, de 2005 a 2016. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2022, 25: E220006.
De acordo coma análise da tabela, marque a alternativa correta.
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
O baixo desvio padrão calculado em torno da média de óbitos para o IFDM geral na
mesorregião Sudoeste, foi influenciado pela diferença entre os valores mínimo e máximo.
(alternativa B)
A mesorregião Sudoeste apresenta a maior taxa bruta média, porém com baixa variabilidade
nos dados, que pode ser expressa pela variação entre os valores máximos e mínimos de
óbitos.
(alternativa C)
Os valores de desvio padrão para o indicador IFDM saúde entre as mesorregiões Sudoeste e
Sudeste, estão relacionados aos valores similares na média de óbitos.
(alternativa D)
Os valores médios da Taxa padronizada entre as mesorregiões Norte e Nordeste, diferem
devido a não organização dos valores brutos em postos durante o cálculo.
Resposta comentada:
Os valores mínimos e máximos em um conjunto de dados podem influenciar a média e
principalmente sua variabilidade, neste caso o desvio padrão. Portanto, o desvio padrão mostra
a variabilidade em torno da média, e valores muitos discrepantes entre mínimos e máximos
podem aumentá-la consideravelmente.
Referência
AKANINE, C.; YAMAMOTO, R. Estudo Dirigido de Estatística Descritiva. 3. ed. edição. São
Paulo: Saraiva, 2013.
MOORE, D.; NOTZ, W.I.; FLIGNER, M.A. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2014.
10ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
Enunciado:
Estudos enfocando o processo de tendência secular em estatura (TSE) no Brasil são escassos,
seja pela ausência de tradição de investigações sobre o tema, seja pela escassa disponibilidade
de dados para análise.
Tradicionalmente, dados de estatura aferidos em instituições militares têm sido utilizados para
estimar a TSE em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a TSE vem sendo
investigada em recrutas e alistados da Marinha do Brasil, onde foi observado que nascidos entre
1970 e 1977, aumentaram em estatura média cerca de 0,315 cm/ano.
Com base no exposto acima, responda as questões a seguir:
a) (0,5 ponto) Identifique qual tipo de viés poderia ocorrer durante o estudo da TSE.
b) (1,0 ponto) Proponha uma estratégia para evitar este tipo de viés.
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Um tipo de viés que poderia ocorrer em estudos do processo de tendência
secular em estatura (TSE), que medem a estatura da população ao longo dos anos, seria o
viés de aferição. Este viés pode ocorrer em situações onde são necessárias aferições de
medidas por diferentes pesquisadores e instrumentos, podendo resultar em diferenças entre
grupos geradas não pela variável medida em si, mas sim por diferenças no meio de aferição.
b) (1,0 ponto) Esse viés poderia ser evitado pré-estabelecendo instrumentos, protocolos,
escalas de medição e critérios de classificação para a medida das estaturas dos
indivíduos, de forma a garantir a uniformidade dos meios de medição e, assim, evitar
diferenças geradas pelos métodos de coleta dos dados e não pelas características de cada
grupo.
REFERÊNCIAS
GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de
Dados. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/.
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/.
MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II
Professor (es):
Período: 202301 Turma: Data:
N1_ESPECIFICA_MEP 2_03MAIO2023
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 07248 - CADERNO 004
1ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Alunos do curso de Medicina decidiram investigar certas variáveis biopsicossociais de uma
população ribeirinha presente no território amazônico, que apresentou elevados índices de
gastroenterite em crianças no segundo semestre de 2022. Para tal investigação os discentes
decidiram aplicar um questionário in loco que continha perguntas em relação ao número, peso,
e o sexo de crianças menores de seis anos que porventura residam na habitação, e, quando
aplicável, qual mês do último semestre a criança teve um quadro de diarreia.
No que se refere às variáveis apresentadas no enunciado, analise as afirmações a seguir:
I. o número de crianças que residem na habitação é uma variável quantitativa do tipo nominal,
pois apresenta-se na forma de um número inteiro.
II. o peso é uma variável quantitativa do tipo contínua, pois é mensurável e representável em
forma de número real.
III. o sexo é uma variável qualitativa do tipo nominal, pois apresenta classificação, porém sem
ordenação de categorias.
IV. o mês do ano é uma variável qualitativa do tipo ordinal, pois há uma ordem na disposição
dos meses.
É correto o que se afirma em
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
II, III e IV, apenas.
(alternativa B)
I e III, apenas.
(alternativa C)
III, apenas.
(alternativa D)
I, apenas.
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Resposta comentada:
Está correto o que se afima nas asserções II, III e IV.
Dados qualitativos ou categóricos são dados que não podem ser medidos ou contados.
Esses tipos de dados são classificados por categorias codificadas por números, imagens,
símbolos ou texto. Podem ser do tipo nominal (sem uma ordem definida), como por exemplo,
sexo (masculino, feminino) ou do tipo ordinal (com uma ordenação ou hierarquia entre as
categorias), por exemplo, nível de escolaridade, grau de satisfação, mês, etc.
Dados quantitativos são expressos em valores numéricos, tornando-os contáveis. Eles
respondem a perguntas como "quanto", "quantos" e "com que frequência". Podem ser do tipo
discreta (contagem, apenas valores inteiros em um intervalo específico), como por exemplo,
número de crianças ou do tipo contínua (expresso por um número real), por exemplo, a
altura ou o peso de uma pessoa, etc.. Esses dados podem ser representados em uma ampla
variedade de gráficos de barras, histogramas, dispersão, boxplots, de linha, etc.
REFERÊNCIAS
MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
2ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Após orientações na aula de MEP, um grupo de alunos resolveu realizar uma pesquisa a fim de
acompanhar a qualidade do sono de um grupo de colaboradores de uma creche, onde
executavam um projeto de extensão. Na primeira coleta e análise de dados, observaram que
12 dos 100 colaboradores avaliados apresentavam distúrbios do sono. Um semestre após o
início da pesquisa houve uma nova coleta e análise de dados, percebendo-se que 18% dos
colaboradores foram caracterizados com distúrbio do sono.
Diante do exposto, marque a alternativa correta:
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
É possível afirmar que a incidência de distúrbio do sono nos colaboradores da creche, no período
de estudo descrito, foi de 6%.
(alternativa B)
Podemos afirmar que a incidência no início da pesquisa foi de 12% e a prevalência durante a
pesquisa foi de 30%.
(alternativa C)
No primeiro momento da pesquisa é possível identificar uma incidência de 12% de distúrbio do
sono nos colaboradores da creche.
(alternativa D)
A prevalência, no segundo momento de coleta de dados, foi de 30%, considerando um
acréscimo de 18% de casos novos.
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Resposta comentada:
A prevalência diz respeito à proporção de um grupo de pessoas que apresenta uma
determinada condição clínica ou desfecho em um determinado ponto no tempo. Sendo assim,
temos uma prevalência inicial de 12% e final de 18% no estudo descrito.
Já a incidência, diz respeito à proporção de umgrupo de pessoas inicialmente livre de uma
determinada condição clínica que a desenvolve durante um determinado período de tempo, ou
seja, 6% no estudo em questão.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 out.
2022.
3ª QUESTÃO
Tipo da questão: Discursiva
Enunciado:
Um grupo de pesquisadores elaborou duas propostas de pesquisa a respeito dos casos de
hantavirose que estavam estudando. O estudo A prevê a separação dos participantes em dois
grupos, sendo um grupo o de pessoas separadas a partir do desfecho (hantavirose) e o outro
grupo o de pessoas sem a doença. Serão analisadas as exposições para a realização do
estudo.
O estudo B prevê acompanhamento de um grupo de trabalhadores rurais para verificar a
eficácia de um medicamento para a prevenção da doença. Os trabalhadores serão
aleatoriamente selecionados para dois grupos, sendo que em um deles haverá o medicamento
para a verificação de sua eficiência e no outro grupo será de controle com o uso de placebo.
A respeito das propostas de estudo acima, responda
a) (0,5 ponto) Identifique o tipo de estudo A e o tipo de estudo B.
b) (1,0 ponto) Apresente as características que distinguem cada estudo, justificando a diferença
entre eles.
Alternativas:
--
Resposta comentada:
a) (0,5 ponto) Estudo A = caso controle e Estudo B = ensaio clínico randomizado.
b) (1,0 ponto) O estudo A é do tipo caso controle, um estudo observacional com separação do
grupo caso (doentes) e do controle (sem a doença). Nesse estudo há a observação das
exposições para a verificação de associação com o desfecho (este já ocorrido).
O estudo B é um tipo de estudo de intervenção, com randomização para a separação em dois
grupos (com intervenção e com controle através de placebo), com a intenção de testar um
novo fármaco.
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 
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4ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
Enunciado:
Em 2019, o mundo se deparou com um novo vírus da família dos coronavírus que se espalhou
a partir da região de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a
situação como emergência internacional e, em 11 de março de 2020, o vírus passou a ser
considerado uma doença pandêmica. No dia 26 de fevereiro de 2020, confirmava-se o primeiro
caso no Brasil de COVID-19 deixando a população brasileira ciente de que a epidemia também
estava entre nós. Até 10 de fevereiro de 2023, um total de 36.930.339 brasileiros tinha
diagnóstico confirmado de COVID-19, dos quais 195.117 ainda estavam infectados,
36.037.560 estavam curados e 697.662 foram a óbito. O número de novos casos em 10 de
fevereiro foi de 12.716 no Brasil, cuja população total estimada é de 210.147.125 habitantes.
Com base nos dados descritos, a prevalência e incidência de COVID-19 correspondem
respectivamente à:
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa B)
17.573,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa C)
16.068,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 3,06 de novos casos/100.000
habitantes.
(alternativa D)
14.343,56 casos de indivíduos infectados/100.000 habitantes e 6,06 de novos casos/100.000
habitantes.
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Resposta comentada:
A prevalência refere-se ao número de casos existentes em uma população, independentes de
serem novos ou antigos, num período determinado de tempo. Coeficiente de Prevalência (CP) é
definida segundo a seguinte fórmula:
 
A incidência significa a ocorrência de novos casos relacionados à unidade de intervalo de tempo,
ou seja, a intensidade com que estão surgindo novos doentes (em determinada amostra e em
determinado tempo).
REFERÊNCIAS
MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. 9788595023154. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. Acesso em: 15 set. 2021.
MINEO, J.R., and SILVA, D.A.O. Conceitos básicos de epidemiologia. In: MINEO, J.R., SILVA,
D.A.O., SOPELETE, M.C., LEAL, G.S., VIDIGAL, L.H.G., TÁPIA, L.E.R., and BACCHIN, M.I. Pesquisa
na área biomédica: do planejamento à publicação [online]. Uberlândia: EDUFU, 2005, pp. 115-
136. ISBN: 978-85-7078-523-7. https://doi.org/10.7476/9788570785237.0006.
5ª QUESTÃO
Tipo da questão: Múltipla Escolha
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Enunciado:
A recente Pandemia causada pelo COVID-19 mudou significativamente as rotinas sociais e
acadêmicas dos estudantes do ensino superior. Sabendo disso, Araújo et, al. 2022, realizaram
uma pesquisa com objetivo de identificar os níveis de saúde mental de estudantes do ensino
superior e seus fatores associados. Para isso, realizaram um estudo transversal com amostra
de conveniência com 567 estudantes (idade média 23,92 ± 8,36; sendo 63,8% do sexo
feminino). Os quais, responderam a um questionário online, que incluiu o Questionário de Saúde
Geral (GHQ-28), aspetos sociodemográficos, acadêmicos e as principais mudanças ocorridas
durante a pandemia. O GHQ-28 trata-se de um instrumento concebido para rastrear alterações
na saúde mental em populações não clínicas e para identificar a incapacidade de realizar as
atividades que são usuais numa pessoa saudável e o aparecimento de fenômenos estressantes
novos. Este instrumento é considerado como um rastreio para identificar a probabilidade de
perturbações psiquiátricas entre a população geral e não diagnóstico. A escala de resposta varia
entre 0 (Não, em absoluto) e 3 (Muito mais do que o habitual), havendo alguns itens invertidos,
pelo que o score total possível varia entre 0 e 84, em que valores mais elevados significam pior
saúde mental. A tabela abaixo apresenta alguns resultados obtidos na pesquisa:
ARAÚJO et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior politécnico na pandemia COVID-
19. Revista de Enfermagem Referência, v. VI, n. 1: e21109, 2022.
Analisando a tabela acima marque a alternativa correta.
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Alternativas:
(alternativa A)
Ao analisar a tabela pode-se concluir que os estudantes do sexo masculino apresentam mais
sintomas de ansiedade e insônia comparado às estudantes do sexo feminino. Contudo, não
observa-se diferença entre a variabilidade das respostas entre os sexos.
(alternativa B)
Sobre as disfunções sociais, a tabela mostra que os habitantes de zonas rurais apresentaram
maior média de score. Contudo, entre os habitantes da zona urbana observa-se maior
variabilidade entre as respostas.
(alternativa C)
Analisando as médias e desvios padrões dos scores referente a pesquisa mencionada é possível
concluir menos estudantes homens apresentam probabilidade de disfunção social e depressão
grave ao compararmos com as estudantes mulheres.
(alternativa D) (CORRETA) 
A tabela mostra que a média do score nas perguntas sobre depressão grave é igual entre os
estudantes que residem em zona urbana e rural. Porém houve uma maior variabilidade nas
respostas dos residentes na zona rural.
Resposta comentada:
Está correta a alternativa que afirma que a média do score nas perguntas sobre depressão
grave (GHQ-DG) é igual entre os estudantes que residem em zona urbana e rural (3,55 em
ambas). Porém houve uma maior variabilidade nas respostas dos residentes na zona rural
(desvio padrão = 4,54; zona urbana - desvio padrão = 4,40).
As demais firmativas estão incorretas:
- Média do score dos homens para AI: 8,02; média do score das mulheres para AI: 8,23. Ou
seja, as mulheres apresentam mais sintomas de AI que os homens.
- Desvio padrão para habitantes da zona urbana para DS: ±

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