Educação de Jovens e Adultos

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Viver,
Aprender
Educação de
Jovens e Adultos
1
Módulos 3 e 4
Presidente da República Federativa do Brasil
Fernando Henrique Cardoso
Ministro da Educação
Paulo Renato Souza
Secretário Executivo
Luciano Oliva Patrício
Secretária de Educação Fundamental
Iara Glória Areias Prado
Diretor do Departamento de Política da Educação Fundamental
Walter K. Takemoto
Coordenadora Geral de Educação de Jovens e Adultos
Leda Maria Seffrin
Viver,
Aprender
Educação de
Jovens e Adultos
1
Módulos 3 e 4
Ministério da Educação e do Desporto
Secretaria de Educação Fundamental
Brasília, 2001
Açªo Educativa – Assessoria, Pesquisa e Informaçªo
Av. Higienópolis, 901
CEP 01238-001 Sªo Paulo - SP Brasil
Tel. (011) 825-5544 Fax (011) 3666-1082
E-mail: acaoeducativ@ax.apc.org
Diretoria: Marilia Pontes Sposito, Luiz Eduardo W. Wanderley, Pedro Pontual, Nilton Bueno Fischer, Vicente Rodriguez
SecretÆrio Executivo: SØrgio Haddad
Autores: ClÆudia Lemos Vóvio (coordenaçªo) e Maria AmÆbile Mansutti
Ediçªo: Vera Masagªo Ribeiro
Aplicaçªo experimental do material: Maria Elena Roman de Oliveira Toledo
' Açªo Educativa – Assessoria, Pesquisa e Informaçªo, 1998
Projeto grÆfico e diagramaçªo: Bracher & Malta
Ilustraçıes: Cecília Esteves
Preparaçªo de originais e revisªo: Opera Editorial
Fotolitos: Bureau 34
Agradecimentos:
Consultores: Dione Lucchesi de Carvalho, Dulce Satiko Onaga, Magda Becker Soares e Vera Barreto
Educadores que aplicaram o livro: Adriana N. Moreni, Alessandra D. Moreira, Antonia M. Vieira, Arnaldo P. do Nascimento, Celeste
A.B. Cardoso, Cleide T. Mendes, Dalva Kubinek, Darcy A.C. Moschetti, DulcinØia B.B. Santos, Eliana D’Antonio, Elizabeth S. da
Silva, Francisco F. dos Santos, Irene A.V. da Silva, JosØ V. de Carvalho, Juanice R. Marques, Lucia P.F. da Silva, Maria P.S.L. Matos,
Marta R. de Souza, Patrícia B. Damasio, Soraia V. dos Santos e Vera M. Zanardi
Direçªo e coordenaçªo da Escola Municipal de 1” Grau “Solano Trindade” - Curso de SuplŒncia I
Museu Lasar Segall - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SP
Departamento de Documentaçªo da Editora Abril - SP
Sr. Guilherme do Amaral (responsÆvel pelo acervo de Tarsila do Amaral)
Dados Internacionais de Catalogaçªo na Publicaçªo (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Viver, aprender: educaçªo de jovens e adultos
(Livro 1) / ClÆudia Lemos Vóvio (coordenaçªo);
[ilustraçıes de Cecília Esteves]. — Sªo Paulo: Açªo
Educativa; Brasília: MEC, 1998.
VÆrios autores.
ISBN 85-86382-02-7
1. Educaçªo - Brasil. 2. Ensino de 1” grau -
Brasil. 3. Ensino de 1” grau - Livros didÆticos.
I. Vóvio, ClÆudia Lemos.
98-0555 CDD - 371.32
˛ndices para catÆlogo sistemÆtico:
1. Livros didÆticos - Ensino de 1” grau. 371.32
Esta publicaçªo foi financiada pelo MEC – MinistØrio da Educaçªo e do Desporto,
dentro do Programa de Educaçªo de Jovens e Adultos.
Apoio:
IAF – Interamerican Foundation
ICCO – Organizaçªo IntereclesiÆstica para Cooperaçªo e Desenvolvimento
EZE – Associaçªo EvangØlica de Cooperaçªo e Desenvolvimento
SumÆrio
Módulo 3: Nosso lugar............................................................................ 113
Unidade 1: Migraçªo..................................................................... 115
Unidade 2: Onde eu vivo ............................................................... 131
Unidade 3: Um pouco mais de Língua Portuguesa ......................... 148
Unidade 4: Um pouco mais de MatemÆtica ................................... 160
Módulo 4: Nosso corpo ........................................................................... 171
Unidade 1: Semelhantes, mas diferentes......................................... 173
Unidade 2: Medidas do corpo ....................................................... 178
Unidade 3: Forma e movimento .................................................... 186
Unidade 4: Os sentidos.................................................................. 190
Unidade 5: Um pouco mais de MatemÆtica ................................... 199
Unidade 6: Um pouco mais de Língua Portuguesa ......................... 202
Desde muito pequenos aprendemos a entender
o mundo que nos rodeia. Por isso, antes mesmo de
aprender a ler e a escrever palavras e frases, jÆ esta-
mos lendo bem ou mal, o mundo que nos cerca.
Paulo Freire, A importância do ato de ler (1987)
LISTA BIBLIOGR`FICA
p. 117. GIL, Gilberto e DOMINGUINHOS. “Lamento sertanejo”. In: Gil, Gilberto. Todas as letras. Sªo Paulo: Companhia das
Letras, 1996.
p. 119. “Baiªo de Dois”. In: Japiassu, Moacir. Danado de bom!. Sªo Paulo: `tica, 1995.
p. 119. SILVA, Dona Maria do Carmo Pedro. Arroz doce. Sªo Paulo: [s.n., 19—].
p. 116. “TacacƔ. In: Cozinha Brasileira. Sªo Paulo: Abril, Ediçıes Claudia 1984.
p. 116. “Arroz de Carreteiro”. In: Cozinha Brasileira. Sªo Paulo: Abril, Ediçıes Claudia, 1984.
p. 116. “Arroz de Pequi”. In: Almanaque AluÆ. Rio de Janeiro: SapØ, n” 0, 1993.
p. 122. DANTAS, ZØ e GONZAGA, Luiz. “O ABC do sertªo”. In: FERREIRA, JosØ de Jesus. Luis Gonzaga: o rei do baiªo. Sªo
Paulo: `tica, 1986.
p. 123. Jeito de falar típico do Estado do Rio Grande do Sul. In: AMARAL, Amadeu. O dialeto caipira. Sªo Paulo: Hucitec, 1976.
p. 123. Jeito de falar típico do interior do Estado de GoiÆs. In: VILEFORT, Mariza T. Costa. Aspectos sintÆticos do dialeto caipira da
regiªo de Morrinhos. Universidade Católica de GoiÆs, 1985.
p. 123. Jeito de falar típico do interior do Estado de Sªo Paulo. In: FILHO, AmØrico Pellegrino. Literatura Folclórica. Sªo Paulo:
Edusp, 1986.
p. 123. Jeito de falar típico do interior do Estado da Bahia. In: FILHO, AmØrico Pellegrino. Literatura Folclórica. Sªo Paulo: Edusp,
1986.
p. 124. “Depoimento de um migrante”. Revista Travessia, ano 1, n” 2, set-dez/88.
p. 129. “A bandeira do Brasil”. In: Duarte, Marcelo. Guia dos curiosos. Sªo Paulo: Companhia da Letras, 1995 (texto adaptado)
p. 129. ASSARÉ, Patativa. “O poeta da roça”. In: Jornal da Poesia. htpp\\ www.e.net.com.br/seges/poesias.html.
p. 137. ANDRADE, Carlos Drummond. “Cidadezinha qualquer”. In: __________. Nova reuniªo: 19 livros de poesia. Rio de Janeiro:
JosØ Olympio, 1987.
p. 138. BANDEIRA, Manuel. “Minha terra”. In: __________. Estrela da vida inteira. Rio de janeiro: J. Olympio, 1980.
p. 138 TAVARES, Ulisses. [s.l.: s.n. 19—].
p. 139. NOVAES, Carlos Educardo. [s.l.: s.n., 19—].
p. 147. PAES, JosØ Paulo. “Paraíso”. In: __________ Poesias para brincar. Sªo Paulo: ` tica, [19—].
p. 175. SILVA, Cícero Gomes. “Setaneja”. In: Poetas do Araguaia. Rio de Janeiro: CEDI, 1983.
p. 175. BANDEIRA, Manuel. “Segunda cançªo do beco”. In: __________. Poesias completas e prosa. Rio de Janeiro: J. Olympio,
1970.
p. 185. Medidas na história. In: SEE/CENP. MatemÆtica: o currículo e a compreensªo da realidade. Sªo Paulo, 1991. (texto
adapatado)
p. 186. O esqueleto humano. In: Guia mØdico da família. Sªo Paulo: Nova Cultural, 1992. (texto adaptado)
p. 188. Como o corpo humano se movimenta. In: Guia mØdico da família. Sªo Paulo: Nova Cultural, 1992. (texto adaptado)
p. 191. Primeiros socorros. In: Guia mØdico da família. Sªo Paulo: Nova Cultural, 1992. (texto adaptado)
p. 193. Audiçªo. In: Guia mØdico da família. Sªo Paulo: Nova Cultural, 1992. (texto adaptado)
p. 193. Alguns cuidados com a audiçªo. In: Guia mØdico da família. Sªo Paulo: Nova Cultural, 1992. (texto adaptado)
p. 195. GIL, Gilberto. “Aroma”. In: __________. Gil, Gilberto. Todas as letras. Sªo Paulo: Companhia das Letras, 1996.
p. 196. Tato: pele. In: Guia mØdico da família. Sªo Paulo: Nova Cultural, 1992. (texto adaptado)
p. 197. NOBREGA, A. e FREIRE, W. “Liçªo de namoro”. In: NOBREGA, CD Madeira que cupim nªo rói: na pancada do ganzÆ II.
CRÉDITOS FOTOGR`FICOS
p. 116a.Luis Hossaka, Acervo Museu Lasar Segall
p. 116b. Luis Hossaka, Acervo Museu Lasar Segall
p. 131. Giovani Pereira, Abril Imagens
p. 132a. Egberto Nogueira, Abril Imagens
p. 132b. Salomon Cytrynowicz, Abril Imagens
p. 132c. Heitor Hui, Abril Imagens
p. 132d. Ari Lago, Abril Imagens
p. 140. Pedro Martinelli, Abril Imagens
p. 174. Luis Hossaka, Coleçªo particular
p. 189a. SØrgio Berezovsky, Abril Imagens
p. 189b. Orlando Brito, Abril Imagens
p. 189c. Orlando Brito, Abril Imagens
p. 189d. Luigi Mamprin, Abril Imagens
p. 189e. Rodolfo Machado, Abril Imagens
p. 189f. Ricardo Beliel, Abril Imagens
1
Viver, Aprender 1 113
Módulo 3:
Nosso lugar
1
Viver, Aprender 1 115
Unidade 1:
Migraçªo
Migraçªo: passagem ou mudança de uma cidade para outra, do
campo para a cidade, de uma regiªo para outra, de um país para outro.
Migrante: quem sai ou muda de uma cidade para outra, do campo para
a cidade, de uma regiªo para outra, de um país para outro.
1
116 Viver, Aprender 1
Rural e urbano
Quais sªo as diferenças entre as paisagens representadas nestas obras?
Lasar Segall, Paisagem do Rio de Janeiro, 1926, desenho a tinta preta e grafite, 14,5 x 32,2 cm, Acervo Museu Lasar Segall, Sªo Paulo
Lasar Segall, Montanhas em Campos de Jordªo, 1937, desenho a grafite, 37,0 x 59,4 cm, Acervo Museu Lasar Segall, Sªo Paulo
1
Viver, Aprender 1 117
Qual dessas obras se parece mais com o lugar onde vocΠnasceu?
Migrantes
1. VocŒ Ø migrante? __________________________________________
2. Se vocŒ Ø migrante, em quais lugares vocŒ viveu antes de chegar à
cidade onde vive atualmente?
_________________________________________________________
3. VocŒ deve ter guardado muitas lembranças dos lugares por onde pas-
sou. Escreva uma dessas lembranças.
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_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Lamento sertanejo
Dominguinhos e Gilberto Gil
Por ser de lÆ do sertªo
LÆ do cerrado
LÆ do interior, do mato
Da caatinga, do roçado
Eu quase nªo saio
Eu quase nªo tenho amigo
Eu quase que nªo consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado
1
118 Viver, Aprender 1
Por ser de lÆ
Na certa, por isso mesmo
Nªo gosto de cama mole
Nªo sei comer sem torresmo
Eu quase nªo falo
Eu quase nªo sei de nada
Sou como rŒs desgarrada
Nesta multidªo boiada
Caminhando a esmo.
1. Em Lamento sertanejo, Dominguinhos e Gilberto Gil narram as difi-
culdades do sertanejo em se adaptar à vida na cidade. Procure no texto
os versos em que o personagem narra essas dificuldades.
2. O que os versos abaixo querem dizer? Discuta sua opiniªo com os
colegas.
“Sou como rŒs desgarrada
Nesta multidªo boiada
Caminhando a esmo”
3. O verso “Nªo sei comer sem torresmo” faz referŒncia a um hÆbito
alimentar do sertanejo. Escreva um hÆbito alimentar do seu lugar de
origem e outro do lugar onde vocΠvive atualmente.
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________________________________________________________
________________________________________________________
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Viver, Aprender 1 119
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Receitas brasileiras
Leia essas receitas de pratos típicos de diferentes regiıes do Brasil.
BAIˆO DE DOIS
(Regiªo Nordeste)
Ingredientes
1 kg de feijªo de corda
1/2 kg de arroz
1/2 kg de queijo coalho
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
100 g de toucinho fresco
1 pØ de coentro verde picado
1 pitada de cominho
sal a gosto
Modo de fazer
Leve ao fogo o feijªo em panela de ferro
com 1/2 litro de Ægua. Quando o feijªo
começar a amolecer, corte o toucinho em
cubos, frite com alho e cebola, coentro,
sal e cominho e junte ao feijªo. Deixe fer-
ver e coloque o arroz. Quando a Ægua co-
meçar a secar, misture o queijo picado,
baixe o fogo e deixe cozinhar. Sirva com
carne-de-sol frita.
ARROZ DOCE
(Regiªo Sudeste)
Ingredientes
2 xícaras de arroz
4 xícaras de Ægua quente
1 xícara de açœcar
3 xícaras de leite
1 lata de leite condensado
1 vidro de leite de coco
canela em pau
raspas de limªo
cravo
Modo de fazer
Cozinhe o arroz em Ægua quente. Quando
estiver quase seco, acrescente o açœcar e
o leite mexendo sempre para que nªo gru-
de no fundo da panela. Espere o leite secar
e acrescente o leite condensado, o leite de
coco, as raspas de limªo, o cravo e a ca-
nela, cozinhando um pouco mais. Sirva frio,
polvilhado com canela em pó.
1
120 Viver, Aprender 1
TACAC`
(Regiªo Norte)
Ingredientes
1 litro de tucupi
1 galho de jambu
3 pimentas malaguetas
1/2 quilo de polvilho
1/2 quilo de camarªo seco
Ægua e sal
Modo de fazer
Ferva um litro de tucupi com as pi-
mentas. Com o polvilho e Ægua faça
um grude bem grosso e misture os
camarıes secos. Sirva com o molho
de tucupi bem quente
ARROZ DE CARRETEIRO
(Regiªo Sul)
Ingredientes
10 xícaras de carne de charque pi-
cada e ferventada
8 xícaras de caldo de carne
1 cebola picada
4 xícaras de arroz
sal, salsinha, manjerona, cebolinha
e louro
Modo de fazer
Fervente o charque junto com os
temperos, reserve a Ægua. Refogue
a cebola e o arroz, acrescente o char-
que e cozinhe o arroz no caldo de
carne.
ARROZ COM PEQUI
(Regiªo Centro-oeste)
Ingredientes
3 xícaras de arroz
6 xícaras de Ægua quente
1 dente de alho picado
6 a 8 pequis sem pele
sal a gosto e óleo
Modo de fazer
Refogue o alho, o arroz e o pequi em
óleo quente. Acrescente a Ægua quen-
te e o sal, deixe cozinhando. Quan-
do a Ægua estiver quase seca, tam-
pe a panela e deixe secar totalmente.
Observe como as receitas sªo organizadas:
• o título informa sobre o prato;
• a lista de ingredientes traz os produtos e a quantidade necessÆria
• o modo de fazer explica cada etapa da preparaçªo.
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Viver, Aprender 1 121
1. Qual dessas receitas Ø a mais apetitosa?
________________________________________________________
2. Copie em seu caderno a receita que mais lhe agradou.
Escolha um prato típico da regiªo onde vocŒ nasceu. Se vocŒ nªo souber
a receita, procure-a em livros ou consulte alguma pessoa que saiba cozinhar.
Traga sua receita para a sala. Vamos montar um livro com receitas típicas
do Brasil.
Medidas
1. Junto com seus colegas faça um levantamento de todos os tipos de
medida que aparecem nas receitas que vocŒs estudaram.
2. VocŒs conhecem outro tipo de medida que se usa para cozinhar?
3. VocŒs conhecem outras medidas usadas, por exemplo, na lavoura, na
construçªo civil, no comØrcio ou outro campo de trabalho?
4. Explique para seus colegas como sªo usadas essas medidas, se exis-
tem instrumentos especiais para tomÆ-las etc.
Para cozinhar com receita às vezes Ø preciso fazer alguns cÆlculos:
1. As quantidades indicadas na receita de ARROZ COM PEQUI servem 6 pes-
soas. Quantas xícaras de arroz Ø preciso usar para preparar a receita para
10 pessoas?
________________________________________________________
2. Quantas xícaras de arroz Ø preciso usar para preparar o ARROZ COM PEQUI
para 3 pessoas?
________________________________________________________
3. As quantidades indicadas na receita de ARROZ DE CARRETEIRO servem 10
pessoas. Quanta cebola Ø preciso picar para preparar a receita para 5
pessoas?
________________________________________________________
1
122 Viver, Aprender 1
AlØm dos hÆbitos alimentares, hÆoutros elementos que fazem parte da
identidade das pessoas que vivem em diferentes lugares do Brasil. VocŒ
conhece outras marcas que identificam as pessoas com seus lugares de
origem?
O ABC do sertªo
ZØ Dantas e Luiz Gonzaga
LÆ no meu sertªo
Pros caboco lŒ
Tem qui aprendŒ
Um outro abecŒ
O jota Ø ji
O ele Ø lŒ
O esse Ø si
Mas o erre tem nome de rŒ
AtØ ípsilon
LÆ Ø picilone
O eme Ø mŒ
E o ene Ø nŒ
O efe Ø fŒ
O gΠchama-se gue
Na escola Ø engraçado
Ouvir-se tanto Œ
A, bŒ, cŒ, dŒ
FŒ, guŒ, lŒ, mŒ
NŒ, pŒ, quŒ, rŒ,
TŒ, vŒ e zŒ.
Nessa letra de mœsica temos o alfabeto como Ø falado no Nordeste. VocŒ
sabia que essa forma de falar o alfabeto Ø correta?
1
Viver, Aprender 1 123
1. Jeito de falar típico do Rio Gran-
de do Sul
OigalŒ: expressªo de espanto
2. Jeito de falar típico do interior do
estado de Sªo Paulo
IndŒs o mesmo que desde
Jeitos de falar
Nos quadrinhos abaixo vocΠvai encontrar jeitos de falar de pessoas que
vivem em diferentes lugares do Brasil.
3. Jeito de falar típico do interior
do estado de GoiÆs
Curso significa diarrØia
4. Jeito de falar típico do interior
da Bahia
O jeito de falar tambØm Ø uma marca que identifica as pessoas que
vivem numa regiªo ou que fazem parte de algum grupo.
1
124 Viver, Aprender 1
Histórias de migrantes
Prepare um depoimento contando o motivo da saída de seu lugar de
origem e como foram suas andanças atØ chegar ao lugar onde vive. Se
vocŒ nªo for migrante, peça um depoimento a um parente ou amigo.
Para preparar seu depoimento, retome a lista dos lugares por onde
passou. Releia tambØm as respostas que deu às perguntas sobre os
motivos que o levaram a sair de seu lugar de origem, as recordaçıes
de sua trajetória, sua chegada e adaptaçªo a um novo lugar.
Planeje o que contarÆ aos colegas e por onde começarÆ sua apresen-
taçªo.
Depoimento de um migrante
Patrício Carvalho, 47 anos, Ø operÆrio da
construçªo civil, casado, mineiro de nascimento e
morador da cidade de Sªo Paulo. Leia o que ele
nos conta sobre sua experiŒncia neste depoimento.
Sou nascido em Minas Gerais. Vim pra Sªo Paulo em 1954, na Øpoca
em que morreu Getœlio Vargas. Me criei no interior do estado, perto do
norte do ParanÆ. Tempo de muita fartura. Aqui pra Sªo Paulo mesmo,
pra capital, eu vim em 1970. Depois voltei pra Minas, e de lÆ vim de novo
pra regiªo de Ribeirªo Preto. Mas aí tava tudo muito fraco, nªo era como
no começo. Nªo tinha mais fartura. A misØria jÆ tava rondando a porta.
Eu sempre achava que vindo pra Sªo Paulo ia ficar rico. Era o sonho,
o povo todo falava. Sªo Paulo tava na cabeça de todo mundo. Eu traba-
lhava na roça, vida sofrida, sem futuro e sem conforto, um lugar aban-
donado. Aí peguei e falei: vou pra Sªo Paulo, logo-logo tou rico. E me
mandei. Larguei aquela dureza e vim enfrentar outra vida. Ilusªo, pura
ilusªo.
1
Viver, Aprender 1 125
A bandeira brasileira
A bandeira brasileira tem atualmente 27 estrelas – o nœmero de esta-
dos mais o Distrito Federal. Elas representam as estrelas no cØu do Rio
de Janeiro exatamente às 8h30 do dia 15 de novembro de 1889, data
da Proclamaçªo da Repœblica. Estrelas foram sendo acrescentadas à
medida que foram surgindo novos estados.
* * *
O mais novo estado brasileiro Ø Tocantins, que foi criado em 1988,
no norte de GoiÆs.
O estado do Mato Grosso, em 1979, se desmembrou em dois: Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul.
Entre 1962 e 1988, quatro territórios se transformaram em estados:
Acre, Rondônia, Roraima e AmapÆ.
A primeira capital do Brasil foi Salvador. Em 1763, a capital passou a
ser o Rio de Janeiro. Em 1960, a capital passou a ser Brasília. Brasília
foi construída especialmente para abrigar a sede do governo brasileiro.
Sergipe Ø o menor estado do país. Amazonas Ø o maior.
1
126 Viver, Aprender 1
Cidade e estado natal
Complete a tabela com os nomes de seus colegas, seguidos da cidade
e do estado em que nasceram.
Nome Cidade Estado
1
Viver, Aprender 1 127
Observe o mapa do Brasil dividido em estados. Encontre o estado onde
vocΠnasceu e o estado onde vive.
Os estados tambØm podem ser identificados por suas siglas.
AM - Amazonas PA - ParÆ AC - Acre
RO - Rondônia RR - Roraima AP - AmapÆ
TO - Tocantins MA - Maranhªo PI - Piauí
CE - CearÆ RN - Rio Grande do Norte PB - Paraíba
PE - Pernambuco AL - Alagoas SE - Sergipe
BA - Bahia MG - Minas Gerais ES - Espírito Santo
RJ - Rio de Janeiro SP - Sªo Paulo PR - ParanÆ
SC - Santa Catarina RS - Rio Grande do Sul MT - Mato Grosso
MS - Mato Grosso do Sul GO - GoiÆs DF – Distrito Federal
Nessa classe hÆ pessoas que vieram de outros estados? O estado em
que vocŒ mora Ø o mesmo em que vocŒ nasceu? O país em que vocŒ
mora Ø o mesmo em que vocŒ nasceu?
1
128 Viver, Aprender 1
Indique no grÆfico os estados de onde vieram seus colegas.
Observe o grÆfico e complete:
1. Em qual estado nasceram mais alunos? _________________________
2. Em qual estado nasceram menos alunos? _______________________
Registrando o que aprendemos
Escrevam um texto coletivo, registrando o que vocŒs aprenderam e
discutiram sobre migraçªo. Pensem nos motivos que levam os migrantes
a buscarem outros lugares para viver e em outros temas que tenham
sido discutidos pela turma.
20
18
19
13
12
11
10
9
15
16
17
14
6
PAAM
1
2
3
4
8
7
5
RN PB AL SE MGAC CE PE BAPIMA ESRO RR AP TO PR SC RS GOMSMT DFRJ SP
1
Viver, Aprender 1 129
VocŒ vai ler um trecho de um poema de Patativa do AssarØ, um dos
maiores poetas populares do Brasil, nascido em Serra de Santana, no
CearÆ. Por ser um poema falado, a pessoa que o passou para a escrita
quis manter algumas palavras do jeito como sªo ditas.
O poeta da roça
Patativa do AssarØ
Sou fio das mata, cantô da mªo grossa,
Trabaio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana Ø tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, nªo faço o papØ
De argum menestrŒ, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Nªo tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assinÆ.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre nªo pode estudÆ.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Nªo entra na praça, no rico salªo,
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vez, recordando feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
1. No poema hÆ palavras que vocŒ nªo sabe o que significam? Faça uma
pesquisa para descobrir seu significado.
2. Descubra 5 palavras do texto que foram grafadas do jeito que se fala
e nªo do jeito que se escreve.
1
130 Viver, Aprender 1
3. Observe as diferenças entre escrita e fala. Complete os quadros em
branco.
FIO FILHO
Tem gente que fala PAIA mas se escreve PALHA
MIO ___________
MENESTRÉ MENESTREL
Tem gente que fala mas se escreve
PAPÉ ___________
CANTÔ CANTOR
Tem gente que fala mas se escreve
AMÔ ___________
ASSIN` ASSINAR
Tem gente que fala mas se escreve
AM` ___________
2
Viver, Aprender 1 131
Unidade 2:
Onde eu vivo
Retratos do Brasil
Ouro Preto, MG
2
132 Viver, Aprender 1
1. Escreva no caderno um texto contando como era o lugar em que vocŒ
nasceu. Procure lembrar-se das cores, das formas, dos cheiros, dos
sabores, da temperatura e de outras características marcantes des-
se lugar.
2. Escolha um colega para trabalhar em dupla. Leia seu texto para ele e
peça para que desenhe o lugar que vocŒ descreveu. Entªo serÆ a vez
dele de ler seu próprio texto e de vocŒ desenhar o lugar descrito. De-
pois, analisem os desenhos. Estªo bem feitos? Representam bem a
descriçªo? Que detalhesestªo faltando?
Teresina, PI
Porto Alegre, RS
Rio Tocantins, TO
Natal, RN
2
Viver, Aprender 1 133
Onde eu moro
Cole uma foto ou um cartªo-postal do lugar em que vocŒ mora. Caso vocŒ
nªo encontre uma foto, faça um desenho bem detalhado.
1. O que vocΠvΠno quadro inferior direito desse quadro?
________________________________________________________
2. O que vocΠvΠno quadro inferior esquerdo?
________________________________________________________
3. O que vocΠvΠno quadro superior esquerdo?
________________________________________________________
4. O que vocΠvΠno quadro superior direito?
________________________________________________________
2
134 Viver, Aprender 1
VocŒ conhece a história da cidade onde mora?
Faça uma pesquisa e descubra: quantos anos ela tem, a origem de
seu nome, quando foi sua fundaçªo e quem a fundou. Se houver um
prØdio da Øpoca de sua fundaçªo, descubra quem o construiu.
Traga fotos para a sala de aula e outras informaçıes que conseguir.
Com seus colegas, monte um painel. Todos conhecerªo um pouco
mais sobre a história da cidade onde vivem.
Em pequenos grupos, organizem as informaçıes e as imagens co-
letadas e montem o painel.
Para montar um painel Ø preciso:
• Conhecer todas as informaçıes coletadas.
• Separar as informaçıes e imagens por tema ou assunto. Por exem-
plo: imagens antigas da cidade devem ficar próximas às informaçıes
escritas sobre a fundaçªo da cidade e sua história.
• Colocar títulos para cada parte do painel. Se houver uma parte sobre
a fundaçªo da cidade, por exemplo, deve-se dar um título especial para
ela. Os títulos indicam o assunto dos textos e das imagens, ajudam a
organizar o espaço do painel e facilitam, com isso, a vida do leitor.
• Usar imagens e letras grandes. Assim os leitores nªo precisarªo se
aproximar muito do painel para ler as informaçıes nem para enxer-
gar as imagens.
• Colocar legendas nas fotografias e desenhos para indicar o local, a
pessoa ou a situaçªo retratada.
2
Viver, Aprender 1 135
Preencha o quadro abaixo com as características de sua cidade:
Nome da cidade: ____________________________________________
Estado: _____________________________ País:_________________
Onde fica sua cidade?
( ) No litoral, junto ao mar.
( ) No interior, longe do mar.
Como Ø este lugar?
( ) Um lugar plano.
( ) Um lugar cheio de morros.
( ) Um vale, entre morros.
Como Ø o clima em sua cidade?
( ) Faz calor.
( ) Faz frio.
( ) A temperatura Ø amena.
Quais os principais meios de transporte de sua cidade?
( ) Ônibus e automóvel ( ) Canoa ou barco ( ) Animais
Quais os meios de comunicaçªo de sua cidade?
( ) Telefone. A companhia que faz esse serviço Ø _________________
( ) Correios e telØgrafos
( ) Estaçªo de rÆdio
( ) Estaçªo de televisªo
( ) Jornais e revistas
Tem Æreas de lazer?
( ) Cinemas
( ) Teatros
( ) Museus
( ) Parques
( ) Outros ___________________
2
136 Viver, Aprender 1
HÆ bibliotecas em sua cidade? ( ) sim ( ) nªo
HÆ escolas pœblicas de primeiro grau? ( ) sim ( ) nªo
HÆ escolas pœblicas de segundo grau? ( ) sim ( ) nªo
HÆ cursos supletivos pœblicos? ( ) sim ( ) nªo
HÆ creches pœblicas? ( ) sim ( ) nªo
HÆ escolas pœblicas de educaçªo infantil? ( ) sim ( ) nªo
HÆ universidade pœblica? ( ) sim ( ) nªo
HÆ postos mØdicos? ( ) sim ( ) nªo
HÆ postos de saœde? ( ) sim ( ) nªo
HÆ hospitais pœblicos? ( ) sim ( ) nªo
HÆ corpo de bombeiros? ( ) sim ( ) nªo
Ferrovias que ligam minha cidade a outras:
________________________________________________________
Rodovias que ligam minha cidade a outras:
________________________________________________________
Aeroportos ( ) sim ( ) nªo
Quais linhas aØreas servem sua cidade?
________________________________________________________
Tem porto? ( ) sim ( ) nªo
2
Viver, Aprender 1 137
Cidadezinha qualquer
Carlos Drummond de Andrade
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
˚ta vida besta, meu Deus.
1. Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade descreve a vida numa
cidadezinha. Como vocΠimagina que seja a vida das pessoas que mo-
ram ali?
2. Pense no lugar em que vocΠvive. Pense no modo de vida, no jeito
das pessoas que moram aí. Escolha as palavras que melhor expres-
sem como Ø esse lugar. Em seguida, escreva um poema sobre a sua
cidade mantendo a mesma estrutura do poema de Drummond.
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
________________________________________________________
2
138 Viver, Aprender 1
Outras cidades
Vamos ler outros poemas que falam sobre cidades.
Minha terra
Manuel Bandeira
Saí menino de minha terra.
Passei trinta anos longe dela.
De vez em quando me diziam:
Sua terra estÆ completamente mudada,
Tem avenidas, arranha-cØus...
É hoje uma bonita cidade!
Meu coraçªo fica pequenino.
Revi afinal o meu Recife.
EstÆ de fato completamente mudado.
Tem avenidas, arranha-cØus.
É hoje uma bonita cidade
Diabo leve quem pôs bonita a minha terra!
Ulisses Tavares
amanhece a cidade
em colorida cerraçªo
ou serÆ bonita
a poluiçªo
2
Viver, Aprender 1 139
Carlos Eduardo Novaes
Pegue
1.800 ônibus cheios e fumegantes;
70 mil carros particulares;
30 mil vagas;
centenas de caminhıes;
17 mil tÆxis;
1 milhªo de pedestres
e misture bem (nªo precisa bater).
Adicione 1.489 buracos
500 sinais sem sincronia
250 guardas sem iniciativa
Leve tudo ao forno do centro da cidade.
E em menos de cinco minutos estarÆ
pronto o maior bolo do mundo,
chamado trânsito carioca
1. Que tipo de cidade foi retratada em cada poema?
2. Copie o poema que mais lhe agradou.
Muitas vezes, falamos sobre quantidades sem nos preocuparmos se
sªo quantidades exatas. Provavelmente, os nœmeros que aparecem
no poema de Carlos Eduardo Novaes nªo sªo exatos, mas revelam
uma impressªo sobre a cidade.
Considerando que os nœmeros do poema sªo aproximados, responda:
1. SerÆ que hÆ vagas suficientes para estacionar os carros que transi-
tam no centro da cidade do Rio de Janeiro? Explique.
________________________________________________________
2
140 Viver, Aprender 1
2. SerÆ que Ø possível encontrar um guarda em cada sinal de trânsito
no centro da cidade do Rio de Janeiro?
________________________________________________________
3. A populaçªo de sua cidade Ø maior ou menor que o nœmero de pe-
destres que circulam pelo centro da cidade do Rio de Janeiro? Expli-
que.
________________________________________________________
________________________________________________________
4. Escreva um nœmero que vocŒ considera adequado para representar
a expressªo: “centenas de caminhıes”.
________________________________________________________
5. Compare sua resposta com a dos colegas. Agora copie todos os nœ-
meros que vocŒs consideraram adequados para representar essa ex-
pressªo.
________________________________________________________
________________________________________________________
6. Quantos guardas faltam parapoder colocar um em cada sinal de trân-
sito na cidade do Rio de Janeiro?
________________________________________________________
“...O Rio de Janeiro continua lindo...”
VocΠsabe onde fica a cidade do Rio de Janeiro? Conhece alguma
coisa interessante sobre esse lugar?
2
Viver, Aprender 1 141
Bairro, arredores e rua
Caderno de endereços
O endereço completo de uma casa ou de um estabelecimento contØm
muitas informaçıes: o nome da rua, o nœmero da casa, o nome do bair-
ro, o código de endereçamento postal (CEP), o nome da cidade e do
estado. Nem sempre conseguimos guardar todas essas informaçıes na
memória, por isso Ø interessante fazer um caderno de endereços de
pessoas e de locais œteis. O caderno de endereços Ø organizado em
ordem alfabØtica para facilitar a busca de informaçıes.
Escreva seu endereço.
Endereço: _________________________________ n” ____ compl.____
Bairro __________________ Cidade ________________ Estado ____
CEP ________________
VocŒ sabia que muitas cartas nªo chegam ao seu destino porque o en-
velope nªo Ø preenchido corretamente?
Remetente: Marilena Silva
Rua Marcolina, 21 apto 32
Vila Maria - Sªo Paulo - SP
05046-098
Verso Frente
Escolha alguØm com quem vocŒ quer se corresponder e preencha o
envelope com as informaçıes necessÆrias. Traga o envelope para a sala
de aula e mªos à obra.
Selo
Joaquim dos Santos Silva
Rua Montes Claros, 23 A
Juazeiro do Norte - Bahia
48900-000
2
142 Viver, Aprender 1
Arredores da escola
1. Como vocŒ descreveria os arredores da escola a um amigo que nªo
conhece esse lugar?
2. Se saíssemos da escola e olhÆssemos à esquerda, o que veríamos?
E à direita?
3. Quais seriam bons pontos de referŒncia para explicar o que hÆ nos
arredores da escola?
VocŒ e seus colegas farªo um desenho dos arredores da escola. Para
tanto, saiam em pequenos grupos e registrem tudo o que julgarem im-
portante para que esse lugar possa ser reconhecido: tipos de constru-
çıes, serviços e estabelecimentos comerciais, paisagem, nomes das
ruas, placas, avenidas e ruas, pontos de ônibus, linha de trem etc.
Em grupo:
1. Façam uma lista das coisas que observaram e criem uma legenda para
representÆ-las.
2. Desenhem os arredores da escola, incluindo todas as coisas que ob-
servaram. Usem as legendas que vocŒs criaram para representar o
que viram. Vejam exemplos de legenda:
Casas podem ser representadas por
Igrejas podem ser representadas por
Pontos de ônibus podem ser representados por
Ruas podem ser representadas por
Vegetaçªo pode ser representada por
Telefones pœblicos podem ser representados por
3. Exponham o trabalho para a classe e comparem com os dos colegas.
Observem o desenho, as legendas e os elementos encontrados por
cada grupo nos arredores da escola.
2
Viver, Aprender 1 143
O bairro onde moro
1. Escreva em seu caderno um texto contando como Ø seu bairro. Des-
creva a paisagem, as ruas, os serviços oferecidos às pessoas, as con-
diçıes de moradia, os hÆbitos dos moradores etc.
2. Na sua classe, hÆ outras pessoas que moram no mesmo bairro que
vocŒ? Se a resposta for positiva, compare sua descriçªo com a do co-
lega. Fique atento aos elementos que cada um destacou. Observe se
os textos descrevem os mesmos lugares. Certamente vocŒ encontrarÆ
muitas diferenças, pois hÆ vÆrias maneiras de ver uma mesma pai-
sagem.
Que mudanças deveriam ocorrer em seu bairro para que vocŒ, sua
família e os demais moradores tivessem uma qualidade de vida me-
lhor? Discuta esse assunto com seus colegas e registrem as conclu-
sıes num texto coletivo
Uma rua bem conhecida
Escolha uma rua que fique próxima ao local onde vocŒ mora e descreva
como ela Ø (pode ser a rua onde mora).
Essa rua possui iluminaçªo, esgoto, Ægua encanada, asfalto, Ærvores,
casas, prØdios, estabelecimentos comerciais ou outros estabelecimen-
tos? HÆ fÆcil acesso a ônibus? A rua tem mªo œnica ou dupla? HÆ pro-
blemas que atrapalham os moradores ou as pessoas que passam nes-
sa rua?
________________________________________________________
_________________________________________________________
__________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
2
144 Viver, Aprender 1
Em geral, um quarteirªo mede aproximadamente 100 metros
Responda.
1. Quanto mede um metro?
________________________________________________________
2. Observe na sala de aula e escreva nomes de objetos que medem
aproximadamente:
Um metro
Dez centímetros
Meio metro ou cinqüenta centímetros
3. Escreva o nome de trŒs coisas que se costumam medir:
em metros _________________________________________________
em centímetros _____________________________________________
4. Quantos quarteirıes tem a rua que vocŒ descreveu? Quantos metros
ela mede aproximadamente?
________________________________________________________
5. Uma rua que tem 6 quarteirıes mede aproximadamente ___________
metros.
6. Escolha uma casa dessa rua e registre o seu nœmero.
________________________________________________________
2
Viver, Aprender 1 145
7. Qual o nœmero da casa que fica à direita da casa que vocŒ escolheu?
________________________________________________________
8. Qual o nœmero da casa que fica à esquerda da casa que vocŒ esco-
lheu?
________________________________________________________
9. Qual o nœmero da casa que fica em frente à casa que vocŒ escolheu?
________________________________________________________
Que lhe chama a atençªo na numeraçªo das ruas?
Por que vocŒ acha que grande parte das ruas sªo numeradas do mes-
mo jeito?
O nœmero da casa que vocŒ escolheu fica próximo ao início, ao meio
ou ao final da rua?
No caderno ou numa folha avulsa, desenhe a rua que vocΠdescreveu,
represente a casa que vocŒ escolheu, marque o seu nœmero. Desenhe
as casas próximas dos dois lados da rua com seus nœmeros. Indique e
explique qual Ø o lado par e qual Ø o lado ímpar da rua.
2
146 Viver, Aprender 1
Descubra onde mora cada pessoa
1. AndrØ mora em uma casa que fica em uma esquina do lado par da
rua.
2. A casa de Bia fica entre a casa de Joªo e a casa de Tereza, no lado
par da rua.
3. Joªo mora no começo da rua do lado par.
4. Maria mora no começo da rua.
5. FÆbio mora do mesmo lado da rua de Maria.
6. CØlia mora em frente à casa 38.
VocΠconhece esta cantiga de roda?
Se esta rua, se esta rua fosse minha.
Eu mandava, eu mandava ladrilhar.
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante.
Para o meu, para o meu amor passar.
32 34 36 38
2
Viver, Aprender 1 147
Veja como o poeta JosØ Paulo Paes escreveu o poema Paraíso a partir
dessa cantiga.
Paraíso Paraíso
Se esta rua fosse minha Se esta rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar _______________________________
Nªo para automóvel matar gente _______________________________
Mas para criança brincar. _______________________________
Se esta mata fosse minha Se este bairro fosse meu
Eu nªo deixava derrubar _______________________________
Se cortarem todas as Ærvores _______________________________
Onde Ø que os pÆssaros vªo morar? _______________________________
Se este rio fosse meu Se esta cidade fosse minha
Eu nªo deixava poluir _______________________________
Jogava esgotos noutra parte _______________________________
Que os peixes moram aqui. _______________________________
Se este mundo fosse meu Se este país fosse meu
Eu fazia tantas mudanças _______________________________
Que ele seria um paraíso _______________________________
De bichos, plantas e crianças. _______________________________
1. Por que vocŒ achaque o título desse poema Ø Paraíso?
________________________________________________________
2. HÆ rimas nesse poema? Encontre as palavras que rimam e copie-as
em seu caderno.
3. O que seria preciso para transformar o lugar em que vocΠvive num
Paraíso?
________________________________________________________
4. Reescreva o poema Paraíso de JosØ Paulo Paes, contando o que vocŒ
faria para transformar as ruas, o bairro, a cidade e o país onde vive.
3
148 Viver, Aprender 1
Unidade 3:
Um pouco mais de Língua Portuguesa
Formaçªo e ordenaçªo de palavras
1. Descubra pratos típicos da cozinha brasileira. Para isso, leia as dicas
combine as letras.
• É um prato inventado pelos escravos. Para preparÆ-lo Ø preciso feijªo
preto, carne seca, rabo, pØ, orelha e costela de porco, lingüiça e mui-
to tempero.
J O A
F E D
A I __________________________________________
3
Viver, Aprender 1 149
• É um pªo típico de Minas Gerais. Consumido atualmente no Brasil todo.
ˆ D E
P O Q
J O I U E __________________________________
• É um prato que chegou ao Brasil com os italianos. Aos domingos Ø
comido por muitos paulistanos, acompanhado de frango e maionese.
M A R
C A R A
N A O D _____________________________________
• É um doce feito à base de coco e açœcar.
C O C
D A A __________________________________________
• É um prato típico de Salvador. Bolinho frito em óleo de dendŒ reche-
ado com camarªo. É vendido por mulheres vestidas de branco em
praças e ruas.
A C A
J R A
É __________________________________________
• É um prato típico do litoral nordestino e do Espírito Santo. Feito à base
de peixe cozido, molho e muito tempero.
M O U
Q E C
A __________________________________________
3
150 Viver, Aprender 1
2. Encontre no caça-palavras abaixo nomes de pratos típicos de diferen-
tes regiıes do Brasil.
A C D E T U T O M E L E T E M A E U O P S
T A E R T U I P A T U I O B A S E F R J R
A N G U S A T I O P A C E R T U I O J C A
C E R T U I O J V D O B R A D I N H A Z B
A Z U I O P Q A S E T U I O P A E R B S A
C ˆ C U S C U Z Q E R T U I O P U M A X D
` X E R T U I C A E D R P I R ˆ O A E R A
A S E R T U B A E R I O P E R T U I O V A
S R I T E U E I O P V A T A P ` Q E R T I
A S E R T U B E F R A U O P A E R G T U I
T R A S E M E I U M B U Z A D A A A T U M
I S H U O P T E C A C A M U I O P L E R O
Z E M S R U C M G F I A N V C A M I N X O
A E O M I V A R D E N U I O P E R N E I S
O U N T H J S A R A P A T E L I M H J N T
M O C O T Ó E D I O P V A E T U P A A X E
E U T E Q U I D A E R T Y U I N M D A I A
X E T Y U F E I J O A D A C A R E A T M A
Feijoada Sarapatel Mocotó Cuscuz VatapÆ TacacÆ
Pirªo Dobradinha Omelete Quibebe Angu Rabada
Galinhada Xinxim Umbuzada JabÆ
3. Ordene os pratos em ordem alfabØtica
A _______________ I _______________ R ________________
B _______________ J _______________ S ________________
C _______________ L _______________ T ________________
D _______________ M _______________ U ________________
E _______________ N _______________ V ________________
F _______________ O _______________ X ________________
G _______________ P _______________ Z ________________
H _______________ Q _______________
3
Viver, Aprender 1 151
Estrutura das receitas: títulos e partes
1. Descubra qual Ø o título dessa receita:
__________________________________
Ingredientes
1 lata de leite condensado
4 ovos
1 lata de leite de vaca
1 colher de cafØ de essŒncia de baunilha
2 xícaras de açœcar
1 xícara de Ægua
Modo de fazer
Leve o açœcar ao fogo, mexendo sem parar. Quando estiver totalmente
derretido, acrescente a Ægua, mexendo atØ obter uma calda de caramelo.
Caramelize a forma de pudim e reserve.
Coloque num copo de liquidificador o leite condensado, os ovos, o leite
de vaca e a essŒncia de baunilha e bata bem. Coloque a mistura na forma
e leve ao forno em banho-maria por 45 minutos.
Retire o pudim da forma depois de frio.
3
152 Viver, Aprender 1
2. Na receita abaixo faltam os ingredientes. Descubra quais sªo e com-
plete-a.
OMELETE DE QUEIJO (FRITADA DE OVOS)
Ingredientes
3 _______________________
1/2 xícara de ________________________ ralado
1/2 xícara de ________________________
1 _______________________ picada
1 colher de sopa de ___________________
____________ a gosto
Modo de fazer
Numa frigideira coloque o óleo e refogue a cebola picada. Quando a ce-
bola estiver dourada, acrescente os ovos batidos com o leite, o queijo ra-
lado, o sal e mexa algumas vezes. Assim que os ovos estiverem cozidos
sua omelete estÆ pronta. Porçªo para duas pessoas.
Como vocΠfez para descobrir os ingredientes da receita? Conte para
seus colegas.
A ordem das receitas: o índice
1. No quadro abaixo vocŒ irÆ encontrar vÆrios pratos típicos da regiªo
nordeste. Leia-os e agrupe-os como quiser. DΠnome a cada grupo que
vocΠformou.
Cabrito assado com feijªo de corda - Arroz de cuxÆ - VatapÆ
Bobó de camarªo - Doce de banana-prata - Farofa de jerimum
Baiªo de dois - Cozido de feijªo à pernambucana - Buchada de bode
Moqueca - Cuscuz do sertªo - Doce de caju - Bolinho de macaxeira
3
Viver, Aprender 1 153
2. Compare os agrupamentos feitos por vocΠcom a forma como apare-
cem no índice de um livro.
˝NDICE
Tira-gosto ...................................................................................................... 3
AcarajØ ...................................................................................................... 4
Bolinho de macaxeira ............................................................................... 5
Arroz e feijªo ................................................................................................ 7
Arroz de cuxÆ ............................................................................................ 8
Baiªo de dois ............................................................................................ 10
Cozido de feijªo à pernambucana ............................................................ 12
Carnes ........................................................................................................... 13
Buchada de bode ...................................................................................... 14
Cabrito assado com feijªo ........................................................................ 17
Pescados ...................................................................................................... 18
Bobó de camarªo ...................................................................................... 19
Moqueca.................................................................................................... 20
VatapÆ ....................................................................................................... 22
Acompanhamentos ...................................................................................... 25
Farofa de jerimum ..................................................................................... 26
Cuscuz do sertªo ...................................................................................... 27
Doces ............................................................................................................ 28
Doce de banana-prata .............................................................................. 29
Doce de caju ............................................................................................. 31
Os índices dos livros podem indicar as partes em quea obra estÆ orga-
nizada, os assuntos abordados e as pÆginas onde estªo localizadas. Os
índices podem ser apresentados na seqüŒncia das pÆginas ou por or-
dem alfabØtica de assunto.
3. Com seus colegas, selecione e organize os pratos sugeridos pela clas-
se para compor o livro de receitas e escreva um índice.
4. Quais sªo seus pratos prediletos? Faça uma lista em seu caderno dos
pratos que vocΠmais gosta de comer.
3
154 Viver, Aprender 1
Ortografia: a letra...
O que Ø, o que Ø?
EstÆ no começo do raiar do dia,
estÆ no meio da tarde e no fim do anoitecer?
1. Leia cada uma das palavras abaixo e separe-as em sílabas.
R`DIO
LER
MARTELO
FORNO
FALAR
RODO
REMO
PERNA
COMER
SABER
2. Observe as sílabas que estªo dentro dos quadros coloridos. Onde estÆ
a letra R em cada uma dessas sílabas?
3
Viver, Aprender 1 155
3. Escreva palavras usando a letra R
Dois nomes de animais que começam com a letra R
________________________________________________________
Uma flor que começa com a letra R
________________________________________________________
Talheres que tŒm a letra R
________________________________________________________
É usado para puxar a Ægua de pisos
________________________________________________________
Dois profissionais que trabalham com madeira
________________________________________________________
4. Leia com atençªo
Maria vai cantar num programa de televisªo.
Maria canta sempre que estÆ no banho.
5. Acrescente a letra R no final das palavras e discuta com seus cole-
gas o que mudou em cada uma delas.
FALA _______________________________
ANDA _______________________________
COME _______________________________
BEBE _______________________________
ESCREVE _______________________________
DORME _______________________________
ACORDA _______________________________
SONHA _______________________________
TRABALHA _______________________________
3
156 Viver, Aprender 1
Ortografia: a letra S
1. Sublinhe a letra S nas palavras e observe sua posiçªo.
BESTEIRA RESPEITO BISCATE ESTUDANTE PAIS
POSTE `SPERO SOPA ESPERAN˙A ESTADO
SAPATO CASCO SUSTO SEMANA SERENO
2. Leia as palavras abaixo e observe o som do S no início e no final das
sílabas.
SA - PO AS - MA CAS - CA
SE - LO ES - TU - DO TES - TA - MEN - TO
SI - NO IS - CA BIS - CA - TE
SO - NO OS - CAR POS - TO
SU - JO CUS - TO
3. Observe a letra S no fim de algumas palavras e complete a lista.
Uma mesa Duas mesas Uma colher Duas colheres
Uma pitada Duas pitadas Uma lata _____________
Um copo _______________ Um prato _____________
Uma xícara _______________ Uma tigela _____________
4. Complete de acordo com o modelo:
O menino ganhou sapato novo.
Os meninos ganharam sapatos novos.________________________________________________________
A cozinheira aprendeu uma nova receita.
aprenderam .________________________________________________________
3
Viver, Aprender 1 157
5. Complete os textos com as palavras que estªo no quadro e vocŒ co-
nhecerÆ algumas curiosidades da cultura culinÆria brasileira.
• Muitas pessoas acreditam que esta Ø a origem da feijoada:
escravos restos pØs orelhas tripas misturavam
A feijoada foi inventada pelos _________________, lÆ pelos anos de
1800. Quando os senhores, donos dos _______________, matavam um
porco, os _______________ — rabo, _____________, ______________
e _______________ — eram dados aos __________________. Eles
_______________ tudo isso ao feijªo durante o cozimento e colocavam
farinha por cima antes de comer.
• Muitas cozinheiras usam este truque para saber se um ovo estÆ fresco:
sal estiver fresco sinal estÆ Mas
Coloque um ovo numa vasilha cheia de Ægua e ______________. Se
ele ___________ fresco, irÆ para o fundo da vasilha. ___________ se
ele boiar Ø ___________ de que nªo ___________ tªo _____________.
• HÆ muitas histórias e crenças relacionadas à alimentaçªo:
Costumava-se surgiu escravidªo bastante
espalharam mistura senhores
Muita gente diz que leite com manga faz mal. ___________________
dizer que isso nªo devia ser feito só por causa de uma lenda que
______________ na Øpoca da ______________. A manga era uma fruta
____________ apreciada pelos escravos. Para que eles nªo tomassem
leite, seus ____________ inventaram e _____________ essa crendice.
3
158 Viver, Aprender 1
Ortografia: onde estÆ o L
1. Leia em voz alta as palavras que estªo no quadro.
LAMA ALMA MEL PAPEL LUTA PULSO AZUL
ANZOL BRASIL CAL SAL SOL AVENTAL ANEL
MIL VALSA TELEFONE SALADA MELADO LEITE
LIMA LIXO PANELA GELO MULTA CALO LEVE
2. Compare:
LAMA ALMA PALMAS
SALADA ALTO SAL
LUTA ÚLTIMO MULTA
LIMA ILDA BRASIL
LEVE ELDORADO MEL
JILÓ OLGA ANZOL
3. O que vocΠdescobriu sobre a letra L? Discuta com seus colegas.
4. Use as palavras do item 1 para escrever o que se pede nas seguintes
questıes:
O contrÆrio de pesado Ø ______________________________________
O mesmo que aplausos: ______________________________________
Nome do país onde vocŒ vive: __________________________________
É usado para pescar: ________________________________________
É usado para temperar: _______________________________________
Nomes de mulheres: _________________________________________
É um ritmo de mœsica: ________________________________________
3
Viver, Aprender 1 159
5. Pesquise palavras em revistas e jornais em que a letra L esteja acompa-
nhada de uma vogal como as palavras da primeira coluna do item 2.
Encontre tambØm palavras em que a letra L venha logo depois de uma
vogal como na segunda e na terceira coluna.
Com essas palavras vocŒ e seus colegas vªo montar um cartaz para ajudÆ-
los a usar corretamente a letra L.
6. Palavras cruzadas de sílabas: descubra onde escrever cada uma das
palavras abaixo.
Verticais Horizontais
1. PAPELARIA 1. PAPEL
2. ALTO 2. ALTURA
3. SALEIRO 3. MELADO
4. BRASIL 4. BRASILEIRO
5. MEL 5. SALGADO
7. Agora observe estes dois pares de palavras:
CHAPÉU PASTEL
SAUDADE SALVE
Em algumas situaçıes a letra L e a letra U podem ter o mesmo o som.
1
2
3
4
5
AL
1
4
5
3
2
PA
SA RI
ME
SIL
GA
4
160 Viver, Aprender 1
Unidade 4:
Um pouco mais de MatemÆtica
CÆlculo com dinheiro
Pagando com cØdulas e moedas
Estas pessoas vªo pagar suas contas. Desenhe ou faça outro tipo de
registro mostrando quais sªo as cØdulas e moedas que cada um deve
dar.
1. Maria vai pagar a conta da farmÆcia, que Ø de R$ 17,00. Ela pode usar:
4
Viver, Aprender 1 161
2. Geraldo vai pagar a conta do supermercado, que Ø de R$ 102,00. Ele
pode usar:
3. Donizete vai pagar a prestaçªo do fogªo, que Ø de R$ 39,00. Ele pode
usar:
Recebendo troco em cØdulas e moedas
Estas pessoas pagaram suas contas e estªo esperando o troco. Mostre
com cØdulas e moedas quanto cada uma delas vai receber.
4. Neide deu R$ 10,00 para pagar R$ 7,20. Ela deve receber de troco:
5. Carlos deu R$ 50,00 para pagar R$ 32,00. Ele deve receber de tro-
co:
6. Luzia deu R$ 100,00 para pagar R$ 39,00. Ela deve receber:
4
162 Viver, Aprender 1
Escrita de nœmeros: valores monetÆrios
Pagando com cheque
Veja as contas que estas pessoas vªo pagar. Preencha as folhas corre-
tamente:
1. Pedro vai pagar o aluguel no valor de R$ 250,00.
2. Antônio vai pagar a prestaçªo da geladeira no valor de R$ 72,00.
4
Viver, Aprender 1 163
Descontando cheques
Agora veja os chequesque estas pessoas vªo descontar. Escreva a quan-
tia que elas vªo receber.
4. O salÆrio de Aparecida. _____________________________________
Represente este valor com cØdulas e moedas.
5. O cheque que o filho de Benedita lhe deu. _______________________
Represente este valor com cØdulas e moedas.
4
164 Viver, Aprender 1
6. O cheque que o irmªo de Pedro lhe deu. ________________________
Represente este valor com cØdulas e moedas.
Decomposiçªo de nœmeros
Trocando dinheiro
Pense nos valores das cØdulas e moedas do nosso dinheiro, faça as tro-
cas e registre.
1. Uma cØdula de R$ 50,00 pode ser trocada por:
______________ cØdulas de 10 reais
ou por ______________ cØdulas de 5 reais.
2. Uma cØdula de R$ 100,00 pode ser trocada por:
_______________ cØdulas de 50 reais
ou por _______________ cØdulas de 10 reais.
3. Uma cØdula de R$ 10,00 pode ser trocada por:
________________ moedas de 1 real
ou por ________________ moedas de 50 centavos.
4
Viver, Aprender 1 165
Problemas:
Gastando dinheiro
1. Joªo saiu de casa com R$ 50,00 na carteira. Quando voltou, notou
que estava com R$ 12,50. Quanto Joªo gastou?
2. Margarida levou R$ 40,00 para fazer as compras da semana. Ela gas-
tou R$ 15,00 na feira e R$ 17,00 no supermercado. Com quanto Mar-
garida voltou para casa?
3. Ao chegar em casa, Ana contou o dinheiro que lhe sobrou das com-
pras: eram R$ 25,00. Ela tambØm fez as contas para saber quanto
havia gastado: foram R$ 72,00. Quanto Ana tinha antes de sair para
as compras?
4. Paulo saiu com R$ 48,00 na carteira. Durante o dia ele gastou R$
42,50. Antes de voltar para casa, passou no banco e tirou R$ 120,00
para pagar as despesas do mŒs. Com quanto Paulo voltou para casa?
4
166 Viver, Aprender 1
5. Para pagar uma conta no valor R$ 78,50, Paulo deu duas cØdulas de
R$ 50,00. Quanto ele vai receber de troco?
6. Carlos deu uma certa quantia para pagar uma compra no valor de R$
125,50 e recebeu de troco R$ 25,50. Quanto ele deu para pagar essa
compra?
7. Carlos deu R$ 200,00 para pagar uma compra e recebeu de troco R$
56,70. Qual Ø o valor da compra?
8. Paulo tem na carteira seis cØdulas de R$ 10,00, uma cØdula de R$ 5,00,
quatro cØdulas de R$ 1,00 e trŒs moedas de R$ 0,50. Essa quantia Ø
suficiente para comprar um par de tŒnis que custa R$ 58,00?
Na lanchonete
Observe o cardÆpio afixado numa lanchonete:
Bebidas Sanduíches
CafØ ....................... R$ 0,70 Queijo ........................... R$ 1,50
Copo de leite ......... R$ 0,80 Bauru ............................ R$ 1,70
CafØ com leite ....... R$ 0,80 Mortadela ..................... R$ 1,50
Refrigerante........... R$ 0,90 Cheese-salada ............. R$ 2,20
Suco de fruta ......... R$ 1,20 Cheese-maionese ........ R$ 2,50
`gua ...................... R$ 0,50 Americano .................... R$ 3,10
4
Viver, Aprender 1 167
1. O que se pode comprar com R$ 5,00?
_________________________________________________________
__________________________________________________________
2. Quanto vocŒ gastarÆ se escolher o sanduíche mais caro e a bebida
mais cara?
_________________________________________________________
__________________________________________________________
3. Faça um pedido que nªo ultrapasse R$ 3,00.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
4. Marcelo foi com a namorada à lanchonete. Ele pediu um americano
e um refrigerante e ela, um suco de fruta e um bauru. Quanto eles gas-
taram?
__________________________________________________________
5. Marcelo deu R$ 10,00 para pagar a conta. Quanto ele recebeu de troco?
__________________________________________________________
SeqüŒncia numØrica
PÆginas e folhas
Pegue um livro e abra na œltima pÆgina numerada.
1. Observe se o nœmero Ø par ou ímpar e verifique de que lado estÆ a
pÆgina: à direita ou à esquerda? Observe em que pÆgina começa a
numeraçªo. Anote.
4
168 Viver, Aprender 1
2. Pegue um outro livro, faça as mesmas observaçıes e anote.
3. Compare suas anotaçıes com as de um colega. VocŒ notou alguma
coisa interessante comparando as anotaçıes? Verifique se outros co-
legas observaram o mesmo que vocŒ.
4. Agora pegue um livro de poucas pÆginas e observe qual Ø o nœmero
da œltima pÆgina. Sem consultar o livro, faça uma lista de todas as pÆ-
ginas que devem estar à direita e à esquerda. Depois, verifique se vocŒ
acertou.
PÆginas à direita PÆginas à esquerda
____________________ ____________________
____________________ ____________________
____________________ ____________________
____________________ ____________________
Responda:
5. Carlos acabou de ler a pÆgina 58 de um livro de contos. Para continuar
a leitura ele terÆ de virar a folha?
6. Abri um livro na pÆgina 126. Essa pÆgina estÆ à esquerda ou à direita?
4
Viver, Aprender 1 169
7. Estou na pÆgina 6 de um livro e quero ver uma gravura na pÆgina 12.
Quantas folhas devo virar para encontrar a gravura?
8. O grupo de AndrØ fez um livro de poesias com 50 pÆginas, sem contar
a capa. Quantas folhas de papel eles usaram para fazer esse livro?
9. Quantas vezes AndrØ e seus colegas usaram o algarismo 3 para nume-
rar todas as pÆginas do livro?
10.Complete a tabela, fazendo uma relaçªo entre o nœmero de pÆgina e o
nœmero de folhas.
Nœmero de pÆginas Nœmero de folhas
120 ________
________ 120
50 ________
________ 56
106 ________
4
170 Viver, Aprender 1
Mais problemas numØricos
A gincana na comunidade
Para comemorar o 10” aniversÆrio do Centro ComunitÆrio do Vale Verde
foi organizada uma grande gincana. Veja quantas pessoas de diferentes
bairros vªo participar:
Homens Mulheres
Vila Verde 13 15
Vila OperÆria 13 18
Jardim Boa Vista 15 15
Jardim Sªo Luís 17 12
Morrinhos 17 15
Vale Verde 14 9
1. Quantas pessoas participaram da gincana? _____________________
2. Participaram mais homens ou mulheres? _______________________
3. Quantos anos o Centro ComunitÆrio vai comemorar no próximo ano?
________________________________________________________
4. Todos os homens queriam jogar futebol. Se sªo 11 em cada time,
descubra quantos foram formados?
________________________________________________________
5. Um grupo de mulheres preferiu jogar vôlei e por isso formaram-se 8
equipes de 5 jogadoras. Quantas mulheres vªo participar do vôlei?
________________________________________________________
6. No vôlei nunca dÆ empate, pois pela regra o jogo continua atØ uma
equipe vencer. No regulamento do campeonato, ficou decidido que o
time que perder uma partida Ø desclassificado.
Descubra quantas partidas de vôlei as mulheres tŒm de disputar atØ que
uma das equipes se torne a campeª? ____________________________
1
Viver, Aprender 1 171
Módulo 4:
Nosso corpo
1
Viver, Aprender 1 173
Unidade 1:
Semelhantes, mas diferentes
O corpo humano atravØs dos tempos
Os corpos de homens e mulheres foram desenhados, pintados, escul-
pidos e fotografados de diferentes formas, por diversos povos.
1
174 Viver, Aprender 1
Observe as imagens e responda:
Por que o corpo humano inspira tantos artistas?
Como os corpos eram vistos por esses artistas?
Michelangelo, David, 1501-4, mÆrmore, 410,0 cm, Galleria
dell’Accademia, Florença
Pierre-Auguste Renoir, Banhista sentada numa pedra, 1892,
óleo sobre tela, coleçªo particular, Paris
Lasar Segall, Jovem negro de mªos cruzadas, 1925, desenho
a grafite, 44,0 x 34,4 cm, coleçªo particular, Sªo Paulo
1
Viver, Aprender 1 175
O corpo na poesia
AlØm de inspirar pintores e escultores, o corpo humano inspira poetas e
compositores. Muitas mœsicas e poemasde amor descrevem o corpo
do homem ou da mulher amada. Observe alguns exemplos.
Sertaneja
Cícero Gomes da Silva
Teu olhar de fogo
que me cega.
Teu sorriso de fumo
que me queima a boca.
Teu jeito perverso
que me judia.
Sertaneja,
me perco
na poeira
de teus passos.
E quando te vejo,
fico gago
atônito
atordoado...
Sertaneja
de mªos calejadas
pØs descalços
cabelos ao vento
simples como o sertªo
Quando cantas
de tua cançªo
faço meu poema
Segunda cançªo
do beco
Manuel Bandeira
Teu corpo moreno
É da cor da praia.
Deve ter o gosto
Da areia da praia.
Deve ter o cheiro
Que tem o mormaço
Areia da praia.
Teu corpo moreno
Deve ter o gosto
De fruta da praia
Deve ter o travo
Deve ter a cica
Dos cajus da praia
Nªo sei, nªo sei, mas
Uma coisa me diz
Que o teu corpo magro
Nunca foi feliz.
Qual desses poemas mais lhe agradou? Copie-o em seu caderno.
1
176 Viver, Aprender 1
Partes do corpo
1. Observe seu corpo com atençªo. Veja todos os detalhes e em segui-
da desenhe um corpo, da forma mais completa que conseguir, em seu
caderno.
2. Agora faça uma lista com os nomes das partes do corpo humano que
vocΠdesenhou.
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
3. Compare sua lista com a de mais dois colegas e acrescente as par-
tes do corpo que vocŒ ainda nªo havia listado.
4. Preencha com seus colegas a tabela abaixo, organizando os nomes
das partes do corpo de acordo com o lugar em que se localizam.
Cabeça Tronco Membros
(peito e barriga) (braços e pernas)
__________________ __________________ __________________
__________________ __________________ __________________
__________________ __________________ __________________
__________________ __________________ __________________
__________________ __________________ __________________
1
Viver, Aprender 1 177
5. Compare o trabalho que vocŒs fizeram com os demais trabalhos da
classe. Construa uma tabela coletiva com todas as partes do corpo
levantadas por vocŒ, seus colegas e a professora.
6. Refaça o desenho do corpo humano, agora com todas as partes que
vocŒ e seus colegas incluíram na tabela.
2
178 Viver, Aprender 1
Unidade 2:
Medidas do corpo
Medidas do corpo
Em vÆrias situaçıes precisamos saber quais sªo nossas medidas, es-
pecialmente quando compramos roupas e sapatos. Algumas medidas
comuns sªo: o peso, a altura, o nœmero do calçado, o manequim.
1. Preencha a ficha com suas medidas:
Minha altura: ____________________
Meu peso: ____________________
Meu manequim: ____________________
Nœmero do meu calçado: ____________________
Outras medidas: ____________________
2
Viver, Aprender 1 179
Para sabermos qual Ø nossa altura, geralmente usamos uma fita mØ-
trica. VocŒ sabe por que a fita mØtrica tem esse nome?
Quantos centímetros tem um metro?
Um metro escreve-se 1 m.
Um centímetro escreve-se 1 cm.
1 m Ø igual a 100 cm.
1. Observe seu corpo e indique partes que medem aproximadamente:
um metro: _______________________________________________
dez centímetros: __________________________________________
meio metro ou cinqüenta centímetros: __________________________
2. Escreva duas coisas que vocΠusa que medem mais de um metro.
________________________________________________________
3. Escreva duas coisas que vocΠusa que medem menos de um metro.
________________________________________________________
4. Observe as situaçıes abaixo e escreva as medidas com os nœmeros
e símbolos adequados:
Apesar de só ter catorze anos, Paulo Ø bem alto. Ele estÆ medindo
um metro e oitenta e nove centímetros.
________________________________________________________
Para encontrar a farmÆcia vire a primeira rua à esquerda e ande uns
cinqüenta metros.
________________________________________________________
Andei seis quarteirıes para chegar atØ aqui, isto Ø, uns seiscentos
metros.
________________________________________________________
2
180 Viver, Aprender 1
Para sabermos qual Ø nosso peso, geralmente usamos uma balança que
indica o peso em quilogramas e gramas.
Existem vÆrios tipos de balança para pesar coisas diferentes, pessoas,
mercadorias, produtos químicos, ingredientes de cozinha etc.
Um quilograma escreve-se 1 kg.
Um grama escreve-se 1 g.
1 kg Ø igual a 1000 g.
2
Viver, Aprender 1 181
Registrando medidas
1. Observe as situaçıes abaixo e escreva as medidas com os nœmeros
e símbolos adequados:
Com apenas dois meses, o bebŒ de MÆrcia estÆ pesando sete quilos
e duzentos gramas.
________________________________________________________
O peso desta mercadoria estÆ errado. Faltam setenta gramas.
________________________________________________________
Peguei uma gripe tªo forte que perdi um quilo e trezentos gramas.
________________________________________________________
2. Escreva o nome de dois objetos que pesem aproximadamente:
um quilo: __________________________________________________
dez quilos: _________________________________________________
100 gramas: _______________________________________________
3. Complete as frases.
Meio quilo equivale a ____________ gramas.
Para medir o comprimento e a altura dos objetos usamos ____________.
O metro equivale a ___________________________.
O centímetro equivale a ________________________.
O milímetro equivale a _________________________.
4. Responda.
VocŒ sabe qual Ø a unidade de medida usada para medir grandes com-
primentos? Que unidade de medida vocΠusaria, por exemplo, para
medir o comprimento de uma estrada?
________________________________________________________
2
182 Viver, Aprender 1
5. Quantos metros tem um quilômetro? ___________________________
6. Em que outras situaçıes usamos o quilômetro como unidade de medida?
________________________________________________________
7. Que unidade de medida vocΠusaria para pesar a carga transportada
por caminhıes?
________________________________________________________
8. Quantos quilogramas tem uma tonelada? _______________________
9. VocŒ jÆ observou qual Ø a unidade de medida que consta nas embalagens
de comprimidos ou cÆpsulas para indicar a massa dos medicamentos?
________________________________________________________
10. Quantos miligramas tŒm num grama? _________________________
Unidades de medida
Leia e escreva qual Ø a unidade de medida mais adequada para medir:
Metro, centímetro, Quilograma, grama,
milímetro ou quilômetro? miligrama ou tonelada?
1. O comprimento dos braços abertos: __________________________
2. O comprimento do passo: ___________________________________
3. A altura de uma pessoa: ____________________________________
4. O peso de uma pessoa: _____________________________________
5. O comprimento de uma rua: _________________________________
6. A altura de uma sala: _______________________________________
7. O comprimento de uma folha de papel: _________________________
8. A espessura de uma folha de papel: ___________________________
9. Um pacote de arroz: _______________________________________
2
Viver, Aprender 1 183
Situaçıes envolvendo medidas
1. Olhe as fichas com as medidas de trŒs colegas. Compare-as com a
sua. Quem Ø o mais alto e o mais baixo?
2. Joªo e Carlos subiram numa balança. O ponteiro marcou 129 quilos.
Joªo desceu e o ponteiro marcou 63 quilos. Qual dos dois Ø o mais
pesado? Explique como vocΠpensou para descobrir a resposta.
3. Carlos Ø mais alto que JosØ e JosØ Ø mais altoque Pedro. Qual dos
trŒs Ø o mais baixo? Explique como vocŒ pensou para descobrir a res-
posta.
4. Pedro subiu num banquinho e ficou da altura de seu irmªo. Qual Ø a
diferença de altura entre Pedro e seu irmªo? Explique como vocŒ pen-
sou para descobrir a resposta.
5. Joªo e AndrØ mediram a frente de um terreno usando passos como
unidade de medida. Joªo contou 40 passos e AndrØ 36. Quem deu
passos maiores? Explique como vocΠpensou para descobrir a resposta.
2
184 Viver, Aprender 1
As medidas em nossa vida
As medidas estªo presentes em muitas situaçıes de nossa vida. Fra-
ses que ouvimos ou falamos a todo instante mostram o quanto isso Ø
verdadeiro.
— Que sono! Dormi pouco por causa do calor.
— Esta semana nªo vou comer nada, engordei trŒs quilos nas fØrias.
— Tchau, nªo dÆ para tomar o cafØ, estou muito atrasado.
— Como esse ônibus estÆ indo devagar, assim nªo vou chegar nunca!
— AlguØm venha me ajudar, a sacola estÆ muito pesada.
— JÆ Ø tarde, preciso entrar senªo minha mªe fica zangada.
Na maioria das vezes, as medidas que usamos no cotidiano nªo exi-
gem muita precisªo. HÆ, entretanto, situaçıes em que a precisªo Ø ne-
cessÆria: quando o cardiologista controla os batimentos do coraçªo ou
a pressªo do paciente, quando temos que tomar medicamentos, quando
trabalhamos com o preparo de fórmulas de produtos químicos ou mesmo
quando preparamos alguma receita de um prato especial. VocŒ jÆ ima-
ginou como seriam as estaçıes de controle da saída de trens e aviıes
se nªo houvesse unidades de medida precisas?
2
Viver, Aprender 1 185
Medidas na história
HÆ 4000 anos os homens tomavam as partes do seu corpo como re-
ferŒncia para medir. Com o desenvolvimento da civilizaçªo, as relaçıes
entre os povos se intensificaram, os homens começaram a fazer negócios
e por isso as medidas tinham de ser iguais em todos os lugares. Na Øpoca
dos grandes impØrios, tomavam-se as medidas do rei como padrªo co-
mum. O metro foi criado pelos franceses em 1790. Hoje o Sistema
MØtrico Decimal Ø utilizado em quase todos os países do mundo.
Outras medidas
Arroba: aproximadamente 15 quilos — utilizada para pesar gado.
Quilate: 0,2 gramas — utilizado para pesar ouro e pedras preciosas.
Braça: 2,2 m — utilizada para medir comprimentos.
LØgua: 6,6 km — utilizada para medir grandes distâncias.
Polegada: 2,54 cm — utilizada para medir o comprimento de peque-
nos objetos.
PØ: 30,48 cm (vale doze polegadas) — utilizado para medir pequenos
comprimentos.
Milha terrestre: equivale a 1600 m — utilizada para medir grandes dis-
tâncias.
Um palmo: mede aproximadamente 22 cm. Calcule sua altura em pal-
mos.
VocŒ conhece outras medidas que nªo apareceram no quadro? Junto
com seus colegas, faça uma lista de todas as medidas que vocŒs co-
nhecem.
3
186 Viver, Aprender 1
Unidade 3:
Forma e movimento
O esqueleto humano
O esqueleto dÆ forma, apoio e proteçªo ao corpo. É constituído por
206 ossos.
Os ossos longos, dos braços e das pernas, servem de alavancas para
realizar movimentos como carregar, andar, arremessar, chutar, escrever
e muitos outros. HÆ ossos que servem para proteger órgªos vitais, como
as costelas e o esterno, que protegem o coraçªo e os pulmıes. Parte
do nosso sangue Ø produzido na medula que fica dentro de alguns os-
sos (tutano).
Os ossos sªo vivos e por isso se renovam, crescem e podem se soldar
após uma fratura. HÆ vÆrios alimentos que contribuem para que os os-
sos fiquem saudÆveis, como leite, peixes, frutas e verduras.
3
Viver, Aprender 1 187
VocΠsabe o nome de algum dos ossos do esqueleto humano?
VocŒ sabia que após a idade de 40 anos os ossos começam a se des-
gastar? Muitas vezes esse processo Ø acelerado por uma doença cha-
mada osteoporose. A osteoporose provoca o desgaste dos ossos e di-
minui sua resistŒncia. É comum em mulheres a partir dos 50 anos, quando
entram na menopausa. Se diagnosticada a tempo, pode ser controlada
evitando sØrios problemas de movimentaçªo e fraturas dos ossos.
Toque os ossos que protegem seu coraçªo e pulmıes. Tente perceber
suas formas e como eles estªo interligados.
3
188 Viver, Aprender 1
Quem Ø quem?
1. Descubra de quem sªo esses esqueletos, escrevendo o nome do animal
logo abaixo da imagem.
__________________ __________________
__________________ __________________
Como o corpo humano se movimenta?
Para nosso corpo se movimentar Ø preciso que ossos, mœsculos e ar-
ticulaçıes trabalhem juntos. Os ossos estªo ligados por articulaçıes mó-
veis, que nos permitem fazer movimentos livres como girar o braço, dobrar
os pulsos e as pernas. Para mover o corpo, os mœsculos puxam certas
partes dos ossos como se fossem tiras elÆsticas para colocÆ-los em novas
posiçıes. Todos os movimentos sªo comandados pelo cØrebro.
Perceba como o movimento depende de ossos, articulaçıes e mœsculos.
Segure o ombro direito e gire o braço. Fazendo esse movimento Ø possível
perceber a açªo dos ossos, articulaçıes e mœsculos.
3
Viver, Aprender 1 189
Os mœsculos terminam em pontas finas chamadas tendıes. Os tendıes
estªo presos aos ossos e os puxam quando realizamos algum movimen-
to. Eles se parecem com cordıes e aparecem nitidamente no pescoço,
no braço, no calcanhar, nas mªos.
Coloque a mªo esticada, com a palma para cima, sobre uma mesa. Le-
vante o dedo mØdio lentamente, mantendo-o o mais reto possível e incli-
ne-o atØ tocar a palma da mªo.
O que acontece com os outros dedos? Por que serÆ que isso acontece?
A linguagem do corpo
Veja as diferentes expressıes humanas. Lembre-se que dezenas de mœs-
culos trabalham juntos para que possamos expressar o que sentimos.
Escreva abaixo de cada imagem o que representam essas expressıes.
__________________ __________________ __________________
__________________ __________________ __________________
Uma simples expressªo da face Ø o resultado do movimento de muitos
mœsculos. Por exemplo, quando beijamos uma outra pessoa movimenta-
mos 29 mœsculos.
4
190 Viver, Aprender 1
Unidade 4:
Os sentidos
Percebemos o mundo atravØs de nossos cinco sentidos: visªo, audi-
çªo, olfato, tato e paladar. É o cØrebro, porØm, que precisa interpretar
os sinais mandados pelos órgªos dos sentidos: os olhos, os ouvidos, o
nariz, a pele (as mªos principalmente) e a língua. O cØrebro transforma
os sinais recebidos por esses órgªos naquilo que vemos, ouvimos, chei-
ramos, sentimos, experimentamos e tocamos.
A visªo
4
Viver, Aprender 1 191
Os olhos sªo os instrumentos da visªo. Eles registram as imagens que
vemos e enviam-nas para o cØrebro, que se encarrega de interpretÆ-las.
A visªo normal depende do bom funcionamento dos olhos e de cuidados
que devemos ter diariamente.
Primeiros socorros
Se alguØm estÆ sendo incomodado
por grªos de poeira ou cílios soltos
sobre a parte branca dos olhos ou
dentro da pÆlpebra, pode-se
removŒ-los com a ponta de um pano
limpo ou levantando as pÆlpebras
para deslocar o cisco.
Se estiver difícil retirar o cisco, nªo insista. Procure um mØdico.
PRODUTOS CORROSIVOS NO OLHO
Se uma pessoa derramar algum produto químico no olho (por exemplo,
Ægua sanitÆria), lave o olho imediatamente com grande quantidade de Ægua
fria corrente. Depois de lavar bem, cubra o olho com uma compressa lim-
pa e procure um mØdico.
OBJETOS CRAVADOS OU CORTES NO
OLHO OU NA P`LPEBRA
Cubra o olho com uma compres-
sa limpa (como um lenço dobrado)
e prenda-o delicadamente com uma
faixa, sem apertar. Cubra tambØm o
outro olho. No caso de golpes no
olho, use uma compressa fria em
vez de seca sobre o olho ferido.
4
192 Viver, Aprender 1
VocŒ precisa de óculos?
Muitos