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CONHECIMENTOS GERAIS 29.04.2023 Nome do candidato Número de matrícula Assine com caneta de tinta preta a Folha de Respostas apenas no local indicado. Esta prova contém 90 questões objetivas e terá duração total de 5h. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de tinta preta. Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, que poderá ser útil para a resolução de questões. O candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorrida 1h, contadas a partir do início da prova. Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas. VESTIBULAR 2023 CURSOS DA ÁREA DE BIOLÓGICAS (Questões 01 – 90) VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 1 Considere a tirinha de André Dahmer para responder à questão: A busca eterma por felicidade faz crescer a indústria de medicamentos. A paz em caixinha, foi assim que muitos encontraram a alegria. Os fabricantes de remédios, por exemplo. (A cabeça é a ilha, 2009.) No terceiro quadrinho, a fala do personagem (A) torna evidentes os benefícios econômicos da existência da indústria farmacêutica para o conjunto da sociedade. (B) sugere que a indústria farmacêutica não distribui as fór- mulas mais modernas e eficientes dos medicamentos que estão à venda. (C) ironiza o fato de que os medicamentos vendidos são in- capazes de curar os próprios donos das indústrias farma- cêuticas. (D) insinua que a indústria farmacêutica pode estar mais in- teressada em obter lucro do que na saúde de seus con- sumidores. (E) explora a ideia de que pessoas mais felizes trabalham melhor e, por isso, dão mais lucros às indústrias onde tra- balham. Leia o trecho do conto “Marcha fúnebre”, de Machado de Assis, para responder às questões de 02 a 08. O deputado Cordovil não podia pregar olho uma noite de agosto de 186... Viera cedo do Cassino Fluminense, depois da retirada do imperador, e durante o baile não tivera o mí- nimo incômodo moral nem físico. Ao contrário, a noite foi ex- celente; tão excelente que um inimigo seu, que padecia do coração, faleceu antes das dez horas, e a notícia chegou ao Cassino pouco depois das onze. Naturalmente concluis que ele ficou alegre com a morte do homem, espécie de vingança que os corações adversos e fracos tomam em falta de outra. Digo-te que concluis mal; não foi alegria, foi desabafo. A morte vinha de meses, era daquelas que não acabam mais, e moem, mordem, comem, trituram a pobre criatura humana. Cordovil sabia dos pade- cimentos do adversário. Alguns amigos, para o consolar de antigas injúrias, iam contar-lhe o que viam ou sabiam do en- fermo, pregado a uma cadeira de braços, vivendo as noites horrivelmente, sem que as auroras lhe trouxessem esperan- ças, nem as tardes desenganos. Cordovil pagava-lhes com alguma palavra de compaixão, que o alvissareiro adotava, e repetia, e era mais sincera naquele que neste. Enfim acabara de padecer; daí o desabafo. Este sentimento pegava com a piedade humana. Cordovil, salvo em política, não gostava do mal alheio. Quando reza- va, ao levantar da cama: “Padre Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; perdoa as nossas dívidas, como nós perdoamos aos nossos devedores...” não imitava um de seus amigos que rezava a mesma prece, sem todavia per- doar aos devedores, como dizia de língua; esse chegava a cobrar além do que eles lhe deviam, isto é, se ouvia maldizer de alguém, decorava tudo e mais alguma coisa e ia repeti-lo a outra parte. No dia seguinte, porém, a bela oração de Jesus tornava a sair dos lábios da véspera com a mesma caridade de ofício. Cordovil não ia nas águas desse amigo; perdoava deveras. Que entrasse no perdão um tantinho de preguiça, é possível, sem aliás ser evidente. Preguiça amamenta muita virtude. Sempre é alguma coisa minguar força à ação do mal. Não esqueça que o deputado só gostava do mal alheio em polí- tica, e o inimigo morto era inimigo pessoal. Quanto à causa da inimizade, não a sei eu, e o nome do homem acabou com a vida. — Coitado! descansou, disse Cordovil. Conversaram da longa doença do finado. Também falaram das várias mortes deste mundo, dizendo Cordovil que a to- das preferia a de César, não por motivo do ferro, mas por inesperada e rápida. (Machado de Assis. Contos: uma antologia, vol. 2, 1998.) QUESTÃO 2 Tendo em vista o sentido que assume no texto, a locução sublinhada confere sentido pejorativo ao substantivo a que se refere, atribuindo-lhe conotação irônica, em: (A) “palavra de compaixão” (2º parágrafo). (B) “doença do finado” (6º parágrafo). (C) “lábios da véspera” (3º parágrafo). (D) “padecimentos do adversário” (2º parágrafo). (E) “caridade de ofício” (3º parágrafo). QUESTÃO 3 “Cordovil sabia dos padecimentos do adversário. Alguns ami- gos, para o consolar de antigas injúrias, iam contar-lhe o que viam ou sabiam do enfermo, pregado a uma cadeira de bra- ços, vivendo as noites horrivelmente, sem que as auroras lhe trouxessem esperanças, nem as tardes desenganos. Cordo- vil pagava-lhes com alguma palavra de compaixão, que o al- vissareiro adotava, e repetia, e era mais sincera naquele que neste.” (2º parágrafo) Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a (A) Cordovil e alvissareiro. (B) enfermo e Cordovil. (C) adversário e enfermo. (D) Cordovil e enfermo. (E) enfermo e alvissareiro. 3 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 4 O amigo que rezava a mesma prece de Cordovil é caracteri- zado pelo narrador como (A) altruísta. (B) hipócrita. (C) preguiçoso. (D) piedoso. (E) humilde. QUESTÃO 5 Sobre o narrador, pode-se afirmar que: (A) Em todas as passagens em que se manifesta,caracteri- za-se pela neutralidade e isenção. (B) Em mais de uma passagem do excerto, interage de modo explícito com o leitor. (C) Devido a seu ponto de vista diante dos eventos narrados, não tem acesso à mente dos personagens. (D) Na condição de personagem secundário, opta por narrar em terceira pessoa. (E) Por ser um dos personagens da história, constrói a narra- ção em primeira pessoa. QUESTÃO 6 O termo que exprime ideia de exclusão está sublinhado em: (A) “esse chegava a cobrar além do que eles lhe deviam, isto é, se ouvia maldizer de alguém, decorava tudo” (3º pará- grafo). (B) “é possível, sem aliás ser evidente” (4º parágrafo). (C) “rezava a mesma prece, sem todavia perdoar aos deve- dores” (3º parágrafo). (D) “Cordovil não ia nas águas desse amigo; perdoava deve- ras” (4º parágrafo). (E) “Cordovil, salvo em política, não gostava do mal alheio” (3º parágrafo). QUESTÃO 7 “Alguns amigos, para o consolar de antigas injúrias, iam con- tar-lhe o que viam ou sabiam do enfermo, pregado a uma cadeira de braços, vivendo as noites horrivelmente, sem que as auroras lhe trouxessem esperanças, nem as tardes de- senganos.” (2º parágrafo) Os termos sublinhados constituem, respectivamente, (A) pronome, artigo, artigo. (B) artigo, preposição, pronome. (C) artigo, pronome, pronome. (D) pronome, preposição, artigo. (E) artigo, artigo, preposição. QUESTÃO 8 Leia a charge (http://www.otempo.com.br) PAI, UMA COXINHA GIGANTE!!! NÃO, FILHO É SÓ A LOCALIZAÇÃO DO MAPA DA FOME!!! A charge mistura diversas linguagens na construção de um discurso capaz de (A) influenciar a perspectiva de abordagem crítica do leitor, fazendo-o destacar o componente irônico da situação. (B) centrar a atenção do leitor na relação das personagens com o cenário, independentemente do diálogo que mantêm. (C) desviar a atenção do leitor de questões sociais, reduzindo sua leitura à percepção do recurso tecnológico projetado. (D) levar o leitor a compor analogias, reconhecendo no texto a intenção de denunciar as desigualdades sociais. (E) reformular pontos de vista negativos do leitor acerca do mundo digital projetado no mapa da fome. Leia o texto para responder às questões de números 09 a 11. “Pedra da morte”: Relíquia centenária aparece rachada e assusta japoneses A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamente em suas montanhas vulcânicas, muitos querendo ver o que é chamado de “a pedra da morte” – sessho-seki em japonês. No sábado (05.03.2022), visitantes encontraram a famosa rocha partida em dois pedaços e, diante da cena e do nome pouco amigável do objeto, surgiu o medo de que alguma “força maligna” tenha escapado de lá, teoria sustentada pela mitologia local. Segundo a lenda, a sessho-seki é o corpo transformado de Tamamo-no-Mae, mulher que participou de uma conspiração para matar Toba, imperador de 1107 a 1123. Ela teria sido uma das cortesãs de Toba e usou artifícios para deixá-lo doente. Mais tarde, um astrólogo expôs o que considera a verdadei- ra identidade de Tamamo-no-Mae: um espírito na forma de uma raposa de sete caudas. Em outros períodos da história, o mesmo espírito já teria se aproximado de outros líderes ja- poneses para prejudicá-los. Após ser vítima da raposa, Toba enviou homens para matá-la, mas ela encontrou refúgio se incrustando na pedra em Nasu. Desde então, diz a mitologia, a rocha passou a liberar um gás venenoso que matava tudo o que tocava. Outra parte da lenda diz que um monge budista a exorcizou e destruiu, mas muitos japoneses não consideram esse trecho da história, por isso a “pedra da morte” nas montanhas Nasu é conside- rada o objeto real da lenda. 4 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 Ao conhecer a história, fica mais fácil entender o frenesi cau- sado pela imagem da rocha partida. Muitos acreditam que o espírito da raposa se libertou e está novamente vagando pelo Japão. (https://noticias.uol.com.br/internacional, 09.03.2022. Adaptado) QUESTÃO 9 As informações da notícia permitem concluir corretamente que (A) os turistas passaram a dizer que o espírito da raposa se libertou para avivar a lenda da pedra sessho-seki. (B) os japoneses atualmente deixaram de considerar a lenda da pedra sessho-seki, por isso sua rachadura foi ignorada. (C) a rachadura na pedra sessho-seki causou grande agita- ção entre os japoneses, devido à lenda que a envolve. (D) a maioria dos japoneses continua acreditando que um monge budista exorcizou a sessho-seki e a destruiu. (E) o fato de a pedra sessho-seki rachar impressionou os tu- ristas, mas passou despercebido pelos japoneses. QUESTÃO 10 Observe as passagens do texto: • A cidade de Nasu, no Japão, recebe turistas diariamente em suas montanhas vulcânicas... (1º parágrafo) • Ela teria sido uma das cortesãs de Toba e usou artifícios para deixá-lo doente. (2º parágrafo) As formas verbais destacadas expressam, correta e respec- tivamente: (A) hipótese; ação habitual. (B) ação habitual; hipótese. (C) ação acabada; ação habitual. (D) ação habitual; ação acabada. (E) ação acabada; hipótese. QUESTÃO 11 Na voz passiva, a ênfase do enunciado recai no alvo da ação e não em quem a pratica. Isso pode ser comprovado com o seguinte enunciado do texto: (A) ... mas ela encontrou refúgio se incrustando na pedra em Nasu. (3º parágrafo). (B) ... a rocha passou a liberar um gás venenoso que matava tudo o que tocava. (4º parágrafo). (C) ... mulher que participou de uma conspiração para matar Toba... (2º parágrafo). (D) ... visitantes encontraram a famosa rocha partida em dois pedaços... (1º parágrafo). (E) ... a “pedra da morte” nas montanhas Nasu é considerada o objeto real da lenda. (4º parágrafo). QUESTÃO 12 Examine a capa da revista em quadrinhos do personagem fic- tício Spider-Man e o meme publicado pela comunidade “The Language Nerds” em sua conta no Instagram em 20.02.2023. Texto I Texto II With great power come great electricity bill. Para obter seu efeito de humor, o meme (texto II) explora a ambiguidade do termo (A) great. (B) power. (C) comes. (D) eletricity. (E) bill. Leia os versos das Liras, de Tomás Antônio Gonzaga, para responder às questões de números 13 a 16. Os teus olhos espalham luz divina, a quem a luz do sol em vão se atreve; papoila ou rosa delicada e fina te cobre as faces, que são cor da neve. Os teus cabelos são uns fios d’ouro; teu lindo corpo bálsamo vapora. Ah! não, não fez o céu, gentil pastora, para a glória de amor igual tesouro! Graças, Marília bela, graças à minha estrela! (Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas) 5 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U NH A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 13 Nos versos, o eu lírico retrata a mulher amada de forma (A) negativa, estando o lado físico a suplantar o lado espiritual. (B) depreciativa, retirando da Natureza elementos que a ero- tizam. (C) graciosa, pintando-a como um ser simples, mas sensual. (D) ambígua, sendo divina e, mesmo assim, atraente. (E) idealizada, buscando na Natureza as cores para pintá-la. QUESTÃO 14 Analisando os elementos empregados pelo eu lírico para a descrição da mulher amada, conclui-se que ele (A) recorre a padrões estéticos de origem europeia. (B) recobre os valores europeus com a cor local. (C) utiliza estritamente os elementos nacionais. (D) mescla elementos nacionais, populares e eruditos. (E) usa elementos não nacionais de forma caricata. QUESTÃO 15 Os versos mostram que a poética de Gonzaga explora (A) os novos sonhos do homem burguês, com os quais nega o sentimentalismo. (B) o amor como um sentimento a ser tratado desarticulado da vida cotidiana. (C) a oposição entre corpo e espírito para analisar as contra- dições do amor. (D) a ideia de uma literatura livre de padrões estéticos, por- tanto realista. (E) a expressão livre do sentimento amoroso, com a manifes- tação da emoção. QUESTÃO 16 Em outros versos das Liras, o poeta diz sobre Marília: Vasta campina, de trigo cheia, quando na sesta co vento ondeia, ao seu cabelo, quando flutua, não é igual. Tem a cor negra, mas quanto val! Comparando estes versos aos já transcritos, fica evidente que o eu lírico (A) se contradiz com a descrição da amada Marília. (B) nega aqui a beleza sem limites lá descrita. (C) reforça a ideia de que a beleza é efêmera. (D) procura renegar a paixão de outrora. (E) reforça a ideia de sensualidade de Marília. Leia o texto para responder às questões de números 17 a 19. Como fazíamos sem raios X Antes de se descobrir a utilidade dos raios X, só havia dois jeitos de saber o que estava acontecendo dentro do corpo humano machucado ou doente. A primeira alternativa era usar o tato. Ao apalpar as áreas nas quais os pacientes sen- tiam dores, os médicos tentavam diagnosticar o problema. A outra opção, muito usada em caso de fraturas e contusões, era o bisturi. Com o paciente aberto, muitas vezes sem anes- tesia, tornava-se fácil visualizar o estrago. A situação só começou a mudar em 8 de novembro de 1895, quando o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (1845- 1923) encontrou um novo tipo de radiação ao perceber que os feixes de luz, resultados do choque entre elétrons desa- celerados e matérias de grande número atômico, deixavam marcas em filmes fotográficos. Ao tirar uma chapa da mão esquerda de sua própria esposa, Anna Bertha, Röntgen deu o pontapé inicial para o nascimen- to da radiologia diagnóstica, já que os raios permitem ver te- cidos e estruturas do organismo e ainda ajudam a detectar uma vasta gama de problemas ósseos e tumores. Tamanho foi o sucesso da descoberta que o cientista rece- beu o primeiro prêmio Nobel de Física da história, em 1901. (Aventuras na História. Roniel Felipe e Mariana Teixeira Rodrigues. https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/ reportagem/ como-faziamos-sem-raio-x Adaptado) QUESTÃO 17 Assinale a alternativa correta a respeito do conteúdo do texto. (A) Antes dos raios X, os médicos tocavam as partes dolori- das do corpo do paciente e conseguiam identificar, com precisão, a doença existente. (B) No século 19, os médicos faziam cirurgias para detectar as doenças embora ainda não houvesse meios anestési- cos para sedar os pacientes. (C) Röntgen constatou que a nova espécie de radiação cau- sava alterações em filmes fotográficos, recurso que pos- sibilitaria avanços na medicina. (D) O físico alemão aproveitou-se da situação da esposa, cuja mão esquerda estava lesionada, para tirar a primeira chapa com os raios X. (E) Röntgen foi reconhecido pelo seu trabalho ao receber o Nobel em 1901, prêmio já concedido anteriormente a ou- tros físicos. QUESTÃO 18 Por se tratar de um artigo de divulgação científica (e não um artigo científico propriamente), predomina no texto uma lin- guagem (A) técnica. (B) acessível. (C) informal. (D) figurada. (E) hermética. 6 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 19 De acordo com o sentido do texto e com os dados estabele- cidos pela norma-padrão da língua portuguesa, está correta a seguinte proposta de reescrita: (A) Os médicos apalpavam as regiões doloridas do corpo às quais os pacientes se queixavam. (B) Os médicos apalpavam as regiões doloridas do corpo das quais os pacientes se queixavam. (C) Os médicos apalpavam as regiões doloridas do corpo sob as quais os pacientes se queixavam. (D) Os médicos apalpavam as regiões doloridas do corpo nas quais os pacientes se lamentavam. (E) Os médicos apalpavam as regiões doloridas do corpo com as quais os pacientes se lamentavam. QUESTÃO 20 An attitude to literature that is guided by admiration of the qualities of formal balance, proportion, decorum, and restraint attributed to the major works of ancient Greek and Roman literature. (Chris Baldick. The Concise Oxford Dictionary of Literary Terms, 2001.) O termo literário a que o texto se refere é o (A) Humanismo (B) Classicismo (C) Barroco (D) Romantismo (E) Realismo Leia o texto para responder às questões de 21 a 24. Hundreds of people gathered at the world’s most famous zebra crossing on August to mark the 50th anniversary of the day The Beatles were photographed on it, creating one of the best-known album covers in music history and an image imitated by countless fans ever since. The picture of John Lennon, Paul McCartney, George Harrison and Ringo Starr striding over the pedestrian crossing on Abbey Road was taken outside the EMI Recording Studios where they made the 1969 album of the same name. The picture shows Lennon in a white suit leading the group across the road. Starr wears a black suit while McCartney is barefoot, out of step and holding a cigarette. Harrison is in blue denim. A Volkswagen Beetle is parked in the background. Abbey Road, which was voted the best Beatles’ álbum by readers of Rolling Stone in 2009, was the only one of the group’s original British albums to show neither the band’s name nor a title on the cover. The album was the last to be recorded by all four members of the band together, and it had tracks written by each of them. Less than a year after Abbey Road was released, rock music’s best-selling band had split up, ending a decade-long musical revolution that transformed the 1960s and laid the foundations of modern popular culture. The studios, which were later renamed Abbey Road, and the zebra crossing were granted protected status by the government in 2010. (www.reuters.com, 08.08.2019. Adaptado.) QUESTÃO 21 The main purpose of the text is to (A) inform readers about the golden anniversary celebration of an iconic picture. (B) persuade readers to accept a certain point of view about an album. (C) reveal the readers what made The Beatles break up. (D) describe, critically analyze and evaluate the best Beatles’ album. (E) explain why the band celebrated the modern popular culture. QUESTÃO 22 In the excerpt from the first paragraph “were photographed on it”, the underlinedword refers to the (A) “day”. (B) “zebra crossing”. (C) “Beatles”. (D) “anniversary”. (E) “album cover”. QUESTÃO 23 De acordo com o texto, Abbey Road foi um nome dado (A) a um disco dos Beatles e, mais tarde, a um estúdio de gravação. (B) a um disco dos Beatles, cujo nome foi escolhido pelos leitores da revista Rolling Stone. (C) ao melhor disco dos Beatles e, mais tarde, a um carro. (D) a um estúdio de gravação e, mais tarde, a um disco dos Beatles. (E) ao primeiro disco dos Beatles e, mais tarde, a um carro. QUESTÃO 24 No trecho do terceiro parágrafo “neither the band’s name nor a title on the cover”, os termos sublinhados estabelecem sen- tido de (A) exclusão. (B) oposição. (C) explicação. (D) adição. (E) restrição. 7 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 25 (www.imdb.com. Adaptado.) Awake 84 min - Director: Writer: Stars: The story focuses on a man who suffers “anesthetic awareness” and finds himself awake and aware, but paralyzed, during heart surgery. His mother must wrestle with her own demons as a drama unfolds around them, while trying to unfold the story hidden behind her son’s young wife. (2007) Crime I Mystery I Thriller Joby Harold Joby Harold Hayden Christensen, Jessica Alba, Terrence Howard See full cast and crew De acordo com a sinopse do filme Awake, é correto afirmar que (A) ele retrata a luta da mãe do protagonista para descobrir os segredos do filho. (B) a jovem esposa do protagonista esconde segredos. (C) seus protagonistas são Joby Harold, Hayden Christensen e Jessica Alba. (D) o protagonista faz uma cirurgia cardíaca sem o uso de anestesia. (E) ele pode ser classificado como um filme do gênero dra- mático. Leia o texto para responder às questões de 26 a 30. Can Germans’ right to switch off survive contemporary times? The lights were all out, the corridors were deserted. Only one computer was still working at the German Freiburg’s Institute for Advanced Studies. Newly-arrived American academic Kristen Ghodsee was working late in her office. Then there was a knock at the door, and in came the institute’s director. “He wanted to know if there was something wrong,” remembers Ghodsee. She replied she was fine, but the director looked at his watch and shook his head. It was 17:30. What seemed perfectly normal to the American, working after hours, was inconceivable to the German. After all, it was Feierabend, a German term which refers both to the end of the working day and the act of turning off from work entirely. But then along came the smartphone, destabilizing the delicate German work-life balance. Suddenly, phones were in every pocket, laptops in every bag. All at once, everyone had access to work communication outside the office, on the go and at home. It wasn’t long before the digital Revolution was invading Germans’ sacred rest time. By 2015, more than a quarter of employees said bosses wanted them to be contactable at all hours, a national survey revealed. This despite a 2003 law stating workers’ 11-hour break couldn’t be interrupted. It seems many employees agree the idea of an uninterrupted break is too rigid. Last year, 96% of workers interviewed by Germany’s digital association Bitkom said They would like to organise their own work schedule to fit Around their lives. But those responsible for employee protection are worried. “A lot of the shortening of rest periods is happening because people are working such long hours, not because they are working flexibly,” says research associate Nils Backhaus. The 11-hour rest period is also there to protect workers from themselves. Originally intended to make sure factory workers could recover physically between shifts, Backhaus says the break is just as necessary for mental regeneration. “Worker protection is just as needed in our new world of digitalisation, home office and smartphones”, says David Markworth. (Josie Le Blond. www.bbc.com, 24.02.2020. Adaptado.) QUESTÃO 26 O objetivo do texto é (A) informar leitores sobre a ilegalidade da exigência de ho- ras extras em tempos de revolução digital. (B) narrar um fato, ocorrido em uma universidade na Alema- nha, e suas consequências. (C) discutir a questão do cumprimento de horas de trabalho na Alemanha da era digital. (D) alertar para o perigo de choque cultural quando pessoas de países diferentes trabalham juntas. (E) descrever o impacto que mídias digitais exercem sobre a maneira como as pessoas se relacionam hoje em dia. QUESTÃO 27 In the excerpt from the second paragraph “more than a quarter of employees said bosses wanted them to be contactable at all hours”, the underlined word refers to (A) Germans. (B) bosses. (C) employees. (D) hours. (E) workers. QUESTÃO 28 No trecho do segundo parágrafo “Suddenly, phones were in every pocket, laptops in every bag”, a palavra sublinhada significa (A) circunstancialmente. (B) unanimemente. (C) consequentemente. (D) repentinamente. (E) intencionalmente. QUESTÃO 29 According to the third and fourth paragraphs, shorter rest periods can be explained by the fact that (A) employee protection has been progressively ignored. (B) people have dedicated longer hours to work. (C) people are choosing to work more freely. (D) an uninterrupted 11-hour break has been considered too rigid. (E) home office workers need briefer rest breaks. 8 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 30 THANK YOU, BUT IF YOU REALLY WANT TO MAKE ME FEEL REWARDED, HOW ABOUT GIVING US MOBILE SCHEDULING? TIME WELL SPENTTM marketoonist KRONOS” Workforce Innovation That WorksTM KRONOS.COM/TIMEWELLSPENT A charge retoma um tópico mencionado no texto, referente ao mundo do trabalho na Alemanha atual, qual seja, (A) a exigência de que funcionários estejam disponíveis para o trabalho a qualquer dia e hora. (B) a quantidade de horas de trabalho a que trabalhadores da era digital estão submetidos. (C) o desequilíbrio entre o número de horas dedicadas ao emprego e a outras atividades. (D) o desejo de empregados por maior flexibilidade no horário de trabalho. (E) a falta de proteção legal experimentada por trabalhadores em tecnologia da informação. QUESTÃO 31 Eu direi a V.S.ª o que pode nos colocar em condições de ex- pulsar os espanhóis e de fundar um governo livre: é a união, certamente; e esta união não nos virá por milagres divinos, mas por efeitos concretos e esforços bem-dirigidos. A Amé- rica defronta-se consigo mesma, porque foi abandonada por todas as nações, isolada no meio do universo, sem relações diplomáticas nemauxílios militares. Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. In: Simón Bolívar: política, 1983. A Carta escrita no contexto de guerras de independência da América Hispânica propõe (A) A integração territorial e política da América Hispânica com a Europa, defendida por Bolívar. (B) A União da América Hispânica, defendida por Bolívar, como no ideal de “Pátria Grande”. (C) A defesa da fragmentação da América Hispânica, como nos ideais Federalistas de Bolívar. (D) A submissão do Brasil à força militar hispano-americana. (E) O pessimismo de Bolívar em relação às diferenças inter- nas insuperáveis na América-Hispânica. QUESTÃO 32 Observe a planta de uma Redução produzida no contexto de colonização dos séculos XVI e XVII na América Colonial Plano de la Candelária [Arquivo Histórico do Itamaraty, Mapoteca, Rio de Janeiro] A imagem permite identificar (A) A diversidade cultural na arquitetura das reduções jesuítas. (B) A inspiração da arquitetura indígena das reduções jesuítas. (C) Os padrões renascentistas na arquitetura das reduções jesuítas. (D) O projeto de catequização na arquitetura das missões jesuítas. (E) O projeto de libertação da escravidão indígena na arquite- tura das missões jesuítas. QUESTÃO 33 Os reis governavam quase sempre diretamente de um terri- tório bem pequeno, o “domínio real”, onde eram soberanos; indiretamente, eles reinavam sobre os territórios dos senho- res, que dominavam como “suseranos”. Outra de suas [dos reis] prerrogativas era procurar manter a paz. (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.) O texto apresenta características do feudalismo vigente em grande parte da história do Ocidente europeu medieval, in- dicando (A) a presença do controle local dos senhores de terras e o poder mediador do rei. (B) a aguda centralização administrativa e a manutenção da estrutura de poder do Império Romano. (C) a desvalorização dos rituais sociais e a duplicidade no exercício do poder político. (D) a associação militar entre senhores e servos e a garantia do regime prolongado de harmonia e paz social. (E) a reorganização do Império Romano em territórios eclesi- ásticos e a centralização do poder nas mãos do Papa. 9 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 34 Leia o texto e observe o mapa para responder: Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Bra- sil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Bra- sil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do sécu- lo XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portugue- sa. [...] Nunca os missionários entraram na briga para saber se o afri- cano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a es- cravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravi- zação tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização. 0º 0 900 km Luanda 15º 0º 15º 30º 60º 45º 30º 15º OCEANO ATLÂNTICO Trato do Prate Buenos Aires Colônia Santos Rio de Janeiro Recife São Luiz Belém Trato daAlta Guiné Cacheu Salvador Costa da Mina Tomé São Trato de Angola Costa da Mina Trato da Bissau Berguela Reino de Loango O N E S (Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.) A “despersonalização” e a “dessocialização” dos escraviza- dos podem ser associadas, respectivamente (A) ao fato de que os escravos eram identificados por núme- ros marcados a ferro e à interdição do contato entre os cativos e seus senhores. (B) à noção do escravo como mercadoria e ao fato de que os africanos eram extraídos de sua comunidade de origem. (C) à noção do escravo como tolerante ao trabalho compulsó- rio e ao fato de que ele era proibido de fazer amizades ou constituir família. (D) ao fato de que os escravos eram etnologicamente indis- tintos e à proibição de realização de festas e cultos. (E) à noção do escravo como desconhecedor do território colonial e ao fato de que ele não era reconhecido como brasileiro. QUESTÃO 35 Quando lemos a Ilíada e a Odisseia, não podemos esquecer que esses poemas eram destinados a serem recitados para um auditório de homens ricos e poderosos, capazes de ir à guerra armados da cabeça aos pés [...]. As cidades, no sécu- lo VIII [a.C.], eram capazes de tomar coletivamente decisões importantes como, por exemplo, enviar para além dos mares, para a Itália meridional e a Sicília, grupos de emigrantes com o objetivo de fundar colônias. (Pierre Vidal-Naquet. O mundo de Homero, 2002.) Considerando conhecimentos sobre a Grécia arcaica, pode- -se afirmar que o texto descreve (A) o processo de constituição de uma pólis, controlada por grupos de mercadores marítimos. (B) a natureza da educação do indivíduo na pólis, que conta- va com a divulgação escrita de textos filosóficos. (C) a pólis democrática, que permitia a participação de cida- dãos nas assembleias políticas. (D) a diversidade cultural da pólis, residência de indivíduos de múltiplas procedências geográficas. (E) o poder de realização histórica de uma pólis, dirigida por grupos sociais minoritários. QUESTÃO 36 (Joseph Lavallée. História completa das inquisições da Itália, Espanha e Portugal, 1822.) A gravura representa um auto de fé. Essas práticas (A) ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas por portugueses e espanhóis. (B) permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel de- terminante na erradicação do protestantismo na Europa central. (C) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Ca- tólica não tinha vínculo com a perseguição e a punição dos hereges. (D) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos romanos ou ortodoxos. (E) serviam para dar exemplos para o público expondo publi- camente os réus forçados a pedir perdão, antes de serem encaminhados para a execução. 10 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 37 A partirdo século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e na Itália constru- íram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...] A construção monumental foi influenciada por modelos egíp- cios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático, de- senvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monu- mentos gregos teriam sido impossíveis. (Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013.) Com base no trecho, a religião na Grécia antiga tinha como finalidade (A) produzir coesão social gerando identidade e vínculos co- munitários. (B) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igual- dade social. (C) impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos. (D) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados. (E) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares. QUESTÃO 38 Em meados do século o negócio dos metais não ocupa- ria senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões- -barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provoca- va a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo. (Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.) Com base no texto, o processo de mineiração em Minas Ge- rais no século XVIII (A) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a independência colonial. (B) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos de mineração. (C) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorpo- rou a população litorânea economicamente ativa. (D) intensificou um processo de urbanização e deslocou a economia colonial em torno da mineiração. (E) restringiu a divisão da sociedade em senhores e escravos e limitou a diversidade cultural da colônia. QUESTÃO 39 ‘’[...] Depois das Guerras dos Emboabas e nas primeiras dé- cadas do século XVIII, o espírito de ganância não deixou de provocar conflitos entre governantes e governados. Entre as revoltas desencadeadas por medidas de ordem fiscal, tem merecido destaque, por parte dos historiadores, a de 28 de junho de 1720, que agitou o distrito de Vila Rica e só foi de- belada graças à contra-revolução desencadeada pelo Conde de Assumar. Encerrou-se o episódio com a morte de Filipe dos Santos, que foi condenado à forca e esquartejado, cas- tigo comum na época. Impunha-se, assim, a autoridade do Governo Real e salvava-se a vida dos principais cabeças da rebelião. Tem-se atribuído um sentido nativista a esta revolta de 1720 e considerado Filipe dos Santos um precursor de Tiradentes.’’ (REIS, Arthur Cézar Ferreira. O comércio colonial e as companhias privilegiadas; Inquietações no Norte e A inconfidência baiana. In: HOLANDA, S. B. (org.). História Geral da Civilização Brasileira. 10. ed. São Paulo: Bertrand Brasil, 2003) Qual foi a relação entre as revoltas nativistas que ocorreram no Brasil no final do século XVIII e o processo de indepen- dência do país? (A) As revoltas nativistas foram responsáveis pelo início do processo de independência do Brasil. (B) As revoltas nativistas foram reprimidas pela coroa portugue- sa e não tiveram impacto no processo de independência. (C) As revoltas nativistas influenciaram não só o pensamento político da elite brasileira, mas também outros movimen- tos que defenderiam a independência do país. (D) As revoltas nativistas foram financiadas por países euro- peus que tinham interesse na independência do Brasil. (E) As revoltas nativistas foram ignoradas pela elite brasileira, que não se importava com a questão da independência. QUESTÃO 40 “Nos episódios da luta contra os holandeses podemos, fa- cilmente, encontrar as raízes desse estado de espírito. Os nordestinos, seja na fase em que defenderam o solo em face da investida do batavo agressor, seja quando se levantaram em armas para expulsá-lo e reintegrar aqueles distritos do ultramar português, sob a soberania peninsular, davam de- monstração positiva de que já possuíam sentimentos cívicos ponderáveis que se exteriorizavam com uma eloquência im- pressionante.” (REIS, Arthur Cézar Ferreira. O comércio colonial e as companhias privilegiadas; Inquietações no Norte e A inconfidência baiana. In: HOLANDA, S. B. (org.). História Geral da Civilização Brasileira. 10. ed. São Paulo: Bertrand Brasil, 2003) Qual foi o objetivo das invasões holandesas no Brasil no sé- culo XVII? (A) Expandir o império colonial holandês para a América do Sul. (B) Conquistar a região nordeste do Brasil e controlar a pro- dução de açúcar. (C) Explorar as riquezas minerais do interior do Brasil. (D) Estabelecer relações comerciais com os povos indígenas da região. (E) Fundar uma colônia holandesa na região amazônica. 11 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 41 “[...] e depois de um curto período de transição foi ali estabe- lecida uma República oligárquica. Tudo indica que os latinos, cansados da dominação etrusca e especialmente da tirania de Tarquínio, rebelaram-se e através de uma revolução pu- seram fim à Realeza em Roma. O antigo colegiado, que se- gundo a tradição tinha poderes de eleger até o rei, assumiu o poder e estabeleceu um governo próprio.’’ (FLORENZANO, Maria Beatriz B. O mundo antigo: economia e sociedade (Grécia e Roma. São Paulo: Brasiliense, 2004.) Quais foram as principais mudanças políticas e sociais que ocorreram durante a República Romana? (A) A instituição do sistema de governo imperial, que garantiu maior estabilidade política e econômica. (B) A ampliação do direito de cidadania para todos os habi- tantes da cidade de Roma, independentemente de sua origem étnica ou social. (C) A criação do Senado, que passou a ser o principal órgão de decisão política da República. (D) A Guerra Púnica, que garantiu a hegemonia de Roma so- bre o Mediterrâneo Ocidental e transformou a cidade em uma potência militar. (E) A Lei das Doze Tábuas, que garantiu direitos e proteção legal aos cidadãos romanos. QUESTÃO 42 “A fragmentação política do Império Romano não é o resulta- do direto da deposição do último imperador do Ocidente em 476, data convencional do início da Idade Média. Com efeito, já dois séculos antes se manifestaram tendências centrífugas na estrutura imperial: no decurso da «crise do século III» e em particular durante o reinado de Galieno (c. 218-278, im- perador desde 253), o império encontra-se dividido em três grandes troncos autônomos. No Oeste, a revolta de Póstumo(?-c. 269, imperador de260 a 268) dá origem à constituição de um império gálico (formado pela Gália, a Península Ibérica e a Britânia) que dura 13 anos sob o próprio Póstumo, Mário (?-269, imperador desde 268), Vitorino (?-c. 270, imperador desde 268) e Tétrico (?-273, imperador desde 271).” (ECO, Umberto. Idade Média: bárbaros, cristãos e muçulmanos. Lisboa: Dom Quixote, 2010) Qual foi a principal crise que marcou o Baixo Império Ro- mano? (A) A ascensão do cristianismo, que provocou a perseguição aos cristãos pelos imperadores romanos. (B) A invasão dos bárbaros, que levou à queda do Império Romano do Ocidente. (C) A crise econômica, que provocou o colapso da produção agrícola e o aumento dos impostos. (D) A Guerra Civil, que dividiu o Império Romano em dois, levando à instauração do Império Romano do Oriente. (E) A crise política, que provocou a queda da dinastia Julio- -Claudiana e a instabilidade do governo imperial. QUESTÃO 43 “A implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, aumentou em até três vezes as emissões de gases de efei- to estufa (GEE) na região amazônica. As conclusões são de um estudo coordenado pelo Instituto de Geociências (IGc) da USP, em parceria com a Universidade de Linköping, na Suécia, a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e a Universidade Federal do Pará (UFPA).” (Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/usina- de-belo-monte-eleva-em-ate-tres-vezes-a-emissao- de-gases-de-efeito-estufa-na-regiao-amazonica- sugere-estudo/> Acesso em 18 de Abril de 2023) O problema descrito no trecho acima está relacionado: (A) ao motivo pelo qual a energia hidrelétrica atualmente é con- siderada uma fonte de energia poluente e não-renovável. (B) à matéria orgânica dos solos afogados, que é convertida em trióxido de carbono e nitrogênio pela ação de micróbios. (C) a inundação de florestas marginais e áreas previamente desmatadas é responsável pela emissão de metano, ar- gônio e hidrogênio. (D) ao aumento das emissões de GEE, em especial o meta- no, causado pela decomposição de matéria orgânica em áreas inundadas. (E) à equiparação da energia hidrelétrica e da queima de combustíveis fósseis enquanto os maiores emissores de GEE. QUESTÃO 44 Observe a imagem a seguir: foz nascente rio principal 1 afluente sub-bacia jusante montante sub-bacia Sobre a figura acima podemos inferir que: (A) tudo o que está abaixo de um dado ponto de referência, ao longo de um curso d'água, isto é, em direção a sua foz, diz-se que se situa a montante. (B) o número 1 indica divisores de água (interflúvios), locali- zados nas áreas mais elevadas, em que há mudança de sentido no escoamento das águas. (C) tudo que está acima de determinado ponto de referência, na direção concordante ao fluxo natural das águas, está situado a jusante. (D) o rio principal tem maior volume e dá nome à bacia, sendo o mais importante, pois é ele que alimenta os rios afluentes. (E) afluentes são cursos de água menores que desaguam em rios principais e são os responsáveis por levar a água para o mar. 12 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 45 Observe a imagem a seguir: OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO Domínio Amazônico Cabrobo Cataguases Castro Uruguaina Domínio do Cerrado Domínio da Caatinga Domínio das Araucárias Domínio das Pradarias Faixa de transição Domínio dos mares de Morros Manaus Brasilia 0 400 km Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005. Trópico de Capricórnio Equador O S L N Domínios morfoclimáticos do Brasil – classificação de Aziz N. Ab’Sáber O mapa apresenta os domínios morfoclimáticos brasileiros, e segundo Aziz Ab’Saber, o domínio do Cerrado é caracte- rizado por: (A) Intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço. Possui área de rele- vo planáltico com morros arredondados, sob influência do clima tropical quente e úmido. (B) Presença de clima semiárido, com baixo índice de plu- viosidade. Apresenta vegetação baixa e adaptada à es- cassez de chuvas, com estruturas de armazenamento de água. O relevo predominante é a depressão. (C) Ocorrência de clima subtropical, com alta pluviosidade nos meses de verão e invernos relativamente brandos. Ocupa áreas de planaltos e seu solo é muito diversificado, com destaque para áreas com terra roxa. (D) Clima tropical, com temperatura média anual baixa e re- levo com suaves ondulações. Com vegetação arbustiva e rasteira, sofre degradação através de agricultura e pasta- gem. Notável erosão de terrenos cristalinos. (E) Vegetação formada por árvores com troncos tortuosos, arbustos e gramíneas. Com relevo constituído de chapa- das e sob influência do clima tropical, tem grande nível de semelhança com as savanas africanas. QUESTÃO 46 A grande “serra” do chamado Espigão Mestre, que no pas- sado se julgava a espinha dorsal do relevo brasileiro, é, na realidade, um extenso chapadão, divisor de águas entre as bacias do Tocantins e do São Francisco. No extenso chapa- dão do Espigão Mestre, a desintegração de arenito Urucuia dá aparecimento a grandes areões – solos estéreis. No nor- deste brasileiro as chapadas podem corresponder a verda- deiros testemunhos da antiga cobertura cretácea dessa área. (Antonio Teixeira Guerra. Dicionário geológico- geomorfológico. 1993. Adaptado) As chapadas e chapadões são denominações comumente utilizadas no Brasil para designar feições integrantes de: (A) Depressões periféricas que ainda possuem resíduos de crátons. (B) Planaltos sedimentares com forte tendência à erosão. (C) Feições planas com altitude máxima de 500 metros que acumulam sedimentos. (D) Planícies costeiras. (E) Superfícies planas em cotas abaixo do nível de base dos rios. QUESTÃO 47 A Classificação climática de Köppen tem como intuito agru- par os diferentes climas do planeta associando-os de acordo com valores médios anuais e mensais da temperatura do ar, precipitação e a radiação solar. Assim, juntando 2 ou 3 letras, é possível classificar uma região climática. Exemplo conforme as tabelas abaixo: A (clima quente e úmi- do) + f (sempre úmido) = Af. Precipitação Temp. Max 30ºC 25ºC 20ºC 15ºC Te m p. M in /M ax 10ºC 5ºC Jan Fev Mar Abr Ago Set Out Nov Dez 0 mm Highcharts.com 100 mm 200 mm 300 mm 400 mm 500 mm compartilharCampos do Jordão - BR Climatologia e histórico de previsão do tempo em Campos do Jordão, BR Precipitação Maio Jun Jul Temp. Min (https://iede.fjp.mg.gov.br/mapas_leaflet/MG_Clima. html. Consultado em 18/04/2023. Adaptado) Climas geral de região A clima quente e úmido B clima árido ou semi-árido C clima mesotérmico (subtropical e temperado) Particularidade do regime de chuva f sempre úmido m monçônico e predominante úmido s chuvas de inverno s' chuvas do outono e inverno w chuvas de verão w' chuvas de verão e outono Temperatura característica de uma região h quente a verões quentes b verões brandos Observando as tabelas de classificação climática Köppen aci- ma, o tipo climático brasileiro apresentado no climograma é (A) Semiárido – Bsh (B) Equatorial – Am (C) Subtropical – Cfa ou Cfb (D) Tropical de Altitude – Cwb (E) Tropical típico – Aw 13 VI TO R A M ER IC OC U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 48 Relatório publicado pela Sociedade Americana de Meteoro- logia mostra que a década de 2010 a 2019 foi a mais quen- te da história, e 2019, o terceiro ano mais quente, perdendo apenas para 2016 e 2015. De acordo com Pedro Luiz Côrtes, professor do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEE), não se trabalha mais com a perspectiva de reversão desse qua- dro, mas, sim, de adaptação. “Nós temos um problema mui- to sério, porque o CO2 lançado na atmosfera demora muito tempo para decair, perder seu efeito e ser reabsorvido pelos sistemas naturais, permanecendo por muitos anos na atmos- fera." (https://jornal.usp.br/atualidades/derretimento-das- geleiras-da-groenlandia-passou-do-ponto-de-reversao/. Consultado em 18/04/2023. Adaptado.) O excerto da entrevista traz um problema ambiental rela- cionado a interferência antrópica na composição gasosa da atmosfera. Sobre a interferência humana citada no texto, po- de-se dizer que (A) cientificamente, é certo que a emissão de altas taxas de CO2 por milhares de anos não alteraram a temperatura média do planeta. (B) a atmosfera possui gases que permitem a passagem dos raios solares e a absorção de calor. (C) estudos indicam que a emissão de gases fósseis está mo- dificando a composição da atmosfera e alterando o efeito estufa natural do planeta. (D) políticas de compensação de carbono podem limpar total- mente a quantidade já existente de CO2 na atmosfera. (E) deve-se bloquear a radiação incidente no planeta para que haja equilíbrio na temperatura média do planeta, que vem se elevando. QUESTÃO 49 Essa formação apesar de representar pequena porção do cerrado, destaca-se pela sua riqueza, diversidade genética e pelo seu papel na proteção dos recursos hídricos, edáfi- cos, fauna silvestre e aquática. Atuam como barreira física e regulam os processos de troca entre os sistemas terrestre e aquático, desenvolvendo condições propícias à infiltração. Sua presença reduz significativamente a possibilidade de contaminação dos cursos d’água por sedimentos, resíduos de adubos, defensivos agrícolas, conduzidos pelo escoa- mento superficial da água no terreno. RIBEIRO, J.F. ed. Cerrado. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. Adaptado. R.P.P.N. Reserva Acangaú. Fonte: Departamento de Botânica- UFMG O cerrado pode ser considerado um domínio ecótono, por estar em posição de transição, entre campos e florestas, va- riando a vegetação desde campos sujos, cerrado estrito a formações florestais. Nas regiões de cerrados estrito, a topo- grafia é marcada pela drenagem, onde os rios perenes são margeados por: (A) Solos rochosos cobertos por gramíneas. (B) Vegetação exótica arbustiva trazida pela agricultura. (C) Coxilhas. (D) Mata Galeria. (E) Floresta Pluvial Costeira. QUESTÃO 50 Fatores naturais, bem como a ação humana, podem atuar em processos de degradação ambiental. O empobrecimen- to dos solos, impacto muito associado ao desmatamento, é frequente nas regiões úmidas, onde grandes quantidades de chuva acarretam na lavagem de quantias significativas de bases adsorvidas nos coloides dos solos (cálcio, magnésio, potássio e sódio). O processo descrito tem como principais consequências: (A) a salinização e a retração no nível dos lençóis freáticos. (B) a laterização e o aumento dos fenômenos erosivos (C) a desertificação e a redução da biodiversidade. (D) a acidificação e redução da fertilidade. (E) a arenização e o incremento de terras não agricultáveis. QUESTÃO 51 Observe a imagem a seguir: Circulação geral da atmosfera C or re nt e de sc en de nt e C or re nt e as ce nd en te C or re nt e de sc en de nt e 90º S 60º S 30º S 30º N 60º S 90º N0º (Zona de Convergência Intertropical) (Fillipe T. P. Torres e Pedro J. O. Machado. Introdução à climatologia, 2011. Adaptado.) ZCIT O sistema de circulação atmosférico representado acima tem importantes impactos no funcionamento dos climas pelo glo- bo. Sobre isso, pode-se dizer que a Zona de Convergência Intertropical: (A) estende-se até a linha dos trópicos, onde recebe incidên- cia solar quase perpendicular, passando por aquecimento e movimentos ascendentes do ar. (B) encontra-se nas proximidades da linha do Equador, apre- sentando uma pequena oscilação ao longo do ano; é uma zona de baixa pressão, com movimento convergente e ascendente do ar, sendo parte da Célula de Hadley. (C) está associada à ocorrência de ciclones, responsáveis por tempestades tropicais nas zonas de alta pressão. (D) encontra-se nas zonas de baixa pressão atmosférica, devido à incidência perpendicular da luz solar; é um dos sistemas atmosféricos da Célula de Ferrel, com correntes de ar descendentes e divergentes. (E) está situada próxima às latitudes médias, estando asso- ciada à fortes chuvas convectivas, devido a expansão vertical do ar aquecido. 14 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 52 Observe as imagens a seguir: Figura 1 Fonte: https://www.embrapa.br/. Figura 2 https://www.iguiecologia.com/ Figura 3 https://www.institutojurumi.org.br/ O bioma representado pelo complexo de fitofisionomias aci- ma e a relevância das vegetações destacadas pela imagem 1 correspondem (A) ao Cerrado e à proteção ao assoreamento. (B) ao Cerrado e à preservação dos fitoplânctons. (C) ao Pampa e ao combate à arenização. (D) ao Pantanal e à proteção às inundações. (E) ao Pampa e ao combate à eutrofização. QUESTÃO 53 Observe o climograma abaixo: 20 25 30 ºC 15 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 5 10 0 45 90 135 180 225 270 mm Trata-se do clima (A) Equatorial. (B) Semi-árido. (C) Temperado. (D) Tropical. (E) Mediterrâneo. QUESTÃO 54 El Niño: Previsões indicam chegada do fenômeno nos próximos meses Com o fim do fenômeno La Niña, as temperaturas no Oceano Pacífico tropical estão próximas da média histórica desde o mês de março, caracterizando uma fase de neutralidade do fenômeno El Niño. Uma previsão mais estendida dos mode- los aponta para um aquecimento significativo das águas em toda a bacia do Pacífico durante o inverno, dando início às condições de formação do fenômeno El Niño (aquecimento). Entretanto, é preciso ter cautela com seus impactos, pois é necessário que o mesmo se estabeleça, ocasionando mu- danças sobre o regime de chuvas e temperaturas no planeta. Disponível em: https://portal.inmet.gov.br/noticias/ el-ni%C3%B1o-previs%C3%B5es-indicam-chegada- do-fen%C3%B4meno-nos-pr%C3%B3ximos- meses (Acesso em 19 de abril de 2023.) Sobre as mudanças ocasionadas pelo fenômeno El Niño no Brasil: (A) alterao regime de chuvas, ocasionando inundações no Sul. (B) altera as temperaturas, ocasionando precipitação nival no Sudeste. (C) altera as temperaturas, elevando o risco de estiagem no Norte e Sul. (D) altera o regime de chuvas, elevando significativamente a precipitação no Norte. (E) altera o regime de chuvas, sendo responsável pelo au- mento das chuvas no Nordeste. 15 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 De acordo com a teoria contratualista de Rousseau, é neces- sário superar a natureza humana para (A) assegurar a integridade do soberano. (B) conservar as desigualdades sociais. (C) evitar a guerra de todos contra todos. (D) promover a efetivação da vontade geral. (E) garantir a preservação da vida. QUESTÃO 58 Montesquieu foi original no interior da tradição das teorias das formas de governo, pois fugiu à concepção tradicional que di- vidia os governos em função do mero número de governantes. Com ele, o que passa a definir cada regime não é mais o sim- ples número, mas sua estrutura e seu funcionamento. (Thiago Rodrigo Nappi. “Tradição e inovação na teoria das formas de governo: Montesquieu e a ideia de despotismo”. In: Historia, vol. 3, nº 3, 2012. Adaptado.) Montesquieu, filósofo iluminista e autor de Do espírito das leis, foi ávido crítico do absolutismo e propôs (A) a tripartição dos poderes em executivo, legislativo e judi- ciário. (B) a retomada de critérios religiosos para a escolha de go- vernantes. (C) a justificativa do despotismo real em nome da unidade nacional. (D) a obediência às leis costumeiras de origem feudal. (E) a retirada progressiva do poder político das classes mais baixas. QUESTÃO 59 O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamen- to grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcan- çará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado. A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Gré- cia Antiga é explicada, entre outros fatores, (A) pelo interesse dos grupos comerciantes em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades. (B) pelo esforço da estrutura administrativa do governo em justificar e legitimar o poder divino dos reis. (C) pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a or- ganização da vida na cidade. (D) pela rejeição da população urbana à persistência do pen- samento mítico de origem cretense. (E) pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo espartano. QUESTÃO 55 [...] São encostas íngremes de sedimentos variegados, loca- lizadas junto à linha de praia, afetadas esporadicamente por movimentação de solos que remodelam seu relevo, o que demonstra a ocorrência de ação erosiva sobre a superfície dos Tabuleiros Costeiros. (AB’SABER, Aziz - 2001) O excerto refere-se a (A) cuesta. (B) coxilhas. (C) escarpas. (D) falésias. (E) chapadas. QUESTÃO 56 Alguns filósofos argumentam que a teoria da reminiscência de Platão é incompatível com a ideia de liberdade humana, já que ela sugere que nossas escolhas são determinadas pelo conhecimento que já possuímos. Outros argumentam que a teoria da reminiscência não é capaz de explicar a origem do conhecimento inato, ou que a ideia de um conhecimento ina- to é simplesmente implausível. Qual é a teoria da reminiscência, proposta por Platão em sua filosofia? (A) A teoria da reminiscência de Platão afirma que todo co- nhecimento humano é inato e que nossa mente é capaz de lembrar verdades eternas que já conhecemos em ou- tras vidas. (B) Segundo Platão, a teoria da reminiscência diz respeito à capacidade do ser humano de aprender a partir de suas próprias experiências, utilizando o conhecimento adquiri- do no passado para lidar com novas situações. (C) A teoria da reminiscência de Platão afirma que todo co- nhecimento humano é adquirido a partir da experiência sensorial, e que nossa mente é capaz de processar essas informações para construir uma compreensão do mundo. (D) Platão propõe que a teoria da reminiscência se refere à capacidade do ser humano de criar novos conhecimentos a partir de suas próprias reflexões e do diálogo com ou- tras pessoas. (E) De acordo com a teoria da reminiscência de Platão, nos- so conhecimento é adquirido por meio do contato com as coisas em si, que existem independentemente de nossa mente. QUESTÃO 57 Aquele que ousa empreender a instituição de um povo deve sentir-se com capacidade para, por assim dizer, mudar a natureza humana, transformar cada indivíduo, que por si mesmo é um todo perfeito e solitário, em parte de um todo maior, do qual de certo modo esse indivíduo recebe sua vida e seu ser; alterar a constituição do homem para fortificá-la; substituir a existência física e independente, que todos nós recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. Em uma palavra, é preciso que destitua o homem de suas próprias forças para lhe dar outras […] das quais não possa fazer uso sem socorro alheio. (Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1978.) 16 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 QUESTÃO 60 O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamen- talistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua ofere- cendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do his- toriador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusi- ve, o comunitarismo”, afirma Pagden. (Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.) Com base no trecho, o movimento iluminista podeser per- cebido como (A) um impulso intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à hegemonia do Ocidente. (B) um movimento filosófico e intelectual de valorização da ra- zão, da liberdade e da autonomia, restrito ao século XVIII. (C) uma tendência de pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas nações europeias. (D) um projeto intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade teológica. (E) um movimento intelectual, de origem europeia, que se propõe a emancipação através da razão. QUESTÃO 61 Sobre a classificação de um organismo como “quimiohetero- trófico”, pode-se afirmar que (A) A classificação diz respeito a um ser capaz de se alimen- tar de matéria inorgânica. (B) O termo quimioheterotrófico se refere às bactérias fotos- sintetizantes. (C) São seres costumeiramente parasitas, que obtêm energia a partir da degradação dos tecidos do hospedeiro. (D) Se trata de um organismo que obtém energia a partir de compostos químicos e carbono a partir de compostos or- gânicos. (E) É todo ser que realiza processos catabólicos. QUESTÃO 62 Sabendo que a transcriptase reversa é uma enzima presente nos retrovírus, como o HIV, assinale a alternativa correta: (A) Essa enzima é responsável pela integração do RNA viral ao DNA da célula hospedeira. (B) Está associada à replicação do DNA viral dentro da célula hospedeira. (C) Catalisa a transcrição do RNA viral para DNA. (D) Catalisa a polimerização do DNA viral em RNA que se integra ao RNA de bactérias. (E) Permite que certos vírus se repliquem sem precisar para- sitar uma célula. QUESTÃO 63 Leia o texto e a imagem a seguir: Apesar da semelhança, o Thylacosmilus atrox não tem pa- rentesco evolutivo com o Smilodon fatalis, o representante máximo dos mamíferos superpredadores. Na verdade, ex- plica Wroe, o Smilodon é resultado de um de, pelo menos, cinco “experimentos” independentes registrados na história evolutiva dos dentes-de-sabre, no decorrer da Era dos Ma- míferos, que se estende por cerca de 65 milhões de anos. “Essas duas espécies estão separadas por, pelo menos, 125 milhões de anos de evolução”, afirma Wroe. “Sabe-se hoje que, do ponto de vista evolutivo, os T. atrox têm os marsu- piais como parentes mais próximos”. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/tamanho- nao-e-documento/ (Texto e imagem) Acesso em: jun. 2021. O fenômeno descrito no texto para as duas espécies, cujas características semelhantes se desenvolveram de forma in- dependente, é denominado de (A) adaptação. (B) homologia. (C) camuflagem. (D) convergência evolutiva. (E) reprodução diferencial. QUESTÃO 64 A placenta é um órgão fascinante, pois é único órgão tempo- rário no corpo humano. A placenta é um órgão materno-fetal que desempenha papéis importantes ao longo do desenvolvi- mento embrionário O sinciotrofoblasto é a barreira de células multinucleadas presentes na placenta, essas estruturas se originam a partir da camada mais externa do blastocisto, sen- do que sua formação ocorre durante o período de nidação. As descobertas cientificas revelam que a proteína sincitina-1 é fundamental para que o sinciotrofoblasto do blastocisto se funda ao endométrio. O mapeamento genético destas células revelou que a sincitina-1, uma glicoproteína essencial nes- se processo de fusão corresponde a um elemento retroviral endógeno, ou seja, o gene que codifica esta glicoproteína é remanescente de uma antiga infecção retroviral, em que a sequência foi integrada ao genoma do à linhagem germinati- va dos hospedeiros ancestrais. (https://whyy.org/segments/the-placenta-went-viral- and-protomammals-were-born/. Adaptado) Considerando as informações presentes no texto, a aquisi- ção do gene que codifica para a sincitina-1 ao genoma hu- mano ocorreu por: 17 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 VI TO R A M ER IC O C U N H A D E LI M A 33 71 00 75 88 2 (A) Um processo de infecção que resulta em transferência horizontal, em que sequências parciais ou totais de retro- vírus exógenos se fixam as células germinativas permitin- do assim transmissão vertical. (B) Um processo de inflamação que resulta em transferência horizontal, em que sequências parciais ou totais de retro- vírus exógenos se fixam as células germinativas permitin- do assim transmissão vertical. (C) Um processo de infecção que resulta em transferência vertical, em que sequências parciais ou totais de retroví- rus exógenos se fixam as células germinativas permitindo assim transmissão horizontal. (D) Um processo de inflamação que resulta em transferência vertical, em que sequências parciais ou totais de retroví- rus exógenos se fixam as células germinativas permitindo assim transmissão horizontal. (E) Um processo de transfecção que resulta em transferência vertical, em que sequências parciais ou totais de retroví- rus exógenos se fixam as células germinativas permitindo assim transmissão horizontal. QUESTÃO 65 A evidência mais antiga da esquistossomose vem do berço da civilização, o sítio arqueológico mesopotâmio de Tell Zei- dan, na Síria. No sedimento coletado da região pélvica de 26 indivíduos, um continha ovo de esquistossomo, sendo essa a evidência de infecção por esquistossomose datada de 6.000 anos atrás. Atualmente existem duas hipóteses principais que explicam a origem do esquistossomo, uma postula que este surgiu na África e a outra que originou-se na Ásia. Entretanto Ambas as hipóteses propõem que o gênero schistosoma sur- giu antes da separação do supercontinente Gondwanaland mais de 150 milhões de anos atrás. De acordo com a análise de rearranjos de genes mitocondriais – que é um evento evo- lutivo raro. Os rearranjos nos genomas, como a posição das famílias de genes da Desidrogenase e da citocromo oxidase; Os genes ATP sintase e citocromo B fornecem caracteres para estimar posições na filogenia. (https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ ciencia-e-saude/2014/06/19/interna_ciencia_ saude,433593/parasita-causador-da-esquistossomose- acompanhou-evolucao-humana.shtml. Adaptado) Considerando as informações presentes no texto, sobre a es- quistossomose é correto afirmar que: (A) A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo Platelminto Schistosoma mansoni, responsável por causar a doença popularmente conhecida como febre amarela. (B) A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo Protozoário Schistosoma mansoni, responsável por causar a doença popularmente conhecida como barriga d’água. (C) A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo nematelminto Schistosoma mansoni, responsável por causar a doença popularmente conhecida como barri- ga d’água. (D) A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo Platelminto Schistosoma mansoni, responsável por causar a doença popularmente conhecida como barriga d’água. (E) A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo nematelminto Schistosoma mansoni, responsável por causar a doença popularmente conhecida como febre amarela. QUESTÃO 66 Em agosto de 2023, uma expedição científica ocorrerá nos recifes da foz do rio Amazonas, que se estendem por 1.350 km, da borda da plataforma continental a uma pro- fundidade de 70 a 220 metros. A presença de organismos na região era improvável devido à forte corrente