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Prévia do material em texto

REDE	DE	DISCIPULADO	1
ARIVAL	DIAS	CASIMIRO
PAULO	LALLI
REDE	DE	DISCIPULADO	1
autores
Arival	Dias	Casimiro
Paulo	Lalli
editor	responsável
Alberto	José	Bellan
revisão
Rachel	Negrão	Fernandes	Rocha
capa,	produção	e	diagramação
Z3	IDEIAS	LTDA
imagem	da	capa
Shutterstock	Images
Dados	Internacionais	de	Catalogação	na	Publicação	(CIP)
(Câmara	Brasileira	do	Livro,	SP,	Brasil)
Casimiro,	Arival	Dias
Rede	de	Discipulado	/	Arival	Dias	Casimiro	–	Santa	Bárbara	d’Oeste,	SP	:	Z3
Editora,	2012.
1.	Discipulado	(Cristianismo)	2.	Fé	3.	Formação	Espiritual	-	Estudo	e	ensino	4.
Vida	Cristã
I.	Lalli,Paulo	II.	Título.
12-13458
CDD-248.4
Índices	para	catálogo	sistemático:
1.	Discipulado	:	Formação	Espiritual	:	Prática	Religiosa	:	Cristianismo	248.4
4ª	Edição
Fevereiro	de	2019
copyright	©	2012
por	Z3	Editora
Todos	os	direitos	reservados	e	protegidos	pela	Lei	9.610	de
19/02/98.	Nenhuma	parte	deste	livro,	sem	autorização	prévia	por
escrito	da	editora,	poderá	ser	reproduzida	ou	transmitida	sejam
quais	forem	os	meios	empregados:	eletrônicos,	mecânicos
fotográficos,	gravação	ou	quaisquer	outros.
Todos	os	direitos	reservados,
na	língua	portuguesa,	por
Z3	Editora	Ltda.
Rua	Floriano	Peixoto,	103
Centro	-	CEP	13450-022
Santa	Bárbara	d’Oeste	-	SP	-	Brasil
Tel:	19	-	3455.1594
vendas@z3ideias.com.br
www.z3ideias.com.br
https://www.z3ideias.com.br
SUMÁRIO
Apresentação
Introdução
Estudos
Eleito	para	ser	um	discípulo
Chamado	para	ser	um	discípulo
Decisão	de	ser	um	discípulo
A	liberdade	do	discípulo
Os	privilégios	do	discípulo
A	vida	devocional	do	discípulo
A	santificação	do	discípulo
A	segurança	da	salvação
Vencendo	as	tentações
Compreendendo	a	vontade	de	Deus
Compromisso	com	a	Igreja
Todo	discípulo	é	um	mordomo
Uma	vida	cheia	do	Espírito	Santo
O	fruto	do	Espírito	Santo
Os	dons	espirituais
Testemunhando	fora	da	igreja
Landmarks
Cover
APRESENTAÇÃO
Uma	igreja	sem	discipulado	é	uma	utopia.	Esforçar-se	por	desenvolver	uma
igreja	sem	a	preocupação	de	formar	discípulos	é	um	trabalho	extenuante	que	só
produz	adeptos	para	a	religião	cristã.
Nossas	igrejas	estão	repletas	de	frequentadores	que	nunca	foram	ensinados,	ou
se	foram,	não	obedecem	aos	princípios	elementares	do	discipulado.
Isto	porque	o	custo	é	grande	e	exige	da	pessoa	uma	devoção	que	coloca	Deus,
Sua	justiça	e	Seu	Reino	acima	de	todas	as	coisas.	Discipulado	exige	negação	de
si	mesmo,	tomar	a	cruz	de	Cristo	e	segui-lo	a	qualquer	custo.
O	Rev.	Arival	descreve	com	extrema	clareza	os	princípios	ensinados	por	Jesus	e
seus	discípulos	de	como	podemos	vivenciar	a	vida	abundante	prometida	por
Jesus.
Quando	resolvemos	nos	posicionar	ao	lado	de	Jesus,	atendendo	o	seu	convite,	o
critério	é:	“...	quem	comigo	não	ajunta,	espalha;	quem	não	é	por	mim	é	contra
mim.	Ninguém	pode	servir	a	dois	senhores”.
Nesse	sentido,	temos	que	nos	lembrar	que	estas	decisões	em	nossa	caminhada	de
conversão	não	há	neutralidade,	tem	que	ser	decisões	coerentes.
Elas	devem	influenciar	a	vida	de	modo	efetivo	e	concreto.	Pensamentos,
palavras,	atitudes	e	comportamento	terão	que	ser	afetados.
Para	que	o	discipulado	seja	efetivo	não	basta	apenas	se	conscientizar	que	isto	é
uma	coisa	boa.	Não	basta	ler	ou	estudar	as	aulas	aqui	preparadas.
É	preciso	agir	concretamente,	permitindo	que	nossas	decisões	se	reflitam	nas
múltiplas	facetas	do	nosso	dia	a	dia,	nos	mais	insignificantes	e	pequenos	gestos.
De	fato,	é	impossível	acreditar,	de	verdade,	naquilo	que	não	se	vivencia,	cada
dia.
Ninguém	poderá	experimentar	a	“vida	abundante”	oferecida	por	Cristo	se	não
estiver	disposto	a	viver	de	maneira	coerente	os	seus	ideais	e	convicções
espirituais.
Por	esta	razão,	cada	discípulo	de	Jesus	Cristo	deveria	desenvolver	a	sua
capacidade	de	permitir	que	sua	vida	passe	por	processos	contínuos	de
desestruturação	e	estruturação.
Seria	ingenuidade	de	nossa	parte	acreditar	que	estas	fases	só	acontecem	apenas
em	alguns	momentos	particulares	e	mais	ou	menos	espetaculares	e	sensacionais
de	nossa	vida,	como	em	Retiros	espirituais,	congressos,	seminários	e
“acampamentos”.
Precisamos	estar	dispostos	a	cada	dia	renunciar	a	alguma	coisa	e	aceitar	os
desertos	e	silêncios	de	Deus.
É	preciso	entender	que	hoje,	agora,	eu	estou	necessitando	de	conversão.
Creio	que	por	esta	razão,	o	Rev.	Arival	fez	este	esforço	no	sentido	de	nos	ajudar
através	de	seus	estudos	a	entender	as	implicações	do	discipulado	desejado	por
Cristo.	Me	surpreendeu	a	maneira	didática	e	simples	com	que	organizou	seus
estudos.
Espero	que	mais	esta	ferramenta	seja	uma	bênção	para	muitos	daqueles	que
ainda	vivem	escravizados	pela	religiosidade.	Espero	também	que	seja	uma
bênção	para	a	Igreja	Brasileira.
Pr.	Paulo	Solonca
INTRODUÇÃO
O	discípulo	é	a	pessoa	que	segue	a	Jesus,	arrependida	dos	seus	pecados,
renunciando	a	sua	vontade	e	pagando	o	preço	do	seu	compromisso	espiritual.	Ele
é	alguém	que	assume	publicamente	a	sua	relação	com	Jesus.	Ele	é	um	aprendiz
espiritual,	que	está	se	tornando	semelhante	a	Jesus.	Ele	é	um	escolhido	de	Deus
para	frutificar,	reproduzir	e	multiplicar	espiritualmente.
A	missão	que	Jesus	dá	a	sua	igreja	é	a	de	fazer	novos	discípulos:	Jesus,
aproximando-se,	falou-lhes,	dizendo:	Toda	a	autoridade	me	foi	dada	no	céu	e	na
terra.	Ide,	portanto,	fazei	discípulos	de	todas	as	nações,	batizando-os	em	nome
do	Pai,	e	do	Filho,	e	do	Espírito	Santo;	ensinando-os	a	guardar	todas	as	coisas
que	vos	tenho	ordenado.
E	eis	que	estou	convosco	todos	os	dias	até	à	consumação	do	século	(Mateus
28.18-20).
A	missão	contém	quatro	elementos	universais,	cada	um	deles	marcado	pela
palavra	“todo”:	toda	autoridade,	todas	as	nações,	todas	as	coisas	que	vos	tenho
ordenado	e	todos	os	dias.	O	cerne	da	missão	é	o	discipulado.	O	imperativo	é:
fazei	discípulos.
O	processo	do	discipulado	envolve	pessoas	influenciando	outras	espiritualmente.
Discipular	não	é	apenas	transmitir	informações	bíblicas,	mas	promover	formação
espiritual.	Na	linguagem	de	Paulo,	é	uma	rede	de	pessoas	ensinando	outras,	o
conteúdo	da	Palavra	de	Deus:	E	o	que	de	minha	parte	ouviste	através	de	muitas
testemunhas,	isso	mesmo	transmite	a	homens	fiéis	e	também	idôneos	para
instruir	a	outros	(2	Timóteo	2.2).	A	instrução	envolve	o	ensino	teórico
acompanhado	do	exemplo	de	vida.
A	nossa	proposta	neste	primeiro	volume	do	curso	REDE	DE	DISCIPULADO
tem	dois	objetivos:	oferecer	alguns	estudos	para	formar	novos	discípulos	e
outros	estudos	para	ajudar	o	novo	discípulo	a	se	firmar	na	fé.
Arival	Dias	Casimiro
Estudo	01
Textos	Básicos:	João	15.16;	6.66-71
ELEITO	PARA	SER	UM	DISCÍPULO
Introdução
Iniciamos	hoje,	o	curso	de	discipulado.	E,	inicialmente,	duas	perguntas	precisam
ser	respondidas:
O	que	é	um	discípulo	de	Jesus?
Discípulo	é	a	pessoa	que	crer	em	Jesus	Cristo	como	Filho	de	Deus,	com	a	firme
disposição	de	aprender	e	obedecer	aos	Seus	ensinamentos.	A	palavra	“discípulo”
(grego	–	mathetes)	significa,	de	modo	geral,	“aluno”,	“aprendiz”	ou	“seguidor	de
um	professor”	(Mt	10.24).	Novo	Testamento,	o	termo	foi	aplicado	para	os
seguidores	de	João	Batista	(Mt	9.14),	aos	alunos	dos	fariseus	(Mt	22.16),
especificamente,	aos	doze	apóstolos	(Lc	9.1),	e	enfaticamente,	aos	verdadeiros
discípulos	(Jo	13.35).	Após	a	ascensão	de	Jesus,	a	palavra	discípulo	foi	usada
amplamente	para	identificar	todo	seguidor	de	Cristo,	isto	é,	todo	cristão	(At	6.7;
11.26).	Quem	quiser	ser	cristão,	crente	ou	evangélico	hoje,	precisa	se	tornar	um
discípulo	de	Jesus.
Por	que	devemos	fazer	discípulos	para	Jesus?
Devemos	fazer	discípulos	porque	fomos	ordenados	por	Deus.	Ser	discípulo	e
fazer	discípulos	não	são	opções,	mas	ordens	claras	de	Deus,	registradas	na	Bíblia
(Dt	1.12,13;	6.6-9;	Mt	28.18-20).	Jesus	ordenou	e	praticou	o	método	de	fazer
discípulos.	Ele	investiu	os	três	últimos	anos	da	sua	vida	e	do	seu	ministério,
preparando	os	seus	discípulos	(Mc	3.13-15).
O	nosso	primeiro	estudo	é	sobre	a	origem	do	discípulo.	Como	nasce	ou	surge	um
discípulo	de	Jesus?
1.	ESCOLHIDO	PARA	SER	DISCÍPULO
Um	discípulo	nasce	por	iniciativa	divina.	Jesus	é	quem	escolhe	as	pessoas	paraserem	seus	discípulos.
Ele	disse	aos	seus	primeiros	discípulos:	Não	fostes	vós
que	me	escolhestes	a	mim;	pelo	contrário,	eu	vos	escolhi	a	vós	outros	e	vos
designei	para	que	vades	e	deis	fruto,	e	o	vosso	fruto	permaneça;	a	fim	de	que
tudo	quanto	pedirdes	ao	Pai	em	meu	nome,	ele	vo-lo	conceda	(Jo	15.16).
Três	lições	claras:
Primeira	lição,	Jesus	escolheu	os	seus	discípulos	e	não	o	contrário.
Não	fostes	vós	que	me	escolhestes	a	mim;	pelo	contrário,	eu	vos	escolhi	a	vós
outros.	Jesus	foi	quem	elegeu	os	seus	discípulos	bem	como	cada	membro	da	sua
igreja	(Jo	6.70;	Ef	1.4;	2Ts	2.13,14).	Ele	escolheu	a	quem	quis,	de	forma
soberana	(Mc	3.13).	Ele	escolheu	de	maneira	incondicional,	pois	não	há
nenhum	motivo	no	escolhido	que	justificasse	a	sua	escolha	(Dt	7.7,8).	Ser
escolhido	para	ser	um	discípulo	é	um	privilégio	da	Graça	(Mt	20.16).
Segunda	lição,	ele	escolheu	e	enviou	os	seus	discípulos	para	uma	missão.
E	vos	designei	para	que	vades	e	deis	fruto,	e	o	vosso	fruto	permaneça.	A	palavra
“designar”	significa	“determinar”	e	se	refere	ao	ato	de	separar	alguém	para
um	trabalho	específico.	O	discípulo	de	Jesus	é	alguém	que	foi	escolhido	e
separado	por	Ele,	para	a	missão	de	evangelizar	e	dar	frutos.	Aqui	os	frutos	são
as	almas	salvas	para	a	eternidade	(Jo	4.36;	12.24).	Ele	nos	fez	seus	discípulos
para	que	possamos	fazer	outros	discípulos.	O	único	fruto	que	permanece	para	a
eternidade	são	as	pessoas	que	são	salvas	por	meio	do	nosso	trabalho	(1Co
15.58;	1Ts	2.19,20).	Os	sinais	que	identificam	os	verdadeiros	discípulos	são	os
frutos	(Mt	7.20).
Terceira	lição,	o	propósito	final	da	escolha	do	discípulo	é	a	intimidade.
A	fim	de	que	tudo	quanto	pedirdes	ao	Pai	em	meu	nome,	ele	vo-lo	conceda.	O
objetivo	final	da	obediência	é	o	privilégio	de	orar,	em	nome	de	Jesus,	e	ser
respondido	pelo	Pai.	Fomos	escolhidos	para	orar	sempre	e	nunca	esmorecer	(Lc
18.1,7).	O	maior	privilégio	dos	escolhidos	pelo	Rei	é	poder	falar	com	Ele,	a
qualquer	hora.	A	intimidade	do	Senhor	é	para	os	seus	escolhidos	(Sl	25.14).
2.	ESCOLHIDO	PARA	NUNCA	DESISTIR
Nos	Evangelhos,	todos	que	seguiam	e	buscavam	a	Jesus	foram	chamados	de
“discípulos”.
Mas	nem	todos	eram	discípulos	verdadeiros,	pois	seguiam	a	Jesus	com
motivações	equivocadas.	Em	João	6.1-71,	encontramos	o	registro	de	pessoas	que
seguiam	a	Jesus	com	motivações	das	mais	diversas.
Vejamos	algumas:	(1)	Os	curiosos	(Jo	6.2).	Muitos	seguiam	a	Jesus	para	assistir
as	suas	curas	e	milagres.	Há	pessoas	que	são	expectadores	de	Jesus.	Gostam	de
ver	prodígios	e	milagres,	mas	tudo	sem	compromisso.
(2)	Os	interesseiros	(Jo	6.14).	Muitos	viam	a	Jesus	como	um	profeta	ou	um
político	que	resolveria	o	problema	da	fome.	Há	muitos	que	buscam	em
Jesus,	somente	a	solução	para	os	seus	problemas	materiais.	(3)	Os
incrédulos
(Jo	6.36).	Muitos	viam	os	sinais	e	ouviam	as	mensagens,	mas	não	criam.	Eram
céticos.	Mente	e	coração	fechados	para	as	realidades	espirituais.	(4)	Os
murmuradores	(Jo	6.41).	Muitos	reclamaram	da	mensagem	de	Jesus	e	passaram
a	desprezar	a	sua	pessoa.	(5)	Os	desistentes
(Jo	6.66).	Muitos	desistiram	de	seguir	a	Jesus	porque	a	sua	mensagem	era	muito
difícil	de	ser	vivida.	(6)	Os	fiéis	(Jo	6.67-69).	São	aqueles	que	não	desistem	de
Jesus	e	perseveram	até	o	fim.
Vejamos	o	que	Jesus	falou	para	os	seus	discípulos	verdadeiros:	Então,	perguntou
Jesus	aos	doze:	Porventura,	quereis	também	vós	outros	retirar-vos?	Respondeu-
lhe	Simão	Pedro:	Senhor,	para	quem	iremos?	Tu	tens	as	palavras	da	vida	eterna;
e	nós	temos	crido	e	conhecido	que	tu	és	o	Santo	de	Deus	(Jo	6.67-69).	O
verdadeiro	discípulo	jamais	desiste	de	seguir	a	Jesus.	Três	razões	para	justificar
esta	não	desistência:
Ele	não	desiste	porque	foi	escolhido	por	Deus.
Cada	discípulo	de	Jesus	foi	escolhido	por	Deus	e	é	conduzido	por	Ele	a	Jesus.
Todo	aquele	que	o	Pai	me	dá,	esse	virá	a	mim;	e	o	que	vem	a	mim,	de	modo
nenhum	o	lançarei	fora	(Jo	6.37).	Lançar	fora	significa	que	o	verdadeiro
discípulo	foi	escolhido	para	ficar	para	sempre	com	Jesus.	Ele	jamais	desistirá.
Esta	verdade	é	repetida	por	Jesus,	várias	vezes	no	capítulo	seis	(vv.	39,40,	44,
64,	65,	70).	O	eleito	jamais	terá	a	sua	escolha	revogada,	pois	os	dons	e	a	vocação
divina	são	irrevogáveis	(Rm	11.29).
O	escolhido	por	Deus	para	a	salvação	jamais	perecerá.
Ele	não	desiste	porque	Jesus	é	a	única	opção	que	satisfaz.
Pedro	pergunta:	Senhor,	para	quem	iremos?	Qual	seria	a	outra	opção	além	de
Jesus?	Alguém	poderia	ocupar	o	lugar	de	Jesus	em	minha	vida?	Não,
definitivamente.	Somente	Jesus	é	o	caminho,	a	verdade	e	a	vida	(Jo	14.6).	Não
há	outra	opção!	Somente	por	intermédio	de	Jesus	poderemos	ser	salvos	(At
4.12).
Observe	que	Pedro	não	fala	“para	onde”,	mas	“para	quem”.	Fala-se	hoje	no
grupo	dos	“sem	igrejas”.	Alguns	desistiram	de	ir	à	igreja,	porque	foram
enganados	e	explorados	por	falsos	líderes	espirituais.	Outros	desistiram	porque
eram	consumidores	de	produtos	religiosos.	Todos	foram	buscar	salvação	em
lugares	religiosos	ao	invés	de	irem	a	Jesus.
Ele	não	desiste	por	causa	da	sua	fé.
Pedro	continua	dizendo	para	Jesus:	Tu	tens	as	palavras	da	vida	eterna;	e	nós
temos	crido	e	conhecido	que	tu	és	o	Santo	de	Deus.	Através	da	fé	e	do
conhecimento	espiritual,	o	discípulo	sabe	quem	é	Jesus.	Ele	sabe	e	já	desfruta	da
vida	eterna	que	somente	Jesus	pode	dar	(v.47).	Quem	tem	Jesus,	jamais	desiste
ou	o	abandona.	Quem	tem	a	fé	salvadora	não	retrocede	para	a	perdição	(Hb
10.39).
Conclusão
O	verdadeiro	discípulo	de	Jesus	é	alguém	que	foi	escolhido	por	Deus,	para	ser
dele.	O	discípulo	é	alguém	que	foi	enviado	com	a	missão	de	frutificar	e	com	o
privilégio	de	ter	as	suas	orações	respondidas.	O	discípulo	nunca	desiste	do	seu
chamado	e	jamais	abrirá	mão	do	seu	relacionamento	pessoal	com	Jesus.
Discipulado	significa	deixar	tudo	para	seguir	a	Jesus.
Estudo	02
Texto	Básico:	Marcos	2.13-17
CHAMADO	PARA	SER	UM	DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
O	voluntariado	é	uma	das	práticas	mais	altruístas	que	temos	na	sociedade	atual.
Voluntário	é	a	pessoa	que,	por	interesse	pessoal	ou	motivado	por	um	ideal,
trabalha	sem	remuneração,	em	benefício	da	comunidade.	Calcula-se	que	mais	de
80	milhões	de	brasileiros	estejam	engajados	em	alguma	causa	social	hoje.
Ser	discípulo	de	Jesus	não	é	um	ato	de	voluntariado.	Ser	cristão	não	é	ser	um
voluntário,	mas	alguém	que	foi	escolhido	e	chamado.	Jesus	nunca	espera	por
seguidores	voluntários,	mas	chama	pessoas	com	autoridade	divina
(Mt	8.22).	O	ponto	de	partida	é	a	ordem	de	Jesus:	“Segue-me”	(Mt	9.9;	Jo	21.19)
ou	“Vinde”	(Mc	1.17).	Ninguém	se	faz	discípulo,	mas	é	escolhido	e	chamado	por
Jesus	para	ser	seu	discípulo.	Vejamos	mais	detalhes.
1.	O	CONCEITO	DE	CHAMADO
Aprendemos	o	conceito	bíblico	de	chamado,	estudando	três	palavras	do	Novo
Testamento:	chamar,	seguir	e	ir	atrás.
Chamar.
A	primeira	é	o	verbo	“chamar”	(proskaleomai)	que	significa	“chamar	para	si
mesmo”,	“convocar”	e	“mandar	vir”	(Mt	10.1;	Mc	7.14).	O	discipulo	é	alguém
chamado	ou	ordenado	a	vir	a	Jesus.	Também	aplica	ao	chamado	para	uma
função	ou	dever,	numa	espécie	de	“nomeação”	ou	“escolha”	para	uma	missão
(At	13.2;	16.10).	Num	sentido	figurado,	é	usada	como	um	convite	para	alguém
aceitar	a	Cristo	como	seu	Salvador	pessoal	(At	2.39).	A	igreja,	portanto,	é	a
reunião	daqueles	que	foram	chamados	por	Deus,	para	serem	discípulos	(Rm
1.6,7;	1Co	1.2,	24).
Seguir.
A	segunda	é	o	verbo	“seguir”	(akoloutheo)	que,	num	sentido	geral,	significa
“acompanhar	e	seguir	com	alguém	numa	mesma	estrada”	(Mt	8.1;	Mc	5.24).
Especificamente,	seguir	um	mestre	ou	tornar-se	um	discípulo	de	alguém,	no	que
diz	respeito	a	crer	e	obedecer	aos	seus	mandamentos	(Jo	8.12;	12.26).	Ser
discipulo	é	caminhar	com	Jesus	na	estrada	da	vida.	Foi	o	que	aconteceu	com	o
cego	Bartimeu:	Então,	Jesus	lhe	disse:	Vai,	a	tua	fé	te	salvou.	E	imediatamente
tornou	a	ver	e	seguia	a	Jesus	estrada	fora	(Mc	10.52).
Ir	atrás.
A	terceira	palavra	é	“ir	atrás”	(opisõ)	que	significa	“seguir	atrás	de	alguém”.
Refere-se	principalmente	a	pessoa	que	segue	atrás	de	Jesus	(Mt	10.38).	Disse-
lhes	Jesus:	Vinde	após	mim,	e	eu	vos	farei	pescadores	de	homens.	Então,	eles
deixaramimediatamente	as	redes	e	o	seguiram	(Mc	1.17,18).
Quatro	lições	principais:	(1)	A	origem	do	chamado:	Jesus.	O	convite	partiu	de
Jesus.	Foi	ele	quem	tomou	a	iniciativa	de	chamar.	(2)	A	natureza	do	chamado:
Vinde	após	mim.	O	significado	do	discipulado	é	que	Jesus	vai	à	frente	e
estabelece	o	caminho.	Tal	como	aquele	que	põe	a	mão	no	arado,	o	discípulo	não
olha	para	trás,	mas	para	o	alvo	que	está	a	sua	frente	(Lc	9.62;
Fp	3.13).	(3)	O	propósito	do	chamado:	o	serviço.	Os	discípulos	são	tranformados
em	“pescadores	de	homens”.
(4)	A	resposta	ao	chamado:	obediência.	Eles	obedeceram	imediatamente	ao
chamado	de	Jesus.
2.	UM	EXEMPLO	DE	CHAMADO
Por	intermédio	do	evangelho,	Jesus	chama	as	pessoas	para	salvação	e	para	o
discipulado.	Ele	já	havia	chamado	Simão,	André,	Tiago	e	João	(Mc	1.16-20).
Agora,	chama	Levi:	De	novo,	saiu	Jesus	para	junto	do	mar,	e	toda	a	multidão
vinha	ao	seu	encontro,	e	ele	os	ensinava.	Quando	ia	passando,	viu	a	Levi,	filho
de	Alfeu,	sentado	na	coletoria	e	disse-lhe:	Segue-me!	Ele	se	levantou	e	o	seguiu.
(Mc	2.13,14).	Utilizaremos	o	exemplo	de	Levi,	para	apresentar	seis
características	deste	chamado:
Jesus	é	quem	escolhe	aquele	que	será	chamado.
Foi	Jesus	quem	escolheu	e	chamou	Levi.	Jesus	viu	Levi	e	se	dirigiu	a	ele.	A
quem	Deus	escolhe,	ele	chama
(Rm	8.30).	O	apóstolo	Paulo	declara	que	ele	foi	eleito	e	separado	por	Deus,
antes	do	seu	nascimento:	Quando,	porém,	ao	que	me	separou	antes	de	eu	nascer
e	me	chamou	pela	sua	graça,	aprouve	revelar	seu	Filho	em	mim,	para	que	eu	o
pregasse	entre	os	gentios,	sem	detença,	não	consultei	carne	e	sangue	(Gl
1.15,16).	Deus	escolhe	e	chama	a	quem	ele	quiser.
Jesus	chama	de	forma	pessoal	ou	individual.
Ele	se	dirige	a	pessoa	de	Levi,	que	também	se	chamava	Mateus	(presente	de
Deus),	o	qual	era	filho	de	Alfeu.
Todas	as	vezes	que	Jesus	chamou	uma	pessoa,	chamou-a	pelo	seu	nome,	mesmo
não	tendo	contato	pessoal	anterior	com	ela.	Exemplos	bíblicos:	Abrão
(Gn	12.1),	Moisés	(Êx	3.4),	Samuel	(1Sm	3.4),	Zaqueu
(Lc	19.5)	e	Saulo	(At	9.4).	A	salvação	é	pessoal	e	o	discípulo	é	chamado
individualmente.
Jesus	chama	para	segui-lo.
Segue-me	é	uma	convocação	para	o	discipulado,	para	uma	nova	vida	com	Jesus.
Levi	não	seria	mais	um	coletor	de	impostos,	mas	um	discípulo	de	Jesus,	um
“pescador	de	homens”.	A	sua	vida	e	a	sua	profissão	foram	mudadas.
O	chamado	ao	discipulado	exige	arrependimento	da	pessoa	chamada.	E
arrependimento	significa	mudança	de	mente,	de	sentimento	e	de	vontade.	Trata-
se	de	uma	mudança	total	de	vida.	Jesus	pregou	e	devemos	pregar	o
arrependimento	como	um	pré-requisito	para	aqueles	que	desejam	tornar-se	um
seguidor	de	Jesus	(Mc	1.15;	At	2.38).
Jesus	chama	trabalhadores	para	um	novo	trabalho.
Levi	estava	na	coletoria	trabalhando.	Ele	não	era	uma	pessoa	desocupada	que
não	tinha	outra	opção	de	vida.	Jesus	sempre	chama	os	ocupados	e	atarefados,
pois	a	Sua	obra	é	também	extenuante.	Deus	está	sempre	trabalhando	(Jo	5.17),
chamando	e	enviando	trabalhadores	para	a	Sua	seara	(Mt	9.35-38).
O	discipulado	é	um	chamado	para	o	serviço.
Paulo	encoraja-nos	a	trabalhar:	Portanto,	meus	amados	irmãos,	sede	firmes,
inabaláveis	e	sempre	abundantes	na	obra	do	Senhor,	sabendo	que,	no	Senhor,	o
vosso	trabalho	não	é	vão	(1Co	15.58).	Deus	nos	chama	para	trabalhar
(Hb	6.10).
Jesus	chama	de	maneira	irresistível.
Observe	a	reação	de	Levi:	Ele	se	levantou	e	o	seguiu.	Não	deu	pra	questionar.
Não	deu	pra	resistir	(Jo	6.37).
A	graça	de	Deus	é	irresistível.	O	Seu	amor	nos	constrange	e	nos	vence.	Quem
recebe	o	Seu	chamado	O	obedece	de	imediato	(Lc	19.5,6).	Jesus	chama	a	suas
ovelhas	e	elas	o	seguem:	As	minhas	ovelhas	ouvem	a	minha	voz;	eu	as	conheço,
e	elas	me	seguem	(Jo	10.27).	A	ovelha	atende	a	voz	inconfundível	e	irresistível
do	Seu	Pastor.
Jesus	chama	pecadores.
Após	a	sua	decisão	de	seguir	a	Jesus,	Levi	oferece	um	jantar	em	sua	casa	e
convida	todos	os	seus	amigos	pecadores:	Os	escribas	dos	fariseus,	vendo-o
comer	em	companhia	dos	pecadores	e	publicanos,	perguntavam	aos	discípulos
dele:	Por	que	come	ele	com	os	publicanos	e	pecadores?	Tendo	Jesus	ouvido	isto,
respondeu-lhes:	Os	sãos	não	precisam	de	médico,	e	sim	os	doentes;	não	vim
chamar	justos,	e	sim	pecadores	(Mc	2.16,17).
Fica	claro,	que	a	salvação	ou	a	nova	vida	oferecida	por	Jesus	não	é	para	“os
justos”,	ou	seja,	para	aqueles	pecadores	que	se	acham	bons	e	merecedores	da
salvação	de	Deus.	Pelo	contrário,	a	salvação	é	para	os	“doentes”	ou	pecadores
indignos	que	se	reconhecem	necessitados	da	cura	divina	(Is	1.18;	Lc	14.21-23;
Jo	7.37,38).
CONCLUSÃO
A	igreja	não	é	uma	ONG	que	reúne	voluntários	para	uma	causa	social.	A	igreja
não	é	uma	empresa	que	contrata	funcionários	para	uma	atividade	produtiva.
A	igreja	é	a	comunidade	dos	discípulos	de	Jesus,	que	foram	eleitos	e	chamados
por	Deus,	de	forma	irresistível,	para	uma	missão	eterna.	Ser	discípulo	é	ser	um
aluno	da	escola	de	Jesus	Cristo.
Estudo	03
Texto	Básico:	Marcos	8.27-38
DECISÃO	DE	SER	UM	DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
Dietrich	Bonhoefer	disse	que	o	maior	inimigo	do	cristianismo	na	sua	época	era
“a	graça	barata”.	Ele	disse:	“A	graça	barata	é	a	pregação	do	perdão	sem
arrependimento.	A	graça	barata	é	a	graça	sem	discipulado,	a	graça	sem	a	cruz,	a
graça	sem	Jesus	Cristo,	vivo	e	encarnado”.	Dallas	Willard	afirma	que
“o	maior	desafio	que	a	igreja	enfrenta	hoje	é	a	formação	de	discípulos	autênticos
de	Jesus”.	Hoje,	as	pessoas	são	chamadas	a	aceitar	a	Cristo	como	seu	Salvador
pessoal,	mas	dispensadas	de	uma	vida	de	compromisso,	aprendizagem	e
obediência	a	Jesus.	A	salvação	segundo	a	Bíblia	é	exclusivamente	pela	Graça,
mas	só	pode	ser	recebida	e	desfrutada	mediante	o	arrependimento	de	pecados,	a
fé	em	Jesus	e	uma	consequente	vida	de	obediência	e	submissão	(Mt	7.21).	A
conversão	verdadeira	vem	acompanhada	do	discipulado.
Nos	estudos	anteriores	falamos	sobre	a	eleição	e	o	chamado	para	o	discipulado.
Hoje	estudaremos	a	decisão	de	ser	um	discípulo	de	Jesus.
1.	O	NASCIMENTO	DO	DISCÍPULO
O	discipulado	começa	quando	decidimos	conhecer	quem	é	Jesus	(Mc	8.27-29).
Perguntou	Jesus	aos	seus	discípulos:	Quem	dizem	os	homens	que	sou	eu?	Os
discípulos	responderam	que	muitos	reconheciam	Jesus	como	um	profeta	de
Deus,	tal	como	João	Batista	ou	Elias.	Mas,	Jesus	queria	a	opinião	deles:	Mas
vós,	quem	dizeis	que	eu	sou?	Pedro	respondeu	em	nome	dos	discípulos:	Tu	és	o
Cristo.	A	resposta	de	Pedro	foi	clara	e	inequívoca	que	eles	criam	que	Jesus	era	o
Messias,	o	Cristo	Salvador
(Is	61.1-3).
Mateus	registra	que	Jesus	declara	a	Pedro:	Então,	Jesus	lhe	afirmou:	Bem-
aventurado	és,	Simão	Barjonas,	porque	não	foi	carne	e	sangue	que	to	revelaram,
mas	meu	Pai,	que	está	nos	céus	(Mt	16.17).	Este	conhecimento	é	fruto	de	uma
revelação	espiritual	que	ele	recebeu	de	Deus,	necessária	à	salvação	de	uma
pessoa	(Mt	11.27;	Jo	6.67-69;	17.3).	Só	podemos	conhecer	espiritualmente	quem
é	Jesus,	por	meio	da	iluminação	do	Espírito	Santo	(1Co	2.11,12).
É	um	esclarecimento	sobrenatural	que	Deus	produz	na	mente	e	no	coração
daquele	que	ouve	a	Palavra,	tal	como	uma	luz	que	é	acesa	na	escuridão:	Porque
Deus,	que	disse:	Das	trevas	resplandecerá	a	luz,	ele	mesmo	resplandeceu	em
nosso	coração,	para	iluminação	do	conhecimento	da	glória	de	Deus,	na	face	de
Cristo	(2Co	4.6).	O	conhecimento	de	quem	é	Jesus	é	descrito	como	um	“nascer
de	novo”	(Jo	3.3)	ou	como	uma	“conversão”	de	vida	(1Ts	1.9).
2.	DECIDINDO	SER	UM	DISCÍPULO
Jesus	se	volta	à	multidão	e	faz	um	convite	pessoal:	Se	alguém	quer	vir	após
mim,	a	si	mesmo	se	negue,	tome	a	sua	cruz	e	siga-me	(v.34).	Quatro	aspectos
envolvem	esta	decisão:
Decisão	pessoal	e	calculada:
Se	alguém	quer	vir	após	mim.
A	decisão	de	seguir	a	Jesus	é	pessoal	e	intransferível.	“O	chamado	de	Jesus	ao
discipulado	faz	do	discípulo	um	ser	solitário.	Quer	queira	quer	não,	tem	que	se
decidir,	tem	que	tomar	sua	decisão	sozinha”	(Dietrich	Bonhoefer).
Lucas	afirma	que	o	discipulado	é	um	empreendimento	que	também	precisa	ser
calculado.	Ele	usa	o	exemplo	de	uma	construção	(Lc	14.28-30).	Certifique-se	do
custo	da	obra	e	tenha	certeza	de	que	você	tem	dinheiro	suficiente	antesde
construir.	Outro	exemplo	é	o	da	guerra	(Lc	14.31-33).	Antes	de	partir	para	guerra
verifique	se	o	seu	exército	é	forte	o	suficiente	para	vencer	o	inimigo.	Quando	as
pessoas	iniciam	um	discipulado	sem	avaliar	os	custos,	muitas	se	desviam	e
perecem	pelo	caminho.
Decisão	de	renunciar	a	si	mesmo:
a	si	mesmo	se	negue.
Negar-se	a	si	mesmo	significa	renunciar	o	“eu”,	numa	atitude	de	autonegação.	É
abrir	mão	da	sua	vontade	pessoal	e	sujeitar-se	totalmente	à	vontade	de	Deus
(Fp	3.8,9;	Mt	26.39).	É	renunciar	a	sua	justiça	pessoal,	as	suas	opiniões
contrárias	à	Bíblia	e	a	sua	amizade	com	o	mundo	(Ef	2.8,9;	1Jo	2.15-17).	Negar
a	si	mesmo	é	abrir	mão	dos	seus	planos	para	viver	a	boa,	perfeita	e	agradável
vontade	de	Deus	(Rm	12.1,2).
Ninguém	pode	ser	um	discípulo	de	Jesus	se	não	renunciar	a	tudo	que	toma	o
lugar	de	Deus	em	sua	vida.	Assim,	pois,	todo	aquele	que	dentre	vós	não	renuncia
a	tudo	quanto	tem	não	pode	ser	meu	discípulo	(Lc	14.33).
Decisão	de	tomar	a	sua	cruz:	tome	a	sua	cruz.
Tomar	a	sua	cruz	diariamente	é	o	sofrimento	que	resulta	da	sua	união	com
Cristo.	É	a	morte	do	“eu”.	Hernandes	Dias	Lopes	diz:	“Essa	cruz	não	é	uma
doença,	um	inimigo,	uma	fraqueza,	uma	dor,	um	filho	rebelde,	um	casamento
infeliz.	Essa	cruz	fala	da	nossa	disposição	de	morrer	para	nós	mesmos,	para	os
prazeres	e	deleites.
É	considerar-se	morto	para	o	pecado	e	andar	com	um	atestado	de	óbito	no
bolso”.
Tomar	a	cruz	é	uma	exigência	universal	para	qualquer	discípulo	de	Jesus.	Tomar
a	cruz	é	algo	permanente	para	o	resto	da	vida,	o	que	requer	perseverança.	Tomar
a	cruz	é	algo	diário,	penoso	e	mortal.	Trata-se	de	uma	opção	intencional	de
preferir	e	fazer	a	vontade	de	Deus	diariamente.
Decisão	de	seguir	a	Jesus:	siga-me.
Após	renunciar	a	sua	vontade	e	tomar	a	sua	cruz,	o	discípulo	olha	para	Jesus	e	o
segue.	Trata-se	de	um	desafio	diário	de	viver	como	Cristo	viveu.	Ser	discipulo	é
seguir	pessoalmente	a	Jesus,	caminhando	nas	suas	pegadas	(1Pe	2.21)	e
obedecendo	as	suas	ordens	(Jo	15.14).	“Seguir	a	Cristo	é	imitá-lo.	É	fazer	o	que
ele	faria	em	nosso	lugar.
É	amar	o	que	ele	ama	e	aborrecer	o	que	ele	aborrece.
É	viver	a	vida	na	sua	perspectiva”	(Hernandes	Dias	Lopes).
3.	AS	VANTAGENS	DE	SER	UM	DISCÍPULO
Jesus	aponta	três	vantagens	para	alguém	que	decide	ser	seu	discípulo.	Essas
vantagens	são	estabelecidas	pelo	contraste	entre	os	valores	deste	mundo	e	os
valores	de	Deus:
Vida	eterna.
Para	a	sociedade	sem	Deus,	renunciar	ao	pecado	e	seguir	a	Cristo	é	perder	a
vida.	Mas,	segundo	a	Bíblia,	quem	abre	mão	da	sua	vida	e	dos	seus	projetos
pessoais	por	causa	do	seu	amor	por	Jesus	e	pelo	evangelho,	faz	o	maior	de	todos
os	investimentos	e	é	recompensado	com	a	vida	eterna	(Mc	8.35,36).	Quem	vive
para	si,	perde-se;	mas	quem	vive	para	Jesus	e	para	o	evangelho,	é	salvo.	A	vida
de	uma	pessoa	não	consiste	na	quantidade	de	bens	que	ela	possui	(Lc	12.15).
Riqueza	eterna.
O	dinheiro	é	o	deus	deste	mundo.	E	o	amor	ao	dinheiro	é	a	raiz	de	todos	os
males	nesta	vida	(1Tm	6.9,10).	O	discipulo	é	alguém	que	ama	a	Jesus	e	é
recompensado	com	os	tesouros	celestiais.	A	salvação	eterna	da	alma	vale	mais
que	ajuntar	tesouros	e	riquezas	nesta	vida	(Mc	8.36),	pois	nenhuma	fortuna
poderá	adquirir	a	salvação	de	uma	alma	(Mc	8.37).	A	perdição	de	uma	alma	é
irreparável.	Rico	não	é	a	pessoa	que	tem	dinheiro,	mas	aquele	que	é	salvo.
Reconhecimento	eterno.
O	verdadeiro	discípulo	é	aquele	que	não	se	envergonha	de	Jesus	e	nem	das	suas
palavras.	A	promessa	é	que	aquele	que	não	se	envergonhar	de	Cristo	nesta	vida,
será	reconhecido,	valorizado	e	recompensado	por	Jesus,	em	sua	segunda	vinda
(v.38).	É	melhor	assumir	um	compromisso	com	Cristo	agora	e	ser	desprezado
pelo	mundo,	do	que	ser	amado	pelo	mundo	agora	e	ser	desonrado	por	Cristo
diante	de	Deus,	no	juízo	final.	Quem	honra	a	Cristo	agora,	será	honrando	e
reconhecido	por	Cristo	por	toda	a	eternidade	(Mt	7.23;	Lc	13.27).
CONCLUSÃO
Concluo	dizendo	que	você	tem	tudo	a	ganhar	sendo	um	discípulo	de	Jesus.
Avery	T.	Willis	Jr	diz:	“Discipulado	cristão	é	o	desenvolvimento	de	um
relacionamento	pessoal,	duradouro	e	submisso	com	Jesus	Cristo,	em	que	ele
transforma	o	caráter	do	discípulo	à	semelhança	dele,	transforma	os	seus	valores
em	valores	do	reino	e	o	envolve	em	sua	missão	no	lar,	na	igreja	e	no	mundo”.
Estudo	04
Texto	Básico:	João	8.31-36
A	LIBERDADE	DO	DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
Liberdade	é	algo	que	desejamos,	mas	que	não	sabemos	o	que	ela	é.	Queremos	a
liberdade,	mas	não	sabemos	onde	encontrá-la.	Cecília	Meireles	disse	com
propriedade:	“Liberdade	é	uma	palavra	que	o	sonho	humano	alimenta,	não	há
ninguém	que	explique	e	ninguém	que	não	entenda”.
Desejamos	estudar	aqui	sobre	a	liberdade	espiritual.	Para	entendermos	o
conceito	bíblico	de	liberdade	espiritual,	precisamos	compreender	duas	verdades
básicas:
Todo	homem	é	escravo	do	pecado.
A	Bíblia	ensina	que	todo	homem	é	pecador
(Rm	3.23;	1Jo	1.8-10).	Somos	pecadores	por	natureza.
E	nessa	condição	estamos	despojados	de	qualquer	liberdade	espiritual.	Jesus
disse	que	todo	aquele	que	comete	pecado	é	escravo	do	pecado	(Jo	8.34).
Não	se	trata	de	uma	escravidão	política,	econômica	e	social,	mas	espiritual.	Todo
ser	humano	vive	sob	a	opressão	do	pecado	(Rm	6.18-22),	de	Satanás	(Mt	12.22),
da	Lei	de	Deus	(Rm	7.3-6)	e	da	morte	(Rm	6.20-23).
Ninguém	pode,	por	si	mesmo,	ser	livre.
Ninguém	pode,	por	si	mesmo,	produzir	a	sua	libertação	espiritual.	Somos
escravos	do	pecado	e	não	podemos	produzir	a	nossa	liberdade.	E	é	na
impossibilidade	do	homem,	que	Jesus	aparece	como	o	verdadeiro	libertador.
Ele	é	o	Ungido	de	Deus	que	veio	para	proclamar	a	libertação	aos	cativos	e	a	pôr
em	liberdade	os	algemados	(Is	61.1).	E	Goethe	dizia:	“Ninguém	é	mais	escravo
do	que	aquele	que	pensa	ser	livre,	sem	que,	de	fato,	o	seja”.
O	estudo	de	hoje	apresenta	Jesus	como	a	verdade	que	liberta.
1.	O	VERDADEIRO	DISCÍPULO
O	ensino	principal	deste	trecho	é	acerca	do	verdadeiro	discípulo	e	da	verdadeira
liberdade	(vv.31-36).	Podemos	afirmar	que	somente	o	verdadeiro	discípulo	pode
desfrutar	da	verdadeira	liberdade.
Muitos	judeus	se	diziam	crentes	em	Jesus,	mas	Ele	sabia	que	a	fé	deles	não	tinha
consistência	(Jo	2.23-25;	Lc	8.13).	Logo	adiante	Jesus	diria:	Mas,	porque	eu
digo	a	verdade,	não	me	credes	(v.45).	Jesus,	entretanto,	nos	oferece	quatro
ensinos	preciosos	acerca	do	discipulado	autêntico:
O	verdadeiro	discípulo	de	Jesus
é	aquele	que	crê	nele.
O	discípulo	verdadeiro	nasce	quando	passa	a	crer	na	pessoa	e	no	ensino	de	Jesus.
João	registra:	Ditas	estas	coisas,	muitos	creram	nele	(v.30).	Tudo	na	vida	cristã
começa	com	a	fé.	Sem	fé	é	impossível	agradar	a	Deus	e	receber	dEle	alguma
benção.
A	Bíblia	ensina	que	a	fé	é	promovida	por	Deus,	soberanamente,	no	coração	dos
eleitos.	Trata-se	de	uma	“fé	salvadora”	que	o	homem	não	tem	naturalmente,	mas
a	recebe	como	um	presente	de	Deus	(Ef	2.8).
A	fé	salvadora	é	dos	eleitos.	E	ela	é	produzida	na	mente	e	no	coração	daquele
que	ouve	a	pregação	da	Palavra	(Rm	10.17).	Por	isso,	Paulo	afirma:	a	fé	não	é	de
todos	(2Ts	3.2).
O	verdadeiro	discípulo	de	Jesus	é	aquele	que	permanece	na	Sua	Palavra.
Disse,	pois,	Jesus	aos	judeus	que	haviam	crido	nele:	Se	vós	permanecerdes	na
minha	palavra,	sois	verdadeiramente	meus	discípulos	(v.31).
O	verbo	traduzido	por	“permanecer”	(meno)	significa	“basear”,	“guardar”	e
“obedecer”.	É	a	perseverança	em	crer	e	obedecer	a	Jesus	(Jo	15.6,7;	Hb	3.14).
Não	basta	crer,	mas	é	preciso	permanecer.	O	verdadeiro	discípulo	é	aquele	que
tem	um	compromisso	com	a	Palavra	de	Deus.
A	Palavra	de	Deus	deve	ocupar	sua	mente,	o	seu	coração	e	a	sua	afeição	(Sl
119.11;	Cl	3.16).	Ele	deve	honrar,	confiar	e	amar	a	Palavra	do	Senhor	(Jó	23.12).
Jesus	disse	aos	judeus	incrédulos	e	desobedientes:	A	minha	palavra	não	está	em
vós	(Jo	8.37).	Não	havia	lugar	para	a	Palavra	de	Cristo	do	coração	daqueles
homens.
O	verdadeiro	discípulo	de	Jesus	é	aquele	que	recebe	a	revelação	da	verdade.
E	conhecereis	a	verdade	(v.32).	Graças	a	Deus	a	verdade	existe	e	pode	ser
conhecida.	Deus	existe	e	com	ele	toda	a	verdade.	Mas,	ninguém	pode	conhecer	a
verdade	se	nãofor	pela	revelação	sobrenatural.
O	homem	não	pode	receber	coisa	alguma	se	do	céu	não	lhe	for	dada	(Jo	3.27).
Deus	ilumina	o	nosso	entendimento	para	compreendermos	quem	é	Jesus	(2Co
4.6).	Jesus	afirmou	de	maneira	indubitável	que	ninguém	jamais	conhece	a	Deus
se	o	Filho	não	o	revelar	(Mt	11.27).
É	pela	vontade	de	Deus,	por	intermédio	de	Jesus	que	temos	acesso	à	verdade.
Jesus	é	a	verdade	que	nos	foi	revelada	para	sermos	conduzidos	ao	Deus
verdadeiro	(Jo	14.6).
O	verdadeiro	discípulo	de	Jesus	experimenta	a	verdadeira	liberdade.
E	conhecereis	a	verdade,	e	a	verdade	vos	libertará	(v.32).	A	liberdade	aqui
significa	“a	libertação	do	pecado”.	W.	Hendriksen	comenta:	“A	pessoa	é	livre
quando	o	pecado	não	tem	domínio	sobre	ela,	e	quando	a	palavra	de	Cristo
domina	seu	coração	e	sua	vida”
(vv.	34,35,37).
A	pessoa	é	livre	quando	recebe	a	liberdade	espiritual,	que	o	capacita	a	escolher
não	pecar	(Rm	6.17-19).	Todo	ser	humano	que	ainda	não	recebeu	a	salvação	de
Deus	é	escravo	do	pecado	(v.	34;	2Pe	2.19).
Jesus	é	o	autor	da	libertação:	Se,	pois,	o	Filho	vos	libertar,	verdadeiramente
sereis	livres	(v.36).	A	condicional	“se”	deixa	a	responsabilidade	para	o	homem
decidir,	mas	a	ação	de	libertação	ou	“serem	livres”	é	de	Jesus.	“Não	alcançamos
a	liberdade	buscando	a	liberdade,	mas	sim	a	verdade.	A	liberdade	não	é	um	fim,
mas	uma	consequência”	(L.	Tolstoi).
2.	A	VERDADEIRA	LIBERDADE
A	verdadeira	liberdade	espiritual	é	conferida	por	Deus	aos	seus	discípulos	(Cl
1.13).	Ela	vem	por	meio	de	Jesus	(Gl	5.1)	e	pela	presença	do	Espírito	Santo	que
habita	no	nosso	coração	(2Co	3.17).	Qual	é	a	dimensão	dessa	liberdade	que	o
Filho	de	Deus	nos	proporcionou:
Libertação	do	pecado.
O	discípulo	recebe	a	libertação	da	escravidão	do	pecado.	De	uma	vez	por	todas,
Jesus	Cristo	nos	libertou	do	pecado	e	nos	transformou	em	servos	de	Deus
(Rm	6.18,22).	Jesus	pagou	a	dívida	do	nosso	pecado	e	nos	libertou	(1Pe
1.18,19).
Verdadeiramente	somos	livres!	Continuamos	pecadores,	mas	livres	da
escravidão	do	pecado	(1Jo	1.8-2.2).	Quando	pecamos	podemos	obter	o	perdão.
“Libertação!	Assinada	em	lágrimas,	selada	com	sangue,	escrita	em	pergaminho
celestial,	registrada	nos	arquivos	eternos.
A	tinta	escura	da	acusação	foi	totalmente	coberta	pela	tinta	vermelha	da	cruz:	‘O
sangue	de	Jesus	Cristo	nos	purifica	de	todo	pecado.’”	(T.	De	Witt	Talmage).
Libertação	da	lei.
O	discípulo	recebe	a	libertação	da	escravidão	da	lei.	Ela	exigia	a	nossa
obediência,	mas	era	impotente	para	nos	ajudar.
Jesus	Cristo	nos	libertou	da	maldição	da	lei,	morrendo	em	nosso	lugar	(Gl	3.13).
Tal	como	uma	viúva	está	livre	para	se	casar	novamente,	estamos	livres	para
servir	a	Cristo	(Rm	7.1-6).	Estamos	livres	de	toda	e	qualquer	condenação	legal
(Rm	8.1).
Libertação	da	morte.
O	discípulo	recebe	a	libertação	da	escravidão	da	morte.	Jesus	morreu	e
ressuscitou	para	garantir	a	nossa	vitória	(1Co	15.55-57).
Ele	destruiu	o	poder	da	morte	e	nos	libertou	do	poder	da	morte	e	do	medo	de
morrer	que	nos	escravizavam	(Hb	2.15).	Ele	ressuscitou	e	garantiu	a	nossa
ressurreição	(1Ts	4.13,14).	Jesus	nos	deu	vida	espiritual	(Ef	2.1)	e	vida	eterna
(1Jo	5.11,12).
Libertação	do	Diabo.
O	discípulo	de	Jesus	recebe	a	libertação	da	escravidão	do	Diabo.	Jesus	se
manifestou	para	desfazer	as	obras	do	Diabo	(1Jo	3.8).	Ele	nos	liberta	do	poder,
da	opressão	e	da	escravidão	do	Diabo	(Ef	2.1-3).
CONCLUSÃO
Concluindo,	a	verdadeira	liberdade	só	pode	ser	experimentada	por	meio	de
Jesus.	E	para	conhecer	a	Jesus	e	desfrutar	a	sua	liberdade	precisamos	nos	tornar
seus	discípulos.
O	verdadeiro	discípulo	de	Jesus	encontra	a	verdadeira	liberdade.	Dietrich
Bonhoeffer	explica:	“Quando	as	Escrituras	Sagradas	falam	do	discipulado	de
Jesus,	proclamam	a	libertação	do	homem	de	todos	os	preceitos,	de	tudo	quanto
oprime,	sobrecarrega,	provoca	preocupações	e	tormentos	à	consciência.
No	discipulado,	o	ser	humano	sai	de	sob	o	jugo	de	suas	próprias	leis	e	submete-
se	ao	jugo	suave	de	Jesus	Cristo”.	O	discípulo	é	um	homem	livre.
Estudo	05
Texto	Básico:	Gálatas	4.19
OS	PRIVILÉGIOS	DO	DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
Após	tomar	a	decisão	de	seguir	a	Jesus,	tornando-se	um	discípulo	dele,	você
quer	saber:	como	vai	ser	a	minha	vida	a	partir	de	agora?
Duas	respostas	bíblicas:
Deus	tem	um	projeto	espiritual
para	a	sua	vida.
Todo	discípulo	de	Jesus	foi	chamado	para	um	projeto	de	aperfeiçoamento
espiritual.	O	projeto	de	Deus	é	nos	conformar	a	imagem	de	Jesus	(Rm	8.29).
Trata-se	de	um	processo	de	santificação	do	nosso	caráter.	Deus	deseja	substituir
os	defeitos	do	nosso	caráter	pelas	virtudes	de	Jesus.	Por	exemplo,	Deus	quer
substituir	a	minha	soberba	pela	humildade	de	Cristo.	O	alvo	final	de	Deus	é	que
cada	discípulo	seja	perfeito,	igual	a	Jesus	(Fp	3.12-14).	A	formação	espiritual	é	o
alvo	da	salvação:	até	ser	Cristo	formado	em	vós	(Gl	4.19).
Você	é	responsável	pelo	seu
crescimento	espiritual.
Deus	é	quem	produz	a	santificação	e	o	crescimento	espiritual.	Mas,	é	necessário
que	você	se	disponha	a	buscar	a	santificação	(Rm	6.19;	2Co	7.1).	Esta	busca
pessoal	requer	o	uso	dos	recursos	espirituais	que	Deus	lhe	disponibiliza:	a
Palavra	de	Deus,	a	oração,	o	poder	do	Espírito	Santo,	os	sacramentos,	os	dons
espirituais.
Você	é	responsável	por	sua	santificação	e	pelo	seu	crescimento	espiritual	(Fp
2.12;	Gl	6.7-9).	Você	deve	se	esforçar	para	manter	e	alimentar	a	sua	vida
espiritual.
1.	VERDADES	QUE	VOCÊ	PRECISA	SABER
Você	obedeceu	ao	chamado	de	Jesus	e	passou	a	ser	seu	discípulo.	Você	passou
por	profundas	e	sobrenaturais	mudanças	espirituais.	Você,	a	partir	desta	decisão,
é	uma	nova	pessoa	chamada	para	viver	um	novo	projeto	de	vida.	Vejamos
algumas:
Você	é	uma	nova	criatura.
E,	assim,	se	alguém	está	em	Cristo,	é	nova	criatura;	as	coisas	antigas	já
passaram;	eis	que	se	fizeram	novas
(2Co	5.17).
Você	que	está	em	Cristo	é	uma	“nova	criatura”,	isto	é,	alguém	que	passou	por
um	novo	nascimento	ou	por	uma	regeneração	espiritual	(Jo	3.3;	Tt	3.4-7).	Você
morreu	espiritualmente	para	o	tipo	de	vida	errada	que	levava.	Agora,	você	viverá
para	agradar	a	Deus	(Cl	1.10;	3.1-11).
Você	está	justificado.
Justificados,	pois,	mediante	a	fé,	temos	paz	com	Deus	por	meio	de	nosso	Senhor
Jesus	Cristo	(Rm	5.1).
Justificar	é	considerar	e	declarar	uma	pessoa	justa	ou	inocente.	Por	causa	do
sacrifício	de	Jesus	em	seu	lugar,	e	mediante	a	sua	fé,	Deus	declara	que	você	está
absolvido	e	inocentado	de	toda	e	qualquer	condenação	espiritual
(At	13.39;	Gl	2.16).
Em	Cristo,	você	está	livre	de	qualquer	acusação.	Nenhuma	condenação	há	para
os	que	estão	em	Cristo	Jesus	(Rm	8.1).
Você	é	habitado	pelo	Espírito	Santo.
Vós,	porém,	não	estais	na	carne,	mas	no	Espírito,	se,	de	fato,	o	Espírito	de	Deus
habita	em	vós.	E,	se	alguém	não	tem	o	Espírito	de	Cristo,	esse	tal	não	é	dele
(Rm	8.9).
No	dia	que	você	tornou-se	um	discípulo	de	Jesus,	o	Espírito	Santo	passou	a
morar	dentro	de	você.	Você	foi	selado	e	penhorado	como	uma	propriedade	de
Deus	(2Co	1.22;	Ef	1.13,14).	O	seu	corpo	passou	a	ser	santuário	do	Espírito
Santo	(1Co	6.19).	A	presença	do	Espírito	habitando	no	seu	coração	revela	a	sua
união	com	Jesus	(1Jo	4.13).
Você	é	filho	de	Deus.
Mas,	a	todos	quantos	o	receberam,	deu-lhes	o	poder	de	serem	feitos	filhos	de
Deus,	a	saber,	aos	que	creem	no	seu	nome;	os	quais	não	nasceram	do	sangue,
nem	da	vontade	da	carne,	nem	da	vontade	do	homem,	mas	de	Deus	(Jo	1.12,13).
Você	recebeu	a	Jesus	crendo	que	Ele	é	o	filho	de	Deus.	E	todo	aquele	que	recebe
a	Jesus	nasce	de	novo	e	obtém	o	direito	de	se	tornar	filho	de	Deus	(Gl	3.26;	1Jo
3.1).	Você	passou	a	fazer	parte	da	família	de	Deus	(Ef	2.19).	Você	se	tornou	um
herdeiro	de	Deus,	com	todos	os	deveres	e	privilégios	(Rm	8.15-17).
Você	ganhou	a	salvação	eterna	e	segura.
As	minhas	ovelhas	ouvem	a	minha	voz;	eu	as	conheço,	e	elas	me	seguem.	Eu
lhes	dou	a	vida	eterna;	jamais	perecerão,	e	ninguém	as	arrebatará	da	minha
mão.	Aquilo	que	meu	Pai	me	deu	é	maior	do	que	tudo;	e	da	mão	do	Pai	ninguém
pode	arrebatar	(Jo	10.27-29).
Se	você	foi	salvo	por	Deus,	por	intermédio	de	Jesus	Cristo,	você	jamais	perderá
a	sua	salvação.	Estasegurança	não	reside	na	sua	capacidade	de	perseverar,	mas
na	imutabilidade	de	Deus	(Rm	11.29;	Fp	1.6).	Você	pode	se	desviar	na	fé	e	ter
dúvidas	acerca	da	sua	salvação,	mas	nada	disso	arrancará	você	da	mão	do	Pai.
Somente	ele	é	poderoso	para	guardar	o	nosso	tesouro	e	nos	levar	salvos	para	a
eternidade	(2Tm	1.12;	4.18).
2.	VOCÊ	TERÁ	NOVOS	DESEJOS
O	novo	nascimento	implanta	princípios	da	nova	vida	espiritual	no	coração	do
discípulo.	A	regeneração	mexerá	com	a	sua	mente,	suas	emoções	ou	sentimentos
e	com	a	sua	vontade.	Vejamos	algumas	mudanças:
Fome	da	Palavra	de	Deus.
Desejai	ardentemente,	como	crianças	recém-nascidas,	o	genuíno	leite	espiritual,
para	que,	por	ele,	vos	seja	dado	crescimento	para	salvação	(1Pe	2.2).
Você	é	um	cristão	recém-nascido.	E	todo	discípulo	novo	é	um	bebê	espiritual.
Ele	deseja	ardentemente	o	genuíno	leite	espiritual	que	é	a	Palavra	de	Deus.	Ele
sente	a	necessidade	de	ler,	estudar	e	praticar	a	Palavra.	O	seu	prazer	está	na
meditação	da	Lei	do	Senhor	(Sl	1.2).	Você	sentirá	fome	da	Palavra	de	Deus.
Necessidade	de	orar.
Então,	o	Senhor	lhe	ordenou:	Dispõe-te,	e	vai	à	rua	que	se	chama	Direita,	e,	na
casa	de	Judas,	procura	por	Saulo,	apelidado	de	Tarso;	pois	ele	está	orando	(At
9.11).
Junto	com	a	fome	da	Palavra,	você	sentirá	a	necessidade	de	orar.	Você	é
obrigado	a	orar,	pois	a	oração	é	o	oxigênio	para	a	sua	vida	espiritual.	Você	tem
que	orar	incessantemente	(1Ts	5.17),	com	perseverança,	vigilância	e	gratidão	(Cl
4.2).	Você	deve	orar	sempre,	sem	esmorecer	(Lc	18.1).
Tristeza	e	vergonha	com	o	pecado.
Naquele	tempo,	que	resultados	colhestes?	Somente	as	coisas	de	que,	agora,	vos
envergonhais;	porque	o	fim	delas	é	morte	(Rm	6.21).	Antes	da	sua	conversão,
você	se	orgulhava	dos	pecados	que	praticava.	Agora,	após	o	seu	novo
nascimento,	você	se	envergonha	do	que	praticava.
O	pecado	lhe	entristece	e	lhe	envergonha.	O	pecado	prejudica	a	sua	saúde
espiritual,	pois	agora	você	é	“luz	no	Senhor”	(Ef	5.8;	1Jo	1.5-7).
Desejo	de	agradar	ao	Senhor.
Agrada-me	fazer	a	tua	vontade,	ó	Deus	meu;	dentro	do	meu	coração,	está	a	tua
lei	(Sl	40.8).
Você	sentirá	um	desejo	forte	de	agradar	a	Deus,	guardando	os	seus	mandamentos
(1Jo	2.3).	O	prazer	do	filho	é	fazer	a	vontade	do	Pai	(Jo	4.34).
Sentirá	um	grande	amor
pelos	seus	irmãos.
Nós	sabemos	que	já	passamos	da	morte	para	a	vida,	porque	amamos	os	irmãos;
aquele	que	não	ama	permanece	na	morte	(1Jo	3.14).	S
e	você	nasceu	de	novo,	você	será	tomado	pelo	amor	de	Deus.	Você	amará	os
seus	irmãos.	Aquele	que	não	ama	não	conhece	a	Deus	(1Jo	4.8).
Desejo	forte	de	evangelizar	outros.
Pois	nós	não	podemos	deixar	de	falar	das	coisas	que	vimos	e	ouvimos	(At	4.20).
Você	desejará	compartilhar	com	outros,	quem	é	Deus	e	o	que	Ele	fez	na	sua	vida.
Você	sentirá	uma	necessidade	de	compartilhar	o	Evangelho	com	os	perdidos.
Todo	discípulo	é	uma	testemunha	de	Jesus	(At	1.8).
Vontade	grande	de	servir.
Mas	entre	vós	não	é	assim;	pelo	contrário,	quem	quiser	tornar-se	grande	entre
vós,	será	esse	o	que	vos	sirva	(Mc	10.43).
Você	sentirá	necessidade	de	servir.	O	discípulo	encara	o	serviço	como	um
privilégio	e	uma	oportunidade	para	fazer	o	bem	aos	outros.	Servir	aos	outros	é
uma	evidência	do	amor	de	Cristo	no	coração	(Hb	6.10).	O	amor	que	se	expressa
pelo	serviço	revela	a	sua	identidade	como	discípulo	de	Jesus	(Jo	13.35).
CONCLUSÃO
O	discípulo	é	uma	pessoa	privilegiada	espiritualmente.	Ser	um	discípulo	de	Jesus
é	o	projeto	mais	fascinante	de	vida.	Deus	quer	moldar	em	você	o	caráter	de
Jesus.
Cada	discípulo	deve	ser	um	exemplar	de	Cristo.	“A	vida	do	cristão	deve	ser
simplesmente	uma	representação	visível	de	Cristo”	(Thomas	Brooks).
Estudo	06
Texto	Básico:	Marcos	1.35
A	VIDA	DEVOCIONAL	DO	DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
Vida	devocional	significa	um	tempo	diário	que	todo	crente	deve	ter	sozinho	com
Deus.	Noal	Webster	define	“devoção”	como	“uma	atenção	solene	ao	Ser
Supremo	na	adoração;	uma	rendição	do	coração	e	das	afeições	a	Deus,	com
reverência,	fé	e	piedade,	nos	deveres	religiosos,	particularmente	na	oração	e	na
meditação”.
É	essencial	que	você,	novo	discípulo	de	Jesus,	separe	um	tempo	diário,	para
cultivar	a	sua	comunhão	com	Deus,	através	da	leitura	e	meditação	bíblica,
oração	e	adoração	a	Deus.
A	Bíblia	sugere	em	várias	passagens	a	necessidade	de	termos	um	tempo	diário,	a
sós	com	Deus	(Sl	5.3;	55.17;	88.13;	119.147,148;	Dn	6.10).	Jesus	praticou	e
ensinou	a	vida	devocional	(Mc	1.35;	Mt	6.6;	26.41;	Lc	6.12).
E.M.	Bounds	disse	que	devemos	iniciar	o	nosso	dia	orando	a	sós	com	Deus:
“Aquele	que	mais	tem	feito	para	Deus	neste	mundo	tem	estado	de	manhã	cedo
de	joelhos.	Aquele	que	desperdiça	as	primeiras	horas	do	dia,	sua	oportunidade	e
frescor	em	outros	assuntos	que	não	seja	buscar	a	Deus,	poucos	avanços	fará	em
buscá-lo	no	restante	do	dia”.
1.	OS	ELEMENTOS	DA	VIDA	DEVOCIONAL
Ter	um	tempo	diário	com	Deus	requer	disciplina	e	perseverança.	Seremos
constantemente	tentados	a	desistir.	Os	dois	principais	elementos	da	prática
devocional	são	a	oração	e	a	leitura	bíblica.
Oração:	você	conversa	com	Deus.
Orar	é	falar	com	Deus.	É	expor	para	Ele	o	que	você	sente	e	aquilo	que	você
precisa.	Orar	também	é	uma	forma	de	expressar	a	sua	admiração	pela	pessoa	de
Deus	e	agradecê-lo	por	aquilo	que	Ele	tem	feito	por	você.	A	oração	é	um	meio
de	adoração	e	gratidão.	Três	lições	bíblicas	sobre	oração:
Primeiro,	por	que	devemos	orar?	(1)	Orar	é	um	privilégio	espiritual	(Mt	6.6;
11.25-27).	Orar	é	um	privilégio	para	aqueles	que	conhecem	a	Deus,	por
intermédio	de	Jesus.	Somente	os	filhos	ou	aqueles	que	receberam	o	Espírito	de
adoção	é	que	podem	orar	ao	Pai	(Rm	8.15,16;	Gl	4.1-7).	(2)	Orar	é	uma	ordem
divina	(Mt	7.7-12;	1Ts	5.17).	Orar	não	é	uma	opção,	mas	um	ato	de	obediência.
Quem	não	ora	comete	o	pecado	da	omissão	(1Sm	12.23;	Tg	4.17).
(3)	Orar	é	uma	necessidade	espiritual	(Lc	11.5-8;	18.1-8).
A	oração	é	o	oxigênio	que	mantém	a	vida	espiritual.	É	ela	que	mantém	viva	a
nossa	comunhão	pessoal	com	Deus.	Precisamos	orar	para	não	cairmos	em
tentação
(Mt	26.41)	e	vencermos	aos	ataques	espirituais	do	mal
(2Ts	3.1-3).	Oramos	para	combatermos	a	ansiedade
(Fp	4.6,7)	e	falarmos	a	Deus	de	nossas	necessidades	e	interesses	(Hb	4.16;	1Jo
5.14).
Segundo,	como	devemos	orar?	Em	João	14.13,14,	aprendemos	resumidamente:
(1)	Orar	é	pedir	ao	Pai.	Isso	implica	em	ser	humilde	e	submisso	à	Sua	vontade
(Mt	6.9,10;	1Jo	5.14).	O	Pai	é	glorificado	quando	responde	as	orações	dos	seus
filhos.	(2)	Orar	é	pedir	em	nome	de	Jesus.	Somente	por	meio	de	Jesus	temos
acesso	a	Deus.	Ele	é	o	nosso	único	e	exclusivo	mediador	(1Tm	2.5).	Somente
por	intermédio	dele	somos	abençoados	com	toda	sorte	de	bênçãos	espirituais	e
materiais	(Ef	1.3).	(3)	Orar	é	pedir	com	a	assistência	do	Espírito.	Não	sabemos
orar	convenientemente,	por	isso	é	que	o	Espírito	nos	ajuda	(Rm	8.26;	Ef	6.18).
Ele	nos	ajuda	a	não	pedir	por	motivos	errados	(Tg	4.3).	(4)	Orar	é	pedir	com	fé,
na	certeza	que	será	respondido.	A	fé	é	o	pré-requisito	que	garante	a	resposta	da
oração	(Mt	21.22).	Sem	fé	é	impossível	agradar	a	Deus	(Hb	11.6).	A
incredulidade	é	um	empecilho	a	oração
(Tg	1.5-8).	(5)	Orar	é	pedir	segundo	a	vontade	de	Deus.	Orar	é	submeter-se	a
vontade	de	Deus.	É	pedir	segundo	a	vontade	dEle	(1Jo	5.14,15).	Orar	não	é
determinar,	mas	submeter-se.
Terceiro,	quando	e	como	orar?	(1)	Devemos	orar	sempre,	em	todas	as	horas	e
circunstâncias.	A	ordem	bíblica	é:	orai	sem	cessar	(1Ts	5.17).	(2)	Devemos
clamar	ao	Senhor	dia	e	noite	(Sl	55.17).	Fomos	eleitos	para	orar	sempre	e	nunca
esmorecer	(Lc	18.1,7).	(3)	Orar	até	obtermos	uma	resposta	de	Deus.	Ele	jamais
rejeita	a	nossa	oração	(Sl	66.20).
Leitura	bíblica:	Deus	fala	com	você.
A	Bíblia	é	a	revelação	escrita	de	Deus.	Ela	é	o	Livro	do	Senhor,	a	Palavra	de
Cristo	e	a	Espada	do	Espírito.	O	seu	texto	foi	inspirado	por	Deus,	por	meio	da
ação	do	Espírito	Santo	(2Tm	3.16;	2Pe	1.21).
O	seu	conteúdo	é	puro,	verdadeiro,	perfeito,	precioso,	vivo	e	poderoso	(Sl	19.1-
7;	Hb	4.12).	Ela	foi	designada	por	Deus	para	regenerar,	reavivar,	iluminar,
converter,	santificar,	ensinar,	consolar	corrigir	e	julgar	os	homens.Ela	deve	ser
lida,	recebida,	crida,	conhecida,	estudada,	obedecida	e	ensinada.
Paulo	declara:	Toda	a	Escritura	é	inspirada	por	Deus	e	útil	para	o	ensino,	para	a
repreensão,	para	a	correção,	para	a	educação	na	justiça,	a	fim	de	que	o	homem
de	Deus	seja	perfeito	e	perfeitamente	habilitado	para	toda	boa	obra
(2Tm	3.16,17).
Três	lições	importantes:	(1)	O	que	é	a	Escritura?	Ela	é	inspirada	por	Deus,	isto	é,
a	sua	origem	é	divina,	o	seu	conteúdo	é	inerrante	e	a	sua	autoridade	é	suprema.
(2)	Qual	a	sua	utilidade?	Ela	é	útil	ou	proveitosa	para	ensinar,	repreender,
corrigir	e	educar	aqueles	que	a	estudam.	(3)	Qual	a	sua	finalidade?
Aperfeiçoar	o	caráter	do	seu	leitor	capacitando-o	para	toda	boa	obra	(2Tm
2.15).
O	crente	precisa	ler,	estudar	e	meditar	na	Palavra	de	Deus,	dia	e	noite	(Js	1.8;	Sl
1.2).	A	expressão	indica	que	a	meditação	bíblica	deve	ser	incessante	e
ininterrupta	tal	como	a	presença	e	a	direção	de	Deus,	na	vida	do	seu	povo	(Êx
13.21,22).
Pedro	compara	a	Bíblia	com	o	alimento	do	leite:	desejai	ardentemente,	como
crianças	recém-nascidas,	o	genuíno	leite	espiritual,	para	que,	por	ele,	vos	seja
dado	crescimento	para	salvação	(1Pe	2.2).	Ele	compara	o	novo	discípulo	como
um	bebê	recém-nascido	que	necessita	de	leite.	A	Palavra	de	Deus	é	“o	genuíno
leite	espiritual”	que	alimenta	e	produz	o	crescimento	desse	novo	crente.
2.	A	PRÁTICA	DEVOCIONAL
A	prática	devocional	consiste	em	você	orar	e	meditar	na	Bíblia,	todos	os	dias,	de
forma	intencional	e	objetiva.
A	oração	e	o	estudo	da	Bíblia	jamais	devem	ser	separados.	Algumas	sugestões
práticas:
Planeje	a	sua	vida	devocional.	Escolha	um	local	e	um	tempo	diário.
Siga	um	plano	de	leitura	da	Bíblia	ou	separe	um	livro	especifico	da	Bíblia	para
estudar	de	forma	sistemática.	Não	substitua	a	leitura	bíblica	por	livros
devocionais.
Leia	a	Bíblia	de	forma	devocional,	grifando	e	anotando	expressões	que	lhe
chamam	a	atenção.	Faça	perguntas	ao	texto:	Qual	o	ensino	deste	texto?	Como
isso	se	aplica	a	minha	vida?
Estude	um	tema	específico	pesquisando	na	Bíblia.	Use	uma	chave	ou	uma
concordância	bíblica	como	ferramenta.
Ore	contemplando	quem	Deus	é.	Faça	uma	relação	bíblica	dos	nomes,	dos
atributos	e	dos	grandes	feitos	de	Deus.	Adore	a	Deus	conforme	a	revelação
bíblica.
Ore	pensando	no	que	Deus	faz.	Faça	uma	lista	para	oração,	com	pedidos	e
agradecimentos.	Lembre-se	dos	pedidos	que	foram	feitos	e	atendidos.
Ore	pelos	outros.	Interceda	pelo	país,	família	e	igreja.
Reforce	a	sua	vida	espiritual.	Leia,	num	outro	horário,	um	bom	livro	evangélico,
por	semana.
CONCLUSÃO
Concluo	chamando	a	sua	atenção	para	o	fato	de	que,	na	vida	cristã,	nada
substitui	a	vida	devocional.	Ela	é	indispensável	ao	seu	progresso	espiritual.
Não	desista	diante	dos	primeiros	fracassos.	Billy	Graham	afirmou	com	muita
propriedade	“a	salvação	é	de	graça,	mas	o	discipulado	custa	tudo	o	que	temos”.
Estudo	07
Texto	Básico:	1	Tessalonicenses	5.23,24
A	SANTIFICAÇÃO	DO	DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
Você	agora	é	uma	nova	criatura.	A	sua	vida	mudou	e	você	viverá	de	uma
maneira	nova,	em	novidade	de	vida.	E	a	diferença	fundamental	é	que	antes	da
sua	conversão	você	vivia	para	agradar	a	si	mesmo,	mas	agora	para	agradar	a
Deus	e	fazer	a	vontade	dEle:	E	ele	morreu	por	todos,	para	que	os	que	vivem	não
vivam	mais	para	si	mesmos,	mas	para	aquele	que	por	eles	morreu	e	ressuscitou
(2Co	5.15).
Você	viverá	um	processo	de	santificação,	isto	é,	uma	mudança	de	pensamento,
sentimento	e	hábitos.
Charles	Spurgeon	diz:	“Santidade	é	o	hábito	de	estarmos	de	comum	acordo	com
Deus”.
A	ideia	bíblica	de	santificação	é	a	de	separação.
O	povo	de	Deus	é	um	povo	separado	do	mundo,	para	viver	no	mundo,	agradando
e	servindo	a	Deus.	A	doutrina	da	santificação	tem	dois	aspectos:	(1)	A
santificação	posicional,	isto	é,	aquilo	que	somos	diante	de	Deus	porque	estamos
em	Cristo	Jesus	(1Co	6.11;	Rm	5.1).	Em	Cristo,	todo	cristão	é	um	santo.	(2)	A
santificação	experimental,	isto	é,	o	processo	de	santificação	quando	vamos
deixando	as	práticas	pecaminosas	e	nos	consagrando	a	Deus
(Rm	6.14-16;	Rm	12.1,2).	Em	Cristo,	todo	cristão	está	crescendo	em
santificação.
O	estudo	de	hoje	é	sobre	o	processo	de	santificação.
1.	OS	PRINCÍPIOS	BÍBLICOS
DA	SANTIFICAÇÃO
O	processo	de	santificação	do	discípulo	começa	na	conversão	e	só	terminará
com	a	sua	glorificação,	na	segunda	vinda	de	Jesus	Cristo:	Amados,	agora,	somos
filhos	de	Deus,	e	ainda	não	se	manifestou	o	que	haveremos	de	ser.
Sabemos	que,	quando	ele	se	manifestar,	seremos	semelhantes	a	ele,	porque
haveremos	de	vê-lo	como	ele	é	(1Jo	3.2).	Isso	significa	que	nenhum	discípulo
poderá	obter	perfeição	espiritual	nesta	vida	(Fp	3.12-14;	1Jo	1.8).
O	processo	de	santificação	é	realizado	da	seguinte	maneira:
Deus	é	o	autor	da	santificação.
Deus	é	quem,	soberanamente,	santifica	o	seu	povo	(Ez	37.28).	Ele	nos	escolheu
e	nos	salvou	para	sermos	santos	e	irrepreensíveis	perante	Ele	(Ef	1.4).
Ele	nos	santifica	completamente,	o	espírito,	alma	e	corpo	(1Ts	5.23,24).	Somente
o	próprio	Deus	pode	nos	separar	do	pecado	para	a	santidade	(Hb	13.20,21).
O	Espírito	Santo	é	o	executivo	da
santificação.
O	Espírito	Santo	é	quem	executa	no	discípulo	a	santificação	divina	(1Co	6.11;
2Ts	2.13;	1Pe	1.2).
L.	Berkhof	define	a	santificação	como	“a	graciosa	e	contínua	operação	do
Espírito	Santo	pela	qual	Ele	liberta	o	pecador	justificando	da	corrupção	do
pecado,	renova	toda	a	sua	natureza	à	imagem	de	Deus,	e	o	capacita	a	praticar
boas	obras”.
A	santificação	é	uma	obra	divina	e	sobrenatural.
A	força	humana	não	pode	produzir	a	santidade.
A	obra	de	Cristo	é	a	base	da	santificação.
A	santificação	executada	pelo	Espírito	Santo	baseia-se	na	expiação	feita	por
Jesus	Cristo	(1Co	1.2,30;
Hb	10.10;	13.12).
Jesus	morreu	em	nosso	lugar	para	nos	salvar	e	nos	santificar.	É	por	causa	do	seu
precioso	sangue	que	somos	perdoados	e	santificados.	É	o	sangue	de	Jesus	que
nos	purifica	de	todo	pecado	(1Jo	1.7).
A	Palavra	de	Deus	é	o	instrumento	da	santificação.
A	santificação	é	realizada	pelo	Espírito	Santo	por	meio	da	Palavra	de	Deus.
Santifica-os	na	verdade;	a	tua	palavra	é	a	verdade	(Jo	17.17).
A	Bíblia	é	a	verdade	revelada	e	escrita	de	Deus.	É	pela	instrumentalidade	da
Palavra	que	o	discípulo	é	santificado	(Sl	119.9-11;	Ef	5.26,27;	1Pe	1.22,23).	A
Palavra	de	Deus	é	viva	e	eficaz	no	processo	de	santificação.
A	fé	é	o	meio	para	se	obter	a	santificação.
Recebemos	de	Deus	a	fé	salvadora	no	ato	da	nossa	conversão	e	depois	passamos
a	viver	por	meio	dela.
O	justo	viverá	pela	sua	fé.	Assim	como	o	crente	é	justificado	pela	fé	(Rm	1.17;
Gl	3.11),	ele	também	é	santificado	pela	fé	(At	26.18;	Hb	10.38).
2.	A	PRÁTICA	DA	SANTIFICAÇÃO
A	santificação	não	é	uma	opção,	mas	um	mandamento	de	Deus	para	os	seus
discípulos	(1Pe	1.14-16).
Deus	quer	que	persigamos	a	santificação	(Hb	12.14),	sem	a	qual	não	veremos	ao
Senhor	(Mt	5.8).	Quem	rejeita	a	santificação	despreza	ao	próprio	Deus	(1Ts
5.7,8).
Cada	discípulo	é	responsável	pela	sua	santificação:	Tendo,	pois,	ó	amados,	tais
promessas,	purifiquemo-nos	de	toda	a	impureza,	tanto	da	carne	como	do	espírito,
aperfeiçoando	a	nossa	santidade	no	temor	de	Deus	(2Co	7.1).
O	verbo	“aperfeiçoar”	significa	“completar”	ou	“concluir”	algo	que	foi	iniciado
(2Co	8.6).	Devemos,	portanto,	buscar	a	santificação,	nos	separando	de	toda
impureza,	olhando	sempre	para	Jesus	como	nosso	referencial	(Mt	5.48;	Rm	8.29;
Fp	3.12-14).
Paulo	recomenda	a	Timóteo:	Conserva-te	a	ti	mesmo	puro	(1Tm	5.22).	Fuja	das
paixões	carnais	e	busque	a	pureza.
A	santificação	é	imprescindível	ao	serviço	a	Deus.	Tal	como	um	vaso,	o	cristão
precisa	estar	limpo	para	ser	usado	por	Deus.
Assim,	pois,	se	alguém	a	si	mesmo	se	purificar	destes	erros,	será	utensílio	para
honra,	santificado	e	útil	ao	seu	possuidor,	estando	preparado	para	toda	boa
obra
(2Tm	2.21).	Quem	quiser	ser	útil	a	Deus,	precisa	investir	na	santificação	pessoal.
Deus	jamais	usará	um	vaso	sujo
para	realizar	a	sua	obra.
Como	você	pode	cooperar	com	a	sua	santificação?	Quatro	atitudes	básicas:
Busque	o	poder	do	Espírito	Santo.
Para	vencer	a	guerra	que	existeno	seu	coração	(fazer	a	sua	vontade	e	a	vontade
de	Deus),	a	guerra	contra	o	mundo	e	o	Diabo,	você	precisa	do	poder	do	Espírito
Santo	(Gl	5.16,17).
Você	não	vencerá	as	tentações	pela	força	humana.	Precisamos	ser	fortalecidos	no
Senhor	e	na	força	do	seu	poder	para	a	guerra	espiritual	(Ef	6.10-12).	Cuidado
com	a	soberba,	pois	ela	precede	a	ruína.	Quem	pensa	que	está	em	pé	veja	que
não	caia	(1Co	10.12).
A	ordem	divina	é:	enchei-vos	do	Espírito	(Ef	5.18).	Você	já	tem	o	Espírito,	mas
necessita	do	poder	do	Espírito.	Você	precisa	andar	e	ser	guiado	pelo	Espírito.
Pratique	a	vida	devocional.
Leia	a	Bíblia	e	ore	sem	cessar.	O	cristão	coopera	com	a	sua	santificação	quando
se	utiliza	dos	meios	de	graça	que	Deus	lhe	oferece:	a	oração,	a	Palavra	de	Deus	e
os	sacramentos	(batismo	e	Santa	Ceia).	Você	precisa	alimentar	a	sua	comunhão
diária	com	Deus	(Sl	1.1,2;	Lc	18.7).
Você	precisa	vigiar	e	orar	para	não	cair	em	tentação.	Precisamos	andar	na	luz	da
comunhão	para	que	o	sangue	de	Jesus	nos	purifique	de	todo	pecado	(1Jo	1.6,7).
Cuide	do	seu	mundo	interior.
Jesus	diagnosticou	que	o	que	contamina	o	homem	não	é	aquilo	que	entra	pela
sua	boca,	mas	aquilo	que	procede	do	seu	coração	(Mc	7.20-23).
Por	isso,	devemos	combater	o	pecado	internamente,	na	sua	origem.	Precisamos
purificar	a	nossa	mente	e	o	nosso	coração	(Sl	51.10;	Fp	4.8).
Não	permita	que	a	sua	mente	seja	moldada	pelos	valores	da	sociedade	sem	Deus
(Rm	12.2).	Transforme	e	renove	a	sua	mente	com	a	Palavra	de	Deus.	Tornamo-
nos	hipócritas	como	os	fariseus	quando	tratamos	do	pecado	apenas	externamente
(Mt	23.23-27).
Substitua	os	seus	hábitos.
A	Bíblia	ensina	que	a	santificação	consiste	de	duas	partes:	a	mortificação	do
velho	homem	e	a	vivificação	do	novo	homem	(Rm	6.4,	11;	Gl	5.24;	Cl	3.1-11).
Paulo	fala	da	santificação	como	uma	mudança	de	hábitos	e	de	comportamento,
tal	como	tirar	uma	roupa	velha	e	vestir	uma	roupa	nova.
Precisamos	nos	despojar	do	velho	homem	e	nos	revestir	do	novo	homem	(Ef
4.22-24).
Santificação	é	andar	de	acordo	com	a	nossa	nova	natureza.	É	abandonar	o	estilo
de	vida	que	tínhamos	antes	da	nossa	conversão	e	andar	em	novidade	de	vida
(Rm	6.4).
CONCLUSÃO
Um	adesivo	de	carro	estampava	a	seguinte	mensagem:	“Não	sou	mais	um
pecador	lutando	para	ser	santo.	Sou	um	santo	lutando	contra	o	pecado!”
O	discípulo	é	um	santo	que	luta	contra	o	pecado.	Um	discípulo	que	não	busca	a
santificação	é	uma	contradição.
A	busca	pela	santificação	é	o	lado	visível	da	conversão.
Estudo	08
Texto	Básico:	João	10.26-30
A	SEGURANÇA	DA	SALVAÇÃO
INTRODUÇÃO
Um	dos	assuntos	que	mais	angustia	o	coração	de	um	novo	discípulo	é	o	da
segurança	da	sua	salvação.
Será	que	depois	de	salvo,	você	poderá	perder	a	sua	salvação?
Duas	explicações	básicas:
Se	você	creu	em	Jesus	como	seu	Senhor	e	Salvador	você	está	salvo	e	tem	a	vida
eterna
(At	16.31;	1Jo	5.13).	Não	se	trata	de	uma	possibilidade	de	salvação,	mas	de	uma
posse:	você	tem	a	vida	eterna	(Jo	3.36;	5.24).	Não	se	trata	de	um	sentimento,
mas	uma	certeza	fundamentada	e	garantida	por	Deus	e	pela	sua	Palavra.
Se	você	tem	a	salvação	ou	a	vida	eterna,	você	jamais	a	perderá.	Você	pode	cair
em	tentação	e,	temporariamente,	viver	no	pecado	(2Sm	12.9,13;	Ap	2.4,5).	Tal
fato	entristecerá	o	Espírito	Santo
(Ef	4.30)	e	produzirá	em	você	muitas	incertezas.	Deus	o	disciplinará	e	o	trará	de
volta	à	comunhão,	pois	você	é	um	filho	amado	(Hb	12.4-13).	Lembre-se	que	o
crente	verdadeiro	não	permanece	na	prática	do	pecado	(Mt	26.69-75;	1Jo	3.9).	A
sua	salvação	é	garantida	por	Deus	(Rm	8.33,34).
Vejamos	o	ensino	bíblico	sobre	este	importante	assunto.
1.	A	SEGURANÇA	DA	SALVAÇÃO
Jesus	retoma	o	tema	do	bom	pastor	com	suas	ovelhas	para	revelar	o	segredo	da
incredulidade	dos	fariseus.	Mas	vós	não	credes,	porque	não	sois	das	minhas
ovelhas	(Jo	10.26).	Claramente	Jesus	ensina	a	doutrina	da	eleição:	“não	credes
porque	não	sois”.	A	fé	pertence	aos	eleitos	e	ela	não	é	de	todos
(Tt	1.1;	2Ts	3.2).	Somente	os	que	foram	eleitos	serão	salvos	(At	13.48;	2Ts
2.13,14).
Jesus	declara:	As	minhas	ovelhas	ouvem	a	minha	voz;	eu	as	conheço,	e	elas	me
seguem.	Eu	lhes	dou	a	vida	eterna;	jamais	perecerão,	e	ninguém	as	arrebatará	da
minha	mão.	Aquilo	que	meu	Pai	me	deu	é	maior	do	que	tudo;	e	da	mão	do	Pai
ninguém	pode	arrebatar.	Eu	e	o	Pai	somos	um	(Jo	10.27-30).	Jesus	traça	um
perfil	ou	apresenta	as	características	das	suas	ovelhas:
Elas	ouvem	a	voz	de	Jesus
As	minhas	ovelhas	ouvem	a	minha	voz.	E	as	suas	ovelhas	jamais	seguirão	a	voz
do	estranho.	Elas	ouvem	somente	a	voz	de	Jesus	(Jo	6.68,69).
A	voz	de	Jesus	é	inconfundível	para	a	sua	ovelha.
Elas	são	conhecidas	por	Jesus
Eu	as	conheço.	A	palavra	“conhecer”	indica	um	conhecimento	íntimo	e
profundo,	culminando	com	o	amor	(Jo	13.1).	Jesus	conhece	cada	ovelha	pelo
seu	nome.	Ele	conhece	a	natureza	e	as	necessidades	de	cada	uma	delas	(Sl	23).
Elas	creem	e	obedecem	a	Jesus
E	elas	me	seguem.	As	ovelhas	confiam	em	Jesus,	o	que	implica	em	obediência.
Quem	crê,	obedece	(Hb	11.8).
A	verdadeira	fé	consiste	em	acreditar	na	pessoa	e	na	obra	de	Jesus,	conforme	o
ensino	bíblico.
Elas	ganham	de	Jesus	o	presente	da	vida	eterna
Eu	lhes	dou	a	vida	eterna.	A	salvação	pertence	ao	Senhor.	Ele	a	dá	graciosa	e
imerecidamente	às	suas	ovelhas	escolhidas	(Ef	2.8,9).	A	salvação	é	uma	dádiva
recebida	e	não	um	alvo	a	ser	alcançado.
Elas	nunca	perecerão	ou	serão	condenadas
Jamais	perecerão.	Uma	vez	justificada	por	meio	da	fé	em	Jesus	Cristo,	uma
ovelha	jamais	poderá	ser	condenada	(Rm	8.1,33,34).	Elas	estão	salvas	para
sempre.
Elas	estão	seguras	na	mão	de	Jesus	e	do	Pai
Ninguém	as	arrebatará	da	minha	mão	e	da	mão	do	Pai	ninguém	pode	arrebatar.
Nem	Satanás,	nem	o	falso	profeta,	nem	o	Anticristo,	nem	ninguém	mais
poderoso,	em	tempo	algum,	poderá	arrancar	qualquer	ovelha	das	mãos	de	Jesus	e
de	Deus.	A	garantia	da	salvação	não	está	na	capacidade	da	ovelha,	mas	do	poder
de	Deus.	O	Filho	e	o	Pai	estão	unidos	protegendo	e	dando	segurança	às	suas
ovelhas.	Jesus	disse:	Eu	e	o	Pai	somos	um.	Ninguém	está	mais	seguro	do	que
aquele	que	está	nas	mãos	de	Deus.
Elas	foram	dadas	pelo	Pai	ao	Filho
Aquilo	que	meu	Pai	me	deu.	As	ovelhas	são	propriedades	de	Jesus,	porque	o	Pai
as	deu	(Jo	17.6,9).	É	Deus	quem	conduz	cada	ovelha	a	Jesus	(Jo	6.37).
Elas	são	preciosas
É	maior	do	que	tudo.	As	ovelhas	de	Cristo	são	os	bens	mais	preciosos	deste
mundo.	Elas	foram	compradas	pelo	precioso	sangue	de	Cristo	(At	20.28;	1Pe
1.18,19).
2.	A	GARANTIA	DA	SEGURANÇA
Além	dos	argumentos	de	Jesus,	encontramos	em	vários	textos	da	Bíblia	a
garantia	da	segurança	da	salvação,	ligada	a	outras	doutrinas:
A	eleição	divina.
A	doutrina	da	eleição	garante	a	nossa	salvação
(Rm	8.29,30;	2Ts	2.13,14).	Não	existe	a	possibilidade	de	Deus	revogar	o	decreto
da	eleição,	porque	os	dons	e	a	vocação	de	Deus	são	irrevogáveis	(Rm	11.29).	A
eleição	dos	salvos	é	imutável.	Não	existe	a	possibilidade	de	se	apagar	o	nome
que	está	escrito	no	Livro	da	Vida	(Fp	4.3;	Ap	3.5;	21.27).
A	eleição	é	a	garantia	da	salvação.
A	conclusão	da	obra	divina.
É	Deus	quem	opera	a	salvação	no	homem.	E	tudo	que	Deus	começa,	ele	conclui.
Deus	concluirá	a	obra	da	salvação	que	ele	iniciou	na	vida	de	cada	crente:	Estou
plenamente	certo	de	que	aquele	que	começou	boa	obra	em	vós	há	de	completá-la
até	ao	Dia	de	Cristo	Jesus
(Fp	1.6).	Apesar	das	provações,	o	crente	obterá	a	sua
completa	salvação	(1Pe	1.5-9).	Deus	nos	conheceu,	nos	predestinou,	nos
chamou,	nos	justificou	e	nos	glorificou	(Rm	8.29,30).	A	obra	já	está	concluída
na	eternidade.
A	intercessão	de	Jesus.
O	que	também	garante	a	segurança	da	nossa	salvação	é	a	intercessão	de	Jesus.
Se	Ele	não	intercedesse	por	nós,	a	nossa	fé	desfaleceria	(Lc	22.32).	O	apóstolo
Pedro	é	um	grande	exemplo	do	poder	da	intercessão	de	Jesus.	A	Bíblia	é	clara
que	Jesus	intercede	exclusivamente	pelas	suas	ovelhas	junto	a	Deus	(Is	53.12;	Jo
17.11).	Paulo	canta	de	forma	vitoriosa:	Quem	os	condenará?	É	Cristo	Jesus
quem	morreu	ou,	antes,	quem	ressuscitou,	o	qual	está	à	direita	de	Deus	e
também	intercede	por	nós	(Rm	8.34).	Jesus	é	o	advogado	das	suas	ovelhas.O	testemunho	e	o	penhor	do	Espírito	Santo.
Quando	o	discípulo	é	convertido	por	Deus,	ele	é	selado	e	penhorado	com
Espírito	Santo.	O	qual	é	o	penhor	da	nossa	herança,	ao	resgate	da	sua
propriedade,	em	louvor	da	sua	glória	(Ef	1.14).	A	palavra	penhor	(grego	arabon)
significa	a	primeira	parcela	ou	o	penhor	e	a	garantia	do	pagamento	na	compra	de
um	bem.	A	presença	do	Espírito	no	crente	é	a	garantia	da	redenção	completa	que
Deus	concretizará	em	nós	(2Co	1.21,22;	5.5).
Além	disso,	a	presença	do	Espírito	habitando	o	coração	da	ovelha	produz	aquilo
que	é	chamado	de	“testemunho	interno	do	Espírito”:	Porque	não	recebestes	o
espírito	de	escravidão,	para	viverdes,	outra	vez,	atemorizados,	mas	recebestes	o
espírito	de	adoção,	baseados	no	qual	clamamos:	Aba,	Pai.	O	próprio	Espírito
testifica	com	o	nosso	espírito	que	somos	filhos	de	Deus	(Rm	8.15,16).	Trata-se
de	uma	convicção	interna	inequívoca	ou	de	uma	certeza	inabalável	no	coração
de	que	somos	filhos	de	Deus.
CONCLUSÃO
Uma	das	verdades	mais	consoladoras	da	Bíblia	é	a	doutrina	da	segurança	da
salvação.	Ainda	que	o	cristão	passe	por	crises	e	incertezas	na	sua	fé,	Deus	não
muda.	O	salmista	declara:	O	SENHOR	firma	os	passos	do	homem	bom	e	no	seu
caminho	se	compraz;	se	cair,	não	ficará	prostrado,	porque	o	SENHOR	o	segura
pela	mão	(Sl	37.23,24).	Caso	o	justo	caia,	ele	continua	seguro	pela	mão	do	Pai.
A	segurança	da	nossa	salvação	não	está	na	nossa	capacidade	de	perseverar,	mas
na	fidelidade	de	Deus	que	jamais	nos	abandonará.
Estudo	09
Texto	Básico:	Mateus	6.13
VENCENDO	AS	TENTAÇÕES
INTRODUÇÃO
Bem-vindo	à	experiência	da	tentação.	Ela	faz	parte	da	vida	normal	de	um
verdadeiro	discípulo	de	Jesus.	A	tentação	é	uma	prova	de	nossa	filiação	divina	e
da	nossa	íntima	relação	com	Deus.
O	próprio	Jesus	foi	tentado	em	todas	as	coisas,	à	nossa	semelhança,	mas	ele	não
pecou	(Hb	4.15;	Mt	4.1-11).	Todo	crente	verdadeiro	é	tentado	no	sentido	de
desobedecer	a	Deus.	É	por	isso	que	Jesus	incluiu	na	oração	do	Pai	Nosso,	a
seguinte	petição:	E	não	nos	deixes	cair	em	tentação,	mas	livra-nos	do	mal	(Mt
6.13).
Precisamos	aprender	as	estratégias	bíblicas	para	vencermos	as	tentações:
1.	O	QUE	É	UMA	TENTAÇÃO?
Tentação	é	uma	sugestão	interna	ou	externa	que	vem	sobre	o	crente,	com	o
objetivo	de	prejudicar	o	seu	relacionamento	espiritual	com	Deus.	Trata-se	de
uma	proposta	para	a	satisfação	dos	seus	desejos	de	maneira	que	ofenda	a	Deus.
A	tentação	é	uma	oportunidade	de	realizar	algo	bom	de	maneira	errada,	fora	da
vontade	de	Deus.	Por	exemplo,	o	sexo	é	algo	que	Deus	criou	para	o	nosso	prazer,
mas	somos	tentados	a	praticá-lo	em	desacordo	com	a	orientação	de	Deus.
A	diferença	fundamental	entre	a	provação	e	a	tentação	está	na	sua	origem	e
objetivo.	A	provação	procede	de	Deus	e	visa	o	amadurecimento	do	crente	(Tg
1.2-4).	A	tentação	brota	da	nossa	natureza	pecaminosa,	de	Satanás	e	do	mundo,	e
o	seu	objetivo	é	prejudicar	o	nosso	relacionamento	com	Deus.
Tiago	orienta:	Ninguém,	ao	ser	tentado,	diga:	Sou	tentado	por	Deus;	porque
Deus	não	pode	ser	tentado	pelo	mal	e	ele	mesmo	a	ninguém	tenta	(Tg	1.14,15).
Deus	não	é	fonte	de	tentação	e	Ele	não	é	atraído	pelo	mal.	A	sua	natureza	é
santíssima.	A	Bíblia	ensina	que	Satanás	é	o	tentador	(Mt	4.3;	1Ts	3.5)	e	que	o
crente	deve	orar	a	Deus	pedindo	não	nos	deixes	cair	em	tentação.
A	tentação	brota	principalmente	da	nossa	natureza	pecaminosa:	Ao	contrário,
cada	um	é	tentado	pela	sua	própria	cobiça,	quando	esta	o	atrai	e	seduz.	Então,	a
cobiça,	depois	de	haver	concebido,	dá	à	luz	o	pecado;	e	o	pecado,	uma	vez
consumado,	gera	a	morte	(Tg	1.14-15).
Três	lições	aqui:	(1)	A	tentação	é	individual	e	universal.	Ela	atinge	a	cada	um	e
vem	sobre	todos	os	filhos	de	Deus.	Todos	os	crentes	são	tentados	e	cada	um	é
tentado	individualmente	no	seu	ponto	mais	fraco.
(2)	A	tentação	brota	do	coração	corrompido	do	homem	(Jr	17.9;	Mt	15.19).
Cada	um	é	atraído	e	seduzido,	por	seu	próprio	desejo	perverso,	tal	como	um
peixe	ao	ser	pescado.	Somos	atraídos	por	aquilo	que	Deus	proíbe.	(3)	A
tentação	é	semelhante	a	uma	gestação.	Ela	é	um	processo	tal	como	a
concepção	de	um	ser	vivo:	cobiça	+	atração	e	sedução	=	dá	a	luz	ao	pecado	=
que	resulta	em	morte	(Rm	6.23).
A	tentação	em	si	não	é	pecado,	mas	uma	proposta	para	o	pecado.	Jesus	foi
tentado	em	todas	as	coisas,	mas	não	pecou,	e	está	pronto	a	socorrer	os	que	a
sofrem
(Hb	2.18;	4.15).	Pelo	fato	de	estarmos	em	comunhão	com	Deus,	somos	tentados
a	pecar.	Mas,	com	a	ajuda	de	Deus,	podemos	vencer	a	tentação	(1Co	10.13).
Jesus	intercede	por	nós	quando	estamos	sob	tentação	(Lc	22.31,32;
Jo	17.15).
2.	AS	FONTES	DA	TENTAÇÃO
A	Bíblia	nos	ensina	que	as	tentações	nos	vêm	de	três	fontes	principais:
Nossa	natureza	pecadora	(carne).
A	palavra	“carne”	é	usada	no	Novo	Testamento	para	descrever	a	nossa
fragilidade	física	e	moral
(Mt	26.41;	Rm	6.19),	indicando	a	nossa	natureza	carnal	e	a	nossa	propensão	para
o	pecado	(Rm	7.5,18,25;	Gl	5.13).
Ela	é	responsável	pelas	nossas	paixões	e	desejos	carnais	(Ef	2.3).
E	após	a	nossa	conversão,	há	uma	luta	interna,	entre	a	nossa	carne	(desejos
pecaminosos)	e	o	Espírito	Santo	que	habita	em	nós:	Porque	a	carne	milita	contra
o	Espírito,	e	o	Espírito	contra	a	carne,	porque	são	opostos	entre	si;	para	que	não
façais	o	que,	porventura,	seja	do	vosso	querer	(Gl	5.17).	Somos	tentados
continuamente	a	satisfazer	a	nossa	carne.	Ela	é	o	nosso	ponto	fraco.
Sociedade	sem	Deus	(mundo).
O	mundo	é	a	sociedade	que	se	opõe	a	Deus	através	dos	seus	valores	morais	e	a
sua	maneira	de	viver.
Convivemos	nesta	sociedade.	Somos	tentados	a	pensar	e	agir	não	de	acordo	com
a	Palavra	de	Deus,	mas	conforme	os	valores	dessa	sociedade	mundana.	Mas,	a
Bíblia	é	clara:	Não	ameis	o	mundo	nem	as	coisas	que	há	no	mundo;	se	alguém
amar	o	mundo,	o	amor	do	Pai	não	está	nele	(1Jo	2.15).	O	mundo	quer	fazer	a
nossa	cabeça
(Rm	12.2),	mas	devemos	resistir	a	essa	tentação	(Tg	4.4;	1Tm	6.10).
Satanás	ou	o	Diabo	(espiritual).
O	Diabo	é	uma	fonte	espiritual	de	tentações.	Ele	é	o	Tentador	dos	crentes	(1Ts
3.5).	Ele	arma	ciladas	com	o	intuito	de	prejudicar	o	crente	(Ef	6.10-12).	Ele	é	o
autor	da	queda	original	e	o	responsável	pela	queda	de	muitos	servos	de	Deus
(1Cr	21.1).
Ele	é	astuto,	presunçoso,	orgulhoso,	perverso,	maligno,	sutil,	enganador,	furioso
e	covarde.	Devemos	ficar	espertos	contra	ele	(2Co	2.11)	e	sempre	resisti-lo
(Tg	4.7;	1Pe	5.9).
Resumindo	este	ponto:	“O	Diabo	pode	nos	tentar,	a	carne	pode	nos	tentar,	o
mundo	pode	nos	tentar,	mas	somos	nós	mesmos	que	pecamos,	e	o	pior	de	tudo,
somos	nós	mesmos	que	sofremos	as	consequências	do	nosso	pecado”.
3.	AS	ESTRATÉGIAS	PARA
VENCER	A	TENTAÇÃO
A	tentação	é	permitida	por	Deus	ao	crente	com	o	objetivo	de	testá-lo	e	aprová-lo.
Ela	pode	ser	vencida	com	os	recursos	que	Deus	nos	fornece.	Podemos	obter
vitória	sobre	as	tentações	com	as	seguintes	estratégias:
Vigilância	e	oração.
Jesus	ordena-nos:	Vigiai	e	orai,	para	que	não	entreis	em	tentação	(Mt	26.41).	A
vigilância	permanente	e	a	oração	incessante	são	armas	indispensáveis	para	se
vencer	as	tentações.	Ore	para	não	cair	em	tentação	(Mt	6.13).	Vigie	para	não
tentar	aos	outros	(Rm	14.13).
Enfrente	a	tentação	com	a	Palavra	de	Deus.
A	Bíblia	é	a	espada	do	Espírito	Santo.	Ela	é	arma	de	ataque	e	de	defesa.	Jesus
utilizou	a	Palavra	para	resistir	ao	Diabo	(Mt	4.1-11).
O	salmista	nos	ensina	o	segredo:	Guardo	no	coração	as	tuas	palavras	para	não
pecar	contra	ti	(Sl	119.11).
A	Palavra	de	Deus	é	viva	e	eficaz	na	luta	contra	as	tentações	(Hb	4.12,13).
Fuja	da	tentação	pelo	escape	que	Deus	lhe	dá.
Deus	promete	um	escape	para	cada	tentação:	Não	vos	sobreveio	tentação	que
não	fosse	humana;	mas	Deus	é	fiel	e	não	permitirá	que	sejais	tentados	além	das
vossas	forças;	pelo	contrário,	juntamente	com	a	tentação,	vos	proverá
livramento,	de	sorte	que	a	possais	suportar	(1Co	10.13).	Ele	sempre	nos	dará
uma	saída.	Ele	é	fiel.
Evite	os	caminhos	da	tentação.
Precisamos	aprender	a	fugir	da	tentação:	Foge,	outrossim,	das	paixões	da
mocidade	(2Tm	2.22).	ão	devemos	nos	expor	ao	pecado	como	se	fôssemos	fortes
e	pudéssemos	vencê-lo	a	qualquer	momento.Não	se	exponha	ao	pecado	(Rm
13.14).	Evite	os	caminhos	da	tentação	(Pv	4.14,15).
Busque	a	plenitude	do	Espírito.
Somente	pelo	poder	do	Espírito	podemos	resistir	e	vencer	as	tentações.	A	ordem
divina	é:	Enchei-vos	do	Espírito	(Ef	5.18).	Vista	a	armadura	de	Deus	e	lute	no
poder	do	Espírito	Santo	(Ef	6.10-20).
CONCLUSÃO
Ser	tentado	não	é	uma	opção	do	crente,	mas	uma	realidade	que	precisa	ser
enfrentada	na	vida	espiritual.
Para	vencermos	as	tentações	precisamos	utilizar	os	recursos	espirituais	que	Deus
nos	disponibiliza.	Não	confie	em	si	mesmo.	Aquele,	pois,	que	pensa	estar	em	pé
veja	que	não	caia	(1Co	10.12).
Estudo	10
Texto	Básico:	Efésios	5.17
COMPREENDENDO	A	VONTADE	DE	DEUS
INTRODUÇÃO
Você	é	um	novo	discípulo	de	Jesus.	E	agora	você	não	viverá	mais	de	forma
independente,	mas	para	fazer	a	vontade	de	Deus.	A	Bíblia	ensina	que	Deus	age
de	acordo	com	os	seus	planos.	Ele	ordenou	tudo	o	que	acontece,	soberanamente,
conforme	a	sua	vontade	(Is	45.6,7;	Sl	115.3;	Rm	11.33-36).	Há	três	dimensões
dessa	vontade	divina:	(1)	Vontade	universal	–	os	planos	de	Deus	para	a	História.
(2)	Vontade	coletiva	–	os	planos	de	Deus	para	o	seu	povo	ou	para	a	sua	igreja.
(3)	Vontade	de	Deus	individual	–	os	planos	de	Deus	para	uma	pessoa	específica.
Uma	parte	da	vontade	de	Deus	está	revelada	nas	Escrituras,	de	forma	clara	e
inequívoca	(Sl	19.7-14;
2Tm	3.14-17).	Ela	está	revelada	para	ser	obedecida	e	não	questionada:	As	coisas
encobertas	pertencem	ao	Senhor,	nosso	Deus,	porém	as	reveladas	nos	pertencem,
a	nós	e	a	nossos	filhos,	para	sempre,	para	que	cumpramos	todas	as	palavras	desta
lei	(Dt	29.29).	As	coisas	encobertas,	porém,	pertencem	a	Deus.	O	nosso	desafio
é	conhecer	e	compreender	a	vontade	de	Deus,	por	meio	da	sua	Palavra,
principalmente,	a	Sua	vontade	específica.	Por	exemplo:	Com	quem	vou	me
casar?	Eu	sei	que	Deus	já	pensou	no	assunto	e	Ele	deseja	o	melhor	para	mim	(Is
26.8).	Mas,	como	saber	a	vontade	de	Deus?	O	nosso	texto	básico	diz:	Por	esta
razão,	não	vos	torneis	insensatos,	mas	procurai	compreender	qual	a	vontade	do
Senhor	(Ef	5.17).
1.	MITOS	E	VERDADES	SOBRE	A
VONTADE	DE	DEUS
Já	sabemos	que	a	vontade	de	Deus	pode	ser	geral	e	particular.	Geral	quando	a
Sua	vontade	é	para	todos	os	seus	filhos	(1Ts	4.3)	e	particular	quando	a	Sua
vontade	é	específica	para	um	filho	(At	9.15,16).
Quatro	mitos	sobre	a	vontade	de	Deus:
Deus	quer	que	você	conheça	o	futuro.
O	maior	equívoco	que	um	cristão	pode	cometer	é	achar	que	Deus	lhe	revelará	o
futuro.	Deus	quer	nos	ensinar	a	Sua	vontade,	passo	a	passo.	Abraão,	quando	foi
chamado	por	Deus,	obedeceu	e	foi	para	uma	terra	que	receberia	por	herança,
mas,	pela	fé,	ele	partiu	sem	saber	para	onde	ia	(Hb	11.8).	Ele	conheceu	a	vontade
de	Deus,	dia	a	dia,	andando	com	o	Senhor.	Não	se	iluda.	Deus	pede	para	você
decolar,	mas	não	lhe	entrega	o	plano	de	voo.
Deus	quer	que	você	tenha	cem	por	cento	de	certeza	antes	de	tomar	a
decisão.
Muitos	cristãos	acham	que	precisam	ter	100%	de	certeza	para	tomar	uma
decisão.	Sofrem	de	uma	espécie	de	“síndrome	de	Gideão”	(Jz	6.36-40).	Sabemos
que	a	vontade	de	Deus	se	cumpre	em	meio	às	lutas,	provações	e	incertezas.
Paulo,	após	várias	tentativas,	impedido	pelo	Espírito	Santo,	recebeu	a	visão	de
um	homem:	Passa	à	Macedônia	e	ajuda-nos	(At	16.9).	Então,	ele	junta	os
fracassos	anteriores	com	a	visão	e	conclui:	Assim	que	teve	a	visão,
imediatamente,	procuramos	partir	para	aquele	destino,	concluindo	que	Deus
nos	havia	chamado	para	lhes	anunciar	o	evangelho	(At	16.10).	Há	decisões	que
você	precisará	tomar	que	nunca	terá	certeza	total.	Nesses	momentos	precisará
decidir	e	descansar	nas	promessas	do	Senhor	(Pv	3.5,6).
Deus	dificulta	o	conhecimento	da	sua	vontade.
Outro	mito	é	que	a	vontade	de	Deus	é	difícil	de	ser	descoberta.	Se	ela	existe,	é
muito	difícil	de	conhecê-la.	Mas,	observamos	na	Bíblia,	que	Deus	está	mais
empenhado	em	mostrar-lhe	a	Sua	vontade	do	que	você	em	conhecê-la.	Instruir-
te-ei	e	te	ensinarei	o	caminho	que	deves	seguir;	e,	sob	as	minhas	vistas	te	darei
conselho	(Sl	32.8).
Deus	revela	a	Sua	vontade	a	qualquer	pessoa	que	esteja	disposto	a	realizá-la.	Ele
está	pronto,	pessoalmente,	a	lhe	ensinar	o	caminho	que	você	deve	seguir.	Não	é
o	caminho	que	você	quer,	mas	o	que	você	deve	seguir.	Lembre-se	de	três
verdades:
Ele	permite	você	decidir	(Sl	81.10-16);	Ele	lhe	dá	sabedoria	e	discernimento
para	decidir	(Tg	1.5);	e	Ele	lhe	dará	desejo	e	força	para	fazer	a	vontade	dEle	(Fp
2.13).
Deus	tem	uma	vontade	complicada.
A	maioria	dos	cristãos	é	desconfiada	com	Deus.	Acham	que	a	vontade	de	Deus
vai	trazer	sofrimento	e	frustrar	os	seus	planos	pessoais.	É	por	isso	que	muitos
não	querem	conhecer	a	vontade	de	Deus.
A	Bíblia	ensina	o	contrário.	A	vontade	de	Deus	é	boa,	perfeita	e	agradável	(Rm
12.2).	Deus	tem	o	melhor	para	você.	Eu	é	que	sei	que	pensamentos	tenho	a	vosso
respeito,	diz	o	Senhor;	pensamentos	de	paz	e	não	de	mal,	para	vos	dar	o	fim	que
desejais	(Jr	29.11).
Observe	que	Deus	pensa	em	você	e	tem	planos	para	sua	vida.	Deus	pensa	o
melhor	para	você	com	o	objetivo	de	agradá-lo.
É	como	diz	o	salmista:	Agrada-te	do	Senhor,	e	ele	satisfará	os	desejos	do	teu
coração	(Sl	37.4).
2.	COMO	COMPREENDER	A
VONTADE	DE	DEUS
Depois	que	ficamos	sabendo	que	Deus	tem	um	plano	para	cada	pessoa	e	que	este
plano	é	bom,	perfeito	e	agradável,	precisamos	conhecer	esse	plano.	Como
compreender	a	vontade	de	Deus	para	a	minha	vida	pessoal?	Há	três	requisitos
básicos	para	compreendermos	a	vontade	de	Deus:
Estudar	a	Bíblia.
Se	você	quer	conhecer	a	vontade	de	Deus	para	a	sua	vida	comece	estudando	a
Palavra	de	Deus.	A	Bíblia	é	a	vontade	revelada	e	escrita	de	Deus	para	os
homens.	Ela	é	útil	para	o	nosso	ensino,	repreensão,	correção	e	educação	divina.
Ela	funciona	como	uma	espécie	de	manual	da	vontade	de	Deus.	Ela	traz
princípios	de	orientação	para	cada	área	da	nossa	vida	(relacionamentos,
comportamentos	e	empreendimentos).	Precisamos	é	ter	coragem	para	obedecer	à
orientação	revelada	(Js	1.7;	1Jo	3.22).
Ela	também	funciona	como	lâmpada	e	luz:	Lâmpada	para	os	meus	pés	é	a	tua
palavra	e,	luz	para	os	meus	caminhos	(Sl	119.105).	Ela	ilumina	a	nossa	mente	e
abre	os	nossos	olhos	dando-nos	sabedoria	e	discernimento,	para	decidirmos
assuntos	difíceis.
Orar	especificamente	pelo	assunto.
Pelo	estudo	da	Palavra,	Deus	fala	conosco.	Pela	oração,	falamos	com	Deus.	E
para	conhecer	a	vontade	de	Deus	precisamos	orar	pedindo	que	Ele	nos	revele	a
Sua	vontade:	Então,	me	invocareis,	passareis	a	orar	a	mim,	e	eu	vos	ouvirei.
Buscar-me-eis	e	me	achareis	quando	me	buscardes	de	todo	o	vosso	coração	(Jr
29.12,13).	A	oração	baseada	no	estudo	da	Palavra	é	o	meio	estabelecido	por
Deus	para	conhecermos	a	Sua	vontade.	O	profeta	Isaías	diz	que	o	desejo	da
nossa	alma	está	na	memória	de	Deus	(Is	26.8).	Jesus	nos	incita:	Pedi,	e	dar-se-
vos-á;	buscai	e	achareis;	batei,	e	abrir-se-vos-á.	Pois	todo	o	que	pede	recebe;	o
que	busca	encontra;	e,	a	quem	bate,	abrir-se-lhe-á	(Mt	7.7,8).	“A	oração	é	um
instrumento	poderoso	não	para	fazer	com	que	a	vontade	do	homem	seja	feita	no
céu,	mas	para	fazer	com	que	a	vontade	de	Deus	seja	feita	na	terra”	(Robert	Law).
Aconselhar-se	com	pessoas	maduras.
Decisões	erradas	são	tomadas	porque	foram	baseadas	em	informações	erradas	ou
por	ausência	de	bons	conselhos.	Salomão	nos	adverte:	Não	havendo	sábia
direção,	cai	o	povo,	mas	na	multidão	de	conselheiros	há	segurança	(Pv	11.14).
Decisão	com	segurança	é	resultado	de	conselhos	sábios.	Deus	usa	pessoas	para
aconselhar	outras	a	tomar	decisões	sábias	(Êx	18.17-27;	Tt	2.3-5).	Seja	humilde
e	ouça	a	opinião	de	pessoas	experientes	e	sensatas.	Muito	sofrimento	pode	ser
evitado	quando	ouvimos	conselhos	de	pessoas	que	nos	amam.
CONCLUSÃO
O	projeto	principal	de	Deus	para	os	seus	filhos	é	torná-los	à	semelhança	de	Jesus
(Rm	8.29).	Ser	feliz	é	viver	no	centro	da	vontade	de	Deus.	Sucesso	é	viver	cada
dia	o	projeto	que	Deus	tem	para	você	(Sl	139.16).
Estudo	11
Texto	Básico:	Hebreus	10.25
COMPROMISSO	COM	A	IGREJA
INTRODUÇÃO
É	possível	ter	uma	vida	espiritual	produtiva	sem	integrar-se	a	uma	igreja?	É
possível	estar	em

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