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Administração de Materiais

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Maria Eduarda Borges Silva - edu.borges071@gmail.com - CPF: 083.255.895-82
 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
 O conceito de administração de materiais e patrimonial vai muito
além do que a simples manutenção de estoques. Vai desde a aquisição
(materiais ou serviços) até a distribuição/entrega ao cliente final, seja
um bem tangível ou intangível (como a prestação de serviços públicos).
 A função da administração de materiais é a maximização da
utilização dos recursos por meio de planejamento, coordenação e
controle do fluxo de materiais/serviços. Durante o processo de
produção (bens ou serviços), haverá necessidade de determinada
quantidade de determinados recursos em determinados locais.
Ademais, esses recursos podem ser armazenados, transportados,
selecionados, contados, entre diversas outras tarefas. 
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 “A administração de recursos materiais engloba a sequência de
operações que tem início na identificação do fornecedor, na compra do
seu bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento,
em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem
como produto acabado e, finalmente em sua distribuição ao
consumidor final” (MARTINS; ATL, 2005,).
 Portanto, não basta simplesmente a organização ter a seu dispor os
recursos. É necessário que esses estejam disponíveis no momento
certo, na quantidade certa, qualidade desejada, menor curso e no local
certo. São características que precisam ser simultaneamente
satisfeitas. 
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 Esses são os cinco pilares da administração de materiais: 
• tempo – momento certo; 
• quantidade – nem falta nem excesso; 
• qualidade – o item deve ter a qualidade necessária ao processo; 
• custo – o ideal é sempre o menor custo, entretanto, custo e qualidade
 estão diretamente ligados. Se almejarmos diminuir os custos, baixamos
a qualidade. Se quisermos mais qualidade, aumentamos o custo. 
• localização – no local correto.
 Creio que será importante registrar os principais objetivos da área
de ARM trazidos por DIAS (1993): 
 preço baixo
 alto giro de estoques
 baixo custo de aquisição e posse
continuidade de fornecimento
 consistência de qualidade 
 despesas com pessoal 
relações favoráveis com fornecedores 
 aperfeiçoamento de pessoal 
bons registros
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 De acordo com Ballou (1993), que considera que a ARM integra o
sistema logístico da empresa, uma boa administração de materiais
significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências
de operação. Isso significa aplicar o conceito de custo total às
atividades de suprimento de modo a tirar vantagem da oposição das
curvas de custo.
ATIVIDADES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO DE
MATERIAL E PATRIMÔNIO
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 Para cumprir esses objetivos, a administração de materiais divide-
se em três grandes áreas: 
Gestão de Compras: a função de Compras pode ser dividida em
compras no mercado interno e importações. Toda compra envolve
fornecedores, contratos (licitações), tomada de preços, pedido de
compras (prazos, condições de pagamento etc.), transporte e
controle no recebimento da mercadoria. Caso haja importações, os
compradores deverão ter conhecimento das leis e guias de
importação, bem como dos processos envolvendo órgão do
governo federal mediador das importações.
 Gestão de Transportes: a função de Transportes envolve do
fornecedor até o espaço físico de estocagem, pode ser feita
internamente ou por terceiros. Caso seja interna, envolve o processo
de gerenciamento e distribuição das cargas. Se externa, envolve a
contratação de transportadoras (rodoviárias, ferroviárias, aéreas ou
marítimas).
Gestão de Estoques: as funções de Armazenagem e Conservação
envolvem todos os processos de recebimento das mercadorias,
controle de qualidade e fechamento contra o pedido de compra,
catalogação dos itens conforme codificação do estoque,
armazenagem no local físico (localização) designado para os itens e
contabilização dos itens. As funções de Manipulação e Controle dos
Estoques envolvem todos os processos de requisição e devolução
de itens para a fabricação, o consumo ou a revenda. Cada um
desses processos é composto por subprocessos legais. Caso a
retirada de itens seja para venda e entrega para um cliente, um
processo de emissão de notas fiscais para circulação de
mercadorias (pode ser o faturamento direto) deve ser incluído para
essa função.
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 Um sistema de classificação deve ser detentor de alguns atributos
para que seja eficiente. Para Viana (2006), como existem vários tipos, a
classificação deve ser analisada no todo, em conjunto, visando propiciar
decisões e resultados que contribuam para atenuar o risco de falta. Um
bom método de classificação deve ter algumas características: ser
abrangente, flexível e prático. 
 Abrangência: abordar uma série de características dos materiais,
caracterizando-os de forma abrangente, como aspectos físicos,
financeiros, contábeis etc. Ex.: material de consumo ou permanente,
qual o tipo de material etc. 
 Praticidade: deve ser simples e direta, sem demandar do gestor
procedimentos complexos. Ainda, deve prover informações
objetivas. Ex.: código, medidas, forma de apresentação, acabamento
etc. 
Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de
classificação, de modo que se obtenha ampla visão do
gerenciamento de estoques. Ex.: material de estoque ou não,
material crítico ou não, material A, B ou C etc.
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TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO DE
MATERIAIS
 Há diferentes maneiras de se classificar o material dentro das
organizações; logo, dentro das especificidades do seu negócio, cada
organização poderá adotar seu critério. No entanto, Viana (2006) lista
alguns tipos de classificação: 
POR TIPO DE DEMANDA OU CONSUMO 
 A classificação por tipo de demanda se divide em materiais de
estoque e materiais não de estoque. 
 Os materiais de estoques são aqueles materiais que devem sempre
existir em estoque e para os quais são determinados critérios e
parâmetros de ressuprimento automático (não depende do usuário),
com base na demanda prevista e na importância para a organização. 
 Os materiais não de estoque são aqueles materiais de demanda
imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o
ressuprimento automático. Tais itens são, em regra, adquiridos
somente quando verificada sua necessidade e são utilizados
imediatamente após a compra.
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MATERIAIS CRÍTICOS 
 São materiais de reposição específica de um equipamento ou de
um grupo de equipamento iguais, cuja demanda não é previsível e cuja
decisão de estocar é tomada com base na análise de risco que a
empresa corre, caso esses materiais não estejam disponíveis quando
necessário. Utilizando linguagem comum, material crítico é como
seguro de vida: todos têm, mas não querem utilizá-lo. 
 Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos,
devem permanecer estocados até sua utilização, não estando,
portanto, sujeitos ao controle de obsolescência (que ocorre quando
algo deixa de ser útil, ou se torna ultrapassado, obsoleto etc.).
PERECIBILIDADE 
 A perecibilidade é uma classificação que leva em conta a
probabilidade de perecimento ou não do material. Sabemos que alguns
itens se deterioram mais rápido que outros. Além disso, o modo de
armazenagem influencia na durabilidade do material. Ainda, muitas
vezes, o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a
organização adquire um material para ser usado em um período, e
nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderánão ser
mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos.
PERICULOSIDADE 
 Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em especial
durante as atividades de manuseio e transporte. Nesta categoria estão
inseridos os explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, materiais
radioativos, corrosivos, oxidantes etc.
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POSSIBILIDADE DE FAZER OU COMPRAR 
 A possibilidade de fazer ou comprar vai determinar o grau de
integração vertical da organização. Se a empresa optar por fazer, maior
será sua integração vertical e, consequentemente menor será a
terceirização (outsourcing).
Verticalização: a organização produz (ou tenta produzir)
internamente tudo o que puder. No entanto, verticalizar mostrou-se
um negócio arriscado, já que a organização pode ficar “engessada”,
ou seja, a imobilização de recursos pode tornar o negócio pouco
flexível. 
Horizontalização: a organização compra de terceiros o máximo de
itens que irão compor o produto final. É uma estratégia de grande
tendência das empresas modernas. De modo geral, apenas os
processos fundamentais (chamados core processes) não são
terceirizados, por razões de segredos tecnológicos.
TIPOS DE ESTOCAGEM 
Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de
estoque e que necessitam de ressuprimento constantes; 
Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento,
ou seja, é um material não de estoque.
 A classificação por tipo de estocagem considera que os materiais
podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e
temporária. 
Veja o detalhamento a seguir: 
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DIFICULDADE DE AQUISIÇÃO 
Fabricação especial: envolve encomendas especiais com
cronogramas de fabricação longos, acompanhamento e inspeções
nas diversas fases da fabricação, fabricações pioneiras, materiais
em pesquisa etc.; 
 Escassez no mercado: os materiais, em razão da pouca oferta,
podem colocar em risco o processo produtivo; 
Sazonalidade: a oferta sofre alterações em determinados períodos
do ano; 
 Monopólio ou tecnologia exclusiva: existe dependência de um único
fornecedor;
 Logística sofisticada: os materiais necessitam de transporte
especial ou os locais de retirada e entrega são de difícil acesso; 
Importações: algumas vezes, independentemente dos entraves
burocráticos, os materiais a serem importados dependem de
liberação de verbas ou financiamentos externos.
 Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de
compra em materiais de difícil aquisição e materiais de fácil aquisição. 
 As dificuldades podem advir de: 
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MERCADO FORNECEDOR 
Mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; 
Mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país; 
Materiais em processo de nacionalização: materiais para os quais
se estão desenvolvendo fornecedores nacionais.
 Esta classificação está intimamente ligada à anterior e
complementa-a. 
 Assim, temos: 
DICA RESUMIDA:
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GESTÃO DE ESTOQUE
 A gestão de estoque é o processo que viabiliza o planejamento,
execução e controle dos recursos armazenados dentro de uma
empresa.
 Segundo Bráulio Wilker, fala que o gerenciamento de estoque atua
sobre os processos de suprimento.
 Estes processos envolvem as seguintes decisões:
O que suprir?
Em que quantidade suprir?
E em que momento suprir?
 O autor destaca também que o controle de estoque possui 3
objetivos:
Maximizar o nível de serviço ou o nível de atendimento da demanda
através de mercadorias em estoque.
Reduzir os custos totais do estoque por meio do giro ou da redução
de investimentos e custos.
Otimizar a eficiência operacional dos processos de suprimento
mediante a redução de custos.
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TIPOS DE COMPRAS
 As operações de aquisição de produtos ou matérias-primas
dependem da necessidade de consumir ou investir.
Todos os modelos de compras estão relacionados à aquisição para
consumo ou para aplicação de recursos em um novo equipamento,
ampliação da infraestrutura etc.
 Podemos definir os tipos de aquisição:
COMPRAS PARA INVESTIMENTO
 Essa operação é voltada para a aquisição de equipamentos e bens
que vão compor o ativo da organização, ou seja, os bens e direitos que
possuem valores econômicos e podem ser convertidos em recursos
financeiros.
 Em resumo, compõem o patrimônio da empresa. Um exemplo de
compra para investimento é a aquisição de uma máquina mais nova e
com mais capacidade de produção.
COMPRAS PARA CONSUMO
 A aquisição para consumo é voltada para a compra de materiais e
matérias-primas que serão usados na produção, inclusive o valor
aplicado para o material de escritório.
 Pode ser entendido também como compras de custeio, como é
chamada por algumas organizações.
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 Essa categoria possui duas subdivisões:
Compras de materiais produtivos, que são compostas por itens
relacionados direta ou indiretamente ao processo de produção. Eles
integram o produto final;
Compras de materiais improdutivos, que são aqueles que não são
adotados no processo de produção. São itens de custeio ou de
consumo forçado.
 Tanto as compras para investimento quanto para consumo podem
ser classificadas de acordo com a região de origem ou de aquisição dos
produtos e matérias-primas.
COMPRAS LOCAIS
 As compras locais podem ser adotadas tanto pelas empresas
privadas quanto pelas públicas.
 A diferença nas operações é que no primeiro caso há informalidade
e o segundo é mais formal. Porém, os procedimentos executados são
bastante similares.
 O que caracteriza essa categoria é se a aquisição está sendo feita
localmente, como indica o nome.
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COMPRAS POR IMPORTAÇÃO
 Essa é uma operação voltada para o comércio exterior e, por isso,
exige o envolvimento de um profissional qualificado.
 Esse tipo de compras requer uma análise aprofundada para
garantir que todas as diretrizes e regulamentações estão sendo
seguidas.
 
 Para ter certeza de que tudo está sendo feito corretamente é
preciso cumprir algumas etapas:
Processamento de faturas pro forma;
Processamento dos documentos para importação no
Departamento de Comércio Exterior (DECEX);
Compra de câmbio para efetuar o pagamento contra uma carta de
crédito que seja irrevogável;
Monitoramento das ordens de compra no exterior;
Pedido de averbação de seguro para realizar o transporte aéreo ou
marítimo;
Recebimento da carga, seja em aeroporto, seja no porto;
Execução do pagamento dos direitos alfandegários;
Reclamações à seguradora quando houver imprevistos.
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COMPRAS FORMAIS
 Esse tipo de compra é aquele em que a operação exige a emissão
de algum documento de formalização. Geralmente, essas aquisições
possuem valores predeterminados, que influenciam o processo.
 Dependendo do valor a formalidade pode ser maior ou menor, ou
seja, existem diferentes níveis de formalidade.
COMPRAS INFORMAIS
 A compra informal refere-se a um processo de aquisição que
ocorre sem seguir procedimentos formais
 Essa abordagem é comumente encontrada em situações em que a
natureza da transação é mais simples, os valores são menores ou
quando a flexibilidade e agilidade são mais prioritárias do que a
conformidade estrita com processos formais. Pode ser utilizado na
comprade pequenos suprimentos, bens de consumo rápido ou em
situações em que a urgência e a praticidade são fundamentais.
COMPRAS ANTECIPADAS
 A organização realiza a aquisição de determinados itens com base
em um planejamento prévio. Nesse contexto, a compra é antecipada e
segue um cronograma planejado, muitas vezes alinhado com as
necessidades da organização ao longo do tempo. Também conhecidas
por compras programadas ou planejadas.
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 COMPRAS CONTRATADAS
 Se enquadra no conceito de compras a prazo, onde a aquisição de
produtos ou serviços é realizada antecipadamente, mas a entrega e o
pagamento ocorrem em um momento futuro, conforme acordado
entre as partes. Essa modalidade é comum em transações comerciais
em que há a necessidade de conceder prazos de pagamento aos
compradores.
 Compras a prazo geralmente envolvem um relacionamento de
confiança entre compradores e fornecedores, sendo crucial para que
ambas as partes cumpram os termos acordados.
COMPRAS EMERGENCIAIS
 Essas compras são motivadas por necessidades urgentes e
imprevistas que não foram antecipadas no planejamento normal da
organização. Ao contrário das compras programadas, as compras de
emergência não passam por um planejamento antecipado, o que pode
resultar em dificuldades na escolha do fornecedor, análise de preços e
qualidade. Como norma, essa modalidade é considerada prejudicial,
pois a organização pode ficar sujeita a condições desfavoráveis de
negociação e preços mais elevados devido à urgência.
 Compras de emergência podem impactar as qualidades da
eficiência operacional e financeira da organização, já que geralmente
envolvem custos mais altos e menor controle sobre os termos da
transação.
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 O cadastro de fornecedores desempenha um papel crucial no
processo de fornecimento de uma empresa. Ao manter informações
fornecidas sobre os fornecedores, a organização pode comparar
diferentes fornecedores no prazo, bem como utilização de informações
do cadastro para negociar melhores preços, prazos de pagamento e
condições contratuais.
 A organização deve acompanhar o histórico de desempenho dos
fornecedores, verificando a pontualidade nas entregas, a qualidade dos
produtos ou serviços e a conformidade com as condições contratuais,
identificar e mitigar riscos relacionados a fornecedores, como
problemas financeiros, não conformidade legal ou questões ambientais.
 Agilizar o processo de tomada de decisão na compra, uma vez que
as informações possíveis estão disponíveis no cadastro. 
 Selecionar fornecedores que sejam selecionados com os objetivos
estratégicos da empresa, construindo parcerias de longo prazo,
certificando-se que os fornecedores atendem a todos os requisitos
legais e regulamentares.
CADASTRO DE FORNECEDORES
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POLÍTICA DE VALORES
 Seus critérios para seleção de fornecedores precisam estar no
mesmo nível que a sua empresa, portanto, o primeiro critério é priorizar
quem tem os mesmos valores.
10 CRITÉRIOS ESSENCIAIS PARA A SELEÇÃO DE
FORNECEDORES
ESTRUTURA DA EMPRESA E HISTÓRICO
 Antes de fechar qualquer negócio, faça uma avaliação da
formação da empresa fornecedora, principalmente o que compõe seu
histórico. Neste critério, se atente a características como:
Tempo de atividade;
Currículo dos principais tomadores de decisão (gestores e
diretores);
Matéria-prima (os materiais são de qualidade e atendem às
especificações?);
Estabilidade financeira.
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EXPERTISE
 O critério expertise se refere ao nível de conhecimento em vários
tipos de produção. À princípio, o termo era focado em agradar a relação
B2B (com o cliente final).
 Atualmente, a expertise no mercado também visa favorecer a
relação com empresas contratantes.
 Portanto, coloque a expertise como um dos critérios para seleção
de fornecedores. Isso vai dar margem para o quanto os parceiros
comerciais conseguem cooperar e/ou participar da produção ou
serviço.
CREDIBILIDADE DO FORNECEDOR
 Analisar a credibilidade do fornecedor é ideal para o bem do seu
negócio, por isso, veja o que o faz ser verdadeiro no mercado.
 Uma maneira adequada é conhecer também seus clientes, o que
eles dizem, como recebem as estratégias. 
 Entre em contato com eles para saber o nível de satisfação com o
produto ou serviço. A base de clientes do seu parceiro pode ser
comparada com a sua e, quanto mais semelhante, mais créditos serão
dados.
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QUALIDADE
 A qualidade pode não ser uma novidade, mas é sem dúvidas, é um
dos mais importante critérios para seleção de fornecedores.
 O produto que o consumidor vai receber deve corresponder ou,
melhor ainda, superar expectativas. 
 Caso contrário, suas vendas sofrerão quedas e seu negócio será
motivo de insatisfação. Assim, é indicado ficar de olho no padrão de
qualidade, no processo de produção e resultados do fabricante.
PREÇO
 Mais uma vez o preço entra como um dos critérios para seleção de
fornecedores. Aqui vale uma comparação de gastos: quanto se gasta ao
comprar do fornecedor e quanto se ganha com as vendas? Essa
comparação ainda não diz respeito ao que chamamos de lucro.
 Como critério, então, você analisa se a porcentagem para o
fornecimento é menor do que a gerada na retirada da sua empresa, e
aqui não podem faltar valores de promoções e ofertas.
 Consequentemente, as suas vendas devem suprir a produção, o
seu pessoal e a margem de lucro. O que reforça a importância da
negociação.
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SUPORTE
 Verifique como é a questão de atendimentos pós-venda,
principalmente para o caso de precisar de suporte técnico,
manutenção ou reposição de peças.
 Os clientes do fornecedor, certamente saberão lhe informar quais
canais de atendimento são mais eficientes e se há fácil acesso aos
tomadores de decisão.
LOCALIZAÇÃO
 A localização, novamente, deve estar ao seu favor. Por motivos
óbvios, ela facilita ou não o fornecedor atender a tempo.
 Isto serve para quando sua empresa tiver uma demanda fora do
planejado. Ela será rapidamente abastecida se existir um centro de
estoque local. Como alternativa, é válido avaliar o frete.
PRAZOS
 Ao analisar sua lista de fornecedores, escolha aqueles com prazos
dentro das suas condições.
 Qual o tempo não deixará seu estoque desfalcado? Trinta, sessenta
ou noventa dias? Se optar por longo prazo, as taxas de juros segundo o
mercado estão na variação interessante?
 Desse modo, o empreendedor deixa claro suas condições e cabe ao
fornecedor aceitá-las ou não.
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 Embora seja preciso já dizer ao fornecedor a demanda que sua
empresa exige, também é necessário saber se ele será flexível para
socorrer imprevistos ou abastecimentos extras.
 Caso perceba o processo de logística como embaraçoso, sem
ritmo, de forma a prejudicar a sua programação, não hesite em eliminá-
lo da lista de fornecedores.
FLEXIBILIDADE
 Na esfera privada, a aquisição de bens e serviços muitas vezes é
conduzida pela vontade do proprietário ou responsável pela empresa.
No entanto, no setor público, onde os recursos pertencem à
coletividade e não a um único dono, a necessidade de seguir
rigorosamente a legislação é primordial. 
 Para garantir uma gestão transparente, justa e eficiente dos
recursos públicos, é adotado o procedimento formal conhecidocomo
licitação. Esse processo visa garantir a conformidade com os princípios
legais, como publicidade, isonomia e competitividade, promovendo a
escolha adequada de fornecedores para o fornecimento de bens e
serviços no âmbito do setor público.
COMPRAS NO SETOR PÚBLICO
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 Como diz o ditado: viver não é para amador!
 E fazer compra pública também não! 
 Isso porque, para realizar um procedimento desse, é preciso saber
sobre a Lei. E não estamos falando de uma lei, mas de muitas outras
regras. 
 Há quase 30 anos temos a Lei nº. 8.666 (de 1993), conhecida como
Lei Geral de Licitações, que, apesar de carregar o qualificante “geral”,
não é única e vem convivendo com alterações e outras leis publicadas
para ajustar o processo de compra à realidade que exigia mais
agilidade, automatização, transparência, inovação. 
 Além disso, há ainda as normas infralegais, como decretos,
instruções normativas, resoluções… E, mais, normas de âmbito federal,
estadual e municipal… Enfim, um incontável número de regras e que,
desde 1º de abril de 2021, ganhou mais uma peça nesse quebra-
cabeças: a Lei nº. 14.133, conhecida como Nova Lei de Licitações, que
substituirá alguns normativos vigentes (também já vigente, ou seja,
pode ser aplicada).
ENTENDER AS LEIS É ESSENCIAL
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O PAPEL DOS PROCESSOS
 Como não só de leis e normas vivem as compras, temos também
as orientações dos órgãos de controle, sejam internos ou externos,
como as controladorias e tribunais de contas, que têm o papel de zelar
pela conformidade dos procedimentos e vêm, ao longo dos anos,
atuando fortemente na construção de entendimentos que influenciam
os processos de compras públicas.
 E aqui chegamos em mais uma dimensão: os processos. Cada
compra pública precisa é um processo administrativo, teoricamente
proveniente de um planejamento, que precisa de documentos,
pareceres jurídicos, análise de preços e de vantajosidade, publicações
em diários oficiais, entrega de documentação pelos fornecedores,
realização de testes de materiais, recursos, até se chegar ao resultado
final e à assinatura de um contrato. Cada uma dessas etapas consome
tempo e, logicamente, também representam gastos, tanto para o
público quanto para o particular.
EDITAL DE LICITAÇÃO
 O edital funciona em uma licitação, como um contrato funciona
entre particulares: faz lei, ou seja, é obrigatória a observância de todos
os itens constantes do edital. Por força do princípio da vinculação do
instrumento convocatório, todas as partes interessadas, inclusive a
Administração, estão restritos às regras contidas no edital.
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LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO EDITAL
 A Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações) estabelece as regras básicas
para as licitações nas modalidades concurso, leilão, tomada de preços e
concorrência, inclusive acerca do edital. Já para a modalidade pregão,
tanto presencial quanto eletrônico, é regida pela Lei nº 10.520/02. Por
fim, o Sistema de Registro de Preço também possui sua norma própria,
o Decreto nº 7.892/13.
REQUISITOS DO EDITAL DE ACORDO COM A LEI DE
LICITAÇÕES
 O artigo 40 da Lei de Licitações estabelece o que um edital de
licitação deve conter, necessariamente, desde o preâmbulo, no qual
devem constar as informações básicas, como número de ordem, nome
da repartição interessada e do setor, modalidade, regime de execução
e tipo de licitação, local e data do recebimento da documentação e
propostas, local e data do início da abertura dos envelopes.
 Além dessas informações iniciais, deverá, necessariamente, conter,
ainda:
Objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
Prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos
instrumentos para execução do contrato e entrega do objeto da
licitação;
Sanções em caso de inadimplência;
Local para exame e aquisição do projeto básico;
Existência de projeto executivo disponível na data de publicação do
edital, bem como local onde possa ser examinado e adquirido;
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Condições para participar da licitação e forma de apresentação das
propostas;
Critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros
objetivos;
Local, horários e códigos de acesso dos meios comunicação à
distância onde constarão todas as informações referentes à
licitação e às condições das obrigações necessárias ao
cumprimento do objeto;
Condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e
estrangeiras, quando se tratar de licitações internacionais;
 O critério de acessibilidade dos preços unitário e global;
 O critério de reajuste, desde a data prevista para apresentação da
proposta até a data do adimplemento de cada parcela;
Limites para pagamento de instalação e mobilização para execução
de obras ou serviços;
Condições de pagamento, que deve prever prazo de pagamento,
cronograma de desembolso, critério de atualização financeira dos
valores a serem pagos, compensações financeiras e paralizações e
exigência de seguros;
 Instruções e normas para os recursos previstos;
Condições de recebimento do seu objeto;
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REQUISITOS DO EDITAL DO PREGÃO, DE ACORDO
COM A LEI Nº 10.520/02
 A Lei do Pregão estabelece apenas 4 requisitos para os editais dos
pregões. Entretanto, aplica-se a essa lei, subsidiariamente, as
disposições da Lei nº 8.666/93. Na prática, isso significa que, além de
todos os requisitos citados anteriormente, o edital dos pregões devem,
ainda, conter:
Objeto do certame;
Exigências de habilitação;
Critérios de aceitação das propostas; e
 Sanções.
 A principal exceção diz respeito ao valor de referência que não é
obrigatório no pregão, enquanto é nas outras modalidades de licitação.
Entretanto, mesmo sem essa obrigatoriedade, os interessados ainda
podem ter acesso a esse valor de referência.
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Especificação e descrição do objeto;
Estimativa das quantidades que serão adquiridas;
O preço unitário máximo que se pretende pagar;
A quantidade mínima a ser cotada;
As condições e local de entrega dos produtos, bem como a forma de
pagamento e em caso em que seja necessária a execução, às
condições da prestação do serviço;
O prazo de validade do registro de preços;
Os entes administrativos participantes;
Os modelos de planilhas de preços e a minuta do contrato;
As penalidades para o caso de descumprimento das obrigações
pactuadas.
REQUISITOS DO EDITAL DE SISTEMA DE REGISTRO
DE PREÇOS, DE ACORDO COM O DECRETO Nº
7.892/13
 O Sistema de Registro, assim como o Pregão, também deve aplicar,
subsidiariamente, o contido na Lei de Licitações. Entretanto, o próprio
decreto também estabelece os seus próprios requisitos, que são:
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 Caso algumas das normas que vimos neste artigo forem
descumpridas pela Administração, estará o edital eivado de vício, que
poderá ser classificado como erro ou omissão. Nessas situações,
poderá o licitante impugnar o edital, por meio de procedimento
administrativo próprio, permitindo, assim, que o certame continue a
obedecer aos seus objetivos maiores: a supremacia do interesse da
administração e a garantia de igualdade de condições entre os
participantes da licitação.
RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM
 O recebimento de mercadorias é o conjunto de atividades
necessárias para receber os produtos adquiridos dos fornecedores da
empresa. De maneira resumida, as atividades consistem na operação
da descarga do veículo, conferência dos produtos e armazenagem.
Pode parecer um processo simples e trivial, mas é necessáriototal
atenção para acabar não prejudicando os resultados da organização.
 De maneira resumida, as atividades consistem na operação de
descarregamento do veículo, conferência dos produtos e
armazenagem. Pode parecer um processo simples e trivial, mas é
necessário total atenção para acabar não prejudicando os resultados
da organização.
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DICA RESUMIDA:
 Quais são as etapas do processo de recebimento de mercadorias?
ARMAZENAGEM
 A armazenagem é uma atividade logística que envolve o
gerenciamento físico e administrativo dos estoques de uma empresa.
Esse processo abrange desde a coleta de mercadorias até a sua
distribuição, incluindo o armazenamento e o controle do inventário.
 A eficiência no armazenamento é crucial para otimizar custos,
reduzir tempos de espera, minimizar perdas e garantir a integridade dos
produtos. Tecnologias como sistemas de gestão de armazéns (WMS) e
automação desempenham um papel importante nesse contexto,
permitindo um controle mais preciso e ágil das operações.
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TIPOS DE ARMAZENAMENTO
AS MELHORES TÉCNICAS PARA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS
 As técnicas que apresentamos são procedimentos que podem ser
adotados nos armazéns e nos centros de distribuição, possibilitando
maximizar a utilização do espaço disponível, ao mesmo tempo em que
se torna possível agilizar os processos de recepção, expedição e
movimentação de materiais.
 O principal objetivo é oferecer maior praticidade aos armazéns, ao
mesmo tempo em que os responsáveis pela administração do espaço
tenham condições de atender os usuários com maior rapidez. 
 A seguir as principais técnicas de armazenagem de acordo ao
material:
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PRODUTOS QUÍMICOS: COMO ARMAZENAR CORRETAMENTE
 A utilização de produtos químicos exige uma logística mais
complexa, havendo necessidade de aplicação de determinadas regras,
como, por exemplo:
aplicação das regras da NBR 7502, estabelecendo como deve ser
feito o transporte de produtos químicos e cargas perigosas,
utilização do Código Marítimo internacional de Mercadorias
Perigosas,
aplicação das condições estabelecidas pelo Decreto nº 10.088,
fazendo referência à utilização de produtos químicos pelas
empresas.
 Dependendo do tipo de produto químico, existem regras
específicas estabelecidas pela legislação, assegurando maior
segurança aos responsáveis pelo transporte e armazenamento.
PLANOS METÁLICOS NA ARMAZENAGEM
 A utilização de planos metálicos elimina a necessidade de
paletização, oferecendo diversas opções para o armazenamento. 
O equipamento pode ser transformado em gôndolas, oferecendo maior
flexibilidade para o armazenamento e transporte.
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GESTÃO INFORMATIZADA DE ESTOQUE
 Principalmente quando a empresa é de maior porte e possui maior
quantidade de itens a serem armazenados, a aplicação das técnicas
para armazenagem de materiais deve ser feita com a utilização de um
sistema de gestão de estoques apropriado
 A utilização de um sistema ERP é a mais eficiente, podendo reunir
todas as informações em um único banco de dados, automatizando os
controles.
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO
 A implantação de um sistema de endereçamento serve para
facilitar a localização de qualquer item armazenado. 
 O objetivo do endereçamento é determinar áreas, armazenando os
materiais de acordo com os critérios, como, por exemplo, o
endereçamento RPA, com rua, posição e altura, e o sistema ARMNV,
com área, rua, módulo, nível e vão.
 Nos dois sistemas é possível utilizar apenas números, facilitando o
endereço de cada item.
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PALETIZAÇÃO DO ARMAZÉM
 A utilização dessa técnica possibilita o armazenamento de maior
quantidade de itens em apenas um palete.
 A partir disso, os itens podem ser colocados sobre porta-paletes, ou
agrupados em sistema de torres.
 Nesse caso, normalmente se utiliza o armazenamento de produtos
semelhantes, com as mesmas datas, simplificando a movimentação e o
controle.
SISTEMA PEPS (FEFO)
 O sistema PEPS (FEFO, em inglês), é utilizado principalmente para
bens perecíveis que apresentam prazo de validade. 
 Nesse caso, o primeiro produto que entra é o primeiro que sai,
gerando movimentação que permite a utilização dos prazos de validade
de forma correta.
 Na comercialização ou produção de alimentos, é o sistema mais
indicado, impedindo que mercadorias percam a validade.
SISTEMA UEPS (LIFO)
 O sistema UEPS (LIFO) segue a ordem inversa ao FIFO. 
 O último produto que entra é o primeiro que sai, tornando o saldo
do valor em estoque subestimado, já que o saldo final é baseado no
valor de composição dos primeiros lotes comprados.
 
 O sistema pode ser utilizado quando não há produtos perecíveis,
não havendo, portanto, prazo de validade.
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GESTÃO PATRIMONIAL
 A gestão de patrimônio refere-se ao conjunto de práticas e
processos adotados por uma organização para administrar seus bens e
ativos de forma eficiente. Isso inclui não apenas a aquisição e
manutenção desses ativos, mas também o controle, monitoramento e
eventual descarte quando necessário.
 Os recursos patrimoniais são descritos como elementos
primordiais para uma organização. Eles são fundamentais para que uma
organização possa operar e fornecer produtos ou serviços para atender
às demandas do mercado. Incluem instalações, máquinas, elementos e
veículos que tornam possível a operação da empresa. São os ativos
físicos e tangíveis que desempenham um papel essencial na
capacidade da organização de realizar suas atividades.
 Esses bens patrimoniais não são apenas instrumentos para
operação, mas também são protetores para a criação de valor. Eles são
parte integrante do processo de produção e entrega de produtos ou
serviços, agregando valor ao cliente e ao mercado.
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 A seguir DICA RESUMIDA em que consiste o PATRIMÔNIO de uma
organização:
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O QUE É CONTROLE PATRIMONIAL?
 O controle patrimonial pode ser entendido como a gestão ou
gerenciamento de todo o patrimônio de uma empresa.
Sendo assim, o controle de patrimônio engloba o acompanhamento,
desde os ativos tangíveis – como imóveis, dinheiro em caixa, estoque,
investimentos e mais – quanto os ativos intangíveis do negócio – como o
valor da sua empresa ou marca, softwares, direitos autorais, licenças,
entre outros.
 Relembrando, os ativos de uma organização são os bens e direitos
que um negócio possui e que podem ser convertidos em meios
monetários.
TIPOS DE BENS
 Conforme leciona Carlos Roberto Gonçalves, "bens são coisas
materiais ou concretas, úteis aos homens e de expressão econômica,
suscetíveis de apropriação". Portanto, os bens que podem ser objetos
de direito são os corpóreos (que possuem existência física, sendo
passíveis de alienação), os incorpóreos (de existência abstrata, que
somente podem ser objetos de cessão), determinados atos humanos
(prestações), e até mesmo outros direitos (usufruto de crédito, por
exemplo) e atributos da personalidade (direito a imagem, por exemplo).
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Bens móveis: nos termos do artigo 82 do CC, são bens suscetíveis de
movimento, que podem ser transportados de um lugar para o outrosem que seja alterada sua substância ou sua destinação econômico-
social. Dentre suas principais características está o fato de serem
adquiridos por simples tradição, ocupação ou invenção, sem
necessidade de outorga uxória, escritura pública e registro; ter o
lapso de prescrição aquisitiva inferior ao do usucapião de bens
imóveis; de sujeitarem-se a penhora, e não a hipoteca; de não serem
suscetíveis de direito real de superfície, porém de mútuo; e, por fim,
de sujeitarem-se ao ICMS, e jamais ao ITBI. Navios e aeronaves,
embora sujeitem-se a hipoteca, são considerados bens móveis. O
gás, por seu turno, também o é.
Bens imóveis: são bens insuscetíveis de movimento, que não podem
ser transportados de um lugar para o outro sem serem destruídos.
Podem, ainda, ser considerados imóveis por determinação legal,
conforme estabelece o artigo 79 do CC, o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente. Dentre suas principais
características podemos citar que são adquiridos por escritura
pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
com exigência de outorga uxória; que seu lapso de prescrição
aquisitiva é superior ao dos bens móveis; que estão sujeitos a
hipoteca; que embora não sejam suscetíveis de mútuo, é a única
espécie de bem que admite o direito real de superfície; e, por fim,
que se sujeitam ao ITBI, e não ao ICMS.
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Fungíveis: são bens móveis que podem ser substituídos por outros
da mesma espécie, qualidade e quantidade, ou seja, podem ser
determinados por peso, número ou medida. O Código Civil os define
em seu artigo 85, como sendo "fungíveis os móveis que podem
substituir-se por outros da mesma espécie, quantidade e
qualidade", como dinheiro, ovos etc. Seu empréstimo chama-se
mútuo. Em regra, ele somente abrange bens móveis, porém,
excepcionalmente podem englobar imóveis.
Infugíveis: são bens que não podem ser substituídos por outros em
virtude de uma característica própria que tenham, que o torne
individual, como um quadro, por exemplo. Seu empréstimo chama-
se comodato.
Bens Consumíveis: o Código Civil, em seu artigo 86, afirma que "são
consumíveis os bens móveis cujo uso importa a destruição imediata
da própria substância, sendo também considerados tais os
destinados à alienação". Assim, bens consumíveis são bens que são
destruídos após serem utilizados, como o dinheiro, a comida, o livro
para o vendedor etc. Nos bens consumíveis por natureza o seu
simples consumo implica em sua destruição. Porém, também será
considerada consumível a coisa destinada à alienação, como, por
exemplo, um rádio: para o vendedor da loja ele é considerado um
bem consumível, tendo em vista que, com a venda, ele se desfará
dele, porém, para o comprador, ele será um bem inconsumível, uma
vez que, ao adquirir sua propriedade irá usá-lo sem destruí-lo.
Bens inconsumíveis: são bens que não são destruídos pelo seu uso.
Eles admitem o uso reiterado sem alteração de sua substância. Ex.:
carro, livro para o estudante. Os bens inconsumíveis podem
transformar-se em juridicamente consumíveis, como, por exemplo,
um livro colocado à venda em uma livraria.
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Bens divisíveis: a priori, todos os bens são divisíveis, como, por
exemplo, um carro, que pode ser desmontado. Porém, para o Direito
Civil, o conceito de divisibilidade está relacionado com a perda ou
não da propriedade da coisa, pois, no exemplo acima, se
desmontado um carro suas partes não terão mais a mesma
utilidade, pois o carro, em si, não terá mais utilidade. Neste sentido,
proclama o CC em seu artigo 87, que "bens divisíveis são os que
podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam". Assim,
o bem será divisível quando, ao ser partido, formar partes reais
distintas, mantendo sua substância e formando cada qual um todo
perfeito. Ex.: água, ouro.
Bens indivisíveis: são bens que não podem ser fracionados sem que
percam suas propriedades, suas características, sua substância. Ao
serem partidos deixam de ser o que eram, como ocorre, por
exemplo, com a divisão de um relógio, de um carro etc. O CC em seu
artigo 88 prescreve que "os bens naturalmente divisíveis podem
tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das
partes". Desta forma, considera-se indivisível não só a divisão que
acarreta na perda do valor material do bem, mas também a que
prejudica consideravelmente seu valor financeiro ao ser fracionada.
Singulares: são bens que, embora reunidos, são considerados
distintos, isolados uns dos outros. São considerados em sua
individualidade, como, por exemplo, um caderno.
Coletivos: também chamados de universais ou universalidades, são
bens formados por coisas simples que agregados formam um todo.
Se considerados conjuntamente esses bens perderão sua
autonomia e individualidade. A coletividade será extinta quando as
coisas que a formam vão desaparecendo, restando apenas uma
delas. Neste sentido, de acordo com o artigo 90 do Código Civil,
"constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares
que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária". 
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Bens reciprocamente considerados
Bens considerados em relação ao titular do domínio
Bens considerados quanto a possibilidade de serem ou não
negociados
- Principais: são os bens que existem sobre si mesmos, abstrata e
concretamente, não dependendo de nenhum outro. Ex.: o solo. 
- Públicos: nos termos do artigo 98 do CC, são os bens do domínio
nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno,
como a União, os Estados ou os Municípios.
- No comércio: são os bens negociáveis.
Referências Bibliográficas
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro - Volume I - Parte Geral. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Sinopses Jurídicas 1 - Direito Civil - Parte Geral. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
INVENTÁRIO
 O inventário refere-se a um registro detalhado e sistemático de
todos os itens, ativos ou recursos pertencentes a uma organização ou
indivíduo. Pode abranger uma variedade de áreas, incluindo bens
patrimoniais, estoques, propriedades, entre outros.
DICA RESUMIDA:
 Em resumo, o inventário desempenha um papel fundamental na
gestão eficaz de recursos, permitindo que as organizações mantenham
um controle preciso e atualizado de seus ativos, o que é crucial para o
sucesso a longo prazo.
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 A alteração de bens ocorre quando há uma alteração nas
características, na localização ou em outros aspectos dos ativos.
Geralmente, a alteração de bens envolve a atualização dos registros de
inventário ou do sistema de gerenciamento patrimonial para refletir as
mudanças ocorridas nos ativos.
 A baixa de bens ocorre quando um ativo é retirado do inventário da
organização, geralmente por ter sido atingido no final de sua vida útil,
ter sido vendido, doado, perdido, roubado ou obsoleto.
São essenciais para manter registros precisos dos ativos e para garantir
a conformidade com as normas contábeis e regulamentações.
 Esses processos permitem que a organização tenha uma visão
atualizada de seu inventário e tome decisões informadas sobre a gestão
de seus ativos.
ALTERAÇÃO E BAIXA DE BENS
Exemplos: Alteração de especificações técnicas de um
equipamento, mudança de localização de um veículo, modificação
na configuração de um sistema, entre outros.
DICA RESUMIDA:
 Em resumo, a alteração e baixa de bens são procedimentos
importantes para garantir que os registros patrimoniais de uma
organização estejam sempre atualizados e reflitam com precisão a
situação de seus ativos ao longo do tempo.
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