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FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA EEH214 PARTE 1 Conceituação básica PROF. OSVALDO MOURA REZENDE OMREZENDE@POLI.UFRJ.BR Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 2 ✓ O meio contínuo ✓ Propriedades gerais ✓ Processos difusivos de transferência de momento, energia e de massa Conteúdo Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 3 ➢ SISTEMA INTERNACIONAL → MLtT → kg; m; s; K ➢ SISTEMA GRAVITACIONAL BRITÂNICO → FLtT → lbf; pé; s; R ➢ SISTEMA INGLÊS DE ENGENHARIA → FMLtT → lbf; lbm; pé; s; R Sistemas de Dimensões Grandeza fundamental Símbolo Comprimento L Massa M Tempo T Intensidade Corrente Elétrica I Temperatura θ Quantidade de Matéria η Intensidade Luminosa I Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 4 • MATÉRIA O meio contínuo Sólido Líquido Gasoso 1019 moléculas Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 5 • INTERESSE DA ENGENHARIA ➢ COMPORTAMENTO MACROSCÓPICO DEVIDO AOS EFEITOS MÉDIOS DAS MOLÉCULAS O meio contínuo Necessidade de um MODELO representativo dessa situação Princípios de idealização e aproximação MODELAGEM Fenômeno físico (problema) Formulação e Modelagem (idealização e aproximação) Solução do modelo Interpretação física dos resultados O conceito de MEIO CONTÍNUO é uma idealização da matéria, é um modelo para estudar o comportamento macroscópico considerando uma DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DA MATÉRIA Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 6 • LIMITE DE VALIDADE DO MODELO DE MEIO CONTÍNUO ➢ Seja uma câmara preenchida com um determinado gás, dotada de um sensor de pressão: O meio contínuo p t p t p t O MEIO CONTÍNUO deixa de ser válido quando o livre percurso médio das moléculas for da mesma ordem de grandeza que o menor comprimento significativo do sistema Limite de validade: Menor volume de matéria que possui nº suficiente de moléculas para manter uma média estatística bem definida Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 7 • LIMITE DE VALIDADE DO MODELO DE MEIO CONTÍNUO ➢ O modelo de meio contínuo é valido para volumes macroscópicos, em sistemas com grande nº de partículas, capazes de manter uma média estatística de determinada propriedade bem definida. ➢As propriedades da matéria em um modelo de meio contínuo apresentam um valor definido em cada ponto do espaço, possibilitando sua descrição em funções contínuas da posição e do tempo: 𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 O meio contínuo Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 8 • A massa específica no modelo de meio contínuo O meio contínuo x y z 𝜌 = d𝑚 d∀ 1º → 16 moléculas 2º → 12 moléculas 3º → 15 moléculas δ𝑚 δ∀ δ∀δ∀’ 𝜌 ≡ lim 𝛿∀→𝛿∀′ δ𝑚 δ∀ 𝜌 = 𝜌 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 Propriedade do fluido terá valor definido no espaço: CAMPO ESCALAR Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 9 ➢ Massa específica ou Densidade absoluta ( 𝜌 ) → relação entre massa e volume do fluido → 𝜌 = 𝑚 ∀ → f (P, T) → casos práticos é cte (4ºC) 𝜌 = 1000 ൗ𝑘𝑔 𝑚3 ➢ Densidade relativa ( 𝛿 ) → relação entre a 𝜌 de uma substância e outra tomada como referência 𝜌0 → 𝛿 = 𝜌 𝜌0 para a água, em casos práticos 𝛿 = 1 ➢ Peso específico ( 𝛾 ) → relação entre peso e volume do fluido → 𝛾 = 𝑊 ∀ 2ª Lei de Newton →𝑊 = 𝑚 ∙ 𝑔 ∴ 𝛾 = 𝑚∙𝑔 ∀ ∴ 𝛾 = 𝜌 ∙ 𝑔 Principais propriedades físicas Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 10 • FORÇAS DE CONTATO E DE CAMPO E TENSÃO EM UM PONTO ➢ Forças de contato ou de superfície: atuam sobre a periferia do meio por contato direto ➢ Forças de campo ou de corpo: desenvolvidas sem contato físico e distribuídas sobre o volume do meio Principais propriedades físicas 𝐭𝐞𝐧𝐬ã𝐨 ≡ lim 𝛿 Ԧ𝐴→0 𝛿 Ԧ𝐹 𝛿 Ԧ𝐴 Os vetores δ Ԧ𝐹 e 𝛿𝐴 podem ser decompostos em suas três componentes de direção (x, y e z) 𝛿 Ԧ𝐴 = Ƹ𝑖𝛿𝐴𝑥 + Ƹ𝑗𝛿𝐴𝑦 + 𝑘𝛿𝐴𝑧 𝛿 Ԧ𝐹 = Ƹ𝑖𝛿𝐹𝑥 + Ƹ𝑗𝛿𝐹𝑦 + 𝑘𝛿𝐹𝑧 𝜏𝑖𝑗 = 𝛿𝐹𝑗 𝛿𝐴𝑖 V Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 𝛿 Ԧ𝐹𝑐 𝛿 Ԧ𝐴 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 11 • TENSÃO EM UM PONTO Principais propriedades físicas V Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 Ԧ𝑓𝑔 𝛿 Ԧ𝐹𝑐 𝛿 Ԧ𝐴 𝑇 = 𝜎𝑥𝑥 𝜏𝑥𝑦 𝜏𝑥𝑧 𝜏𝑦𝑥 𝜎𝑦𝑦 𝜏𝑦𝑧 𝜏𝑧𝑥 𝜏𝑧𝑦 𝜎𝑧𝑧 𝜏𝑖𝑗 = 𝛿𝐹𝑗 𝛿𝐴𝑖 x y z 𝜏𝑥𝑦 𝜏𝑥𝑧 𝜎𝑥𝑥 𝜎𝑦𝑦 𝜏𝑦𝑧 𝜏𝑦𝑥 𝜏𝑧𝑦 𝜎𝑧𝑧 𝜏𝑧𝑥 𝜎𝑧𝑧 𝜎𝑥𝑥 𝜏𝑥𝑦 𝜏𝑥𝑧 𝜏𝑧𝑥 𝜏𝑧𝑦 𝜏𝑦𝑧 𝜎𝑦𝑦 𝜏𝑦𝑥 (Tensor Tensão) Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 12 • O que é um fluido? “Uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de cisalhamento qualquer.” Fluidos – Definição e propriedades Sólido Líquido F F t1 t2 ∆𝑥 𝑣𝑥 = ∆𝑥 ∆𝑡 𝐹 𝐴 = 𝑘 ∙ ∆𝑥 𝑦 𝐹 𝐴 = 𝑘 ∙ ∆𝑥 ∆𝑡 1 𝑦 𝑦 = 𝑘 ∙ 𝑣𝑥 𝑦 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 13 • PROPRIEDADES GERAIS ➢ Fluidos submetidos a esforços normais sofrem variações volumétricas finitas. →Fluidos incompressíveis apresentam essa variação desprezível. →De forma geral, líquidos são incompressíveis, enquanto os gases são compressíveis. ➢ Quando há uma tensão cisalhante, há movimento do fluido e ocorre o escoamento. ➢ Fluidos se moldam às formas dos recipientes. Líquidos apresentam superfície livre e gases ocupam todo o recipiente. ➢ Em um fluido em repouso, a tensão é exclusivamente normal Fluidos – Definição e propriedades Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 14 • VISCOSIDADE ➢ Propriedade associada à resistência do fluido à deformação por cisalhamento, decorrente das forças de coesão intermolecular. → em geral: f (T) ➢ Dado um elemento de fluido infinitesimal, entre duas placas: Fluidos – Definição e propriedades 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 Instante 𝑡 𝑑𝐴 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝜃 𝑑𝜃 Instante 𝑡 + 𝑑𝑡 𝑑𝐴 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 15 • VISCOSIDADE ➢ Dado um elemento de fluido infinitesimal, entre duas placas: →A tensão cisalhante aplicada ao fluido será 𝝉𝒚𝒙 = 𝐥𝐢𝐦 ∆𝑨→𝟎 ∆𝑭𝒙 ∆𝑨 →A tx de deformação no elemento fluido será 𝒅𝜽 𝒅𝒕 Fluidos – Definição e propriedades 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝜃 𝑑𝜃 Instante 𝑡 Instante 𝑡 + 𝑑𝑡 𝑑𝐴 𝑑𝐴 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 16 • VISCOSIDADE ➢ Um fluido será dito newtoniano quando a tensão cisalhante aplicada é diretamente proporcional à taxa de deformação sofrida pelo fluido. Assim: 𝝉𝒚𝒙 ∝ 𝒅𝜽 𝒅𝒕 Fluidos – Definição e propriedades 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝜃 𝑑𝜃 Instante 𝑡 Instante 𝑡 + 𝑑𝑡 𝑑𝐴 𝑑𝐴Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 17 • VISCOSIDADE ➢ Fluidos reais apresentam propriedade de aderência às superfícies sólidas com as quais estão em contato Fluidos – Definição e propriedades 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝜃 𝑑𝜃 Instante 𝑡 Instante 𝑡 + 𝑑𝑡 𝑑𝐴 𝑑𝐴 𝒅𝑽𝒙 𝟎 𝑑𝐿 𝑑𝐿 = 𝑑𝑉𝑥 ∙ 𝑑𝑡 𝑑𝐿 = 𝑑𝑦 ∙ tan 𝑑𝜃 ∴ 𝑑𝐿 = 𝑑𝑦 ∙ 𝑑𝜃 𝑑𝑉𝑥 ∙ 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 ∙ 𝑑𝜃 ⟹ 𝑑𝜃 𝑑𝑡 = 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 A tx de deformação sofrida pelo fluido é igual ao gradiente de velocidade do escoamento Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende Lei de Newton para a Viscosidade sendo 𝝁 o coeficiente de viscosidade dinâmica do fluido 2024 18 • VISCOSIDADE ➢A tensão cisalhante, em fluidos newtonianos, é diretamente proporcional ao gradiente de velocidade do escoamento Fluidos – Definição e propriedades 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝐹𝑥 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝜃 𝑑𝜃 Instante 𝑡 Instante 𝑡 + 𝑑𝑡 𝑑𝐴 𝑑𝐴 𝒅𝑽𝒙 𝟎 𝑑𝐿 𝜏𝑦𝑥 ∝ 𝑑𝜃 𝑑𝑡 ⟹ 𝜏𝑦𝑥 ∝ 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑡 𝜏𝑦𝑥 = −𝜇 ∙ 𝑑𝑉𝑥 𝑑𝑡 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 19 • VISCOSIDADE ➢ f (T) → para gases, a viscosidade aumenta com a temperatura ✓ Coesão intermolecular desprezível. Viscosidade dependerá da transferência de moléculas na direção transversal ao escoamento entre camadas com velocidades diferentes, que aumenta com o aumento da temperatura. → para líquidos, a viscosidade diminui com a temperatura ✓ Distâncias intermoleculares e intensidade dos movimentos moleculares são muito pequenos, sendo desprezível a transferência de momento linear devido aos movimentos moleculares. Viscosidade dependerá da intensidade das forças de coesão intermolecular, que diminuem com o aumento da temperatura. ➢ Viscosidade cinemática → Relação entre a viscosidade dinâmica e a massa específica do fluido 𝜈 = ൗ 𝜇 𝜌 Fluidos – Definição e propriedades m²/s (no SI) Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 20 • MÓDULO DE ELASTICIDADE VOLUMÉTRICA COMPRESSIBILIDADE ➢ Quando se aplica uma pressão sobre um fluido, ele sofre uma redução volumétrica e, quando se retira essa pressão, o fluido se expande. ➢A compressibilidade está relacionada à variação de volume decorrente de uma dada variação de pressão. →Módulo de elasticidade volumétrica: 𝐸 = − ൗ 𝑑𝑝 𝑑∀ ∀ Fluidos – Definição e propriedades gases líquidos ∀𝟏 ∀𝟐 𝒑𝟏 𝒑𝟐𝑝2 − 𝑝1 = d𝑝 ∀2 − ∀1= d∀ Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 21 • MÓDULO DE ELASTICIDADE VOLUMÉTRICA COMPRESSIBILIDADE ➢Análise da compressibilidade da água → Para a água na temperatura de 25ºC: 𝐸 = 2,22 ∙ 109 Pa Fluidos – Definição e propriedades ∀𝟏= 𝟏m³ 𝒅𝒑 = 𝟏𝟎𝟏, 𝟑 kPa 𝐸 = − ൘ 𝑑𝑝 𝑑∀ ∀ = 2,22 ∙ 109 Pa ∴ 𝑑∀ = − 𝑑𝑝 ∙ ∀ 2,22 ∙ 109 = 101,3 ∙ 103 ∙ 1 2,22 ∙ 109 ∴ ∴ 𝒅∀ = 𝟒𝟓, 𝟔𝟑 ∙ 𝟏𝟎−𝟔 m³ = 𝟎, 𝟎𝟒𝟓 L1,0 m 1 ,0 m 0,0045% Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 22 • EQUAÇÃO DE ESTADO PARA UM GÁS PERFEITO ➢ Um gás perfeito ou ideal é aquele que não apresenta forças de interação intermolecular de origem eletromagnética, com interações apenas através de colisões entre as moléculas ➢As variáveis utilizadas na termodinâmica para descrever um dado sistema ( 𝑇; ∀; 𝑝 ) são interdependentes ➢A relação analítica entre essas variáveis resulta na equação de estado ➢ Gases perfeitos satisfazem à equação de estado dada por: → 𝑝 ∙ 𝑣 = 𝑅 ∙ 𝑇 → Τ𝑝 𝜌 = 𝑅 ∙ 𝑇 → 𝑝 ∙ ∀= 𝑚 ∙ 𝑅 ∙ 𝑇 Fluidos – Definição e propriedades 𝑝→ pressão absoluta 𝑣→ volume específico (= Τ∀ 𝑚 = 1/𝜌) 𝑅→ cte do gás 𝑇→ temperatura absoluta 𝑚→massa do gás ∀ → volume ocupado pelo gás Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 23 • EQUAÇÃO DE ESTADO PARA UM GÁS PERFEITO ➢ Considerando a equação em termos molares, sendo 𝑛 o número de mols existente no volume ∀, a massa do gás será dada por 𝑚 = 𝑛 ∙ 𝑀, onde 𝑀 é a massa molecular do gás. ➢A equação de estado será dada por: 𝑝 ∙ ∀= 𝑛 ∙ 𝑀 ∙ 𝑅 ∙ 𝑇 ➢ Em gases perfeitos, 𝑀 ∙ 𝑅 é uma constante representada por 𝑅𝑢, chamada de constante universal dos gases. Então: 𝑝 ∙ ∀= 𝑛 ∙ 𝑅𝑢 ∙ 𝑇 Fluidos – Definição e propriedades Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 24 • ENERGIA INTERNA, E CALOR ESPECÍFICO ➢ Energia interna de um sistema → f (estado termodinâmico) └ Atividade térmica (cinética) das moléculas └ Interações intermoleculares ➢ Energia interna será dependente da temperatura e da pressão, sendo apenas da temperatura no caso de gases ideais • CAPACIDADE TÉRMICA - 𝐶 ➢ Relação entre a quantidade de calor fornecida ao corpo e o corresponde acréscimo de temperatura. Apresenta unidades de ΤJ K, no SI. • CALOR ESPECÍFICO - 𝑐 ➢ Quantidade de calor a ser fornecida para que uma unidade de massa aumente sua temperatura em 1ºC. Principais propriedades físicas Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 25 • TENSÃO SUPERFICIAL (𝜎) E CAPILARIDADE Fluidos – Definição e propriedades Líquido Tensão superficial (N/m = J/m²) água 0,074 álcool etílico 0,022 mercúrio 0,500 azeite de oliva 0,033 glicerina 0,062 𝝈 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 26 • TENSÃO SUPERFICIAL (𝜎) E CAPILARIDADE Fluidos – Definição e propriedades Líquido Tensão superficial (N/m = J/m²) água 0,074 álcool etílico 0,022 mercúrio 0,500 azeite de oliva 0,033 glicerina 0,062 Pressão de Laplace → 𝑝 = 2 ∙ 𝜎 𝑅 Pela geometria → 𝑅 = 𝑟/ COS𝜃 𝜃: ângulo de contato do menisco ∴ 𝑝 = 2 ∙ 𝜎∙COS 𝜃 𝑟 Sabendo-se que 𝐹 = 𝑝 ∙ 𝐴 , 𝐹 = 2 ∙ 𝜎 ∙ COS 𝜃 𝑟 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟2 = 2 ∙ 𝜎 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 ∙ COS𝜃 𝑅 𝑟 𝐹 Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 27 • TENSÃO SUPERFICIAL E CAPILARIDADE Fluidos – Definição e propriedades 𝜃 ℎ 𝐷 Cálculo da altura de elevação da água em um tubo capilar de 2mm de diâmetro, considerando: Tensão superficial 𝜎 = 0,074 ΤN m Peso específico 𝛾 = 9810 N/m³ 𝜃 muito próximo de 0 𝐹𝐿 𝑊 𝐹𝐿 = 2 ∙ 𝜎 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 ∙ COS𝜃 𝑊 = 𝛾 ∙ ℎ ∙ 𝜋 ∙ 𝑑2 4 = 1 𝒉 = 4 ∙ 𝜎 𝛾 ∙ 𝐷 𝒉 = 4 ∙ 0,074 9810 ∙ 0,002 𝒉 = 0,015 = 1,5 cm Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente - POLI/UFRJ EEH214 - FEN.TRAN. – Parte 1. Conceituação Básica | Prof. Osvaldo M. Rezende2024 28 ➢ Pressão ( 𝑃 ) → relação entre força normal e área da superfície → 𝑃 = 𝐹 𝐴 (pressão média) Ԧ𝑃 = lim 𝐴→0 Ԧ𝐹 𝐴 (pressão pontual) → Lei de Pascal: num fluido em equilíbrio, a pressão num ponto é a mesma em todas as direções, independentemente da orientação da superfície em torno do ponto → 𝑃𝑥 = 𝑃𝑦 = 𝑃𝑧 ➢ Pressão de vapor → Corresponde à pressão em que o fluido passa da fase líquida para a fase gasosa Evaporação ≠ Cavitação Aumenta T Aumenta P Fluidos – Definição e propriedades Slide 1: Fenômenos de Transferência Slide 2: Conteúdo Slide 3: Sistemas de Dimensões Slide 4: O meio contínuo Slide 5: O meio contínuo Slide 6: O meio contínuo Slide 7: O meio contínuo Slide 8: O meio contínuo Slide 9:Principais propriedades físicas Slide 10: Principais propriedades físicas Slide 11: Principais propriedades físicas Slide 12: Fluidos – Definição e propriedades Slide 13: Fluidos – Definição e propriedades Slide 14: Fluidos – Definição e propriedades Slide 15: Fluidos – Definição e propriedades Slide 16: Fluidos – Definição e propriedades Slide 17: Fluidos – Definição e propriedades Slide 18: Fluidos – Definição e propriedades Slide 19: Fluidos – Definição e propriedades Slide 20: Fluidos – Definição e propriedades Slide 21: Fluidos – Definição e propriedades Slide 22: Fluidos – Definição e propriedades Slide 23: Fluidos – Definição e propriedades Slide 24: Principais propriedades físicas Slide 25: Fluidos – Definição e propriedades Slide 26: Fluidos – Definição e propriedades Slide 27: Fluidos – Definição e propriedades Slide 28: Fluidos – Definição e propriedades