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DESCRIÇÃO O campo de atuação e interfaces do psicopedagogo na Psicopedagogia Clínica; Psicopedagogia Escolar; Psicopedagia Hospitalar; Psicopedagogia Organizacional; Psicopedagogia e a Pesquisa Científica. Apresentação do trabalho multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. PROPÓSITO Ao compreender as funções do psicopedagogo clínico, escolar, hospitalar e organizacional, é possível verificar o campo de atuação do profissional, a importância das pesquisas na área, bem como o trabalho interdisciplinar — conhecimentos relevantes para a formação e a atuação profissional. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar o campo de atuação e as funções do psicopedagogo clínico MÓDULO 2 Comparar a Psicopedagogia Escolar, Hospitalar e Organizacional MÓDULO 3 Reconhecer o desenvolvimento de estudos das questões de Educação e da Saúde no que concerne ao processo de aprendizagem MÓDULO 4 Definir o trabalho multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar na Psicopedagogia INTRODUÇÃO Neste estudo, vamos explorar o campo de atuação do psicopedagogo clínico, escolar, hospitalar e organizacional. Estudaremos as pesquisas em Psicopedagogia, ou seja, o desenvolvimento de estudos das questões de Educação e da Saúde no que diz respeito ao processo de aprendizagem. Além disso, entenderemos o trabalho interdisciplinar, multidisciplinar e interdisciplinar no contexto da Psicopedagogia e o papel do psicopedagogo. SABEMOS QUE A PSICOPEDAGOGIA COLABORA PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DO PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM. Dessa forma, vamos descobrir que, ao pensarmos na prática clínica, a Psicopedagogia tem-se transformado em um campo de estudos para investigadores interessados no processo de construção do conhecimento e suas dificuldades. Já como prática preventiva, busca construir uma relação saudável com o conhecimento, de modo a facilitar a sua construção. Imagem: Shutterstock.com O profissional da Psicopedagogia é um mediador entre o sujeito e suas dificuldades de aprendizagem. Portanto, precisa conhecer os problemas e interpretá-los, para então poder intervir da maneira mais adequada no processo. Nesse sentido, o Psicopedagogo auxilia o sujeito a retomar o percurso da aprendizagem, estabelecendo um vínculo favorável com ele e seus familiares, objetivando resgatar o prazer de aprender. MÓDULO 1 Identificar o campo de atuação e as funções do psicopedagogo clínico PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA Neste módulo, estudaremos o campo de atuação, as funções do psicopedagogo clínico, o enfoque preventivo e terapêutico do psicopedagogo. Além disso, identificaremos a importância da avaliação e do diagnóstico. Os conhecimentos aqui adquiridos proporcionarão condições para você diferenciar o trabalho de um psicopedagogo clínico do trabalho de um psicopedagogo institucional. CAMPO DE ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO CLÍNICO O campo de atuação do psicopedagogo é vasto, desafiador e refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especialmente ao lugar de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo. ATENÇÃO É importante que você saiba que a forma de abordar o objeto de estudo pode assumir características específicas, a depender da modalidade clínica, preventiva ou teórica, uma ligando-se às outras. Ao tratarmos mais especificamente do trabalho clínico do psicopedagogo, percebemos que este relaciona-se à prática em consultório individual, grupal e familiar. A forma de atuação clínica não deixa de resultar de um trabalho teórico. No trabalho clínico, o profissional procede sempre embasado em um referencial teórico. Esse saber exige do psicopedagogo que recorra às teorias que lhe permitam reconhecer de que modo se dá a aprendizagem, bem como as leis que regem esse processo: as influências afetivas e as representações inconscientes que o acompanham, o que pode comprometê-lo e o que pode favorecê-lo. É preciso, também, que o psicopedagogo saiba o que é ensinar e o que é aprender; como interferem os sistemas e métodos educativos; os problemas estruturais que intervêm no surgimento dos transtornos de aprendizagem e no processo escolar (BOSSA, 2011). Na Psicopedagogia Clínica, as atividades estão relacionadas ao consultório, com o objetivo de realizar diagnóstico e tratamento de dificuldades de aprendizagem (COLL, 2000). Imagem: Shutterstock.com Psicologia Clínica em consultório. No exercício clínico, o psicopedagogo deve reconhecer a sua própria subjetividade, pois trata-se de um sujeito estudando outros sujeitos. Essa inter-relação de sujeitos, em que um procura conhecer no outro aquilo que o impede de aprender, implica uma temática muito complexa. Ao psicopedagogo cabe saber como se constitui o sujeito, como este se transforma em suas diversas etapas de vida, quais os recursos de conhecimento de que ele dispõe e a forma pela qual produz conhecimento e aprende (BOSSA, 2011). FUNÇÕES DO PSICOPEDAGOGO CLÍNICO O papel do psicopedagogo clínico envolve o escutar e o traduzir. Esse profissional é uma testemunha atenta que valida a palavra do paciente e as relações entre ele e sua família. Nessa perspectiva, são fundamentais a imparcialidade e a ausência de preconceitos na escuta, interpretação, reflexão e intervenção, criando e recriando espaços (FERNÁNDEZ, 1991). Outro aspecto a considerar é a forma como o psicopedagogo deve conversar com as pessoas que o procuram, no caso, os familiares, a criança ou o adolescente. A linguagem precisa ser o mais clara possível. Convém fugir de uma linguagem técnica, assim as possibilidades de interação com eficácia serão maiores. O psicopedagogo clínico necessita desenvolver habilidades para o trabalho terapêutico como: OUVIR SURPREENDER PERGUNTAR RECOMEÇAR Ressaltamos dois pontos relevantes para a formação profissional do psicopedagogo. Primeiro, ele deve buscar não apenas aperfeiçoar seus conhecimentos teóricos, mas também, em um segundo momento, aprimorar a "arte de conversar", a fim de acrescentar cada vez mais seus recursos de escuta e compreensão na relação com o cliente; entendê-lo e ajudá-lo a enfrentar o "não dito", ou seja, a mensagem que está implícita na conversa — aspecto fundamental nos contextos terapêuticos (MENDES, 2007). Todo trabalho psi é clínico, seja ele realizado em uma instituição seja entre quatro paredes em um consultório. Na clínica, também precisamos ter atitude de respeito pelas vivências do outro, de disponibilidade perante seus sofrimentos, de olhar e de escutar para além das aparências que nos são reveladas. PSI Psi representa a penúltima letra do alfabeto grego (Ψ), que originou a primeira parte da palavra psicologia. Psico, em grego, significa mente ou alma. O OLHAR DO PSICOPEDAGOGO, ALÉM DE SER CLARO E OBJETIVO, DEVE SER ESCLARECEDOR, SEM JULGAMENTOS OU DEPRECIAÇÕES. DIANTE DE UM OLHAR ASSIM, A ACEITAÇÃO FLUI NATURALMENTE. ESSA ACEITAÇÃO É A CONDIÇÃO PRIMEIRA, A MAIS NECESSÁRIA PARA QUE SE INICIE O CAMINHO DE CURA — ALIANDO A TEORIA À PRÁTICA (GONÇALVES, 2003). NA MODALIDADE CLÍNICA, O PSICOPEDAGOGO javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) TAMBÉM NÃO TRABALHA SOZINHO, DEPENDE DE PARCERIAS COM PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS COMO: PSICOLOGIA, NEUROLOGIA, MEDICINA E OUTRAS QUE SE FIZEREM NECESSÁRIAS PARA O CASO (FERNÁNDEZ, 1991). A Psicopedagogia Clínica dedica-se ao atendimento de indivíduos que apresentam dificuldades de aprender por diferentes motivos. Essa situação os tornam inadaptados social e pedagogicamente, a capacidade para brincar e jogar pode ficar comprometida. Resgatá-la até onde é possível no contexto psicopedagógico é promover possibilidades de readaptação (RUBINSTEIN, 1991). ENFOQUE PREVENTIVO E ENFOQUE TERAPÊUTICO O estudo da Psicopedagogia deve ser entendido com base em dois enfoques: o preventivo e o terapêutico. ENFOQUE PREVENTIVO Aponta que o objeto de estudo da Psicopedagogia é o indivíduo em desenvolvimento. Seu objeto é a pessoa a ser educada, seus processos de desenvolvimentoe as alterações desses processos. ENFOQUE TERAPÊUTICO Revela que o objeto de estudo da Psicopedagogia é a identificação, a análise, a elaboração de uma metodologia de diagnóstico e o tratamento das dificuldades de aprendizagem (GOLBERT, 1985). Imagem: Shutterstock.com O enfoque preventivo e terapêutico da Psicopedagogia. Independentemente do enfoque dado ao atendimento, a Psicopedagogia tem um compromisso com a pessoa que sofre pela dificuldade de aprendizagem, um compromisso com a possibilidade de evitar e prevenir este sofrimento. Embora a Psicopedagogia tenha se originado com o objetivo de tratar dos problemas de aprendizagem, com a evolução dos estudos na área, ela também passou a procurar meios para diminuir os fracassos escolares — aqui considerados como um todo e não o fracasso do sujeito da aprendizagem. Contudo, vamos deixar bem claro, por mais que consideremos o fracasso como responsabilidade de todos nós, quem sofre de verdade é o sujeito da aprendizagem. Não que os familiares e os professores não sofram diante dessa situação, mas são os alunos que vivenciam as consequências negativas do processo. Precisamos considerar que, tanto no enfoque terapêutico quanto no enfoque preventivo, o compromisso ético e a preocupação do psicopedagogo precisam estar a serviço da prevenção. O psicopedagogo deve ter elementos e recursos para identificar quais metodologias são mais adequadas para ensinar um determinado conteúdo e quais as intervenções cabíveis para aquele sujeito individualmente (BOSSA, 2011). Nesse sentido, o psicopedagogo precisa ter um domínio cada vez maior das variáveis envolvidas no processo de aprendizagem. AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO A avaliação psicopedagógica clínica é vista como um momento importante de mudança e deve seguir alguns princípios, tais como: análise do sintoma; explicações das causas associadas temporalmente com o sintoma; dificuldades de aprendizagem, de interação, do funcionamento; explicações da origem do sintoma e das causas históricas; análise dos aspectos considerados patológicos ou anormais, levantamento de hipóteses, indicações e encaminhamentos (BOSSA, 2011). Imagem: Shutterstock.com Primeiro passo para a avaliação psicopedagógica clínica: entrevista com pais ou responsáveis. Agora, vamos pensar um pouco sobre a atuação inicial de um psicopedagogo clínico ao ser procurado por uma família cujo filho apresenta dificuldades na escola. A organização de uma avaliação psicopedagógica clínica vai exigir uma sequência de atitudes, as quais serão apontadas a seguir: 1. Primeiramente, realiza-se uma entrevista com pais e/ou responsáveis para identificar os motivos da queixa, o material a ser utilizado, a duração das sessões ou encontros, os horários e as hipóteses para uma melhor observação e análise do(s) sintoma(s). 2. Para investigar o processo da queixa, faz-se um levantamento das hipóteses verificando sua veracidade ou a sua rejeição. Em virtude disso, opta-se pelos instrumentos de investigação. Se forem rejeitadas algumas hipóteses, realiza-se o levantamento de um segundo sistema de hipóteses; procedendo uma pesquisa histórica (o problema e seus fatores) e elaborando um novo sistema de hipóteses. 3. Para finalizar, faz-se uma devolutiva com o informe do diagnóstico, abordando os problemas detectados e sugerindo possíveis alternativas de solução. Utilizando criteriosamente esse procedimento em três etapas, o psicopedagogo terá condições de executar um trabalho eficiente, com uma prática interventiva que possibilitará resultados promitentes e úteis (OLIVEIRA, 2009). ATENÇÃO É preciso considerar que, ao receber em sua clínica uma criança que é vista pela escola como “um problema e um fracasso escolar”, o psicopedagogo deve entender que a criança está em sofrimento e com autoestima baixa. Esse profissional deve estar atento a todos os aspectos que envolvem a criança na escola, para fazer uma investigação minuciosa e atendê-la em suas necessidades (BOSSA, 2011). Na visão de Weiss (1997), a avaliação psicopedagógica envolve dois grandes eixos de análise: uma sondagem horizontal e uma sondagem vertical. EIXO VERTICAL É importante pesquisar a história de vida do sujeito (anamnese), análise de laudos anteriores, bem como de relatórios clínicos e escolares, além disso, pesquisa documental e de imagens, fotos. O eixo vertical procura aspectos no histórico do sujeito, nas “diferentes histórias” que estão ligadas à grande história do paciente. javascript:void(0) javascript:void(0) EIXO HORIZONTAL Busca-se realizar um levantamento atual do desempenho do sujeito (avaliar funções como atenção, percepção, memória, linguagem, raciocínio, pensamento, inteligência, psicomotor), do seu estilo de viver o processo escolar e do seu universo simbólico. O eixo horizontal considera a visão do paciente no tempo presente e procura compreender o desvio que acontece no aqui e agora. É necessário acrescentar que é muito comum encontrar profissionais que utilizam jogos, brincadeiras, brinquedos tanto em situação de avaliação quanto em intervenção psicopedagógica, seja na clínica seja nas escolas (RUBINSTEIN, 1991). OUTRAS PERSPECTIVAS DE UMA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA O trabalho clínico de Jorge Visca (1990) fundamenta-se na Epistemologia Convergente, a qual propõe um método clínico que envolve três áreas de estudo da Psicologia, a saber: PSICOGENÉTICA PSICANÁLISE PSICOLOGIA SOCIAL Segundo Visca, o processo diagnóstico é estruturado para que se possa observar a dinâmica de javascript:void(0) javascript:void(0) interação entre o cognitivo e o afetivo, os quais resultam no funcionamento do sujeito. A teoria de Visca aponta que o processo diagnóstico consiste em passos, os quais irão revelar uma visão do sujeito no que diz respeito ao seu aprendizado. É por meio dele que se realiza o diagnóstico, o prognóstico e as indicações da matriz de pensamento diagnóstico. No quadro a seguir, apresentamos os passos para o processo diagnóstico de Visca. AÇÕES DO PSICOPEDAGOGO PROCEDIMENTOS INTERNOS DO PSICOPEDAGOGO 1. Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA) com a criança ou adolescente • Primeiro sistema de hipóteses • Linhas de investigação 2. Testes • Escolha dos instrumentos • Segundo sistema de hipótese • Linhas de investigação 3. Anamnese com os pais e/ou responsáveis • Verificação e decantação do segundo sistema de hipóteses • Formulação do terceiro sistema de hipóteses 4. Elaboração do informe • Elaboração de uma imagem do sujeito, que articula aprendizagem com aspectos energéticos e estruturais, a-históricos e históricos que o condicionam 5. Devolução para o sujeito e os • Devolução para o sujeito e os pais ou pais ou responsáveis responsáveis Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro: Passos do processo diagnóstico de Jorge Visca - Epistemologia Convergente. Extraído de: VISCA, 1990. p. 71 A partir do quadro, podemos constatar que a proposta da Epistemologia Convergente é diferente da convencional. Ela tira a criança do papel secundário e a coloca como protagonista. Na proposta tradicional, a anamnese (entrevista com os pais ou responsáveis) é a primeira etapa a ser realizada. Já no trabalho de Visca, a primeira etapa é realizada com a criança ou adolescente pela Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA), um instrumento de avaliação que procura investigar o modelo de aprendizagem do sujeito e os sintomas e que permite levantar hipóteses sobre as causas do problema de aprendizagem, a partir da realização de diagnóstico com base científica, para delimitar o campo de ação com base no entrevistado. O material deve ser colocado sobre uma mesa, de forma organizada, conforme a faixa etária do entrevistado. A EOCA é composta de alguns materiais de livre uso para a criança. Podem ser organizados em uma caixa e ficam à disposição folhas (quadriculadas, com e sem pauta), caixa de lápis de cor, lápisde escrever sem ponta, apontador, borracha, tesoura, régua, marcadores, cola, massa de modelar, livros e/ou revistas. Imagem: Shutterstock.com Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (EOCA) com a criança. Outro aspecto que é um diferencial na Epistemologia Convergente diz respeito à devolutiva do diagnóstico, a qual, na proposta tradicional, é direcionada aos pais e/ou responsáveis. Na teoria de Visca, é voltada aos pais e à criança. Ao explorarmos as ideias de Bossa (2011) acerca da avaliação psicopedagógica, constataremos que o psicopedagogo irá realizar entrevistas e anamnese, além de algumas provas psicomotoras: provas de linguagem, de nível mental, pedagógicas, de percepção, projetivas e outras, conforme o referencial teórico adotado pelo profissional. No entanto, na visão de Bossa, não devemos esquecer de: Realizar devolutivas para os pais ou responsáveis, para a escola e para o aprendente. Atender ao sujeito, estabelecendo um processo corretor psicopedagógico com o objetivo de superar as dificuldades encontradas na avaliação. Orientar os pais quanto às suas atitudes em relação aos filhos, bem como os professores em relação aos seus alunos. Pesquisar e conhecer a etiologia ou a patologia do sujeito, com profundidade. No que se refere ao papel do psicopedagogo clínico, devemos ressaltar que esse profissional precisa ter conhecimentos multidisciplinares, pois, no processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar informações em vários aspectos, entre eles: auditivo e visual, motor, intelectual, cognitivo, acadêmico e emocional (BOSSA, 2002). A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO CLÍNICO A especialista Patricia Rossi Carraro fala sobre o campo de atuação do psicopedagogo clínico e suas funções relativas ao enfoque preventivo e terapêutico do psicopedagogo. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. VIMOS QUE O TRABALHO CLÍNICO DE VISCA FUNDAMENTA-SE NA EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE. ELE APRESENTA UMA DEFINIÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS DIFICULDADES POR MEIO DA INTEGRAÇÃO, ASSIMILAÇÃO RECÍPROCA E CONTRIBUIÇÃO DE TRÊS ÁREAS DA PSICOLOGIA. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CONTENHA ESTAS TRÊS ÁREAS. A) A psicanalítica; a teoria ecológica sistêmica; a psicologia psicodinâmica B) A psicanalítica; a psicogenética; a psicologia social C) A psicologia social; a teoria Winnicottiana; a teoria ecológica sistêmica D) A psicologia psicodinâmica; a psicogenética; a psicologia interacionista E) A teoria histórico-cultural; a psicogenética; a teoria da afetividade 2. AO CONSIDERARMOS AS FUNÇÕES DE UM PSICOPEDAGOGO CLÍNICO, COM TODAS AS ETAPAS QUE PRECISAM SER REALIZADAS EM UM ATENDIMENTO, NOTAMOS O COMPROMISSO DO PROFISSIONAL. SOBRE O ASSUNTO, ANALISE AS ASSERÇÕES A SEGUIR: I. EM UMA AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA, REALIZA-SE UMA ENTREVISTA COM PAIS E/OU RESPONSÁVEIS PARA IDENTIFICAR OS MOTIVOS DA QUEIXA, O MATERIAL QUE PRECISARÁ SER UTILIZADO, A DURAÇÃO DAS SESSÕES OU ENCONTROS, OS HORÁRIOS E AS HIPÓTESES PARA UMA MELHOR OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO(S) SINTOMA(S). PORQUE II. REALIZANDO PRIMEIRAMENTE ESSAS AÇÕES, O PSICOPEDAGOGO TERÁ CONDIÇÕES DE EXECUTAR UM TRABALHO EFICIENTE, COM UMA PRÁTICA INTERVENTIVA QUE POSSIBILITARÁ RESULTADOS SATISFATÓRIOS E ÚTEIS. CONSIDERANDO O EXPOSTO, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A RELAÇÃO ENTRE AS ASSERÇÕES. A) A primeira é verdadeira, e a segunda é falsa. B) Ambas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. C) Ambas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. D) A primeira é falsa, e a segunda é verdadeira. E) Ambas são falsas. GABARITO 1. Vimos que o trabalho clínico de Visca fundamenta-se na Epistemologia Convergente. Ele apresenta uma definição da aprendizagem e suas dificuldades por meio da integração, assimilação recíproca e contribuição de três áreas da Psicologia. Assinale a alternativa que contenha estas três áreas. A alternativa "B " está correta. Visca tem como objeto de estudo o processo de aprendizagem. A sua teoria, a Epistemologia Convergente, que é fundamentada em três áreas — psicanálise, psicogenética, psicologia social —, propõe um esquema evolutivo da aprendizagem, que vai além do cognitivo, afetivo e das carências sociais de formas isoladas. Ele busca uma visão integrada para entender o indivíduo como ser único. 2. Ao considerarmos as funções de um psicopedagogo clínico, com todas as etapas que precisam ser realizadas em um atendimento, notamos o compromisso do profissional. Sobre o assunto, analise as asserções a seguir: I. Em uma avaliação psicopedagógica, realiza-se uma entrevista com pais e/ou responsáveis para identificar os motivos da queixa, o material que precisará ser utilizado, a duração das sessões ou encontros, os horários e as hipóteses para uma melhor observação e análise do(s) sintoma(s). PORQUE II. Realizando primeiramente essas ações, o psicopedagogo terá condições de executar um trabalho eficiente, com uma prática interventiva que possibilitará resultados satisfatórios e úteis. Considerando o exposto, assinale a alternativa que apresenta a relação entre as asserções. A alternativa "B " está correta. Ao realizar uma avaliação psicopedagógica, o psicopedagogo clínico pode ter ações variadas. É adequado começar com uma entrevista com os pais, para obter a história de vida, bem como o motivo da queixa. O profissional fechará um contrato com eles, mostrando o número de sessões, duração e horários. São práticas que auxiliam na intervenção, bem como interferem no fechamento do trabalho. MÓDULO 2 Comparar a Psicopedagogia Escolar, Hospitalar e Organizacional A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL Agora exploraremos o papel do psicopedagogo na escola, nos hospitais e nas empresas. Você constatará que o psicopedagogo pode exercer várias atividades importantes nestas instituições. Antigamente, as atividades desse profissional restringiam-se somente à área clínica, porém seu campo de atuação se ampliou. Hoje o psicopedagogo pode desenvolver atividades no contexto escolar, organizacional e hospitalar. Essas instituições só têm a ganhar ao valorizarem, respeitarem e abrirem espaço para este profissional. PSICOPEDAGOGIA ESCOLAR As escolas estão cada vez mais preocupadas com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Relatam que não possuem política de intervenção capaz de contribuir para a superação dos problemas de aprendizagem. Dessa forma, o psicopedagogo escolar, considerado um profissional qualificado, tem condições de trabalhar na área de Educação dando assistência a professores, a outros profissionais da instituição escolar (supervisores, coordenadores, diretores) e aos alunos e seus familiares, para a melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para a prevenção dos problemas de aprendizagem. Imagem: Shutterstock.com A boa formação profissional do psicopedagogo permite reunir qualidades, habilidades e competências para a atuação na instituição escolar. Através de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo pode trabalhar com a equipe escolar e ajudar a construir um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma preventiva. Se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com as dificuldades de aprendizagem, o número de alunos com problemas seria bem menor. O PSICOPEDAGOGO ATINGE SEUS OBJETIVOS QUANDO TEM A COMPREENSÃO DAS NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM DE DETERMINADO ALUNO E ABRE ESPAÇO PARA QUE A ESCOLA VIABILIZE RECURSOS PARA ATENDER TAIS NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM. DESSA FORMA, O PSICOPEDAGOGO ESCOLAR PASSA A SE TORNAR UMA FERRAMENTA PODEROSA NO AUXÍLIO DA APRENDIZAGEM (OLIVEIRA, 2006). O psicopedagogo em uma instituição escolar pode exercer várias funções. Sua atuação pode ser/estar relacionada à orientação de pais, ao auxílio de professores, coordenadores e outros profissionais nas questões pedagógicas. Esse profissional também pode subsidiar as atividades da direção para garantir um bom relacionamento entre todos os integrantesda instituição e, principalmente, ajudar o aluno que esteja com problemas e/ou dificuldades pedagógicas (BOSSA, 2002). Compete ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo e realizando processos de orientação. COMENTÁRIO Esse profissional também pode participar de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, auxiliando professores, diretores e coordenadores a repensar o papel da escola, do próprio ensino e as necessidades individuais de aprendizagem dos estudantes (BOSSA, 2011). O trabalho é de equipe, uma parceria com todos os que fazem parte da escola (gestores, equipe técnica, professores, pessoal de apoio, alunos, família). O psicopedagogo entra na escola para ver o "todo da instituição”. A atuação psicopedagógica na escola implica um trabalho de caráter preventivo e de assessoramento no contexto educacional (PONTES, 2010). ATENÇÃO Temos que ter consciência de que o psicopedagogo, em uma instituição escolar, não vai solucionar todos os problemas (dificuldade de aprendizagem, evasão, indisciplina, desestímulo docente, entre outros). Não há respostas prontas, o trabalho deve ser conjunto. O trabalho do psicopedagogo é identificar as possíveis defasagens no processo de aprender. Não podemos negar a complexidade envolvida nessa tarefa, por isso todas as variáveis devem ser consideradas, desde uma disfunção orgânica até uma falha no processo de compreensão, qualquer aspecto que possa estar comprometendo a aprendizagem. Assim, as necessidades individuais de aprendizagem não podem ser definidas por apenas um fator; podem estar na própria criança, no meio familiar ou no ambiente escolar (RUBINSTEIN, 1992). A partir dessas considerações, podemos constatar a importância do psicopedagogo nas instituições escolares. É preciso que esse profissional esteja inserido nas escolas com vistas a uma melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem, auxiliando, orientando, ajudando todos os membros envolvidos no contexto escolar. PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR Compreendemos que o acompanhamento psicopedagógico é um dos instrumentos da humanização hospitalar, além de possibilitar a continuidade do direito de escolaridade de crianças internadas. Os professores e os profissionais da Educação precisam considerar o contexto da hospitalização infantil, com toda a influência no cotidiano, no contexto familiar e os sentimentos de angústia e medo vividos pelas crianças hospitalizadas. Esses aspectos podem estar presentes em prováveis dificuldades de aprendizagem, pois, para ocorrer um bom desempenho, é necessário haver um equilíbrio entre os aspectos biológico, cognitivo e psicossocial (NOFFS; RACHMAN, 2007). Imagem: Shutterstock.com As intervenções de psicopedagogos ganharam força nas instituições hospitalares que buscam humanizar seus serviços. É PRECISO APONTAR QUE CUIDAR DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E/OU ADOLESCENTE, COM ENFERMIDADE NO CONTEXTO HOSPITALAR, SIGNIFICA TRATÁ-LO CONSIDERANDO A INFLUÊNCIA QUE A DESCOBERTA DA DOENÇA PROPORCIONA EM SUA VIDA, AS MUDANÇAS QUE TAL SITUAÇÃO PROMOVE AO SEU DESENVOLVIMENTO (NASCIMENTO, 2004). Os problemas de saúde, o contexto hospitalar e as relações familiares procuram por uma postura mais atenta às necessidades e potencialidades da criança. Nesse sentido, a Psicopedagogia Hospitalar revela-se a abordagem mais apropriada para este tipo de intervenção. Ainda é comum considerar que a Psicopedagogia Hospitalar trabalha somente com as dificuldades de aprendizagem. Mas saiba que ela pode estar presente em todos os momentos em que ocorra aprendizagem, desde o planejamento de uma atividade, passando pela formação e discussão de casos com os educadores. O PSICOPEDAGOGO HOSPITALAR PODE CONTRIBUIR EM TODO O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E AJUDAR A APRIMORAR O ATENDIMENTO PEDAGÓGICO TÃO FUNDAMENTAL PARA AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES HOSPITALIZADOS. NOTE QUE ELE PODERÁ SIM AUXILIAR NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE CLASSE HOSPITALAR, MAS NUNCA PODERÁ ASSUMIR AS SUAS FUNÇÕES (NOFFS; RACHMAN, 2007). Ao explorarmos as funções da Psicopedagogia Hospitalar, podemos apontar que estas podem ser desenvolvidas tanto em serviços psicológicos, psiquiátricos e neurológicos quanto em serviços hospitalares gerais. Destacamos que são inúmeras as funções atribuídas ao psicopedagogo hospitalar; cada espaço hospitalar traz características bem peculiares. Além disso, precisamos levar em conta a clientela e a região socioeconômica onde o hospital está localizado. ATENÇÃO O psicopedagogo hospitalar deve trabalhar em conjunto com outros profissionais da saúde, como, por exemplo, neurologistas, psicólogos, psiquiatras, pediatras (NASCIMENTO, 2004). A atuação do psicopedagogo no hospital pode centralizar-se na promoção de avaliação e atendimento psicopedagógico a crianças e adolescentes e ao assessoramento dos profissionais das áreas de saúde e educação. Além disso, pode realizar diagnóstico e tratamento psicopedagógico a jovens que possuem algum problema escolar, defasagem idade/série, abandono da escola, dificuldades específicas ou queixa familiar em relação à escola. O psicopedagogo pode também auxiliar o paciente a se acomodar à nova situação, possibilitando que expresse seus sentimentos (raiva, medo, ansiedade, entre outros), oferecendo esclarecimentos e apoio. Com as crianças, o brincar e a utilização do brinquedo vem a ser a melhor estratégia, a forma mais comum de interação psicopedagógica no hospital. Outra função do psicopedagogo é entrar em contato com a escola da criança ou adolescente, com vistas a fortalecer o vínculo escola-hospital, ou seja, auxiliar o paciente no seu processo de aprendizagem escolar (inclusive depois da alta) realizando o trabalho de inclusão escolar de crianças pós-hospitalizadas. PSICOPEDAGOGIA ORGANIZACIONAL Poucas são as pessoas que conhecem a atuação do psicopedagogo organizacional. Podemos adiantar a você que é campo muito atrativo! Vamos trazer as ideias e as contribuições de Rodrigues (2012), que aponta que esse profissional faz parte do setor de recursos humanos (RH) de uma empresa. O PSICOPEDAGOGO ORGANIZACIONAL SE OCUPA DA CRIAÇÃO DE CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM DOS PROFISSIONAIS INTEGRANTES DA ORGANIZAÇÃO, LEVANDO EM CONTA OS DIFERENTES SETORES DE ATUAÇÃO, SUA MISSÃO E METAS. O psicopedagogo em uma empresa possui múltiplas formas de atuação. Uma delas é a área de Treinamento e Desenvolvimento que se refere à formação continuada dos profissionais, que promove o desenvolvimento de capacidades cognitivas e habilidades criativas, visando à adaptação às condições de trabalho exigidas pela empresa. Imagem: Shutterstock.com O psicopedagogo desenvolve suas atividades no departamento de RH da organização. Você sabe que a dinâmica das organizações exige soluções estratégicas, as quais levam em conta as várias maneiras de transmissão de conhecimentos, bem como a aprendizagem dos colaboradores no contexto do trabalho. Nesse sentido, a presença de um ou mais especialistas em aprendizagem humana é necessária nas empresas, pois é preciso pensar o processo de aprendizagem coletiva da organização e o desenvolvimento da capacidade dos profissionais em uma abordagem sistêmica. O psicopedagogo pode atuar nas seguintes demandas: CRIAÇÃO DE DIFERENTES CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM NO TRABALHO. DESENVOLVIMENTO DE FUNÇÕES, DESEMPENHO E APTIDÕES CRIATIVAS DOS TRABALHADORES. AUMENTO DE SOLUÇÕES E DINÂMICAS PARA A CONSCIÊNCIA DA ATUAÇÃO DOS COLABORADORES. AJUSTES DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NAS RELAÇÕES ENTRE PESSOAS E SETORES. ATENÇÃO O psicopedagogo organizacional orienta ações na empresa, contribui com o planejamento, a gestão, o controle e a avaliação deaprendizagens. Além disso, dedica-se à qualidade dos processos de recrutamento, seleção e organização de pessoal, dando aportes significativos e perfis específicos aos treinamentos que ocorrem dentro e fora da organização. Não podemos esquecer que a atuação do psicopedagogo deve promover a construção e o compartilhamento do conhecimento, estimular novas formas de relacionamentos, criando sinergia entre o comportamento de gestores e colaboradores. O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO NAS DIVERSAS INSTITUIÇÕES: ESCOLAR, HOSPITALAR E ORGANIZACIONAL A especialista Patricia Rossi Carraro fala sobre a Importância do papel do psicopedagogo na escola, nos hospitais e nas empresas. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SABEMOS QUE O TRABALHO HOSPITALAR É TAMBÉM UMA MODALIDADE DE ATUAÇÃO PARA O PSICOPEDAGOGO. DESSA FORMA, LEIA E ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: I. A EDUCAÇÃO HOSPITALAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE REPRESENTA UM NOVO DESAFIO À EDUCAÇÃO, ESPECIFICAMENTE AO PSICOPEDAGOGO QUE, EM RAZÃO DE SUA FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR, É UM DOS PROFISSIONAIS MAIS APTOS A ESTA MODALIDADE. II. A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NOS HOSPITAIS TORNOU-SE INVIÁVEL E GEROU ALGUMAS CONFUSÕES, POIS, AO INVÉS DE TRABALHAR COM FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO PROFESSOR DE CLASSE ESPECIAL, ACABOU ASSUMINDO AS SUAS FUNÇÕES. III. A ALTERNATIVA DE APOIO EDUCACIONAL PSICOPEDAGÓGICO AO PACIENTE INTERNADO É INTERESSANTE PARA ASSEGURAR-LHE UMA BOA RECUPERAÇÃO EM MEIO À INQUIETAÇÃO ORIUNDA DA PREOCUPAÇÃO EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO RECOMENDADO E AO TEMPO DE HOSPITALIZAÇÃO. CONSIDERANDO AS ASSERÇÕES ACIMA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) As sentenças I e III estão corretas. B) As sentenças II e III estão corretas. C) Apenas a sentença II está correta. D) Apenas a sentença I está correta. E) As sentenças I, II, III estão corretas. 2. VIMOS QUE O PSICOPEDAGOGO NAS ORGANIZAÇÕES (EMPRESAS) PODE ASSUMIR DIVERSAS FUNÇÕES. NESSE SENTIDO, ANALISE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR: I. A PSICOPEDAGOGIA NA ORGANIZAÇÃO PODE ORIENTAR AÇÕES AVALIANDO A APRENDIZAGEM PROFISSIONAL, PROPONDO E COORDENANDO CURSOS DE ATUALIZAÇÃO QUE ATENDAM ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DESSE ESPAÇO. II. A CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO PLANEJAMENTO, GESTÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGENS PODE FAVORECER A QUALIDADE DOS PROCESSOS DE RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL, BEM COMO OS DE DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL. III. O PSICOPEDAGOGO ASSUME PAPEL SIGNIFICATIVO AO LADO DOS PROFISSIONAIS DE RECURSOS HUMANOS. SUA AÇÃO SE DÁ COM O OBJETIVO DE FACILITAR A CONSTRUÇÃO E O COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO, INCENTIVANDO NOVAS FORMAS DE RELACIONAMENTOS E CRIANDO SINERGIA ENTRE O COMPORTAMENTO DE GESTORES E COLABORADORES. CONSIDERANDO AS ASSERÇÕES ACIMA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) As sentenças I e II estão corretas. B) As sentenças II e III estão corretas. C) Apenas a sentença II está correta. D) Apenas a sentença I está correta. E) As sentenças I, II, III estão corretas. GABARITO 1. Sabemos que o trabalho hospitalar é também uma modalidade de atuação para o psicopedagogo. Dessa forma, leia e analise as afirmações abaixo: I. A educação hospitalar da criança e do adolescente representa um novo desafio à educação, especificamente ao psicopedagogo que, em razão de sua formação interdisciplinar, é um dos profissionais mais aptos a esta modalidade. II. A atuação do psicopedagogo nos hospitais tornou-se inviável e gerou algumas confusões, pois, ao invés de trabalhar com formação específica do professor de classe especial, acabou assumindo as suas funções. III. A alternativa de apoio educacional psicopedagógico ao paciente internado é interessante para assegurar-lhe uma boa recuperação em meio à inquietação oriunda da preocupação em relação ao tratamento recomendado e ao tempo de hospitalização. Considerando as asserções acima, assinale a alternativa correta: A alternativa "A " está correta. A atuação do psicopedagogo no hospital pode centralizar-se na promoção de avaliação e atendimento psicopedagógico a crianças e adolescentes e no assessoramento dos profissionais das áreas de Saúde e Educação. 2. Vimos que o psicopedagogo nas organizações (empresas) pode assumir diversas funções. Nesse sentido, analise as afirmações a seguir: I. A Psicopedagogia na organização pode orientar ações avaliando a aprendizagem profissional, propondo e coordenando cursos de atualização que atendam às necessidades específicas desse espaço. II. A contribuição do psicopedagogo no planejamento, gestão, controle e avaliação de aprendizagens pode favorecer a qualidade dos processos de recrutamento, seleção e organização de pessoal, bem como os de diagnóstico organizacional. III. O psicopedagogo assume papel significativo ao lado dos profissionais de recursos humanos. Sua ação se dá com o objetivo de facilitar a construção e o compartilhamento do conhecimento, incentivando novas formas de relacionamentos e criando sinergia entre o comportamento de gestores e colaboradores. Considerando as asserções acima, assinale a alternativa correta: A alternativa "E " está correta. O psicopedagogo organizacional pode trabalhar diretamente no setor de recursos humanos, desenvolvendo diversas funções, como, por exemplo, nas áreas de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento. Pode se dedicar à formação continuada dos profissionais, promovendo o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e das habilidades criativas e visando à adaptação às condições de trabalho exigidas pela empresa. MÓDULO 3 Reconhecer o desenvolvimento de estudos das questões de Educação e da Saúde no que concerne ao processo de aprendizagem PSICOPEDAGOGIA E A CIÊNCIA Para dialogarmos sobre este assunto, nada melhor do que trazer as ideias da experiente e renomada psicopedagoga Nádia Bossa. A Psicopedagogia hoje se constitui como uma área de estudos, ou seja, busca firmar-se como Ciência. Contudo, vamos relembrar aqui que a Psicopedagogia é objeto de pesquisa e se originou de uma prática que hoje está essencialmente voltada para a questão da aprendizagem humana. Estudiosos da Educação alertam sobre a necessidade de termos pesquisas na área da Psicopedagogia. Mesmo com a dificuldade teórica exigida pela natureza do objeto de estudo, que solicita conhecimentos de diversas disciplinas e a difícil arte de unir tais conhecimentos em uma perspectiva interdisciplinar, é possível pensarmos neste contexto com vistas à melhoria da formação e da prática psicopedagógica. A reflexão acerca da prática psicopedagógica tem relação com os fatores sociais que determinam a necessidade de construir conhecimento no campo da intervenção psicopedagógica. No Brasil, esse campo se caracteriza como um espaço multi e interdisciplinar. Sabemos que, há mais de três décadas, profissionais de várias áreas de formação, envolvidos no âmbito da Educação e Saúde, têm-se ocupado da questão das dificuldades de aprendizagem, motivados por uma questão que se faz presente no cotidiano escolar e que ainda não foi resolvido: o fracasso do sistema educacional brasileiro (BOSSA, 2008). Há uma diversidade de disciplinas que compõem os estudos da Psicopedagogia. Alguns autores descrevem práticas psicopedagógicas que focam no processo de ensino-aprendizagem; outros, na intervenção dos transtornos do processo de aprendizagem, com formas de intervenção direcionadas tanto ao sujeito individual como ao coletivo. SEGUNDO BOSSA (2008), AS AÇÕES DA INTERVENÇÃO SÃO MÚLTIPLAS E DIVERSAS. POR EXEMPLO, É POSSÍVEL TERMOS INTERVENÇÃO NO SISTEMA EDUCATIVO, EM CLÍNICAS, HOSPITAIS, CENTROS DE SAÚDE, ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS, CENTROS COMUNITÁRIOS. Contudo, com relação às estratégias de intervenção, nas práticas psicopedagógicas existem várias técnicas: entrevistas, trabalho interdisciplinar, grupos terapêuticos, técnicas de recolocação de informação diagnóstica, estratégias terapêuticas, assessoramento e coordenação de projetos educativos institucionais e projetos pedagógicos inovadores, entreoutras (BOSSA, 2008). Depreendemos que as disciplinas que dão suporte à prática psicopedagógica são: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO TEORIA DA APRENDIZAGEM TEORIA DA EDUCAÇÃO TEORIA PSICANALÍTICA PSICOLOGIA PSICODINÂMICA PSICOLOGIA SOCIAL E ORGANIZACIONAL SOCIOLOGIA NEUROCIÊNCIAS DIDÁTICA EPISTEMOLOGIA Mesmo sabendo que a prática psicopedagógica cresce significativamente, aumentando o espaço de ação e as formas de intervenção, há muito a ser feito no que diz respeito ao campo da investigação científica, para que se possa de fato fazer frente à demanda que a originou. Apenas pesquisas realizadas no contexto acadêmico poderão oferecer uma produção de conhecimento que tenha condições de mudar tal realidade (BOSSA, 2008). Imagem: Shutterstock.com Há muito a ser feito no campo da investigação científica ligada à Psicopedagogia. Vários esforços se unem atualmente no campo de conhecimento científico para proporcionar à Psicopedagogia mais espaço na academia, para que possamos ter os subsídios e o apoio à pesquisa em nosso país. Ao longo do tempo, temos trabalhado com determinação, vencendo obstáculos e acreditando na ideia de que esses conhecimentos representam enorme evolução no desenvolvimento do ser humano. ESTUDOS CIENTÍFICOS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE RELACIONADOS AO PROCESSO DE APRENDIZAGEM A Psicopedagogia preocupa-se, estuda e intervém nos processos de aprendizagem humana. Seu campo de atuação, como vimos até aqui, relaciona-se às escolas, às clínicas, às empresas e aos hopsitais. A busca por uma Psicopedagogia científica é constante e desafiadora, por isso vamos apresentar alguns relatos de pesquisas científicas realizadas na área da Educação e Saúde que apontam sua importância no espaço psicopedagógico. Os estudos que ora apresentamos têm como propósito mostrar os benefícios que trazem para a evolução da Psicopedagogia como Ciência e, ao mesmo tempo, como contribuem para amenizar os problemas gerados pelo não aprender. Campagnolo e Marquezan (2019) realizaram uma pesquisa cujo objetivo foi analisar as publicações recentes sobre o psicopedagogo escolar, a fim de compreender de que forma o psicopedagogo tem se inserido na escola, como se dá a sua atuação no contexto escolar, como ele desenvolve seu trabalho e quais as relações que estabelece com os demais atores escolares. A metodologia apoiou-se na pesquisa bibliográfica do tipo Estado do Conhecimento; e o levantamento dos dados se deu por meio de publicações em artigos da Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP) — versão on-line. Como resultado, foram selecionados sete artigos relativos à escola e definidas três categorias de análise: o psicopedagogo, o aluno e o professor. ESTADO DO CONHECIMENTO Referência ao estágio atual de conhecimento científico sobre um objeto de análise ou de estudo. A pesquisa concluiu que o psicopedagogo é um profissional necessário e muito importante em diferentes instâncias na escola, que precisa ter conhecimentos específicos de diferentes áreas profissionais (como os transtornos mentais e psicológicos de comportamento e as questões sociais que interferem na aprendizagem) e, principalmente, entender o funcionamento do javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) ambiente e das especificidades do ambiente escolar. Já o estudo de Bittencourt et al. (2019), a partir de revisão integrativa, teve como objetivo compreender a atuação do psicopedagogo em relação à inovação no ambiente escolar, considerando as novas demandas, os desafios e as necessidades de transformação. Foram selecionados e analisados 22 artigos. Os resultados revelaram a necessidade do desenvolvimento de pesquisas que demonstrem a importância e a diversidade de atuação do psicopedagogo para atender às novas demandas de inovação no contexto de aprendizagem escolar, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico da área, dos profissionais e, principalmente, para o potencial de aprendizagem dos indivíduos. Smerdel e Murgo (2018) realizaram um relato sobre a atuação do psicopedagogo no contexto hospitalar como membro da equipe multidisciplinar do hospital. Com base na reflexão teórica e prática, analisaram o atendimento psicopedagógico realizado na pediatria de um hospital. Os encontros foram divididos em dez sessões semanais de intervenções baseadas em atividades individuais e em leito hospitalar e dez sessões semanais de intervenções grupais realizadas na brinquedoteca com atividades lúdicas. Foi possível verificar a importância da intervenção psicopedagógica para o aprender e para a qualidade de vida de crianças e adolescentes em idade escolar no processo de hospitalização. Batista, Goncalves e Andrade (2015), com base em uma avaliação psicopedagógica, buscaram descrever a queixa de alterações no desenvolvimento de uma criança. O caso estudado foi o de um menino de 9 anos de idade, atendido em clínica-escola de instituição da grande São Paulo. O relatório médico reportou alterações no desenvolvimento, especificamente atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, desatenção e dificuldade de aprendizado, com diagnóstico de transtorno específico misto do desenvolvimento e outro transtorno comportamental e emocional especificado com início habitualmente na infância ou adolescência. Foram feitas oito sessões em que foram aplicados os seguintes instrumentos: DESENHO DA FAMÍLIA DESENHO DA FAMÍLIA CINÉTICA DESENHO DO PAR EDUCATIVO HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA SONDAGEM DA ESCRITA PROVAS PIAGETIANAS Os resultados revelaram, de acordo com a avaliação psicopedagógica, um atraso na aprendizagem da escrita, no desenvolvimento cognitivo e, também, dificuldades de coordenação motora, interação e comunicação. O estudo concluiu que a avaliação psicopedagógica foi fundamental, pois permitiu uma análise abrangente do sujeito e de sua aprendizagem, incluindo sugestões de encaminhamentos baseadas nos resultados alcançados. Imagem: Shutterstock.com A avaliação psicopedagógica com a criança Lima e Natel (2010) fizeram um levantamento das contribuições da Psicopedagogia para o Atendimento Pedagógico Hospitalar. Realizaram estudos sobre o processo de hospitalização infantil e a forma de aprendizagem neste contexto, as atribuições e legislações sobre classe hospitalar, assim como a Psicopedagogia Institucional como abordagem para atender tal demanda. Realizou-se uma entrevista com a psicopedagoga que atuava em uma classe hospitalar, com o propósito de entender a realidade desse tipo de atendimento. O estudo aponta que a Psicopedagogia, a partir de uma visão institucional e sistêmica, contribui significativamente com o atendimento pedagógico hospitalar não somente em casos de possíveis dificuldades de aprendizagem, mas, principalmente, no planejamento das atividades e na formação dos educadores. ATENÇÃO Com esses cinco estudos relatados, queremos afirmar que as pesquisas científicas na área da Psicopedagogia contribuem para a construção de conhecimento e podem ser consideradas grandes aliadas no processo da aprendizagem humana. Não tivemos a pretensão de esgotar o assunto, mas queríamos que você soubesse que conhecer pesquisas científicas é fundamental para sua formação. Na visão de Bossa (2008, p. 47), ainda que os obstáculos sejam muitos, a Psicopedagogia se constrói incessantemente e propõe auxiliar o ser humano a superar-se nas adversidades por meio da aprendizagem. Assim, entende que o fato de a Psicopedagogia argumentar sobre seu direito de existir já é prova de sua existência. Sabe-se que existindo e, consciente de sua responsabilidade, reivindica tenazmente espaço para sua autoria. A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA ÁREA DA PSICOPEDAGOGIA A especialista Patricia Rossi Carraro fala sobre a importância de pesquisas científicas realizadas na área da educação e saúde que apontam a relevância de estudos no espaço psicopedagógico. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. AO FALARMOS DE UMA PSICOPEDAGOGIA PREOCUPADAEM FIRMAR- SE COMO CIÊNCIA, ESTAMOS FALANDO, ENTÃO, DE UMA ÁREA DO CONHECIMENTO QUE BUSCA OBJETIVIDADE, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS PRECISOS PARA LIDAR COM SEU OBJETO DE ESTUDO. COM RELAÇÃO A ESSE ASPECTO, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: A) As pesquisas realizadas no contexto acadêmico poderão produzir conhecimento que tenha condições de mudar a realidade. B) As pesquisas realizadas pelos psicopedagogos estão de acordo com os pressupostos científicos. C) Apesar dos vários esforços realizados para se ter um campo de conhecimento científico que proporcione à Psicopedagogia estar na academia, sabemos que é impossível conquistar este espaço. D) Muitos estudos ainda são realizados com o intuito de entender o fracasso escolar tão presente nos contextos escolares. O psicopedagogo se faz presente neste campo de compreensão. E) As pesquisas buscam identificar a dimensão da relação entre psicopedagogo e sujeito, de forma a favorecer a aprendizagem. 2. A PSICOPEDAGOGIA, NA BUSCA PELO STATUS DE CIÊNCIA, ESTÁ VOLTADA PARA OS CONHECIMENTOS E PRINCÍPIOS DE DIVERSAS CIÊNCIAS HUMANAS. NESSE SENTIDO, PODEMOS DIZER QUE SEUS ESTUDOS SE RELACIONAM AOS: A) Problemas relacionais B) Problemas puramente afetivos C) Problemas das Neurociências D) Problemas de dificuldade de aprendizagem E) Problemas mentais GABARITO 1. Ao falarmos de uma Psicopedagogia preocupada em firmar-se como Ciência, estamos falando, então, de uma área do conhecimento que busca objetividade, técnicas e procedimentos precisos para lidar com seu objeto de estudo. Com relação a esse aspecto, assinale a alternativa incorreta: A alternativa "C " está correta. A Psicopedagogia é uma área de conhecimento científico em construção e tem ocupado lugar de destaque ao longo dos anos no que diz respeito à Educação e a Saúde. 2. A Psicopedagogia, na busca pelo status de Ciência, está voltada para os conhecimentos e princípios de diversas Ciências Humanas. Nesse sentido, podemos dizer que seus estudos se relacionam aos: A alternativa "D " está correta. Os psicopedagogos desenvolvem pesquisas em diversos campos do saber, principalmente na área da Educação e Saúde, cujo foco está voltado para os processos de aprendizagem e suas dificuldades. MÓDULO 4 Definir o trabalho multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar na Psicopedagogia A DIFERENÇA ENTRE A MULTIDISCIPLINARIDADE E A INTERDISCIPLINARIDADE Para que você compreenda o trabalho multidisciplinar e interdisciplinar na Psicopedagogia, inicialmente é preciso entender a diferença entre esses dois conceitos fundamentais. Fique atento! MULTIDISCIPLINARIDADE Na opinião de Costa (2007), a multidisciplinaridade requer a proximidade de diversas disciplinas que, porém, não estão relacionadas entre si. Não pressupõe, necessariamente, trabalho em equipe e coordenação. Na multidisciplinaridade, não se acordam conceitos e métodos. INTERDISCIPLINARIDADE Considera o grau de integração entre as disciplinas e a intensidade de trocas entre os especialistas. Desse processo interativo, todas as disciplinas saem enriquecidas. Não basta somente tomar de empréstimo elementos de outras disciplinas, mas também comparar, julgar e incorporar elementos na produção de uma disciplina modificada. A autora Fazenda (2001) amplia nossa reflexão sobre o conceito de interdisciplinar, ao apontar que interdisciplinaridade não é somente um conhecimento, mas ação. Ela também nos direciona ao duvidar sobre “o que seriam atividades de conhecimento”. A interdisciplinaridade se desenvolveria a partir do desenvolvimento das próprias disciplinas. SE A INTERDISCIPLINARIDADE APONTA A RELAÇÃO ENTRE DUAS OU MAIS DISCIPLINAS, ATRAVÉS DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR É POSSÍVEL ESTABELECER TROCAS DE CONHECIMENTO AO PROMOVER UMA COMUNICAÇÃO E UMA ABORDAGEM NÃO FRAGMENTADA E UM ATENDIMENTO PARA A PESSOA EM SUA INTEGRALIDADE. A atuação dos profissionais de forma interdisciplinar promove trocas de saberes e contribuições no meio científico com possibilidades de mudanças em instituições e na sociedade, gerando maior qualidade de vida às pessoas atendidas e aos familiares (TRINDADE, 2020). A interdisciplinaridade pode também ser entendida como um campo de aspectos políticos e sociais, como uma visão do sujeito psicossocial. ATENÇÃO É importante apontar que um conceito não se sobrepõe ao outro. O trabalho multiprofissional pode ser realizado, como é visível em alguns momentos do estudo do objeto, de forma separada. O trabalho interdisciplinar, ou em equipe, implica um trabalho em conjunto, no qual cada profissional coloca o que conhece, domina, o que sente e, também, expõe as suas expectativas em função de um objetivo partilhado (COSTA, 2007). Imagem: Shutterstock.com A atuação dos profissionais de forma interdisciplinar promove trocas de saberes. O TRABALHO INTERDISCIPLINAR E MULTIDISCIPLINAR NA PSICOPEDAGOGIA Vamos explorar agora a visão de Griz (2006) acerca do trabalho interdisciplinar e multidisciplinar na Psicopedagogia. Vimos que a Psicopedagogia visa intervir nos processos de aprendizagem e sabemos que, por diversas razões, encontramos crianças que não conseguem aprender, não conseguem acompanhar os conteúdos em sala de aula e nem ter um desempenho semelhante ao de seus colegas. Afinal, cada ser tem sua individualidade, sua subjetividade, é único em sua forma de aprender e se relacionar com o mundo. Imagem: Shutterstock.com Podemos compreender por que, originalmente, os profissionais procuravam, em suas áreas de conhecimento e de forma isolada, encontrar uma solução que explicasse e resolvesse os problemas no processo de aprendizagem. Cada um, com sua ação própria e se baseando em diversas teorias, teve então necessidade de se apoiar em disciplinas e práticas diferentes, pois uma só não oferecia explicação ou resolução para os problemas que surgiam. Imagem: Shutterstock.com Vimos que a Psicopedagogia visa intervir nos processos de aprendizagem e sabemos que, por diversas razões, encontramos crianças que não conseguem aprender, não conseguem acompanhar os conteúdos em sala de aula e nem ter um desempenho semelhante ao de seus colegas. Afinal, cada ser tem sua individualidade, sua subjetividade, é único em sua forma de aprender e se relacionar com o mundo. Imagem: Shutterstock.com Podemos compreender por que, originalmente, os profissionais procuravam, em suas áreas de conhecimento e de forma isolada, encontrar uma solução que explicasse e resolvesse os problemas no processo de aprendizagem. Cada um, com sua ação própria e se baseando em diversas teorias, teve então necessidade de se apoiar em disciplinas e práticas diferentes, pois uma só não oferecia explicação ou resolução para os problemas que surgiam. Imagem: Shutterstock.com A Psicopedagogia não foi diferente de outras áreas do conhecimento ao buscar um corpo teórico consistente para responder aos diversos problemas de aprendizagem. Ao realizar esse movimento, tornou-se inicialmente multidisciplinar. Mas a ação psicopedagógica também não pôde explicar a questão do não aprender em sua totalidade. Essa prática era ainda exercida por profissionais que procuravam intervir nos problemas de aprendizagem, cada um com sua formação acadêmica trabalhando isoladamente, com seus pontos de vista e procedimentos. A PARTIR DE TROCAS TEÓRICAS E DE UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE OS PROFISSIONAIS DA PEDAGOGIA, PSICOLOGIA, FONOAUDIOLOGIA, PSICANÁLISE, NEUROLOGIA E PSICOLOGIA SOCIAL, UMA NOVA PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA FOI CONSTRUÍDA, EM UMA VISÃO INTERDISCIPLINAR, NA QUAL O INDIVÍDUO QUE NÃO APRENDIA ERA VISTO DE FORMA INTEGRAL. Vale lembrar que, para analisar e solucionar os problemas de aprendizagem, os profissionais de diversas áreas começaram a observar cada aspecto do aprendiz, levando em consideração as diversas áreas de conhecimento. A partir de então, um modelo de intervenção psicopedagógica foi se desenvolvendo de maneira mais ampla, observando também a relação entre a aprendizageme a queixa escolar. Essa posição interdisciplinar deu suporte para uma postura científica da Psicopedagogia. É importante destacar que a Psicopedagogia, como área de conhecimento que caminha em busca da verdade, também se constitui em uma área que não se completou. Ela não se esgota nessa busca. Da mesma forma que procura construir no sujeito a capacidade de ser sempre aprendente, ela se posiciona como construtora do conhecimento, também na condição de aprendente, e como reprodutora de conhecimento, na condição de quem aprende. A Psicopedagogia é, pois, uma área do conhecimento que permite ao ser humano ser protagonista de seu pensamento, oferece novas oportunidades, dando a esse sujeito uma aprendizagem significativa. TRANSDISCIPLINARIDADE E PSICOPEDAGOGIA: UM NOVO OLHAR E NOVAS POSSIBILIDADES DE AGIR A transdisciplinaridade nos revela o que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, por meio das diferentes disciplinas e além das disciplinas. Seu objetivo é a compreensão do mundo atual — e um dos pontos chaves para isso é o conhecimento. Baseia-se em novos aspectos de realidade, trabalha nas lacunas, “entre”, “através” e “além” das disciplinas. A TRANSDISCIPLINARIDADE SE INTERESSA, ACIMA DE TUDO, NO QUE ATRAVESSA AS ESPECIALIDADES, NO TRABALHO QUE OCORRE ENTRE AS DISCIPLINAS, NO IR ALÉM DAS FRONTEIRAS, A MOVIMENTAÇÃO DA DEFINIÇÃO DE UM CAMPO DE SABER PARA OUTRO E A UNIÃO DO CONHECIMENTO. ELA VAI MAIS ALÉM: NÃO SE RESTRINGE ÀS INTERAÇÕES E ÀS RECIPROCIDADES ENTRE AS DISCIPLINAS, UMA VEZ QUE PROPÕE A AUSÊNCIA DE FRONTEIRAS ENTRE ELAS (COSTA, 2007). Ora, a Psicopedagogia também caminha nessa direção. Não se limita a uma visão multidisciplinar e interdisciplinar. Ela caminha pelo conhecimento das diversas disciplinas, transcendendo-as para ocupar um espaço que é seu, firmar-se no estudo, na análise e na solução do problema do sujeito que apresenta dificuldades no seu processo de aprender. A Psicopedagogia surge na condição de dependente de uma série de outras Ciências — ciências essas que se relacionam, devendo tornar-se transdisciplinares e construir novos conceitos, novas maneiras de olhar o ser humano para poder encontrar direções para a solução dos problemas de aprendizagem. É com essa visão transdisciplinar que a Psicopedagogia ouve o sujeito e analisa a queixa de dificuldade na aprendizagem, tendo uma compreensão dinâmica e levando em consideração as contradições e tensões da mente humana. Com o olhar transdisciplinar, a Psicopedagogia vai além e procura também entender os conflitos e as tensões presentes na comunicação da escola, ao mesmo tempo que olha o sujeito da aprendizagem. A Psicopedagogia ouve os diferentes discursos que estão constituídos no sujeito e pelo sujeito. É dessa maneira que ele trabalha, com as incertezas e os conflitos que acontecem na sua prática clínica, como na sua atuação na instituição. A Psicopedagogia irá sempre analisar seus fundamentos e construir novos instrumentos, ampliando espaços para novas buscas do conhecimento no processo de aprendizagem humana. Imagem: Shutterstock.com A Psicopedagogia e as contradições e as tensões da mente humana. A Psicopedagogia entende que encontrar soluções para os problemas da aprendizagem não é mais seu único propósito. Na atualidade, ela se preocupa também com a busca de soluções para que o homem construa uma sociedade mais justa, onde cada cidadão se constitua em um aprendente que pertence a um mundo que muda constante e rapidamente (GRIZ, 2006). O PRÓPRIO CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICOPEDAGOGO APONTA, NO CAPÍTULO 1 – DOS PRINCÍPIOS, EM SEU ARTIGO 2º, QUE A PSICOPEDAGOGIA É DE NATUREZA INTER E TRANSDISCIPLINAR, UTILIZA MÉTODOS, INSTRUMENTOS E RECURSOS PRÓPRIOS PARA A COMPREENSÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, CABÍVEIS NA INTERVENÇÃO. Na opinião de Gasparian (2006), a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade são dois conceitos que vêm assumindo importância crescente, como parte de um amplo movimento de interesse e, com isso, de crítica ao paradigma científico moderno que até então nos oferecia suporte. Tanto a interdisciplinaridade quanto a transdisciplinaridade nos direcionam para outras possibilidades de atuação como resposta aos limites do modelo atual, caracterizado pela simplificação, redução e fragmentação da realidade, que já não mais responde às perguntas dos pesquisadores e pensadores em Educação. A TRANSDISCIPLINARIDADE É UMA TEORIA DO CONHECIMENTO, É UMA COMPREENSÃO DE PROCESSOS, É UM DIÁLOGO ENTRE AS DIFERENTES ÁREAS DO SABER E UMA AVENTURA DO ESPÍRITO. (...) É UMA NOVA ATITUDE, É A ASSIMILAÇÃO DE UMA CULTURA, É UMA ARTE, NO SENTIDO DA CAPACIDADE DE ARTICULAR A MULTIRREFERENCIALIDADE E A MULTIDIMENSIONALIDADE DO SER HUMANO E DO MUNDO. ELA IMPLICA UMA POSTURA SENSÍVEL, INTELECTUAL E TRANSCENDENTAL PERANTE A SI MESMO E PERANTE O MUNDO. IMPLICA, TAMBÉM, APRENDERMOS A DECODIFICAR AS INFORMAÇÕES PROVENIENTES DOS DIFERENTES NÍVEIS QUE COMPÕEM O SER HUMANO E COMO ELES REPERCUTEM UNS NOS OUTROS. (GASPARIAN, 2006, p. 267) Os elementos norteadores para o exercício da transdisciplinaridade relacionam-se à teoria dos quatro pilares elaborada por Jacques Delors (Relatório para a Unesco, 1996) para a Educação do Século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, que são agregados a dois pilares complementares, aprender a participar e aprender a antecipar. Cabe, portanto, aos professores e psicopedagogos, pesquisadores do saber humano, descobrir as inter-relações possíveis entre as disciplinas próximas e as mais distantes, com vistas a instituir práticas interdisciplinares e transdisciplinares que expandam o processo de conhecimento nas diversas áreas do saber. Para que isso ocorra, será necessária a incorporação desses pensamentos, o que implicará ao pesquisador repensar sua própria formação. Ao assumirmos, professores e psicopedagogos, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade como categoria de ação, devemos transformar nossos comportamentos em nossas práticas sociais, na vida, nas relações inter, intra e transpessoais. Isso não é fácil, mas temos que dar o primeiro passo para um longo caminho de autoconhecimento (GASPARIAN, 2006). O TRABALHO MULTIDISCIPLINAR, INTERDISCIPLINAR E TRANSDISCIPLINAR E A PSICOPEDAGOGIA A especialista Patricia Rossi Carraro fala sobre como a Psicopedagogia tornou-se inicialmente multidisciplinar para depois passar a ter uma visão interdisciplinar. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM DOS GRANDES DESAFIOS QUE A PSICOPEDAGOGIA ENFRENTA NA EMERGÊNCIA DO NOVO SÉCULO DIZ RESPEITO AO DIÁLOGO ENTRE OS DIVERSOS SABERES QUE HABITAM SEUS CAMPOS DE ATUAÇÃO. NESSE SENTIDO, A PROPOSTA DE INTEGRAR AS DISCIPLINAS DE CONHECIMENTO RELACIONA-SE À: A) Pluridisciplinaridade B) Interdisciplinaridade C) Multidisciplinaridade D) Transdisciplinaridade E) Transversalidade 2. (CONCURSO, PREFEITURA MUNICIPAL DE URUÇUÍ, PI, 2018) A PSICOPEDAGOGIA É UMA ÁREA QUE: I. ENGLOBA VÁRIOS CAMPOS DO CONHECIMENTO, ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR. II. ANALISA O CONTEXTO ESCOLAR, FAMILIAR, AFETIVO, COGNITIVO E BIOLÓGICO DA CRIANÇA. III. ORGANIZA A VIDA ESCOLAR DA CRIANÇA, QUANDO ESTA NÃO SABE FAZÊ-LO ESPONTANEAMENTE. IV. AFIRMA QUE SUJEITO DEPENDE DO GRUPO PARA PODER ASSIMILAR O CONHECIMENTO. ESTÃO CORRETAS APENAS: A) I, II, III e IV B) I e II C) I, II e III D) II, III e IV E) II e III GABARITO 1. Um dos grandes desafios que a Psicopedagogia enfrenta na emergência do novo século diz respeito ao diálogo entre os diversos saberes que habitam seus campos de atuação. Nesse sentido, a proposta de integrar as disciplinas de conhecimento relaciona-se à: A alternativa "B " está correta. A interdisciplinaridade ressalta a relação entre duas ou mais disciplinas, na qual é possível estabelecer interação e integração de conhecimentos entre os diversos profissionais e impactos no meio científico com possibilidades de mudanças em instituições e na sociedade de um modo geral.2. (Concurso, Prefeitura Municipal de Uruçuí, Pi, 2018) A Psicopedagogia é uma área que: I. Engloba vários campos do conhecimento, atuação multidisciplinar. II. Analisa o contexto escolar, familiar, afetivo, cognitivo e biológico da criança. III. Organiza a vida escolar da criança, quando esta não sabe fazê-lo espontaneamente. IV. Afirma que sujeito depende do grupo para poder assimilar o conhecimento. Estão corretas apenas: A alternativa "C " está correta. Por mais que seu foco ainda seja o trabalho interdisciplinar, o trabalho multiprofissional pode ser realizado em alguns momentos do estudo do objeto. Além disso, sua atuação relaciona-se a diversos campos e não se restringe somente ao atendimento clínico como ocorria no passado. Contudo, vale ressaltar que o indivíduo pode aprender por conta própria e não precisa somente do grupo para obter conhecimento. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo deste material, discutimos o campo de atuação e as funções do psicopedagogo clínico, escolar, hospitalar e organizacional. Vimos o quanto esse profissional é imprescindível nesses espaços, os quais têm suas particularidades. Não existe um campo de atuação melhor do que o outro; o psicopedagogo visa sempre auxiliar as pessoas que, de certa forma, encontram-se em sofrimento e buscam uma nova relação com o aprender, incluindo o aprender a viver melhor. A Psicopedagogia tem procurado caminhos sólidos que apontem estudos consistentes que contribuam para a formação e a atuação do psicopedagogo. Ela ganhou espaço no meio científico e isso fortalece os profissionais que ainda esperam o reconhecimento em sua carreira. Entendemos que o trabalho multidisciplinar foi importante no surgimento da Psicopedagogia. Contudo, embora ainda esteja presente e seja necessário em alguns momentos do estudo do objeto de pesquisa, a multidisciplinaridade foi superada pela interdisciplinaridade e pela transdisciplinaridade, hoje fundamentais para a prática psicopedagógica. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BATISTA, Leila Santos; GONCALVES, Bárbara; ANDRADE, Márcia Siqueira de. Avaliação psicopedagógica de criança com alterações no desenvolvimento. Relato de experiência. Rev. Psicopedagogia, São Paulo, v. 32, nº 99, p. 326-335, 2015. BITTENCOURT, Ana Cristina et al. 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Rio de Janeiro: DP&A, 1997. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia: O Código de Ética do psicopedagogo cuja finalidade é estabelecer parâmetros e orientar os profissionais da Psicopedagogia brasileira quanto aos princípios que regem a boa conduta profissional e instituir diretrizes para o exercício profissional. O artigo Psicopedagogia e a sua relevância no contexto educacional da atualidade, de Mariana Siqueira, que se encontra em Webartigos. As entrevistas e reflexões compiladas da palestra Psicopedagogia hospitalar: por que e para quem?, do evento Psicopedagógico Sedes Sapientiae, realizado em agosto de 2007. O artigo Atuação do psicopedagogo nos diversos e complexos contextos de dificuldades de aprendizagem nas instituições escolares, de Marcos Tadeu Garcia Paterra e Silvestre Coelho Rodrigues. Acesse o vídeo Epistemología Convergente no Youtube, em que Jorge Visca explica os pressupostos que fundamentaram a epistemologia convergente. O áudio está em espanhol, mas é de fácil compreensão. CONTEUDISTA Patricia Rossi Carraro CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);