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Aula 12
CNU (Bloco Temático 8 - Nível
Intermediário) Língua Portuguesa - 2024
(Pós-Edital)
Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas
07 de Fevereiro de 2024
14964078655 - Matheus C C Riani
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 12
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Noções Iniciais de Interpretação de Textos 3
..............................................................................................................................................................................................2) Linguagem Verbal x Linguagem Não verbal 4
..............................................................................................................................................................................................3) Linguagem Literária x Linguagem Não literária 5
..............................................................................................................................................................................................4) Intertextualidade 6
..............................................................................................................................................................................................5) Interpretação e Compreensão 10
..............................................................................................................................................................................................6) Julgamento de Assertivas 15
..............................................................................................................................................................................................7) Questões Comentadas - Compreensão e interpretação - Cesgranrio 18
..............................................................................................................................................................................................8) Lista de Questões - Compreensão e interpretação - Cesgranrio 74
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NOÇÕES BÁSICAS DE “TEXTO” 
Olá, pessoal! 
Nesta aula estudaremos o tópico mais cobrado nos concursos públicos: interpretação de texto! 
Sozinho, o tópico “Compreensão e Interpretação de textos” é responsável por 27% a 40% de toda a prova, 
ao analisarmos os editais dos últimos dois anos. 
Por isso, cara Aluna e caro Aluno, sugiro que se aprofunde neste assunto e resolva muitas questões. Ao longo 
da aula traremos formas de interpretar os textos de acordo com o que as bancas geralmente têm cobrado 
nas últimas provas. 
A Interpretação de Textos é um exercício gradativo. Não é necessário nem recomendável ler todos os textos 
de uma vez! Sugiro que você divida essa aula em duas e aproveite melhor a lista de questões! 
 
Uma boa interpretação de textos pressupõe uma série de conhecimentos e habilidades, anteriores ao texto 
em si. 
O leitor precisa reconhecer: 
✓ o contexto (situação/situacionalidade); 
✓ a finalidade principal do texto: se é informar, narrar, descrever, e como essa intenção se materializa 
(intencionalidade discursiva); 
✓ a linguagem: se é literal ou figurada; irônica; se tem um propósito estético, poético, lírico, além da 
sua mensagem principal; 
✓ informações implícitas, quando há; 
✓ referência a informações fora do texto ou a outros textos e se essas referências são parte do 
conhecimento de mundo do leitor (para que possa entender aceitar essa mensagem – 
aceitabilidade). 
Enfim... Há muitos conceitos subjacentes à construção de um texto. A partir de agora, veremos os principais. 
 
Grande abraço e ótimos estudos! 
Time de Português 
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LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL 
O texto verbal é aquele que se materializa em linguagem escrita ou falada. Vejamos um verbete de 
dicionário: 
Resiliência - substantivo feminino 
1. FÍSICA: propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem 
sido submetidos a uma deformação elástica. 
2. figurado (sentido) figuradamente: capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má 
sorte ou às mudanças. 
O texto “não verbal” é o que usa outros elementos, que não a fala ou a escrita: imagens, música, gestos, 
escultura. Sinais, placas, pinturas, sons, linguagem corporal são todos elementos de linguagem “não verbal”. 
Comparem dois textos de mesma temática, mas escritos com linguagens diferentes: 
Linguagem Verbal: 
Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão territorial. É o 
processo em que o espaço rural transforma-se em espaço urbano, com a consequente migração 
populacional do tipo campo-cidade que, quando ocorre de forma intensa e acelerada, é chamada de 
êxodo rural. 
Linguagem Não Verbal: 
 
 
Em prova, é comum a banca trazer textos “mistos”, “híbridos”, com elementos verbais e não verbais, ao 
mesmo tempo. Teremos então imagens e palavras. Vejamos: 
 
 
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LINGUAGEM LITERÁRIA E NÃO LITERÁRIA 
A diferença básica entre um texto literário e um não literário é a função. 
O texto literário tem uma função estética, tem ênfase no plano da expressão, ou seja, a forma é essencial 
ao texto. 
Por isso, no texto literário, com função poética, abundam recursos estilísticos, como ritmo, versificação, 
estrutura planejada, figuras de som (rimas, aliterações), linguagem figurada, conotativa... Um texto literário 
não pode ser resumido, não pode ser alterado sem prejuízo. Se trocarmos uma palavra de lugar, perdemos 
o efeito estético de uma rima, por exemplo. 
O texto não literário tem foco no plano do conteúdo, na informação, na referência que fornece, por isso 
pode ser resumido, reescrito de outras formas, sem prejuízo da mensagem original. Sua finalidade é utilitária 
(informar, convencer, explicar, documentar...), por isso preza pela objetividade, não pela forma. Compare: 
Linguagem não literária: 
Aos cinquenta anos, inesperadamente, apaixonei-me de novo. 
 Linguagem literária: 
Na curva dos cinquenta derrapei neste amor. (Carlos Drummond de Andrade) 
 
Veja que o segundo fragmento traz uma linguagem figurada (conotativa), por meio da metáfora “derrapar 
na curva”. Então, a preocupação estética, lírica, na elaboração da mensagem marca o texto literário. 
OBS: A distinção vista acima não impede que textos utilitários (artigos, narrações, propagandas) tenham 
também efeitos estilísticos. A linguagem publicitária, por exemplo, abusa de efeitos estéticos em sua criação. 
 
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INTERTEXTUALIDADE 
Basicamente, a intertextualidade é comunicação/diálogo entre textos (texto escrito, música, pintura, obra 
audiovisual...), isto é, ocorre intertextualidade quando um texto faz referência a outro, de forma implícita 
(de forma oculta, de modo que o leitor depende de seu conhecimento de mundo para identificar a 
referência) ou explícita (por exemplo, numa citação direta, com identificação da autoria do outro texto 
citado). 
Vejamos as principais formas de intertextualidade: 
Citação: É a reprodução do discurso alheio, normalmente entre aspas e com indicação da autoria. 
 
Epígrafe: Citação curta colocadaem uma página no início da obra ou destacada no início de um capítulo. 
Normalmente abre uma narrativa com a reprodução de frase célebre que anuncia ou resume a temática do 
capítulo/obra que se inicia. 
 
Se um homem tem um talento e não tem capacidade de usá-lo, ele fracassou. Se ele tem 
um talento e usa somente a metade deste, ele fracassou parcialmente. Se ele tem um 
talento e de certa forma aprende a usá-lo em sua totalidade, ele triunfou gloriosamente e 
obteve uma satisfação e um triunfo que poucos homens conhecerão. 
Thomas Wolfe 
 
Paródia: é a criação de um texto a partir de outro, com finalidade humorística, irônica. 
 
Rua Nascimento Silva, 107 
Você ensinando pra Elizete 
As canções de canção do amor demais 
 
Minha janela não passa de um quadrado 
A gente só vê cimento armado 
Onde antes se via o Redentor 
 
É, meu amigo, só resta uma certeza 
É preciso acabar com a natureza 
Rua Nascimento Silva, 107 
Eu saio correndo do pivete 
Tentando alcançar o elevador 
 
Minha janela não passa de um quadrado 
A gente só vê Sérgio Dourado 
Onde antes se via o Redentor 
 
É, meu amigo Só resta uma certeza 
É preciso acabar com a natureza 
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É melhor lotear o nosso amor 
Original - Carta ao Tom 74 - 
Toquinho e Vinícius de Morais 
É melhor lotear o nosso amor 
Paródia “Carta do Tom” – 
Chico Buarque 
 
Veja exemplos famosos, com linguagem também não verbal. 
 
 
 
 
 
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==2537cb==
Algumas reproduções grosseiras de outros trabalhos, usando a mesma linguagem/sintaxe, 
envolvendo colagens ou montagens de textos diversos (como uma “colcha de retalhos”), 
são chamadas de “pastiche”. 
As definições clássicas de pastiche são muito parecidas com a da paródia, mas se considera 
que o pastiche, diferente da paródia, não tem finalidade de criticar ou ridicularizar a obra 
de origem. 
 
Paráfrase: é a criação de um texto a partir de outro, é uma reescritura de ideias com outras palavras. A 
paráfrase não tem finalidade humorística, mas sim reproduz, preserva e confirma a ideologia do texto 
original. 
 
Tradução: é a reprodução de um texto de uma língua para outra. 
 
Referência/Alusão: é uma referência a outro texto, mas de forma vaga, indireta, sem indicação. Depende do 
conhecimento de mundo do leitor para fazer sentido. 
Ex: João ficou feliz por receber aquela promoção, sem saber que era um presente de grego. 
Aqui, a expressão “presente de grego” se refere à história da guerra de Troia, em que os Gregos 
deram de presente aos troianos um cavalo de madeira, como símbolo de trégua. O cavalo, na 
verdade, estava cheio de soldados gregos, que, à noite, massacraram os troianos dormindo e abriram 
os portões da cidade para a entrada do exército grego. 
 
Ex: “Profissão Mestre Adverte: dar aulas pode ser prejudicial à saúde”. 
Veja que há referência insinuada às propagandas do Ministério da Saúde acerca do cigarro. 
 
Essas definições e exemplos são de difícil diferenciação em muitos casos, então a banca 
pode muito bem não diferenciar precisamente os conceitos. O importante é reconhecer 
que são todas formas de intertextualidade, de comunicação entre textos. 
 
. 
 
(SANASA - CAMPINAS (SP) / 2019 - Adaptada) 
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Considere o trecho hipotético de uma conversa entre um cidadão-usuário e um atendente da empresa 
prestadora de serviços, conforme abaixo. 
 
Atendente: “Por favor, senhor, me explique o que está acontecendo?” 
Cidadão-usuário: A fatura da minha conta de água dos cinco últimos meses não passava de R$ 90,00, mas a 
desse mês veio R$ 280,00! Eu não sei se tem um vazamento na caixa ou se o relógio de medição quebrou.” 
Atendente: “Pelo que o senhor está me relatando, o senhor está com dúvida na sua conta de água e pode ter 
um problema com a sua instalação. 
Cidadão-usuário: “Sim, é isso mesmo!” 
 
Nesse trecho de conversa, o atendente utilizou de um recurso denominado paródia. 
Comentários: 
Da análise da conversa, percebemos que o atendente repetiu o que o cliente disse, por meio da utilização 
de outras palavras, de modo a tornar a compreensão mais fácil. Tal recurso é a “paráfrase". Lembre-se que 
a paródia tem a finalidade humorística, irônica. Questão incorreta. 
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INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO 
Embora muitos alunos os tratem por sinônimos, interpretar e compreender são ações diferentes. Sem 
filosofar muito, para efeito de prova, interpretar é ser capaz de depreender informações do texto, deduzir 
baseado em pistas, inferir um subtexto, que não está explícito, mas está pressuposto. 
Compreender, por sua vez, seria localizar uma informação explícita no texto e não depende de nenhuma 
inferência, porque está clara. 
Essa diferença aparece nos enunciados, quando a banca nos informa se uma questão deve ser resolvida por 
recorrência (compreensão) ou por inferência (interpretação). 
Veremos aqui uma breve distinção teórica e depois partiremos para as questões, porque só aprendemos a 
interpretar lendo e interpretando. 
Recorrência: 
O leitor deve buscar no texto aquela informação, sabendo que a resposta estará escrita 
com outras palavras, em forma de paráfrase, ou seja, de uma reescritura. É o tipo mais 
comum: a resposta está direta e literal no texto. 
 
Inferência: 
O leitor deve fazer deduções a partir do texto. O fundamento da dedução será um 
pressuposto, ou seja, uma pista, vestígios que o texto traz. Deduzir além das pistas do texto 
é extrapolar. Geralmente questões de inferência trazem o seguinte enunciado: 
“depreende-se das ideias do texto”. 
 
Ex: Douglas parou de fumar. 
Nessa informação temos um pressuposto, indicado no verbo parar. Só para de fumar quem começou 
a fumar. Então podemos inferir, deduzir, depreender dessa frase que Douglas fumava. 
 
Ex: Ainda não lançaram o novo filme do Tarantino. 
O advérbio ainda é um pressuposto e traz o sentido implícito de que há expectativa de que o filme já 
deveria ter saído. 
 
Ex: Minha primeira esposa desistiu de comprar aquele carro que não polui o ambiente. 
Pode se inferir de “primeira esposa” que o interlocutor se casou mais de uma vez, e que a referida 
primeira esposa pretendia comprar um determinado carro, tanto que desistiu. A oração restritiva 
“que não polui o ambiente” indica que nem todos os carros têm essa característica de não poluir. 
 
Ex: Embora ele tentasse estudar sempre, até nos fins de semana, continuou sendo criticado. 
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A conjunção “embora”, por ser concessiva, nos permite inferir que aquela oração é vista como um 
possível “obstáculo” ao que vai ser dito a seguir. Entende-se que o estudo constante deveria impedir 
a crítica, mas não impede. O verbo “tentasse” já sugere que ele ‘tentava’, mas não conseguia. A 
palavra denotativa “até” dá sentido de inclusão, mas com uma camada semântica de concessão. 
Podemos depreender que “até nos fins de semana” indica que estudar no fim de semana tem um 
valor diferente. A forma “continuou”implica um início anterior: só continua quem começou. 
 
Ex: A população supõe que os senadores se tornarão defensores da nova democracia. 
O uso do verbo “supõe” sugere uma crença no que não é verdadeiro. A forma “se tornarão” indica 
mudança de estado, o que nos permite deduzir que o estado atual não é esse. Em outras palavras, os 
senadores não são defensores da nova democracia. A propósito, o adjetivo ‘nova’ permite presumir 
a existência de uma democracia “velha”. 
 
Os subentendidos, ao contrário dos pressupostos, não são decorrências necessárias das pistas, mas são 
deduções subjetivas, são informações presumidas e insinuadas. 
Imagine os seguintes diálogos entre pessoas no ponto de ônibus: 
Ex: — Você tem relógio? 
— São 11 horas. 
— Obrigado! 
Há aqui um subentendido: “quero saber que horas são”, que foi prontamente captado pelo ouvinte. 
 
Ex: —Você tem isqueiro? 
—Tenho sim. Por quê? 
—!!! 
Há neste exemplo um subentendido na pergunta: “gostaria de acender meu cigarro”. Mas o ouvinte 
não compreendeu a informação subentendida e respondeu de forma literal à pergunta insinuada. 
O pressuposto, embora traga informação implícita, está visivelmente registrado no teor daquelas palavras, 
está “marcado linguisticamente”, ao passo que o subentendido é uma insinuação, não marcada 
linguisticamente, ou seja, não está propriamente nas palavras, é extralinguístico, está nas entrelinhas. 
Por isso, a leitura literal das palavras pode levar a outra interpretação e não à informação subentendida. 
Vejamos mais um exemplo de subentendido: 
 
Novamente, a “oferta” de café, subentendida, não foi observada pelo ouvinte, que se ateve ao sentido literal 
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registrado nas palavras. 
Enfim, pessoal, infelizmente não há uma dica milagrosa para interpretação. Teremos sempre que fazer esse 
exercício de buscar informações explícitas e implícitas no texto, baseado em vestígios e pistas, nas 
entrelinhas, ou muitas vezes encontrando a reescritura equivalente de uma ideia apresentada. 
O que posso oferecer a vocês, é um passo a passo a ser seguido para a resolução das questões que envolvam 
Compreensão e Interpretação de texto: 
 
Como se sair melhor nas questões de interpretação e compreensão: 
 
1. Leia o texto todo. Leia outra vez, marcando as ideias centrais de cada parágrafo, que 
frequentemente vêm no seu início. 
2. A ideia central na introdução e na conclusão é a tese. No desenvolvimento é o tópico frasal. 
3. Questões de recorrência são resolvidas encontrando uma paráfrase. Questões de inferência 
exigem uma dedução baseada e pressupostos. 
 
 
(ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO AMAPÁ / 2020 - Adaptado) 
Novas formas de vida? 
Uma forma radical de mudar as leis da vida é produzir seres completamente inorgânicos. Os exemplos mais 
óbvios são programas de computador e vírus de computador que podem sofrer evolução independente. 
O campo da programação genética é hoje um dos mais interessantes no mundo da ciência da computação. 
Esta tenta emular os métodos da evolução genética. Muitos programadores sonham em criar um programa 
capaz de aprender e evoluir de maneira totalmente independente de seu criador. Nesse caso, o programador 
seria um primum mobile, um primeiro motor, mas sua criação estaria livre para evoluir em direções que nem 
seu criador nem qualquer outro humano jamais poderiam ter imaginado. 
Um protótipo de tal programa já existe – chama-se vírus de computador. Conforme se espalha pela internet, 
o vírus se replica milhões e milhões de vezes, o tempo todo sendo perseguido por programas de antivírus 
predatórios e competindo com outros vírus por um lugar no ciberespaço. Um dia, quando o vírus se replica, 
um erro ocorre – uma mutação computadorizada. Talvez a mutação ocorra porque o engenheiro humano 
programou o vírus para, ocasionalmente, cometer erros aleatórios de replicação. Talvez a mutação se deva 
a um erro aleatório. Se, por acidente, o vírus modificado for melhor para escapar de programas antivírus sem 
perder sua capacidade de invadir outros computadores, vai se espalhar pelo ciberespaço. Com o passar do 
tempo, o ciberespaço estará cheio de novos vírus que ninguém produziu e que passam por uma evolução 
inorgânica. 
Essas são criaturas vivas? Depende do que entendemos por “criaturas vivas”. Mas elas certamente foram 
criadas a partir de um novo processo evolutivo, completamente independente das leis e limitações da 
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evolução orgânica. 
 
No último parágrafo do texto, sugere-se que o âmbito da biologia e da genética não inclui processos que se 
possam reconhecer como propriamente evolutivos. 
Comentários: 
O autor diz justamente o contrário: "elas certamente foram criadas a partir de um novo processo evolutivo". 
Pense assim: se é um "novo processo evolutivo", significa que havia um antigo processo evolutivo que era 
considerado. Portanto, não se pode dizer que "o âmbito da biologia e da genética não inclui processos que 
se possam reconhecer como propriamente evolutivos". Questão incorreta. 
(TCE-RS / 2018) 
Considere o seguinte fato: Há verbos que, em decorrência de seu sentido lógico, permitem presumir uma 
ideia que não vem expressa de modo explícito nas frases em que se encontram. Essa ideia é parte integrante 
do sentido da frase. 
Analise, então, as frases que seguem. 
I. Ao final, competia ao mais jovem a difícil decisão. 
II. A cada ação humanitária, eleva-se a esperança dos imigrantes. 
III. Depois de muitas aventuras, bem e mal-sucedidas, retornou à advocacia. 
IV. Com os novos dados, os investidores apressaram as negociações. 
É correto afirmar que, pelo motivo exposto, há informação implícita em: 
a) I, II, III e IV. b) I, II e IV, apenas. c) II, apenas. d) IV, apenas. e) I e III, apenas. 
Comentários: 
 Essa questão é excelente para ilustrar a noção de pressuposto textual. Todas as alternativas são 
exemplificam a presença de informações implícitas. Vejamos quais: 
I. Ao final, competia ao mais jovem a difícil decisão. 
O tempo pretérito competia sugere que “não mais compete”; além disso, se já um “mais jovem”, presume-
se que haja mais de uma pessoa e que seja necessariamente mais velha do que aquele a quem competia a 
decisão. 
II. A cada ação humanitária, eleva-se a esperança dos imigrantes. 
O verbo “elevar-se” traz a informação implícita de que a esperança estava baixa. 
III. Depois de muitas aventuras, bem e mal-sucedidas, retornou à advocacia. 
Se “retornou” à advocacia, presume-se que fora advogado antes. Só retorna à advocacia quem já esteve na 
advocacia. 
IV. Com os novos dados, os investidores apressaram as negociações. 
“Novos dados” faz presumir que já havia dados antes; também é possível inferir do verbo “apressaram” que 
as negociações estavam lentas. Em II e IV, as informações implícitas são realmente muito sutis, mas a questão 
é, mesmo assim, muito boa para o estudo deste tópico. Gabarito letra A. 
 
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Leia o texto todo. Leia outra vez, 
marcando as ideias centrais de 
cada parágrafo, que 
frequentemente vêm no seu início.
A ideia central na introdução e 
na conclusão é a tese. No 
desenvolvimento é o tópico 
frasal.
Questões de recorrência são 
resolvidas encontrando uma 
paráfrase. Questões de 
inferência exigem uma dedução 
baseada e pressupostos. 
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JULGAMENTO DE ASSERTIVAS: PRINCIPAIS ERROS 
Pessoal, vamos ver agora os principais raciocínios equivocados que fazem o aluno errar na hora da prova. 
 Extrapolar: 
Esse é o erro mais comum. O texto vai até um limite e o examinador oferece uma assertiva que “vai além” 
desse limite. 
O examinador inventa aspectos que não estão contidos no texto e o candidato, por não ter entendido bem 
o texto, preenche essas lacunas com a imaginação, fazendo outras associações, à margem do texto, 
estimulado pela assertiva errada. O exemplo mais perigoso é a extrapolação com informação verdadeira, 
mas que não está no texto. 
 
 Limitar e Restringir: 
É o contrário da extrapolação. Geralmente se manifesta na supressão de informação essencial para o texto. 
A assertiva reducionista omite parte do que foi dito ou restringe o fato discutido a um universo menor de 
possibilidades. 
 
 Acrescentar opinião: 
Nesse tipo de assertiva errada, o examinador parafraseia parte do texto, mas acrescenta um pouco da sua 
própria opinião, opinião esta que não foi externada pelo autor. 
A armadilha dessas afirmativas está em embutir uma opinião que não está no texto, mas que está na 
consciência coletiva, pelo fato de ser um clichê ou senso comum que o candidato possa compartilhar. 
 
 Contradizer o texto. 
O texto original diz “A” e o texto parafraseado da assertiva errada diz “Não A” ou “B”. 
Para disfarçar essa contradição, a banca usará muitas palavras do texto, fará uma paráfrase muito 
semelhante, mas com um vocábulo crucial que fará o sentido ficar inverso ao do texto. 
 
 Tangenciar o tema. 
O examinador cria uma assertiva que aparentemente se relaciona ao tema, mas fala de outro assunto, 
remotamente correlato. No mundo dos fatos, aqueles dois temas podem até ser afins, mas no texto não se 
falou do segundo, só do primeiro; então houve fuga ao tema. 
 
Vamos fazer um exercício e localizar esses erros num texto. 
 
Para evitar os erros acima, o leitor deve ser capaz de fazer o “recorte temático”, isto é, uma delimitação do 
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tema, um estabelecimento de fronteiras do que está no texto e o que o extrapola. 
 
(ESTRATÉGIA CONCURSOS / QUESTÃO INÉDITA / 2020) As causas do desemprego no mundo 
Atualmente o mundo atingiu um nível muito alto de desemprego, fato que só havia acontecido, em 
proporções similares, após a crise de 29. 
Segundo os órgãos internacionais, existem hoje, aproximadamente, 850 milhões de pessoas 
desempregadas, algumas profissões foram superadas outras extintas, o crescimento constante de 
tecnologias provoca alterações no mercado de trabalho em todo o mundo. 
Até mesmo em países de terceiro mundo, as fábricas e indústrias estão sofisticadas e modernas. As 
empresas são obrigadas a investir maciçamente em tecnologia para garantir rapidez e melhorar a qualidade, 
itens necessários em um mercado tão competitivo. 
De acordo com os fragmentos abaixo, julgue os itens: 
I- Consoante algumas instituições internacionais, um número próximo de 850 milhões de pessoas estão 
desempregadas, pois o desenvolvimento das tecnologias de automação modificou profundamente as 
relações de trabalho, aumentando a rotatividade nos postos de trabalho. 
II- Segundo o autor, o desemprego no Brasil atingiu um nível muito alto, algo que só ocorrera após a 
depressão de 1929. 
III- Fábricas em países de terceiro mundo, ao contrário do que possa parecer, ostentam plantas modernas, 
em que há grandes investimentos em tecnologia, pois esse é um fator necessário para sobreviver num 
mercado competitivo, assim como a qualidade da mão de obra. 
IV- De acordo com organismos internacionais, há aproximadamente 850 milhões de desempregados, tendo 
em vista que algumas profissões foram superadas e extintas, além do fato de que o crescimento constante 
de tecnologias provoca manutenção das relações de trabalho no mercado em todo o mundo. Tal nível de 
desemprego é sem precedentes na história. 
V- Os investimentos em tecnologia são um grande fator para a deterioração dos benefícios trabalhistas, 
constitucionalmente garantidos, acentuando a condição de hipossuficiente dos operários das modernas e 
sofisticadas fábricas em todo o mundo. 
Comentários: 
I- No primeiro item, há extrapolação. O texto não menciona nada sobre automação nem sobre rotatividade 
de trabalho; embora seja possível fazer essas associações à luz do tema “desemprego” isso foi além do que 
estava escrito no texto. Essas informações não estão contidas. 
II- Houve redução drástica da abrangência do tema. O autor fala do desemprego em todo o mundo; a 
assertiva somente menciona o Brasil, tornando o universo da discussão muito restrito. 
III- Esse “ao contrário do que possa parecer” é opinião do examinador levemente embutida no item. O texto 
não diz claramente que as fábricas parecem menos modernas. Pelo contrário, diz que até as fábricas em 
países de terceiro mundo estão sofisticadas; então poderíamos até entender um sentido concessivo de que 
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==2537cb==
não é esperado que essas fábricas sejam modernas, mas isso é diferente de dizer que “não parecem” 
modernas. também foi acrescentada uma outra opinião: que “a qualidade da mão de obra é tão importante 
quanto a tecnologia”. Essas opiniões são compartilhadas por muitas pessoas, então o candidato pode se 
identificar e marcar o item como certo. Contudo, não constam no texto escrito. 
IV- O item é quase todo igual ao texto original, mas no finalzinho traz uma informação oposta: “o crescimento 
constante de tecnologias provoca manutenção das relações de trabalho”. Não há manutenção, há mudanças 
constantes, nas palavras do autor, há “alterações”. Também contradiz o texto a parte: “Tal nível de 
desemprego é sem precedentes na história”. Isso não é verdade, pois também houve desemprego alto após 
a crise de 29, conforme o texto. 
V- O tema do texto é o aumento do desemprego. Esta assertiva menciona indiretamente a tecnologia, mas 
foca em outro tema: “direitos trabalhistas”. Embora remotamente relacionados, houve fuga ao objeto 
principal do texto. 
Dessa forma, observamos que, embora todas as alternativas tragam palavras muito semelhantes às do texto, 
todos os itens estão errados. Gabarito EEEEE. 
 
Viram, pessoal? É assim que a banca trabalha para enganar você: muda pequenas partes do texto, subtraindo 
ou acrescentando informações com o propósito de mudar o sentido da assertiva. 
 
 
 
 
 
O mais importante é sempre praticar muito, ler vários textos, tentar responder aos itens e ler nos 
comentários qual foi o raciocínio que fundamentou o gabarito. Vá praticando devagar, textos são longos e 
levam tempo, mas não há outra forma de melhorar sua leitura senão ler. 
Se necessário, faça suas baterias de questões em partes, para não ficar cansado lendo muitos textos de uma 
só vez. 
Agora que já vimos toda a teoria, é hora de Praticar! 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Extrapolar o texto lido
Reduzir ou restringir o texto lido
Acrescentar opinião não indicada pelo autor
Contradizer o texto lido
Evadir ou tangenciar o tema
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QUESTÕES COMENTADAS - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO -
CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023)
À moda brasileira1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena história da literatura
brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que li
os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a um
tempo, esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens antes de chegar até
onde queria, os tais rodeios que ele ia ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de
palha, fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se minha mãe e ele não tinham
viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, meus avós é que tinham
feito aquelas longas viagens de navio, Portugal, França, Itália... Não esquecer que a minha avó,
Pedrina Perucchi, era italiana, ele acrescentou. Mas por que essa curiosidade?
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, é que seria tão bom se
ambos tivessem nascido lá longe e assim eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei
repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras,
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece!
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou os óculos. O soneto é
muito bonito, disse me encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a
própria língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou alemão,
você ficará na nossa língua mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a língua é
renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois (ele voltou a abrir o livro), olha que beleza o
que o poeta escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, veja que confissão de
amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele precisava da rima para sepultura e calhou tão bem essa
obscura, entendeu agora? – acrescentou e levantou-se. Deu alguns passos e ficou olhando a
borboleta que entrou na varanda: Já fez a sua lição de casa?
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de assunto ele mudava de
lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou
simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar nisso, chega. Então a gente falava
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noutra coisa ou ficava quieta.
9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel em Jacareí que ele
tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse
mudado de lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia da cama e fique na
cadeira ou vá pra rua e feche a porta!
(TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p.109-111.
Fragmento adaptado).
Ao ler os versos de Olavo Bilac, o “quase” susto da narradora, mencionado no parágrafo 2, foi
motivado pela
A) possibilidade de seus escritos não serem conhecidos.
B) falta de conhecimento sobre a localização do Lácio.
C) necessidade de aprender uma língua diferente.
D) surpresa com a postura pessimista do poeta.
E) abordagem da temática da morte.
Comentário:
Vejamos novamente o segundo parágrafo:
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que li
os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a um
tempo, esplendor e sepultura.
A resposta na verdade está no terceiro parágrafo. O narrador tomou susto por causa da palavra
"sepultura", à qual associou ideia de morte e um destino fatal para tudo, inclusive seus escritos:
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
Gabarito: Letra A
2. (CESGRANRIO - ATA (AgeRIO)/AgeRIO/2023)
Floresta amazônica vai virar savana
Pesquisadores afirmam que mudança no ecossistema da Amazônia é iminente
Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se
descaracterizar de tal forma que deixaria de ser uma floresta e se transformaria em área de
savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um artigo publicado recentemente.
Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
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Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e
uso indiscriminado de incêndios florestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem
volta, para transformar as partes Sul, Leste e central da Amazônia em um ecossistema não
florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a
descoberta de que as florestas interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo,
estima-se que metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela
evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido
provenientes do Oceano Atlântico.
Caso perca uma quantidade grande de árvores, a floresta recicla menos chuva, ficando mais
suscetível a incêndios. O fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde
antes havia espécies florestais. O resultado desse processo ecológico é que grandes fragmentos
de florestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a Amazônia como a
conhecemos hoje.
A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um
estudo em 2007, e chegou à conclusão de que esse valor era de 40% de florestas derrubadas. Só
que esse estudo avaliou apenas uma variável, o desmatamento. Segundo um dos autores,
quando se consideram outros fatores, como os incêndios florestais e o aquecimento global, essa
margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento
global já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da
Amazônia.
De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser
encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a
algum desmatamento. Mas essa possibilidade não é infinita, chega a um ponto que não tem
retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na produção com
sustentabilidade.
Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o reflorestamento. Com esse
objetivo, o Brasil se comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a
reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
(CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado.)
A palavra resiliência refere-se à capacidade de voltar ao estado natural, principalmente após
alguma situação crítica e fora do comum. Ela é utilizada em várias áreas do conhecimento.
Em “De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa
ser encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência” (parágrafo 6, o sentido
dessa palavra no contexto é a(o)
A) aptidão de um determinado sistema para recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma
perturbação.
B) capacidade de umapessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder
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a qualquer coação.
C) possibilidade de tomar uma decisão quando se tem medo do que isso possa ocasionar,
quando está sob pressão.
D) propriedade de os materiais que acumulam energias voltarem ao normal, quando então são
expostos a situações de estresse ou choque.
E) equilíbrio emocional para lidar com os problemas relacionados ao contexto laboral, quando as
situações não ocorrem como o esperado.
Comentário:
"Resiliência" é a palavra da moda, até nos concursos.
Literalmente, "resiliência" é uma capacidade de retornar ao "equilíbrio" após ter sofrido algum
tipo de pressão. De maneira figurada, usamos o termo para indicar capacidade geral de resistir e
se adaptar a adversidades.
(re.si.li:ên.ci:a)
sf.
1. Fís. Propriedade de um material retornar à forma ou posição original depois de cessar a tensão
incidente sobre o mesmo, determinada pela quantidade de energia devolvida após a
deformação elástica, ger. medida em percentual da energia recuperada que fornece informações
sobre a elasticidade do material.
2. P.ext. Ecol. Capacidade de um ecossistema retornar à condição original de equilíbrio após
suportar alterações ou perturbações ambientais.
3. Fig. Habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, lidar e reagir de modo positivo em
situações adversas.
No caso da floresta, o termo se refere à capacidade de se recuperar:
a) aptidão de um determinado sistema para recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma
perturbação.
Gabarito: A
3. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)
Implantação do código de ética nas empresas
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família,
da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta
com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e
“moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em
um contexto.
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
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escravidão foi considerada "natural".
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o
certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela
promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a
vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a
ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no
mundo moderno e pode ser definida como a transparência nas relações e a preocupação com o
impacto das suas atividades na sociedade.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar
seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética,
o qual se destina à proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma
conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de
ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento
profissional, lealdade mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança,
propriedade da informação, assédio profissional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre
outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada
são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza
os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode
estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de
comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento pessoal
e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na
comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera
pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas,
clientes, profissão, sociedade e para consigo próprio.
(MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado)
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O texto pode ser dividido em duas grandes partes. Na primeira parte, apresenta-se a definição
do conceito de “ética” e, na segunda parte, apresentam-se
A) consequências econômicas da implantação dos códigos de ética no dia a dia das empresas.
B) exemplos de ações que devem ser implementadas para atender aos códigos de ética das
empresas.
C) explicações sobre diferentes concepções de ética em função dos objetivos das empresas.
D) penalizações a serem infringidas aos funcionários que desrespeitarem o código de ética da
empresa.
E) situações concretas em que os conceitos de “ética” e “moral” se aplicam no processo de
seleção de pessoal.
Comentário:
Nos cinco primeiros parágrafos, o texto disserta sobre o conceito e a importância da ética.
A partir daí, na segunda parte, passa a focar na instituição de um código de ética. O código de
ética vai balizar as "ações" das pessoas, o que acaba sendo a "ação da empresa"
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
Na sequência, são dados exemplos dessas "atitudes":
Cumprir horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e
manter apalavra dada são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que
o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da instituição.
Gabarito: B
4. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize texto da questão anterior
Um trecho do texto que apresenta uma definição de ética é
a) “Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em
seu grupo social.”
b) “A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas.”
c) “As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes,
bem como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura.”
d) “Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a
alertar seus funcionários sobre a ética.”
e) “É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se
dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa.”
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Comentário:
Questão direta.
A definição tem a seguinte fórmula:
"conceito X" é "y":
“A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas.”
Gabarito: B
5. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)
De acordo com o texto, apoiar projetos de educação voltados ao desenvolvimento pessoal e
profissional de jovens carentes de comunidades vizinhas pode fazer parte do Código de Ética de
uma empresa por ser um exemplo de ação de
a) interação com sindicatos
b) prevenção de assédio
c) proteção do meio ambiente
d) relacionamento com clientes
e) responsabilidade social
COMENTÁRIO:
Questão literal, o parágrafo inclui essas medidas entre "ações de responsabilidade social":
O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao
desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação
voltados ao crescimento pessoal e profissional de jovens carentes.
Gabarito: E.
6. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize o texto da questão anterior
Antes de afirmar que a ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a
sobrevivência das empresas no mundo moderno (parágrafo , o texto desenvolve a ideia de que
a) a criação de um comitê de ética destina-se a valorizar e a alertar os funcionários sobre a
necessidade de proteção da imagem da empresa.
b) a interação com clientes, fornecedores, acionistas, investidores, comunidade vizinha,
concorrentes e mídia deve se pautar por princípios éticos.
c) a ética não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis, mas se move historicamente, se
amplia e se adensa.
d) o Código de Ética deve explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos
com os quais interage.
e) os funcionários revelam atendimento ao Código de Ética da empresa ao cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa.
COMENTÁRIO:
Essa questão é de "navegação no texto", se resolve com análise da ordem dos parágrafos.
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No quarto parágrafo, temos a informação mencionada no enunciado:
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura.
Então, a resposta deve ser a alternativa que traga o que foi dito antes disso.
No segundo parágrafo, temos o conteúdo da letra C:
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
escravidão foi considerada "natural".
c) a ética não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis, mas se move historicamente, se
amplia e se adensa.
E qual o erro das demais alternativas?
São informações presentes no texto na segunda parte, em que se fala do código de ética e das
atitudes relacionadas a ele.
Gabarito: C
7. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
A história do método braile
Ler no escuro. Quem já tentou sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês
chamado Louis Braille dedicou a vida. Nascido em Coupvray, uma pequena aldeia nos arredores
de Paris, em 1809, desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai. Seus olhos azuis
brilhavam da admiração de vê-lo cortar, com extrema perícia, selas e arreios. Pouco depois de
completar 3 anos, o menino começou a brincar na selaria do pai, cortando pequenas tiras de
couro. Uma tarde, uma sovela, instrumento usado para perfurar o couro, escapou-lhe da mão e
atingiu o seu olho esquerdo. O resultado foi uma infecção que, seis meses depois, afetaria
também o olho direito. Aos 5 anos, o garoto estava completamente cego.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182. Além do
currículo normal, Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma
impressas em relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso,
Braille destacou-se como o melhor aluno da turma e logo começou a ajudar os colegas. Em
1821, aos 12 anos, conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre,
oficial do Exército francês.
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em
relevo impressos também em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em
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postos avançados. Estes decodificariam a mensagem até no escuro. Mas, como a ideia não
pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de grafia
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos, pois com ele era possível escrever,
algo que o método de Haüy não possibilitava. O de Barbier era fonético: registrava sons e não
letras. Dessa forma, as palavras não podiam ser soletradas. Além disso, o fato de um grande
número de sinais ser usado para uma única palavra tornava o sistema muito complicado. Apesar
dos inconvenientes, foi adotado como método auxiliar por Haüy.
Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
Em 1824, seu método estava pronto. Primeiro, eliminou os traços, para evitar erros de leitura: em
seguida, criou uma célula de seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos cada, que
podem ser combinados de 63 maneiras diferentes. A posição dos pontos na célula está ao lado.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas. Embora seu método fizesse
sucesso entre os alunos, não podia ensiná-lo na sala de aula, pois ainda não era reconhecido
oficialmente. Por isso, Braille dava aulas do revolucionário sistema escondido no quarto, que logo
se transformou numa segunda sala de aula.
O braile é lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais de relevo. Normalmente se usa a
mão direita com um ou mais dedos, conforme a habilidadedo leitor, enquanto a mão esquerda
procura o início da outra linha. Aplica-se a qualquer língua, sem exceção, e também à
estenografia, à música – Braille, por sinal, era ainda exímio pianista – e às notações científicas em
geral. A escrita é feita mediante o uso da reglete, também idealizada por Braille: trata-se de uma
régua especial, de duas linhas, com uma série de janelas de seis furos cada, correspondentes às
células braile.
Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, com apenas 43 anos. Temia que seu método
desaparecesse com ele, mas, finalmente, em 1854 foi oficializado pelo governo francês. No ano
seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do
imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano com
ex-alunos de Braille. O sucesso foi imediato, e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o
governo francês transferiu os restos mortais de Braille para o Panthéon, em Paris, onde estão
sepultados os heróis nacionais.
(ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.]com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022.
Adaptado.)
A partir da leitura do texto, constata-se que Braille
A) queria seguir o ofício do pai.
B) estudou com bolsa de estudos.
C) trabalhava em selarias quando criança.
D) foi adotado por Valentin Haüy depois da tragédia.
E) começou a dar aulas quando atingiu a maioridade.
Comentário:
Vamos buscar na literalidade do texto.
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A) Incorreto; o texto não informa que "queria seguir o ofício do pai", diz apenas que ele tinha
interesse no trabalho do pai e brincava na selaria.
...desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai.
B) Correto; sim, ele estudou com a bolsa para o Instituto Nacional para Jovens Cegos.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182.
C) Incorreto; brincava na selaria do pai. Ficou cego muito cedo, antes de poder cogitar trabalhar
de fato.
D) Incorreto; Valentin Haüy foi o fundador do colégio interno onde Braille estudou.
E) Incorreto; começou ainda adolescente.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas.
Gabarito: B.
8. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023) Utilize o texto da questão anterior
Diferentemente do método de Barbier, o método de Haüy
a) possibilitava a escrita.
b) usava letras em relevo.
c) apresentava pontos e traços.
d) impossibilitava soletrar palavras.
e) era conhecido como grafia sonora.
COMENTÁRIO:
Literal:
Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma impressas em
relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos.
A) Incorreto; não possibilitava, eram apenas letras impressas.
C) Incorreto; pontos e traços havia no método Barbier, depois no de Braille.
D) Incorreto; o método Barbier é que não permitia soletrar.
E) Incorreto; o métod de Barbier era fonético: registrava sons e não letras. Dessa forma, as
palavras não podiam ser soletradas.
Gabarito: B.
9. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023) Utilize o texto da questão anterior.
Em “No ano seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem
do imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano
com ex-alunos de Braille”, a palavra em destaque apresenta o mesmo sentido que em:
A) Louis Braille criou um método revolucionário e ainda era excelente pianista.
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B) Vencer barreiras relacionadas à acessibilidade ainda é um desafio.
C) O método Braille ainda era desconhecido por muitas pessoas.
D) Os restos mortais de Braille ainda estão no Panthéon.
E) A reglete ainda é usada por deficientes visuais.
Comentário:
O vocábulo "ainda" é uma palavra especial, pois traz muitos usos e classificações. Cai bastante
em prova. Vejamos:
No enunciado, temos o "ainda" aditivo:
programou ainda (além disso) uma série de concertos de piano
O mesmo uso temos na letra A:
a) Louis Braille criou um método revolucionário e ainda (além disso) era excelente pianista.
Criou o método E era pianista.
Nas demais alternativas, o "ainda" tem sentido de tempo.
Gabarito: A
10. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase
inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se
trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é
tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de
segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um
vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.(a)
O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com
celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem
ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.(b)
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um
vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios(c) para acompanhar as
palavras que são ditas.
Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação.
Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como
neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de
custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia,(d) contribuindo para
aumentar a qualidade dos vídeos.
No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus
golpes.
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Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem
tanta qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de
partida para uma fraude financeira, entre outros problemas.
A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos
e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já
que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a
inteligência artificial e engendrar deep fakes.”(e)
Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem
em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum
momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que
tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa
diga o que parece dizer naquele momento.
Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.
O trecho que explica o modo como se elabora uma deep fake é:
a) “Segundo estudo de uma empresa de segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existênciae 71% não reconhecem quando um vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.”
b) “O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos
com celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que
podem ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.”
c) “A prática costuma utilizar um vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que
não fazia parte do vídeo original. Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender
como uma pessoa fala e, a partir daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando
os lábios”
d) “Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como
neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de
custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia”
e) “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já que fotos, áudios ou
vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a inteligência artificial e
engendrar deep fakes.”
COMENTÁRIO:
O "deep fake" é uma falsificação de vídeo e áudio, utilizando-se inteligência artificial. O processo
está descrito no seguinte parágrafo:
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar
um vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios para acompanhar as
palavras que são ditas.
É o que temos na alternativa C:
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c) “A prática (do deepfake) costuma utilizar um vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra
pessoa, que não fazia parte do vídeo original. Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência
artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir daí, obter uma montagem com outras falas,
inclusive alterando os lábios”
As demais alternativas trazem trechos do texto que evidentemente não descrevem o que é o
"deep fake" e, portanto, não atendem ao enunciado.
Gabarito: C.
11. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
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Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
(ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-brasil/. Publicado em
novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado)
O objetivo dessa reportagem é refletir sobre
A) a necessidade de implantar um sistema mais seguro do que o cartão de crédito para as
transferências do auxílio emergencial.
B) a sobrevivência do dinheiro em espécie frente ao novo mecanismo de transferência eletrônica
de valores.
C) as consequências negativas da mudança na cultura popular vigente no país sobre a
importância da inserção no sistema bancário.
D) os aspectos relevantes da cultura da informalidade no dia a dia da economia brasileira e as
dificuldades de acesso à tecnologia.
E) os impactos dos meios tradicionais de pagamento, como boleto e cartão de crédito, na
economia da população.
Comentário:
A pergunta essencial do texto é:
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Então, temos uma explicação para o dinheiro vivo sobreviver em meio a tantas formas de
pagamento; agora, especialmente, existe o pix, que é instantâneo.
Portanto, o objetivo da reportagem é fazer considerações sobre
b) a sobrevivência do dinheiro em espécie frente ao novo mecanismo de transferência eletrônica
de valores.
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Vejamos o erro das demais:
a) Incorreto; o cartãode crédito não é um sistema para as transferências do auxílio emergencial.
c) Incorreto; o texto não diz que as consequências dessa mudança são negativas.
d) Incorreto; os aspectos relevantes da cultura da informalidade no dia a dia da economia
brasileira e as dificuldades de acesso à tecnologia (de apps bancários) são fatores para a
permanência do dinheiro, mas não são o assunto principal do texto.
e) Incorreto; os impactos dos meios tradicionais de pagamento, como boleto e cartão de crédito,
não são o foco do texto. O foco é a permanência do papel-moeda.
Gabarito: B.
12. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2023)
Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo
Ainda que não exista uma concepção única sobre o empreendedorismo social, de forma geral, o
conceito está relacionado ao ato de empreender ou inovar com o objetivo de alavancar causas
sociais e ambientais. A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e
agregar valor com cunho social.(a)
Um empreendedor social produz bens e serviços que irão impactar positivamente a comunidade
em que ele está inserido e solucionar algum problema ou necessidade daquele grupo. Apesar de
poder ter retorno financeiro, os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do
impacto social gerado por sua atuação.(b)
Vale ressaltar que, apesar de apresentarem muitas similaridades, empreendedorismo social e
negócio social não são sinônimos. O empreendedorismo social cria valor por meio da inovação,
que gera uma transformação social. O foco não é o retorno financeiro, mas a resolução de
problemas sociais e o impacto positivo. Enquanto isso, os negócios sociais seguem a lógica
tradicional do mercado, porém com a ambição de gerar valor social.
Cinco características também são essenciais para a iniciativa: ser inovadora; realizável;
autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos da sociedade,(c) incluindo as
pessoas impactadas; e promover impacto social com resultados mensuráveis.
Quem tem interesse de atuar nessa área precisa trabalhar em grupo e formar parcerias,(d) saber
lidar bem com as pessoas e buscar formas de trazer resultados de impacto social.
Além disso, o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele
acabe exercendo um papel que não seja necessariamente na sua área de formação,(e) ou que sua
atuação se transforme rapidamente, por conta do dinamismo e das necessidades do negócio.
(MENDES, T. Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo. Na prática, 7 jul. 2022.
Disponível em: https://www.napratica.org.br/empreendedorismo-social/. Acesso em: 2 set. 2022. Adaptado.)
O trecho do texto que resume o objetivo do “empreendedorismo social” é
A) “A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e agregar valor
com cunho social”.
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B) “os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do impacto social gerado por
sua atuação”.
C) “ser inovadora; realizável; autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos
da sociedade”.
D) “Quem tem interesse de atuar nessa área precisa trabalhar em grupo e formar parcerias”.
E) “o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele acabe
exercendo um papel que não seja necessariamente na sua área de formação”.
Comentário:
Pessoal, essas questões da Cesgranrio são bem diretas. Temos que procurar a alternativa que traz
um conceito, uma definição, um texto explicativo de um propósito, que nos ajuda a essência de
algo:
O que é o empreendedorismo social?
É o empreendedorismo (transformação/criação) com impacto social, isto é:
a) “A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e agregar valor
com cunho social”.
Gabarito: A.
13. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2023) Utilize o texto da questão
anterior
O texto explica que o empreendedorismo social se diferencia do conceito de negócio social
porque o primeiro procura
A) criar profissionais especializados na sua área de atuação.
B) excluir do processo a parcela mais carente da população.
C) seguir a lógica tradicional do mercado de ações.
D) ter como objetivo produzir retorno financeiro.
E) transformar a sociedade por meio da inovação.
Comentário:
A resposta está literal no parágrafo:
Vale ressaltar que, apesar de apresentarem muitas similaridades, empreendedorismo social e
negócio social não são sinônimos. O empreendedorismo social cria valor por meio da inovação,
que gera uma transformação social. O foco não é o retorno financeiro, mas a resolução de
problemas sociais e o impacto positivo. Enquanto isso, os negócios sociais seguem a lógica
tradicional do mercado, porém com a ambição de gerar valor social.
Em suma, o empreendedorismo social não tem foco no retorno financeiro. Quer "criar valor social
por meio da inovação".
Por outro lado, o negócio social tem lógica tradicional do mercado (gerar lucro).
Gabarito: E
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14. (CESGRANRIO - Adv (AgeRIO)/AgeRIO/2023)
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos
de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se
acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E,
à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da
viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A
cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra,
dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para
as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o
dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar
mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para
ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a
televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. À luz
artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água
potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no
pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas de mais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está
cheio,a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a
gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana. E se, no fim de semana, não há muito o que fazer, a gente vai
dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para
evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.
(COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 1996. p. 9. Adaptado.)
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Considere a seguinte passagem do texto:
“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.” (parágrafo 1)
Na opinião da autora, as várias situações apresentadas ao longo do texto têm como
consequência o fato de o ser humano
A) viver sempre apressado.
B) abandonar a luta pela paz.
C) abrir mão de usufruir da vida.
D) influenciar-se pela publicidade.
E) desistir de proteger o meio ambiente.
Comentário:
Para saber a ideia principal de um texto, é sempre recomendável olhar o título e a conclusão do
texto. Vejamos:
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para
evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.
Observe que o autor menciona que, no fim, a gente se acostuma para poupar a vida. Acaba se
perdendo da vida.
Isso é uma forma poética de dizer que vamos aceitando não aproveitar a vida. Há inúmeros
exemplos no texto:
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da
viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A
cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
Gabarito: C.
15. (CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2022)
“Maior fronteira agrícola do mundo está no bioma amazônico”,
diz pesquisador da Embrapa
O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade de ampliar áreas com a
agropecuária. De fato, um estudo da ONU mostra que o país será o grande responsável por
produzir os alimentos necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas que habitarão o
planeta em 2050. De acordo com pesquisadores da Embrapa, a região possui potencial e áreas
para ampliação sustentável da agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é
muito grande.
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A região amazônica se mostra promissora para a agricultura, pois ela é rica em um insumo
fundamental, a água. Estados como Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800
milímetros de chuvas por ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade de semear mais
de uma cultura por ano.
Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à ampliação da agricultura na região
amazônica, são um limitante para a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a
agricultura, parte deveria ser obrigatoriamente destinada à preservação ambiental, segundo as
exigências dos países que compram nossos produtos agrícolas.
(POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.
com.br/projeto-soja-brasil/noticia/maior-fronteira-agricola- -mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30
nov. 2021. Adaptado).
De acordo com o texto, para atender às exigências internacionais, o país deve
A) conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar seus negócios.
B) diversificar os tipos de culturas que exigem a utilização de muita água.
C) garantir a destinação de terras a atividades de preservação ambiental.
D) liberar as áreas de cultivo de produtos agrícolas na região amazônica.
E) restringir as terras amazônicas ao desenvolvimento da pecuária.
Comentários:
Vejamos o parágrafo final:
Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à ampliação da agricultura na região
amazônica, são um limitante para a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a
agricultura, parte deveria ser obrigatoriamente destinada à preservação ambiental, segundo as
exigências dos países que compram nossos produtos agrícolas.
Portanto, de acordo com o texto, para atender às exigências internacionais, o país deve
C) garantir a destinação de terras a atividades de preservação ambiental.
A) Incorreto; o texto não fala nada sobre conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar
seus negócios.
B) Incorreto; o texto só menciona que a riqueza de água proporciona maior capacidade
produtiva.
D) Incorreto; é preciso liberar as áreas de preservação na região amazônica.
E) Incorreto; é preciso liberar áreas de preservação para cada área de cultivo.
Gabarito: C
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16. (CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2022)
Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono.
Outono no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto,
o céu já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e
arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua.
E, naquele trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila,
de pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros,
nem pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com
suas vassouras e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando –
dentro ou fora das gaiolas.
Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu
vestidoestampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a
cumprimentar quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas
também parece pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um
choque: as grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez Comentários vagos
sobre as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase.
Mas e essas grades, me perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu
espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que
dizer.
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do
gradil pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola
assim, por trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar sãode um
ferro simbólico, que prende, constrange, restringe.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Esse texto, que se inicia a partir do cotidiano de uma velha senhora que tem por hábito sentar-se
na calçada observando as manhãs, constrói uma crítica
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A) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozinhos, sem o apoio e o carinho de sua
família.
B) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somente é percebido por quem se afasta da
cidade por um tempo e retorna.
C) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que há muito já deveriam ter sido
abandonados pela população.
D) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e que foram sendo colocadas aos poucos
ao redor de todos nós.
E) às autoridades de segurança pública, que não atuam em prol do direito de ir e vir, sem riscos,
da população.
Comentários:
Pessoal, o ponto central do texto é a quebra de expectativa que ocorre ao se mencionar a
presença de grades.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
A crítica é justamente à metafórica "prisão" que foram se tornando as moradias, pela
insegurança. Veja a menção a isso:
E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola assim, por trás de barras de ferro, que
mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico, que prende,
constrange, restringe.
Então, a crítica é à falta de liberdade e à consequente e gradativa presença de grades. Observe
também à referência aos pássaros e às gaiolas. A idosa é a personagem da cena, mas o tema não
é a velhice, é a liberdade.
Gabarito: letra D.
17. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022)
Maria José
Paulo Mendes Campos
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, violenta quando necessário. Eu
era menino e apanhava de um companheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via
a pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga por milagre.
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devotava-se ao alívio de misérias físicas e
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morais do próximo, estudava o mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma,
comungava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Mas nunca deixou de
ter na gaveta o revólver que havia recebido, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou
no quintal noturno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha meninice.
Ensinou- me a ler as primeiras sentenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de
Sales e o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire;
dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que havia decorado quando menina; discutia comigo
as ideias finais de Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me desgarrei
nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José, com irônico afeto, me repetia a
advertência de Drummond: “Paulo, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija,
amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será”.
Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha amiga: nada me perguntava,
adivinhava tudo.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se fazia difícil para o médico saber o
que sentia; acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.
No texto, o narrador apresenta Maria José ao leitor, descrevendo-a a partir de aspectos
subjetivos, como em:
A) “Faz um ano que Maria José morreu.” (parágrafo 1)
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B) “Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos” (parágrafo 2)
C) “comungava todos os dias” (parágrafo 2)
D) “apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire” (parágrafo 4)
E) “Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice.” (parágrafo 6)
Comentários:
"Aspectos subjetivos" é a forma de banca pedir a manifestação de opiniões, visões pessoais
sobre a personagem. O único elemento subjetivo entre as opções é dizer que não era fraca nem
piegas.
Veja:
E) “Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice.” (parágrafo 6)
Sobre as demais, temos apenas a declaração de fatos, nenhuma opinião.
Gabarito: E
18. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
De acordo com o narrador, Maria José “Era meiga quase sempre, violenta quando necessário”
(parágrafo 1)
Essa violência a que o narrador se refere pode ser comprovada no trecho:
A) “ela me gritou da sacada se eu não via a pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no
outro” (parágrafo 1)
B) “Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha
meninice.” (parágrafo 4)
C) “Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.” (parágrafo 6)
D) “Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor” (parágrafo 7)
E) “Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão” (parágrafo 9)
Comentários:
Cuidado. Na letra B, temos descrição de um comportamento "duro"; mas estamos procurando
especificamente a característica da "violência".
Apenas temos indício de violência na letra A, que mostra um momento em que Maria José
incitou o menino a usar uma pedra numa briga. Isso mesmo, uma pedrada acabou com a briga.
Evidentemente, uma pedrada é uma marca de violência.
Nas demais, temos características positivas, contrárias à noção de violência. Gabarito: A
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19. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
No trecho do parágrafo 3 “Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que
tinha chegado à humildade da velhice”, percebe-se que o processo de envelhecimento provocou
mudanças em Maria José.
De acordo com o texto, o que nela NÃO mudou durante a velhice foi o(A)
A) hábito de praticar atos de caridade em prol dos necessitados.
B) gosto por iniciar as crianças da família na literatura.
C) instinto de sempre proteger os filhos e os netos.
D) capacidade de se submeter a longos jejuns e a abstinências.
E) tendência de responder às ofensas sofridas com violência.
Comentários:
O texto expressamente declara que ela nunca perdeu o instinto de protetor.
C) instinto de sempre proteger os filhos e os netos.
Vejamos:
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo do espírito. Perdi quem me
amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador e me defendia contra o
mundo de revólver na mão.
A) hábito de praticar atos de caridade em prol dos necessitados.
A letra A eu achei um pouco problemática, ou, ao menos, "nebulosa". O texto não sugere
literalmente que ela deixou de praticar atos de caridade. No entanto, é possível inferir isso de um
suposto "endurecimento" de sua alma.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.
Não é uma alternativa "blindada", mas poderia ser eliminada pela outra alternativa, muito mais
literal e direta no texto.
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B) gosto por iniciar as crianças da família na literatura.
Isso fazia na infância das crianças, não na velhice.
D) capacidade de se submeter a longos jejuns e a abstinências.
No final da vida, não fazia mais jejuns:
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
E) tendência de responder às ofensas sofridas com violência.
Na velhice, não se ofendia mais:
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la
Gabarito: C.
20. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
A partir do trecho do parágrafo 6 “Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice”,
entende-se que Maria José era uma mulher
A) afetada
B) vaidosa
C) corajosa
D) tímida
E) extravagante
Comentários:
“Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice”
Ao descrever Maria José como alguém firme e sem a fraqueza da pieguice, o autor sugere uma
ideia de "coragem".
Pessoal, temos de nos ater à sentença mencionada no enunciado. Desse trecho, não podemos
afirmar que fosse afetada, vaidosa, tímida ou extravagante. Nem qualquer outra qualidade ou
defeito.
Gabarito: C
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21. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
A partir da leitura do parágrafo final do texto, entende-se que, diante da morte de Maria José, o
narrador experimentou um sentimento de
A) raiva
B) pavor
C) alegria
D) desamparo
E) alívio
Comentários:
Analisemos o último parágrafo:
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
O narrador perdeu sua fonte de amor, perdão, fé e proteção. Por perder tudo isso, que serve de
"apoio" ao ser humano, o sentimento naturalmente foi de "desamparo" (ausência de amparo).
Gabarito: D
22. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022)
Entulho eletrônico: risco iminente para a saúde e o ambiente
Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (lixo eletroeletrônico) são, por definição,
produtos que têm componentes elétricos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência
(perspectiva ou programada) e impossibilidade de conserto, são descartados pelos
consumidores. Os exemplos mais comuns são televisores e equipamentos de informática e
telefonia, mas a lista inclui eletrodomésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de
alarme, automação e controle.
Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar um produto que se torne
obsoleto ou não funcional após certo tempo, para forçar o consumidor a comprar uma nova
geração desse produto. Já a obsolescência perspectiva é uma forma de reduzir a vida útil de
produtos ainda funcionais. Nesse caso, são lançadas novas gerações com aparência inovadora e
pequenas mudanças funcionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que induz o
consumidor à troca.
O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos problemas ambientais da atualidade.
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O consumidor raramente reflete sobre as consequências do consumo crescente desses produtos,
preocupando- se em satisfazer suas necessidades. Afinal, eletroeletrônicos são tidos como
sinônimos de melhor qualidade de vida, e a explosão da indústria da informação é uma força
motriz da sociedade, oferecendo ferramentas para rápidos avanços na economia e no
desenvolvimento social. O mundo globalizado impõe uma constante busca de informações em
tempo real, e a sua interação com novas tecnologias traz maiores oportunidades e benefícios,
segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU). Tudo isso exerce um fascínio
irresistível para os jovens.
Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre as preocupações da ONU: as
vendas crescentes, em especial nos mercados emergentes (inclusive o Brasil), e a presença de
metais e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à saúde e ao meio
ambiente. Segundo a ONU, são gerados hoje 150 milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico
por ano, e esse tipo de resíduo cresce a uma velocidade três a cinco vezes maior que a do lixo
urbano.
AFONSO, J. C. Revista Ciência Hoje, n. 314, maio 2014. São Paulo: SBPC. Disponível em:
https://cienciahoje.periodicos.capes. gov.br/storage/acervo/ch/ch_314.pdf. Adaptado.
Em seu desenvolvimento temático, depois de se referir ao estudo da ONU sobre a função das
novas tecnologias no mundo globalizado, o texto desenvolve a ideia de que
A) a obsolescência programada é a fabricação intencional de um produto para que setorne
obsoleto e force o consumidor a adquirir uma nova geração.
B) a presença de metais e substâncias tóxicas em muitos componentes provoca riscos à saúde e
ao meio ambiente.
C) eletrodomésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de alarme, automação e
controle são exemplos de aparelhos eletroeletrônicos.
D) o lixo eletroeletrônico é formado por resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, como
computadores e celulares.
E) os consumidores preocupam-se em satisfazer suas necessidades sem refletir sobre os efeitos
do consumo crescente dos eletroeletrônicos.
Comentários:
Questão bem direta de recorrência ao texto. A referência à ONU está no terceiro parágrafo, logo
abaixo, temos:
Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre as preocupações da ONU: as
vendas crescentes, em especial nos mercados emergentes (inclusive o Brasil), e a presença de
metais e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à saúde e ao meio
ambiente.
É exatamente o que temos em:
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B a presença de metais e substâncias tóxicas em muitos componentes provoca riscos à saúde e
ao meio ambiente.
Gabarito: letra B.
23. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022) Utilize
o texto da questão anterior
Com base no conteúdo desenvolvido e na sua forma de apresentação, conclui-se que o texto
tem o objetivo de
A) analisar de forma crítica as soluções dos governantes para reduzir a acumulação de resíduos
tóxicos.
B) apresentar ao leitor propostas para reduzir os efeitos do entulho eletrônico sobre a
humanidade.
C) descrever características dos produtos eletroeletrônicos considerados obsoletos pelo
mercado.
D) conscientizar o leitor dos perigos relacionados ao excesso de produtos eletroeletrônicos no
meio ambiente.
E) relatar episódios que sirvam como exemplificação dos conceitos científicos discutidos.
Comentários:
No próprio título, já temos um tom de alerta:
Entulho eletrônico: risco iminente para a saúde e o ambiente
A palavra "risco" é parafraseada com um sinônimo: perigo. Então, podemos dizer que o objetivo
é informar (conscientizar) o leitor do perigo do excesso (entulho) de lixo eletrônico.
Vejamos o erro das demais:
A) não há análise de soluções nem referência a governantes.
B) novamente: não há propostas de solução.
C) não há descrição de produtos.
E) o texto não é narrativo, não há relato de episódios.
Gabarito: letra D.
24. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022) Utilize
o texto da questão anterior
A obsolescência perspectiva é definida no texto como a(o)
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A) decisão intencional de fabricar um produto que se torne obsoleto após um determinado
tempo para condicionar a compra de outro.
B) redução da vida útil de um produto funcional pelo lançamento de novas gerações com
aparência inovadora e pequenas mudanças.
C) retirada do mercado de peças de reposição de um produto para forçar o consumidor a
comprar um outro mais caro.
D) descarte de aparelhos eletrônicos pelos consumidores por impossibilidade de conserto dos
defeitos de funcionamento.
E) aumento na produção de resíduos tóxicos devido à produção desenfreada de lixo
eletroeletrônico composto por metais pesados.
Comentários:
As definições estão expressas no texto:
Obsolescência programada: é a decisão intencional de fabricar um produto que se torne
obsoleto ou não funcional após certo tempo, para forçar o consumidor a comprar uma nova
geração desse produto. (definição que aparece na letra A, não é o gabarito, cuidado)
Obsolescência perspectiva: é uma forma de reduzir a vida útil de produtos ainda funcionais.
Nesse caso, são lançadas novas gerações com aparência inovadora e pequenas mudanças
funcionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que induz o consumidor à troca.
= B redução da vida útil de um produto funcional pelo lançamento de novas gerações com
aparência inovadora e pequenas mudanças.
Gabarito: letra B.
25. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022) Utilize
o texto da questão anterior
No texto, os dois primeiros parágrafos estabelecem entre si a seguinte relação:
A) apresentação de problema / definição de conceitos
B) definição de termos / exemplificação de casos
C) proposição de tese / desenvolvimento de argumentos
D) situação hipotética / comprovação por evidências
E) relato de caso / explicitação de motivação
Comentários:
Vejamos os dois primeiros parágrafos:
Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (lixo eletroeletrônico) são, por definição,
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produtos que têm componentes elétricos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência
(perspectiva ou programadA) e impossibilidade de conserto, são descartados pelos
consumidores. Os exemplos mais comuns são televisores e equipamentos de informática e
telefonia, mas a lista inclui eletrodomésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de
alarme, automação e controle.
No primeiro, temos o problema: o descarte dos produtos, gerando resíduos.
Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar um produto que se torne
obsoleto ou não funcional após certo tempo, para forçar o consumidor a comprar uma nova
geração desse produto. Já a obsolescência perspectiva é uma forma de reduzir a vida útil de
produtos ainda funcionais. Nesse caso, são lançadas novas gerações com aparência inovadora e
pequenas mudanças funcionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que induz o
consumidor à troca.
No segundo, temos o conceito de "obsolescência programada".
Relacionando os dois, temos que a obsolescência programada causa o entulho de lixo
eletrônico, problema do primeiro parágrafo.
Gabarito: letra A.
26. (CESGRANRIO / CAIXA ECONÔMICA / TÉCNICO / 2021)
Relacionamento com o dinheiro
Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações ligadas ao dinheiro. Para tirar
melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo da forma mais
favorável a você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de educação financeira
podem contribuir para melhorar a gestão de nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas
mais tranquilas e equilibradas sob o ponto de vista financeiro.
Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo financeiro muito mais complexo
que o das gerações anteriores. No entanto, o nível de educação financeira da população não
acompanhou esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira, aliada à
facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo,
privando-as de parte de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que
reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as
auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou
seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas escolas, pouco ou nada
é falado sobre o assunto. As empresas, não compreendendo a importância de ter seus
funcionários alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área. Similar problema é
encontrado nas famílias, nas quais não há o hábito de reunir os membros para discutir e elaborar
um orçamento familiar. Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal
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muitas vezes são considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema.
Enfim, embora todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
recursos.
A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais, possibilitar o
equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento de imprevistos financeiros e para
a aposentadoria, qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o
indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida
melhor.
(BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB,
2013. p. 12. Adaptado).
O texto tem o objetivo primordial de
A) ensinar a gerir as finanças pessoais de maneira eficaz.
B) sensibilizar sobre a importância da educação financeira.
C) prevenir quanto aos perigos do acesso facilitado ao crédito.
D) alertar para a complexidade maior do mundo financeiro atual.
E) sugerir a incorporação do hábito de elaborar orçamento familiar.
Comentários:
O título já nos dá uma pista: Relacionamento com o dinheiro
Logo abaixo, temos a declaração da importância da educação financeira e suas vantagens.
O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de educação financeira podem
contribuir para melhorar a gestão de nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais
tranquilas e equilibradas sob o ponto de vista financeiro.
Depois, o texto menciona que a falta desse conhecimento faz famílias ficarem endividadas.
Enfim, o objetivo do texto é " sensibilizar sobre a importância da educação financeira."
Todas as demais alternativas fazem parte do texto e são verdadeiras, apenas não são o
"objetivo primordial" do texto, por isso não podem ser o gabarito.
Gabarito: Letra B.
27. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA B / 2021)
O que é o QA e por que ele pode ser mais importante que o QI no mercado de trabalho
Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de alguém crescer na carreira,
poderia considerar pedir um teste de QI, o quociente de inteligência, que mede indicadores
como memória e habilidade matemática.
Mais recentemente, passaram a ser avaliadas outras letrinhas: o quociente de inteligência
emocional (QE), uma combinação de habilidades interpessoais, autocontrole e comunicação. Não
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só no mundo do trabalho, o QE é visto como um kit de habilidades que pode nos ajudar a ter
sucesso em vários aspectos da vida.
Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o sucesso na carreira. Hoje,
porém, à medida que a tecnologia redefine como trabalhamos, as habilidades necessárias para
prosperar no mercado de trabalho também estão mudando. Entra em cena então um novo
quociente, o de adaptabilidade (QA), que considera a capacidade de se posicionar e prosperar
em um ambiente de mudanças rápidas e frequentes.
O QA não é apenas a capacidade de absorver novas informações, mas de descobrir o que
é relevante, deixar para trás noções obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente
para mudar. Esse quociente envolve também características como flexibilidade, curiosidade,
coragem e resiliência.
Amy Edmondson, professora de Administração da Harvard Business School, diz que é a
velocidade vertiginosa das mudanças no mercado de trabalho que fará o QA vencer o QI.
Automatiza-se facilmente qualquer função que envolva detectar padrões nos dados (advogados
revisando documentos legais ou médicos buscando o histórico de um paciente, por exemplo), diz
Dave Coplin, diretor da The Envisioners, consultoria de tecnologia sediada no Reino Unido. A
tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são feitos, e a tendência continuará.
Isso ocorre porque um algoritmo pode executar essas tarefas com mais rapidez e precisão do que
um humano.
Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que cumprem essas funções precisam
desenvolver novas habilidades, como a criatividade para resolver novos problemas, empatia para
se comunicar melhor e responsabilidade.
Edmondson diz que toda profissão vai exigir adaptabilidade e flexibilidade, do setor
bancário às artes. Digamos que você é um contador. Seu QI o ajuda nas provas pelas quais
precisa passar para se qualificar; seu QE contribui na conexão com um recrutador e depois no
relacionamento com colegas e clientes no emprego. Então, quando os sistemas mudam ou os
aspectos do trabalho são automatizados, você precisa do QA para se acomodar a novos cenários.
Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes diante de
novas maneiras de trabalhar. No mundo corporativo, o QA está sendo cada vez mais buscado na
hora da contratação. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo,
especialistas dizem que ele pode ser desenvolvido.
Como diz Edmondson: “Aprender a aprender é uma missão crítica. A capacidade de
aprender, mudar, crescer, experimentar se tornará muito mais importante do que o domínio de
um assunto.”
(Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-50429043>. Acesso em: 9 jul. 2021 - Adaptado)
De acordo com o texto, hoje a valorização do QA tende a superar a do QI e a do QE no
ambiente de trabalho porque
A) as habilidades interpessoais são muito requeridas.
B) o conhecimento tecnológico é cada vez mais necessário.
C) a memória e a habilidade matemática são indicadores exigidos.
D) a capacidade de adaptação faz a diferença entre o homem e a máquina.
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E) a automatização requer colaboradores que superem a rapidez e a precisão do algoritmo.
Comentários:
A capacidade de adaptação é fundamental porque tudo muda muito rápido e há muita
automação. Memória e habilidades técnicas vão sendo substituída por processos tecnológicos,
mas permanece sempre a necessidade de aprender coisas novas e se adaptar a novos cenários.
Vejam isso no texto:
Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes diante de
novas maneiras de trabalhar. No mundo corporativo, o QA está sendo cada vez mais buscado na
hora da contratação.
Como diz Edmondson: “Aprender a aprender é uma missão crítica. A capacidade de
aprender, mudar, crescer, experimentar se tornará muito mais importante do que o domínio de
um assunto.”
Gabarito: Letra D.
28. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA B / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
Ao abordar perspectivas de evolução na carreira, o texto destaca que a(s)
A) mudança no mercado se dará pela valorização do QE.
B) capacidade para a detecção de padrões será valorizada.
C) habilidades relacionadas ao QA poderão ser aprimoradas.
D) atividades relativas às artes serão excluídas das mudanças.
E) competências teóricas relacionadas ao QI serão evidenciadas.
Comentários:
O texto informa que o QA está em alta demanda e informa que é uma habilidade que pode ser
desenvolvida (aprimorada). Vejamos:
No mundo corporativo (evolução na carreira), o QA está sendo cada vez mais buscado na
hora da contratação. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo,
especialistas dizem que ele pode ser desenvolvido.
Gabarito: Letra C.
29. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA B / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
O trecho que evidencia a razão pela qual novos indicadores passaram a balizar o processo de
seleção das empresas é:
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A) “Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de alguém crescer na carreira,
poderia considerar pedir um teste de QI”. (parágrafo 1)
B) “o QE é visto como um kit de habilidades que pode nos ajudar a ter sucesso em vários
aspectos da vida.” (parágrafo 2)
C) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são feitos, e a tendência
continuará.” (parágrafo 5)
D) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para se qualificar”. (parágrafo 7)
E) “Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo, especialistas dizem que ele
pode ser desenvolvido.” (parágrafo 8)
Comentários:
Atenção ao enunciado. A banca quer a alternativa que justifique por que o QA vem superando os
indicadores antigos (QI e QE).
O motivo é a tecnologia que vai reduzindo a importância das habilidades puramente técnicas.
“A tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são feitos, e a tendência
continuará.” (parágrafo 5)
Gabarito: Letra C.
30. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021)
Privacidade digital: quais são os limites
Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros usuários de internet,
representando cerca de 69,8% da população com 10 anos ou mais. Ao redor do mundo, cerca de
4 bilhões de pessoas usam a rede mundial, sendo que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo
smartphone.
Nesse cenário, pensar em privacidade digital é (quase) utópico. Uma vez na rede, a
informação está registrada para sempre: deixamos rastros que podem ser descobertos a
qualquer momento.
Ainda assim, mesmo diante de tamanha exposição, essa é uma discussão que precisa ser
feita. Ela é importante, inclusive, para trazer mais clareza e consciência para os usuários. Vale
lembrar, por exemplo, que não são apenas as redes sociais que expõem as pessoas. Infelizmente,
basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado por diferentes empresas e provedores.
A questão central não se resume somente à política de privacidade das plataformas X ou Y,
mas, sim, ao modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política de
proteção de dados.
A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo
de empresa. Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes, as
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organizações têm um universo de dados institucionais que precisam ser salvaguardados.
Estamos diante de uma realidade já configurada: a coleta de informações da internet não
para, e esse é um caminho sem volta. Agora, a questão é: nós, clientes, estamos prontos e
dispostos a definir o limite da privacidade digital? O interesse maior é nosso! Esse limite poderia
ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser? O conteúdo é realmente do usuário?
Se considerarmos a atmosfera das redes sociais, muito possivelmente não. Isso porque,
embora muitas pessoas não saibam, a maioria das redes sociais prevê que, a partir do momento
em que um conteúdo é postado, ele faz parte da rede e não é mais do usuário.
Daí a importância da conscientização. É preciso que tanto clientes como empresas
busquem mais informação e conteúdo técnico sobre o tema. Às organizações, cabe o desafio de
orientar seus clientes, já que, na maioria das vezes, eles não sabem quais são os limites da
privacidade digital.
Vivemos em uma época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer.
Nesse contexto, a informação deixou de ser algo confiável e cabe a cada um de nós aprender a
ler isso e se proteger. Precisamos de consciência, senso crítico, responsabilidade e cuidado para
levar a internet a um outro nível. É fato que ela não é segura, a questão, então, é como usá-la de
maneira mais inteligente e contribuir para fortalecer a privacidade digital? Essa é uma causa
comum a todos os usuários da rede.
Disponível em: <https://digitalks.com.br/artigos/privacidade-digital-quais-sao-os-limites>. 7/04/2019.
Acesso em: 3 fev. 2021. Adaptado.
Um argumento que justifica a tese de que “pensar em privacidade digital é (quase) utópico”
(parágrafo 2) aparece em
A) “A questão central não se resume somente à política de privacidade das plataformas X ou Y”
(parágrafo 4)
B) “A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo de
empresa” (parágrafo 5)
C) “a partir do momento em que um conteúdo é postado, ele faz parte da rede e não é mais do
usuário” (parágrafo 7)
D) “É preciso que tanto clientes como empresas busquem mais informação e conteúdo técnico
sobre o tema” (parágrafo 8)
E) “Precisamos de consciência, senso crítico, responsabilidade e cuidado para levar a internet a
um outro nível.” (parágrafo 9)
Comentários:
"utópico" tem uma ideia de "fantasioso", algo que não é real, impossível. Temos que buscar
entre as opções a alternativa que justifica por que seria quase impossível pensar em privacidade
digital.
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O motivo é que o conteúdo postado numa rede passa a pertencer à rede, não é mais do usuário
e da sua esfera privada.
Gabarito: Letra C.
31. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
Depois de questionar se o conteúdo que circula nas redes é realmente propriedade do usuário
(parágrafo 6), o texto desenvolve a ideia de que
A) a maior parte dos usuários no mundo acessa a internet por meio de um smartphone.
B) a segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para as empresas.
C) as empresas e os provedores conseguem rastrear os usuários por meio de endereço de e-mail.
D) as organizações devem conscientizar os clientes em relação aos limites da privacidade digital.
E) as pessoas deixam rastros na rede que podem ser descobertos a qualquer momento.
Comentários:
A questão já indica a posição da resposta: após o parágrafo 6.
Vejamos:
Daí a importância da conscientização. É preciso que tanto clientes como empresas
busquem mais informação e conteúdo técnico sobre o tema. Às organizações, cabe o desafio de
orientar seus clientes, já que, na maioria das vezes, eles não sabem quais são os limites da
privacidade digital.
Então, a resposta é a conscientização dos clientes por parte das empresas.
Gabarito: Letra D.
32. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / AGENTE DE TECNOLOGIA / 2021)
Lições após um ano de ensino remoto na pandemia
No momento em que se tornam ainda mais complexas as discussões sobre a volta às aulas
presenciais, o ensino remoto continua a ser a rotina de muitas famílias, atualmente.
Mas um ano sem precedentes na história veio acompanhado de lições inéditas para
professores, alunos e estudiosos. Diante do pouco acesso a planos de dados ou a dispositivos, a
alternativa de muitas famílias e professores tem sido se conectar regularmente via aplicativos de
mensagens.
Uma pesquisa apontou que 83% dos professores mantinham contato com seus alunos por
meio dos aplicativos de mensagens, muito mais do que pelas próprias plataformas de
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aprendizagem. Esse uso foi uma grande surpresa, mas é porque não temos outras ferramentas de
massificação. A maior parte do ensino foi feita pelo celular e, geralmente, por um celular
compartilhado (entre vários membros da família), o que é algo muito desafiador.
Outro aspecto a ser considerado é que, felizmente, mensagens direcionadassão uma
forma relativamente barata de comunicação. A importância de cultivar interações entre os
estudantes, mesmo que eles não estejam no mesmo ambiente físico, também é uma forma de
motivá-los e melhorar seus resultados. Recentemente, uma pesquisadora afirmou que
“Aprendemos que precisamos dos demais: comparar estratégias, falar com alunos, com outros
professores e dar mais oportunidades de trabalho coletivo, mesmo que seja cada um na sua casa.
Além disso, a pandemia ressaltou a importância do vínculo anterior entre escolas e
comunidades”.
Embora seja difícil prever exatamente como o fechamento das escolas vai afetar o
desenvolvimento futuro dos alunos, educadores internacionais estimam que estudantes da
educação básica já foram impactados. É preciso pensar em como agrupar esses alunos e
averiguar os que tiveram ensino mínimo ou nulo e decidir como enfrentar essa ruptura, com aulas
ou encontros extras, com anos (letivos) de transição. IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de
ensino remoto na pandemia.
Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/noticias/
bbc/2021/04/24/8-licoes-apos-um-ano-de-ensino-remoto-napandemia.htm>. Acesso em: 21 jul. 2021. Adaptado.
Um argumento utilizado no texto para explicar o relativo sucesso do ensino remoto durante a
pandemia é:
A) O baixo custo relacionado ao uso de aplicativos de mensagens.
B) O uso de plataformas de aprendizagem de alta tecnologia.
C) A oportunidade de utilização de imagens e áudios disponíveis na rede.
D) A possibilidade de aprofundamento dos conteúdos de várias disciplinas.
E) A qualidade do acesso às atividades devido à alta conectividade.
Comentários:
O ensino remoto se beneficia do baixo custo dos aplicativos de mensagens, como indica o
parágrafo 4:
Outro aspecto a ser considerado é que, felizmente, mensagens direcionadas são uma forma
relativamente barata de comunicação.
B) Incorreto. Quase não houve uso de plataformas de aprendizagem de alta tecnologia, o
processo foi feito predominantemente por celular.
C) Incorreto. A oportunidade de utilização de imagens e áudios disponíveis na rede é inerente ao
ensino remoto. Não foi esse o motivo do relativo sucesso.
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D) Incorreto. Não há no texto referência à possibilidade de aprofundamento dos conteúdos de
várias disciplinas.
E) Incorreto. A maior parte foi feita por celular compartilhado.
Gabarito: Letra A.
33. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / AGENTE DE TECNOLOGIA / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
No parágrafo 5, depois da afirmação de que educadores internacionais estimam que estudantes
da educação básica já foram impactados pela falta de escolarização, desenvolve-se a ideia de
que
A) o ensino remoto mediado por tecnologia permitiu a continuidade da escolarização durante a
pandemia.
B) os alunos que foram prejudicados por esse processo precisarão ter aulas ou encontros extras
para enfrentar essa ruptura.
C) a alternativa mais produtiva para realizar o ensino remoto tem sido a conexão via aplicativos
de mensagens.
D) os professores, em sua grande maioria, mantiveram contato com os alunos por meio dos
aplicativos de mensagens.
E) o celular, muitas vezes compartilhado pela família, foi a ferramenta mais utilizada para efetivar
as atividades de ensino remoto.
Comentários:
A questão basicamente pede o teor do parágrafo 5:
Embora seja difícil prever exatamente como o fechamento das escolas vai afetar o
desenvolvimento futuro dos alunos, educadores internacionais estimam que estudantes da
educação básica já foram impactados. É preciso pensar em como agrupar esses alunos e
averiguar os que tiveram ensino mínimo ou nulo e decidir como enfrentar essa ruptura, com
aulas ou encontros extras, com anos (letivos) de transição. IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de
ensino remoto na pandemia.
É o que temos em:
B) os alunos que foram prejudicados por esse processo precisarão ter aulas ou encontros extras
para enfrentar essa ruptura.
Gabarito: Letra B.
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34. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
No texto abaixo, aborda-se a condição da mulher na sociedade atual.
A partir da frase que finaliza o Texto II – “Acho que piorei de estojo e de vida” (l. 41-42) –,
constata-se que o autor
A) comportava-se de modo nostálgico.
B) era fortemente apegado ao objeto.
C) carregava consigo objetos inusitados.
D) tinha muito cuidado com seus pertences.
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E) apresentava um perfil marcado pelo egoísmo.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) CERTA.
B) ERRADA. Essa frase está ligada à comparação que o autor faz entre o passado e o presente.
C) ERRADA. O que ele faz é contar da lembrança do seu primeiro estojo escolar.
D) ERRADA. A frase compara passado e presente do autor e sua percepção de que o passado
era melhor.
E) ERRADA. Não há essa menção no texto. Gabarito letra A.
35. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
Com base na leitura de todo o Texto II, entende-se que ele tem como foco a contraposição entre
A) cheiro de notebook e cheiro de estojo
B) requinte e simplicidade
C) sociedade e indivíduo
D) presente e passado
E) trabalho e lazer.
Comentários:
Perceba que o foco do autor é contrapor o passado e o presente. Ele dá o exemplo do que
utilizava em sua vida escolar, o estojo com todas suas características simples que preenchiam suas
necessidades e o estojo do notebook que ele comprou no presente, sem graça, sem cor, mas
que é necessário para atender às necessidades do agora.
Retomando o texto temos:
"No sábado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instruções para
ser aberto. Depois de mil operações sofisticadas para minhas limitações, retirei das entranhas de
isopor o novo notebook e coloquei-o em cima da mesa. De repente, como vem acontecendo nos
últimos tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar.
Tinha 5 anos e ia para o jardim de infância."
Gabarito: Letra D.
36. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
No Texto II, o sentido denotativo e o sentido conotativo convivem.
O trecho do texto em que há somente denotação é:
A) “Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas
eletrônicas” (l. 1-3)
B) “Minhas necessidades são mais modestas” (l. 6)
C) “contemporâneo das cavernas da informática”. (l. 7-8)
D) “retirei das entranhas de isopor o novo notebook e coloquei-o em cima da mesa.” (l. 16-17)
E) “houve um corte na memória e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar.” (l. 19-20).
Comentários:
Sentido denotativo é aquele em que não há metáfora ou sentido figurativo. As alternativas (A -
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"ciscando num desses canais a cabo"), (C - "contemporâneo das cavernas"), (D - "entranhas de
isopor") e (E - "corte na memória") possuem expressões em sentido conotativo. Assim, a única
alternativa que traz apenas linguagem denotativa é a Letra B. Gabarito letra B.
37. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
De acordo com o Texto I, obsolescência perceptiva (l. 45) é aquela que é caracterizada pelo(a)
A) aumento da vida útil dos produtos eletrônicos
B) ampliação da capacidade técnica dos produtos
C) necessidade de compra de produto recém-lançado
D) renovação do modelo estético dos produtos
E) queda de desempenhodo produto antigo.
Comentários:
(A) ERRADA. Exatamente o contrário: queda da vida útil dos produtos.
(B) ERRADA. Exatamente o contrário: redução da capacidade técnica dos produtos.
(C) ERRADA. É uma consequência, e não necessidade.
(D) CERTA.
(E) ERRADA. A queda de desemprenho de um produto antigo está relacionada com a
obsolescência programada.. Gabarito letra D.
38. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
No Texto I, a tese defendida pelo autor pode ser resumida no seguinte trecho:
A) “Obsolescência programada: inimiga ou parceira do consumidor?” (título).
B) “Essa estratégia da indústria pode ser vista como inimiga do consumidor” (l. 8-9).
C) "Planejar inovação é extremamente importante para melhoria e aumento da capacidade
técnica de um produto” (l. 13-15).
D) “Isso não significa que o consumidor está refém de trocas constantes de equipamento” (l.
34-35).
E) “O saldo geral é que as atualizações trazidas pela obsolescência programada trazem
benefícios à sociedade” (l. 64-66).
Comentários:
(A) ERRADA. Essa é a discussão do texto, e não a tese defendida pelo autor.
(B) ERRADA. Esses são pontos negativos da obsolescência programada, mas não é a tese
defendida pelo autor.
(C) ERRADA. Esse é um dos pontos positivos da obsolescência programada, mas não é a tese
defendida pelo autor.
(D) ERRADA. Esse é uma explicação a respeito de um ponto negativo da obsolescência
programada.
(E) CERTA. Gabarito letra E.
39. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
O fragmento do Texto I que comprova a estratégia argumentativa usada pelo autor para
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aproximar-se do leitor, buscando persuadi-lo, é:
A) “Uma câmera com uma resolução melhor pode motivar a compra de um novo celular” (l. 5-7)
B) “Já imaginou se um carro de hoje fosse igual a um carro dos anos 1970?” (l.15-17)
C) “Outro sinal é detectado quando não é possível repor acessórios como carregadores
compatíveis” (l. 29-31)
D) “É preciso lembrar também que a obsolescência programada se dá de forma diferente em
cada tipo de equipamento.” (l. 49-51)
E) “É por conta disso que membros de uma mesma família que moram em países diferentes
podem conversar diariamente” (l. 68-71).
Comentários:
Vejamos as alternativas:
(A) ERRADA. Essa é apenas uma explicação sobre a obsolescência programada.
(B) CERTA.
(C) ERRADA. Essa é uma exemplificação do que já foi tratado.
(D) ERRADA. Esse é um ponto novo abordado no texto.
(E) ERRADA. Essa é apenas uma descrição sobre a obsolescência programada. Gabarito letra B.
40. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
O Texto I, que aborda a obsolescência programada, busca
A) condenar a produção excessiva de lixo eletrônico.
B) denunciar o preço exorbitante das mercadorias modernas.
C) alertar sobre o consumo desenfreado de novas tecnologias.
D) destacar a queda vertiginosa na qualidade dos itens à venda.
E) analisar a suplantação dos produtos disponibilizados ao consumidor.
Comentários:
Note que o objetivo do texto é analisar como as mercadorias são produzidas com tempo
pré-definido de uso para estimulação do consumo, como elas são substituídas em pouco tempo
por outras mais aprimoradas. Assim, não há denúncia (B) ou alerta (C), nem ainda um enfoque na
queda da qualidade dos produtos (D). Gabarito letra E.
41. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
Texto III
Beira-mar
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro da
Viúva, frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos
edifícios. Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de pesca
moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou cinco
pescadores de trajes simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo.
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o carro em
estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com
desconfiança. Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica ensina
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que o caniço deve ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada pesca de
molhes, nome sofisticado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir à mão do
pescador maior sensibilidade à fisgada do peixe. É preciso conhecimento de juiz para enganar
peixes.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de
utensílios. Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito
centésimos de milímetro, ainda fiel à boa técnica.
Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe e desce
das cotações, situação financeira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida relaxam mais
do que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marítima — costuma confessar
Ricardo na roda dos colegas da financeira onde trabalha.
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p. 101. Adaptado.
A leitura atenta do Texto III mostra que Ricardo
A) trabalhava no setor de financiamento de material de pesca.
B) dava pouca importância aos pescadores simples do quebra-mar.
C) praticava a pesca por diletantismo nas horas de folga ou de lazer.
D) era um assíduo frequentador da beira do mar no Aterro do Flamengo.
E) dava mais importância ao ritual de preparação para a pescaria do que ao esporte.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
A) ERRADA. Ele trabalha em uma financeira.
B) ERRADA. Não há essa referência no texto.
C) CERTA.
D) ERRADA. Ricardo apareceu eventualmente.
E) ERRADA. Não há essa referência no texto. Gabarito letra C.
42. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
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O Texto II diz que o principal motivo do sucesso da vendagem no estabelecimento de Diolino
Damasceno foi
A) a receita secreta de sua batida de limão.
B) seu jeito peculiar de combinar os ingredientes.
C) a clientela de grandes nomes da cultura e do esporte.
D) fazer uma bebida que podia ser ingerida por diabéticos.
E) o sistema original de atendimento direto aos veículos.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
(A) ERRADA. Não há nenhuma menção no texto sobre " receita secreta de sua batida de limão ".
(B) ERRADA. Não há menção no texto sobre "forma peculiar de combinar os ingredientes".
(C) ERRADA. Esse não foi o motivo do sucesso.
(D) ERRADA. O fato de ser ingerida por diabéticos não foi o que fez o sucesso de Diolino.
(E) CERTA. Gabarito letra E.
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43. (CESGRANRIO / UFRJ / ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO / 2019)
Texto I
Projetos urbanísticos, patrimônios e conflitos
O Porto do Rio – Plano de Recuperação e Revitalização da Região Portuária do Rio de Janeiro foi
divulgado pela Prefeitura em 2001 e concentrou diferentes projetos, visando a incentivar o
desenvolvimento habitacional, econômico e turístico dos bairros portuários da Saúde, Gamboa e
Santo Cristo. Em meados de 2007, quando se iniciou esse estudo sobre o Plano e seus efeitos
sociais, a Zona Portuária já passava por um rápido processo de ressignificação perante a cidade:
nos imaginários construídos pelas diferentes mídias, não era mais associada apenas à
prostituição, ao tráfico de drogas e às habitações “favelizadas”, despontandonarrativas que
positivavam alguns de seus espaços, habitantes e “patrimônios culturais”.
Dentro do amplo território portuário, os planejadores urbanos que idealizaram o Plano Porto do
Rio haviam concentrado investimentos simbólicos e materiais nos arredores da praça Mauá,
situada na convergência do bairro da Saúde com a avenida Rio Branco, via do Centro da cidade
ocupada por estabelecimentos financeiros e comerciais.
(GUIMARÃES, R. A Utopia da Pequena África. Rio de Janeiro: FGV, 2014, p. 16-7.)
Segundo o Texto I, a Zona Portuária, até o início do século XXI, era vista como
A) uma área desvalorizada social e urbanisticamente.
B) uma mancha no cenário carioca de belezas naturais.
C) uma região cercada de arranha-céus.
D) um reduto dominado pelo crime organizado.
E) um bairro histórico com poucas áreas habitáveis.
Comentários:
O texto fala que antigamente era associada apenas à prostituição, tráfico de drogas e às
habitações "favelizadas".
Retornando ao texto, temos que:
"Em meados de 2007, quando se iniciou esse estudo sobre o Plano e seus efeitos sociais, a
Zona Portuária já passava por um rápido processo de ressignificação perante a cidade: nos
imaginários construídos pelas diferentes mídias, não era mais associada apenas à prostituição, ao
tráfico de drogas e às habitações 'favelizadas'...". Gabarito: Letra A.
44. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / 2018)
Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7 bilhões de pessoas. Desse total,
parte cada vez maior vive nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% dos
habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população mundial será
urbana. No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo
2010. É preciso, então, que questões de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser
discutidas. No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje,
como resultado, os moradores de grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com
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congestionamentos insuportáveis, que causam enormes perdas. Isso, sem falar no alto índice de
mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do automóvel como
meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana. É importante investir em
infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais eficazes e adequados de ônibus. Ao
mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis, onde a maior parte dos serviços
esteja próxima às moradias e haja opções de transporte não motorizado para nos locomovermos.
(BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: . Acesso em: 9 jul. 2018)
O quarto parágrafo do texto aborda
A) a frequência dos congestionamentos
B) as propostas de melhoria da mobilidade
C) o aumento da população mundial
D) o índice de mortes nas vias urbanas
E) os problemas de mobilidade no Brasil.
Comentários:
O quarto parágrafo aborda as possíveis melhorias que podem ser implementadas para estruturar
a mobilidade urbana.
Retomando o texto, texto: "É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e
sistemas mais eficazes e adequados de ônibus.[...]". Gabarito: Letra B.
45. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
No segundo parágrafo, o texto defende a necessidade de discutir questões relativas à
mobilidade urbana.
Antes disso, o texto refere-se à
A) ampliação da população urbana mundial
B) diminuição da distância entre casa e trabalho
C) imobilidade urbana causada pelo automóvel
D) importância do investimento em infraestrutura
E) paralisação do trânsito das grandes cidades.
Comentários:
Preste atenção ao enunciado: ele pede a informação que antecede " a necessidade de discutir
questões relativas à mobilidade urbana"!!! Note que o segundo parágrafo começa com dados:
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. Da
mesma forma, é o final do primeiro parágrafo:
Deste total, parte cada vez maior vive nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50%
dos habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população mundial
será urbana.
O que esses números querem mostrar é uma ampliação da população urbana, tanto no Brasil
quando no mundo. Portanto, Gabarito letra A.
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==2537cb==
46. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / NÍVEL MÉDIO / 2018)
No Texto, percebemos claramente a grande capacidade que tem o amor.
Que trecho comprova essa afirmação?
A) “Mesmo que mil tipos” (l. 1)
B) “De ódio o mal invente” (l. 2)
C) “Capaz de mudar o mundo” (l. 6)
D) “Vivemos nesse conflito” (l. 8)
E) “Mas confio e acredito” (l. 9).
Comentários:
Podemos perceber que o texto afirma de forma clara a grande capacidade que tem o amor: "...o
amor mesmo sozinho será sempre mais valente. Valente, forte, profundo capaz de mudar o
mundo e acalmar qualquer dor..."
Ou seja, o amor é capaz de mudar o mundo e acalmar qualquer dor. Gabarito: Letra C.
47. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / 2018)
O ano da esperança
O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos desempregados. E pedidos de
empréstimos. Um atrás do outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações de amizade. Como
afirmou Shakespeare, perde-se o dinheiro e o amigo. Nos primeiros pedidos, eu ajudava, com a
consciência de que era uma doação. A situação foi piorando. Os argumentos também. No início
era para pagar a escola do filho. Depois vieram as mães e avós doentes. Lamentavelmente,
aprendia não ser generoso. Ajudava um rapaz, que não conheço pessoalmente. Mas que sofreu
um acidente e não tinha como pagar a fisioterapia. Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas
internações, remédios. A situação piorando, eu já estava encomendando missa de sétimo dia.
Falei com um amigo médico, no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o caso gratuitamente. Surpresa!
O doente não aparecia para a consulta. Até que o coloquei contra a parede. Ou se consultava ou
eu não ajudava mais. Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita de suplementos
para ficar com o corpo atlético. Nunca conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter
caído na história. Só que esse rapaz havia perdido o emprego após o suposto acidente.
Foi por isso que me deixei enganar. Mas, ao perder salário, muita gente perde também a
vergonha. Pior ainda. A violência aumenta. As pessoas buscam vagas nos mercados em
expansão. Se a indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar.
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos aguarda é mais descrédito? Novos
candidatos vão surgir. Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça de velhos? Todos
pedem que a gente tenha uma nova consciência para votar. Como? Num mundo em que as
notícias são plantadas pela internet, em que muitos sites servem a qualquer mentira. Digo por
mim. Já contaram cada história a meu respeito que nem sei o que dizer. Já inventaram casos de
amor, tramas nas novelas que escrevo. Pior. Depois todo mundo me pergunta por que isso ou
aquilo não aconteceu na novela. Se mudei a trama. Respondo:
— Nunca foi para acontecer. Era mentira da internet.
Duvidam. Acham que estou mentindo.
(CARRASCO, W. O ano da esperança).
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No penúltimo parágrafo, o autor do texto revela ser autor de novelas, mas reclama
A) do assédio dos fãs.
B) da falta de privacidade quando anda pelas ruas.
C)dos casos de amor que atribuem a ele nas redes sociais.
D) da necessidade de ter consciência na hora de votar.
E) das versões falsas publicadas na internet das histórias de suas novelas.
Comentários:
No final do texto, temos que:
A resposta está no final do texto:
"Mais ainda, num mundo em que as fake news são divulgadas pela internet, em que muitos sites
servem a qualquer mentira. Digo por mim.". Assim, a alternativa que reforça essa ideia de
mentiras divulgadas na internet é a letra E.
Gabarito: Letra E.
48. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
A última frase do segundo parágrafo ("Se a indústria automobilística vai bem, é lá que vão
trabalhar.") tem a seguinte função na construção do texto:
A) Justificar a opção de trabalho das pessoas desempregadas.
B) Servir como ilustração para a afirmação contida na frase imediatamente anterior.
C) Complementar com ironia a relação entre violência e trânsito.
D) Introduzir um novo argumento para desenvolvê-lo no parágrafo seguinte.
E) Apresentar o autor do texto como um analista do mercado de trabalho.
Comentários:
Note que a oração "Se a indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar." remete à rase
anterior, "As pessoas buscam vagas nos mercados em expansão". Ou seja, perceba que ela
exemplificando um mercado em expansão e, consequentemente, onde as pessoas vão buscar
emprego - por essa característica da expansão, em particular. Portanto, Gabarito letra B.
49. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
No texto, o autor diz que aprendeu a não ser generoso (linha. 9-10).
A circunstância que justifica essa atitude foi o fato de ele
A) Sentir-se enganado por um rapaz, que sofrera um acidente.
B) Já haver ajudado muitos amigos desempregados.
C) Estar ficando sem dinheiro para ajudar as pessoas que o procuravam.
D) Desconfiar de que alguém estava desviando o dinheiro de sua ajuda.
E) Ter uma formação muito rígida, voltada unicamente para a família.
Comentários:
Retomando o texto, temos que:
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"Cheio de saúde, foi ao consultório. Pediu uma receita de suplementos para ficar com o corpo
atlético. Nunca conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter caído na história...." Note
que no trecho acima o autor explica que se sentiu um idiota ao cair na história falsa de uma
pessoa que ele ajudou: é o caso de um rapaz que ele ajudou, que teria sofrido acidente, mas era
mentira. Isso fez com que ele aprendesse a não ser mais generoso. Portanto, Gabarito letra A.
50. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)
No texto abaixo, aborda-se a condição da mulher na sociedade atual.
Espanha, Turquia, França, Bélgica, Itália, China, Paquistão, Índia, Afeganistão, Filipinas, Coreia do
Sul. Na América Latina: Argentina, Chile, México. Esses foram alguns países onde o Dia
Internacional da Mulher foi marcado não por rosas pálidas e inúteis, mas por protestos clamando
pela igualdade de oportunidades e pelo fim da discriminação e da violência contra a mulher. No
Brasil, houve protestos em 50 cidades, mas nada comparável ao que ocorreu na Espanha e na
Argentina, onde as mobilizações repercutiram ruidosamente.
(BOLLE, M. E as mulheres brasileiras? Época, n. 1029, 19 mar.2018, p. 55).
No Brasil, as manifestações sobre a condição social da mulher ocorrem, principalmente, pelo fato
de o país:
A) comandar historicamente a onda dos protestos contra o feminicídio.
B) estar entre os três países com maior número de mortes violentas de mulheres.
C) ser responsável pela criação e difusão mundial do Movimento Me Too.
D) dispor da mais elevada participação de mulheres no mercado de trabalho.
E) impedir ataques e retaliações às lideranças populares dos direitos humanos.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
(A) ERRADA. O feminicídio no Brasil ainda é uma das causas que mais matam mulheres no pais.
(B) CERTA.
(C) ERRADA. O movimento no Brasil foi bem menor do que aconteceu na Europa e na Argentina.
(D) ERRADO. O texto não traz essa informação de forma direta.
(E) ERRADO. O texto não traz essa informação de forma direta. Gabarito letra B.
51. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)
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Uma das virtudes na construção dessas casas tão elogiadas no texto é que seus criadores eram
“levados pela necessidade, pelo arrojo, pelos fatos” (l. 21-22). Essa afirmação serve como
argumento para criticar os
A) espanhóis
B) urbanistas
C) arquitetos
D) portugueses
E) criadores.
Comentários:
Retomando o texto, percebemos que:
"Não seriam conduzidos por urbanistas, seriam levados pela necessidade, pelo arrojo, pelos
fatos."
Note que no trecho acima o autor faz uma contraposição direta com os urbanistas, ou seja, são
os criadores que têm o instinto e a intuição, e não os urbanistas. Gabarito letra B.
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52. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
Entre as qualidades que o arquiteto amigo do cronista destaca entre as velhas casas tão
admiradas por ele está o fato de
A) serem portuguesas.
B) estarem abandonadas.
C) ficarem em Vassouras.
D) parecerem igrejas.
E) combinarem com a paisagem urbana.
Comentários:
Retomando o texto, temos que:
" "E vi e senti o seu entusiasmo diante dos velhos sobrados do café. As soluções encontradas
pelos antigos, a sobriedade, a solidez, a marca do lusitano transplantado..." Note que a
retomada das características das velhas casas por meio do "lusitano transplantado" remete ao
fato de elas serem portuguesas, lusitanas.
Questão difícil, pois demanda um conhecimento prévio inclusive sobre os adjetivos pátrios.
Gabarito letra A.
53. (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018)
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O trecho do texto “Vira o teatro pelo lado da plateia; e, palavra, que era bonito!” (l. 25-26) faz
referência ao fato de Lobo Neves
A) misturar política e lazer
B) ter uma vida social muito intensa
C) poder deslumbrar-se com o teatro
D) estar saudoso de sua vida como ator
E) ter ignorado as dificuldades da atividade política.
Comentários:
Ao retomar o texto, temos que:
"Entrei na política por gosto, por família, por ambição, e um pouco por vaidade. Já vê que reuni
em mim só todos os motivos que levam o homem à vida pública; faltou-me só o interesse de
outra natureza. Vira o teatro pelo lado da platéia; e, palavra, que era bonito! Soberbo cenário,
vida, movimento e graça na representação."
Note que, quando Lobo Neves diz que viu o teatro pelo lado da plateia, está confessando que,
quando ingressou na política, foi levado pela beleza e aparente glamour desse mundo, que é só
o que aparece para a plateia, ou seja, não percebeu as dificuldades que havia na política.
Portanto, Gabarito letra E.
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54. (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
A partir da leitura do fragmento do texto: “que ele ouviu com aquela unção religiosa de um
desejo que não quer acabar de morrer” (L. 10-11), infere-se que Lobo Neves
A) estava prestes a morrer
B) era extremamente religioso
C) tinha o desejo de ir para bem longe dali
D) esperava ainda ter umaatuação política satisfatória.
E) estava sofrendo de uma gravíssima crise de depressão.
Comentários:
Ao retomar o texto, temos que:
"Um dia confessou-me que trazia uma triste carcoma na existência; faltava-lhe a glória pública.
Animei-o; disse-lhe muitas coisas bonitas, que ele ouviu com aquela unção religiosa de um
desejo que não quer acabar de morrer; então compreendi que a ambição dele andava cansada
de bater as asas, sem poder abrir o vôo".
Note que, a partir do trecho retomado, Lobo Neves ainda nutria esperança de que fosse ter a
sucesso com uma grande e prestigiosa carreira política que lhe satisfizesse. Portanto, Gabarito
letra D.
55. (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018) Utilize o texto da questão anterior. Com base na
leitura do texto, entende-se que o desabafo de Lobo Neves ao longo do texto deve-se à
sua insatisfação com a(o)
A) vida pública
B) sua família
C) seu casamento
D) teatro da época
E) glamour da sociedade.
Comentários:
Ao retomar o texto, temos que:
"Um dia confessou-me que trazia uma triste carcoma na existência; faltava-lhe a glória pública.
Animei-o; disse-lhe muitas coisas bonitas, que ele ouviu com aquela unção religiosa de um
desejo que não quer acabar de morrer ".
Note que, a partir do trecho retomado, dentre outros que mostram o mesmo viés, Lobo Neves
estava insatisfeito com a vida pública.
Em relação ao casamento e à família, ele mostrava satisfação: "Como adorasse a mulher, não se
vexava de mo dizer muitas vezes; achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de
qualidades sólidas e finas, amorável, elegante, austera, um modelo". O teatro não traz essa
conotação no texto - serve apenas como comparação à política. Portanto, Gabarito letra A.
56. (CESGRANRIO / PETROBRAS TRANSPORTES / 2018)
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De acordo com o texto, o que viabiliza a espionagem virtual é a(o)
A) capacitação de especialistas para a criação de máquinas velozes.
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B) centralização do fluxo mundial de dados pelas grandes potências
C) criação de sites de entretenimento para a atração dos internautas
D) datificação de todas as informações geradas pelas pessoas na internet
E) emprego de softwares que possam capturar as senhas dos usuários.
Comentários:
Vejamos as alternativas:
(A) ERRADA. O texto remete a datificação de todos os dados pessoais, e não "máquinas
velozes".
(B) ERRADA. Não há no texto menção à centralização do fluxo mundial de dados. Essa é uma
clássica extrapolação de texto
(C) ERRADA. O texto não se refere à criação de sites de entretenimento, mas de datificação de
dados pessoais.
(D) CERTO.
(E) ERRADA. Extrapolação do texto, cuidado! Ele não menciona softwares que possam capturar
as senhas. Portanto, Gabarito letra D.
57. (CESGRANRIO / PETROBRAS TRANSPORTES / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
O trecho que explica os objetivos da “guerra” virtual descrita no texto é
A) “A internet quebrou a rígida centralização no fluxo mundial de dados, criando uma situação
inédita na história recente” (.L 1-3)
B) “As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual mostram que o essencial é o
controle da informação disponível no mundo - não mais guardar segredos, mas saber o que os
outros sabem ou podem vir a saber” (.L 8-12)
C) “A datificação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou
de forma vertiginosa o acervo mundial de informações.” (L. 16-18)
D) “Diariamente circulam na web pouco mais de 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte
equivale a 1,04 milhão de gigabytes), dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes.” (.
19-22)
E) “Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400 vezes o total de páginas web
indexadas diariamente” (L. 23-25).
Comentários:
Vejamos as alternativas:
(A) ERRADA. Esse não é o objetivo da espionagem virtual.
(B) CERTA.
(C) ERRADA. Esse é uma das consequências do aumento dos dados.
(D) ERRADA. Esses são apenas dados sobre informação.
(E) ERRADA. Novamente, esses são apenas dados sobre informação. Portanto, Gabarito letra B.
58. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / 2018)
Em um dia ruim para as bolsas emergentes, o Ibovespa foi o destaque negativo. E boa parte das
perdas veio das ações da Petrobras, responsáveis por cerca de 30% da queda do índice (...). O
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Ibovespa caiu 1,3%, a 84.928 pontos, depois de tocar a mínima de 84.720 pontos. O giro
financeiro foi forte, de R$ 9,6 bilhões (...). A queda da bolsa refletiu, em grande medida, o
ambiente externo mais incerto. A preocupação crescente com a política protecionista do governo
americano e com os efeitos potenciais sobre economias emergentes tem afetado os mercados de
ações de modo geral.
(Aguiar, V.; Pinto, L. Petrobras derruba Ibovespa em dia de perdas para emergentes.
Valor Econômico, edição impressa de 16 mar. 2018)
De acordo com a matéria jornalística, a queda das bolsas dos países emergentes, no momento
descrito, está relacionada fundamentalmente ao(à):
A) resultado negativo divulgado pela Petrobrás
B) resultado aquém do esperado das empresas desses países
C) peso da Petrobras na mensuração do índice das bolsas desses países
D) recessão em curso na economia brasileira
E) cenário de incerteza com respeito ao ambiente econômico internacional.
Comentários:
Retomando o texto, temos que:
"A queda da bolsa refletiu, em grande medida, o ambiente externo mais incerto. A preocupação
crescente com a política protecionista do governo americano e com os efeitos potenciais sobre
economias emergentes tem afetado os mercados de ações de modo geral.” Note que o trecho
refere-se a aspectos da “política protecionista do governo americano" e seus "efeitos potenciais
sobre economias emergentes". Esses dois pontos remetem a incertezas no mercado
internacional, que acabam por influenciar economias emergentes, que é o caso do Brasil, no
texto. Portanto, Gabarito letra E.
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LISTA DE QUESTÕES - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO -
CESGRANRIO
1. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023)
À moda brasileira
1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena história da literatura
brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que li
os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a um
tempo, esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens antes de chegar até
onde queria, os tais rodeios que ele ia ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de
palha, fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se minha mãe e ele não tinham
viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, meus avós é que tinham
feito aquelas longas viagens de navio, Portugal, França, Itália... Não esquecer que a minha avó,
Pedrina Perucchi, era italiana, ele acrescentou. Mas por que essa curiosidade?
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, éque seria tão bom se
ambos tivessem nascido lá longe e assim eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei
repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras,
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece!
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou os óculos. O soneto é
muito bonito, disse me encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a
própria língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou alemão,
você ficará na nossa língua mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a língua é
renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois (ele voltou a abrir o livro), olha que beleza o
que o poeta escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, veja que confissão de
amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele precisava da rima para sepultura e calhou tão bem essa
obscura, entendeu agora? – acrescentou e levantou-se. Deu alguns passos e ficou olhando a
borboleta que entrou na varanda: Já fez a sua lição de casa?
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de assunto ele mudava de
lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou
simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar nisso, chega. Então a gente falava
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noutra coisa ou ficava quieta.
9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel em Jacareí que ele
tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse
mudado de lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia da cama e fique na
cadeira ou vá pra rua e feche a porta!
(TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p.109-111.
Fragmento adaptado).
Ao ler os versos de Olavo Bilac, o “quase” susto da narradora, mencionado no parágrafo 2, foi
motivado pela
A) possibilidade de seus escritos não serem conhecidos.
B) falta de conhecimento sobre a localização do Lácio.
C) necessidade de aprender uma língua diferente.
D) surpresa com a postura pessimista do poeta.
E) abordagem da temática da morte.
2. (CESGRANRIO - ATA (AgeRIO)/AgeRIO/2023)
Floresta amazônica vai virar savana
Pesquisadores afirmam que mudança no ecossistema da Amazônia é iminente
Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se
descaracterizar de tal forma que deixaria de ser uma floresta e se transformaria em área de
savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um artigo publicado recentemente.
Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e
uso indiscriminado de incêndios florestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem
volta, para transformar as partes Sul, Leste e central da Amazônia em um ecossistema não
florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a
descoberta de que as florestas interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo,
estima-se que metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela
evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido
provenientes do Oceano Atlântico.
Caso perca uma quantidade grande de árvores, a floresta recicla menos chuva, ficando mais
suscetível a incêndios. O fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde
antes havia espécies florestais. O resultado desse processo ecológico é que grandes fragmentos
de florestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a Amazônia como a
conhecemos hoje.
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A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um
estudo em 2007, e chegou à conclusão de que esse valor era de 40% de florestas derrubadas. Só
que esse estudo avaliou apenas uma variável, o desmatamento. Segundo um dos autores,
quando se consideram outros fatores, como os incêndios florestais e o aquecimento global, essa
margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento
global já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da
Amazônia.
De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser
encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a
algum desmatamento. Mas essa possibilidade não é infinita, chega a um ponto que não tem
retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na produção com
sustentabilidade.
Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o reflorestamento. Com esse
objetivo, o Brasil se comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a
reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
(CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado.)
A palavra resiliência refere-se à capacidade de voltar ao estado natural, principalmente após
alguma situação crítica e fora do comum. Ela é utilizada em várias áreas do conhecimento.
Em “De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa
ser encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência” (parágrafo 6, o sentido
dessa palavra no contexto é a(o)
A) aptidão de um determinado sistema para recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma
perturbação.
B) capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder
a qualquer coação.
C) possibilidade de tomar uma decisão quando se tem medo do que isso possa ocasionar,
quando está sob pressão.
D) propriedade de os materiais que acumulam energias voltarem ao normal, quando então são
expostos a situações de estresse ou choque.
E) equilíbrio emocional para lidar com os problemas relacionados ao contexto laboral, quando as
situações não ocorrem como o esperado.
3. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)
Implantação do código de ética nas empresas
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família,
da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta
com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e
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“moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em
um contexto.
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
escravidão foi considerada "natural".
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o
certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela
promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a
vida emsociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a
ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no
mundo moderno e pode ser definida como a transparência nas relações e a preocupação com o
impacto das suas atividades na sociedade.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar
seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética,
o qual se destina à proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma
conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de
ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento
profissional, lealdade mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança,
propriedade da informação, assédio profissional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre
outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada
são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza
os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode
estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de
comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento pessoal
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e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na
comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera
pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas,
clientes, profissão, sociedade e para consigo próprio.
(MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado)
O texto pode ser dividido em duas grandes partes. Na primeira parte, apresenta-se a definição
do conceito de “ética” e, na segunda parte, apresentam-se
A) consequências econômicas da implantação dos códigos de ética no dia a dia das empresas.
B) exemplos de ações que devem ser implementadas para atender aos códigos de ética das
empresas.
C) explicações sobre diferentes concepções de ética em função dos objetivos das empresas.
D) penalizações a serem infringidas aos funcionários que desrespeitarem o código de ética da
empresa.
E) situações concretas em que os conceitos de “ética” e “moral” se aplicam no processo de
seleção de pessoal.
4. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize texto da questão anterior
Um trecho do texto que apresenta uma definição de ética é
A) “Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em
seu grupo social.”
B) “A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas.”
C) “As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes,
bem como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura.”
D) “Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a
alertar seus funcionários sobre a ética.”
E) “É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se
dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa.”
5. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)
De acordo com o texto, apoiar projetos de educação voltados ao desenvolvimento pessoal e
profissional de jovens carentes de comunidades vizinhas pode fazer parte do Código de Ética de
uma empresa por ser um exemplo de ação de
A) interação com sindicatos
B) prevenção de assédio
C) proteção do meio ambiente
D) relacionamento com clientes
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E) responsabilidade social
6. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023) Utilize o texto da questão anterior
Antes de afirmar que a ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a
sobrevivência das empresas no mundo moderno (parágrafo , o texto desenvolve a ideia de que
A) a criação de um comitê de ética destina-se a valorizar e a alertar os funcionários sobre a
necessidade de proteção da imagem da empresa.
B) a interação com clientes, fornecedores, acionistas, investidores, comunidade vizinha,
concorrentes e mídia deve se pautar por princípios éticos.
C) a ética não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis, mas se move historicamente, se
amplia e se adensa.
D) o Código de Ética deve explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos
com os quais interage.
E) os funcionários revelam atendimento ao Código de Ética da empresa ao cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa.
7. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
A história do método braile
Ler no escuro. Quem já tentou sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês
chamado Louis Braille dedicou a vida. Nascido em Coupvray, uma pequena aldeia nos arredores
de Paris, em 1809, desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai. Seus olhos azuis
brilhavam da admiração de vê-lo cortar, com extrema perícia, selas e arreios. Pouco depois de
completar 3 anos, o menino começou a brincar na selaria do pai, cortando pequenas tiras de
couro. Uma tarde, uma sovela, instrumento usado para perfurar o couro, escapou-lhe da mão e
atingiu o seu olho esquerdo. O resultado foi uma infecção que, seis meses depois, afetaria
também o olho direito. Aos 5 anos, o garoto estava completamente cego.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182. Além do
currículo normal, Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma
impressas em relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso,
Braille destacou-se como o melhor aluno da turma e logo começou a ajudar os colegas. Em
1821, aos 12 anos, conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre,
oficial do Exército francês.
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em
relevo impressos também em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em
postos avançados. Estes decodificariam a mensagem até no escuro. Mas, como a ideia não
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pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de grafia
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos, pois com ele era possível escrever,
algo que o método de Haüy não possibilitava. O de Barbier era fonético: registrava sons e não
letras. Dessa forma, as palavras não podiam ser soletradas. Além disso, o fato de um grande
número de sinais ser usado para uma única palavra tornava o sistema muito complicado. Apesar
dos inconvenientes, foi adotado como método auxiliar por Haüy.
Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
Em 1824, seu método estava pronto. Primeiro, eliminou os traços, para evitar erros de leitura: em
seguida, criou uma célula de seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos cada, que
podem ser combinados de 63 maneiras diferentes. A posição dos pontos na célula está ao lado.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas. Embora seu método fizesse
sucesso entre os alunos, não podia ensiná-lo na sala de aula, pois ainda não era reconhecido
oficialmente. Por isso, Braille dava aulas do revolucionário sistema escondido no quarto, que logo
se transformou numa segunda sala de aula.
O braile é lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais de relevo. Normalmente se usa a
mão direita com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor, enquanto a mão esquerda
procura o início da outra linha. Aplica-se a qualquer língua, sem exceção, e também à
estenografia, à música – Braille, por sinal, era ainda exímio pianista – e às notações científicas em
geral. A escrita é feita mediante o uso da reglete, também idealizada por Braille: trata-se de uma
régua especial, de duas linhas, com uma série de janelas de seis furos cada, correspondentes às
células braile.
Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, com apenas 43 anos. Temia que seu método
desaparecesse com ele, mas, finalmente, em 1854 foi oficializado pelo governo francês. No ano
seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do
imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano com
ex-alunos de Braille. O sucesso foi imediato, e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o
governo francês transferiu os restos mortais de Braille para o Panthéon, em Paris, onde estão
sepultados os heróis nacionais.
(ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https://super
.abril.]com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022. Adaptado.)
A partir da leitura do texto, constata-se que Braille
A) queria seguir o ofício do pai.
B) estudou com bolsa de estudos.
C) trabalhava em selarias quando criança.
D) foi adotado por Valentin Haüy depois da tragédia.
E) começou a dar aulas quando atingiu a maioridade.
8. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023) Utilize o texto da questão anterior
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==2537cb==
Diferentemente do método de Barbier, o método de Haüy
A) possibilitava a escrita.
B) usava letras em relevo.
C) apresentava pontos e traços.
D) impossibilitava soletrar palavras.
E) era conhecido como grafia sonora.
9. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023) Utilize o texto da questão anterior.
Em “No ano seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem
do imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano
com ex-alunos de Braille”, a palavra em destaque apresenta o mesmo sentido que em:
A) Louis Braille criou um método revolucionário e ainda era excelente pianista.
B) Vencer barreiras relacionadas à acessibilidade ainda é um desafio.
C) O método Braille ainda era desconhecido por muitas pessoas.
D) Os restos mortais de Braille ainda estão no Panthéon.
E) A reglete ainda é usada por deficientes visuais.
10. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase
inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se
trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é
tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de
segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um
vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.(a)
O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com
celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem
ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.(b)
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um
vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios(c) para acompanhar as
palavras que são ditas.
Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação.
Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como
neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de
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custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia,(d) contribuindo para
aumentar a qualidade dos vídeos.
No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus
golpes.
Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem
tanta qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de
partida para uma fraude financeira, entre outros problemas.
A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos
e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já
que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a
inteligência artificial e engendrar deep fakes.”(e)
Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem
em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum
momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que
tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa
diga o que parece dizer naquele momento.
Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.
O trecho que explica o modo como se elabora uma deep fake é:
A) “Segundo estudo de uma empresa de segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua
existência e 71% não reconhecem quando um vídeo foi editado digitalmente usando essa
técnica.”
B) “O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos
com celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que
podem ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.”
C) “A prática costuma utilizar um vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que
não fazia parte do vídeo original. Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender
como uma pessoa fala e, a partir daí, obter uma montagem com outras falas, inclusivealterando
os lábios”
D) “Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como
neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de
custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia”
E) “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já que fotos, áudios ou
vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a inteligência artificial e
engendrar deep fakes.”
11. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
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DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
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pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.
O objetivo dessa reportagem é refletir sobre
A) a necessidade de implantar um sistema mais seguro do que o cartão de crédito para as
transferências do auxílio emergencial.
B) a sobrevivência do dinheiro em espécie frente ao novo mecanismo de transferência eletrônica
de valores.
C) as consequências negativas da mudança na cultura popular vigente no país sobre a
importância da inserção no sistema bancário.
D) os aspectos relevantes da cultura da informalidade no dia a dia da economia brasileira e as
dificuldades de acesso à tecnologia.
E) os impactos dos meios tradicionais de pagamento, como boleto e cartão de crédito, na
economia da população.
12. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2023)
Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo
Ainda que não exista uma concepção única sobre o empreendedorismo social, de forma geral, o
conceito está relacionado ao ato de empreender ou inovar com o objetivo de alavancar causas
sociais e ambientais. A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e
agregar valor com cunho social.(a)
Um empreendedor social produz bens e serviços que irão impactar positivamente a comunidade
em que ele está inserido e solucionar algum problema ou necessidade daquele grupo. Apesar de
poder ter retorno financeiro, os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do
impacto social gerado por sua atuação.(b)
Vale ressaltar que, apesar de apresentarem muitas similaridades, empreendedorismo social e
negócio social não são sinônimos. O empreendedorismo social cria valor por meio da inovação,
que gera uma transformação social. O foco não é o retorno financeiro, mas a resolução de
problemas sociais e o impacto positivo. Enquanto isso, os negócios sociais seguem a lógica
tradicional do mercado, porém com a ambição de gerar valor social.
Cinco características também são essenciais para a iniciativa: ser inovadora; realizável;
autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos da sociedade,(c) incluindo as
pessoas impactadas; e promover impacto social com resultados mensuráveis.
Quem tem interesse de atuar nessa área precisa trabalhar em grupo e formar parcerias,(d) saber
lidar bem com as pessoas e buscar formas de trazer resultados de impacto social.
Além disso, o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele
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acabe exercendo um papel que não seja necessariamente na sua área de formação,(e) ou que sua
atuação se transforme rapidamente, por conta do dinamismo e das necessidades do negócio.
(MENDES, T. Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo. Na prática, 7 jul. 2022.
Disponível em: https://www.napratica.org.br/empreendedorismo-social/. Acesso em: 2 set. 2022. Adaptado.)
O trecho do texto que resume o objetivo do “empreendedorismo social” é
A) “A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e agregar valor
com cunho social”.
B) “os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do impacto social gerado por
sua atuação”.
C) “ser inovadora; realizável; autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos
da sociedade”.D) “Quem tem interesse de atuar nessa área precisa trabalhar em grupo e formar parcerias”.
E) “o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele acabe
exercendo um papel que não seja necessariamente na sua área de formação”.
13. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2023) Utilize o texto da questão
anterior
O texto explica que o empreendedorismo social se diferencia do conceito de negócio social
porque o primeiro procura
A) criar profissionais especializados na sua área de atuação.
B) excluir do processo a parcela mais carente da população.
C) seguir a lógica tradicional do mercado de ações.
D) ter como objetivo produzir retorno financeiro.
E) transformar a sociedade por meio da inovação.
14. (CESGRANRIO - Adv (AgeRIO)/AgeRIO/2023)
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos
de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se
acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E,
à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da
viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A
cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
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A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra,
dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para
as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o
dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar
mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para
ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a
televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. À luz
artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água
potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no
pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas de mais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está
cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a
gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana. E se, no fim de semana, não há muito o que fazer, a gente vai
dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para
evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.
(COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco Editora, 1996. p. 9. Adaptado.)
Considere a seguinte passagem do texto:
“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.” (parágrafo 1)
Na opinião da autora, as várias situações apresentadas ao longo do texto têm como
consequência o fato de o ser humano
A) viver sempre apressado.
B) abandonar a luta pela paz.
C) abrir mão de usufruir da vida.
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D) influenciar-se pela publicidade.
E) desistir de proteger o meio ambiente.
15. (CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2022)
“Maior fronteira agrícola do mundo está no bioma amazônico”,
diz pesquisador da Embrapa
O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade de ampliar áreas com a
agropecuária. De fato, um estudo da ONU mostra que o país será o grande responsável por
produzir os alimentos necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas que habitarão o
planeta em 2050. De acordo com pesquisadores da Embrapa, a região possui potencial e áreas
para ampliação sustentável da agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é
muito grande.
A região amazônica se mostra promissora para a agricultura, pois ela é rica em um insumo
fundamental, a água. Estados como Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800
milímetros de chuvas por ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade de semear mais
de uma cultura por ano.
Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à ampliação da agricultura na região
amazônica, são um limitante para a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a
agricultura, parte deveria ser obrigatoriamente destinada à preservação ambiental, segundo as
exigências dos países que compram nossos produtos agrícolas.
(POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.
com.br/projeto-soja-brasil/noticia/maior-fronteira-agricola- -mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30
nov. 2021. Adaptado).
De acordo com o texto, para atender às exigências internacionais, o país deve
A) conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar seus negócios.
B) diversificar os tipos de culturas que exigem a utilização de muita água.
C) garantir a destinação de terras a atividades de preservação ambiental.
D) liberar as áreas de cultivo de produtos agrícolas na região amazônica.
E) restringir as terras amazônicas ao desenvolvimento da pecuária.
16. (CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2022)
Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono.
Outono no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto,
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o céu já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e
arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua.
E, naquele trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila,
de pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros,
nem pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com
suas vassouras e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando –
dentro ou fora das gaiolas.
Mas,mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu
vestidoestampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a
cumprimentar quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas
também parece pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um
choque: as grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez Comentários vagos
sobre as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase.
Mas e essas grades, me perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu
espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que
dizer.
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do
gradil pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola
assim, por trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um
ferro simbólico, que prende, constrange, restringe.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Esse texto, que se inicia a partir do cotidiano de uma velha senhora que tem por hábito sentar-se
na calçada observando as manhãs, constrói uma crítica
A) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozinhos, sem o apoio e o carinho de sua
família.
B) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somente é percebido por quem se afasta da
cidade por um tempo e retorna.
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C) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que há muito já deveriam ter sido
abandonados pela população.
D) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e que foram sendo colocadas aos poucos
ao redor de todos nós.
E) às autoridades de segurança pública, que não atuam em prol do direito de ir e vir, sem riscos,
da população.
17. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022)
Maria José
Paulo Mendes Campos
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, violenta quando necessário. Eu
era menino e apanhava de um companheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via
a pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga por milagre.
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devotava-se ao alívio de misérias físicas e
morais do próximo, estudava o mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma,
comungava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Mas nunca deixou de
ter na gaveta o revólver que havia recebido, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou
no quintal noturno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha meninice.
Ensinou- me a ler as primeiras sentenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de
Sales e o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire;
dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que havia decorado quando menina; discutia comigo
as ideias finais de Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me desgarrei
nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José, com irônico afeto, me repetia a
advertência de Drummond: “Paulo, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija,
amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será”.
Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha amiga: nada me perguntava,
adivinhava tudo.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
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Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se fazia difícil para o médico saber o
que sentia; acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.
No texto, o narrador apresenta Maria José ao leitor, descrevendo-a a partir de aspectos
subjetivos, como em:
A) “Faz um ano que Maria José morreu.” (parágrafo 1)
B) “Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos” (parágrafo 2)
C) “comungava todos os dias” (parágrafo 2)
D) “apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire” (parágrafo 4)
E) “Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice.” (parágrafo 6)
18. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
De acordo com o narrador, Maria José “Era meiga quase sempre, violenta quando necessário”
(parágrafo 1)
Essa violência a que o narrador se refere pode ser comprovada no trecho:
A) “ela me gritou da sacada se eu não via a pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no
outro” (parágrafo 1)
B) “Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha
meninice.” (parágrafo 4)
C) “Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.” (parágrafo 6)
D) “Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor” (parágrafo 7)
E) “Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão” (parágrafo 9)
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19. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
No trecho do parágrafo 3 “Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que
tinha chegado à humildade da velhice”, percebe-se que o processo de envelhecimento provocou
mudanças em Maria José.
De acordo com o texto, o que nela NÃO mudou durante a velhice foi o(A)
A) hábito de praticar atos de caridade em prol dos necessitados.
B) gosto por iniciaras crianças da família na literatura.
C) instinto de sempre proteger os filhos e os netos.
D) capacidade de se submeter a longos jejuns e a abstinências.
E) tendência de responder às ofensas sofridas com violência.
20. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
A partir do trecho do parágrafo 6 “Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice”,
entende-se que Maria José era uma mulher
A) afetada
B) vaidosa
C) corajosa
D) tímida
E) extravagante
21. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção
Radiológica/2022) Utilize o texto da questão anterior
A partir da leitura do parágrafo final do texto, entende-se que, diante da morte de Maria José, o
narrador experimentou um sentimento de
A) raiva
B) pavor
C) alegria
D) desamparo
E) alívio
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22. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022)
Entulho eletrônico: risco iminente para a saúde e o ambiente
Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (lixo eletroeletrônico) são, por definição,
produtos que têm componentes elétricos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência
(perspectiva ou programada) e impossibilidade de conserto, são descartados pelos
consumidores. Os exemplos mais comuns são televisores e equipamentos de informática e
telefonia, mas a lista inclui eletrodomésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de
alarme, automação e controle.
Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar um produto que se torne
obsoleto ou não funcional após certo tempo, para forçar o consumidor a comprar uma nova
geração desse produto. Já a obsolescência perspectiva é uma forma de reduzir a vida útil de
produtos ainda funcionais. Nesse caso, são lançadas novas gerações com aparência inovadora e
pequenas mudanças funcionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que induz o
consumidor à troca.
O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos problemas ambientais da atualidade.
O consumidor raramente reflete sobre as consequências do consumo crescente desses produtos,
preocupando- se em satisfazer suas necessidades. Afinal, eletroeletrônicos são tidos como
sinônimos de melhor qualidade de vida, e a explosão da indústria da informação é uma força
motriz da sociedade, oferecendo ferramentas para rápidos avanços na economia e no
desenvolvimento social. O mundo globalizado impõe uma constante busca de informações em
tempo real, e a sua interação com novas tecnologias traz maiores oportunidades e benefícios,
segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU). Tudo isso exerce um fascínio
irresistível para os jovens.
Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre as preocupações da ONU: as
vendas crescentes, em especial nos mercados emergentes (inclusive o Brasil), e a presença de
metais e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à saúde e ao meio
ambiente. Segundo a ONU, são gerados hoje 150 milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico
por ano, e esse tipo de resíduo cresce a uma velocidade três a cinco vezes maior que a do lixo
urbano.
AFONSO, J. C. Revista Ciência Hoje, n. 314, maio 2014. São Paulo: SBPC. Disponível em:
https://cienciahoje.periodicos.capes. gov.br/storage/acervo/ch/ch_314.pdf. Adaptado.
Em seu desenvolvimento temático, depois de se referir ao estudo da ONU sobre a função das
novas tecnologias no mundo globalizado, o texto desenvolve a ideia de que
A) a obsolescência programada é a fabricação intencional de um produto para que se torne
obsoleto e force o consumidor a adquirir uma nova geração.
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B) a presença de metais e substâncias tóxicas em muitos componentes provoca riscos à saúde e
ao meio ambiente.
C) eletrodomésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de alarme, automação e
controle são exemplos de aparelhos eletroeletrônicos.
D) o lixo eletroeletrônico é formado por resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, como
computadores e celulares.
E) os consumidores preocupam-se em satisfazer suas necessidades sem refletir sobre os efeitos
do consumo crescente dos eletroeletrônicos.
23. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022) Utilize
o texto da questão anterior
Com base no conteúdo desenvolvido e na sua forma de apresentação, conclui-se que o texto
tem o objetivo de
A) analisar de forma crítica as soluções dos governantes para reduzir a acumulação de resíduos
tóxicos.
B) apresentar ao leitor propostas para reduzir os efeitos do entulho eletrônico sobre a
humanidade.
C) descrever características dos produtos eletroeletrônicos considerados obsoletos pelo
mercado.
D) conscientizar o leitor dos perigos relacionados ao excesso de produtos eletroeletrônicos no
meio ambiente.
E) relatar episódios que sirvam como exemplificação dos conceitos científicos discutidos.
24. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022) Utilize
o texto da questão anterior
A obsolescência perspectiva é definida no texto como a(o)
A) decisão intencional de fabricar um produto que se torne obsoleto após um determinado
tempo para condicionar a compra de outro.
B) redução da vida útil de um produto funcional pelo lançamento de novas gerações com
aparência inovadora e pequenas mudanças.
C) retirada do mercado de peças de reposição de um produto para forçar o consumidor a
comprar um outro mais caro.
D) descarte de aparelhos eletrônicos pelos consumidores por impossibilidade de conserto dos
defeitos de funcionamento.
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E) aumento na produção de resíduos tóxicos devido à produção desenfreada de lixo
eletroeletrônico composto por metais pesados.
25. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022) Utilize
o texto da questão anterior
No texto, os dois primeiros parágrafos estabelecem entre si a seguinte relação:
A) apresentação de problema / definição de conceitos
B) definição de termos / exemplificação de casos
C) proposição de tese / desenvolvimento de argumentos
D) situação hipotética / comprovação por evidências
E) relato de caso / explicitação de motivação
26. (CESGRANRIO / CAIXA ECONÔMICA / TÉCNICO / 2021)
Relacionamento com o dinheiro
Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações ligadas ao dinheiro. Para tirar
melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo da forma mais
favorável a você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de educação financeira
podem contribuir para melhorar a gestão de nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas
mais tranquilas e equilibradas sob o ponto de vista financeiro.
Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo financeiro muito mais complexo
que o das gerações anteriores. No entanto, o nível de educação financeira da população não
acompanhou esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira, aliada à
facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo,
privando-as de parte de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que
reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as
auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou
seja, uma preocupação da sociedade organizada em tornodo tema. Nas escolas, pouco ou nada
é falado sobre o assunto. As empresas, não compreendendo a importância de ter seus
funcionários alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área. Similar problema é
encontrado nas famílias, nas quais não há o hábito de reunir os membros para discutir e elaborar
um orçamento familiar. Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal
muitas vezes são considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema.
Enfim, embora todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
recursos.
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A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais, possibilitar o
equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento de imprevistos financeiros e para
a aposentadoria, qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o
indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida
melhor.
(BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB,
2013. p. 12. Adaptado).
O texto tem o objetivo primordial de
A) ensinar a gerir as finanças pessoais de maneira eficaz.
B) sensibilizar sobre a importância da educação financeira.
C) prevenir quanto aos perigos do acesso facilitado ao crédito.
D) alertar para a complexidade maior do mundo financeiro atual.
E) sugerir a incorporação do hábito de elaborar orçamento familiar.
27. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA B / 2021)
O que é o QA e por que ele pode ser mais importante que o QI no mercado de trabalho
Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de alguém crescer na carreira,
poderia considerar pedir um teste de QI, o quociente de inteligência, que mede indicadores
como memória e habilidade matemática.
Mais recentemente, passaram a ser avaliadas outras letrinhas: o quociente de inteligência
emocional (QE), uma combinação de habilidades interpessoais, autocontrole e comunicação. Não
só no mundo do trabalho, o QE é visto como um kit de habilidades que pode nos ajudar a ter
sucesso em vários aspectos da vida.
Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o sucesso na carreira. Hoje,
porém, à medida que a tecnologia redefine como trabalhamos, as habilidades necessárias para
prosperar no mercado de trabalho também estão mudando. Entra em cena então um novo
quociente, o de adaptabilidade (QA), que considera a capacidade de se posicionar e prosperar
em um ambiente de mudanças rápidas e frequentes.
O QA não é apenas a capacidade de absorver novas informações, mas de descobrir o que
é relevante, deixar para trás noções obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente
para mudar. Esse quociente envolve também características como flexibilidade, curiosidade,
coragem e resiliência.
Amy Edmondson, professora de Administração da Harvard Business School, diz que é a
velocidade vertiginosa das mudanças no mercado de trabalho que fará o QA vencer o QI.
Automatiza-se facilmente qualquer função que envolva detectar padrões nos dados (advogados
revisando documentos legais ou médicos buscando o histórico de um paciente, por exemplo), diz
Dave Coplin, diretor da The Envisioners, consultoria de tecnologia sediada no Reino Unido. A
tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são feitos, e a tendência continuará.
Isso ocorre porque um algoritmo pode executar essas tarefas com mais rapidez e precisão do que
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um humano.
Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que cumprem essas funções precisam
desenvolver novas habilidades, como a criatividade para resolver novos problemas, empatia para
se comunicar melhor e responsabilidade.
Edmondson diz que toda profissão vai exigir adaptabilidade e flexibilidade, do setor
bancário às artes. Digamos que você é um contador. Seu QI o ajuda nas provas pelas quais
precisa passar para se qualificar; seu QE contribui na conexão com um recrutador e depois no
relacionamento com colegas e clientes no emprego. Então, quando os sistemas mudam ou os
aspectos do trabalho são automatizados, você precisa do QA para se acomodar a novos cenários.
Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes diante de
novas maneiras de trabalhar. No mundo corporativo, o QA está sendo cada vez mais buscado na
hora da contratação. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo,
especialistas dizem que ele pode ser desenvolvido.
Como diz Edmondson: “Aprender a aprender é uma missão crítica. A capacidade de
aprender, mudar, crescer, experimentar se tornará muito mais importante do que o domínio de
um assunto.”
(Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-50429043>. Acesso em: 9 jul. 2021 - Adaptado)
De acordo com o texto, hoje a valorização do QA tende a superar a do QI e a do QE no
ambiente de trabalho porque
A) as habilidades interpessoais são muito requeridas.
B) o conhecimento tecnológico é cada vez mais necessário.
C) a memória e a habilidade matemática são indicadores exigidos.
D) a capacidade de adaptação faz a diferença entre o homem e a máquina.
E) a automatização requer colaboradores que superem a rapidez e a precisão do algoritmo.
28. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA B / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
Ao abordar perspectivas de evolução na carreira, o texto destaca que a(s)
A) mudança no mercado se dará pela valorização do QE.
B) capacidade para a detecção de padrões será valorizada.
C) habilidades relacionadas ao QA poderão ser aprimoradas.
D) atividades relativas às artes serão excluídas das mudanças.
E) competências teóricas relacionadas ao QI serão evidenciadas.
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29. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA B / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
O trecho que evidencia a razão pela qual novos indicadores passaram a balizar o processo de
seleção das empresas é:
A) “Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de alguém crescer na carreira,
poderia considerar pedir um teste de QI”. (parágrafo 1)
B) “o QE é visto como um kit de habilidades que pode nos ajudar a ter sucesso em vários
aspectos da vida.” (parágrafo 2)
C) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são feitos, e a tendência
continuará.” (parágrafo 5)
D) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para se qualificar”. (parágrafo 7)
E) “Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo, especialistas dizem que ele
pode ser desenvolvido.” (parágrafo 8)
30. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021)
Privacidade digital: quais são os limites
Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros usuários de internet,
representando cerca de 69,8% da população com 10 anos ou mais. Ao redor do mundo, cerca de
4 bilhões de pessoas usam a rede mundial, sendo que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo
smartphone.
Nesse cenário, pensar em privacidade digital é (quase) utópico. Uma vez na rede, a
informação está registrada para sempre: deixamos rastros que podem ser descobertos a
qualquer momento.
Ainda assim, mesmo diante de tamanha exposição, essa é uma discussão que precisa ser
feita. Ela é importante, inclusive, para trazer mais clareza e consciência para os usuários. Vale
lembrar, por exemplo, que não são apenas as redes sociais que expõem as pessoas. Infelizmente,basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado por diferentes empresas e provedores.
A questão central não se resume somente à política de privacidade das plataformas X ou Y,
mas, sim, ao modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política de
proteção de dados.
A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo
de empresa. Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes, as
organizações têm um universo de dados institucionais que precisam ser salvaguardados.
Estamos diante de uma realidade já configurada: a coleta de informações da internet não
para, e esse é um caminho sem volta. Agora, a questão é: nós, clientes, estamos prontos e
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dispostos a definir o limite da privacidade digital? O interesse maior é nosso! Esse limite poderia
ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser? O conteúdo é realmente do usuário?
Se considerarmos a atmosfera das redes sociais, muito possivelmente não. Isso porque,
embora muitas pessoas não saibam, a maioria das redes sociais prevê que, a partir do momento
em que um conteúdo é postado, ele faz parte da rede e não é mais do usuário.
Daí a importância da conscientização. É preciso que tanto clientes como empresas
busquem mais informação e conteúdo técnico sobre o tema. Às organizações, cabe o desafio de
orientar seus clientes, já que, na maioria das vezes, eles não sabem quais são os limites da
privacidade digital.
Vivemos em uma época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer.
Nesse contexto, a informação deixou de ser algo confiável e cabe a cada um de nós aprender a
ler isso e se proteger. Precisamos de consciência, senso crítico, responsabilidade e cuidado para
levar a internet a um outro nível. É fato que ela não é segura, a questão, então, é como usá-la de
maneira mais inteligente e contribuir para fortalecer a privacidade digital? Essa é uma causa
comum a todos os usuários da rede.
Disponível em: <https://digitalks.com.br/artigos/privacidade-digital-quais-sao-os-limites>. 7/04/2019.
Acesso em: 3 fev. 2021. Adaptado.
Um argumento que justifica a tese de que “pensar em privacidade digital é (quase) utópico”
(parágrafo 2) aparece em
A) “A questão central não se resume somente à política de privacidade das plataformas X ou Y”
(parágrafo 4)
B) “A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo de
empresa” (parágrafo 5)
C) “a partir do momento em que um conteúdo é postado, ele faz parte da rede e não é mais do
usuário” (parágrafo 7)
D) “É preciso que tanto clientes como empresas busquem mais informação e conteúdo técnico
sobre o tema” (parágrafo 8)
E) “Precisamos de consciência, senso crítico, responsabilidade e cuidado para levar a internet a
um outro nível.” (parágrafo 9)
31. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
Depois de questionar se o conteúdo que circula nas redes é realmente propriedade do usuário
(parágrafo 6), o texto desenvolve a ideia de que
A) a maior parte dos usuários no mundo acessa a internet por meio de um smartphone.
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B) a segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para as empresas.
C) as empresas e os provedores conseguem rastrear os usuários por meio de endereço de e-mail.
D) as organizações devem conscientizar os clientes em relação aos limites da privacidade digital.
E) as pessoas deixam rastros na rede que podem ser descobertos a qualquer momento.
32. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / AGENTE DE TECNOLOGIA / 2021)
Lições após um ano de ensino remoto na pandemia
No momento em que se tornam ainda mais complexas as discussões sobre a volta às aulas
presenciais, o ensino remoto continua a ser a rotina de muitas famílias, atualmente.
Mas um ano sem precedentes na história veio acompanhado de lições inéditas para
professores, alunos e estudiosos. Diante do pouco acesso a planos de dados ou a dispositivos, a
alternativa de muitas famílias e professores tem sido se conectar regularmente via aplicativos de
mensagens.
Uma pesquisa apontou que 83% dos professores mantinham contato com seus alunos por
meio dos aplicativos de mensagens, muito mais do que pelas próprias plataformas de
aprendizagem. Esse uso foi uma grande surpresa, mas é porque não temos outras ferramentas de
massificação. A maior parte do ensino foi feita pelo celular e, geralmente, por um celular
compartilhado (entre vários membros da família), o que é algo muito desafiador.
Outro aspecto a ser considerado é que, felizmente, mensagens direcionadas são uma
forma relativamente barata de comunicação. A importância de cultivar interações entre os
estudantes, mesmo que eles não estejam no mesmo ambiente físico, também é uma forma de
motivá-los e melhorar seus resultados. Recentemente, uma pesquisadora afirmou que
“Aprendemos que precisamos dos demais: comparar estratégias, falar com alunos, com outros
professores e dar mais oportunidades de trabalho coletivo, mesmo que seja cada um na sua casa.
Além disso, a pandemia ressaltou a importância do vínculo anterior entre escolas e
comunidades”.
Embora seja difícil prever exatamente como o fechamento das escolas vai afetar o
desenvolvimento futuro dos alunos, educadores internacionais estimam que estudantes da
educação básica já foram impactados. É preciso pensar em como agrupar esses alunos e
averiguar os que tiveram ensino mínimo ou nulo e decidir como enfrentar essa ruptura, com aulas
ou encontros extras, com anos (letivos) de transição. IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de
ensino remoto na pandemia.
Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/noticias/
bbc/2021/04/24/8-licoes-apos-um-ano-de-ensino-remoto-napandemia.htm>. Acesso em: 21 jul. 2021. Adaptado.
Um argumento utilizado no texto para explicar o relativo sucesso do ensino remoto durante a
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pandemia é:
A) O baixo custo relacionado ao uso de aplicativos de mensagens.
B) O uso de plataformas de aprendizagem de alta tecnologia.
C) A oportunidade de utilização de imagens e áudios disponíveis na rede.
D) A possibilidade de aprofundamento dos conteúdos de várias disciplinas.
E) A qualidade do acesso às atividades devido à alta conectividade.
33. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / AGENTE DE TECNOLOGIA / 2021) Utilize o texto
da questão anterior
No parágrafo 5, depois da afirmação de que educadores internacionais estimam que estudantes
da educação básica já foram impactados pela falta de escolarização, desenvolve-se a ideia de
que
A) o ensino remoto mediado por tecnologia permitiu a continuidade da escolarização durante a
pandemia.
B) os alunos que foram prejudicados por esse processo precisarão ter aulas ou encontros extras
para enfrentar essa ruptura.
C) a alternativa mais produtiva para realizar o ensino remoto tem sido a conexão via aplicativos
de mensagens.
D) os professores, em sua grande maioria, mantiveram contato com os alunos por meio dos
aplicativos de mensagens.
E) o celular, muitas vezes compartilhado pela família, foi a ferramenta mais utilizada para efetivar
as atividades de ensino remoto.
34. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
No texto abaixo, aborda-se a condição da mulher na sociedade atual.
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A partir da frase que finaliza o Texto II – “Acho que piorei de estojo e de vida” (l. 41-42) –,
constata-se que o autor
A) comportava-se de modo nostálgico.
B) era fortemente apegado ao objeto.
C) carregava consigo objetos inusitados.
D) tinha muito cuidado com seus pertences.
E) apresentava um perfil marcado pelo egoísmo.
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35. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
Com base na leitura de todo o Texto II, entende-se que ele tem como foco a contraposição entre
A) cheiro de notebook e cheiro de estojo
B) requinte e simplicidade
C) sociedade e indivíduo
D) presente e passado
E) trabalho e lazer.
36. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
No Texto II, o sentido denotativo e o sentido conotativo convivem.
O trecho do texto em que há somente denotação é:
A) “Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas
eletrônicas” (l. 1-3)
B) “Minhas necessidades são mais modestas” (l. 6)
C) “contemporâneo das cavernas da informática”. (l. 7-8)
D) “retirei das entranhas de isopor o novo notebook e coloquei-o em cima da mesa.” (l. 16-17)
E) “houve um corte na memória e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar.” (l. 19-20).
37. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
De acordo com o Texto I, obsolescência perceptiva (l. 45) é aquela que é caracterizada pelo(a)
A) aumento da vida útil dos produtos eletrônicos
B) ampliação da capacidade técnica dos produtos
C) necessidade de compra de produto recém-lançado
D) renovação do modelo estético dos produtos
E) queda de desempenho do produto antigo.
38. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
No Texto I, a tese defendida pelo autor pode ser resumida no seguinte trecho:
A) “Obsolescência programada: inimiga ou parceira do consumidor?” (título).
B) “Essa estratégia da indústria pode ser vista como inimiga do consumidor” (l. 8-9).
C) "Planejar inovação é extremamente importante para melhoria e aumento da capacidade
técnica de um produto” (l. 13-15).
D) “Isso não significa que o consumidor está refém de trocas constantes de equipamento” l.
34-35).
E) “O saldo geral é que as atualizações trazidas pela obsolescência programada trazem
benefícios à sociedade” (l. 64-66).
39. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
O fragmento do Texto I que comprova a estratégia argumentativa usada pelo autor para
aproximar-se do leitor, buscando persuadi-lo, é:
A) “Uma câmera com uma resolução melhor pode motivar a compra de um novo celular” (l. 5-7)
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B) “Já imaginou se um carro de hoje fosse igual a um carro dos anos 1970?” (l.15-17)
C) “Outro sinal é detectado quando não é possível repor acessórios como carregadores
compatíveis” (l. 29-31)
D) “É preciso lembrar também que a obsolescência programada se dá de forma diferente em
cada tipo de equipamento.” (l. 49-51)
E) “É por conta disso que membros de uma mesma família que moram em países diferentes
podem conversar diariamente” (l. 68-71).
40. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019) Utilize o texto da questão anterior.
O Texto I, que aborda a obsolescência programada, busca
A) condenar a produção excessiva de lixo eletrônico.
B) denunciar o preço exorbitante das mercadorias modernas.
C) alertar sobre o consumo desenfreado de novas tecnologias.
D) destacar a queda vertiginosa na qualidade dos itens à venda.
E) analisar a suplantação dos produtos disponibilizados ao consumidor.
41. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
Texto III
Beira-mar
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro da
Viúva, frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos
edifícios. Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de pesca
moviam-se devagar, ao lento vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou cinco
pescadores de trajes simples ou ordinários, e toscas sandálias de dedo.
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o carro em
estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com
desconfiança. Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica ensina
que o caniço deve ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada pesca de
molhes, nome sofisticado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir à mão do
pescador maior sensibilidade à fisgada do peixe. É preciso conhecimento de juiz para enganar
peixes.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de
utensílios. Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito
centésimos de milímetro, ainda fiel à boa técnica.
Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe e desce
das cotações, situação financeira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida relaxam mais
do que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marítima — costuma confessar
Ricardo na roda dos colegas da financeira onde trabalha.
(LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p. 101. Adaptado. )
A leitura atenta do Texto III mostra que Ricardo
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A) trabalhava no setor de financiamento de material de pesca.
B) dava pouca importância aos pescadores simples do quebra-mar.
C) praticava a pesca por diletantismo nas horas de folga ou de lazer.
D) era um assíduo frequentador da beira do mar no Aterro do Flamengo.
E) dava mais importância ao ritual de preparação para a pescaria do que ao esporte.
42. (CESGRANRIO / UFRJ / 2019)
O Texto II diz que o principal motivo do sucesso da vendagem no estabelecimento de Diolino
Damasceno foi
A) a receita secreta de sua batida de limão.
B) seu jeito peculiar de combinar os ingredientes.
C) a clientela de grandes nomes da cultura e do esporte.
D) fazer uma bebida que podia ser ingerida por diabéticos.
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E) o sistema original de atendimento direto aos veículos.
43. (CESGRANRIO / UFRJ / ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO / 2019)
Texto I
Projetos urbanísticos, patrimônios e conflitos
O Porto do Rio – Plano de Recuperação e Revitalização da Região Portuária do Rio de Janeiro foi
divulgado pela Prefeitura em 2001 e concentrou diferentes projetos, visando a incentivar o
desenvolvimento habitacional, econômico e turístico dos bairros portuários da Saúde, Gamboa e
Santo Cristo. Em meados de 2007, quando se iniciou esse estudo sobre o Plano e seus efeitos
sociais, a Zona Portuária já passava por um rápido processo de ressignificação perante a cidade:
nos imaginários construídos pelas diferentes mídias, não era mais associada apenas à
prostituição, ao tráfico de drogas e às habitações “favelizadas”, despontando narrativas que
positivavam alguns de seus espaços, habitantes e “patrimônios culturais”.
Dentro do amplo território portuário, os planejadores urbanos que idealizaram o Plano Porto do
Rio haviam concentrado investimentos simbólicos e materiais nos arredores da praça Mauá,
situada na convergência do bairro da Saúde com a avenida Rio Branco, via do Centro da cidade
ocupada por estabelecimentos financeiros e comerciais.
GUIMARÃES, R. A Utopia da Pequena África. Rio deJaneiro: FGV, 2014, p. 16-7. Adaptado.
Segundo o Texto I, a Zona Portuária, até o início do século XXI, era vista como
A) uma área desvalorizada social e urbanisticamente.
B) uma mancha no cenário carioca de belezas naturais.
C) uma região cercada de arranha-céus.
D) um reduto dominado pelo crime organizado.
E) um bairro histórico com poucas áreas habitáveis.
44. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / 2018)
Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7 bilhões de pessoas. Desse total,
parte cada vez maior vive nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% dos
habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois terços da população mundial será
urbana. No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo
2010. É preciso, então, que questões de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser
discutidas. No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje,
como resultado, os moradores de grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com
congestionamentos insuportáveis, que causam enormes perdas. Isso, sem falar no alto índice de
mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do automóvel como
meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana. É importante investir em
infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais eficazes e adequados de ônibus. Ao
mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis, onde a maior parte dos serviços
esteja próxima às moradias e haja opções de transporte não motorizado para nos locomovermos.
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(BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: . Acesso em: 9 jul. 2018)
O quarto parágrafo do texto aborda
A) a frequência dos congestionamentos
B) as propostas de melhoria da mobilidade
C) o aumento da população mundial
D) o índice de mortes nas vias urbanas
E) os problemas de mobilidade no Brasil.
45. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
No segundo parágrafo, o texto defende a necessidade de discutir questões relativas à
mobilidade urbana.
Antes disso, o texto refere-se à
A) ampliação da população urbana mundial
B) diminuição da distância entre casa e trabalho
C) imobilidade urbana causada pelo automóvel
D) importância do investimento em infraestrutura
E) paralisação do trânsito das grandes cidades.
46. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / NÍVEL MÉDIO / 2018)
No Texto, percebemos claramente a grande capacidade que tem o amor.
Que trecho comprova essa afirmação?
A) “Mesmo que mil tipos” (l. 1)
B) “De ódio o mal invente” (l. 2)
C) “Capaz de mudar o mundo” (l. 6)
D) “Vivemos nesse conflito” (l. 8)
E) “Mas confio e acredito” (l. 9).
47. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / ASSISTENTE ADMINISTRATIVO / 2018)
O ano da esperança
O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos desempregados. E pedidos de
empréstimos. Um atrás do outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações de amizade. Como
afirmou Shakespeare, perde-se o dinheiro e o amigo. Nos primeiros pedidos, eu ajudava, com a
consciência de que era uma doação. A situação foi piorando. Os argumentos também. No início
era para pagar a escola do filho. Depois vieram as mães e avós doentes. Lamentavelmente,
aprendia não ser generoso. Ajudava um rapaz, que não conheço pessoalmente. Mas que sofreu
um acidente e não tinha como pagar a fisioterapia. Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas
internações, remédios. A situação piorando, eu já estava encomendando missa de sétimo dia.
Falei com um amigo médico, no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o caso gratuitamente. Surpresa!
O doente não aparecia para a consulta. Até que o coloquei contra a parede. Ou se consultava ou
eu não ajudava mais. Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita de suplementos
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para ficar com o corpo atlético. Nunca conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter
caído na história. Só que esse rapaz havia perdido o emprego após o suposto acidente.
Foi por isso que me deixei enganar. Mas, ao perder salário, muita gente perde também a
vergonha. Pior ainda. A violência aumenta. As pessoas buscam vagas nos mercados em
expansão. Se a indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar.
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos aguarda é mais descrédito? Novos
candidatos vão surgir. Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça de velhos? Todos
pedem que a gente tenha uma nova consciência para votar. Como? Num mundo em que as
notícias são plantadas pela internet, em que muitos sites servem a qualquer mentira. Digo por
mim. Já contaram cada história a meu respeito que nem sei o que dizer. Já inventaram casos de
amor, tramas nas novelas que escrevo. Pior. Depois todo mundo me pergunta por que isso ou
aquilo não aconteceu na novela. Se mudei a trama. Respondo:
— Nunca foi para acontecer. Era mentira da internet.
Duvidam. Acham que estou mentindo.
(CARRASCO, W. O ano da esperança).
No penúltimo parágrafo, o autor do texto revela ser autor de novelas, mas reclama
A) do assédio dos fãs.
B) da falta de privacidade quando anda pelas ruas.
C) dos casos de amor que atribuem a ele nas redes sociais.
D) da necessidade de ter consciência na hora de votar.
E) das versões falsas publicadas na internet das histórias de suas novelas.
48. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
A última frase do segundo parágrafo ("Se a indústria automobilística vai bem, é lá que vão
trabalhar.") tem a seguinte função na construção do texto:
A) Justificar a opção de trabalho das pessoas desempregadas.
B) Servir como ilustração para a afirmação contida na frase imediatamente anterior.
C) Complementar com ironia a relação entre violência e trânsito.
D) Introduzir um novo argumento para desenvolvê-lo no parágrafo seguinte.
E) Apresentar o autor do texto como um analista do mercado de trabalho.
49. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
No texto, o autor diz que aprendeu a não ser generoso (linha. 9-10).
A circunstância que justifica essa atitude foi o fato de ele
A) Sentir-se enganado por um rapaz, que sofrera um acidente.
B) Já haver ajudado muitos amigos desempregados.
C) Estar ficando sem dinheiro para ajudar as pessoas que o procuravam.
D) Desconfiar de que alguém estava desviando o dinheiro de sua ajuda.
E) Ter uma formação muito rígida, voltada unicamente para a família.
50. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)
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No texto abaixo, aborda-se a condição da mulher na sociedade atual.
Espanha, Turquia, França, Bélgica, Itália, China, Paquistão, Índia, Afeganistão, Filipinas, Coreia do
Sul. Na América Latina: Argentina, Chile, México. Esses foram alguns países onde o Dia
Internacional da Mulher foi marcado não por rosas pálidas e inúteis, mas por protestos clamando
pela igualdade de oportunidades e pelo fim da discriminação e da violência contra a mulher. No
Brasil, houve protestos em 50 cidades, mas nada comparável ao que ocorreu na Espanha e na
Argentina, onde as mobilizações repercutiram ruidosamente.
(BOLLE, M. E as mulheres brasileiras? Época, n. 1029, 19 mar.2018, p. 55. )
No Brasil, as manifestações sobre a condição social da mulher ocorrem, principalmente, pelo fato
de o país:
A) comandar historicamente a onda dos protestos contra o feminicídio.
B) estar entre os três países com maior número de mortes violentasde mulheres.
C) ser responsável pela criação e difusão mundial do Movimento Me Too.
D) dispor da mais elevada participação de mulheres no mercado de trabalho.
E) impedir ataques e retaliações às lideranças populares dos direitos humanos.
51. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018)
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Uma das virtudes na construção dessas casas tão elogiadas no texto é que seus criadores eram
“levados pela necessidade, pelo arrojo, pelos fatos” (l. 21-22). Essa afirmação serve como
argumento para criticar os
A) espanhóis
B) urbanistas
C) arquitetos
D) portugueses
E) criadores.
52. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
Entre as qualidades que o arquiteto amigo do cronista destaca entre as velhas casas tão
admiradas por ele está o fato de
A) serem portuguesas.
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B) estarem abandonadas.
C) ficarem em Vassouras.
D) parecerem igrejas.
E) combinarem com a paisagem urbana.
53. (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018)
O trecho do texto “Vira o teatro pelo lado da plateia; e, palavra, que era bonito!” (l. 25-26) faz
referência ao fato de Lobo Neves
A) misturar política e lazer
B) ter uma vida social muito intensa
C) poder deslumbrar-se com o teatro
D) estar saudoso de sua vida como ator
E) ter ignorado as dificuldades da atividade política.
54. (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
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A partir da leitura do fragmento do texto: “que ele ouviu com aquela unção religiosa de um
desejo que não quer acabar de morrer” (L. 10-11), infere-se que Lobo Neves
A) estava prestes a morrer
B) era extremamente religioso
C) tinha o desejo de ir para bem longe dali
D) esperava ainda ter uma atuação política satisfatória.
E) estava sofrendo de uma gravíssima crise de depressão.
55. (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
Com base na leitura do texto, entende-se que o desabafo de Lobo Neves ao longo do texto
deve-se à sua insatisfação com a(o)
A) vida pública
B) sua família
C) seu casamento
D) teatro da época
E) glamour da sociedade.
56. (CESGRANRIO / PETROBRAS TRANSPORTES / 2018)
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De acordo com o texto, o que viabiliza a espionagem virtual é a(o)
A) capacitação de especialistas para a criação de máquinas velozes.
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B) centralização do fluxo mundial de dados pelas grandes potências
C) criação de sites de entretenimento para a atração dos internautas
D) datificação de todas as informações geradas pelas pessoas na internet
E) emprego de softwares que possam capturar as senhas dos usuários.
57. (CESGRANRIO / PETROBRAS TRANSPORTES / 2018) Utilize o texto da questão anterior.
O trecho que explica os objetivos da “guerra” virtual descrita no texto é
A) “A internet quebrou a rígida centralização no fluxo mundial de dados, criando uma situação
inédita na história recente” (.L 1-3)
B) “As mais recentes iniciativas no terreno da espionagem virtual mostram que o essencial é o
controle da informação disponível no mundo - não mais guardar segredos, mas saber o que os
outros sabem ou podem vir a saber” (.L 8-12)
C) “A datificação, processo de transformação em dados de tudo o que conhecemos, aumentou
de forma vertiginosa o acervo mundial de informações.” (L. 16-18)
D) “Diariamente circulam na web pouco mais de 1,8 mil petabytes de dados (um petabyte
equivale a 1,04 milhão de gigabytes), dos quais é possível monitorar apenas 29 petabytes.” (.
19-22)
E) “Pode parecer muito pouco, mas é um volume equivalente a 400 vezes o total de páginas web
indexadas diariamente” (L. 23-25).
58. (CESGRANRIO / BANCO DA AMAZÔNIA / 2018)
Em um dia ruim para as bolsas emergentes, o Ibovespa foi o destaque negativo. E boa parte das
perdas veio das ações da Petrobras, responsáveis por cerca de 30% da queda do índice (...). O
Ibovespa caiu 1,3%, a 84.928 pontos, depois de tocar a mínima de 84.720 pontos. O giro
financeiro foi forte, de R$ 9,6 bilhões (...). A queda da bolsa refletiu, em grande medida, o
ambiente externo mais incerto. A preocupação crescente com a política protecionista do governo
americano e com os efeitos potenciais sobre economias emergentes tem afetado os mercados de
ações de modo geral.
Aguiar, V.; Pinto, L. Petrobras derruba Ibovespa em dia de perdas para emergentes.
Valor Econômico, edição impressa de 16 mar. 2018.
De acordo com a matéria jornalística, a queda das bolsas dos países emergentes, no momento
descrito, está relacionada fundamentalmente ao(à):
A) resultado negativo divulgado pela Petrobrás
B) resultado aquém do esperado das empresas desses países
C) peso da Petrobras na mensuração do índice das bolsas desses países
D) recessão em curso na economia brasileira
E) cenário de incerteza com respeito ao ambiente econômico internacional.
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GABARITO
1. LETRA A
2. LETRA A
3. LETRA B
4. LETRA B
5. LETRA E
6. LETRA C
7. LETRA B
8. LETRA B
9. LETRA A
10.LETRA C
11.LETRA B
12.LETRA A
13.LETRA E
14.LETRA C
15.LETRA A
16.LETRA C
17.LETRA D
18.LETRA E
19.LETRA A
20.LETRA C
21.LETRA C
22.LETRA D
23.LETRA B
24.LETRA D
25.LETRA B
26.LETRA A
27.LETRA B
28.LETRA D
29.LETRA C
30.LETRA C
31.LETRA C
32.LETRA D
33.LETRA A
34.LETRA B
35.LETRA D
36.LETRA B
37.LETRA D
38.LETRA E
39.LETRA B
40.LETRA E
41.LETRA C
42.LETRA E
43.LETRA A
44.LETRA B
45.LETRA A
46.LETRA C
47.LETRA E
48.LETRA B
49.LETRA A
50.LETRA B
51.LETRA B
52.LETRA A
53.LETRA E
54.LETRA D
55.LETRA A
56.LETRA D
57.LETRA B
58.LETRA E
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