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Interpretação de Textos 
 
 
 
Gabaritado 
INTERPRETAÇÃO 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
Texto para as questões 01 a 02 
Será uma boa ideia ter armas que definem seus alvos e disparam os gatilhos automaticamente? 
Um robô capaz de selecionar contratados em uma empresa seria confiável? Como garantir que 
a tecnologia faça bem ao ser humano? Essas são algumas perguntas presentes no debate ético 
em torno da IA (inteligência artificial). O crescimento da área é acelerado e muitas vezes incorre 
em aplicações questionáveis. 
Diversos países correm para dominar a tecnologia visando benefícios comerciais e militares. 
Para isso, criam políticas nacionais a fim de fomentar a pesquisa e a criação de empresas 
especializadas na área. EUA, China e União Europeia são destaques nesse mundo. 
O caso chinês é o mais emblemático, com startups sendo incentivadas a desenvolver sistemas 
sofisticados de reconhecimento facial. O governo usa a tecnologia para rastrear algumas 
minorias, como os uigures, população majoritariamente muçulmana. Câmeras nas ruas e 
aplicativos nos celulares monitoram os passos dos cidadãos. A justificativa chinesa é pautada 
na segurança nacional: o objetivo é coibir ataques extremistas. O sistema de vigilância já foi 
vendido a governos na África, como o do Zimbábue. 
A discussão sobre ética no ocidente tenta impor limites à inteligência artificial para tentar 
impedir que a coisa fuja do controle. Outras ferramentas poderosas já precisaram do mesmo 
tratamento. A bioética, que ajuda a estabelecer as regras para pesquisas em áreas como a 
genética, é frequentemente citada como exemplo a ser seguido. Uma boa forma de lidar com 
os riscos de grandes avanços sem impedir o progresso da ciência é por meio de consensos de 
especialistas, em congressos. Eles podem suspender alguma atividade no mundo todo por um 
período determinado – uma moratória – para retomar a discussão no futuro, com a tecnologia 
mais avançada. 
Essa ideia de pé no freio aparece na inteligência artificial. Um rascunho de documento da União 
Europeia obtido pelo site “Politico”, em janeiro, mostra que o grupo considera banir o 
reconhecimento facial em áreas públicas por um período de três a cinco anos. Nesse tempo, 
regras mais robustas devem ser criadas. 
(Raphael Hernandes. Inteligência artificial enfrenta questões éticas para ter evolução 
responsável. Disponível em: https://temas.folha.uol.com.br. Acesso em: 25.02.2020. Adaptado) 
1. VUNESP – Analista de Redes (TJM SP)/2021 
No conjunto de argumentos do texto, as referências às aplicações da IA na China são 
apresentadas como 
a) dados objetivos que explicam a importância da IA para o progresso das nações. 
b) ações do poder público para garantir a liberdade de ir e vir dos cidadãos. 
c) exemplos que justificam a necessidade de debates éticos sobre essa tecnologia. 
d) medidas efetivas de relações comerciais entre os países por meio da IA. 
e) casos bem-sucedidos de integração de ações, para debates em congressos. 
 
2. VUNESP – Analista de Redes (TJM SP)/2021 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
A associação, no texto, entre o uso da IA e a bioética está fundamentada na ideia de 
a) expansão de pesquisas, na expectativa de novas aplicações. 
b) troca de experiências, com perspectiva de compartilhamento de dados. 
c) limitação de controle estatal, garantindo a independência da pesquisa. 
d) verificação das bases científicas da IA, como medida de segurança. 
e) restrição de atividades, com objetivo de revisão e regramento. 
 
Texto para as questões 03 a 04 
Redes antissociais 
 Para além do hábito, as redes sociais se transformaram em paixão. Toda paixão nos torna 
cegos, incapazes de ver o que nos cerca com bom senso, para não dizer lógica e racionalidade. 
Nesse momento de nossa experiência com as redes sociais, convém prestar atenção no seu 
caráter antissocial e psicopatológico. Ele é cada vez mais evidente. 
 O que estava escondido, aquilo que ficava oculto nas microrrelações, no âmbito das casas 
e das famílias, digamos que a neurose particular de cada um, tornou-se público. O termo 
neurose tem um caráter genérico e serve para apontar algum sofrimento psíquico. Há níveis 
de sofrimento e suportabilidade por parte das pessoas. Buscar apoio psicológico para amenizar 
neuroses faz parte do histórico de todas as linhagens da medicina ao longo do tempo. Ela 
encontra nas redes sociais o seu lugar, pois toda neurose é um distúrbio que envolve algum 
aspecto relacional. As nossas neuroses têm, inevitavelmente, relação com o que somos em 
relação a outros. Assim como é o outro que nos perturba na neurose, é também ele que pode 
nos curar. Contudo, há muita neurose não tratada e ela também procura seu lugar. 
 A rede social poderia ter se tornado um lugar terapêutico para acolher as neuroses? Nesse 
sentido, poderia ser um lugar de apoio, um lugar que trouxesse alento e desenvolvimento 
emocional? Nas redes sociais, trata-se de convívios em grupo. Poderíamos pensar nelas no 
sentido potencial de terapias de grupo que fizessem bem a quem delas participa; no entanto, 
as redes sociais parecem mais favorecer uma espécie de “enlouquecimento coletivo”. Nesse 
sentido, o caráter antissocial das redes precisa ser analisado. 
 (Cult, junho de 2019) 
Leia a charge. 
 
3. VUNESP – Agente Fiscal de Tributário (Prefeitura de Campinas)/2019 
A partir da leitura do texto e da charge, é correto afirmar que 
a) as pessoas têm buscado apoio psicológico nas redes sociais. 
b) as relações pessoais e familiares se fortalecem nas redes sociais. 
c) as redes sociais têm promovido certo enlouquecimento coletivo. 
d) as redes sociais são lugares terapêuticos para acolher as neuroses. 
e) as pessoas vivem confusas e desagregadas sem as redes sociais. 
 
4. VUNESP – Agente Fiscal de Tributário (Prefeitura de Campinas)/2019 
De acordo com o texto, a experiência vivida com as redes sociais permite que 
a) as pessoas as usem com cautela, uma vez que é de conhecimento geral o mal que elas 
podem causar. 
b) as contradições de personalidade humana se evidenciem, já que não existe forma de 
tratar as neuroses. 
c) as muitas linhagens da medicina encontrem nelas uma forma de amenizar os conflitos 
humanos familiares. 
d) as neuroses sejam tratadas cada vez mais de forma eficiente no meio digital, graças ao 
aspecto relacional. 
e) as neuroses nelas se instalem, manifestando o que ficava escondido no âmbito das 
relações em geral. 
 
5. VUNESP – Inspetor Fiscal de Tributário (Prefeitura de Guarulhos)/2019 
A arte mostra-se presente na história da humanidade desde os tempos mais remotos. Sem 
dúvida, ela pode ser considerada como sendo uma necessidade de expressão do ser humano, 
surgindo como fruto da relação homem/mundo. Por meio da arte a humanidade expressa 
suas necessidades, crenças, desejos, sonhos. Todos têm uma história, que pode ser individual 
ou coletiva. As representações artísticas nos oferecem elementos que facilitam a compreensão 
da história dos povos em cada período. 
 
(Rosane K. Biesdorf e Marli F. Wandscheer. Arte, uma necessidade humana: função social e 
educativa. Itinerarius reflectionis.) 
De acordo com o texto, a arte caracteriza-se como 
a) a maneira de o homem fugir à realidade refugiando-se em um passado glorioso. 
b) um documento de produção coletiva com o fim de registrar objetivamente a história. 
c) um meio de expressão que revela como o homem vive ao longo da história. 
 
d) uma linguagem universal, que anula as diferenças entre os povos de cada período. 
e) o principal modo de uma geração acessar registros históricos da geração que a 
antecede. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/124026. VUNESP – Inspetor Fiscal de Tributário (Prefeitura de Guarulhos)/2019 
 
Considerando a organização do conteúdo nos balões de cada quadrinho, pode-se afirmar que 
no segundo, no terceiro e no quarto quadrinhos são expressos, respectivamente, 
a) um projeto, uma reprovação e uma reclamação. 
b) uma indagação, uma recordação e um gracejo. 
c) um ideal, um alerta e um lamento. 
d) um desejo, uma retificação e uma crítica. 
e) uma constatação, uma recomendação e um deboche. 
 
7. VUNESP - Analista de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
A destruição da humanidade por uma guerra nuclear está prestes a ser detonada por uma 
“pirraça impulsiva”, alertou neste domingo [10.12.2017] a Campanha Internacional para Abolir 
Armas Nucleares (Ican), vencedora do Nobel da Paz deste ano. 
“Será o fim das armas nucleares ou será o nosso fim?”, afirmou a líder da Ican, Beatrice Fihn, 
em discurso ao receber o prêmio, em Oslo, na Noruega. 
Também discursou em Oslo Setsuko Thurlow, 85, sobrevivente do ataque atômico de 
Hiroshima, em 1945 no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje ela é ativista da Ican. 
Ela foi resgatada dos escombros de um prédio a 1,8 km do epicentro da bomba. A maioria de 
seus colegas morreu queimada viva. 
(Mundo. Folha de S.Paulo, 10.12.2017. Adaptado) 
No contexto da premiação, a presença de Setsuko Thurlow justifica 
a) o ativismo a favor do armamento nuclear, uma vez que um país não deve ficar 
desprotegido de seus principaisinimigos. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
b) o apoio à Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares, cuja atenção se volta 
para os sobreviventes da Segunda Guerra. 
c) a preocupação das pessoas com a possibilidade de um conflito nuclear, cuja 
consequência pode ser o fim da humanidade. 
d) a certeza da humanidade de que, em determinados momentos históricos, a destruição 
serve para conscientização acerca do poder. 
e) o desconhecimento por grande parte da população mundial em relação à vida em 
Hiroshima após o ataque atômico de 1945. 
 
 Texto para as questões 08 a 09 Ensino com diretriz 
Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crianças e jovens 
devem aprender até o 9° ano do ensino fundamental. Trata-se da quarta versão da Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos próximos dois anos. 
A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que os alunos 
devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade, mas não existe norma 
válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a progressão do ensino e o que se deve 
esperar como resultado. 
Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos – isso será 
papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que podem fazer 
acréscimos conforme necessidades regionais. 
A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do aprendizado e 
avaliações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência pedagógica e 
pragmatismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum. Nesse aspecto, a nova versão da 
BNCC está perto de merecer nota de aprovação. 
O programa ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se viu nas 
escolas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de assuntos dificulta 
abordagens mais aprofundadas e criativas. 
A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de difícil aplicação 
imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr em prática esse plano que 
pode oferecer educação decente e igualitária às crianças. 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 10.12.2017. Adaptado) 
8. VUNESP - Analista de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
No editorial, fica claro que 
a) a aprovação da BNCC é importante, considerando-se que não existe, em nível nacional, 
norma válida que define a progressão do ensino e os resultados que dele devem ser esperados. 
b) o papel da BNCC a ser aprovada é questionável, uma vez que a ação maior ficará com 
estados e municípios na elaboração de seus currículos. 
c) a organização da BNCC corresponde a um programa cuja extensão permitirá sua 
execução, garantindo abordagens mais aprofundadas e criativas. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
d) a validade da BNCC é relevante, considerando-se que se trata de um documento que 
não especifica como alcançar os objetivos em relação à progressão de ensino. 
e) o impacto da BNCC será a longo prazo, considerando-se que ela trata de questão 
educacional sobejamente discutida, cuja aplicação educacional não é de caráter de urgência. 
 
9. VUNESP - Analista de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
De acordo com o editorial, a implementação da BNCC 
a) pode comprometer a qualidade da educação, com o excesso de assuntos nela 
previstos. 
b) fortalece uma ação cidadã, com o objetivo de ofertar educação decente e igualitária às 
crianças. 
c) merece ser aprovada, com a convicção de que é melhor ter essa base do que nenhuma. 
d) ameaça a qualidade do ensino, com base na ideia de que raramente será cumprida. 
e) recupera a esperança de uma educação de qualidade, com sua semelhança à 
Constituição. 
 
Texto paras as questões 10 a 11 
 O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que vem 
ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas de montagem 
e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se acelerando nas empresas. A cada 
ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos no mundo e esse número tem crescido a 
uma taxa média de 16% ao ano desde 2010, puxado principalmente pela China. Atividades 
rotineiras nas fábricas, como instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como 
os braços robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência 
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de dados (o chamado big data), 
a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a substituir outras tarefas que 
hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem algoritmos que fazem a seleção de 
candidatos a vagas de emprego no recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos 
que transportam produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir. 
 Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço da 
tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para os 
economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um robô ou um 
software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas pessoas são 
repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade de 
Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões nos Estados Unidos e o risco de elas serem 
trocadas por computadores e algoritmos nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é 
alarmante. Quase metade dos empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os 
pesquisadores. 
(Exame, 02.08.2017) 
10. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
 
O objetivo do texto é discutir 
a) a dificuldade enfrentada pelos robôs colaborativos para ocupar postos de trabalho. 
b) a mecanização das linhas de montagem na China e seus reflexos pelo mundo. 
c) a redução das profissões nos Estados Unidos após o advento das novas tecnologias. 
d) a acelerada substituição do trabalho humano pelo uso de robôs e softwares. 
e) a relutância das empresas para a utilização de robôs colaborativos rotineiramente. 
 
11. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
O estudo da Universidade de Oxford revela que 
a) os computadores e algoritmos encontram dificuldades para substituir os humanosnas 
tarefas executadas manualmente. 
b) as profissões que se baseiam em tarefas repetitivas tenderão a ser realizadas pelos 
computadores e algoritmos. 
c) as relações de trabalho, no futuro, terão influência das tecnologias, mas poucas pessoas 
serão substituídas pelas máquinas. 
d) os Estados Unidos têm incentivado a substituição do trabalho manual pelos realizados 
por computadores. 
e) os softwares e algoritmos perderam espaço no mercado de trabalho, por causa da 
ênfase dada ao trabalho manual. 
 
12. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
 
(Folha de S.Paulo, 30.11.2017) 
 No plano verbal, o efeito de humor da tira vem do emprego da 
a) palavra “medo”, que se mostra aparentemente incoerente no contexto. 
b) pergunta, com que a menina atenua o sentimento de medo do rato. 
c) frase “Não sei!”, gerando ambiguidade no segundo quadrinho. 
d) palavra “Ele”, que não tem um referente explícito anteriormente. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
 
e) palavra “desconhecido”, cujo sentido se modifica entre os quadrinhos. 
 
Texto para as questões 13 e 14 Para se alfabetizar de verdade, Brasil deve se livrar de 
algumas ideias tortas 
Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte comentário: “É 
de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau, o sujeito se meter a querer 
ensinar os outros a escrever”. 
Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas, da 
música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita não pode ser ensinada. 
Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do leitor citado, 
que completou seu comentário com esta pérola: “Saber escrever é uma questão de talento, 
quem não tem, não vai nunca aprender…” 
Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda pessoa 
alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio. 
Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos falando só de 
correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência 
artificial. 
Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o leitor de 
confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma igualitária por qualquer 
sociedade que se pretenda civilizada e justa. 
(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017) 
13. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
De acordo com as informações do texto, conclui-se corretamente que uma ideia torta é 
acreditar que a) existem técnicas que melhoram a escrita. 
b) ter talento é um fato raro realmente. 
c) escrever com clareza e precisão é uma riqueza. 
d) saber escrever é uma questão de talento. 
e) escrever é um direito numa sociedade justa. 
 
14. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
Ao levar para seu texto os comentários do leitor, o autor pretende 
a) apresentar uma opinião da qual discorda radicalmente, já que ele defende que a escrita 
pode ser ensinada. 
b) fundamentar a sua argumentação a favor da inspiração para escrever, o que encontra 
eco nesses comentários. 
c) buscar um caminho alternativo para o modo como as pessoas escrevem, 
marcadamente confuso e enfadonho. 
d) tratar de novas nuances da boa escrita, que ele acredita estar sob responsabilidade da 
inteligência artificial. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
 
e) mostrar que o que interessa de fato na produção escrita é o atendimento à correção 
ortográfica e gramatical. 
 
15. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
Leia a tira. 
 
 (Alexandre Beck. Armandinho. http://tinyurl.com/yd9qyey7) Armandinho atribui ao vocábulo 
responsável o sentido de 
a) adulto. 
b) aplicado. 
c) culpado. 
d) obediente. 
e) prudente. 
 
Texto para as questões 16 e 18 
“Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar enrolada em 
um cobertor rosa de algodão”, conta Rebecca Sharrock. Considerando que a memória da 
maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos anteriores aos quatro anos de 
idade, pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico em vez 
de uma memória real. Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – 
ela foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente 
Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória. 
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de 
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data. 
Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço algum de 
qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em qualquer momento da vida. 
Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos detalhes e com uma 
exatidão tão perfeita que são comparáveis a uma gravação. 
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão em 
andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a área ainda 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
 
é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal (que ajuda no 
processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com HSAM. 
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o que é 
fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. Algumas 
pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock descreve 
seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar 
disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: “No 
começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros 
anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias 
invasivas” que a fazem se sentir mal. 
(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado) 
16. VUNESP - Oficial de Atendimento e Administração (CM 2 Córregos)/2018 
Um esclarecimento do que seja a Síndrome da Supermemória está expresso na seguinte 
passagem: 
a) ... pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico em vez 
de uma memória real. 
b) Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de 
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data. 
c) As pesquisas ainda estão em andamento, já que existem poucos indivíduos com a 
síndrome no mundo, e a área ainda é relativamente nova. 
d) … ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas... 
e) Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” 
que a fazem se sentir mal. 
 
17. VUNESP - Oficial de Atendimento e Administração (CM 2 Córregos)/2018 De acordo 
com o terceiro parágrafo, os estudos acerca da supermemória 
a) ainda não avaliaram fisicamente o cérebro de pessoas com HSAM. 
b) confirmam que o crescimento anormal do lobo temporal leva à síndrome. 
c) rejeitam a hipótese de que esteja relacionada ao tamanho do cérebro. 
d) não permitem fazer afirmações conclusivas acerca de suas causas. 
e) não avançaram porque as pessoas com a síndrome são muito reservadas. 
 
18. VUNESP - Oficial de Atendimento e Administração (CM 2 Córregos)/2018 
A partir do último parágrafo, conclui-se que Sharrock 
a) tem mais facilidade em se lembrar de memórias recentes. 
b) apaga as más memórias concentrando-se nas boas. 
c) gosta de se envolver em experimentos científicos. 
d) não é capaz de selecionar o que vai lembrar. 
e) não tem total controle sobre suas memórias. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411
 
Texto para as questões 19 a 20 
 Ei, você aí. Se fosse possível apagar da sua memória o que lhe causa dor, você apagaria? Seria 
perfeito, pois manteríamos tudo de bom e esqueceríamos completamente o ruim. Mas 
não, não seria perfeito. E sabe por quê? Porque precisamos das perdas para valorizar os 
ganhos, o bom precisa do ruim para ser compreendido e vice-versa. Simples assim. Só que 
geralmente nos agarramos às derrotas e não enxergamos as conquistas. Escondemos as 
recordações bonitas lá no fundo da gaveta, enquanto carregamos as mágoas agarradas pela 
mão, para cima e para baixo. 
 É possível, sim, seguir adiante sem tanta culpa pelo erro e sem o medo de falhar novamente, 
a partir do momento em que entendemos que as quedas são necessárias para que nos 
tornemos pessoas mais completas, aptas a resolver problemas e encontrar saídas. Então, 
passamos a enxergar a dor como um mal necessário. Inclusive, é ela que, muitas vezes, nos 
tira da inércia e nos impulsiona a reagir. 
 Usemos as decepções a nosso favor para que nos tornemos grandiosos diante da vida, aptos 
a receber o que nos mandam e transformar tudo o que vier em aprendizado. É impossível 
esquecer as tristezas, mas que elas não sejam lembradas a todo instante. 
19. VUNESP - Oficial de Atendimento e Administração (CM 2 Córregos)/2018 
Na opinião da autora, as experiências negativas devem ser compreendidas como fonte 
de aprendizado, 
a) mas infelizmente as pessoas as esquecem com facilidade. 
b) por isso mesmo precisam ser cultuadas com regularidade. 
c) porém não devem ser constantemente evocadas. 
d) portanto deveriam ser frequentemente estimuladas. 
e) embora sejam menos eficazes que as experiências positivas. 
 
20. VUNESP - Oficial de Atendimento e Administração (CM 2 Córregos)/2018 
Duas construções que, no texto, expressam a mesma ideia estão em: 
a) … esqueceríamos completamente o ruim... ... o bom precisa do ruim... 
b) … manteríamos tudo de bom... … não enxergamos as conquistas. 
c) ... recordações bonitas... ... um mal necessário. 
d) … nos agarramos às derrotas... … seguir adiante sem tanta culpa... 
e) ... precisamos das perdas... ... as quedas são necessárias... 
 
21. VUNESP - Diretor (CM 2 Córregos)/2018 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12412
 
 
 (André Dahmer. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada /cartum/cartunsdiarios/#27/10/2017. 
27.10.2017) 
A leitura da tira permite concluir que 
a) os internautas têm sido cada vez mais cautelosos com relação ao teor das postagens 
nas redes sociais. 
b) as possíveis consequências das publicações em redes sociais deixaram de ser uma 
preocupação na atualidade. 
c) os internautas vêm recorrendo sistematicamente ao anonimato para fazer comentários 
considerados ofensivos. 
d) a disseminação do acesso às redes sociais, diferentemente do que se esperava, fez com 
que se perdesse o interesse por elas. 
e) os comentários considerados agressivos vêm perdendo espaço na internet para 
mensagens que pregam tolerância e respeito. 
 
Texto para as questões 22 e 23 Destruindo Riqueza 
A economia cresce encontrando soluções, em geral tecnológicas, para reduzir ineficiências e, 
nesse processo, libera mão de obra. 
Um exemplo esclarecedor é o do emprego agrícola nos EUA. Até 1800, a produção de 
alimentos exigia o trabalho de 95% da população do país. Em 1900, a geração de comida para 
uma população já bem maior mobilizava 40% da força de trabalho e, hoje, essa proporção mal 
chega a 3%. Quem abandonou a roça foi para cidades, integrando a força de trabalho da 
indústria e dos serviços. 
Esse processo pode ser cruel para com indivíduos que ficam sem emprego e não conseguem 
se reciclar, mas é dele que a sociedade extrai sua prosperidade. É o velho fazer mais com 
menos. 
 
A internet, com sua incrível capacidade de conectar pessoas, abriu novos veios de ineficiências 
a eliminar. Se você tem um carro e não é chofer de praça nem caixeiro viajante, ele passa a 
maior parte do dia parado, o que é uma ineficiência. Se você tem um imóvel vago ou mesmo 
um dormitório que ninguém usa, está sendo improdutivo. O mesmo vale para outros 
apetrechos que você possa ter, mas são subutilizados. Os aplicativos de compartilhamento, ao 
ligar de forma instantânea demandantes a ofertantes, permitem à sociedade fazer muito mais 
com aquilo que já foi produzido (carros, prédios, tempo disponível etc.), que é outro jeito de 
dizer que ela fica mais rica. 
É claro que isso só dá certo se não forem criadas regulações desnecessárias que embaracem 
os acertos voluntários entre as partes. A burocratização da oferta de serviços de aplicativos 
torna-os indistinguíveis. Dá para descrever isso como a destruição de riqueza. 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 31.10.2017. Adaptado) 
22. VUNESP - Diretor (CM 2 Córregos)/2018 
Conforme o texto, as soluções encontradas pela economia, em geral tecnológicas, para 
reduzir ineficiências 
a) são socialmente condenáveis, na medida em que a produção de riquezas passa a 
depender menos de mão de obra, causando desemprego. 
b) constituem um retrocesso, já que prejudicam especialmente a força de trabalho que 
veio do campo, e que não está adaptada a tecnologias. 
c) não provocam grandes impactos, uma vez que a totalidade dos trabalhadores oriundos 
da agricultura e da indústria acabam sendo absorvidos. 
d) são muito positivas econômica e socialmente, pois exigem que os trabalhadores se 
reciclem e requerem grande volume de mão de obra especializada. 
e) podem ser danosas aos trabalhadores que, não conseguindo se adaptar a essa 
realidade, ficam sem emprego, mas necessárias para a prosperidade social. 
 
23. VUNESP - Diretor (CM 2 Córregos)/2018 Conforme o autor do texto, a internet 
possibilitou 
a) a eliminação da ineficiência do trabalho no campo e na indústria, mas teve menos 
sucesso nos resultados do setor de serviços. 
b) ganhos econômicos com soluções tecnológicas que garantiram maior eficiência na 
produção de bens de consumo como automóveis. 
c) novas formas de produção, fornecendo soluções tecnológicas que tornaram os carros 
mais eficientes e os imóveis mais confortáveis. 
d) novas maneiras de gerar riqueza a partir de bens improdutivos ou subutilizados, por 
meio dos aplicativos de compartilhamento. 
e) a abolição de vagas de trabalho e em áreas específicas de prestação de serviços, 
arruinando a geração de riquezas e comprometendo economias. 
 
 Texto para as questões 24 a 25 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12412
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12412
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12412
 
Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto que 
é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance 
antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se expressam de maneira correta 
e erudita. 
Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus personagens é um 
ponto que leva a novela a se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao 
contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia com o nosso tempo. Mas colocar 
um português bastante culto torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, 
é uma oportunidade de o público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada 
atualmente”. 
O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago, conta que a 
decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo diretor 
artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, 
utilizando, inclusive, o dicionário.“Muitas vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o 
uso do coloquial era tentador. Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, 
que também diz se inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como 
Machado de Assis e Eça de Queiroz. 
Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a mergulhar na 
época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme 
Monjardim, que também explica que a estética delicada da novela foi pensada para casar com 
o texto. “É uma novela que se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para que o 
público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para 
que o telespectador consiga se sentir em outra época”, diz. 
(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado) 
24. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 
De acordo com o texto, entende-se que as formas linguísticas empregadas na novela 
a) constituem usos comuns na linguagem moderna, porém a maior parte das pessoas não 
os entende. 
b) estão associadas ao coloquial, o que dá mais vivacidade à linguagem e desperta o 
interesse do público. 
c) harmonizam-se com a linguagem dos dias atuais porque deixam de lado os usos 
corretos e formais. 
d) divergem dos usos linguísticos atuais, caracterizados pela adoção de formas mais 
coloquiais. 
e) correspondem a um linguajar que, apesar de ser antigo, continua em amplo uso na 
linguagem atual. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
 
25. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 As informações textuais 
permitem afirmar corretamente que 
a) a harmonização entre a linguagem e a estética da novela contribui para que a 
caracterização de uma época seja mais bem entendida pelo público. 
b) a opção por escrever uma novela de época implica a transposição de elementos visuais 
e linguísticos para o tempo presente, modernizando-os. 
c) a linguagem coloquial atrai sobremaneira os autores de novelas, como é o caso de 
Alcides Nogueira, que desconhecia o emprego de formas eruditas. 
d) a linguagem erudita deixa de ser empregada na novela quando há necessidade de 
retratar os momentos mais banais vividos pelas personagens. 
e) a proximidade entre a literatura e as novelas exige que haja um senso estético aguçado 
em relação à linguagem, por isso essas artes primam pelo erudito. 
 
26. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
 Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um 
substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. 
Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus 
é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer 
do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase: 
– Ó universo, eu sou-te, em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de 
identificação. 
Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção 
verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando 
deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância. 
A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo. 
A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela. 
(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado) 
No texto, o autor defende que 
a) a forma como muitas pessoas se comunicam cotidianamente tem deturpado a essência 
da língua, comprometendo-lhe a clareza. 
b) os discursos lógicos e artísticos, para serem mais coerentes, têm evitado as violações 
linguísticas a que poderiam recorrer. 
c) a transformação das formas de comunicação está restrita à linguagem oral, 
normalmente menos formal que a escrita. 
d) o estilo dos escritores rompe com a tradição da linguagem, o que implica que eles, 
cada vez mais, estão submissos a ela. 
e) a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para 
isso suas regras tenham de ser violadas. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
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Texto para as questões 27 a 31 
Ai, Gramática. Ai, vida. 
O que a gente deve aos professores! 
Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona Nair 
Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que gramática? La 
grammaire qui sait régenter jusqu’aux rois – dizia Molière: a gramática que sabe reger até os 
reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des troubles du monde sont grammairiens – a 
maior parte de confusão no mundo vem da gramática. 
Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente 
inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu tirei tantas citações? 
Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações. Para enfeitar 
uma crônica, não tem coisa melhor. Pena que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não 
aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês podem imaginar). 
Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola – 
mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola 
sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida. 
Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. 
A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma 
criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação. 
Infância: a permanente exclamação: Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, 
quem não chora não mama! 
Me dá! É meu! 
 Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva! 
Olha como o vovô está quietinho, mamãe! 
Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe! 
Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este! 
Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver! 
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado) 
27. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 No texto, o autor recorre a 
várias citações, com a finalidade de 
a) enfatizar as discrepâncias quanto à necessidade da gramática para a vida, concluindo 
que ela é inútil e só tem servido como atividade escolar. 
b) discutir a falta de necessidade do ensino de gramática, uma vez que seu domínio não 
implica necessariamente saber usar a língua de forma adequada. 
c) questionar a fascinação que grandes personalidades têm em relação à gramática, a 
qual, na maioria das vezes, ultrapassa os limites do contexto escolar. 
d) mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é relevante 
e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida. 
e) propor a obrigatoriedade do ensino da gramática dentro e fora da escola, 
possibilitando que as pessoas usem melhor a língua materna. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
 
RESOLUÇÃO 
ALTERNATIVA A – ERRADO – De fato, as citações apresentadas evidenciam diferentes visões 
acerca do emprego da gramática. No entanto, o autor não defende a tese de que a gramática 
seja inútil. Ele apenas alega que ela talvez não seja capaz de explicar todas as situações de 
comunicação. 
ALTERNATIVA B – ERRADO – O autor não defende a tese de que a gramática seja inútil. Ele 
apenas alega que ela talvez não seja capaz de explicar todas as situações de comunicação. 
ALTERNATIVA C – ERRADO – O autor cita exemplos de celebridades que rejeitam a gramática 
e, para se aproximar mais do público, fazem uso de uma linguagem mais cotidiana. 
ALTERNATIVA D – CERTO –De fato! O autor atesta a importância da gramática, alegando 
não ser ela suficiente para o entendimento de todas as situações de comunicação. Compara a 
infância a uma permanente exclamação, relacionando uma fase da vida com um aspecto 
gramatical. 
ALTERNATIVA E – ERRADO – Não propõe o autor a obrigatoriedade do ensino da gramática, 
Resposta: D 
 
 28. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 
Observe as passagens do texto: 
O que a gente deve aos professores! (1º parágrafo) 
... mas quem, professoras, nos ensina a viver? (4º parágrafo) 
Observando-se o contexto em que ocorrem e a pontuação nelas presentes, conclui-se que as 
frases apontam, correta e respectivamente, para os seguintes sentidos: 
a) o narrador ironiza a educação e os ensinamentos de seus professores; o narrador 
sugere que a gramática não tem importância nenhuma na vida das pessoas. 
b) o narrador sente que está em dívida com os professores, por tudo o que aprendeu; o 
narrador acredita que o papel da gramática no cotidiano é incompreendido. 
c) o narrador questiona os ensinamentos gramaticais que recebeu dos professores; o 
narrador discorda da ideia de que a gramática seja a disciplina mais importante. 
d) o narrador demonstra reconhecimento pelo que lhe foi ensinado pelos professores; o 
narrador questiona qual é o papel da gramática na vida cotidiana das pessoas. 
e) o narrador expressa certo descontentamento com o que os professores lhe ensinaram; 
o narrador tem plena certeza de que a gramática transforma a vida das pessoas. 
 
 29. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 
Quando o autor diz que a vida é pontuação e associa a infância à exclamação, seu 
objetivo é mostrar que 
a) as crianças normalmente descobrem o mundo sem reagir aos acontecimentos que 
marcam essa etapa de seu desenvolvimento. 
b) o pleno encantamento marca esse período da vida, e as emoções tendem a mostrar-se 
com mais intensidade e espontaneidade. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
 
c) os adultos têm dificuldade para atender o encantamento das crianças pelas suas 
descobertas com o mundo que as circunda. 
d) os adultos tendem a ficar incomodados com a forma como as crianças vão descobrindo 
os segredos do mundo. 
e) a percepção exagerada das crianças não tem como se justificar na relação que elas 
estabelecem com os adultos e o mundo. 
 
30. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 
O que Oscar Wilde afirma acerca de George Moore – escreveu excelente inglês, até que 
descobriu a gramática – significa que 
a) o contato com a gramática ocasionou, na obra de George Moore, o comprometimento 
da qualidade de sua escrita. 
b) o fato de escrever com excelência em inglês não impediu George Moore de buscar 
linguagem mais contemporânea. 
c) a gramática agiu, na obra de George Moore, para acentuar sua tendência a uma escrita 
de alta qualidade técnica. 
d) George Moore passou a escrever em inglês popular somente depois que descobriu a 
riqueza da gramática. 
e) a descoberta da gramática por George Moore surpreendeu a todos, pelo padrão de 
excelência de sua obra. 
 
31. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP) /2018 
Assinale a alternativa em que as frases da passagem “Infância: a permanente exclamação” 
expressam as vivências infantis relacionadas à possessividade e à escolarização, 
respectivamente. 
a) Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! / Dá agora, quero ver! 
b) Claro, quem não chora não mama! / Olha como o vovô está quietinho, mamãe! 
c) Que grande! E como chora! / Ele nem fala, mamãe! 
d) Dá agora! Dá agora, se tu és homem! / Ele não se mexe, mamãe! 
e) Me dá! É meu! / Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva! 
 
32. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2018 
Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus 
desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que 
perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele 
não tem coragem de contar as horas passadas para chegar a essa quadragésima oitava página. 
O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao 
menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas 
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e, aqui e acolá, 
a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica que um personagem fala 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
 
a outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-se um bloco de doze páginas! Doze 
páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele 
xinga. Página quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas 
primeiras quarenta e oito páginas! 
(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado) 
O texto relata que 
a) o adolescente considera penosa a tarefa de ler um livro de 446 páginas. 
b) a história do livro desanima o adolescente, que pula páginas em busca de um diálogo. 
c) o livro cativa o adolescente, ansioso por terminar logo a leitura das quase 500 páginas. 
d) o xingamento do adolescente é inevitável, mas ele se arrepende e volta a ler o livro. 
e) a recordação do conteúdo do livro ameniza o sofrimento do adolescente com a leitura. 
 
33. VUNESP - Professor (SME Barretos)/2018 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo 
(‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br/ 
colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658caveat-emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12842
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12842
 
Segundo as informações do texto, a afirmação de que parte dos consumidores agem 
como se desejassem ser enganados é 
a) contestável, pois o experimento comprovouque esses consumidores são vítimas de 
uma política obscura de maquiagem de preços pelas empresas. 
b) justificável, já que ficou comprovado que alguns consumidores não resistem ao prazer 
experimentado nessas situações de desconto aparente. 
c) procedente, mas o experimento mostrou que os consumidores deixam de comprar 
quando as lojas tentam fazer os descontos parecerem grandes demais. 
d) controversa, pois a política de remarcações de preços para forjar descontos trouxe 
grande prejuízo a uma loja de departamentos nos EUA. 
e) falsa, já que ficou demonstrado que os consumidores tendem a preferir situações em 
que os preços são apresentados de forma transparente. 
 
34. VUNESP - Professor (SME Barretos)/2018 
 
 (Bill Watterson. O mundo é mágico: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad 
Editora do Brasil, 2010. 
Adaptado) 
É correto concluir, da leitura da tira, que os meios de comunicação 
a) prezam pela expressão da arte pautada por valores estéticos. 
b) têm tentado, sem sucesso, reproduzir elementos da realidade atual. 
c) como a televisão e o cinema não refletem aspectos da realidade atual. 
d) tornaram-se monótonos devido à insistência em retratar a realidade atual. 
e) têm sua programação pautada pela viabilidade econômica do que é veiculado. 
 
Texto para as questões 35 a 36 Novo Analfabetismo 
O Instituto de Estatísticas da Unesco alerta, em informe recente, que grande parte dos jovens 
da América Latina não alcança níveis apropriados de proficiência em leitura. São 19 milhões de 
adolescentes que concluem o ensino fundamental sem conseguir ler parágrafos simples e 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12842
 
deles extrair informações, num fenômeno que Silvia Montoya, dirigente do instituto, chama de 
“nova definição do analfabetismo”. 
A preocupação da diretora procede, pois a falta de competência leitora fragiliza a cidadania. 
Afinal, quem não consegue ler jornais ou livros depende do que a televisão lhe recomenda 
como condutas corretas e não consegue formular seus próprios juízos. 
Além disso, em tempos em que o mundo do trabalho extermina postos baseados em tarefas 
rotineiras, que não demandam capacidade de concepção, as chances de sucesso profissional 
e de realização pessoal de quem tem letramento insuficiente se tornam muito limitadas. 
Aqui, só 30% dos alunos saem do 9o ano com aprendizado adequado em leitura e 
interpretação, de acordo com dados do Inep. É menos que a média da América Latina, que 
tanto chocara Silvia Montoya. 
Ora, num país de elites não leitoras, o fato de tantos jovens não estarem aptos a ler livros talvez 
não choque. 
Não é mais suficiente ter um nível mínimo de alfabetização. Não ter competência leitora traz 
obstáculos para a vida em sociedade, especialmente no tocante à dificuldade em compreender 
os próprios direitos e deveres como cidadão, ainda mais num mundo em turbulência como o 
que vivemos. (Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 27.10.2017. Adaptado) 
35. VUNESP - Professor (SME Barretos)/2018 
Conforme o texto, o frágil e insuficiente desenvolvimento da competência leitora dos 
jovens que concluem o ensino fundamental na América Latina impacta diretamente 
a) nas políticas educacionais da Unesco para a região, que passa a pressionar governantes 
a fim de que adotem medidas capazes de reverter esse quadro. 
b) na cidadania de milhões desses jovens, que desistem da escola em face à dificuldade 
para extrair informações de contextos de leitura simples. 
c) na formação desses leitores enquanto cidadãos, já que a proficiência em leitura é 
fundamental para a formação da capacidade de julgamento. 
d) na formação social desses jovens, que não conseguem se apropriar de normas de 
conduta divulgadas pela televisão indispensáveis para esse fim. 
e) no modo como informações são transmitidas em livros e jornais, que acabam tendo de 
adaptar sua linguagem ao nível de entendimento dos leitores. 
 
36. VUNESP - Professor (SME Barretos)/I/2018 
Conforme a autora do texto, 
a) a dificuldade com leitura não chega a ser preocupante quanto à colocação no mercado 
de trabalho, ainda marcado por atividades que não requerem instrução. 
b) a passividade ante um número tão alto de leitores inaptos pode ser justificada pelo 
desinteresse pela leitura inclusive dos que estão no topo da sociedade. 
c) a demanda por qualificação em detrimento do trabalho em atividades rotineiras por 
enquanto não compromete o futuro de quem tem letramento insuficiente. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12842
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12842
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12842
 
d) a constatação do quadro de competência leitora abaixo do esperado tem obrigado o 
mercado de trabalho a adequar suas exigências a essa realidade. 
e) o baixo nível de letramento, embora crie dificuldades para a leitura de livros e jornais, 
não chega a constituir um empecilho para a vida em sociedade. 
 
Leia a tira para responder às questões 37 a 38. 
 
(Folha de S.Paulo, 26.10.2017) 
37. VUNESP - Pref Mogi Cruzes/2018 
Ao referir-se a escrever uma monstruosidade nas redes sociais, a personagem constata 
que isso a) é algo reprovado por todos os internautas. 
b) era prática inexistente na época do Orkut. 
c) ocorre com facilidade atualmente. 
d) deixou de acontecer depois do Orkut. 
e) tende a sumir muito brevemente. 
 
38. VUNESP - Pref Mogi Cruzes/2018 
No último quadrinho, a expressão “essas frescuras” faz referência ao fato de as pessoas a) 
comunicarem-se pelo Orkut. 
b) escreverem algumas monstruosidades. 
c) postarem comentários no Orkut. 
d) lembrarem-se da época do Orkut. 
e) comentarem de forma anônima. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12843
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12843
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12843
 
 
Texto para as questões 39 a 40 
Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá 
de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número de brasileiros vivendo 
abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014, para cerca de 22 milhões neste 
ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em 
momentos assim, o Brasil depara com outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os 
mais ricos se protegem melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já 
empobrecida. Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no 
país. Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a primeira 
vez que isso ocorreu em 22 anos. Tratase de um fenômeno especialmente ruim num país em 
que a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas. Para 
piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema. 
Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini, baseado 
na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse método, ficavam de fora do 
quadro os rendimentos que principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que 
não o salário – a renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação 
em empresas e propriedade de imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou 
números do Imposto de Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais 
recentes, referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a 
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que se pensava. 
A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais rico de brasileiros 
concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto Interno Bruto (PIB), essa fatia 
saltou para 28%. 
(Época, 13.11.2017) 
39. VUNESP - Auxiliar de Apoio Administrativo (Pref Mogi Cruzes)/2018 
O texto traz uma série de dados com o objetivo de 
a) mostrar que a condição de pobrezano Brasil se agrava, o que reforça a desigualdade 
social. 
b) enfatizar que a desigualdade social no Brasil, que já foi um problema, diminuiu 
significativamente. 
c) comparar a situação de pobreza atual com a de 22 anos atrás, que gerava muita 
desigualdade. 
d) denunciar a desigualdade social no Brasil, que é a menor entre as chamadas 
democracias capitalistas. 
e) relativizar o impacto da desigualdade social no Brasil, já que há estabilidade no número 
de pobres no país. 
 
40. VUNESP - Auxiliar de Apoio Administrativo (Pref Mogi Cruzes)/2018 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12843
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12843
 
Com base nos dados estatísticos apresentados no texto, é correto afirmar que houve 
a) aumento no número de pessoas na miséria no Brasil, as quais superam o contingente 
das que vivem abaixo da linha da pobreza. 
b) inexpressiva alteração na concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira 
com os dados do IR e do PIB. 
c) diminuição dos mais ricos e também aumento dos mais pobres nos últimos 22 anos na 
sociedade brasileira. 
d) aumento na desigualdade social no Brasil, já que nos últimos 22 anos houve um 
aumento de 22 milhões de pessoas na pobreza. 
e) aumento no número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil, no 
período de 2014 a 2017. 
 
41. VUNESP - Delegado de Polícia (PC BA)/2018 
Vamos partir de uma situação que grande parte de nós já vivenciou. Estamos saindo do cinema, 
depois de termos visto uma adaptação de um livro do qual gostamos muito. Na verdade, até 
que gostamos do filme também: o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a 
trilha sonora reforçou a camada afetiva da narrativa. Por que então sentimos que algo está 
fora do lugar? Que está faltando alguma coisa? 
O que sempre falta em um filme sou eu. Parto dessa ideia simples e poderosa, sugerida pelo 
teórico Wolfgang Iser em um de seus livros, para afirmar que nunca precisamos tanto ler ficção 
e poesia quanto hoje, porque nunca precisamos tanto de faíscas que ponham em movimento 
o mecanismo livre da nossa imaginação. Nenhuma forma de arte ou objeto cultural guarda a 
potência escondida por aquele monte de palavras impressas na página. 
Essa potência vem, entre outros aspectos, do tanto que a literatura exige de nós, leitores. Não 
falo do esforço de compreender um texto, nem da atenção que as histórias e os poemas 
exigem de nós – embora sejam incontornáveis também. Penso no tanto que precisamos 
investir de nós, como sujeitos afetivos e como corpos sensíveis, para que as palavras se tornem 
um mundo no qual penetramos. 
Somos bombardeados todo dia, o dia inteiro, por informações. Estamos saturados de dados e 
de interpretações. A literatura – para além do prazer intelectual, inegável – oferece algo 
diferente. Trata-se de uma energia que o teórico Hans Ulrich Gumbrecht chama de “presença” 
e que remete a um contato com o mundo que afeta o corpo do indivíduo para além e para 
aquém do pensamento racional. 
Muitos eventos produzem presença, é claro: jogos e exercícios esportivos, shows de música, 
encontros com amigos, cerimônias religiosas e relações amorosas e sexuais são exemplos 
óbvios. Por que, então, defender uma prática eminentemente intelectual, como a experiência 
literária, com o objetivo de “produzir presença”, isto é, de despertar sensações corpóreas e 
afetos? A resposta está, como já evoquei mais acima, na potência guardada pela ficção e pela 
poesia para disparar a imaginação. Mas o que é, afinal, a imaginação, essa noção tão 
corriqueira e sobre a qual refletimos tão pouco? 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13030
 
Proponho pensar a imaginação como um espaço de liberdade ilimitada, no qual, a partir de 
estímulos do mundo exterior, somos confrontados (mas também despertados) a responder 
com memórias, sentimentos, crenças e conhecimentos para forjar, em última instância, aquilo 
que faz de cada um de nós diferente dos demais. A leitura de textos literários é uma forma 
privilegiada de disparar esse mecanismo imenso, porque demanda de nós todas essas reações 
de modo ininterrupto, exige que nosso corpo esteja ele próprio presente no espaço ficcional 
com que nos deparamos, sob pena de não existir espaço ficcional algum. 
(Ligia G. Diniz. https://brasil.elpais.com. 22.02.2018. Adaptado) 
Uma frase em consonância com o que se argumenta no texto é: 
a) Essencialmente racional, a literatura diferencia-se das demais manifestações artísticas 
por ser ela incapaz de despertar reações corpóreas. 
b) Um texto literário exige mais concentração e esforço intelectual para ser compreendido, 
em comparação com outros tipos de texto. 
c) A literatura é imprescindível para que o pensamento racional seja cultivado em 
detrimento de percepções motivadas pelo instinto. 
d) Somos incapazes de ver aspectos positivos na adaptação de um filme do qual gostamos 
muito, pois nosso julgamento é puramente emocional. 
e) Inseridos em um contexto impregnado de informação, precisamos da literatura mais 
do que nunca para aguçar nossa imaginação. 
 
42. VUNESP - Investigador de Polícia (PC BA)/2018 
Algoritmos e desigualdade 
Virginia Eubanks, professora de ciências políticas de Nova York, é autora de Automating 
Inequality (Automatizando a Desigualdade.), um livro que explora a maneira como os 
computadores estão mudando a prestação de serviços sociais nos Estados Unidos. Seu foco é 
o setor de serviços públicos, e não o sistema de saúde privado, mas a mensagem é a mesma: 
com as instituições dependendo cada vez mais de algoritmos preditivos para tomar decisões, 
resultados peculiares – e frequentemente injustos – estão sendo produzidos. 
Virginia Eubanks afirma que já acreditou na inovação digital. De fato, seu livro tem exemplos 
de onde ela está funcionando: em Los Angeles, moradores de rua que se beneficiaram dos 
algoritmos para obter acesso rápido a abrigos. Em alguns lugares, como Allegheny, houve 
casos em que “dados preditivos” detectaram crianças vulneráveis e as afastaram do perigo. 
Mas, para cada exemplo positivo, há exemplos aflitivos de fracassos. Pessoas de uma mesma 
família de Allegheny foram perseguidas por engano porque um algoritmo as classificou como 
propensas a praticar abuso infantil. E em Indiana há histórias lastimáveis de famílias que 
tiveram assistência de saúde negada por causa de computadores com defeito. Alguns desses 
casos resultaram em mortes. 
Alguns especialistas em tecnologia podem alegar que esses são casos extremos, mas um 
padrão similar é descrito pela matemática Cathy O’Neill em seu livro Weapons of Math 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13031
 
Destruction. “Modelos matemáticos mal concebidos agora controlam os mínimos detalhes da 
economia, da propaganda às prisões”, escreve ela. 
Existe alguma solução? Cathy O’Neill e Virginia Eubanks sugerem que uma opção seria exigir 
que os tecnólogos façam algo parecido com o julgamento de Hipócrates: “em primeiro lugar, 
fazer o bem”. Uma segunda ideia – mais custosa – seria forçar as instituições a usar algoritmos 
para contratar muitos assistentes sociais humanos para complementar as tomadas de decisões 
digitais. Uma terceira ideia seria assegurar que as pessoas que estão criando e rodando 
programas de computador sejam forçadas a pensar na cultura, em seu sentido mais amplo. 
Isso pode parecer óbvio, mas até agora os nerds digitais das universidades pouco contato 
tiveram com os nerds das ciências sociais – e vice-versa. A computação há muito é percebida 
como uma zona livre de cultura e isso precisa mudar. 
(Gillian Tett. www.valor.com.br. 23.02.2018. Adaptado) 
Ao aproximar os pontos de vista de Virginia Eubanks e de Cathy O’Neill, o autor defende 
a tese de que os algoritmos preditivos 
a) necessitam manter-se restritos à economia e a áreas afins. 
b) devem ser abandonados, pois ainda não beneficiaram os cidadãos. 
c) podem levar à tomada de decisões equivocadase injustas. 
d) são bem-sucedidos no setor privado, mas não no setor público. 
e) precisam ser confiáveis ao ponto de substituir as escolhas humanas. 
 
43. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 
Leia a charge para responder à questão. 
 
A charge tem como assunto principal 
a) a evolução dos aparelhos de comunicação. 
b) a interação estabelecida nas redes sociais. 
c) as limitações da comunicação via internet. 
d) o acesso limitado aos meios de comunicação. 
e) o uso excessivo de dispositivos tecnológicos. 
 
Leia o texto para responder às questões 44 a 45. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
 
Pela primeira vez, vício em games é considerado distúrbio mental pela OMS 
A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o nome de 
“distúrbio de games”. O documento descreve o problema como padrão de comportamento 
frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva “a preferir os jogos a qualquer 
outro interesse na vida”. A última versão da CID foi finalizada em 1992, e a nova versão do guia 
será publicada neste ano. Ele traz códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por 
médicos e pesquisadores para rastrear e diagnosticar uma doença. 
O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games devem ser 
observados por um período de mais de 12 meses para que um diagnóstico seja feito. Mas a 
nova CID irá reforçar que esse período pode ser diminuído se os sintomas forem muito graves. 
Os sintomas do distúrbio incluem: não ter controle de frequência, intensidade e duração com 
que joga video game; priorizar jogar video game a outras atividades. 
Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em Londres, 
reconhece os benefícios da decisão. “É muito significativo, porque cria a oportunidade de 
termos serviços mais especializados.” Mas para ele é preciso tomar cuidado para não se cair 
na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e medicado. “Pode levar pais confusos a pensar 
que seus filhos têm problemas quando eles são apenas ‘empolgados’ jogadores de video 
game”, afirmou. 
(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado) 
 44. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 
Segundo o texto, uma vantagem de o vício em games estar incluso no guia de 
Classificação Internacional de Doenças (CID) diz respeito 
a) ao barateamento imediato dos tratamentos especializados no controle da doença. 
b) à rapidez com que os viciados em games decidem procurar um médico. 
c) à facilidade em diferenciar o vício em games de dependências que ainda não foram 
catalogadas. 
d) à possibilidade da ampliação da oferta de serviços mais especializados no tratamento 
dessa condição. 
e) ao acesso mais fácil a medicamentos que impedem o surgimento desse tipo de vício. 
 
45. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 
De acordo com Richard Graham, 
a) a decisão de se considerar o vício em games como distúrbio mental é benéfica e não 
existe restrição para ser posta em prática. 
b) os pais de jovens viciados em games também precisam de tratamento especializado, 
para saberem como medicar os filhos. 
c) os serviços especializados no tratamento de pessoas com inclinações ao vício carecem 
de maior apoio dos governantes. 
d) nem todos os jovens viciados em games precisam ser tratados e medicados, já que essa 
condição costuma ser passageira. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
 
e) a classificação de um indivíduo como viciado em games deve ser feita com cautela, pois 
ele pode ser apenas um jogador entusiasta. 
 
46. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 Leia o cartaz para responder à questão. 
 
A partir do texto verbal, conclui-se que 
a) a prevenção de acidentes deve ocorrer de forma esporádica. 
b) os riscos do trabalho devem ser compensados pelo patrão. 
c) desobediência ao empregador pode causar acidentes. 
d) o trabalhador deve se responsabilizar por sua imperícia. 
e) acidentes de trabalho podem e devem ser prevenidos. 
 
Leia o texto para responder às questões 47 a 48 O trabalho dignifica o homem. O lazer 
dignifica a vida 
“Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” A 
frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela concepção de 
que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual a fonte de renda 
seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. 
Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer possui de 
tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas. 
Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol da 
produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status, dinheiro. Algo de 
errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque é digna a recusa à estagnação. 
Sim, quando ela compromete momentos de entretenimento, minando, aos poucos, a saúde 
física e mental de quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento. 
Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove anos 
sem férias, e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio veio de dedicação 
e empenho, mas custou caro também. Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher 
entre sucesso e diversão. 
Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se exerce. 
Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra justamente na 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
 
possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em ingressos para o show da banda 
preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e viagens de barco. (Larissa Bittar. Revista 
Bula. www.revistabula.com. Adaptado) 
47. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 
A autora defende a opinião de que 
a) a busca por ascensão e dinheiro não deve ser vista como dignificante, pois compromete 
o lazer. 
b) o ideal é que se encontre prazer no trabalho, mas o lazer não deve ser negligenciado. 
c) o lazer não pode ser substituído pelo trabalho, especialmente porque este não é fonte 
de prazer. 
d) o lazer deveria ser a única preocupação das pessoas e não o trabalho, como é comum. 
e) a dedicação exclusiva ao trabalho é justificável, quando gera alegria e satisfação 
pessoal. 
 
48. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 
A referência ao construtor, no terceiro parágrafo, serve para 
a) ilustrar o quanto o trabalho pode destruir a saúde física e mental de alguém. 
b) exemplificar que a opção pelo lazer pressupõe a recusa do sucesso. 
c) demonstrar que a preocupação com os bens materiais é antiética. 
d) mostrar como a dedicação excessiva ao trabalho pode levar à frustração. 
e) denunciar um comportamento cada vez mais raro entre as pessoas. 
 
Texto para as questões 49 a 50 Escravos no século XXI 
 
Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta de ver. São 
vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a um grande drama 
brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão. Sim, todas essas pessoas foram 
escravizadas – em pleno século XXI. 
Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a situações 
deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os porcos, e algumas 
sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não falar de constantes ameaças de 
morte. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
 
Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13 de maio de 
1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a escravidão negra – e que, ainda 
hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica. 
Estima-se queatualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições 
semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por 
meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e 
alimentação, por exemplo). Comparada aos milhões de africanos trazidos para o país para 
trabalhar como escravos, a cifra atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 
pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo 
federal reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma 
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de melhorar, a situação 
está ficando mais grave. 
(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado) 
49. VUNESP - Agente de Telecomunicações Policial (PC SP)/2018 
É correto afirmar que o segundo parágrafo do texto 
a) mostra ações de intolerância de patrões, as quais não têm registro na história do país. 
b) apresenta argumentos que fundamentam a abolição da escravidão, ocorrida em 1888. 
c) aponta a necessidade de subsistência como fator motivador do trabalho escravo. 
d) critica a omissão do Estado e da sociedade, que se calam diante de fatos tão graves. 
e) expõe fatos que justificam a afirmação de que ainda se escravizam pessoas no Brasil. 
 
50. VUNESP - Agente de Telecomunicações Policial (PC SP)/2018 
Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições 
semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por 
meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e 
alimentação, por exemplo). 
É correto afirmar que essa passagem 
a) retoma algumas informações anteriormente expressas, introduzindo um dado novo, 
referente ao número de escravizados. 
b) destaca a quantidade de escravizados atuais, equiparando- a à quantidade dos 
retratados na galeria de fotos. 
c) traz informações novas acerca das condições de trabalho escravo, evitando repetir fatos 
anteriormente mencionados. 
d) contradiz os dados expostos na sequência, evitando fazer comparações com a 
quantidade de escravos africanos. 
e) repete informações anteriormente expressas, inclusive a que se refere à quantidade de 
pessoas vivendo como escravas. 
 
Leia o texto para responder às questões 51 a 52. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14065
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14065
 
O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da humanidade. Filho 
de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, em 1643. 
Desde criança, demonstrava mais interesse por desenvolver inventos do que pelos negócios 
da família. Aos 18 anos, foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde 
recebeu o grau de Bacharel em Artes. 
Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma universidade e, 
em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o Melhoramento do 
Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do conhecimento científico. 
Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber o título de “Sir”, sagrado cavaleiro 
da rainha da Inglaterra. Newton morreu em 1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes 
da idade extremamente elevada para a época. 
No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a Inglaterra e 
matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou fechada, e Newton voltou 
para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma macieira (cujas descendentes ainda 
existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – 
e formulou a Lei da Gravitação Universal, que explica a força da gravidade. Com essa 
descoberta, Newton deu início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento 
que vale para a vida: “nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado”. 
(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas de Isaac Newton. 
17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado) 
51. VUNESP - Agente Previdenciário (PAULIPREV)/2018 
De acordo com o texto, 
a) Newton deixou a faculdade com suspeita de ter contraído a Peste Negra, que já matara 
um décimo dos estudantes. 
b) a história de que Newton elaborou a Lei da Gravitação Universal após se sentar sob 
uma macieira é falsa. 
c) os familiares de Newton insistiram para que estudasse artes em vez de matemática, 
mas ele preferiu esta última. 
d) a ciência moderna teve início com uma lei formulada por Isaac Newton a partir de um 
palpite ousado. 
e) a Lei da Gravitação Universal, que revolucionou a ciência, levou dezoito meses para ser 
desenvolvida. 
 
52. VUNESP - Agente Previdenciário (PAULIPREV)/2018 (e mais 2 concursos) Os dois 
primeiros parágrafos apresentam fatos da vida de Newton 
a) certamente inventados. 
b) ocorridos em concomitância. 
c) que obtiveram repercussão idêntica. 
d) relacionados entre si por acaso. 
e) dispostos em ordem cronológica. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12861
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12861
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12861
 
 
Leia o texto para responder às questões 53 a 54. 
A revolução digital fortalece as previsões de que as casas ou lares inteligentes oferecerão mais 
conveniência e menos dispêndio de energia em um futuro. 
A definição de conveniência para esses novos lares tecnológicos, com redução ou eliminação 
de trabalhos domésticos. Portanto, para que as edificações inteligentes tenham sucesso, elas 
deverão se estruturar com base nessa visão de conveniência como solução para os que vivem 
em um mundo acelerado e estar ancoradas em uma grande variedade de sistemas 
tecnológicos acessíveis e fáceis de operar, tornando a vida das pessoas mais simples. 
Além da conveniência, outro relevante benéfico das casas inteligentes, para os consumidores 
é a sua capacidade de incorporar aspectos relacionados à administração do gasto de energia, 
principalmente com iluminação, condicionamento de ar e eletrodomésticos. Um conjunto de 
sensores, adequadamente configurados para gerenciar esses sistemas, pode gerar diminuição 
considerável nos gastos com energia, com reflexos ambientais e econômicos importantes. 
O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e Tecnologia 
desenvolveu um estudo para avaliar a economia no consumo de energia gerada com o uso de 
sensores inteligentes, em um apartamento de um dormitório, cozinha, sala de estar, sala de 
jantar e banheiro. O estudo concluiu que a economia pode chegara quase 40% do consumo 
médio mensal de energia. 
A tendência de crescimento desse mercado é clara. A empresa de pesquisa Zion Research 
prevê que a tecnologia das casas inteligentes deve alcançar um faturamento de US$ 53 bilhões 
(R$170 bi) em 2022. O crescimento estará calcado, principalmente, na conexão da casa com os 
ambientes digitais externos, como por exemplo, a conexão do refrigerador com os 
equipamentos dos fornecedores de alimentos. 
Naturalmente, a tecnologia das casas inteligentes continuará a evoluir, tornando-se acessível 
e barata. Com isso, mais pessoas poderão utilizar-se dela, e novos padrões, modelos e estilos 
de vida devem se consolidar, principalmente nas áreas urbanas. 
(Claudio Bernades. Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia. Folha 
de S. Paulo. www.folha.uol.com.br. 22.01.18. Adaptado) 
53. VUNESP - Analista de Suporte à Regulação I (ARSESP)/2018 Na opinião do autor, a 
evolução da tecnologia das casas inteligentes 
a) permitirá que a conexão de eletrodomésticos com fornecedores de energia reduza as 
necessidades de consumo. 
b) levará a um menor gasto energético em decorrência do investimento público em fontes 
de energia renovável. 
c) ensejará o desenvolvimento de novos hábitos, especialmenteentre os moradores de 
áreas urbanas. 
d) fará com que as pessoas passem a dedicar mais tempo a atividades domésticas em seu 
dia a dia. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13387
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13387
 
e) deverá se tornar mais barata em centros urbanos, o que acarretará uma intensificação 
do êxodo rural. 
 
54. VUNESP - Analista de Suporte à Regulação I (ARSESP)/2018 
O autor organiza sua argumentação de modo a apresentar. 
a) no último parágrafo, uma informação que contesta que foi exposto nos parágrafos 
anteriores. 
b) no parágrafo 1, uma opinião para a qual expõe um argumento a favor e outro contra 
nos parágrafos 2 e 3, respectivamente. 
c) no parágrafo 2, uma informação polêmica que é contrariada logo em seguida, no 
parágrafo 3 
d) nos parágrafos 2, 3 e 4, os dois principais benefícios das casas inteligentes apontados 
logo no parágrafo 1. 
e) no parágrafo 3, uma ressalva para o que se explicita no parágrafo 2 acerca das 
edificações inteligentes. 
 
55. VUNESP - Juiz Estadual (TJ RS)/2018 
Nas escolas da Catalunha, a separação da Espanha tem apoio maciço. É uma situação que 
contrasta com outros lugares de Barcelona, uma cidade que vive hoje em duas dimensões. De 
um lado, há a Barcelona dos turistas, que se cotovelam nos pontos turísticos da cidade, fazem 
fila para entrar nos museus e buscam mesa nos restaurantes. Para a maioria deles, a capital da 
Catalunha segue seu ritmo normal. Nos bairros afastados do centro turístico, onde se 
concentram os moradores de Barcelona, todas as conversas tratam da tensa situação política 
– e há muita divisão em relação à independência. Segundo a última pesquisa feita pelo jornal 
El Mundo, 33% dos catalães são a favor da criação de um estado independente, enquanto 58% 
são contra. A divisão pode ser verificada pelas bandeiras penduradas nas sacadas e janelas. 
Chama a atenção ver as esteladas, como são conhecidas as bandeiras independentistas, 
disputando o espaço com as bandeiras da Espanha. 
Nesse quadro de cisão, o separatismo tem nas escolas suas grandes aliadas para propagar as 
ideias nacionalistas. Isso ocorre desde a redemocratização espanhola, no fim dos anos 1970. 
Antes disso, durante a ditadura comandada pelo general Francisco Franco, que governou a 
Espanha entre 1938 e 1973, os colégios públicos eram proibidos de ensinar em catalão. 
Somente os privados ofereciam aulas nessa língua. Em sua maioria, essas escolas tinham perfil 
inovador e vanguardista, se comparadas às tradicionais escolas católicas da época. Com a 
queda do general Franco, as escolas catalãs privadas foram incorporadas à rede pública e 
tornaram-se o modelo principal do sistema educacional, que hoje abriga 1,5 milhão de alunos 
e 71 mil professores. Como a educação pública na Espanha está a cargo dos governos 
regionais, os diretores dos centros escolares são escolhidos a dedo pelo governo catalão – que 
toma o cuidado de selecionar somente diretores separatistas. “A manipulação dos jovens é 
central para o independentismo catalão. É assim com qualquer movimento supremacista na 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13387
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13885
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13885
 
Europa”, diz a historiadora espanhola Maria Elvira Roca. “É mais fácil convencer estudantes a 
apaixonarem-se por uma causa do que trabalhadores que estão encerrados num escritório”. 
(Época, 13.11.2017. Adaptado) 
Ao tratar do movimento separatista catalão, o texto 
a) resgata dados da história da dominação franquista na Espanha, com a finalidade de 
propiciar conclusões favoráveis ao retorno do sistema educacional aos moldes tradicionais. 
b) mostra-se tendencioso, apontando fatos e dados que levam o leitor a concluir que o 
objetivo da maioria dos catalães se justifica, em nome da liberdade ideológica. 
c) privilegia a objetividade na apresentação das diferenças de opinião da comunidade 
catalã e aponta ações oficiais para afirmar a ideia de independência da Catalunha. 
d) apresenta argumentos contraditórios, ao partir de premissas que contrapõem dados 
sem vínculo lógico, tais como o modo como os catalães e turistas se envolvem na causa. 
e) relata com subjetividade os princípios dos grupos ideologicamente divididos sobre a 
causa, enfatizando o argumento da importância dos jovens nas tomadas de decisão. 
 
56. VUNESP –Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2017 
O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você anda, anda, anda e nunca chega a 
Ipanema”. Se tomarmos “Ipanema” ao pé da letra, a frase é absurda e cômica. Tomando 
“Ipanema” como um símbolo, no entanto, como um exemplo de alívio, promessa de alegria 
em meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de um triste realismo: o problema de São 
Paulo é que você anda, anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do 
Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de 
lajes batidas e os Corcovados de concreto armado. 
 O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, 
caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas avenidas abertas aos 
pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de 
patinadores, maracatus, big bands, corredores evangélicos, góticos satanistas, praticantes de 
ioga, dançarinos de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal. 
 Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco anos 
vivendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da tarde, eu corria 
em volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus. Agora, aos domingos, corro pela 
Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho testando diferentes percursos. Corri em volta 
do parque Buenos Aires e do cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas 
encostas do Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque 
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de atividades: o 
estacionamento do estádio do Pacaembu. 
(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha. Prefere estendê-la e deitar em cima.” 
Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>. Acesso em: 13.04.2017. Adaptado) 
É correto afirmar que, do ponto de vista do autor, o paulistano 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
a) busca em Ipanema o contato com a natureza exuberante que não consegue achar em 
sua cidade. 
b) sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo, encontrando nesta espaços para 
o lazer. 
c) se vê impedido de realizar atividades esportivas, no mar de asfalto que é São Paulo. 
d) tem feito críticas à cidade, porque ela não oferece atividades recreativas a seus 
habitantes. 
e) toma Ipanema como um símbolo daquilo que se pode alcançar, apesar de muito andar 
e andar. 
 
Leia o texto para responder às questões 57 a 58. 
Para responder à questão, observe a charge que retrata uma cena em que uma família faz selfie 
ao lado de um corpo caído no chão. 
 
57. VUNESP –Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2017 
Assinale a alternativa contendo uma ideia implícita a partir dos fatos retratados na charge. 
a) As pessoas sorriem para a câmera. 
b) O corpo está estendido no chão. 
c) A violência está banalizada. 
d) O pau de selfie permite fotografar várias pessoas. 
e) O grupo familiar posa unido. 
 
58. VUNESP –Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2017 
Assinale a alternativa que expressa ideia compatível com a situação representada na charge. a) 
Hoje, a tecnologia leva a uma compreensão mais ética da realidade circundante. 
b) Não se pode condenar a postura ética das pessoas que se deixam encantar com os 
modismos. 
c) O verdadeiro sentido da solidariedade está em comover-se com o semelhante 
desamparado. 
d) A novidade tecnológicareforça a individualidade, levando as pessoas a ficar alheias à 
realidade que as cerca. 
e) Um fato violento corriqueiro não justifica a preocupação com a desgraça alheia. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
 
59. VUNESP –Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2017 
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham 
feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias. 
 Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem 
juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro 
que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e 
os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe. 
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele transferiu 
a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com portas e 
tudo. 
 Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos 
escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo 
de espaços tradicionais com salas e portas. 
 Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver 
problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços 
de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de 
organização. 
 Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de 
tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente 
concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as 
coisas e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. 
 É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas 
estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados. 
 Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e 
uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, 
e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos. 
 Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, 
psicóloga ambiental e de design de interiores. 
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins para funcionários.” Disponível 
em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado) 
Segundo o texto, são aspectos desfavoráveis ao trabalho em espaços abertos compartilhados 
 
a) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restrição à criatividade. 
b) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a transferência de atividades para o lar. 
c) a dispersão e a menor capacidade de conservar conteúdos. 
d) a distração e a possibilidade de haver colaboração de colegas e chefes. 
e) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância constante dos chefes. 
 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
 60. INÉDITA 
 
 
A partir da comparação entre as charges, é possível afirmar que: 
a) As charges sugerem que diferentes gerações encaram a tecnologia de forma negativa 
e desinteressada. 
b) Os adultos da segunda charge são menos ávidos por tecnologia do que o menino. 
c) A segunda charge explicita as dificuldades da geração mais madura em identificar as 
funcionalidades presentes nos equipamentos eletroeletrônicos atuais. 
d) A expressão facial e gestual do garoto demonstra que ele gostaria de receber outros 
presentes que não fossem eletroeletrônicos. 
e) Ambas as charges explicitam as facilidades que o desenvolvimento tecnológico 
introduziu na vida contemporânea, apesar de alguns se aborrecerem com ela. 
 
61. INÉDITA 
A leitura da tirinha permite inferir que: 
 
 
 
(Luís Fernando Veríssimo, O Estado de São Paulo, 27/07/2008) 
a) O avô tenta disfarçar, por meio de suas respostas, seu desconhecimento sobre a origem 
etimológica da expressão “habeas corpus”. 
b) A resposta deixa pressuposta a ideia de que, na opinião do avô, o assunto em questão 
não deveria ser do interesse de uma criança. 
c) A pergunta da criança pode ser considerada retórica. 
d) A fala do avô deve ser compreendida como uma crítica explícita aos políticos de modo 
geral. 
e) O comentário do avô, no segundo quadrinho, contém uma crítica às iniquidades 
permitidas pelo judiciário. 
 
62. INÉDITA 
Um restaurante muito famoso uma certa vez lançou o seguinte slogan publicitário: 
“Nossa meta é servir bem.” Sobre esse anúncio é correto dizer: 
a) A escolha das palavras no anúncio tem por objetivo realçar o bom atendimento, que é 
característica do restaurante. 
b) A palavra “meta” estabelece um significado implícito que contraria a intenção inicial do 
anúncio. 
c) O intuito de persuasão, presente em todo texto de caráter publicitário, é plenamente 
atendido no anúncio, haja vista a escolha apropriada das palavras para tal fim. 
d) O texto não cumpre sua finalidade persuasiva devido ao emprego do pronome 
possessivo “Nossa”, que compromete o tom impessoal presente em textos publicitários. 
e) O emprego do substantivo “diferencial” no lugar de “meta” não alteraria o sentido 
original do anúncio. 
 
63. INÉDITA 
 O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e apagando, dava banhos 
intermitentes de sangue na pele de seu braço repousado, e de sua face. Ela estava sentada 
junto à janela e havia luar; e nos intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e suave. 
Na roda havia um homem muito inteligente que falava muito; havia seu marido, todo bovino; 
um pintor louro e nervoso; uma senhora recentemente desquitada, e eu. Para que recensear a 
 
roda que falava de política e de pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes 
sorrindo quando alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava o próprio braço, atenta à 
mudança da cor. Senti que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo. “Muito!”, disse quando 
alguém lhe perguntou se gostara de um certo quadro — e disse mais algumas palavras; mas 
mudou um pouco a posição do braço e continuou a se mirar, interessada em si mesma, com 
um ar sonhador. 
(Rubem Braga, “A mulher que ia navegar”.) 
I – Há uma relação semântica de contraste “banhos intermitentes de sangue” e “ela era 
toda pálida e suave” 
II – A resposta dada pela personagem à pergunta que lhe foi dirigida - “Muito!” – deixa 
evidente seu interesse pelo assunto tratado. 
III - O termo sublinhado no trecho “Senti que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo” 
faz uma alusão catafórica à percepção do efeito das luzes do anúncio no braço da personagem. 
Está(ão) correta(s): 
a) I apenas 
b) II apenas 
c) III apenas 
d) I e II apenas 
e) II e III apenas 
 
64. INÉDITA 
Graciliano Ramos, em seu livro Infância, reflete sobre uma de suas marcantes impressões de 
menino. Leia o trecho a seguir, extraído dessa obra: 
Bem e mal ainda não existiam, faltava razão para que nos afligissem com pancadas e gritos. 
Contudo, as pancadas e os gritos figuravam na ordem dos acontecimentos, partiam sempre de 
seres determinados, como a chuva e o sol vinham do céu. E o céu era terrível, e os donos da casa 
eram fortes. Ora, sucedia que a minha mãe abrandava de repente e meu pai, silencioso, explosivo, 
resolvia contar-me histórias. Admirava-me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza 
se houvesse modificado. Fechava-se o doce parêntese – e isso me desorientava. 
Com base na leitura apresentada, é possível afirmar que o trecho “Fechava-se o doce parêntese 
– e isso me desorientava.”: 
a) simboliza no texto o início de um tratamento carinhoso atípico por parte do pai e da 
mãe do garoto. 
b) faz menção no texto à violência a que era submetida a criança,proveniente de diversos 
familiares. 
c) consiste em uma metáfora para o fim do repentino ínterim de atenção e afeto dirigidos 
à criança pelos pais. 
d) revela no texto um sentimento de saudosismo dos tempos de convívio entre pais e 
filhos. 
 
e) destaca no texto o quão consciente era o garoto da transitoriedade das mudanças de 
humor de seus pais. 
 
 
65. ADAPTADA 
 
 
a) Calvin se revela incapaz de compreender o noticiário, diferentemente do pai de 
Mafalda. 
b) Calvin e Mafalda, apesar de crianças, são críticos em relação ao conteúdo televisivo. 
c) a reação de Calvin e a de Mafalda são diferentes diante do conteúdo televisivo. 
d) ambas tratam da relação entre telespectador e mídia televisiva. 
e) ambas apresentam personagens que questionam o noticiário veiculado pela TV. 
 
 
 
GABARITO 
 
01 C 02 E 03 C 04 E 05 C 
06 C 07 C 08 A 09 B 10 D 
11 B 12 E 13 D 14 A 15 C 
16 B 17 D 18 E 19 C 20 E 
21 B 22 E 23 D 24 D 25 A 
26 E 27 D 28 D 29 B 30 A 
31 E 32 A 33 B 34 E 35 C 
36 B 37 C 38 E 39 A 40 E 
41 E 42 C 43 A 44 D 45 E 
46 E 47 B 48 D 49 E 50 A 
51 D 52 E 53 C 54 D 55 C 
56 B 57 C 58 D 59 C 60 B 
61 E 62 B 63 A 64 C 65 A 
 
 
 
 
Morfologia Parte 1 
 
 
 
Gabaritado 
MORFOLOGIA 1 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. VUNESP – Engenheiro Civil (CODEN)/2021 
Atendendo ao emprego e à colocação dos pronomes determinados pela norma-padrão, a 
expressão destacada pode ser substituída pela expressão entre parênteses na alternativa: 
a) Para algumas pessoas, Sully deveria pousar o avião em LaGuardia ou Teterboro. 
(deveria pousá-lo) 
b) O filme de Eastwood motivou o jornalista a reler um ensaio filosófico que o marcou. 
(motivou-lhe) 
c) Oakeshott está entre os filósofos que estudaram tendências intelectuais do 
Renascimento. (estudaram-nas) 
d) O pouso do avião sobre o rio Hudson salvou 155 passageiros. (salvou-lhes) 
e) Para os investigadores, o gesto do piloto provavelmente configurava imprudência 
criminosa. (configurava-a) 
 
 2. VUNESP – Engenheiro Civil (CODEN)/2021 Considere os trechos do texto. 
Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções mais 
sensatas? (2° parágrafo) 
... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor 
cartesiano. (6° parágrafo) 
... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às 
vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo) 
As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias adverbiais 
de 
a) afirmação; modo; dúvida. 
b) afirmação; finalidade; tempo. 
c) afirmação; modo; tempo. 
d) intensidade; finalidade; dúvida. 
e) intensidade; modo; tempo. 
 
3. VUNESP – Guarda Municipal (Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos)/2020 
Na frase do último quadrinho “Pra ser bem sincero, gostaria de esclarecer bem essa questão...”, 
o termo “bem” é empregado para modificar o sentido dos nomes a que se refere, imprimindo-
lhes, respectivamente, circunstância de 
a) intensidade e de modo. 
b) afirmação e de dúvida. 
c) dúvida e de negação. 
d) modo e de afirmação. 
e) tempo e de intensidade. 
 
 
 
4. VUNESP – Jornalista (Câmara de Mogi Mirim)/2020 
Considere a frase elaborada a partir das ideias do texto. 
Entre as diversas facilidades com que os estonianos podem contar, o país oferece aos 
estonianos transporte gratuito. Quanto a tratamento médico, o governo tem incluído 
tratamento médico entre os benefícios disponíveis para a população e, tratando-se de quase 
50% de economia, geralmente garante a economia de quase 50% para quem precisa de 
remédios. 
De acordo com as regras de emprego e de colocação dos pronomes estabelecidos pela norma-
padrão, as expressões destacadas na frase podem ser substituídas por 
a) oferece-lhes ... tem incluído-o ... a garante 
b) oferece-lhes ... o tem incluído ... a garante 
c) oferece-lhes ... o tem incluído ... lhes garante 
d) os oferece ... tem incluído-o ... lhes garante 
e) os oferece ... o tem incluído ... garante-lhes 
 
5. VUNESP – Agente de Controle de Zoonoses/Prefeitura de Morro Agudo/2020 
Assinale a alternativa em que o termo destacado atribui uma qualidade à palavra anterior. 
a) Um dia, uma médica conversou com Leila… 
b) … foram dominadas pelo marido… 
c) … mas decidiram levar o casamento adiante. 
d) … deixam claro que não sentem qualquer admiração… 
e) … as relações proporcionam oportunidades infinitas… 
 
6. VUNESP – Professor de Educação Especial/Prefeitura de Morro Agudo/2020 
Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto em consonância com a norma-padrão 
de emprego e colocação de pronome. 
a) Existe, hoje, livro para ser ouvido que principalmente identifica-se pelo nome em inglês. 
b) Havia fronteiras, mas a partir dos nichos dedicados à deficiência visual, os volumes de 
viva voz extrapolaramlhes. 
c) Seriam mais de 44000 títulos lançados anualmente nos Estados Unidos, aos quais teria-
se acesso. 
d) Foi proposta uma emenda autorizando a Biblioteca do Congresso a entrar no negócio; 
aprovaram-na os deputados e senadores. 
e) Os lançamentos de audiobooks superam os de volumes em capa dura, que também 
não comparam-se com aqueles em preço. 
 
 
7. VUNESP – Médico Cardiologista/Prefeitura de Morro Agudo/2020 
 
 
Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui a destacada, de acordo 
com a norma-padrão de emprego e colocação de pronome. 
 
a) ... parecem ser atitudes que exigem o desafio da vontade férrea [exigem-no] 
b) Deixar que sentidos mais amplos invadam sua percepção [invadam-na] 
c) ... um caçador coletor que passou a vida errando em uma pequena área [passou ela] 
d) ... analisar possibilidades fora do que está posto [analisar-lhes] 
e) Resistir à tentação é um desafio. [Resisti-la] 
 
 
8. VUNESP – Agente do Setor de Água e Esgoto/Prefeitura de Morro Agudo/2020 
Os termos destacados em 
• ... devem ser administrados com cautela nesses pacientes. (1º parágrafo) 
• ... contém corantes que podem, eventualmente, causar reações alérgicas. (3º 
parágrafo) 
• ... a segurança e eficácia foram comprovadas mesmo em pacientes acima de 65 anos. 
(7º parágrafo) 
indicam no contexto, correta e respectivamente, as circunstâncias de 
a) exclusão; afirmação; modo. 
b) dúvida; ordem; afirmação. 
c) modo; tempo; inclusão. 
d) intensidade; dúvida; oposição. 
e) meio; hipótese; causa. 
 
 
 
9. VUNESP – Agente do Setor de Água e Esgoto/Prefeitura de Morro Agudo/2020 
Assinale a alternativa que apresenta livre reescrita de um trecho do texto de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa quanto ao emprego e à colocação do pronome. 
 
a) Quanto a uma parte dos adultos nos Estados Unidos e no Reino Unido, atinge-lhes uma 
doença crônica. 
b) A gota tem relação com os cristais de urato. Os produzem, o organismo do paciente. 
c) As baixas taxas de adesão dos pacientes ao tratamento não produzem-lhes resultados 
mais efetivos. 
d) É preciso observar o grau de confiança do doente em seu médico. Reforçá-lo é 
fundamental para o tratamento. 
e) Quando julgam-na inativa, pela ausência de dor, a doença passa a agir silenciosamente. 
 
 
 
 
10. VUNESP – Técnico em Análises Clínicas/EBSERH/2020 
Assinale a alternativa em que a colocação pronominal atende à norma-padrão. 
a) Se anunciou pelos cartazes que estrearia uma excelente companhia dramática. 
b) Tinha falado-se na vinda da companhia, mas ninguém tinha certeza disso. 
c) Evidentemente certificaram-se todos de que a companhia anunciada era a melhor. 
d) Ninguém dizia-se totalmente certo de que a companhia de teatro viesse à cidade. 
e) Pelos cartazes impressos em letras garrafais, confirmava-se a auspiciosa notícia. 
 
 
 
11.VUNESP – Professor/Prefeitura de Cananeia/2020 
Na frase do quinto parágrafo – Tal receptividade decerto não elimina...–, o advérbio destacado 
estabelece relação de sentido de 
a) dúvida e pode ser substituído por “possivelmente”. 
b) modo e pode ser substituído por “geralmente”. 
c) afirmação e pode ser substituído por “seguramente”. 
d) intensidade e pode ser substituído por “plenamente” 
e) negação e pode ser substituído por “absolutamente”. 
 
 
12. VUNESP – Serviço Social/Prefeitura de Guarulhos/2019 
Assinale a alternativa em que a frase está reescrita em conformidade com a norma-padrão da 
língua com a expressão sublinhada substituída por um pronome 
a) Em seu artigo supostamente sério, Sokal fazia crítica à ciência e ao bom senso. Em seu 
artigo supostamente sério, Sokal fazia-os crítica. 
b) Sokal queria que seu artigo inspirasse seriedade aos leitores da revista. Sokal queria 
que seu artigo os inspirasse seriedade. 
c) O livro de Sokal e Bricmont deixou os criticados e seus seguidores irados. O livro de 
Sokal e Bricmont lhes deixou irados. 
d) Acusaram Sokal e Bricmont de tudo o que há de mau e pior. Acusaram-nos de tudo o 
que há de mau e pior. 
e) Os autores evitam generalizações indevidas e extrapolações indesejadas. Os autores 
evitam-lhes 
 
13. VUNESP – Escriturário/Prefeitura de Olímpia/2019 
 
A alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa está em: 
a) Nos informaram que aquelas crianças estavam brincando no parque. 
 
b) Nunca espera-se que um filho não obedeça aos pais desde pequeno. 
c) Não se sabe por que alguns pais não conseguem impor limite aos filhos. 
d) Mesmo que indiquem-lhe algum psicólogo, ele não irá procurá-lo. 
e) Filhos mal-educados jamais conformam-se com as frustrações. 
 
 
14. VUNESP – Médico Clínico Geral/Prefeitura de Barretos/2019 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado a seguir. 
A indústria do fumo desenvolveu uma estratégia demoníaca __________ é __________ lucros 
imorais. a) que o objetivo … assegurar seus 
b) onde o objetivo dela … assegurá-la 
c) a qual o objetivo … assegurar os 
d) cujo objetivo … assegurar-lhe 
e) onde o objetivo … assegurar a ela 
 
15. VUNESP – Enfermeiro/TJ SP/2019 
 
Assinale a alternativa que traz, respectivamente, um substantivo cujo plural se faz a exemplo 
de “bem-estar” (termo presente no 1º primeiro parágrafo); e outro substantivo, destacado em 
expressão do texto, com sentido de coletivo. 
a) Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...” (6º parágrafo) 
b) Saca-rolha / “... a base da assistência universal.” (1º parágrafo) 
c) Bomba-relógio / “... o progresso em saúde tem sido desigual...” (4º parágrafo) 
d) Louva-a-deus / “... em detrimento da prevenção de doenças...” (5º parágrafo) 
e) Arco-íris / “... e participação das pessoas e da comunidade...” (7º parágrafo) 
 
 
16. VUNESP - OfAA/CM Córregos/2018 
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o que é 
fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. 
Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock 
descreve seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e 
insônia. Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: 
“No começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em 
outros anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias 
invasivas” que a fazem se sentir mal. 
Considere a seguinte passagem: 
Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” que a 
fazem se sentir mal. 
 
De acordo com a norma-padrão da língua, a lacuna que deve ser preenchida com o mesmo 
pronome destacado na passagem do texto está em: 
a) A supermemória de Sharrock é o que __ diferencia das demais pessoas. 
b) Sharrock lembra-se dos presentes que __deram no seu primeiro aniversário. 
c) Sharrock confessa que a supermemória nem sempre __ traz boas sensações. 
d) A supermemória de Sharrock __ permite reviver experiências com intensidade. 
e) Sharrock conta que suas memórias podem __ provocar dor de cabeça e insônia. 
 
 
17. VUNESP - Esc/TJ SP/2018 
Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto que 
é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance 
antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se expressam de maneira correta 
e erudita. 
Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus personagens é um 
ponto que leva a novela a se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao 
contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia com o nosso tempo. Mas 
colocar um português bastante culto torna a narrativa mais coerente com a época da trama. 
Fora isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas 
vezes usada atualmente”. 
O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago, conta que a 
decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo diretor 
artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, 
utilizando, inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o 
uso do coloquial era tentador. Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, 
que também diz se inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como 
Machado de Assis e Eça de Queiroz. 
Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a mergulhar na 
época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme 
Monjardim, que também explica que a estética delicada da novela foi pensada para casar com 
o texto. “É uma novela que se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para que o 
público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para 
que o telespectador consiga se sentir em outra época”, diz. 
Considere as passagens: 
... os personagens se expressam de maneira correta e erudita. (1º parágrafo) 
Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim... (4º parágrafo) 
“... para que o telespectador consiga se sentir em outra época”... (4º parágrafo) 
Os pronomes, em destaque, assumem nos enunciados, correta e respectivamente, os sentidos: 
a) reflexivo, possessivo e reflexivo. 
b) reflexivo, enfático e possessivo. 
 
c) recíproco, possessivo e reflexivo. 
d) recíproco, reflexivo e reflexivo. 
e) reflexivo, demonstrativo e enfático. 
 
 
18. VUNESP - Jorn (CM Indaiatuba)/2018 
Marieta 
Marieta fez 90 anos. 
Não resisto à tentação de revelar a idade de Marieta. 
Sei que é falta de educação (mas pouca gente sabe hoje o que quer dizer falta de educação, 
ou mesmo educação) falar em idade de mulher. 
São múltiplas as teorias sobre idade feminina. Eu envelheceria ainda mais, se fosse anotar aqui 
todos os conceitos alusivos a essa matéria; enquanto isso, as mulheres ficariam cada vez mais 
jovens. Depois, não estou interessado em compendiar a incerta sabedoria em torno do tema 
incerto. Meu desejo é só este: contar a idade de Marieta, por estranho que pareça. 
E não é nada estranho, afinal. Marieta fazer 90 anos é tão simples quanto ela fazer 15. No 
fundo, está fazendo seis vezes 15 anos, esta é talvez sua verdadeira idade, por uma graça da 
natureza que assim o determinou e assim o fez. Privilégio. 
Ah, Marieta, que inveja eu sinto de você, menos pelos seus 90, perdão, 6 x 15 anos, do que 
pelo sinal que iluminou seu nascimento, sinal de alegria serena, de firmeza e constância, de 
leve compreensão da vida, que manda chorar quando é hora de chorar, rir o riso certo, curtir 
uma forma de amor com a seriedade e a naturalidade que todo amor exige. 
Sei não, Marieta (de batismo e certidão, Maria Luísa), mas você é a mais agradável combinação 
de gente com gente que eu conheço.(Carlos Drummond de Andrade, Boca de Luar. Adaptado) 
Para responder à questão, considere a seguinte passagem do texto. 
Marieta fez 90 anos. 
Não resisto à tentação de revelar a idade de Marieta. 
Sei que é falta de educação (mas pouca gente sabe hoje o que quer dizer falta de educação, 
ou mesmo educação) falar em idade de mulher. 
Assinale a alternativa em que os trechos destacados estão, pela ordem, redigidos de 
acordo com a normapadrão de emprego de pronomes e em consonância com o sentido 
do texto. 
a) revelá-la a idade / o que isto quer dizer 
b) a revelar a idade / o que aquilo quer dizer 
c) revelar a idade a ela / o que tal quer dizer 
d) revelá-la a idade / o que a mesma quer dizer 
e) revelar-lhe a idade / o que isso quer dizer 
 
 
 
19. VUNESP - Ass GP (IPSM SJC)/2018 
Para se alfabetizar de verdade, Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas 
Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte comentário: “É 
de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau, o sujeito se meter a querer 
ensinar os outros a escrever”. 
Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas, da 
música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita não pode ser ensinada. 
Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do leitor citado, 
que completou seu comentário com esta pérola: “Saber escrever é uma questão de talento, 
quem não tem, não vai nunca aprender…” 
Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda pessoa 
alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio. 
Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos falando só de 
correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência 
artificial. 
Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o leitor de 
confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma igualitária por qualquer 
sociedade que se pretenda civilizada e justa. 
(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017) 
Assinale a alternativa em que o termo em destaque é advérbio, expressando sentido de 
afirmação. 
a) Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas… 
b) Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. 
c) “… quem não tem, não vai nunca aprender…” 
d) Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto… 
e) Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. 
 
 
20. VUNESP - Prof (SME Barretos)/2018 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de eus itens em até 60% 
para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os clientes 
da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo (‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. 
http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-
emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
Na frase – ... um experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser 
“ludibriadas” voluntariamente... –, o termo voluntariamente, em destaque, expressa 
circunstância de 
a) modo, e pode ser corretamente substituído pela expressão “às pressas”. 
b) afirmação, e pode ser corretamente substituído pela expressão “de fato”. 
c) intensidade, e pode ser corretamente substituído pela expressão “de todo”. 
d) afirmação, e pode ser corretamente substituído pela expressão “com certeza”. 
e) modo, e pode ser corretamente substituído pela expressão “de maneira espontânea”. 
 
 
21. VUNESP - AuxA (CM Indaiatuba) /2018 
A última crônica 
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na 
realidade, estou adiando o momento de escrever. 
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta 
busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo 
de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. 
Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma 
criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, 
curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança: 
“assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então 
um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de mármore ao 
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, 
 
deixa-se acrescentar pela presença de uma menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda 
arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que 
compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, 
porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, 
aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. Este ouve, 
concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A meu lado o garçom 
encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a 
mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia 
triangular. 
A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. 
Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe 
remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma 
caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém 
mais os observa além de mim. 
São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela 
serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A menininha sopra com força, 
apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando 
num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você...”. A 
menininha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comêlo. A mulher 
está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo que 
lhe cai ao colo. O pai corre os olhospelo botequim, satisfeito, como a se convencer 
intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se 
encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba 
sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. 
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. 
(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado) 
Assinale a alternativa que indica, corretamente, entre parênteses, a circunstância presente na 
expressão destacada no trecho do texto. 
a) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso... (causa) 
b) A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. (tempo) 
c) ... a menininha sopra com força, apagando as chamas. (afirmação) 
d) São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia de bolo. (modo) 
e) Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada. (certeza) 
 
 
22. VUNESP - Aux SG (PAULIPREV)/2018 De patas para o ar 
Rafiki é um angolano, filho de uma economista e de um funcionário de multinacional. Veio 
para o Brasil estudar medicina e foi surpreendido pela carga de preconceito que encontrou 
aqui. Já enfrentou o constrangimento de perceber que pessoas fecham os vidros dos carros 
 
nos sinais quando o veem, ou mulheres se agarram a suas bolsas ao cruzarem com ele na 
calçada. 
O universitário Rafiki mora em um bairro de classe média alta e uma noite, quando estava para 
entrar em seu prédio, viu um casal passar por ele, entrar e bater a porta. 
O angolano entrou em seguida e encontrou o casal esperando o elevador. Como a mulher o 
encarava insistentemente, ele perguntou: 
─ Estou sujo? Tem alguma coisa errada comigo? Qual é o problema? 
O marido se desculpou dizendo: 
─ Sabe como é hoje em dia, né? A gente tem que ficar ligado... 
Quando as pessoas, porém, ficam sabendo que Rafiki é estudante de medicina, mudam a 
forma de tratá-lo. 
Rafiki também não compreende um comportamento que chama sua atenção no Brasil: as 
pessoas pedirem informações na rua sem antes dizer “bom dia”, “por favor”, “com licença”. 
Mas ele não acredita que essa falta de educação seja maior aqui do que em outros países. A 
gentileza tem sido pouco valorizada. Rafiki costuma dizer ultimamente que o mundo todo está 
de patas para o ar. 
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado) 
 
Na frase – Como a mulher o encarava insistentemente... –, a palavra destacada exprime 
circunstância de 
a) modo. 
b) tempo. 
c) negação. 
d) lugar. 
e) dúvida. 
 
 
23. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/2018 
Assunto: Advérbio 
Leia o texto para responder à questão. 
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as ideias do fundador são 
institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não 
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque o autor das ideias não esteja 
mais aqui para atualizá-las. 
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. Como 
a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a 
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias, revisando sua obra 
ao longo da vida. Ele chegou a afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes. Portanto, não 
podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que 
 
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses 
colapsar”. Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias. 
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) 
Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui… – ; – … nunca se 
apaixonou por suas ideias… – ; – A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas… – e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios destacados 
expressam, correta e respectivamente, circunstância de: 
a) lugar; tempo; modo; afirmação. 
b) lugar; tempo; afirmação; dúvida. 
c) lugar; negação; modo; intensidade. 
d) afirmação; negação; afirmação; afirmação. 
e) afirmação; negação; modo; dúvida. 
 
 
24. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/ 2018 
Muitos adjetivos, permanecendo imóveis na sua flexão de gênero e número, podem passar a 
funcionar como advérbio. O critério formal de diferenciação das duas classes de modificador 
é a variabilidade do primeiro e a invariabilidade do segundo. 
(Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa. Adaptado) 
A análise do autor, citando o contexto em que um adjetivo pode funcionar como advérbio, 
está exemplificada com o termo destacado na seguinte passagem: 
a) … mais do que o rigor ou o tamanho da pena, é o principal fator de dissuasão. 
b) … levou o país a abrigar a terceira maior população carcerária do mundo… 
c) Deve-se caminhar, ainda, no sentido da integração com a criação de bases de dados… 
d) Tudo isso depende, claro, da superação da crise orçamentária… 
e) Parte considerável das prisões resulta de casos de flagrante… 
 
 
25. VUNESP - Esc (TJ SP)/2018 
Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus 
desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que 
perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele 
não tem coragem de contar as horas passadas para chegar à essa quadragésima oitava página. 
O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao 
menos tivesse uns diálogos, vai. 
Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas, 
negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo 
– um travessão, como um oásis, que indica que um personagem fala à outro personagem. Mas 
o outro não responde. E segue-se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! 
Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e 
 
oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito 
páginas! 
(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado) 
Com a passagem “O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 
páginas!”, entendese que a página “500” do livro seria a 
a) quinquagésima, questionando a importância da obra. 
b) quinhentésima, evidenciando o tamanho da obra. 
c) quingentésima, reforçando a extensão da obra. 
d) quingentésima, enaltecendo o conteúdo da obra. 
e) quinquagésima, minimizando a importância da obra. 
 
 
26. VUNESP - Dir (CM 2 Córregos)/2018 
Assunto: Preposição 
Destruindo Riqueza 
A economia cresce encontrando soluções, em geral tecnológicas, para reduzir ineficiências e, 
nesse processo, libera mão de obra. 
Um exemplo esclarecedor é o do emprego agrícola nos EUA. Até 1800, a produção de 
alimentos exigia o trabalho de 95% da população do país. Em 1900, a geração de comida para 
uma população já bem maior mobilizava 40% da força de trabalho e, hoje, essa proporção mal 
chega a 3%. Quem abandonou a roça foi para cidades, integrando a força de trabalho da 
indústria e dos serviços. 
Esse processo pode ser cruel para com indivíduos que ficam sem emprego e não conseguem 
se reciclar, mas é dele que a sociedade extrai sua prosperidade. É o velho fazer mais com 
menos. 
A internet, com sua incrível capacidade de conectar pessoas, abriu novos veios de ineficiências 
a eliminar. Se você tem um carro e não é chofer de praça nem caixeiro viajante, ele passa a 
maior parte do dia parado, o que é uma ineficiência. Se você tem um imóvel vago ou mesmo 
um dormitório que ninguém usa, está sendo improdutivo. O mesmo vale para outros 
apetrechos que você possa ter, mas são subutilizados. Os aplicativos de compartilhamento, ao 
ligar de forma instantânea demandantes a ofertantes, permitem à sociedade fazer muito mais 
com aquilo que já foi produzido(carros, prédios, tempo disponível etc.), que é outro jeito de 
dizer que ela fica mais rica. 
É claro que isso só dá certo se não forem criadas regulações desnecessárias que embaracem 
os acertos voluntários entre as partes. A burocratização da oferta de serviços de aplicativos 
torna-os indistinguíveis. Dá para descrever isso como a destruição de riqueza. 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 31.10.2017. Adaptado) 
Assinale a alternativa cujo termo para, em destaque, expressa ideia de finalidade. 
a) A economia cresce encontrando soluções, em geral tecnológicas, para reduzir 
ineficiências... 
 
b) Quem abandonou a roça foi para cidades, integrando a força de trabalho da indústria 
e dos serviços. 
c) Esse processo pode ser cruel para com indivíduos que ficam sem emprego... 
d) O mesmo vale para outros apetrechos que você possa ter, mas são subutilizados. 
e) Dá para descrever isso como a destruição de riqueza. 
 
 
27. VUNESP - Prof (SME Barretos)/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo (‘Caveat emptor’. Hélio 
 Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br/ 
colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
O termo destacado na frase – ... é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se 
celebrizou por jogar seus preços na lua... – forma uma expressão com sentido de 
a) modo. 
b) causa. 
 
c) origem. 
d) oposição. 
e) finalidade. 
 
 
28. VUNESP - Ag Prev (PAULIPREV)/2018 
Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando como 
escolheu aquele modelito pra sair de casa. 
Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto, roupa limpa, 
roupa suja. 
Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem trabalhei no final 
dos anos 1980. Leminski era o que chamamos de “figuraça”. Fazíamos o Jornal de Vanguarda 
juntos na TV Bandeirantes. 
Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada, sem cinto, 
caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação de chinelo franciscano. 
Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso Ming. 
– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor? 
Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava de Dinastia 
Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata. 
– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como estou 
quando chego na rua. 
(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a preposição de, em destaque, está empregada em 
conformidade com a normapadrão. 
a) Paulo Leminski, de que era poeta, trabalhou no Jornal Vanguarda, na TV Bandeirantes. 
b) Ming fez com que Leminski reparasse de que suas meias tinham cores diferentes. 
c) Leminski, de quem o autor foi colega na TV Bandeirantes, ia trabalhar com chinelo 
franciscano. 
d) Após notar de que cada meia tinha uma cor diferente, Leminski confessou vestir-se no 
escuro. 
e) Celso Ming, de quem Paulo Leminski trabalhou na TV Bandeirantes, escreve sobre 
economia. 
 
 
29. VUNESP - Aux SG (PAULIPREV)/2018 
De patas para o ar 
Rafiki é um angolano, filho de uma economista e de um funcionário de multinacional. Veio 
para o Brasil estudar medicina e foi surpreendido pela carga de preconceito que encontrou 
aqui. Já enfrentou o constrangimento de perceber que pessoas fecham os vidros dos carros 
 
nos sinais quando o veem, ou mulheres se agarram a suas bolsas ao cruzarem com ele na 
calçada. 
O universitário Rafiki mora em um bairro de classe média alta e uma noite, quando estava para 
entrar em seu prédio, viu um casal passar por ele, entrar e bater a porta. 
O angolano entrou em seguida e encontrou o casal esperando o elevador. Como a mulher o 
encarava insistentemente, ele perguntou: 
─ Estou sujo? Tem alguma coisa errada comigo? Qual é o problema? 
O marido se desculpou dizendo: 
─ Sabe como é hoje em dia, né? A gente tem que ficar ligado... 
Quando as pessoas, porém, ficam sabendo que Rafiki é estudante de medicina, mudam a 
forma de tratá-lo. 
Rafiki também não compreende um comportamento que chama sua atenção no Brasil: as 
pessoas pedirem informações na rua sem antes dizer “bom dia”, “por favor”, “com licença”. 
Mas ele não acredita que essa falta de educação seja maior aqui do que em outros países. A 
gentileza tem sido pouco valorizada. Rafiki costuma dizer ultimamente que o mundo todo está 
de patas para o ar. 
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado) A alternativa em que a 
palavra destacada estabelece relação de lugar é: 
a) Rafiki é um angolano, filho de uma economista... 
b) ... educação seja maior aqui do que em outros países. 
c) ... se agarram a suas bolsas ao cruzarem com ele... 
d) O angolano entrou em seguida... 
e) ... Rafiki é estudante de medicina... 
 
 
30. VUNESP - Ass GP (IPSM SJC)/ 2018 
Para se alfabetizar de verdade, Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas 
Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte comentário: “É 
de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau, o sujeito se meter a querer 
ensinar os outros a escrever”. 
Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas, da 
música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita não pode ser ensinada. 
Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do leitor citado, 
que completou seu comentário com esta pérola: “Saber escrever é uma questão de talento, 
quem não tem, não vai nunca aprender…” 
Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda pessoa 
alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio. 
Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos falando só de 
correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência 
artificial. 
 
Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o leitor de 
confusão outédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma igualitária por qualquer 
sociedade que se pretenda civilizada e justa. 
(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017) 
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão. 
a) Talento literário é raro mesmo, e onde vivemos é comum ouvir que dificilmente 
encontramo-lo por aí. 
b) Escrever com clareza e precisão é uma riqueza e esta deve-se distribuir de forma 
igualitária numa sociedade. 
c) Me disse um leitor que eu tinha pretensão sem tamanho, ao comentar o que falei sobre 
o livro de Zinsser. 
d) Hoje se entende que só correção gramatical e ortográfica não são qualidades 
suficientes para uma boa escrita. 
e) Poderia-se dizer que a escrita, ao contrário de todas as demais atividades humanas, 
não pode ser ensinada? 
 
 
31. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/2018 
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as ideias do fundador são 
institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não 
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque o autor das ideias não esteja 
mais aqui para atualizá-las. 
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. Como 
a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a 
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias, revisando sua obra 
ao longo da vida. Ele chegou a afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes. Portanto, não 
podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que 
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses 
colapsar”. Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias. 
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) 
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. – 
e – Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… –, os termos destacados são 
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal. 
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto. 
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo, complemento 
nominal. 
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto. 
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito. 
 
 
 
32. VUNESP - PMSP)/2017 
A palavra assexuado foi formada com um prefixo de negação, assim como o vocábulo: 
a) cruzamento. 
b) análise. 
c) reprodução. 
d) processo. 
e) invertebrados. 
 
 
33. VUNESP - Agente de Fiscalização Financeira (TCE-SP)/2017 
Briga de irmãos... Nós éramos cinco e brigávamos muito, recordou Augusto, olhos perdidos 
num ponto X, quase sorrindo. Isto não quer dizer que nos detestássemos. Pelo contrário. A 
gente gostava bastante uns dos outros e não podia viver na separação. Se um de nós ia para 
o colégio (era longe o colégio, a viagem se fazia a cavalo, dez léguas na estrada lamacenta, 
que o governo não consertava.), os outros ficavam tristes uma semana. Depois esqueciam, mas 
a saudade do mano muitas vezes estragava o nosso banho no poço, irritava ainda mais o 
malogro da caça de passarinho: “Se Miguel estivesse aqui, garanto que você não deixava o 
tiziu fugir”, gritava Édison. “Você assustou ele falando alto... Miguel te quebrava a cara”. Miguel 
era o mais velho, e fora fazer o seu ginásio. Não se sabe bem por que a sua presença teria 
impedido a fuga do pássaro, nem ainda por que o tapa no rosto de Tito, com o tiziu já 
longínquo, teria remediado o acontecimento. Mas o fato é que a figura de Miguel, evocada 
naquele instante, embalava nosso desapontamento e de certo modo participava dele, 
ajudando-nos a voltar para casa de mãos vazias e a enfrentar o risinho malévolo dos 
Guimarães: “O que é que vocês pegaram hoje?” “Nada”. Miguel era deste tamanho, impunha 
-se. Além disto, sabia palavras difíceis, inclusive xingamentos, que nos deixavam de boca 
aberta, ao explodirem na discussão, e que decorávamos para aplicar na primeira oportunidade, 
em nossas brigas particulares com os meninos da rua. Realmente, Miguel fazia muita falta, 
embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua autoridade. E pensávamos com 
ânsia no seu regresso, um pouco para gozar de sua companhia, outro pouco para aprender 
nomes feios, e bastante para descontar os socos que ele nos dera, o miserável. 
(Carlos Drummond de Andrade, A Salvação da Alma. Em: O sorvete e outras histórias.) 
Assinale a alternativa em que estão destacados, respectivamente, um adjetivo e uma locução 
adjetiva. 
a) Você assustou ele falando alto… /… teria impedido a fuga do pássaro. 
b) Miguel era o mais velho… /… a viagem se fazia a cavalo. 
c) E pensávamos com ânsia no seu regresso… /… o tapa no rosto de Tito. 
d) …para aprender nomes feios… /… o risinho malévolo dos Guimarães. 
e) …os socos que ele nos dera, o miserável. /… de certo modo participava dele. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/11768
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/11768
 
 
34. VUNESP - Psicólogo Judiciário (TJ SP)/2017 
Um funcionário do Judiciário que precise encaminhar um documento oficial a um juiz iniciará 
seu texto da seguinte forma: 
a) Ilustríssimo Juiz, segue o relatório para que Vossa Excelência analise a necessidade ou 
não de incluir novas informações. 
b) Juiz, segue o relatório para que Sua Excelência analiseis a necessidade ou não de incluir 
novas informações. 
c) Senhor Juiz, segue o relatório para que Vossa Excelência analise a necessidade ou não 
de incluir novas informações. 
d) Senhor Juiz, segue o relatório para que Sua Excelência analise a necessidade ou não de 
incluir novas informações. 
e) Sua Excelência Senhor Juiz, segue o relatório para Vossa Excelência analisar a 
necessidade ou não de incluir novas informações. 
 
 
35. VUNESP - Agente de Fiscalização Financeira (TCE-SP)/2017 
Assinale a alternativa em que o pronome está empregado em conformidade com a norma-
padrão. 
a) A dispensa de servidores onde o desempenho é insuficiente não pode ser posta em 
prática. 
b) A dispensa de servidores que o desempenho é insuficiente não pode ser posta em 
prática. 
c) A dispensa de servidores cujo desempenho é insuficiente não pode ser posta em 
prática. 
d) A dispensa de servidores o qual o desempenho é insuficiente não pode ser posta em 
prática. 
e) A dispensa de servidores aonde o desempenho é insuficiente não pode ser posta em 
prática. 
 
36. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/"Capital e Interior"/2017 
Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está empregado com o mesmo sentido 
de posse que tem o pronome “lhe”, na passagem – Ele, um dos garotos no meio da garotada 
em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos... 
a) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero. 
b) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude. 
c) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado. 
d) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão. 
e) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/11768
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/11768
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9421
 
 
37. VUNESP - Agente de Fiscalização Financeira (TCE-SP)/2017 
Assinale a alternativa em que, na expressão destacada, o termo “o” está empregado como 
pronome demonstrativo. 
a) … em que se tomou conhecimento do que a carta dizia… 
b) … uma carta […] cuidadosamente colocada dentro do cofre… 
c) … e que foi ganho com o suor do meu rosto. 
d) Apanhou um resfriado, do resfriado passou à pneumonia… 
e) … para desrespeitar a vontade do falecido. 
 
 
38. VUNESP - PsicólogoJudiciário (TJ SP)/2017 
Leia o texto para responder à questão. 
Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o “Marechal de Ferro”. Em 1892, um senador-
almirante e políticos sediciosos _______. Ele avisara: “Vão discutindo, que eu vou mandando 
prender”. Encheu a cadeia, e o advogado Rui Barbosa bateu às portas do Supremo Tribunal 
Federal para ________. Floriano avisou: “Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, 
eu não sei quem amanhã ________ o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão”. 
(Élio Gaspari. Folha de S.Paulo, 11.12.2016. Adaptado) 
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, 
respectivamente, com: a) desafiaram-no ... soltá-los ... lhes dará 
b) desafiaram-no ... soltar-os ... dá-los-á 
c) desafiaram-lhe ... soltar eles ... dará à eles 
d) desafiaram ele ... soltar-lhes ... dar-lhes-á 
e) desafiaram-o ... soltar-nos ... os dará 
 
 
39. INÉDITA 
Assinale a opção em que o elemento em destaque foi empregado de acordo com os 
preceitos da norma culta. 
a) Na época onde grande parte dos cientistas atuavam em laboratórios locais houve 
inúmeros avanços científicos. 
b) O artificialismo a que se prendem alguns âncoras de TV compromete a credibilidade 
do meio jornalístico. 
c) As versões que se fala nos bastidores contém trechos contraditórios que demonstram 
conflito de interesses. 
d) A pessoa em cujo trabalho podemos contar tem uma posição estratégica na equipe. 
e) Adoramos o filme cujo ganhou diversos prêmios internacionais. 
 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/11769
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/11769
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
 
40. INÉDITA 
Um estudante apresenta dificuldades com a flexão plural, pois tem dificuldades em identificar 
as palavras que são invariáveis. Ao se deparar com as duas frases a seguir, ficou em dúvida 
sobre qual forma estaria correta do ponto de vista da norma culta. 
I – Fizemos as tarefas erradas. 
II – Fizemos as tarefas errado. 
Qual das análises a seguir é coerente? 
a) Em I, foi errada a maneira como foram feitas as tarefas. Em II, há um problema de 
concordância entre “errado” e “maneira”. Apenas I, portanto, está de acordo com a norma 
culta. 
b) Em II, foi errada a maneira como foram feitas as tarefas. Em I, foram realizadas tarefas 
que não eram corretas. Ambas, portanto, estão de acordo com a norma culta. 
c) Em I, as tarefas realizadas foram as erradas. Em II, há um problema de concordância 
entre “errado” e “maneira”. Apenas I, portanto, está de acordo com a norma culta. 
d) Em II, as tarefas realizadas foram as erradas. Em I, foi errada a maneira como foram 
feitas as tarefas. Ambas, portanto, estão de acordo com a norma culta. 
e) Em I, deveria ser empregada a forma “erradamente”. Em II, há um problema de 
concordância entre “errado” e “maneira”. Assim, I e II são construções em desacordo com a 
norma culta. 
 
 
41. INÉDITA 
Assinale a opção cujo “lhe” em destaque exerce uma função diferente da dos demais. 
a) O professor enviou-lhe, após o expediente, uma completa lista de exercícios. 
b) O aluno lhe entregou, após insistentes pedidos, a relação dos colegas faltosos. 
c) Pedimo-lhe uma ajuda financeira, em decorrência do desemprego de boa parte dos 
nossos familiares. 
d) Ofereceram-lhe a mais cobiçada oportunidade de emprego. 
e) Os outros alunos lhe seguiram o exemplo e abraçaram a causa. 
 
42. INÉDITA 
As gerações atuais veem os mais experientes de forma negativa, fazem dos mais experientes 
um fardo, atribuem aos mais experientes vícios ou manias incorrigíveis e, devido a essa 
inversão de valores, assiste aos mais experientes não mais transmitir conhecimento, mas sim 
apenas entreter os mais jovens com lembranças do passado. 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na 
ordem dada, por: 
a) fazem deles - atribuem-lhes - assiste-lhes 
b) fazem-lhes - atribuem-lhes - lhes assiste 
c) fazem-lhes - atribuem-nos - assiste-lhes 
 
d) fazem-nos - atribuem-nos - neles assiste 
e) fazem deles - atribuem a eles - assiste-os 
 
43. INÉDITA 
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: 
a) Os motivos nos quais se valeu o deputado baseavam-se numa equivocada comparação 
em cuja pretendia iludir seus fiéis eleitores. 
b) As profissões para cujo desempenho são exigidas muita concentração e paciência não 
são indicadas a quem não dispõe de equilíbrio emocional. 
c) Muitos eleitores preferem uma candidatura baseada em mentiras agradáveis do que 
uma apoiada em verdades desagradáveis onde nem todos querem acreditar. 
d) O mau juízo de que se imputa aos sindicatos é semelhante àquele em que se atribui 
aos partidos políticos. 
e) A confiança de cuja não se afastam milhares de brasileiros é a de que a política possa 
ser exercida segundo à natureza do interesse público. 
 
44. INÉDITA 
As gerações atuais veem os mais experientes de forma negativa, fazem dos mais experientes 
um fardo, atribuem aos mais experientes vícios ou manias incorrigíveis e, devido a essa 
inversão de valores, assiste aos mais experientes não mais transmitir conhecimento, mas sim 
apenas entreter os mais jovens com lembranças do passado. 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na 
ordem dada, por: 
a) fazem deles - atribuem-lhes - assiste-lhes 
b) fazem-lhes - atribuem-lhes - lhes assiste 
c) fazem-lhes - atribuem-nos - assiste-lhes 
d) fazem-nos - atribuem-nos - neles assiste 
e) fazem deles - atribuem a eles - assiste-os 
 
 
 
 
45. INÉDITA 
Adultos brasileiros têm menos anos de escolaridade do que os colombianos. 
Os adultos brasileiros frequentaram menos anos de escola do que a população de mesma 
faixa etária da Colômbia — cujo PIB “per capita”, durante boa parte do século XX, foi inferior 
ao brasileiro. A conclusão está em relatório do BID (Banco Interamericano de 
Desenvolvimento). 
Sendo coerente com o conteúdo da notícia, podemos afirmar que em sua manchete: 
 
a) o termo “colombianos” é substantivo, uma vez que se refere àqueles que nasceram na 
Colômbia. 
b) o termo “colombianos” é adjetivo, uma vez que qualifica o substantivo oculto “adultos”. 
c) o termo “adultos” é adjetivo, uma vez que qualifica o substantivo oculto “brasileiros”. 
d) os termos “adultos” e “brasileiros” são substantivos 
e) os termos “adultos” e “colombianos” são substantivos 
 
 
 
GABARITO 
 
01 A 02 E 03 A 04 B 05 E 
06 D 07 B 08 C 09 D 10 E 
11 C 12 D 13 C 14 D 15 A 
16 A 17 A 18 E 19 E 20 E 
21 D 22 A 23 B 24 D 25 C 
26 A 27 B 28 C 29 B 30 D 
31 D 32 E 33 D 34 C 35 C 
36 D 37 A 38 A 39 B 40 B 
41 E 42 A 43 B 44 A 45 B 
 
 
 
Morfologia Parte 2 
 
 
 
Gabaritado 
MORFOLOGIA 2 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. VUNESP – Prefeitura de Morro Agudo - SP/2020 
Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está no tempo presente. 
a) Um dia, uma médica conversou com Leila… 
b) … ainda não conseguia deixar de se espantar… 
c) … porque o marido está mais envelhecido… 
d) O certo, quando o amor deixa de existir, seria separar-se… 
e) … para que novas histórias de amor pudessem nascer… 
 
 
2. VUNESP – AVAREPREV - SP/2020 
No enunciado “Éramos nove milhões. Agora somos 13,5 milhões de miseráveis!”, a relação de 
tempo verbal estabelecida entre as formas destacadas também está presente na frase a seguir, 
que atende à norma-padrão: 
a) Antigamente teve nove milhões. Agora é 13,5 milhões de miseráveis! 
b) Antigamente havia nove milhões. Agora são 13,5 milhões de miseráveis! 
c) Antigamente haviam nove milhões. Agora tem 13,5 milhões de miseráveis! 
d) Antigamente houveram nove milhões. Agora existem 13,5 milhões de miseráveis! 
e) Antigamente tinha nove milhões. Agora existe 13,5 milhões de miseráveis!3. VUNESP – Prefeitura de Cananeia - SP/2020 
O verbo “conter”, presente no texto em – nome dado à cápsula que contém Azuma –, também 
está empregado corretamente na alternativa: 
a) Quando as garrafas conterem o limite máximo de vinho, poderão ser lacradas. 
b) Ainda que o recipiente contém rachaduras, poderá ser reaproveitado. 
c) Caso os documentos contessem a assinatura dos proprietários, não haveria entraves 
jurídicos. 
d) O boxeador não contera sua agressividade e feriu o adversário. 
e) Se o formulário contiver as informações exigidas, o passaporte será emitido. 
 
 
4. VUNESP – FITO/2020 
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo 
com a conjugação verbal. 
Se o usuário se __________fiel às empresas, é improvável que se __________contra o vício e 
_________controle sobre sua vida. 
a) mantiver… previna… exerça 
b) mantém… previne… exerce 
 
c) mantiver… previna… exerce 
d) mantém… previne… exerça 
e) mantenha… previne… exerça 
 
 
5. VUNESP – SeMAE/2020 
Na frase do primeiro parágrafo – Delfino largou-se para o mar no mesmo dia em que chegara 
ao Rio. –, as formas verbais destacadas, na sequência em que estão empregadas na frase, 
sinalizam 
a) eventos que ocorreram concomitantemente. 
b) eventos cuja realização ocorreu independentemente da vontade do personagem. 
c) um evento já concluído e o outro evento ainda em processo. 
d) um evento ocorrido posteriormente ao outro evento. 
e) um evento que precedeu o outro, ambos ocorridos no passado. 
 
6. VUNESP – Prefeitura de Guarulhos/2019 
Considere a seguinte passagem do texto: 
Mas quem quer que leia com atenção e sem partido o seu livro há de reconhecer que os 
autores são extremamente cautelosos com suas críticas... (4o parágrafo) 
Preservando-se o paralelismo entre as formas verbais, os trechos sublinhados podem ser 
substituídos, respectivamente, por 
a) quaisquer pessoas que lessem ... hajam 
b) quaisquer pessoas que lerem ... haverão 
c) quaisquer pessoas que leem ... teriam havido 
d) quaisquer pessoas que terem lido ... haviam 
e) quaisquer pessoas que tenham lido ... houvessem 
 
 
7. VUNESP – Prefeitura de Dois Córregos/2019 
No período – Imaginava que não teria chance alguma, no entanto, me candidatei. –, as formas 
verbais destacadas expressam, correta e respectivamente, sentido de: 
a) ação concluída e ação contínua. 
b) hipótese e ação concluída. 
c) ação contínua e ação concluída. 
d) hipótese e ação contínua. 
e) ação prospectiva e hipótese. 
 
8. VUNESP – Prefeitura de Guarulhos/2019 
 
 
 
O verbo ir está empregado com o mesmo sentido e a mesma função que o verificado na fala 
do primeiro quadrinho na seguinte frase: 
a) Vai-se mais um ano, e a obra ainda não foi concluída como o planejado. 
b) A rodovia que vai de uma cidade a outra terá a instalação de um pedágio. 
c) Ele vai ao evento de transporte público, porque não gosta de usar carro. 
d) O museu permanecerá fechado no próximo mês, pois vai haver uma reforma. 
e) A economia da região vai bem, apesar da crise global dos últimos anos. 
 
9. VUNESP – TJ SP/2019 
Transpostas para a voz passiva, as passagens “O próximo governo não encontrará um 
ambiente econômico internacional sereno.” (1° parágrafo) e “Se até o início deste ano EUA, 
Europa e China davam sinais de vigor...” (4° parágrafo) assumem a seguinte redação: 
a) Um ambiente econômico internacional sereno não poderá ser encontrado pelo 
próximo governo. / Se sinais de vigor deram EUA, Europa e China até o início deste ano... 
b) O próximo governo não terá encontrado um ambiente econômico internacional sereno. 
/ Se foram dados sinais de vigor por EUA, Europa e China até o início deste ano... 
c) Um ambiente econômico internacional sereno não terá sido encontrado pelo próximo 
governo. / Se se deram sinais de vigor, até o início deste ano, por EUA, Europa e China... 
d) Não será encontrado um ambiente econômico internacional sereno pelo próximo 
governo. / Se sinais de vigor eram dados por EUA, Europa e China até o início deste ano... 
e) Não se encontrará um ambiente econômico internacional sereno no próximo governo. 
/ Se EUA, Europa e China tinham dado sinais de vigor até o início deste ano... 
 
 
10. VUNESP – ARSESP/2018 Considere o trecho: 
O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e Tecnologia 
desenvolveu um estudo... 
 
Esse trecho está reescrito, conforme a norma-padrão, com a forma verbal na voz passiva 
correspondente em: 
a) Foi o departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e 
Tecnologia que desenvolveu um estudo. 
b) Veio desenvolvendo um estudo o departamento de engenharia da computação da 
Academia Árabe de Ciências e Tecnologia. 
c) Um estudo foi desenvolvido pelo departamento de engenharia da computação da 
Academia Árabe de Ciências e Tecnologia. 
d) O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e 
Tecnologia tinha desenvolvido um estudo. 
e) Um estudo foi que desenvolveu o departamento de engenharia da computação da 
Academia Árabe de Ciências e Tecnologia. 
 
 
11. VUNESP - CM Indaiatuba/2018 
Leia o texto, para responder à questão. 
Há 28 anos um grupo de pessoas se reúne semanalmente na sede da ONG (organização não 
governamental) Anjos da Noite, em um sobrado no bairro de Artur Alvim, na Zona Leste de 
São Paulo. Os voluntários dedicam-se a aplacar as carências dos moradores de rua. Além de 
entregar cobertores e roupas, o grupo tem como principal incumbência a distribuição de 
refeições. Aos sábados, os colaboradores se organizam para preparar 200 quilos de comida. A 
distribuição de 800 marmitas tem início ao cair da noite. Anteriormente, os voluntários 
rodavam quatro horas pelas ruas da região central até entregar a última quentinha. Hoje, o 
trabalho é feito em menos de uma hora. Basta estacionar o carro, e um grupo de pessoas 
carentes faz fila para ganhar o alimento. 
A experiência dos Anjos da Noite confirma a percepção que tem qualquer cidadão dos maiores 
centros urbanos brasileiros: o número de pessoas que vivem nas ruas elevou-se, e muito, nos 
últimos anos. As estatísticas são esporádicas e, por isso, não é fácil saber com exatidão a 
proporção desse crescimento. 
(Giovanni Magliano. A rua como único refúgio. Veja, 6.12.2017. Adaptado) 
Assinale a alternativa que substitui as expressões destacadas no trecho seguinte, em 
conformidade com a normapadrão. 
Basta estacionar o carro, e um grupo de pessoas carentes faz fila para ganhar o alimento. 
a) Bastava ... fez ... que ganhasse 
b) Bastou ... faria ... que ganha 
c) Bastará ... faça... que ganhará 
d) Bastaria ... faria ... que ganhasse 
e) Bastasse ... fazia ... que ganhava 
 
12. VUNESP - Deleg (PC BA)/2018 
 
Há emprego correto das formas verbais e correlação adequada entre tempos e modos, 
conforme a norma -padrão, em: 
a) Talvez seja válido considerar que o que nos desagradasse na adaptação de 
determinado livro seja a ausência de nossa própria leitura, pois sempre esperarmos ver nossas 
expectativas correspondidas na tela. 
b) Por mais que uma adaptação se proposse a ser fiel à obra em que se baseou, sempre 
haveria aspectos de divergência, uma vez que o filme tivera uma linguagem própria e traduzira 
uma leitura particular. 
c) Considerando que os leitores tenham modos peculiares de pensar e sentir, a apreensão 
de um texto literário não será a mesma para todos, ainda que determinadas interpretações 
possam ser partilhadas. 
d) Se as pessoas manterem o hábito de ler textos literários,teriam muito a ganhar, pois a 
literatura não apenas é fundamental para que desenvolvêssemos nosso intelecto mas também 
é importante para expandirmos a imaginação. 
e) Quando as pessoas passassem a dedicar mais tempo à leitura e à introspecção, será 
possível ampliar suas potencialidades intelectuais e emocionais, de modo que isso alterará a 
 
13. VUNESP - Prof (SME Barretos)/2018 
Leia o textopara responder à questão. 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo 
(‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br/ 
colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque no trecho expressa a ideia de 
possibilidade de que um fato ou evento se realize. 
a) E há motivos para acreditar que pelo menos uma parte deles queira. 
b) ... os preços efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência... 
c) ... resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos... 
d) Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões... 
e) Num mundo em que o cliente sempre tem razão... 
 
14. VUNESP - Pref Mogi Cruzes/2018 
 
 
 
(Folha de S.Paulo, 26.10.2017) 
Se a frase do 2º quadrinho for reescrita na perspectiva de tempo futuro, em conformidade 
com a norma-padrão, ela assumirá a seguinte redação: 
a) Quando você querer escrever alguma monstruosidade, será possível comentar de 
forma anônima. 
b) Quando você queira escrever alguma monstruosidade, é possível comentar de forma 
anônima. 
c) Quando você quisesse escrever alguma monstruosidade, seria possível comentar de 
forma anônima. 
 
d) Quando você quiser escrever alguma monstruosidade, será possível comentar de forma 
anônima. 
e) Quando você quererá escrever alguma monstruosidade, é possível comentar de forma 
anônima. 
 
 
15. VUNESP - CM Indaiatuba/2018 
Leia o texto, para responder à questão. 
Marieta 
Marieta fez 90 anos. 
Não resisto à tentação de revelar a idade de Marieta. 
Sei que é falta de educação (mas pouca gente sabe hoje o que quer dizer falta de educação, 
ou mesmo educação) falar em idade de mulher. 
São múltiplas as teorias sobre idade feminina. Eu envelheceria ainda mais, se fosse anotar aqui 
todos os conceitos alusivos a essa matéria; enquanto isso, as mulheres ficariam cada vez mais 
jovens. Depois, não estou interessado em compendiar a incerta sabedoria em torno do tema 
incerto. Meu desejo é só este: contar a idade de Marieta, por estranho que pareça. 
E não é nada estranho, afinal. Marieta fazer 90 anos é tão simples quanto ela fazer 15. No 
fundo, está fazendo seis vezes 15 anos, esta é talvez sua verdadeira idade, por uma graça da 
natureza que assim o determinou e assim o fez. Privilégio. 
Ah, Marieta, que inveja eu sinto de você, menos pelos seus 90, perdão, 6 x 15 anos, do que 
pelo sinal que iluminou seu nascimento, sinal de alegria serena, de firmeza e constância, de 
leve compreensão da vida, que manda chorar quando é hora de chorar, rir o riso certo, curtir 
uma forma de amor com a seriedade e a naturalidade que todo amor exige. 
Sei não, Marieta (de batismo e certidão, Maria Luísa), mas você é a mais agradável combinação 
de gente com gente que eu conheço. 
(Carlos Drummond de Andrade, Boca de Luar. Adaptado) 
Na passagem “Eu envelheceria ainda mais, se fosse anotar aqui todos os conceitos alusivos a 
essa matéria; enquanto isso, as mulheres ficariam cada vez mais jovens.”, tal como estão 
flexionados, os verbos 
a) exprimem incerteza ou dúvida acerca de fatos ocorridos em tempo próximo. 
b) expressam possibilidades, referindo-se a fatos não ocorridos. 
c) indicam ação que se produzirá em certo momento do futuro. 
d) asseveram que uma ação futura estará realizada antes de outra. 
e) indicam, entre ações simultâneas, a que estava em processo quando a outra ocorreu. 
 
 
16. VUNESP - CM Indaiatuba/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
A última crônica 
 
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na 
realidade, estou adiando o momento de escrever. 
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta 
busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo 
de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. 
Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma 
criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, 
curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança: 
“assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então 
um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de mármore ao 
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, 
deixa-se acrescentar pela presença de uma menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda 
arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que 
compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, 
porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, 
aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. Este ouve, 
concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A meu lado o garçom 
encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a 
mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia 
triangular. 
A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. 
Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe 
remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma 
caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém 
mais os observa além de mim. 
São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela 
serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A menininha sopra com força, 
apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando 
num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você...”. A 
menininha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comêlo. A mulher 
está olhando paraela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo que 
lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer 
intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se 
encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba 
sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. 
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. 
(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado) 
A frase cuja forma verbal destacada expressa um desejo está na alternativa: 
 
a) Na realidade estou adiando o momento de escrever. (1º parágrafo) 
b) Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito... (2º parágrafo) 
c) Sem mais nada para contar, curvo a cabeça… (2º parágrafo) 
d) A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. (5º parágrafo) 
e) ... mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.(6º parágrafo) 
 
 
17. VUNESP - Ag Prev (PAULIPREV)/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando como 
escolheu aquele modelito pra sair de casa. 
Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto, roupa limpa, 
roupa suja. 
Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem trabalhei no final 
dos anos 1980. 
Leminski era o que chamamos de “figuraça”. Fazíamos o Jornal de Vanguarda juntos na TV 
Bandeirantes. 
Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada, sem cinto, 
caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação de chinelo franciscano. 
Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso Ming. 
– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor? 
Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava de Dinastia 
Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata. 
– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como estou 
quando chego na rua. 
(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado) 
Uma expressão verbal que designa uma ação habitual realizada no passado está em: a) ... ia 
trabalhar de qualquer jeito. 
b) … foi surpreendido no corredor... 
c) … está usando uma meia de cada cor? 
d) … levantou ligeiramente sua calça... 
e) ... respondeu na lata. 
 
 
18. VUNESP - Ag Prev (PAULIPREV)/2018 
Assinale a alternativa em que a concordância está em conformidade com a norma-padrão. 
a) Há pessoas que escolhem com bom gosto a roupa que vestem, independentemente 
das circunstâncias. 
b) No coletivo, alguns vestiam-se com cuidado, enquanto outros parecia ser mais 
displicente. 
 
c) Roupas belas ou feias, limpas ou sujas, tudo levavam a imaginar como devia viver 
aqueles estranhos. 
d) Muitos são os fatores que é levado em conta quando cada um de nós escolhem o que 
vestir. 
e) São importantes lembrar que nossa personalidade e nossos valores não se define pela 
roupa que usamos. 
 
 
19. VUNESP - PAULIPREV/2018 
De patas para o ar 
Rafiki é um angolano, filho de uma economista e de um funcionário de multinacional. Veio 
para o Brasil estudar medicina e foi surpreendido pela carga de preconceito que encontrou 
aqui. Já enfrentou o constrangimento de perceber que pessoas fecham os vidros dos carros 
nos sinais quando o veem, ou mulheres se agarram a suas bolsas ao cruzarem com ele na 
calçada. 
O universitário Rafiki mora em um bairro de classe média alta e uma noite, quando estava para 
entrar em seu prédio, viu um casal passar por ele, entrar e bater a porta. 
O angolano entrou em seguida e encontrou o casal esperando o elevador. Como a mulher o 
encarava insistentemente, ele perguntou: 
─ Estou sujo? Tem alguma coisa errada comigo? Qual é o problema? 
O marido se desculpou dizendo: 
─ Sabe como é hoje em dia, né? A gente tem que ficar ligado... 
Quando as pessoas, porém, ficam sabendo que Rafiki é estudante de medicina, mudam a 
forma de tratá-lo. 
Rafiki também não compreende um comportamento que chama sua atenção no Brasil: as 
pessoas pedirem informações na rua sem antes dizer “bom dia”, “por favor”, “com licença”. 
Mas ele não acredita que essa falta de educação seja maior aqui do que em outros países. A 
gentileza tem sido pouco valorizada. Rafiki costuma dizer ultimamente que o mundo todo está 
de patas para o ar. 
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado) 
No trecho – O universitário Rafiki mora em um bairro de classe média alta e uma noite, quando 
estava para entrar em seu prédio... – as formas verbais destacadas estão, respectivamente, nos 
tempos 
a) presente e futuro. 
b) passado e presente. 
c) futuro e presente. 
d) presente e passado. 
e) futuro e passado. 
 
20. VUNESP - Prof (SME Barretos)/2018 
 
Leia a tira para responder à questão. 
 
 
 
(M. Schulz. “Minduim Charles”. http://cultura.estadao.com.br/quadrinhos, 14.11.2017) 
 
Em – Você pode procurar na enciclopédia. –, a forma verbal em destaque 
a) atribui às demais palavras sentido figurado. 
b) imprime valor categórico ao verbo procurar. 
c) indica polidez no discurso do sujeito falante. 
d) evidencia o conteúdo sarcástico do comentário. 
e) situa a ação no contexto de um futuro remoto. 
 
21. VUNESP - ASR I (ARSESP)/ARSESP/2018 
A revolução digital fortalece as previsões de que as casas ou lares inteligentes oferecerão mais 
conveniência e menos dispêndio de energia em um futuro. 
A definição de conveniência para esses novos lares tecnológicos, com redução ou eliminação 
de trabalhos domésticos. Portanto, para que as edificações inteligentes tenham sucesso, elas 
deverão se estruturar com base nessa visão de conveniência como solução para os que vivem 
em um mundo acelerado e estar ancoradas em uma grande variedade de sistemas 
tecnológicos acessíveis e fáceis de operar, tornando a vida das pessoas mais simples. 
Além da conveniência, outro relevante benéfico das casas inteligentes, para os consumidores 
é a sua capacidade de incorporar aspectos relacionados à administração do gasto de energia, 
principalmente com iluminação, condicionamento de ar eletrodomésticos. Um conjunto de 
sensores, adequadamente configurados para gerenciar esses sistemas, pode gerar diminuição 
considerável nos gastos com energia, com reflexos ambientais e econômicos importantes. 
 
O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e Tecnologia 
desenvolveu um estudo para avaliar a economia no consumo de energia gerada com o uso de 
sensores inteligentes, em um apartamento de um dormitório, cozinha, sala de estar, sala de 
jantar e banheiro. O estudo concluiu que a economia pode chegara quase 40% do consumo 
médio mensal de energia. 
A tendência de crescimento desse mercado é clara. A empresa de pesquisa Zion Research 
prevê que a tecnologia das casas inteligentes deve alcançar um faturamento de US$ 53 bilhões 
(R$170 bi) em 2022. O crescimento estará calcado, principalmente, na conexão da casa com os 
ambientes digitais externos, como por exemplo, a conexão do refrigerador com os 
equipamentos dos fornecedores de alimentos. 
Naturalmente, a tecnologia das casas inteligentes continuará a evoluir, tornando-se acessível 
e barata. Com isso, mais pessoas poderão utilizar-se dela, e novos padrões, modelos e estilos 
de vida devem se consolidar, principalmente nas áreas urbanas. 
(Claudio Bernades. Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia. Folha 
de S. Paulo. www.folha.uol.com.br. 22.01.18. Adaptado) 
Considere a frase: 
A empresa de pesquisa Zion Research prevê que a tecnologia das casas inteligentes deve 
alcançar, um faturamento de US$ 53 bilhões (R$ 170 bi) em 2002. Nesse contexto, a forma 
verbal destacada exprime ideia de 
a) recomendação 
b) obrigatoriedade 
c) refutação 
d) probabilidade 
e) comprovação 
 
 
22. VUNESP- ASR I (ARSESP)/ARSESP/2018 
A revolução digital fortalece as previsões de que as casas ou lares inteligentes oferecerão mais 
conveniência e menos dispêndio de energia em um futuro. 
A definição de conveniência para esses novos lares tecnológicos, com redução ou eliminação 
de trabalhos domésticos. Portanto, para que as edificações inteligentes tenham sucesso, elas 
deverão se estruturar com base nessa visão de conveniência como solução para os que vivem 
em um mundo acelerado e estar ancoradas em uma grande variedade de sistemas 
tecnológicos acessíveis e fáceis de operar, tornando a vida das pessoas mais simples. 
Além da conveniência, outro relevante benéfico das casas inteligentes, para os consumidores 
é a sua capacidade de incorporar aspectos relacionados à administração do gasto de energia, 
principalmente com iluminação, condicionamento de ar eletrodomésticos. Um conjunto de 
sensores, adequadamente configurados para gerenciar esses sistemas, pode gerar diminuição 
considerável nos gastos com energia, com reflexos ambientais e econômicos importantes. 
 
O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e Tecnologia 
desenvolveu um estudo para avaliar a economia no consumo de energia gerada com o uso de 
sensores inteligentes, em um apartamento de um dormitório, cozinha, sala de estar, sala de 
jantar e banheiro. O estudo concluiu que a economia pode chegara quase 40% do consumo 
médio mensal de energia. 
A tendência de crescimento desse mercado é clara. A empresa de pesquisa Zion Research 
prevê que a tecnologia das casas inteligentes deve alcançar um faturamento de US$ 53 bilhões 
(R$170 bi) em 2022. O crescimento estará calcado, principalmente, na conexão da casa com os 
ambientes digitais externos, como por exemplo, a conexão do refrigerador com os 
equipamentos dos fornecedores de alimentos. 
Naturalmente, a tecnologia das casas inteligentes continuará a evoluir, tornando-se acessível 
e barata. Com isso, mais pessoas poderão utilizar-se dela, e novos padrões, modelos e estilos 
de vida devem se consolidar, principalmente nas áreas urbanas. 
(Claudio Bernades. Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia. Folha 
de S. Paulo. www.folha.uol.com.br. 22.01.18. Adaptado) 
Considere o trecho: 
O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e 
Tecnologia desenvolveu um estudo. 
Esse trecho está reescrito, conforme a norma -padrão, com a forma verbal na voz passiva 
correspondente em: 
a) Um estudo foi desenvolvido pelo departamento de engenharia da computação da 
Academia Árabe de Ciências e Tecnologia. 
b) Um estudo foi que desenvolveu o departamento de engenharia da Academia Árabe de 
Ciências e Tecnologia. 
c) Foi o departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e 
Tecnologia que desenvolveu o estudo. 
d) O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e 
Tecnologia tinha desenvolvido um estudo. 
e) Veio desenvolvendo um estudo o departamento de engenharia da computação da 
Academia Árabe de Ciências e Tecnologia. 
 
23. VUNESP - Soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo/2018/ 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13791
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13791
 
 
O modo verbal em “não digite” expressa um conselho, assim como ocorre com a expressão 
destacada em: 
a) Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser pago na 
segunda-feira. 
b) O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consumo de gás 
no imóvel. 
c) Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco de trás do 
automóvel. 
d) Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ganho de peso. 
e) Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não poderão realizar 
a prova. 
 
24. VUNESP - Auxiliar de Papiloscopista Policial (PC SP)/2018 Leia o texto para responder 
à questão. 
O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação que a sucedeu 
até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres. 
Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda da renda 
reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década. Durante o longo 
ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5% para 13,7%, ou, dito de outro modo, 
5,9 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho. 
A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado tímida e, 
embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas geradas deixa a desejar. 
Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado. 
A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se elevou em 11%. 
Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de brasileiros são 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14066
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14066
 
miseráveis – considerando uma linha de R$ 136 mensais. O Nordeste abriga 55% desse 
contingente. 
Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a metodologia da Pnad 
e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível que também a exorbitante 
desigualdade social brasileira tenha aumentado com a recessão. 
(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado) Exprime ideia de 
possibilidade a expressão verbal destacada na passagem: 
a) Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de 
brasileiros são miseráveis... 
b) ... dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho. 
c) ... é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha 
aumentado com a recessão. 
d) ... a qualidade das vagas geradas deixa a desejar. 
e) ... reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década. 
 
 
25. VUNESP - Agente de Telecomunicações Policial (PC SP)/2018 Frei Caneca e a Virgem 
Maria 
No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da 
forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, 
lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da 
Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Vestia o hábito da 
Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante 
ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o 
suplício da forca. 
Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme 
quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava 
para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava 
junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar 
Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo 
duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos 
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E eles 
igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria. 
Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros 
conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados 
tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los: 
– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os 
vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou. 
E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa. 
(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado) 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14065
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14065
 
*Desautoração:privação da dignidade do cargo, como medida punitiva. 
**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos. 
Observe a relação temporal entre as situações expressas pelos verbos destacados nos 
seguintes trechos: (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos 
firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha participado da revolta da 
Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. 
É correto concluir que 
a) a situação expressa no trecho II é anterior à expressa no trecho I. 
b) a situação expressa no trecho I é posterior à expressa no trecho III. 
c) a situação expressa no trecho II é simultânea à expressa no trecho III. 
d) as situações expressas nos trechos II e III são anteriores à expressa no trecho I. 
e) as situações expressas nos trechos I e II são concomitantes. 
 
 
26. VUNESP - Agente Policial (PC SP)/2018 
 
 Considerando a correlação entre as formas verbais, conforme a norma-padrão, as lacunas 
devem ser preenchidas, respectivamente, com: 
a) visse ... reporta 
b) ver ... reporte 
c) veria ... reporte 
d) vir ... reporte 
e) verá ... reporta 
 
 
27. VUNESP - Papiloscopista Policial (PC SP)/2018 Leia o texto para responder à questão. 
O Clube dos Suicidas 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14067
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14068
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/14068
 
A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que comprimidos? 
Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do microfone. Dez comprimidos. 
E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam só, uma tontura gostosa! Não é notável? 
Uma tontura gostosa. E foi por causa de quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia 
também? Batia. Voltava bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. 
E ela não vai mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as 
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a moça loira 
da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu. Morreu ontem. A família 
veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela não poderá aproveitar. Outros o farão. 
E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? 
Por que a senhora bateu nela? A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, 
menina. A propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui 
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De qualquer 
modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado com o fio. Olha um 
homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe deixou? Miserável. Ah, não 
foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto. Fala mais alto! Está desenganado. É 
câncer? Não sabe o que é. Quem foi que desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica 
ali à esquerda e aguarde o brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? 
Vai ali para a esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram 
que a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E dá? Mostra 
para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone. 
(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996) 
Nos trechos “Cuidado, não pise no fio do microfone.”, “Fica ali, à esquerda.” e “Mostra para 
nós como é que foi.”, o apresentador emprega o verbo no imperativo, respectivamente, com 
as seguintes finalidades: 
a) advertência, solicitação e ordem. 
b) solicitação, pedido e pedido. 
c) pedido, orientação e ordem. 
d) advertência, orientação e pedido. 
e) ordem, solicitação e orientação. 
 
 
28. VUNESP - Assistente Administrativo I (UNESP)/Campus Itapeva/2017 
Leia o texto para responder à questão. 
Fogo e Madeira 
Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma camionete e 
uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à extração ilegal de madeira 
na divisa entre Rondônia e Mato Grosso. 
Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto qualificar como 
êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais alongada no tempo. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8490
 
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais revela do 
que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia. 
Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa atividade 
predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas pelos infratores. 
Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama afugenta, pelo mero estardalhaço 
de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo crime. 
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue. Operações 
dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a abalar-se da área 
protegida. 
Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização. Madeireiros 
possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do recurso natural, mas a utilizam 
para enveredar em áreas protegidas. 
Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento da 
população em outras atividades atraentes do ponto de vista econômico. A falta de alternativas 
de trabalho sem dúvida explica por que madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os 
habitantes da região. Ainda que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de 
interromper o desmatamento. 
* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado) 
No trecho do penúltimo parágrafo do texto “Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior 
alcance, envolveriam o engajamento da população...”, a forma verbal em destaque expressa 
sentido de 
a) improbabilidade. 
b) certeza. 
c) ação concluída. 
d) dúvida. 
e) possibilidade. 
 
 
29. VUNESP - Tecnólogo de Administração (PM SP)/2017 
Muitos acontecimentos se tinham passado entre eles nestes dois dias; há circunstâncias em 
que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária, e devoram meses e anos num 
só minuto. 
Reunidos nesta sala pela necessidade extrema do perigo, vendo-se a cada momento, trocando 
ora uma palavra, ora um olhar, sentindo-se enfim perto um do outro, esses dois corações, se 
não se amavam, compreendiam-se ao menos. 
Álvaro fugia e evitava Isabel; tinha medo desse amor ardente que o envolvia num olhar, dessa 
paixão profunda e resignada que se curvava a seus pés sorrindo melancolicamente. Sentia-se 
fraco para resistir, e entretanto o seu dever mandava que resistisse. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8746
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8746
 
Ele amava, ou cuidava* amar ainda Cecília; prometera a seu pai ser seu marido; e na situação 
em que se achavam, aquela promessa era mais do que um juramento, era uma necessidade 
imperiosa, uma fatalidade que se devia cumprir. 
Como podia ele pois alimentar uma esperança de Isabel? Não seria infame, indigno, aceitar o 
amor que ela lhe oferecera suplicando? Não era seu dever destruir naquele coração esse 
sentimento impossível? (José de Alencar, O guarani) 
* imaginava 
A passagem em que a primeira forma verbal destacada está flexionada de modo a expressar 
uma ação ocorrida em um tempo anterior ao da segunda forma verbal destacada é: 
a) ... há circunstâncias em que os sentimentos marcham com uma rapidez extraordinária... 
b) ... esses dois corações, se não se amavam, compreendiam-se ao menos. 
c) Álvaro fugia e evitava Isabel... 
d) ... prometera a seu pai ser seu marido; e na situação em que se achavam... 
e) Como podia ele pois alimentar uma esperança de Isabel? 
 
30. VUNESP - Técnico (CRBio 01)/2017 
Tentação do imediato 
É difícil definir o statusde uma época quando ainda se está nela, mas certamente uma das 
características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a tendência de 
simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem vantagens imediatas e 
menores riscos, sem considerar as consequências futuras. 
Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as frustrações geradas, 
basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e conflito. Seus efeitos podem ser 
agressão, regressão e fuga. 
 
Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos 1960, testou 
a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa instantânea – e rendeu 
informações úteis sobre a força de vontade e a autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram 
mais sucesso na vida. 
A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal à rotina 
das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e o agora! 
Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece uma história 
fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em educação de qualidade 
e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons resultados futuros. Profissionais bem 
qualificados e competentes em suas áreas de atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, 
aprofundaram seus conhecimentos e os praticaram, costumam encontrar melhores opções na 
vida profissional. 
É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher seus frutos. 
Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser frustrantes. (Folha 
de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado) 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8814
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8814
 
 
Considere a frase elaborada a partir das ideias do texto. 
Se a pessoa _________ nessa equação e investir tempo e dinheiro, poderá colher bons frutos. 
A lacuna dessa frase deve ser preenchida, de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa, com: 
a) ter crença 
b) pôr foco 
c) querer apostar 
d) poder crer 
e) vir sentido 
 
 
31. VUNESP - CM Mogi Cruzes/2017 
Leia o texto para responder à questão. 
O substituto da vida 
Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a ela, escrevia 
o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a 
matéria e ia à vida. 
Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria de esporte, 
ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema. 
 
Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria um livro, 
escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a máquina no dia seguinte. 
Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de mensagens para 
saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às que precisam de resposta, 
eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da 
frente da tela. 
Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o telefone, a 
banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de cinema, o DVD, o 
correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o 
CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem lhe chego perto – temo que ele me 
substitua também. 
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque expressa a probabilidade de um fato 
ou um evento ocorrer. 
a) Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever… 
b) … fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida. 
c) Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto… 
d) … vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu… 
e) Com o smartphone seria pior ainda. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9055
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9055
 
 
32. VUNESP - Psicólogo Judiciário (TJ SP)/2017 
Leia o poema de Mario Quintana para responder à questão. 
Outra estatística 
Leio que certa cidade, E olhe que não das maiores, 
Tem quatro milhões de almas... 
Mas isso deve ser para atenuar a situação. 
O que a cidade tem, no duro, 
São quatro milhões de bocas! 
(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho) 
No poema, o eu lírico estabelece uma interlocução direta com o leitor, quando emprega o 
verbo no imperativo em: 
a) Mas isso deve ser para atenuar a situação. 
b) Tem quatro milhões de almas... 
c) São quatro milhões de bocas! 
d) E olhe que não das maiores, 
e) Leio que certa cidade, 
 
33. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/2017 
Iniciando-se a frase – Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo... – 
com o termo Talvez, indicando condição, a sequência que apresenta correlação dos verbos 
destacados de acordo com a norma- padrão será: 
a) reteremos ... sentávamos 
b) retivéssemos ... sentássemos 
c) reteríamos ... sentarmos 
d) retínhamos ... sentássemos 
e) retivemos ... sentaríamos 
 
 
34. VUNESP - Procurador Jurídico (CM Sumaré)/2017 
Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas do trecho. 
Se as ideias de Abranches _______________ a ser adotadas, talvez elas _______________ a ordem 
estabelecida. E, se os governos _______________ o avanço das mudanças climáticas, talvez haja 
esperanças para o futuro da humanidade. 
a) vierem, subvertem, deterem 
b) virem, subvertam, deterem 
c) vierem, subvertam, detiverem 
d) vierem, subvertam, deterem 
e) virem, subvertem, detiverem 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9421
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9421
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/10316
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/10316
 
 
35. VUNESP - CM Marília)/2017 
A forma verbal destacada foi empregada, de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa, em: 
a) Para justificar a pobreza, os governantes põem a culpa na economia mundial. 
b) As pessoas honestas tem se revoltado contra a situação do país. 
c) Se os eleitores quererem um país melhor, não votarão nos corruptos. 
d) Se haver participação dos cidadãos, construiremos uma sociedade mais justa para o 
Brasil. 
e) Se as pessoas fazerem constantes denúncias, poderemos coibir ilegalidades de toda 
espécie. 
 
 
36. VUNESP - CM Marília/2017 
Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir. 
A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem tinha um 
cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na 
esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro 
e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. 
A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele 
correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento 
ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. 
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou 
de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único 
ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-
amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro até 
chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, 
voltava ao posto de espera. 
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a 
esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele 
disparava para o compromisso assumido, todos os dias. 
Com o passar dos anos (a memória dos homens!)as pessoas foram se esquecendo do jovem 
soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para 
outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo continuou a 
esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?… 
Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para “aquela” direção. 
(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado) 
A forma verbal destacada indica ação realizada habitualmente pelo sujeito em: 
a) ... e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia... 
b) Mas eu avisei que o tempo era de guerra... 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12988
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12988
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12988
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12988
 
c) Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? 
d) ... e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. 
e) Os familiares voltaram-se para outros familiares. 
 
 
37. INÉDITA 
Está incorreta a correlação entre tempos e modos verbais na seguinte 
 frase: 
a) Muitos se recordariam da felicidade exultante com que 
 eram ingeridos os pedaços da torta. 
b) Foi promovida graças ao compadrio que andava na moda e que por muitos anos 
ofuscara a meritocracia. 
c) Um mal-intencionado sugere que se dê por encerrada a aula e comecemos logo as 
festividades do feriado. 
d) Depois de haver adormecido por três dias na cama de um hospital, o paciente acabara 
sendo salvo por um milagre divino. 
e) Já informado do salvamento do paciente, o familiar não se conteve de alegria e se 
permitiu não comparecer à reunião com o chefe. 
 
 
38. INÉDITA 
“O Governo deve, em 2019, devido à carência de quadro efetivo nos órgãos-chave da 
Administração Pública, contratar número expressivo de servidores públicos.” 
A transposição desse período para a voz passiva terá como resultado a seguinte forma verbal: 
a) devem ser contratados 
b) deve ser contratado 
c) têm sido contratados 
d) devem ser contratados 
e) está contratando 
 
 
39. INÉDITA 
Observadas a regência e a flexão verbal, está correta a seguinte frase: 
a) O apartamento que, na época, nos instalamos era o que tínhamos condições de pagar, 
porém havia um acordo: se todos se mantessem em seus empregos durante razoável tempo, 
haveria chance de nos mudarmos para um lugar mais espaçoso. 
b) Irritei-me com tantos abaixo-assinados e requis transferência daquele desagradável 
departamento. 
c) Afirmam que o funcionário atribue toda aquela discussão a uma intolerância por parte 
dos militantes. 
 
d) Intermedio o encontro entre os candidatos à Presidência da República, para que haja 
uma coerente moderação durante o debate. 
e) Sentiu-se ofendido com a proposta e pensou que, se propusesse alterações em 
algumas cláusulas do contrato, teria um sucesso na negociação. 
 
 
40. INÉDITA 
Você está conectado? 
Alguns anos atrás, a palavra "conectividade" dormia em paz, em desuso, nos dicionários, 
lembrando vagamente algo como ligação, conexão. Agora, na era da informática e de todas 
as mídias, a palavra pulou para dentro da cena e ninguém mais admite viver sem estar 
conectado. Desconfio que seja este o paradigma dominante dos últimos e dos próximos anos, 
em nossa aldeia global: o primado das conexões. 
No ônibus de viagem, de que me valho regularmente, sou quase uma ilha em meio às mais 
variadas conexões: do vizinho da direita vaza a chiadeira de um fone de ouvido bastante 
ineficaz; do rapazinho à esquerda chega a viva conversa que mantém há quinze minutos com 
a mãe, pelo celular; logo à frente um senhor desliza os dedos no laptop no colo, e se eu erguer 
um pouquinho os olhos dou com o vídeo − um filme de ação − que passa nos quatro 
monitores estrategicamente posicionados no ônibus. Celulares tocam e são atendidos 
regularmente, as falas se cruzam, e eu nunca mais consegui me distrair com o lento e mudo 
crepúsculo, na janela do ônibus. 
Não senhor, não são inocentes e efêmeros hábitos modernos: a conectividade irrestrita veio 
para ficar e conduzir a humanidade a não sabemos qual destino. As crianças e os jovens nem 
conseguem imaginar um mundo que não seja movido pela fusão das mídias e surgimento de 
novos suportes digitais. Tanta movimentação faz crer que, enfim, os homens estreitaram de 
vez os laços da comunicação. 
Que nada. Olhe bem para o conectado ao seu lado. Fixe-se nele sem receio, ele nem reparará 
que está sendo observado. Está absorto em sua conexão, no paraíso artificial onde o som e a 
imagem valem por si mesmos, linguagens prontas em que mergulha para uma travessia 
solitária. A conectividade é, de longe, o maior disfarce que a solidão humana encontrou. É 
disfarce tão eficaz que os próprios disfarçados não se reconhecem como tais. Emitimos e 
cruzamos frenéticos sinais de vida por todo o planeta: seria esse, Dr. Freud, o sintoma maior 
de nossas carências permanentes? 
Assinale o trecho que contém uma passagem na voz passiva 
a) ... a palavra pulou para dentro da cena... 
b) Fixe-se nele sem receio... 
c) ... ele nem reparará que está sendo observado. 
d) A conectividade é, de longe, o maior disfarce que a solidão humana encontrou. 
e) ... as falas se cruzam, e eu nunca mais consegui me distrair com o lento e mudo 
crepúsculo, na janela do ônibus. 
 
GABARITO 
 
01 C 02 B 03 E 04 A 05 D 
06 B 07 B 08 D 09 D 10 C 
11 D 12 C 13 A 14 D 15 B 
16 B 17 A 18 A 19 D 20 C 
21 D 22 A 23 C 24 C 25 A 
26 D 27 D 28 E 29 D 30 E 
31 E 32 D 33 B 34 C 35 A 
36 A 37 D 38 B 39 E 40 C 
 
 
 
Tipologia Textual 
 
 
 
Gabaritado 
SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. VUNESP - Analista Técnico Científico (MPE SP)/Administrador/2019 (e mais 2 
concursos) Progresso, enfim 
Em atraso nas grandes reformas da Previdência Social e do sistema de impostos, o Brasil tem 
obtido avanços em uma agenda que, tomada em seu conjunto, mostra-se igualmente essencial 
– a da melhora do ambiente de negócios. 
Trata-se de objetivos tão diferentes quanto facilitar a criação de empresas, reduzir o custo de 
licenças ou ampliar o acesso ao crédito. Grande parte dessas providências não depende de 
votações no Congresso, mas sim do combate persistente a empecilhos burocráticos e 
ineficiências do setor público(2ºpar. 
A boa notícia é que o país subiu 16 posições no mais conhecido ranking dessa modalidade, 
divulgado a cada ano pelo Banco Mundial. A má é que a 109a colocação, num total de 190 
nações consideradas, permanece vergonhosa. 
O progresso ocorreu, basicamente, em quatro indicadores – fornecimento de energia elétrica, 
prazo para abertura de empresa com registro eletrônico, acesso à informação de crédito e 
certificação eletrônica de origem para importações. 
Pela primeira vez em 16 anos de publicação do relatório, o desempenho brasileiro se destacou 
na América Latina. Os países mais bem posicionados da região, casos de México (54º lugar), 
Chile (56º) e Colômbia (65º), apresentaram pouca ou nenhuma melhora. 
Numa perspectiva mais ampla, o ambiente de negócios vai se tornando mais amigável na 
maior parte do mundo(6ºpar. A edição mais recente do ranking catalogou número recorde de 
314 reformas realizadas em 128 economias desenvolvidas e emergentes no período 
2017/2018. 
Fica claro, no documento, que o maior atraso relativo do Brasil se dá no pagamento de 
impostos, dados a carga elevada e o emaranhado de regras dos tributos incidentes sobre o 
consumo(7ºpar. Nesse quesito em particular, o país ocupa um trágico 184º lugar no ranking. 
O caminho óbvio a seguir nesse caso é uma reforma ambiciosa, que racionalize essa 
modalidade de taxação. Mesmo que não seja possível abrir mão de receitas, a simplificação já 
traria ganhos substanciais em eficiênciaao setor produtivo. 
Editorial, Folha de S.Paulo, 06.11.2018. Adaptado) 
Considere as passagens: 
• ... combate persistente a empecilhos burocráticos e ineficiências do setor público. (2º 
parágrafo) 
• Numa perspectiva mais ampla, o ambiente de negócios vai se tornando mais amigável 
na maior parte do mundo. (6º parágrafo) 
• ... dados a carga elevada e o emaranhado de regras dos tributos incidentes sobre o 
consumo. (7º parágrafo) Conforme o contexto em que ocorrem, as expressões em destaque 
significam, correta e respectivamente: a) intermitente; justo; grupo restrito; que têm efeitos. 
b) fortuito; amistoso; conjunto ordenado; que se refletem. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
c) continuado; favorável; mistura confusa; que recaem. 
d) ocasional; sentimental; ajuntamento incoerente; que amenizam. 
e) frequente; harmonioso; compilação minuciosa; que se revertem 
 
2. VUNESP - Administrador Judiciário (TJ SP)/2019 
Assassinos culturais 
Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria 
fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que 
matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência. 
Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos 
ou editoras. 
Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto 
na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática 
é, na sua essência, um problema livresco. 
Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar 
para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso 
afirmar que pago pelos meus vícios. 
E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a 
Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra? 
Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-
prazer, escuto meus clássicos e descubro novos. 
Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue 
dos cinemas e dos blockbusters nas mãos. 
Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se 
desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. 
Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, 
assinantes. 
O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de 
assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das 
empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O 
objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre 
aconteceu desde os primórdios do capitalismo. 
Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à 
economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos). 
Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja 
total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela. 
Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova 
geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17498
 
Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos 
bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a 
vocação mais autêntica da cultura? 
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado) 
* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso. 
Considere os trechos do texto. 
Mas convém não abusar do romantismo... (1º parágrafo) 
... vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos). (10º parágrafo) 
... não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração... (12º parágrafo) 
... o triunfo do espírito sobre a matéria. (último parágrafo) 
Sem alteração do sentido do texto, as expressões destacadas podem ser substituídas, 
respectivamente, por: 
a) do sentimentalismo; acurada; na descrição; o êxito. 
b) do narcisismo; exata; na exaltação; o malogro. 
c) do padecimento; chula; na síntese; a conquista. 
d) da compaixão; delicada; na condenação; a vitória. 
e) da emotividade; indevida; na crítica; a imposição. 
 
 
3. VUNESP - Contador Judiciário (TJ SP)/2019 
Leia o texto para responder à questão. 
Mundo arriscado 
O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. Dúvidas 
sobre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em alta nos EUA, 
riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais para países emergentes são 
apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais. 
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades 
domésticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará até que investidores hoje 
aparentemente otimistas comecem a cobrar resultados concretos. 
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O Fundo 
Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto percentual – 3,7% 
em ambos os anos – e apontou um cenário de menor sincronia entre os principais motores 
regionais. 
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se 
decepções nos dois últimos casos. 
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5% neste 
ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste momento centrada na Itália e seu 
governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor público já 
endividado em excesso. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17497
 
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a 
proposta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda conserve o selo de bom 
pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida dispararam. 
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar decisões 
difíceis entre conter as dívidas já exageradas e estimular o crescimento. 
O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo 
americano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez sobre os US$ 270 bilhões 
em vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas. 
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já leva 
parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019. 
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e, portanto, 
espaço para uma retomada mais forte. 
 (Editorial. Folha de S.Paulo, 01.11.2018. Adaptado) 
Considere as passagens: 
• O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. (1º 
parágrafo) 
• Não tardará até que investidores hoje aparentemente otimistas comecem a cobrar 
resultados concretos. (2º parágrafo) 
• Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, 
já leva parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019. (9º parágrafo) 
Os termos destacados significam, correta e respectivamente: 
a) impassível; verdadeiros; previsível. 
b) tranquilo; reais; brusca. 
c) intempestivo; sensíveis; conturbada. 
d) ordeiro; maciços; inopinada. 
e) confiante; efetivos; paulatina. 
 
 
4. VUNESP - Oficial Administrativo (SEDUC SP)/2019 
Irmãos em livros 
Outro dia, num táxi, o motorista me disse que “gostava de ler” e comprava “muitos livros”. Dei-
lhe parabéns e 
perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que “gostava de todas”,mas, de há alguns 
anos, só comprava 
livros pela internet. Ah, sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir 
dali, passaria a usar 
apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a informação. 
Virou-se para mim e 
disse: “Entendi. O senhor tem razão”. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17913
 
Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas ou 
despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso muito bem 
entendê-las porque também não tenho o menor interesse por automóveis, pela alta cozinha 
ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho que qualquer prato melhora com um ovo 
frito por cima e, quando me mostram alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem 
querer e mando a imagem para o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a 
livraria a eles. 
No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão fascinante. 
São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma personalidade. São 
romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de fotos, de autoajuda, infantis, o que 
você quiser. O que se despendeu de esforço intelectual para produzi-los e em tal variedade é 
impossível de quantificar. Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que 
cada autor conseguiu dar. 
Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de algum tipo 
de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para congraçar. Aliás, quanto 
mais se aprende, mais se vai às livrarias. 
Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber quem somos 
e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos. 
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado) 
Os termos em destaque nas frases – “Ele diminuiu a marcha, como se processasse a 
informação.” / “Não são pessoas primitivas ou despreparadas…” – apresentam sinônimos 
adequados ao contexto em: 
a) verificasse; antiquadas. 
b) recebesse; incomuns. 
c) refutasse; incultas. 
d) percebesse; insolentes. 
e) complicasse; rudes. 
 
 
5. VUNESP - Oficial Administrativo (SEDUC SP)/2019 
Irmãos em livros 
Outro dia, num táxi, o motorista me disse que “gostava de ler” e comprava “muitos livros”. Dei-
lhe parabéns e 
perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que “gostava de todas”, mas, de há alguns 
anos, só comprava 
livros pela internet. Ah, sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir 
dali, passaria a usar 
apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a informação. 
Virou-se para mim e 
disse: “Entendi. O senhor tem razão”. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17913
 
Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas ou 
despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso muito bem 
entendê-las porque também não tenho o menor interesse por automóveis, pela alta cozinha 
ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho que qualquer prato melhora com um ovo 
frito por cima e, quando me mostram alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem 
querer e mando a imagem para o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a 
livraria a eles. 
No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão fascinante. 
São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma personalidade. São 
romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de fotos, de autoajuda, infantis, o que 
você quiser. O que se despendeu de esforço intelectual para produzi-los e em tal variedade é 
impossível de quantificar. Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que 
cada autor conseguiu dar. 
Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de algum tipo 
de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para congraçar. Aliás, quanto 
mais se aprende, mais se vai às livrarias. 
Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber quem somos 
e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos. 
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado) 
Considere o sentido contrário expresso pelos seguintes pares de palavras: 
Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor… Essa mesma relação de 
sentido pode ser verificada no par de palavras: 
a) inevitavelmente / conveniente. 
b) despreparadas / instruídas. 
c) fascinante / inconsistente. 
d) favorita / mensurável. 
e) melhor / inapropriado. 
 
 
6. VUNESP - Agente de Manutenção e Limpeza (CM Serrana)/2019 (e mais 2 concursos) 
Enchendo e esvaziando balões 
Daniela trabalha numa empresa em que a gentileza não é preocupação central. E por isso o 
estresse provocado pelo trabalho em si não é nada comparado ao desgaste causado pelo 
convívio com chefes e colegas mal-educados. Por exemplo, Daniela tem um colega, Pedro, que 
nem se importa se ela está falando ao telefone, resolvendo algum problema. Ele chega, não 
pede licença e começa a falar, simplesmente ignora o fato de a colega estar ocupada. O que 
ele quer é resolver o problema dele. 
Apesar de ser um assunto sério, Daniela faz as pessoas rirem quando descreve o que chama 
de “técnica para amortecer o impacto da convivência diária com pessoas grosseiras”. Quando 
volta do trabalho, Daniela, antes de comer, fica dez minutos no quarto enchendo balões e 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18084
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18084
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18084
 
depois esvaziando. Ela pega alguns balões e vai enchendo um por um, pensando em tudo o 
que a desgastou naquele dia: o colega que foi grosseiro, o chefe que lhe deu uma patada e 
outras situações desagradáveis. Ela visualiza os momentos negativos enquanto vai enchendo 
cada balão com força. Depois solta de uma vez; quando o balão esvazia, parece que sai um 
peso de dentro dela. É como se estivesse pondo para fora todas as coisas ruins. 
O exercício terapêutico só tem um problema: não pode ser feito perto da filha de três anos, 
que, nas poucas vezes que testemunhou o ritual da mãe, achou que era festa de aniversário e, 
depois de cantar o parabéns, queria bolo e presentes. A sensação que Daniela tem é de que 
estamos achando cada vez mais natural agir com falta de educação. Ela não duvida nada de 
que exista alguém enchendo balões por aí por causa de alguma falta de educação que ela 
cometeu e nem notou. Por isso é sempre bom estar atento aos próprios gestos e 
comportamentos. 
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado) 
No trecho −... descreve o que chama de “técnica para amortecer o impacto da convivência 
diária com pessoas grosseiras”. −, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de 
sentido, por 
a) acelerar. 
b) suavizar. 
c) estimular. 
d) apressar. 
e) encorajar. 
 
 
7. VUNESP - Agente de Manutenção e Limpeza (CM Serrana)/2019 (e mais 1 concurso) 
É preciso preocupar-se menos 
É muito comum que, ao longo do dia, as pessoas fiquem preocupadas demais com coisas que 
não podem ser mudadas e dependem de fatores externos e variáveis que não podem ser 
controlados – como o clima, o estado de saúde de algum parente ou o trânsito. Pior ainda: 
algumas pessoas ficam remoendo coisas do passado que trazem dor, pensando em situações 
e pessoas, o que só traz sofrimento. 
Quem tem esse tipo de atitude geralmente fica pensando e reclamando das situações, mesmo 
sabendo que não pode fazer nada em relação a esses “problemas”. Isso faz com que uma 
quantidade enorme de energia seja gasta, sendo que poderia ser melhor aplicada em situações 
que realmente dependem de decisão ou ação pessoal. 
(<htttp://www.sbi.com.br> Acesso em 20.11.2018. Adaptado) 
Na frase – É muito comum que, ao longo do dia, as pessoas fiquempreocupadas... – a palavra 
destacada tem sentido contrário de 
a) normal. 
b) corriqueiro. 
c) banal. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18084
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18084
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18084
 
d) correto. 
e) raro. 
 
 
8. VUNESP - Analista Legislativo (CM Serrana)/2019 (e mais 2 concursos) 
Por que temos filhos? 
A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é 
um imperativo(A, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da 
história. A paternidade também encerra dimensões culturais(B, econômicas e emocionais. 
Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria. 
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o 
trabalho doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano 
de aposentadoria para os pais. 
Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer 
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de 
filhos deixou de ser um bem privado para tornar -se um bem público. 
Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente 
econômico(C, ela favorece a sociedade como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai 
sobre os genitores. 
E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian 
Simon, riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias 
(além de consumir produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de 
produtividade a que assistimos nos últimos 200 anos. 
E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a 
sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou 
até reduzir a população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria 
muito difícil manter taxas positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência 
e até democracia representativa podem entrar em colapso. (Hélio Schwartsman. Folha de 
S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado) 
Considere as frases: 
• No plano biológico, a reprodução é um imperativo... 
• A paternidade também encerra dimensões culturais... 
• ... do ponto de vista estritamente econômico... 
As expressões destacadas nas frases têm como sinônimos adequados ao contexto 
a) uma imposição; contém; precisamente. 
b) um propósito; estende; plenamente. 
c) um estímulo; propicia; manifestamente. 
d) uma obsessão; sobrepõe; devidamente. 
e) uma afirmação; atenua; incontestavelmente. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/18086
 
 
9. VUNESP - Assistente de Gestão Municipal (IPSM SJC)/2018 
Leia o texto para responder à questão a seguir. 
O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que vem 
ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas de montagem 
e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se acelerando nas empresas. A cada 
ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos no mundo e esse número tem crescido a 
uma taxa média de 16% ao ano desde 2010, puxado principalmente pela China. Atividades 
rotineiras nas fábricas, como instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como 
os braços robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência 
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o chamado big data), 
a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a substituir outras tarefas que 
hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem algoritmos que fazem a seleção de 
candidatos a vagas de emprego no recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos 
que transportam produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir. 
Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço da 
tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para os 
economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um robô ou um 
software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas pessoas são 
repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade de 
Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões nos Estados Unidos e o risco de elas serem 
trocadas por computadores e algoritmos nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é 
alarmante. Quase metade dos empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os 
pesquisadores. 
(Exame, 02.08.2017) 
Leia as passagens do texto: 
– … é a parte mais visível de uma transição que vem ocorrendo no mercado de trabalho… 
(1° parágrafo); 
– Atividades rotineiras nas fábricas… (1° parágrafo); 
– … que tornará boa parte do trabalho obsoleta. (2° parágrafo); – O resultado é 
alarmante. (2° parágrafo). 
Os termos em destaque significam, correta e respectivamente: 
a) mudança; cotidianas; ultrapassada; inquietante. 
b) alteração; comuns; modernizada; aterrador. 
c) passagem; inusuais; arcaica; provocante. 
d) deterioração; simples; retrógrada; preocupante. 
e) transformação; relevantes; confusa; pacificador. 
 
10. VUNESP - Oficial de Atendimento e Administração (CM 2 Córregos)/2018 Leia o texto 
para responder à questão. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12403
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12411
 
“Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar enrolada em 
um cobertor rosa de algodão”, conta Rebecca Sharrock. Considerando que a memória da 
maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos anteriores aos quatro anos de 
idade, pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de 
uma memória real. Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela 
foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente 
Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória. 
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de absolutamente 
tudo que ela fez em qualquer data. 
Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço algum de 
qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em qualquer momento da vida. 
Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos detalhes e com uma 
exatidão tão perfeita que são comparáveis a uma gravação. 
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão em 
andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a área ainda é 
relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal (que ajuda no 
processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com HSAM. 
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o que é 
fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. Algumas 
pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock descreve 
seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. 
Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: “No 
começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros 
anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” 
que a fazem se sentir mal. 
(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado) 
Assinale a alternativa que apresenta, entre colchetes, um sinônimo para o vocábulo em 
destaque: 
a) ... não é capaz de gravar acontecimentos... [idealizar] 
b) ... não tem uma memória comum... [convencional] 
c) ... notícias e acontecimentos pessoais... [alheios] 
d) ... são gravadas em detalhes vívidos... [enigmáticos] 
e)... é fascinante em termos científicos... [enfadonho] 
 
 
11.VUNESP - Analista de Gestão Municipal (IPSM SJC)/Contabilidade/2018 Leia o texto 
para responder à questão a seguir. 
Ensino com diretriz 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12402
 
Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crianças e jovens 
devem aprender até o 9° ano do ensino fundamental. Trata-se da quarta versão da Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos próximos dois 
anos. 
A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que os alunos 
devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade, mas não existe norma 
válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a progressão do ensino e o que se deve 
esperar como resultado. 
Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos – isso será 
papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que podem fazer 
acréscimos conforme necessidades regionais. 
A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do aprendizado e 
avaliações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência pedagógica e 
pragmatismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum. Nesse aspecto, a nova versão da 
BNCC está perto de merecer nota de aprovação. 
O programa ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se viu nas 
escolas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de assuntos dificulta 
abordagens mais aprofundadas e criativas. 
A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de difícil aplicação 
imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr em prática esse plano que 
pode oferecer educação decente e igualitária às crianças. 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 10.12.2017. Adaptado) 
Nas passagens “A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência pedagógica e 
pragmatismo...” (5° parágrafo) e “A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada 
e generosa...” (7° parágrafo), os termos em destaque significam, respectivamente, 
a) parâmetro; consideração das coisas de um ponto de vista técnico; arriscada. 
b) patamar; consideração das coisas de um ponto de vista idealizado; moderna. 
c) liminar; consideração das coisas de um ponto de vista filosófico; ousada. 
d) limite; consideração das coisas de um ponto de vista prático; inovadora. 
e) padrão; consideração das coisas de um ponto de vista científico; progressista. 
 
12. VUNESP - Escrevente Técnico Judiciário (TJ SP)/"Interior"/2018 Leia o texto para 
responder à questão. 
Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê. Todos os seus 
desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma tela esverdeada que 
perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta fechada às costas. Página 48. Ele 
não tem coragem de contar as horas passadas para chegar à essa quadragésima oitava página. 
O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao 
menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/12440
 
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e, aqui e acolá, 
a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica que um personagem fala 
à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-se um bloco de doze páginas! Doze 
páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele 
xinga. Página quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas 
primeiras quarenta e oito páginas! 
(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado) 
Nas passagens “Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não 
lê.” e “negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros”, os termos destacados têm como 
antônimos, respectivamente: 
a) solitário e espalhados. 
b) apartado e ampliados. 
c) solto e limitados. 
d) enclausurado e apertados. 
e) liberto e expandidos. 
 
13. VUNESP - PEB I (Pref Garça)/Pref Garça/2018 
 
 
 (Folha de S.Paulo, 22.12.2017) 
Nas passagens do primeiro e do último quadrinho - "para se preparar para o mercado" e "Vou 
de olhos fechados pro [para o] corredor de chocotone" -, os termos destacados expressam, 
respectivamente, relações de sentido de a) direção e direção. 
b) finalidade e causa. 
c) finalidade e finalidade. 
d) finalidade e direção. 
e) direção e causa. 
 
 
Texto para as questões 14 a 15 Psiquiatras em pé de guerra 
Os psiquiatras americanos estão em pé de guerra, e o motivo é Donald Trump, mais 
especificamente seu estado mental. 
 
Já durante a campanha eleitoral, alguns profissionais de saúde mental diziam que Trump não 
batia bem. Depois da posse e dos primeiros “tweets”* presidenciais, essas vozes se 
multiplicaram e culminaram, em outubro, na publicação de The Dangerous Case of Donald 
Trump (O perigoso caso de Donald Trump), volume organizado pela psiquiatra Bandy Lee, no 
qual profissionais de saúde, advogados e jornalistas tentam mostrar que o presidente não 
estaria apto a exercer suas funções. Os textos trazem considerações interessantes e muita 
informação, mas não dá para ignorar que a obra é acima de tudo política. 
O problema é que a Associação Psiquiátrica Americana (APA) tem, desde 73, uma diretriz, 
conhecida como regra Goldwater, que autoriza profissionais a dividir com o público seu 
conhecimento técnico, mas considera antiético que deem opinião sobre pessoas que não 
tenham examinado. A regra foi reforçada em 2017. A ideia é evitar diagnósticos pela TV, bem 
como tornar mais robusta a separação entre psiquiatria e política. 
Os autores da obra sobre Trump estão cientes da norma. Ela é objeto de longo debate na parte 
dois do livro. O que alegam é que, por vezes, a obrigação do médico de alertar a comunidade 
para riscos que ela corre prevalece sobre a privacidade. Se o médico desconfia de que seu 
paciente psicótico planeja assassinar alguém, precisa alertar a vítima potencial, mesmo que 
isso implique violação do sigilo profissional. 
A discussão é boa, e ambos os lados têm argumentos. Penso que, em teoria, a necessidade de 
se fazer um alerta sobre a saúde mental de pacientes sobrepuja a regra Goldwater. Mas seria 
preciso encontrar um modo de reduzir um pouco as investidas políticas dos psiquiatras. Se 
deixarmos que a prática médica e a política se misturem, é quase certo que a medicina sairá 
perdendo. 
* tweet: mensagem enviada pela rede social Twitter. 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado) 
 
14. VUNESP - CI (PAULIPREV)/PAULIPREV/2018 
Assinale a alternativa em que o trecho da frase em destaque expressa uma condição para que 
um evento possa se realizar. 
a) Depois da posse e dos primeiros “tweets” presidenciais, essas vozes se 
multiplicaram... 
b) O problema é que a Associação Psiquiátrica Americana (APA) tem, desde 73, uma 
diretriz... 
c) ... autoriza profissionais a dividir com o público seu conhecimento técnico, mas 
considera antiético que deem opinião... 
d) A ideia é evitar diagnósticos pela TV, bem como tornar mais robusta a separação 
entre psiquiatria e política. 
e) Se o médico desconfia de que seu paciente psicótico planeja assassinar alguém, 
precisa alertar a vítima potencial... 
 
 
 
15. VUNESP - CI (PAULIPREV)/PAULIPREV/2018 
Considere o seguinte trecho do texto, para responder à questão. 
• A regra foi reforçada em 2017. A ideia é evitar diagnósticos pela TV, bem como tornar mais 
robusta a separação entre psiquiatria e política. 
O termo em destaque na frase “A ideia é evitar diagnósticos pela TV...” expressa ideia de 
a) meio. 
b) modo. 
c) causa. 
d) direção. 
e) finalidade. 
 
 
Texto para as questões 16 a 17 Na Finlândia, alunos agora ensinam tecnologia paraprofessores e idosos 
No pouco ortodoxo modelo de ensino que levou a Finlândia ao topo dos rankings globais de 
educação, uma inovadora inversão de papéis começa a tomar corpo: alunos estão dando aulas 
aos professores, para ensinar os mestres a otimizar o uso de tecnologias de informação e 
comunicação nas escolas. 
O projeto OppilasAgentti (“Agentes Escolares”, em tradução livre) está sendo conduzido em 
cerca de cem escolas finlandesas, e a ideia é levar a nova experiência a um número cada vez 
maior do universo de 3.450 instituições de ensino do país. 
Trata-se de um modelo para desenvolver as competências tecnológicas não apenas dos 
professores, mas de toda a comunidade escolar — e também do seu entorno: os alunos da 
escola Hämeenkylä, por exemplo, também estão dando aulas aos idosos de um asilo local 
sobre como usar redes sociais, iPads e outros dispositivos eletrônicos. 
“Acreditamos que é importante ensinar nossas crianças a descobrir seus potenciais e a 
desenvolver seus valores, e mostrar a elas o impacto positivo que cada indivíduo pode exercer 
na sociedade”, observa Pasi Majasaari, diretor da escola Hämeenkylä, na cidade de Vantaa, 
próxima à capital Helsinki. 
Os alunos do projeto têm entre 10 e 16 anos de idade. Pelo sistema, os estudantes interessados 
em participar se apresentam como voluntários e relatam suas competências e habilidades em 
determinadas áreas. As escolas também oferecem treinamento aos alunos, em aulas 
ministradas por especialistas de diferentes empresas finlandesas que revendem soluções 
tecnológicas para o sistema de ensino do país. 
A partir daí, os estudantes produzem um mapeamento das necessidades digitais da escola, 
sob a orientação de um professor. Eles fazem então um planejamento das atividades 
necessárias e passam a atuar em três frentes. Na sala dos professores, os alunos dão aulas 
ocasionais sobre como usar diferentes dispositivos e aplicativos. 
Professores também podem contatar os estudantes para pedir assistência individual, a fim de 
solucionar pequenos problemas. E os alunos-mestres também atuam como professores 
 
assistentes nas salas de aula, para prestar ajuda tanto aos professores quanto a outros colegas 
de classe quando determinada lição envolve o uso de tecnologia. 
Inverter o papel tradicional dos alunos nas escolas é mais um pensamento fora da caixa do 
celebrado sistema finlandês, que conquistou resultados invejáveis nos rankings mundiais de 
educação com um receituário que inclui menos horas de aulas, poucas lições de casa, férias 
mais longas e uma baixa frequência de provas. (Claudia Wallin. www.bbc.com. Adaptado) 
 
16. VUNESP - Prof (SME Barretos)/Pref Barretos/II/Artes/2018 
Considere a relação de sentido estabelecida entre essas duas frases do 6º parágrafo: 
(1) A partir daí, os estudantes produzem um mapeamento das necessidades digitais da escola, 
sob a orientação de um professor. (2) Eles fazem então um planejamento das atividades 
necessárias, e passam a atuar em três frentes. A relação de sentido que se estabelece entre as 
frases (1) e (2) é de 
a) concessão e oposição. 
b) afirmação e exemplificação. 
c) concomitância e contiguidade. 
d) conformidade e proporção. 
e) causa e efeito. 
 
17. VUNESP - Prof (SME Barretos)/Pref Barretos/II/Artes/2018 
Um vocábulo que estabelece relação de finalidade está em destaque na seguinte passagem: 
a) ... alunos estão dando aulas aos professores, para ensinar os mestres a otimizar o uso 
de tecnologias de informação e comunicação nas escolas. (1º parágrafo) 
b) ... os alunos da escola Hämeenkylä, por exemplo, também estão dando aulas aos 
idosos de um asilo local... (3º parágrafo) 
c) ... é importante ensinar nossas crianças a descobrir seus potenciais e a desenvolver seus 
valores... (4º parágrafo) 
d) As escolas também oferecem treinamento aos alunos, em aulas ministradas por 
especialistas de diferentes empresas finlandesas... (5º parágrafo) 
e) ... os estudantes produzem um mapeamento das necessidades digitais da escola, sob 
a orientação de um professor. (6º parágrafo) 
 
 
18. VUNESP - Jorn (CM Indaiatuba)/CM Indaiatuba/2018 
Leia o texto, para responder à questão. 
Há 28 anos um grupo de pessoas se reúne semanalmente na sede da ONG (organização não 
governamental) Anjos da Noite, em um sobrado no bairro de Artur Alvim, na Zona Leste de 
São Paulo. Os voluntários dedicam-se a aplacar as carências dos moradores de rua. Além de 
entregar cobertores e roupas, o grupo tem como principal incumbência a distribuição de 
refeições. Aos sábados, os colaboradores se organizam para preparar 200 quilos de comida. A 
 
distribuição de 800 marmitas tem início ao cair da noite. Anteriormente, os voluntários 
rodavam quatro horas pelas ruas da região central até entregar a última quentinha. Hoje, o 
trabalho é feito em menos de uma hora. Basta estacionar o carro, e um grupo de pessoas 
carentes faz fila para ganhar o alimento. 
A experiência dos Anjos da Noite confirma a percepção que tem qualquer cidadão dos maiores 
centros urbanos brasileiros: o número de pessoas que vivem nas ruas elevou-se, e muito, nos 
últimos anos. As estatísticas são esporádicas e, por isso, não é fácil saber com exatidão a 
proporção desse crescimento. 
(Giovanni Magliano. A rua como único refúgio. Veja, 6.12.2017. Adaptado) 
Considere os trechos sinalizados na passagem: 
(I) Basta estacionar o carro, (II) e um grupo de pessoas carentes faz fila (III) para ganhar 
o alimento. Quanto às relações de sentido que se estabelecem entre esses trechos, é correto 
afirmar que 
a) II expressa condição em relação a I; III exprime finalidade em relação a I e II. 
b) I expressa tempo em relação a II, que, por sua vez, exprime causa em relação a III. 
c) I expressa condição em relação a II; III expressa modo em relação a II. 
d) entre I e II a ideia é de concessão; II expressa meio para a realização de III. 
e) II exprime consequência em relação a I; III exprime finalidade em relação a II. 
 
 
19. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/PC SP/2018 
Leia o texto. 
Meio-dia 
A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado a arrastar-se penosamente, as sombras foram 
esconder-se debaixo da barriga dos cavalos, tudo parece uma infinita quarentena – mas está 
marcado exatamente meio-dia nos olhos dos gatos. 
(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho) 
Na passagem – A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado… –, a figura presente é 
a) a metáfora, associando-se a tarde à ideia de lentidão da passagem do tempo. 
b) a sinestesia, misturando-se sensações para descrever a tarde vagarosa. 
c) a catacrese, configurando-se a morosidade da tartaruga como ideia cristalizada. 
d) o eufemismo, abrandando-se o sentido da ideia de enfado vivido na tarde. 
e) a metonímia, substituindo-se a ideia de vagarosidade por tartaruga. 
 
20. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/PC SP/2018 
 
 
 
No segundo quadrinho, a fala da mulher contém 
a) uma metonímia, pois ela substitui uma informação inadequada; e um zeugma, omitindo 
termo explicitado anteriormente. 
b) uma metáfora, pois ela compara a situação do amigo a uma passagem; e um hipérbato, 
invertendo a ordem das palavras. 
c) uma ironia, pois ela diz algo que significa o contrário do que se afirma; e um pleonasmo, 
repetindo informação. 
d) um paradoxo, pois ela junta informações que são inconciliáveis; e um assíndeto, 
omitindo a conjunção da frase. 
e) um eufemismo, pois ela tem a intenção de amenizar o impacto da informação; e uma 
elipse, omitindo o termo “Lorival” 
 
 
Texto para a questão 21 
Uma palavra sobre cultura e Constituição 
Todas as Constituições brasileiras foram lacônicas e genéricas ao tratar das relações entre 
cultura e Estado. Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei 
Maior. (...) 
A sociedade brasileira não tem uma “cultura” já determinada. O Brasil é, ao mesmo tempo, um 
povo mestiço, com raízes indígenas, africanas, europeias e asiáticas, um país onde o ensino 
médio e universitáriotem alcançado, em alguns setores, níveis internacionais de qualidade e 
um vasto território cruzado por uma rede de comunicações de massa portadora de uma 
indústria cultural cada vez mais presente. 
 
O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” nada tem de homogêneo ou de uniforme. A 
sua forma complexa e mutante resulta de interpenetrações da cultura erudita, da cultura 
popular e da cultura de massas. Se algum valor deve presidir à ação do Poder Público no trato 
com a “cultura”, este não será outro que o da liberdade e o do respeito pelas manifestações 
espirituais as mais diversas que se vêm gestando no cotidiano do nosso povo. Em face dessa 
corrente de experiências e de significados tão díspares, a nossa Lei Maior deveria abster-se de 
propor normas incisivas, que soariam estranhas, porque exteriores à dialética das “culturas” 
brasileiras. Ao contrário, um certo grau de indeterminação no estilo de seus artigos e 
parágrafos é, aqui, recomendável. 
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Entre a Literatura e a História. São Paulo: Editora 34, 2013, p. 393-
394) 
Consideradas no contexto, as expressões “lacônicas”, “gestando” e “díspares”, sublinhadas no 
texto, podem ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente, por: 
 
21. INÉDITA 
Consideradas no contexto, as expressões “lacônicas”, “gestando” e “díspares”, sublinhadas no 
texto, podem ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente, por: 
a) breves; produzindo; parecidos. 
b) prolixas; abolindo; diferentes. 
c) simples; criando; distintos. 
d) sucintas; formando; desiguais 
e) complexas; gerando; dessemelhantes 
 
 
 
22. INÉDITA 
O gênero “divina comédia” sugere a ambiguidade do procedimento habitual do dramaturgo, 
com integração de humorístico e patético, elementos trágicos e cômicos, para chegar a um 
misto de irrisão e desespero. O achado imprevisto é uma deliciosa intuição do absurdo, 
estimulando com rara eficácia o espectador. 
(Nelson Rodrigues – Teatro da Obsessão) 
No trecho de texto, o termo “irrisão”, contextualmente, assume o significado de: 
a) pânico 
b) nervosismo 
c) inteligência 
d) menosprezo 
e) sedução 
 
 
23.INÉDITA 
 
Você sabia que o desperdício de alimentos atinge um terço de toda comida produzida no 
mundo? Pois é, a produção em excesso e o transporte são fatores significativos para esse 
problema. Mas além disso, há desperdício de alimentos na cozinha da nossa casa. Vamos dar 
uma olhada mais profunda nessa questão. 
De acordo com a FAO (agência das Nações Unidas preocupada em erradicar a fome), 54% do 
desperdício de alimentos no mundo ocorre na fase inicial da produção, que são a manipulação 
pós-colheita e a armazenagem. Os outros 46% do desperdício, de acordo com a mesma fonte, 
ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo. 
Quando lembramos que todos os dias 870 milhões de pessoas passam fome, esses dados 
sobre desperdício se tornam aterrorizantes. 
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/3007-desperdicio-de-
alimentos-quais-saoas-causas-e-os-prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-
problema.html 
O prefixo presente na palavra “desperdício” tem o mesmo sentido do prefixo que ocorre 
em 
a) impossível. 
b) discórdia. 
c) superlotar 
d) intravenoso 
e) reavaliar 
 
 
24. INÉDITA 
Se um dia fores embora 
Te amarei bem mais do que esta hora 
Me lembrarei de tudo que eu não disse 
E de quando havia tudo que existe 
Quando choramos abraçados 
E caminhamos lado a lado 
Por favor amor acredite 
Não há palavras para explicar o que eu sinto 
Mesmo que tenhamos planejado 
Um caminho diferente Tenho mais do que eu preciso 
Estar contigo é o bastante. 
Certas coisas de todo dia 
Nos trazem a alegria 
De caminharmos juntos lado a lado por amor. 
“E quando eu for embora 
Não, não chore por mim.” 
(Legião Urbana) 
http://www.fao.org.br/daccatb.asp
http://www.fao.org.br/daccatb.asp
http://www.fao.org.br/daccatb.asp
http://www.fao.org.br/daccatb.asp
http://www.fao.org.br/daccatb.asp
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/3007-desperdicio-de-alimentos-quais-sao-as-causas-e-os-prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-problema.html
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/3007-desperdicio-de-alimentos-quais-sao-as-causas-e-os-prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-problema.html
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/3007-desperdicio-de-alimentos-quais-sao-as-causas-e-os-prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-problema.html
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/3007-desperdicio-de-alimentos-quais-sao-as-causas-e-os-prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-problema.html
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/3007-desperdicio-de-alimentos-quais-sao-as-causas-e-os-prejuizos-economicos-e-ambientais-desse-problema.html
 
Dentre os recursos expressivos empregados na letra musical, tem papel predominante a 
a) metonímia (uso de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, com base na 
relação de contiguidade existente entre ela e o referente). 
b) hipérbole (ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística). 
c) alegoria (sequência de metáforas logicamente ordenadas). 
d) sinestesia (associação de palavras ou expressões em que ocorre combinação de 
sensações diferentes numa só impressão). 
e) eufemismo (suavização de palavras ou expressões que possam ser rudes, 
desagradáveis ou chocantes.) 
 
 
25.INÉDITA 
O mercado não espera 
Se as universidades públicas e privadas ainda patinam no caminho a ser seguido, as 
corporativas estão avançando a todo vapor. 
A fim de capacitar a mão de obra, o Banco do Brasil despendeu 127,1 milhões de reais em 
2017 com a universidade corporativa, que ofereceu 8 milhões de horas de treinamento; e 
apenas 10% deles foram presenciais. 
“Essa facilidade permite a disseminação do conteúdo para todos os 109 026 funcionários 
espalhados pelo Brasil”, diz José Caetano, destacando: “Para a geração mais jovem, um vídeo 
se mostra mais eficaz do que passar horas lendo um conteúdo”. 
Treinamentos com situações reais, videoaulas e jogos também são comuns. “Procuramos uma 
metodologia mais efetiva, independentemente da tecnologia escolhida”, afirma Armando 
Lourenzo, diretor da universidade corporativa da EY. A escola tem indicadores de aplicação 
que traduzem quanto do ensinado em sala pode ser usado no dia a dia. 
Analisando os sentidos atribuídos aos elementos linguísticos destacados no texto, é correto 
afirmar que: 
a) “Se”, na linha 1, expressa a ideia de condição. 
b) “apenas”, na linha 4, expressa a ideia de restrição. 
c) “para”, na linha 6, expressa a ideia de finalidade. 
d) “mais”, na linha 10, expressa a ideia de quantidade 
e) ”quanto”, na linha 11, expressa a ideia de intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintaxe Parte 1 
 
 
 
Gabaritado 
SINTAXE 1 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. VUNESP – Prefeitura de São José dos Campos-SP/2019 
Leia o texto para responder à questão. 
Apostas contra depressão e fobias 
 A realidade virtual, conhecida pelo uso na indústria de games, tem sido cada vez mais utilizada 
para recriar situações de trauma ou medo e, assim, permitir que o paciente seja exposto a uma 
situação de risco, de forma controlada e com auxílio profissional. Medo de avião, pavor de 
aranhas ou insetos e fobia de lugares fechados são alguns dos problemas na mira. 
 Para isso, programadores de games têm sido contratados por médicos e psicólogos para criar 
os cenários para pacientes interagirem com as situações que os aterrorizam. 
 Em clínica especializada em realidade virtual, em São Paulo, uma equipe de programadores 
trabalhou, com detalhamento impressionante, nas versões mais recentes das experiências de 
imersão. No cenário de fobia de aranha, o paciente não só observa o comportamentodo 
animal como pode interagir usando as próprias mãos, inseridas no cenário por meio de um 
sensor. No cenário da fobia de avião, a imersão é ainda maior. Além dos óculos de realidade 
virtual, há duas poltronas de avião posicionadas sobre uma plataforma móvel que simula os 
vários momentos – decolagem, pouso e turbulências. 
 Antes mesmo de “entrar” na aeronave, o paciente em tratamento passa, dentro da experiência 
de realidade virtual, por check-in, raios X e fila de embarque. Em todas as situações, ele tem 
os batimentos cardíacos e a respiração monitorados constantemente pela equipe de 
psicólogos. 
 Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco, professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade 
de São Paulo (USP) e chefe da clínica, a abordagem é eficaz visto que trabalha três dimensões: 
pensamento, emoção e comportamento. “Para quem tem medo de avião, não adianta você só 
trazer estatísticas.” 
 O especialista explica que, ainda que o paciente tenha consciência de que aquela é uma 
simulação, o cérebro acaba “sendo enganado”. 
 Já a realidade virtual aliada ao tratamento com choques elétricos tem sido estudada para 
casos como os de dependência química, manias e compulsões. O tratamento com choques 
elétricos no cérebro nada tem a ver com as terapias obsoletas praticadas nos antigos 
manicômios. 
 Hoje, a corrente elétrica é usada em baixíssima intensidade, de forma não invasiva, para 
estimular ou inibir áreas do cérebro afetadas por alguns transtornos. Estudos publicados em 
renomadas revistas médicas já comprovaram a eficácia do tratamento para pacientes com 
depressão grave que não demonstravam uma boa resposta aos remédios. Nos últimos anos, a 
técnica começou a ser estudada também para condições de dependência química, autismo, 
transtorno obsessivo- -compulsivo e compulsão alimentar. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-seduc-sp-oficial-administrativo
 
 Para os especialistas, evidentemente tanto a realidade virtual quanto a estimulação 
transcraniana são parte do tratamento e precisam ser associadas a psicoterapias e a 
medicações. (Fabiana Cambricoli. O Estado de S. Paulo, 08.09.2019. Adaptado) 
 
No primeiro parágrafo do texto, a expressão destacada em – permitir que o paciente seja 
exposto a uma situação de risco, de forma controlada – apresenta circunstância adverbial de 
a) causa, como destacado em: A realidade virtual, conhecida pelo uso na indústria de 
games... (1o parágrafo) 
b) modo, como destacado em: ... uma equipe de programadores trabalhou, com 
detalhamento impressionante, nas versões mais recentes... (3o parágrafo) 
c) intensidade, como destacado em: No cenário da fobia de avião, a imersão é ainda 
maior. (3o parágrafo) 
d) tempo, como destacado em: ... ele tem os batimentos cardíacos e a respiração 
monitorados constantemente pela equipe de psicólogos. (4o parágrafo) 
e) afirmação, como destacado em: Para os especialistas, evidentemente tanto a realidade 
virtual quanto a estimulação transcraniana... (último parágrafo) 
 
 
2. VUNESP - ESEF-SP/2019 
O ambiente vai ficar pesado 
Finalmente, o mundo ganhou consciência da necessidade de agir rapidamente para evitar a 
degradação do ambiente e, por isso, tomou a medida mais drástica que se pode tomar – 
lançou, contra todos os que recusam reconhecer o problema das alterações climáticas, a força 
mais exasperante e destruidora da natureza, uma adolescente. 
Sou pai de duas adolescentes e sei que não pode haver adversário político mais irritante, 
impertinente e respondão. Tenho sofrido muito nas mãos destas políticas engenhosas e 
implacáveis. Donald Trump não sabe onde se meteu. 
A Greta não precisa convencê-lo de que o mundo caminha para a extinção. Cinco minutos de 
conversa com ela e não só ele passa a acreditar que o mundo vai mesmo acabar como vai 
desejar que acabe o mais depressa possível. A única vantagem de Donald Trump é que pode 
usar a estratégia infantil de tapar os ouvidos e gritar até a Greta ir embora. Mas é muito 
improvável que ela se canse primeiro do que ele. 
Trump há de querer ir brincar e a Greta não deixa. Nem sequer o velho estratagema de a 
mandar para a escola para descansar um pouco resulta, porque agora a adolescente pode 
argumentar que gostaria muito de ir para a escola, mas não pode porque o mundo precisa 
dela. É xeque-mate. 
Talvez este modelo de ativismo extraordinariamente eficaz possa ser usado para atacar todos 
os outros problemas do mundo. Sempre que for preciso comparecer a mesas de negociação, 
os sindicatos enviam um adolescente para discutir com o patronato. Os salários passam a se 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-seduc-sp-oficial-administrativo
 
chamar mesada, e ele consegue um aumento de 50% só para se calar e pôr a música mais 
baixo. 
Nas câmaras dos deputados, os líderes dos blocos parlamentares dos partidos da oposição 
passam a ser deputados de 14 anos cheios de vigor, irreverência e acne. 
Conseguem fazer passar vários projetos de lei importantes a troco da promessa de irem 
almoçar na casa dos avós no domingo sem fazer cara feia e de limparem o quarto. 
Creio que, completamente por acaso, talvez tenhamos descoberto a maneira de tornar o 
mundo melhor. 
(Ricardo Araújo Pereira, Folha de S.Paulo, 29.10.2019. Adaptado.) 
As expressões “sem fazer cara feia” e “por acaso”, em destaque nos dois últimos parágrafos, 
expressam a(s) circunstância(s) de 
a) modo e condição, respectivamente. 
b) modo. 
c) condição e meio, respectivamente. 
d) condição. 
e) meio e modo, respectivamente. 
 
 
3. VUNESP – Prefeitura de Itapevi-SP/2019 
Na frase “Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade...”, a expressão 
destacada estabelece sentido de 
a) assunto. 
b) companhia. 
c) finalidade. 
d) lugar. 
e) modo. 
 
 
4. VUNESP – Prefeitura de São José do Rio Preto-SP/2019 
No trecho – Perplexo, o intelectual crítico Lima Barreto, cuja obra toda fora uma denúncia da 
mentira social, teme que os médicos do Hospício o tratem de maneira cega ou arbitrária. 
–, a oração em destaque exerce função sintática com o mesmo valor da expressão destacada 
em: 
a) … a sua crítica guarda um potencial de verdade... 
b) … podem ainda ser úteis à salvação dos outros... 
c) … embora Lima tenha escapado ao risco de virar cobaia… 
d) … que a ciência livresca que seguem, avessa à ideia mesma de enigma… 
e) … A impotência do internado, que sofrera o arbítrio dos policiais… 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-seduc-sp-oficial-administrativo
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-seduc-sp-oficial-administrativo
 
5. VUNESP – Prefeitura de Guarulhos/2019 
Assinale a alternativa que completa a lacuna da frase a seguir, em conformidade com a 
concordância da norma- padrão da língua. 
No México no início dos anos 1970, __________ revoluções sociais e a influência da cultura 
estrangeira. 
a) existia 
b) havia 
c) ocorria 
d) abundava 
e) surgia 
 
 
6. VUNESP - 2019 - SEDUC-SP - Oficial Administrativo 
Assinale a alternativa em que o termo ou a expressão em destaque identifica corretamente o 
sujeito da oração. 
a) A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu… 
b) Todo mundo conhece alguém que está sempre conectado. 
c) Os viciados em smartphones são uma legião. 
d) Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão. 
e) … o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso. 
 
 
7. VUNESP – Prefeitura de Sertãozinho-SP/2018 
 
Com base no conceito de constituintes apresentados, assinale a alternativa em que a expressão 
destacada corresponde a um sintagma nominal com a função de sujeito de oração. 
a) Chegou a primeira encomenda do ano. 
b) Espero a elaboração de vários projetos. 
c) Chegou à idade maisalegre da vida. 
d) Todos foram a uma praia bem distante. 
e) Realmente houve a esperada transformação. 
 
 
8. VUNESP – Prefeitura de Sertãozinho-SP/2018 
Assinale a alternativa em que o verbo deverá ir para o plural, se a expressão destacada for 
flexionada no plural. 
a) … não se resolveu a questão divisiva da educação religiosa. 
b) Resta um trabalho hercúleo pela frente. 
c) … a BNCC progrediu para um documento mais concatenado e útil… 
d) Cumpre ainda produzir material didático coerente com a base… 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-seduc-sp-oficial-administrativo
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-seduc-sp-oficial-administrativo
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13792
 
e) … o esforço demandará um empenho de coordenação e liderança… 
 
 
9. VUNESP - Investigador de Polícia (PC SP)/2018 
Derivada do latim, língua portuguesa é a sétima mais falada no mundo 
O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo 
com o instituto americano SIL International, há mais de 7 000 idiomas no mundo, e o português 
é o sétimo mais falado. 
Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o 
português é derivado do latim – idioma que teve origem na Itália, na pequena região do Lácio, 
onde está Roma. 
O latim disseminou-se na Europa juntamente com a expansão do domínio do Império Romano. 
Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente europeu (onde hoje 
estão os territórios de Portugal e Espanha), entre os séculos 3º e 2º a.C. 
Devido a ocupações anteriores, a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas 
línguas, por consequência), como os celtas. Ao longo do tempo, o latim falado foi 
incorporando elementos linguísticos dessas e de outras populações. 
Quando o Império Romano ruiu, no século 5º d.C., a Península Ibérica já estava totalmente 
latinizada, e o idioma manteve-se em uso por seus habitantes. 
No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. 
O uso de outros idiomas ou dialetos locais era, muitas vezes, proibido. 
Hoje há muito mais falantes de português fora de Portugal, que tem apenas 10 milhões de 
habitantes. 
(https://www1.folha.uol.com.br. Adaptado) 
O substantivo funciona como núcleo do sintagma em que ocorre. Esse sintagma pode ser 
nominal e, quando não preposicionado, desempenhar a função de sujeito, entre outras. 
(Maria Helena de Moura Neves, Gramática de usos do português. Adaptado) 
No trecho – Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente 
europeu… –, o termo que exemplifica a definição, sendo um substantivo como núcleo do 
sujeito da oração, é 
a) tropas. 
b) face. 
c) continente. 
d) latim. 
e) romanas. 
 
 
10. VUNESP - Investigador de Polícia (PC SP)/2018 Leia o texto para responder à questão. 
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as ideias do fundador são 
institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13792
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13792
 
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque o autor das ideias não esteja 
mais aqui para atualizá-las. 
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. Como 
a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a 
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias, revisando sua obra 
ao longo da vida. Ele chegou a afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes. Portanto, não 
podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que 
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses 
colapsar”. Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias. 
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) 
Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. – 
e – Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… –, os termos destacados são 
a) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal. 
b) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto. 
c) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo, complemento 
nominal. 
d) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto. 
e) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito. 
 
 
11.VUNESP - Inv Pol (PC SP)/PC SP/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as ideias do fundador são 
institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não 
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque o autor das ideias não esteja 
mais aqui para atualizá-las. 
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. Como 
a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a 
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias, revisando sua obra 
ao longo da vida. Ele chegou a afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes. Portanto, não 
podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que 
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses 
colapsar”. Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias. 
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) 
Na oração – Freud era um neurologista… –, o predicado é 
a) nominal, e o sujeito é “Freud”. 
b) nominal, e o sujeito é “neurologista”. 
c) verbal, e o sujeito é “neurologista”. 
 
d) verbal, e o sujeito é “Freud”. 
e) verbo-nominal, e o sujeito é “Freud”. 
 
12. VUNESP - Escrivão de Polícia (PC SP)/2018 Debaixo da ponte 
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. 
Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na 
parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás porque luz e 
gás não consumiam. Não reclamavam da falta d’água, raramente observada por baixo de 
pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não 
conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, 
objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, receber 
amigos, fazer os amigos desfrutarem comodidades internas da ponte. 
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas 
certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro 
rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos 
propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, 
principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da 
ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne. 
(Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. Adaptado) 
Com relação aos sujeitos das orações destacadas no período – (I) Oficialmente, não é lugar 
onde se more, porém eles moravam. (II) Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, 
taxa de condomínio... – é correto afirmar: 
a) em (I), o sujeito é claro, sendo expresso pelo substantivo “lugar”; em (II), o sujeito é 
indeterminado, sendo expresso pelo substantivo “aluguel”. 
b) em (I) e (II) o sujeito é oculto, sendo sinalizado respectivamente pelospronomes 
indefinidos “se” e “ninguém”. 
c) em (I), o sujeito é indeterminado, sendo sinalizado pela partícula “se”; em (II), o sujeito 
é claro, sendo expresso pelo pronome indefinido “ninguém”. 
d) em (I) o sujeito é claro, sendo expresso pelo pronome relativo “onde”; em (II), o sujeito 
é indeterminado, sendo sinalizado pelo pronome indefinido “ninguém”. 
e) em (I) e (II) o sujeito é claro, sendo expresso respectivamente pelos pronomes “onde” 
e “ninguém”. 
 
 13. VUNESP - Psicólogo Judiciário (TJ SP)/2017 (e mais 1 concurso) Leia o texto para 
responder à questão. 
É urgente 
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com fuzil na 
Venezuela é a pior de suas ideias ruins. 
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. Caso não 
o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/13793
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
 
típica de uma população armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais 
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado, 
como se indiferente, nas providências para essa emergência social. 
(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S.Paulo, 20.04.2017) 
Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico. 
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins. 
b) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. 
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo... 
d) ... os venezuelanos fogem em massa. 
e) Seu número cresce. 
 
14. VUNESP - Psicólogo Judiciário (TJ SP)/2017 (e mais 1 concurso) 
A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter de 
excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmente 
invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio. 
Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou 
boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte. 
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num 
monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada 
da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe 
de enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio. 
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o 
moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo: 
– Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que 
esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o 
desejo de seu marido. 
Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, entendeu que 
devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém, teve o 
cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a 
simplicidade, na matriz do Engenho Novo. 
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irradiante e 
espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava para 
regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a 
achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe 
faltava dantes. 
– Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava. 
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto 
funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados. 
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. 
Adaptado) 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
 
Na Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra 
explicam que o adjunto adnominal “é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou 
delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste.” Tal definição está 
corretamente exemplificada com a expressão destacada em: 
a) ... absolutamente nada da beleza célebre de outrora. 
b) ... com todo o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção... 
c) ... depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte. 
d) Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita... 
e) O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. 
 
 
15. VUNESP - Psicólogo Judiciário (TJ SP)/2017 (e mais 1 concurso) 
No período “espero que a senhora não se oponha a um enlace”, a oração em destaque 
exerce a mesma função sintática que a expressão destacada em: 
a) ... o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento... 
b) Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. 
c) ... os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal... 
d) A cerimônia efetuou-se com toda a simplicidade, na matriz do Engenho Novo. 
e) Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita... 
 
16. VUNESP - Historiógrafo (FUNDUNESP)/2016 
Leia o texto a seguir para responder à questão. 
Calvície: o melhor remédio é o charme 
Pouca gente nota, mas sou careca. Rasparam meu cabelo quando entrei na faculdade, e de lá 
pra cá a coisa não melhorou. Conheço o assunto. Portanto, me surpreendi com essa notícia de 
os japoneses terem descoberto a cura da calvície com o uso de células-tronco. A princípio, 
desconfiei; são poucos os orientais realmente carecas. Perto de 20% da população (segundo o 
Japan Times). Então, qual a razão de perder tempo pesquisando? Não é um problema nacional, 
manja? Segundo a mesma publicação, 41% dos holandeses são carecas – mas eles preferiram 
inventar uma marca de cerveja do que um remédio para as entradas. Também prefiro. 
De cara, implico com esse termo: “cura”, porque pressupõe que calvície é doença. Me recuso 
a olhar para esta minha cabeça redonda, graciosa e útil (sirvo de ponto de referência em 
qualquer Lollapalooza) e julgá-la como patologia. Chamar calvície de doença é coisa de quem 
nunca foi careca, por exemplo, os japoneses. 
Ser careca é ótimo. Não tem demérito nenhum. E dá trabalho, sim. Um careca cônscio é 
vaidoso. Tem que raspar, passar protetor solar, hidratante e até cera, se a calva estiver opaca. 
Tomar banho, por exemplo, é ótimo. O pouca-telha sente a água batucando diretamente na 
cabeça. Na hora do soninho, o travesseiro refresca. Até o cafuné rende mais, já que feito 
diretamente na pele. A gente se arruma mais rápido, o ralo do nosso banheiro nunca entope. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/9155
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/5931
 
Aí o cabeludo, em defesa da categoria, argumenta que cabelo é item de beleza superior e 
charme: dá pra deixar crescer, tingir de ruivo, fazer trancinha e até coque casal-top model. De 
fato, carecas não se divertem com o cabelo. Mas usam gorros, de cores variadas e marcas 
sofisticadas. Se a natureza não foi pródiga, a moda ajuda. É fato: desde que o Bruce Willis 
apareceu que careca é sinônimo de sedução fashion. 
Falei do Bruce, mas posso citar Kelly Slater, Zidane, Stanley Tucci, Guardiola, Jason Statham – 
e por aí vai. Temos nosso borogodó. Não somos de jogar fora. 
O único problema do careca é querer renegar a raça. É querer virar as costas para os seus. É 
querer enganar o próximo. O grande problema do careca é o implante. Ou, Deus nos livre, a 
peruca. Aí, não. Vamos manter a dignidade. Melhor raspar tudo, passar um perfuminho, adotar 
um chapéu-panamá. Dá certo também; tem sempre quem goste. Vai por mim, sou careca 
desde que entrei na faculdade. 
(Lusa Silvestre. http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/xavecos-e-milongas/calvicie-o-melhor-remedio-e-ocharme/. Adaptado) 
Considere as frases a seguir, observando que, no texto, as expressões destacadas exercem, 
respectivamente, a função de substantivo e de adjetivo. 
O pouca-telha sente a água batucando diretamente na cabeça. 
Aí o cabeludo, em defesa da categoria, argumenta que cabelo é item de beleza superior e charme: 
dá pra deixar crescer, tingir de ruivo, fazer trancinha e até coque casal-top model. 
Assinale a alternativa em que as expressões destacadas exerçam, respectivamente, as mesmas 
funções presentes nas frases selecionadas do texto. 
a) Durante o passeio às montanhas, um guarda-florestal foi requisitado para 
acompanhar os turistas. O pesquisador nipo-brasileiro foi convidado para dar aulas em 
importante universidade europeia. 
b) A porta-bandeira desfilou graciosamente pela avenida e foi aplaudida pelo público. O 
azul-marinho foi a cor escolhida para o uniforme das atendentes. 
c) Os torcedores do time rubro-negro não conseguiram ingressos para o jogo final. A 
escritora classificou seu novo livro como obra infanto- juvenil. 
d) A prefeitura recebeu abaixo-assinados contrários à instalação de uma usina nuclear 
na cidade. O participante terminou a partida com um inesperado xeque-mate. 
e) As obras hiper-realistas do escultor não agradaram aos críticos mais acadêmicos. Para 
surpresa do Parlamento, o primeiro-ministro renunciou ao cargo. 
 
 
17. VUNESP - Educador Social (Pref SJRP)/2016 Leia o texto para responder à questão. 
Na época escolar, minhas “viagens espaciais” ao mundo da lua pintavam a Terra e seus objetos 
com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de papel amassadas nas 
mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a Terra e seus objetos com as cores 
verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das árvores de marrom e a copa de verde. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8394
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/8394
 
Viver “no mundo da lua” e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros ângulos, não era 
bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em particular. 
O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado significava para mim 
a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na travessia terra-lua-terra. 
Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia que elas, de 
alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem muitos braços e entre abraços 
formassem uma rede invisível. Um tecido. 
(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado) 
 Assinale a alternativa em que a expressão em destaque indica circunstância de lugar. 
a) Viver “no mundo da lua” e olhar para a Terra de outras distâncias, ... 
b) ... até virarem luas de papel amassadas nas mãos da professora. 
c) ... devia pintar a Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. 
d) O mundo do Era uma vez (...) significava para mim a nave espacial... 
e) ... e entre abraços formassem uma rede invisível. 
 
 
18. VUNESP - 2015 - Câmara Municipal de Descalvado - SP 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2015-camara-municipal-de-descalvado-sp-tecnico-em-informatica
 
Observe as expressões em destaque acrescidas às falas das personagens e assinale a que 
apresenta circunstância adverbial de modo. 
a) E os mosquitos estão me devorando com voracidade! 
b) Com certeza pareço uma milanesa! 
c) Hoje o zoológico está ótimo! 
d) Quero muito um sorvete! 
e) Depois a gente paga com o cartão de crédito. 
 
19. VUNESP - 2013 - Prefeitura de Poá - SP 
Água potável 
Água potável corresponde a toda água disponível na natureza destinada ao consumo e possui 
características e substâncias que não oferecem riscos para os seres vivos que a consomem. 
A água potável é bastante restrita. Apenas 2,4% da água é doce, porém, somente 0,02% está 
disponível em lagos e rios que abastecem as cidades e pode ser consumida. Desse reduzido 
percentual, uma grande parcela encontra-se poluída, diminuindo ainda mais as reservas 
disponíveis. 
A poluição é um dos maiores problemas da água potável, uma vez que diariamente os 
mananciais do mundo recebem dois milhões de toneladas de diversos tipos de resíduos. 
(www.brasilescola.com/geografia/agua-potavel.htm - Acesso em 02.06.2013 – Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a palavra destacada expressa sentido de lugar. 
a) A água potável corresponde a toda água disponível. 
b) ... recebem dois milhões de toneladas... 
c) ... não oferecem riscos para os seres vivos. 
d) ... dois milhões de toneladas de diversos tipos... 
e) ... 0,02% está disponível em lagos e rios... 
 
 
 20. VUNESP - 2013 - Prefeitura de Poá - SP 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2013-prefeitura-de-poa-sp-motorista
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2013-prefeitura-de-poa-sp-motorista
 
A passagem do texto em que se encontra adjunto adverbial expressando circunstância de 
modo é: 
a) …no Rio de Janeiro. 
b) …em períodos eleitorais… 
c) …à base do assistencialismo e do medo. 
d) …de suas próprias fileiras. 
e) …sobre os domínios do tráfico… 
 
 
21. VUNESP – TJ - SP/2007 
Da ambição se pode dizer que é uma força que, ao contrário da liberdade, não termina onde 
a do outro começa. O ambicioso não enxerga o cume nem quando o atinge. O céu para ele 
não é o limite. Não é por outra razão que os maiores desastres humanos foram gestados pela 
ambição sem limites. Em contrapartida, os mais espetaculares saltos intelectuais, científicos e 
políticos trazem a assinatura de homens e mulheres ambiciosos. 
 (Veja, 01.03.2006) 
Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem, respectivamente, as mesmas 
funções sintáticas de humanos e a assinatura, em destaque no trecho. 
a) Uma situação muito debatida diz respeito às mulheres ambiciosas. 
b) É preciso ter uma visão sensata da ambição: não é apenas ganhar dinheiro ou ficar 
famoso. 
c) Há ambiciosos compulsivos que se sentem ameaçados pela opinião dos outros. 
d) A ambição feminina pode ser considerada mais ampla. 
e) Não há razão alguma para acreditar que a ambição masculina seja maior que a 
feminina. 
 
 
22. VUNESP - 2006 - TJ-SP - Técnico Judiciário 
O trecho a seguir é a introdução de um texto de Jô Soares. Leia-o para responder a questão. 
A verdade é que não se escreve mais como antigamente, pois naquele tempo não havia 
computadores e, por incrível que pareça, nem mesmo canetas esferográficas. Porém, se 
fôssemos registrar em papel todos os absurdos do ser humano, não sobraria sequer uma 
resma para os cartões de Natal. 
(Jô Soares. Veja, 01.05.1996) 
Para responder a questão, observe: 
A verdade é que não se escreve mais como antigamente... 
A oração que completa sintaticamente A verdade é funciona como seu 
a) aposto. 
b) predicativo. 
c) objeto direto. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2013-prefeitura-de-poa-sp-motorista
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
 
d) sujeito. 
e) complemento nominal. 
 
23. VUNESP - 2006 - TJ-SP - Técnico Judiciário 
O texto a seguir é base para a questão. 
Como a tão malbaratada palavra “ética”, muito vocábulo perde seu sentido quando envereda 
por trilhas falsas. “Ética” designava comportamento, ou conjunto de regras, em geral não 
escritas, que ditavam esse comportamento. Vivia-se a ética nos tribunais, entre parlamentares, 
entre países amigos ou adversários, e também nas relações cotidianas entre pessoas. O termo 
devia ser comum entre nós, como água e pão. Comportamentos éticos ou não éticos 
configuram nosso dia-a-dia na rua, na praia, no trabalho, a começar pela família– onde 
aprendemos alguns conceitos talvez nunca verbalizados, mas introjetados, que passam a fazer 
parte de nós. 
(Lya Luft. Veja, 30.11.2005) 
Sobre a oração – Vivia-se a ética – é correto afirmar que 
a) seu verbo vai para o plural se o termo ética for flexionado no plural. 
b) o sujeito da oração é inexistente. 
c) o termo ética é complemento verbal (objeto indireto) do verbo viver. 
d) o pronome se é considerado índice de indeterminação do sujeito. 
e) o verbo pode tanto ir para o plural como ficar no singular, caso o termo ética seja 
flexionado no plural. 
 
 
24. VUNESP - 2006 - TJ-SP - Técnico Judiciário 
O texto a seguir é uma das muitas piadas que circulam pela Internet. 
Leia-o para responder a questão. 
A filha entra no escritório do pai, com o marido a tiracolo, e indaga sem rodeios: 
— Papai, ______ você não coloca meu marido no lugar do seu sócio que acaba de falecer? 
E o pai responde de pronto: 
— Olhe, filha, ______ com o pessoal da funerária! Por mim, tudo bem... 
No texto, há duas ocorrências para o substantivo filha. Sobre elas, é correto afirmar que 
a) são sujeitos nas duas orações em que aparecem. 
b) complementam o verbo das orações em que ocorrem. 
c) são expressões usadas como chamamento nas duas orações. 
d) têm funções sintáticas distintas, respectivamente, sujeito e vocativo. 
e) constituem empregos sintáticos iguais, ou seja, objeto do verbo nas duas ocorrências. 
 
 
25. VUNESP - 2006 - TJ-SP - Técnico Judiciário 
O texto a seguir é uma das muitas piadas que circulam pela Internet. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
 
Leia-o para responder a questão. 
A filha entra no escritório do pai, com o marido a tiracolo, e indaga sem rodeios: 
— Papai, por que você não coloca meu marido no lugar do seu sócio que acaba de falecer? 
E o pai responde de pronto: 
— Olhe, filha, converse com o pessoal da funerária! Por mim, tudo bem... 
Observe as ocorrências do termo com: 
– com o marido a tiracolo; 
– com o pessoal da funerária. Sobre elas, é correto afirmar que 
a) formam, nos dois casos, expressões que complementam o verbo da oração – são, pois, 
seus objetos. 
b) a primeira forma uma expressão indicativa de companhia; a segunda, a expressão que 
complementa o verbo da oração. 
c) formam, nos dois casos, expressões indicativas de circunstância, no caso, assunto. 
d) a primeira forma a expressão que complementa o verbo da oração; a segunda, uma 
expressão adverbial indicativa de assunto. 
e) formam, nos dois casos, expressões que qualificam o sujeito da oração em que 
ocorrem, sendo, pois, apostos. 
 
26. VUNESP - 2006 - TJ-SP - Técnico Judiciário 
 
 
O termo Cride, considerado o seu emprego na frase, deve ser classificado como 
a) aposto. 
b) sujeito indeterminado. 
c) vocativo. 
d) predicativo. 
e) complemento verbal. 
 
 
27. INÉDITA 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2006-tj-sp-tecnico-judiciario
 
 Observe o seguinte trecho: O fascínio por determinados temas científicos segue a lógica da 
saturação do termo... 
Assinale a opção cujo termo em destaque exerce a mesma função sintática que sublinhado 
acima. 
a) ... antes de serem veiculados com qualquer informação de cunho científico 
b) O consumidor pode pedir uma revisão ou confirmação científica dos dados 
apresentados 
c) A publicidade contemporânea trata com pessoas 
d) Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção 
e) O interesse do público muda bastante e a publicidade se aproveita desses temas 
 
28. INÉDITA 
Numa manchete de jornal, lia-se a seguinte manchete: 
Acusaram o torturador de criminoso. 
Do modo como está redigida, pode-se dizer que, nesta frase: 
a) o termo “de criminoso” é ambíguo, pois pode ser tanto predicativo do sujeito quanto 
adjunto adnominal do nome “torturador”. 
b) o termo “de criminoso” é ambíguo, pois pode ser adjunto adverbial de modo ou 
complemento nominal. 
c) o termo “de criminoso” é ambíguo, pois pode ser adjunto adnominal ou predicativo do 
sujeito “Eles”. 
d) se posicionarmos “de criminoso” antes de “o torturador”, a ambiguidade seria desfeita. 
e) o termo “de criminoso” é um modificador do verbo “Acusaram” e transmite uma ideia 
de modo. 
 
 
29. INÉDITA 
Assinale a alternativa em que a oração se estrutura, sequencialmente, com as mesmas funções 
sintáticas dos termos da oração: 
Os funcionários da fábrica sempre fazem homenagens aos recém-chegados. 
a) Os prazeres da cozinha não têm relação com a longevidade? 
b) O futebol brasileiro me ensinou muitas coisas. 
c) Os professores da Universidade corriqueiramente alegam descaso com a pesquisa. 
d) As promessas dos políticos sempre resultam em críticas dos eleitores. 
e) As respostas do acusado nunca deram margem a dúvidas. 
 
 
GABARITO 
 
01 B 02 B 03 E 04 A 05 B 
06 A 07 A 08 B 09 D 10 D 
11 A 12 C 13 B 14 A 15 B 
16 A 17 A 18 A 19 E 20 C 
21 B 22 B 23 A 24 D 25 B 
26 C 27 B 28 D 29 C 
 
 
 
Sintaxe Parte 2 
 
 
 
Gabaritado 
SINTAXE 2 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. VUNESP – EBSERH/2020 
 
Os descaminhos do lixo 
 
 Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018/2019, produzido pela Associação Brasileira 
das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), em 2018 foram gerados no Brasil 79 milhões de 
toneladas de resíduos. Desse total, 92% foram coletados. Isso significa uma pequena melhora 
em relação ao ano anterior, já que, se a produção de lixo aumentou 1%, a coleta aumentou 
1,66%. Essa expansão foi comum a todas as regiões, com exceção do Nordeste. Dos resíduos 
coletados em 2018, 59,5% receberam destinação adequada nos aterros sanitários, uma 
melhora de 2,4% em relação a 2017. 
 Mas esses relativos avanços não deveriam disfarçar a precariedade crônica do setor. A média 
nacional é bastante inferior à dos países na mesma faixa de renda, onde 70% do lixo recebe a 
destinação correta. Em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que até 
agosto de 2014 o País deveria estar livre dos lixões. Mas, hoje, cerca de 8% do lixo produzido 
no Brasil (6,3 milhões de toneladas) ainda não é sequer coletado e 40% do lixo que é coletado 
é descarregado em lixões ou aterros que não contam com medidas necessárias para garantir 
a integridade do meio ambiente e a da população local. Esta é a realidade em cerca de 3000 
dos mais de 5500 municípios do País. 
(https://opiniao.estadao.com.br. Adaptado) 
 
O segundo parágrafo inicia-se com a conjunção “Mas”, por meio da qual 
a) se restringem os problemas do setor de limpeza no Brasil a poucas áreas. 
b) se conclui que o Brasil tem um setor de limpeza pública avançado. 
c) se compara o setor de limpeza pública do Brasil ao de outros países. 
d) se explica que o setor de limpeza pública no Brasil não é precário. 
e) se contrastam dois cenários do setor de limpeza pública no Brasil. 
 
 
2. VUNESP – EBSERH/2020 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
 
 
Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma 
relação entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de 
a) finalidade. 
b) tempo. 
c) dúvida. 
d) comparação. 
e) causa. 
 
3. VUNESP – FITO/2020 
 Assinale a alternativa que, introduzida por uma conjunção de causa, completa, de acordo com 
o sentido do texto,a frase - As empresas nem precisam mais de gatilhos externos,... 
a) inclusive desistiram de inventar tecnologias que produzem mecanismos viciantes. 
b) uma vez que os usuários já tinham sido sutilmente motivados para usar as redes. 
c) depois que suas ações alcançaram as posições mais altas no mercado de bens 
tecnológicos. 
d) com que operavam para oferecer aos usuários condições de uso moderado das redes. 
e) para garantir que o usuário passe a ter mais controle do uso exagerado da tecnologia. 
 
4. VUNESP – Prefeitura de Cananeia/2020 
Considere as passagens do texto: 
• Estudo da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) estimou os custos 
socioeconômicos da mobilidade urbana em nada menos de R$ 483,3 bilhões anuais, como 
mostrou o 3º Seminário de Mobilidade e Inovação organizado por esta Folha. (2º parágrafo); 
• Não se trata, contudo, de dificuldade intransponível. Pesquisa recente do Instituto Ipsos 
mostrou que 30% dos paulistanos proprietários de carro aceitariam abrir mão do veículo em 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
favor de outro meio de transporte. Há boa margem, pois, para o avanço dessa agenda. (8º 
parágrafo). 
Os sentidos que as conjunções destacadas exprimem e as conjunções que poderiam substituí-
las nas passagens são, correta e respectivamente: 
a) causa; consequência; conclusão / já que; tanto que; assim. 
b) comparação; conclusão; explicação / tal qual; portanto; então. 
c) comparação; concessão; explicação / assim como; mesmo; porque. 
d) conformidade; adversidade; conclusão / conforme; porém, portanto. 
e) conformidade; explicação; adversidade / segundo; por isso; entretanto. 
 
 
5. VUNESP – Prefeitura de São José dos Campos/2019 
Para que o trecho destacado em – Há quem junte humor e ironia ao pedido, sem perder a 
delicadeza. (5º parágrafo) – apresente ideia de condição, deve iniciar pela expressão 
conjuntiva destacada em: 
a) para que não se perca a delicadeza. 
b) e não se perca a delicadeza. 
c) contanto que não se perca a delicadeza. 
d) antes que se perca a delicadeza. 
e) porém não se perca a delicadeza. 
 
6. VUNESP – Prefeitura de Ribeirão Preto/2019 
Considere o trecho para responder à questão. 
Assim, Dona Tinzinha vai à loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o 
pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na 
cama. Ou então o irmão mais velho – ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser 
quando crescer – conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo. 
 Ao se eliminar o primeiro travessão e substituí-lo por uma conjunção de causa, a frase seguinte 
deve se iniciar por: 
a) a fim de que ela descobrisse… 
b) já que ela descobriu… 
c) logo que ela descobriu… 
d) à medida que ela descobriu… 
e) para que ela descobrisse… 
 
7. VUNESP – Câmara de São Miguel Arcanjo/2019 
Na frase “A tirinha, embora seja curta, com apenas três quadrinhos, consegue fazer o leitor 
refletir, no entanto ele pode também discordar.”, as expressões em destaque podem ser 
substituídas, sem alteração do sentido do texto, respectivamente, por: 
a) mesmo que; como. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
b) enquanto; ou seja. 
c) portanto; porque. 
d) conquanto; contudo. 
e) visto que; conforme. 
 
8. VUNESP – Prefeitura de Araçatuba - SP/2019 
 
Em relação ao trecho – Se o recorte for feito, por exemplo, entre jovens negros, residentes 
em áreas rurais do Nordeste e que a mãe é analfabeta, apenas 8% concluíram o ensino médio 
até os 18 anos. –, assinale a alternativa em que se apresenta o sentido expresso pela conjunção 
da oração destacada, bem como a sua reescrita, em conformidade com a norma-padrão. 
a) condição = Caso o recorte seja feito. 
b) opção = Ou o recorte será feito. 
c) hipótese = Desde que o recorte é feito. 
d) tempo = Quando o recorde for feito. 
e) oposição = Embora o recorte foi feito. 
 
9. VUNESP – Prefeitura de Cerquilho - SP/2019 
Há uma relação de causa e consequência entre as informações no seguinte trecho do texto: 
a) Cerca de oito em cada dez redes de educação pública de estados e municípios não têm 
financiamento suficiente para ofertar uma educação de qualidade... (1º parágrafo) 
b) “Estamos falando de um país cuja média de gasto é inferior ao que deveria ser o 
mínimo.” (3º parágrafo) 
c) A maior diferença entre o que é gasto e o mínimo considerado adequado para uma 
educação de qualidade está nas creches de período integral em áreas rurais. (4º parágrafo) 
d) “Ter mais recurso na educação interfere nas condições de vida. Têm-se professores que 
recebem melhor, escolas mais bem equipadas, melhoras na merenda...” (7º parágrafo) 
e) A entidade, que reúne centenas de organizações de educação, é responsável pelo 
desenvolvimento do Caq. (7º parágrafo) 
 
10. VUNESP – Câmara de São Roque - SP/2019 
Considere os vocábulos destacados nas seguintes passagens do 2o parágrafo: 
• ... visse os rostos femininos pintados por Picasso... 
• ... se visitasse um desfile de moda ou um concurso de Miss Universo, nos quais veria 
celebrados outros modelos de beleza... 
Em seus contextos, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, noção de 
a) instrumento, alternativa e quantidade. 
b) agente, alternativa e indefinição. 
c) causa, exclusão e indefinição. 
d) agente, exclusão e quantidade. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
e) causa, alternativa e comparação. 
 
11.VUNESP – Prefeitura de Campinas - SP/2019 
Ao reescrever-se o trecho que antecede a vírgula em “Presumindo que a quantidade de 
dinheiro é limitada e que é impossível financiar ambos os projetos de pesquisa, qual dos dois 
deve ser financiado?” (2o parágrafo), iniciando-o por uma conjunção e fazendo os demais 
ajustes necessários, seu sentido condicional será preservado ser for iniciado por: 
a) Conforme. 
b) Mesmo. 
c) Caso. 
d) Porquanto. 
e) Assim. 
 
12. VUNESP – Transerp - SP/2019 
Leia o texto para responder a questão. 
Sedentários bem alimentados 
 Pela primeira vez na história de nossa espécie, foi-nos oferecida a possibilidade de comer à 
larga em todas as refeições e de ganhar a vida sentados o dia inteiro. Obesidade e 
sedentarismo se tornaram as principais epidemias nos países de renda média e alta, nos quais 
a praga mortífera do tabagismo começa a ser a duras penas controlada. 
 Na esteira dessas duas pandemias, caminham a passos apressados hipertensão arterial, 
diversos tipos de câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos, 
articulares, renais e outras complicações que sobrecarregam o sistema de saúde, encarecem o 
atendimento e fazem sofrer milhões de pessoas. Nas capitais, 19% dos brasileiros adultos estão 
obesos e outros 35% têm sobrepeso, ou seja, menos da metade da população cai na faixa do 
peso considerado saudável. 
 Na contramão de outros ramos da economia, a incorporação de tecnologia na área médica 
aumenta o custo do produto final. A assistência a uma população que envelhece mal como a 
brasileira exigirá recursos de que não dispomos no SUS nem na saúde suplementar. 
 Esperar as pessoas adoecerem para tratá-las em hospitais e unidades de pronto atendimento 
é política suicida. Não há saída: ou investimos na prevenção ou, cada vez mais, só os 
privilegiados terão acesso à medicina moderna. 
 Nos anos 1960, cerca de 60% dos nossos adultos fumavam, hoje não passam de 10%. Se 
conseguimos resultado tão impressionante com a dependência química mais feroz que a 
medicina conhece, não é impossível convencer mulheres, crianças e homens a comer um 
pouco menos e a andar míseros 40 minutos num dia de 24 horas. 
(DrauzioVarella. Folha de S. Paulo, 11.11.2018. www.folha.uol.com.br. Adaptado) 
 
A conjunção Se, na frase que encerra o texto, estabelece relação de 
a) conclusão e pode ser substituída por Portanto. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
b) dúvida e pode ser substituída por Caso. 
c) conformidade e pode ser substituída por Conforme. 
d) causa e pode ser substituída por Visto que. 
e) contraste e pode ser substituída por Contudo. 
 
13. VUNESP – Câmara de Tatuí - SP/2019 
Considere os trechos: 
• ... estabelecer com segurança se o cigarro causava ou não câncer... (3° parágrafo) 
• ... usar a estatística para destrinchar o obscuro mundo dos contrafactuais. (4°parágrafo) 
• ... mesmo que ele esteja aumentando as coisas em até 30%, ainda sobram muitas ideias 
fascinantes no livro. 
(6° parágrafo) 
As expressões destacadas estabelecem, nos contextos em que ocorrem, respectivamente, 
relação de a) exclusão, finalidade e concessão. 
b) conformidade, direção e condição. 
c) oposição, condição e oposição. 
d) exclusão, condição e conclusão. 
e) condição, finalidade e conformidade. 
 
14. VUNESP – Prefeitura de Guarulhos - SP/2019 
Em “Cleo, porém, se mantinha ingênua...” (2º parágrafo), o vocábulo porém pode ser 
substituído, com o sentido do texto preservado, por 
a) dessa forma. 
b) devido a isso 
c) por conseguinte 
d) assim sendo 
e) em contrapartida. 
 
15. VUNESP - Analista Técnico Científico (MPE SP)/Administrador/2019 (e mais 2 
concursos) 
Mantendo-se o sentido original e em conformidade com a norma-padrão, a frase – Mesmo 
que não seja possível abrir mão de receitas, a simplificação já traria ganhos substanciais em 
eficiência ao setor produtivo. – está corretamente reescrita em: 
a) Por mais que não se possa dispensar receitas, uma decorrência natural da simplificação 
seria ganhos substanciais em eficiência ao setor produtivo. 
b) Conquanto seja impossível desistir de receitas, já haveria ganhos substanciais em 
eficiência ao setor produtivo com a simplificação. 
c) Como não é possível dispensar receitas, é com a simplificação que se trará ganhos 
substanciais em eficiência ao setor produtivo. 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
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https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17369
 
d) Enquanto não for possível limitar receitas, a simplificação já trará ganhos substanciais 
em eficiência ao setor produtivo. 
e) Não obstante a impossibilidade de abandonar receitas, já ocorreria ganhos substanciais 
em eficiência no setor produtivo, se houvesse a simplificação. 
 
16. VUNESP - Oficial Administrativo (SEDUC SP)/2019 
A legião on-line 
Um dos temas de “O Romance Luminoso”, a obra póstuma e incrivelmente contemporânea de 
Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem alcançar a tal experiência 
luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado há 15 anos, o autor passa os dias 
em frente ao computador curtindo o fracasso. Baixa e elabora programas, joga paciência, busca 
sites ao acaso. Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão. 
 
É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está sempre 
conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama; checa os aplicativos 
de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente ansiedade, mau humor, angústia, 
tristeza. Os viciados em smartphones são uma legião. 
Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas também pelo 
caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: “O mundo do computador já foi invadido 
pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a abjeção. Não porque os pobres sejam 
necessariamente abjetos, e sim porque as pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas 
para embrutecer mais ainda os pobres”. 
E conclui: “A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu, e, com vistas 
a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas”. Isso nos leva, naturalmente, a 
pensar na relação das redes sociais com a empresa de dados políticos ligada à campanha 
presidencial de Donald Trump. Ou, em outro caso, sendo obrigadas a excluir contas por 
suspeita de fraude. 
Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de manipular 
condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a abjeção diagnosticada 
por Levrero. 
Que tal passar mais tempo off-line? 
(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado) 
Na frase “… sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.”, o termo em destaque 
forma uma expressão indicativa de 
a) finalidade. 
b) oposição. 
c) modo. 
d) origem. 
e) causa. 
 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17913
 
17. VUNESP - Oficial Administrativo (SEDUC SP)/2019 
 
(Bill Watterson. Existem tesouros em todo lugar: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo, 
Conrad Editora do 
Brasil, 2013) 
A frase do primeiro quadrinho “Se eu tivesse um computador, com certeza ia tirar notas 
melhores…” está corretamente reescrita, sem alteração do sentido do texto original e de 
acordo com a norma padrão da língua, em: 
a) A fim de que eu tivesse um computador, com certeza tirava notas melhores… 
b) Assim que eu tivesse um computador, com certeza tiro notas melhores… 
c) Caso eu tivesse um computador, com certeza tiraria notas melhores… 
d) Conforme eu tivesse um computador, com certeza tirarei notas melhores… 
e) Uma vez que eu tivesse um computador, com certeza tirarei notas melhores… 
 
18. VUNESP - Oficial Administrativo (SEDUC SP)/2019 
Irmãos em livros 
Outro dia, num táxi, o motorista me disse que “gostava de ler” e comprava “muitos livros”. Dei-
lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que “gostava de todas”, mas, 
de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah, sim? Comentei que também gostava 
de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu 
a marcha, como se processasse a informação. Virou-se para mim e disse: “Entendi. O senhor 
tem razão”. 
Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas ou 
despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso muito bem 
entendê-las porque também não tenho o menor interesse por automóveis, pela alta cozinha 
ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho que qualquer prato melhora com um ovo 
frito por cima e, quando me mostram alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem 
querer e mando a imagem para o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a 
livraria a eles. 
No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão fascinante. 
São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma personalidade. São 
romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de fotos, de autoajuda, infantis, o que 
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17913
https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/17913
 
você quiser. O que se despendeu de esforço intelectual para produzi-los e em tal variedade é 
impossível de quantificar. Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que 
cada autor conseguiu dar. 
Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de algum tipo 
de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para congraçar. Aliás, quanto 
mais se aprende, mais se vai às livrarias. 
Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber quem somos 
e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos. 
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado) 
A expressão em destaque no trecho “Nada disso mefaz falta, assim como o livro e a livraria a 
eles.” estabelece relação entre as orações com sentido de 
a) proporção. 
b) finalidade. 
c) causa. 
d) comparação. 
e) condição. 
 
19. VUNESP - Prof (SME Barretos)/Pref Barretos/I/2018 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sextafeira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo 
(‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br/ 
colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
O termo destacado na frase – ... é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se 
celebrizou por jogar seus preços na lua... – forma uma expressão com sentido de 
a) modo. 
b) causa. 
c) origem. 
d) oposição. 
e) finalidade. 
 
20. VUNESP - Ana GP (IPSM SJC)/IPSM SJC/Contabilidade/2018 
Estadão: O espanto como motor do conhecimento é a ideia fundamental de seu primeiro livro. 
De certa forma, porém, trata-se de uma ideia um tanto quanto antiga, encontrada em Platão, 
em Tomás de Aquino, bem como em outros. No plano da educação dos filhos, é fácil ver como 
esse elemento propulsor funciona quando eles são verdadeiramente pequenos, de dois, três, 
quatro anos: tudo o que é, tudo o que existe, desconcerta-os simplesmente porque existe e 
poderia não existir. Tudo é mágico. 
E, como essa capacidade de assombrar-se é inata, não precisamos criar estímulos excepcionais 
para que os filhos se desenvolvam, bastando somente os elementos que um ambiente familiar 
normal já possui. Essa capacidade de assombrar-se permanece igual ao longo dos anos? Nos 
adultos, não parece adormecer-se naturalmente, perdurando apenas, talvez, nos poetas e 
artistas, por alguma inclinação especial? 
Catherine L’Ecuyer, educadora canadense: Sim, minha teoria se apoia em ideias centenárias. 
Gaudí dizia que ser original é voltar às origens. A capacidade de assombro é inata, mas 
corremos o risco de perdê-la quando não respeitamos o que pede nossa natureza, quando 
vivemos segundo ritmos que não se adequam a nossos ritmos internos, quando não há 
espaços, tempos e silêncios que permitam saborear a lentidão da beleza da realidade. 
(http://cultura.estadao.com.br. Adaptado) 
Considere as passagens do texto: 
• De certa forma, porém, trata-se de uma ideia um tanto quanto antiga... 
• E, como essa capacidade de assombrar-se é inata, não precisamos criar estímulos 
excepcionais para que os filhos se desenvolvam... 
• ... mas corremos o risco de perdê-la quando não respeitamos o que pede nossa 
natureza... As conjunções destacadas estabelecem entre as orações, respectivamente, relações 
de sentido de: a) oposição, causa, finalidade e tempo. 
b) conclusão, consequência, finalidade e tempo. 
 
c) oposição, comparação, consequência e condição. 
d) adição, conformidade, causa e proporção. 
e) oposição, causa, causa e condição. 
 
21. VUNESP - Ass GP (IPSM SJC)/IPSM SJC/2018 
Para se alfabetizar de verdade, Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas. 
Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte comentário: “É 
de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau, o sujeito se meter a querer 
ensinar os outros a escrever”. 
Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas, da 
música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita não pode ser ensinada. 
Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do leitor citado, 
que completou seu comentário com esta pérola: “Saber escrever é uma questão de talento, 
quem não tem, não vai nunca aprender…” 
Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda pessoa 
alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio. 
Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos falando só de 
correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência 
artificial. 
Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o leitor de 
confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma igualitária por qualquer 
sociedade que se pretenda civilizada e justa. 
(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017) 
Nas orações “quando falei aqui do livro de Zinsser” (1° parágrafo) e “mas não se trata disso” 
(5° parágrafo), as conjunções destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relações de 
sentido de 
a) comparação e adição. 
b) tempo e oposição. 
c) conclusão e consequência. 
d) tempo e adição. 
e) comparação e oposição. 
 
22. VUNESP - OfAA (CM 2 Córregos)/CM 2 Córregos/2018 
 “Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar enrolada em 
um cobertor rosa de algodão”, conta Rebecca Sharrock. Considerando que a memória da 
maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos anteriores aos quatro anos de 
idade, pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de 
uma memória real. Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela 
foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente 
Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória. 
 
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de absolutamente 
tudo que ela fez em qualquer data. 
Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço algum de 
qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em qualquer momento da vida. 
Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos detalhes e com uma 
exatidão tão perfeita que são comparáveis a uma gravação. 
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão em 
andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a área ainda é 
relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal (que ajuda no 
processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com HSAM. 
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o que é 
fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. Algumas 
pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock descreve 
seu cérebro como“entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. 
Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: “No 
começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros 
anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” 
que a fazem se sentir mal. 
(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a segunda parte da frase expressa, com relação à primeira, uma 
consequência. 
a) Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço algum 
de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram / ou onde estavam em qualquer momento da 
vida. 
b) Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos detalhes e 
com uma exatidão tão perfeita / que são comparáveis a uma gravação. 
c) As pesquisas ainda estão em andamento, / já que existem poucos indivíduos com a 
síndrome no mundo, e a área ainda é relativamente nova. (3o parágrafo) 
d) Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o 
que é fascinante em termos científicos, / mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. 
e) “No começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias / que tive naquele 
mês em outros anos”. 
 
23. VUNESP - Prof (SME Barretos)/Pref Barretos/I/2018 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sextafeira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo (‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-
emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
Considere o seguinte trecho para responder à questão. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
Considerando a relação de concessão estabelecida pela expressão destacada em – ... mesmo 
que possam ser desmascaradas com um clique de computador. –, assinale a alternativa cuja 
expressão destacada estabelece a mesma relação de sentido. 
a) Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas... 
b) .... jogar seus preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. 
c) ... mas os truques utilizados proporcionavam aos consumidores a sensação... 
d) ... ainda que ilusória, de ter feito um bom negócio, o que lhes dava prazer. 
e) Como escrevem Ariely e Kreisler, “os clientes da JCPenney votaram com suas 
carteiras...”. 
 
24. VUNESP - PEB I (Pref Garça)/Pref Garça/2018 
Leia o trecho da entrevista da professora Magda Soares à Pesquisa Fapesp para responder à 
questão. 
O sociólogo Pierre Bourdieu foi meu grande guru. Ele mostrou como a linguagem é usada 
como instrumento de poder na sociedade. Portanto, é importante dar às pessoas esse 
 
instrumento. As camadas populares têm que lutar muito contra a discriminação e a injustiça, e 
a linguagem é um instrumento fundamental. Alfabetização e letramento têm esse objetivo: dar 
às pessoas o domínio da língua como instrumento de inserção na sociedade e de luta por 
direitos fundamentais. Em relação à língua escrita, a criança tem que aprender duas coisas. 
Uma é o sistema de representação, que é o sistema alfabético. Esse é um processo que trabalha 
determinadas operações cognitivas e tem que levar em conta as características do sistema 
alfabético, é saber decodificar o que está escrito, ou codificar o que deseja escrever. Mas isso 
deve ser feito em contexto de letramento, com textos reais, não com o clássico exemplo "Eva 
viu a uva". Que Eva? Que uva? Tradicionalmente a alfabetização se resumia a codificar e 
decodificar, porque o foco era a criança aprender apenas o código. Mas a questão é que a 
criança precisa aprender o código sabendo para o que ele serve. 
A escrita é uma tecnologia como outras. É importante aprender a escrever, conhecer a relação 
fonema-letra, saber que se escreve de cima para baixo, da esquerda para a direita, aprender 
as convenções da escrita. Mas essa tecnologia, como toda tecnologia, só tem sentido para ser 
usada: para saber interpretar textos, fazer inferências, ler diferentes gêneros, o que significa 
outra coisa e exige outras habilidades e competências. Aprender o sistema de escrita é 
alfabetização. Aprender os usos sociais do sistema de escrita é letramento. 
(http://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que as conjunções destacadas nas passagens do primeiro parágrafo 
- "Portanto, é importante dar às pessoas esse instrumento." E "Tradicionalmente a 
alfabetização se resumia a codificar e decodificar, porque o foco era a criança aprender apenas 
o código." - têm, pela ordem, o substituto adequado e o sentido correto indicado entre 
parênteses. 
a) No entanto (causa); porém (oposição). 
b) Logo (conclusão); uma vez que (causa). 
c) Entretanto (conclusão); portanto (explicação). 
d) Assim (modo); desde que (condição). 
e) Contanto que (condição); porquanto (causa). 
 
25. VUNESP - AuxA (CM Indaiatuba)/CM Indaiatuba/2018 
A última crônica 
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na 
realidade, estou adiando o momento de escrever. 
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta 
busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo 
de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. 
Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma 
criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, 
curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança: 
 
“assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então 
um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de mármore ao 
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, 
deixa-se acrescentar pela presença de uma menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda 
arrumadinha no vestido pobre,que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que 
compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, 
porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 
 
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, 
aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. Este ouve, 
concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A meu lado o garçom 
encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a 
mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia 
triangular. 
A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. 
Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe 
remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma 
caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém 
mais os observa além de mim. 
São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela 
serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A menininha sopra com força, 
apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando 
num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você...”. A 
menininha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher 
está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo que 
lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer 
intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se 
encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba 
sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. 
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. 
(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado) 
Quanto à indicação, entre parênteses, do sentido estabelecido pelo termo em destaque 
nas frases do texto, assinale a alternativa correta. 
a) … entro num botequim para tomar um café junto ao balcão. (explicação) 
b) A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. (causa) 
c) E enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. 
(conformidade) 
d) Como num gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra... 
(conclusão) 
 
e) … vacila, ameaça baixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar... (oposição) 
 
26. VUNESP - AuxA (CM Indaiatuba)/CM Indaiatuba/2018 
Mesmo com solavancos, a cada década o Brasil melhora um pouco nos principais termômetros 
que medem o patamar de desenvolvimento. Mas em um indicador específico o país patina de 
modo tão surpreendente e vergonhoso que ganhou destaque em um recente relatório do 
Fundo de População da ONU: a alta ocorrência de gravidez na adolescência. A cada cinco 
mulheres que engravidam no Brasil, uma não é adulta. A gravidez nessa etapa da vida custa 
caro ao país – em decorrência do fato de grande parte dessas mães estar fora da escola e do 
mercado de trabalho e de os bebês nascerem privados de estímulos certos. 
(Monica Weinberg, Veja, 15.11 2.017. Adaptado) 
Nas passagens – (I) Mesmo com solavancos, a cada década o Brasil melhora um pouco... e (II) 
Mas em um indicador específico o país patina de modo tão surpreendente e vergonhoso que 
ganhou destaque em um recente relatório... –, os trechos destacados imprimem, nos contextos, 
relações de sentido de 
a) (I) causa; (II) consequência. 
b) (I) concessão; (II) condição. 
c) (I) modo; (II) causa. 
d) (I) condição; (II) modo. 
e) (I) concessão; (II) consequência. 
 
27. VUNESP - Ag Prev (PAULIPREV)/PAULIPREV/2018 
O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da humanidade. Filho 
de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, em 1643. 
Desde criança, demonstrava mais interesse por desenvolver inventos do que pelos negócios 
da família. Aos 18 anos, foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde 
recebeu o grau de Bacharel em Artes. 
Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma universidade e, 
em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o Melhoramento do 
Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do conhecimento científico. 
Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber o título de “Sir”, sagrado cavaleiro 
da rainha da Inglaterra. Newton morreu em 1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes 
da idade extremamente elevada para a época. 
No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a Inglaterra e 
matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou fechada, e Newton voltou 
para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma macieira (cujas descendentes ainda 
existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – 
e formulou a Lei da Gravitação Universal, que explica a força da gravidade. Com essa 
descoberta, Newton deu início à ciência moderna. 
 
Como diria o cientista em um ensinamento que vale para a vida: “nenhuma grande descoberta 
foi feita jamais sem um palpite ousado”. 
(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas de Isaac Newton. 
17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado) 
Em – Por 18 meses, a universidade ficou fechada, e Newton voltou para casa. (3º parágrafo) –, 
a conjunção destacada pode ser substituída, preservando-se a relação de sentido que 
estabelece entre as orações, por: 
a) caso. 
b) segundo. 
c) portanto. 
d) embora. 
e) contanto. 
 
28. VUNESP - Deleg (PC BA)/PC BA/2018 
Vamos partir de uma situação que grande parte de nós já vivenciou. Estamos saindo do cinema, 
depois de termos visto uma adaptação de um livro do qual gostamos muito. Na verdade, até 
que gostamos do filme também: o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a 
trilha sonora reforçou a camada afetiva da narrativa. 
Por que então sentimos que algo está fora do lugar? Que está faltando alguma coisa? 
O que sempre falta em um filme sou eu. Parto dessa ideia simples e poderosa, sugerida pelo 
teórico Wolfgang Iser em um de seus livros, para afirmar que nunca precisamos tanto ler ficção 
e poesia quanto hoje, porque nunca precisamos tanto de faíscas que ponham em movimento 
o mecanismo livre da nossa imaginação. 
Nenhuma forma de arte ou objeto cultural guarda a potência escondida por aquele monte de 
palavras impressas na página. 
Essa potência vem, entre outros aspectos, do tanto que a literatura exige de nós, leitores. Não 
falo do esforço de compreender um texto, nem da atenção que as histórias os poemas exigem 
de nós – embora sejam incontornáveis também. Penso no tanto que precisamos investir de 
nós, como sujeitos afetivos e como corpos sensíveis, para que as palavras se tornem um mundo 
no qual penetramos. 
Somos bombardeados todo dia, o dia inteiro, por informações. Estamos saturados de dados e 
de interpretações. A literatura – para além do prazer intelectual, inegável – oferece algo 
diferente. Trata-se de uma energia que o teórico Hans Ulrich Gumbrecht chama de “presença” 
e que remete a um contato com o mundo que afeta o corpo do indivíduo para além e para 
aquém do pensamento racional. 
Muitos eventos produzem presença, é claro: jogos e exercícios esportivos, shows de música, 
encontros com amigos, cerimônias religiosas e relações amorosas e sexuais são exemplos 
óbvios. Por que, então, defender uma prática eminentemente intelectual, como a experiência 
literária, com o objetivo de “produzir presença”, isto é, de despertar sensações corpóreas e 
afetos? A resposta está, como já evoquei mais acima, na potência guardada pela ficção e pela 
 
poesia para disparar a imaginação. Mas o que é, afinal, a imaginação, essa noção tãocorriqueira e sobre a qual refletimos tão pouco? 
Proponho pensar a imaginação como um espaço de liberdade ilimitada, no qual, a partir de 
estímulos do mundo exterior, somos confrontados (mas também despertados) a responder 
com memórias, sentimentos, crenças e conhecimentos para forjar, em última instância, aquilo 
que faz de cada um de nós diferente dos demais. A leitura de textos literários é uma forma 
privilegiada de disparar esse mecanismo imenso, porque demanda de nós todas essas reações 
de modo ininterrupto, exige que nosso corpo esteja ele próprio presente no espaço ficcional 
com que nos deparamos, sob pena de não existir espaço ficcional algum. 
(Ligia G. Diniz. https://brasil.elpais.com. 22.02.2018. Adaptado) 
O primeiro parágrafo permanecerá redigido conforme a norma-padrão e com o sentido 
preservado, caso o sinal de dois-pontos seja substituído pela vírgula seguida da seguinte 
expressão: 
a) porquanto 
b) ainda que 
c) em contrapartida 
d) por conseguinte 
e) a fim de que 
 
29. VUNESP - Aux SG (PAULIPREV)/PAULIPREV/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
De patas para o ar 
Rafiki é um angolano, filho de uma economista e de um funcionário de multinacional. Veio 
para o Brasil estudar medicina e foi surpreendido pela carga de preconceito que encontrou 
aqui. Já enfrentou o constrangimento de perceber que pessoas fecham os vidros dos carros 
nos sinais quando o veem, ou mulheres se agarram a suas bolsas ao cruzarem com ele na 
calçada. 
O universitário Rafiki mora em um bairro de classe média alta e uma noite, quando estava para 
entrar em seu prédio, viu um casal passar por ele, entrar e bater a porta. 
O angolano entrou em seguida e encontrou o casal esperando o elevador. Como a mulher o 
encarava insistentemente, ele perguntou: 
─ Estou sujo? Tem alguma coisa errada comigo? Qual é o problema? 
O marido se desculpou dizendo: 
─ Sabe como é hoje em dia, né? A gente tem que ficar ligado... 
Quando as pessoas, porém, ficam sabendo que Rafiki é estudante de medicina, mudam a forma 
de tratá-lo. 
Rafiki também não compreende um comportamento que chama sua atenção no Brasil: as 
pessoas pedirem informações na rua sem antes dizer “bom dia”, “por favor”, “com licença”. 
Mas ele não acredita que essa falta de educação seja maior aqui do que em outros países. A 
 
gentileza tem sido pouco valorizada. Rafiki costuma dizer ultimamente que o mundo todo está 
de patas para o ar. 
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado) 
No trecho do 6º parágrafo – Quando as pessoas, porém, ficam sabendo que Rafiki é estudante 
de medicina, mudam a forma de tratá-lo. – a palavra destacada estabelece sentido de 
a) condição. 
b) oposição. 
c) finalidade. 
d) tempo. 
e) causa. 
 
30. VUNESP - Tec Leg (CMSJC)/CM SJC/2018 
Leia o texto, para responder à questão. 
Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o “casal feliz”. Ponho as aspas 
porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: – “Você conhece muitos 
‘casais felizes’?” Aí está uma pergunta trágica. Muitos afirmam: – “A coabitação impede a 
felicidade” etc. etc. Não serei tão radical. Nem podemos exigir que marido e mulher morem 
um no Leblon e outro para lá da praça Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o 
“casal feliz” constitui uma raridade. 
Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades. Tantas vezes 
a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos, dúvidas, berros etc. etc. 
Mas o “casal feliz” de Aldeia Campista conseguira, graças a Deus, eliminar todas as 
incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do bairro, talvez da cidade. Quando 
passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: – “Olha o casal feliz!”. Da minha 
janela, eu os via como dois monstros. 
Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança de um grito, 
de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, 
a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia doente, não sei onde. A mulher veio 
trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo 
beijo, diz a santa senhora: – “Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos”. Ele fez que 
sim. E ainda se beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele 
dobrasse a esquina. 
E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão. Sete, oito, nove 
da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim, o marido chegou. Onze. 
O “casal feliz” foi parar no distrito. 
Pois bem, contei o episódio para mostrar como o “irrelevante” influi nas leis do amor e do 
ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma pirâmide de 
afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se para sempre. 
(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado) 
 
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – “Meu filho, vem cedo, 
que eu quero ver os blocos.” – empregando conjução que expressa o sentido do original. 
a) Meu filho, vem cedo, portanto eu quero ver os blocos. 
b) Meu filho, vem cedo, mas eu quero ver os blocos. 
c) Meu filho, vem cedo, pois eu quero ver os blocos. 
d) Meu filho, vem cedo, apesar de eu querer ver os blocos. 
e) Meu filho, vem cedo, quando eu quero ver os blocos. 
 
31. VUNESP - Tec Leg (CMSJC)/CM SJC/2018 Leia a tira, para responder à questão. 
 
(André Dahmer. Folha de S.Paulo, 02.03.2018) 
A frase em que a palavra “como” está empregada com o mesmo sentido que tem na fala 
do primeiro quadrinho é: 
a) Como eu previa, ele passou a ver televisão todas as noites. 
b) Tudo na casa continua como ela deixou ao viajar. 
c) Não se sabe como o celular dele foi parar na mão do garoto. 
d) Como vamos resolver esse assunto, só Deus sabe! 
e) Como ninguém conseguia contê-lo, ele se metia em confusões. 
 
 
32. VUNESP - Tec Leg (CMSJC)/CM SJC/2018 
Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e 
fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação masculina. É verdade que 
o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a maioria das 
mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão livres assim; muitos valores 
mais tradicionais permanecem internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso 
libertário das brasileiras e seu comportamento e valores conservadores. 
Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das mulheres, mas 
provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a lógica da dominação 
masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa lógica, como argumentou Pierre 
Bordieu, os homens devem ser sempre superiores: mais velhos, mais altos, mais fortes, mais 
poderosos, mais ricos, mais escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e 
 
tem como efeito colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas 
se espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis. 
Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres em termos 
de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria mais confortável 
suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A filósofa francesa afirmou 
que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a prisão à sua possível 
libertação. No entanto, ela acreditava que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os 
limites que lhes são impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da 
libertação. 
(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018) 
Assinale a alternativa em que a expressão destacada está empregada para introduzir uma 
ideia que se contrapõe à ideia anteriormente expressa. 
a) ... tenhoconstatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem, 
consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação masculina. 
b) ... o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a maioria 
das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão 
livres assim... 
c) Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre 
superiores... 
d) ... seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. 
e) ... afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres preferem a 
prisão... 
 
33. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/PC SP/2018 
Leia o texto para responder à questão. 
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as ideias do fundador são 
institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não 
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque o autor das ideias não esteja 
mais aqui para atualizá-las. 
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. Como 
a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a 
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias, revisando sua obra 
ao longo da vida. Ele chegou a afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes. Portanto, não 
podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que 
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses 
colapsar”. 
Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias. 
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) 
 
Assinale a alternativa em que o termo destacado confere sentido de causa ao relacionar as 
orações. 
a) Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria… 
b) Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses 
colapsar. 
c) Portanto, não podemos imaginar que respostas ela dará […] aos problemas que 
formulamos. 
d) Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias… 
e) Freud era um neurologista e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. 
 
34. VUNESP - Inv Pol (PC SP)/PC SP/2018 
Teresa 
A primeira vez que vi Teresa 
Achei que ela tinha pernas estúpidas 
Achei também que a cara parecia uma perna 
Quando vi Teresa de novo 
Achei que os olhos eram muito mais velhos que 
[o resto do corpo 
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando 
[que o resto do corpo nascesse) 
Da terceira vez não vi mais nada 
Os céus se misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se mover 
[sobre a face das águas. 
(Manuel Bandeira, Libertinagem) 
No verso – Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo –, as conjunções 
destacadas funcionam, respectivamente, para relacionar a oração principal à oração 
a) adverbial e introduzir oração substantiva predicativa. 
b) substantiva e introduzir oração adverbial consecutiva. 
c) substantiva e introduzir oração adverbial comparativa. 
d) coordenada e introduzir oração adjetiva restritiva. 
e) adjetiva e introduzir oração coordenada aditiva. 
 
Texto para a questão 35 
Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo é de azar. Falo assim referindo-me ao 
futebol que, ao contrário da roleta ou da loteria, implica tática e estratégia, sem falar no principal, 
que é o talento e a habilidade dos jogadores. Apesar disso, não consegue eliminar o azar, isto é, 
o acaso. 
E já que falamos em acaso, vale lembrar que, em francês, “acaso” escreve-se “hasard”, como no 
célebre verso de Mallarmé, que diz: “um lance de dados jamais eliminará o acaso”. Ele está, no 
 
fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, está ainda 
assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 
Se no poema é assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo 
num campo de amplas dimensões. Se é verdade que eles jogam conforme esquemas de marcação 
e ataque, seguindo a orientação do técnico, deve-se, no entanto, levar em conta que cada jogador 
tem sua percepção da jogada e decide deslocarse nesta ou naquela direção, ou manter-se parado, 
certo de que a bola chegará a seus pés. Nada disso se pode prever, daí resultando um alto índice 
de probabilidades, ou seja, de ocorrências imprevisíveis e que, portanto, escapam ao controle. 
Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. Não 
é à toa que, quando se cria essa situação, os jogadores da defesa se afligem em anular as 
possibilidades que têm os adversários de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da 
imprevisibilidade. O time adversário desloca para a área do que sofre o tiro de canto seus 
jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o 
grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu 
favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a defesa, as dificuldades 
de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do escanteio, 
por mais exímio que seja, não pode com precisão absoluta lançar a bola na cabeça de 
determinado jogador. Além do mais, a inquietação ali na área é grande, todos os jogadores se 
movimentam, uns tentando escapar à marcação, outros procurando marcá-los. Essa 
movimentação, multiplicada pelo número de jogadores que se movem, aumenta fantasticamente 
o grau de imprevisibilidade do que ocorrerá quando a bola for lançada. A que altura chegará ali? 
Qual jogador estará, naquele instante, em posição propícia para cabeceá-la, seja para dentro do 
gol, seja para longe dele? Não existe treinamento tático, posição privilegiada, nada que torne 
previsível o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 
dependendo da sorte, será gol ou não. 
Não quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, 
mas a verdade é que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, não se vai muito 
longe; jogadores, técnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado 
“pé frio”. Como não pretendo passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas 
quando vejo, durante uma partida, meu time perder “gols feitos”, nasceme o desagradável temor 
de que aquele não é um bom dia para nós e de que a derrota é certa. 
Que eu, mero torcedor, pense assim, é compreensível, mas que dizer de técnicos de futebol que 
vivem de terço na mão e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, 
as puxam para fora, as beijam e murmuram orações? Isso para não falar nos que consultam 
pais-de-santo e pagam promessas a Iemanjá. É como se dissessem: treino os jogadores, traço o 
esquema de jogo, armo jogadas, mas, independentemente disso, existem forças imponderáveis 
que só obedecem aos santos e pais-de-santo; são as forças do acaso. 
Mas não se pode descartar o fator psicológico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de 
qualquer esporte; tanto isso é certo que, hoje, entre os preparadores das equipes há sempre um 
 
psicólogo. De fato, se o jogador não estiver psicologicamente preparado para vencer, não dará o 
melhor de si. 
Exemplifico essa crença na psicologia com a história de um técnico inglês que, num jogo decisivo 
da Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. Não era um craque, mas sua perda 
desfalcaria o time. O médico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao técnico: “Ele já 
voltou a si do desmaio, mas não sabe quem é”. E o técnico: “Ótimo! Diga que ele é o Pelé e que 
volte para o campo imediatamente”. 
(Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) 
 
35. INÉDITA 
A conjunção “Mas”, que introduz o penúltimo parágrafo, estabelece com o restante do texto 
uma relaçãode: 
É possível identificar entre as duas frases que o compõem uma relação de: a) Adição 
b) Contraste 
c) Comparação 
d) Concessão 
e) Retificação 
 
Texto para a questão 36 
CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO QUESTIONAM A VERDADE QUE 
LHES É VENDIDA 
Ênio Rodrigo 
Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção como a publicidade de produtos 
de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem 
novíssimos "componentes anti-idade" e "microcápsulas" que ajudam "a sua pele a ter mais 
firmeza em oito dias", por exemplo, ou mesmo que determinados organismos "vivos" (mesmo 
depois de envazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de 
temperatura) fervilham aos milhões dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos 
ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, crianças, e todo tipo de público também não 
estão fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente na 
publicidade: a ciência e a tecnologia como argumento de venda. 
Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didática da ciência e tecnologia pela Universidade 
Paris e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 
enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência pode ser entendida 
como verdade absoluta. "A visão de que a ciência é a baliza ética da verdade e o mito do cientista 
como gênio criador é amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a 
realidade, principalmente em uma sociedade informacional, como a nossa", acrescenta. 
Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinâmica da informação, Ricardo 
Cavallini, consultor corporativo e autor do livro “O marketing depois de amanhã (Universo dos 
Livros, 2007)”, afirma que, primeiramente, devemos repensar a noção de público específico ou 
 
senso comum. "Essas categorizações estão sendo postas de lado. A publicidade contemporânea 
trata com pessoas e elas têm cada vez mais acesso à informação e é assim que vejo a 
comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de lado o paradigma de que o público 
é passivo", acredita. Silvania concorda e diz que a sociedade começa a perceber que a verdade 
suprema é estanque, não condiz com o dia a dia. "Ao se depararem com uma informação, as 
pessoas começam a pesquisar e isso as aproxima do fazer científico, ou seja, de que a verdade é 
questionável", enfatiza. 
Para a professora da UFMG, isso cria o "jornalista contínuo", um indivíduo que põe a verdade à 
prova o tempo todo. "A noção de ciência atual é a de verdade em construção, ou seja, de que 
determinados produtos ou processos imediatamente anteriores à ação atual são defasados". 
Cavallini considera que há três linhas de pensamento possíveis que poderiam explicar a utilização 
do recurso da imagem científica para vender: a quantidade de informação que a ciência pode 
agregar a um produto; o quanto essa informação pode ser usada como diferencial na 
concorrência entre produtos similares; e a ciência como um selo de qualidade ou garantia. Ele 
cita o caso dos chamados produtos "verdes", associados a determinadas características com viés 
ecológico ou produtos que precisam de algum tipo de "auditoria" para comprovarem seu 
discurso. "Na mídia, a ciência entra como mecanismo de validação, criando uma marca de 
avanço tecnológico, mesmo que por pouquíssimo tempo", finaliza Silvania. 
O fascínio por determinados temas científicos segue a lógica da saturação do termo, ou seja, 
ecoar algo que já esteja exercendo certo fascínio na sociedade. "O interesse do público muda 
bastante e a publicidade se aproveita desses temas que estão na mídia para recriá-los a partir 
de um jogo de sedução com a linguagem", diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de 
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou a apropriação 
da imagem da molécula de DNA pelas mídias (inclusive publicidade). "A imagem do DNA, por 
exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que não o sentido original para a ciência, e 
transformada em discurso de venda de diversos produtos", diz. 
Onde estão os dados comprovando as afirmações científicas, no entanto? De acordo com 
Eduardo Corrêa, do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), os 
anúncios, antes de serem veiculados com qualquer informação de cunho científico, devem trazer 
os registros de comprovação das pesquisas em órgãos competentes. Segundo ele, o Conar não 
tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministério da Saúde, 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou outros órgãos. "O consumidor pode pedir 
uma revisão ou confirmação científica dos dados apresentados, contudo, em 99% dos casos, esses 
certificados são garantia de qualidade. Se surgirem dúvidas quanto a dados numéricos de 
pesquisas de opinião pública, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres", esclarece 
Corrêa. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos investigatórios são raríssimos. 
RODRIGO, Enio. Ciência e cultura na publicidade. Disponível 
 em: 
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252009000100006&script=sci_arttext>.Acesso em 22/04/2015. 
 
 
36. INÉDITA 
Analise os trechos extraídos do texto e assinale a opção em que a palavra em destaque 
pertence a uma classe de palavra diferente das demais: 
a) “possuem novíssimos ‘componentes anti-idade’ e ‘microcápsulas’ que ajudam a sua pele 
a ter mais firmeza em oito dias” 
b) “não estão fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente 
na publicidade” 
c) “Ricardo Cavallini, consultor corporativo e autor do livro ‘O marketing depois de amanhã 
(Universo dos Livros, 
2007)’, afirma que, primeiramente, devemos repensar a noção de público específico ou senso 
comum.” 
d) “há três linhas de pensamento possíveis que poderiam explicar a utilização do recurso da 
imagem científica para vender” 
e) “Segundo ele, o Conar não tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que 
fica a cargo do Ministério da Saúde” 
 
37. INÉDITA 
Acorda, amor 
Eu tive um pesadelo agora 
Sonhei que tinha gente lá fora 
Batendo no portão, que aflição 
Era a dura, numa muito escura viatura 
Minha nossa santa criatura 
Chame, chame, chame lá 
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão 
Acorda, amor 
Não é mais pesadelo nada 
Tem gente já no vão de escada 
Fazendo confusão, que aflição 
São os homens 
E eu aqui parado de pijama 
Eu não gosto de passar vexame 
Chame, chame, chame 
Chame o ladrão, chame o ladrão 
Se eu demorar uns meses 
Convém, às vezes, você sofrer 
Mas depois de um ano eu não vindo 
Ponha a roupa de domingo 
E pode me esquecer 
 
Acorda, amor 
Que o bicho é brabo e não sossega 
Se você corre, o bicho pega 
Se fica não sei não 
Atenção! 
Não demora 
Dia desses chega a sua hora 
Não discuta à toa, não reclame 
Clame, chame lá, chame, chame 
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão 
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão) 
(Chico Buarque) 
I - A oração “eu não vindo” introduz uma circunstância de condição. 
II – As vírgulas empregadas nos versos “Acorda, amor” e “Convém, às vezes, você sofrer” 
apresentam as mesmas justificativas para uso. 
III – No verso “Convém, às vezes, você sofrer”, é possível identificar uma oração reduzida 
de natureza substantiva. Está(ão) correta(s) 
a) I apenas 
b) II apenas 
c) III apenas 
d) I e II, apenas 
e) I e III, apenas 
 
38. INÉDITA 
Assinale a opção cujo “se” em destaque exerce a mesma função que em: 
“Não checamos se o professor havia lançado as notas no sistema. ” 
a) Se fumar faz mal à saúde, deveríamos largar imediatamente esse vício. 
b) Muitos anos passaram, mas os dois ex-amigos, egoístas que sempre foram, nunca 
estiveram dispostos a se perdoarem. 
c) Pedi, encarecidamente, que se definisse nossa função na equipe. 
d) Não foi decidido, mesmosob protestos das partes envolvidas, se o réu deveria iniciar 
o cumprimento da pena após a decisão em 2ª instância. 
e) Pedirei a gentileza de nos deixar a sós se não for incômodo. 
 
39. INÉDITA 
O que é o que é? 
Se recebo um presente dado com carinho por pessoa de quem não gosto — como se chama 
o que sinto? Uma pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da gente — como 
se chama essa mágoa e esse rancor? Estar ocupado, e de repente parar por ter sido tomado 
por uma desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se chama o que se sentiu? 
 
O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a 
própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. 
Assinale a alternativa correta. 
a) O “se” presente em “Se recebo um presente ....” e em “Uma pessoa de quem não se 
gosta mais...” pertencem à mesma classe gramatical. 
b) O “o” presente em “como se chama o que se sentiu?” e em “O único modo de chamar 
é perguntar” pertencem a mesma classe gramatical. 
c) O “mais” presente em “Uma pessoa de quem não se gosta mais” expressa valor 
semântico de intensidade. 
d) As duas ocorrências da preposição “por” em “Estar ocupado, e de repente parar por ter 
sido tomado por uma desocupação” introduzem uma ideia de causa. 
e) O “quem” presente em “pessoa de quem não gosto” e o “que” presente em “que não 
gosta mais da gente” pertencem à mesma classe gramatical, mas exercem diferentes funções 
sintáticas. 
 
40. INÉDITA 
Assinale a opção cuja reescrita mantém a correção gramatical e preserva o sentido 
original do seguinte trecho: 
Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, mas sem esconder os 
graves efeitos secundários que elas provocam e o tamanho da nossa ignorância em 
relação a seus mecanismos de ação 
a) Slater não só mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, mas explicita 
os graves efeitos secundários que elas provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação 
a seus mecanismos de ação. 
b) Embora Slater não esconda os graves efeitos secundários que elas provocam e o 
tamanho da nossa ignorância em relação a seus mecanismos de ação, mostra o que de bom 
essas drogas fizeram pelos pacientes. 
c) Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, mesmo não 
escondendo os graves efeitos secundários que elas provocam e o tamanho da nossa 
ignorância em relação a seus mecanismos de ação 
d) Apesar de mostrar o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, não esconde 
os graves efeitos secundários que elas provocam e o tamanho da nossa ignorância em relação 
a seus mecanismos de ação 
e) Slater mostra o que de bom essas drogas fizeram pelos pacientes, à medida que não 
esconde os graves efeitos secundários que elas provocam e o tamanho da nossa ignorância 
em relação a seus mecanismos de ação 
 
41. INÉDITA 
Observe o trecho: 
 
Slater parte de um ponto de vista privilegiado. Além de escritora, ela é psicóloga e paciente 
psiquiátrica. 
É possível identificar entre as duas frases que o compõem uma relação de: a) Adição 
b) Explicação 
c) Comparação 
d) Oposição 
e) Conclusão 
 
42. INÉDITA 
Assinale a opção cujo “que” em destaque exerce a mesma função que em: “A cidade em que 
moramos passa por uma grave crise na Segurança Pública. ” 
a) Os riscos a que nos submetemos no ambiente de trabalho devem ser recompensados 
com indenizações justas. 
b) Os percalços que aprendemos a superar nos fortalecem como civilização. 
c) Pedi a todos os meus alunos que copiassem com atenção a aula. 
d) Visitei a escola em que meus pais estudaram durante a adolescência. 
e) Li diversos autores que são referência no assunto. 
 
43. INÉDITA 
“Como estão familiarizados com o sofrimento e os desfechos das medidas extremas, querem estar 
seguros de que, quando a sua hora vier, ninguém vai tentar reanimá-los nem levá-los a uma UTI 
para entubá-los e espetá-los com cateteres.”. 
No período destacado, a primeira oração expressa em relação à seguinte o valor semântico de: 
a) causa 
b) consequência 
c) finalidade 
d) comparação 
e) conformidade 
 
44. INÉDITA 
A frase “Conhecia o assunto como poucos, mas cometeu erros bobos e inaceitáveis.” pode ser 
reescrita mantendose a correção gramatical e o sentido original da seguinte maneira: 
a) Conhecia o assunto como poucos, por isso cometeu erros bobos e inaceitáveis. 
b) À medida em que conhecia o assunto como poucos, cometeu erros bobos e 
inaceitáveis. 
c) Cometeu erros bobos e inaceitáveis, porquanto conhecia o assunto como poucos. 
d) Conquanto conhecesse o assunto como poucos, cometeu erros bobos e inaceitáveis. 
e) Cometerá erros bobos e inaceitáveis, a menos que conheça o assunto como poucos. 
 
 
 
GABARITO 
 
01 E 02 E 03 B 04 D 05 C 
06 B 07 D 08 A 09 D 10 B 
11 C 12 D 13 A 14 E 15 B 
16 E 17 C 18 D 19 B 20 A 
21 B 22 B 23 D 24 B 25 E 
26 E 27 C 28 A 29 B 30 C 
31 E 32 B 33 A 34 C 35 A 
36 C 37 E 38 D 39 E 40 D 
41 B 42 D 43 A 44 D 
 
 
 
Pontuação 
 
 
 
Gabaritado 
PONTUAÇÃO 
 
PORTUGUÊS 
GABARITADO 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
1. VUNESP – Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP/2020 
Assinale a alternativa em que, na redação escrita a partir do texto, o uso da vírgula está em 
conformidade com a norma-padrão de pontuação da língua portuguesa. 
a) O ganho privado, no ensino superior, tem potencial para ser bem maior do que o 
retorno social. 
b) São muitos os exemplos de que, os trabalhadores qualificados, aumentam a 
produtividade econômica. 
c) Em vista das possibilidades de ganho, não seria adequado, oferecer ensino superior 
público gratuito. 
d) Dadas as condições de desigualdade os indivíduos, também deveriam ser, tratados de 
forma desigual. 
e) O ponto de vista econômico refuta, a ideia da obrigatoriedade, do ensino superior 
público gratuito. 
 
2. VUNESP – Câmara de Mogi Mirim - SP/2020 
Um dos sinais de pontuação empregados pela autora no texto são os parênteses, os quais 
também poderiam ser corretamente inseridos no trecho da alternativa: 
a) Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos (ou crianças abraçadas 
a um cachorro). 
b) Depois de casadas, não tinha (mais sentido) pensar sequer em guardar segredos... 
c) ... uma confissão que se (juntava na linha adiante) com o preço do pó de café e da 
cebola. 
d) Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera (à minha avó Belmira). 
e) ... era menina quando via minha mãe (recorrer a esse caderno) para conferir uma receita 
de doce... 
 
 
3. VUNESP – Prefeitura de Morro Agudo - SP/2020 
Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada conforme a norma-padrão da 
língua portuguesa. 
a) Observando, certos casais de idosos percebe-se: que nem sempre há amor. 
b) Após algum tempo muitas pessoas, acabam se acomodando, nas relações. 
c) A médica, conversou com Leila, sobre o comportamento dos casais maduros. 
d) Naquela tarde, a doutora atendeu vários casais de idosos e se chateou muito. 
e) Homens, e mulheres têm, comportamentos agressivos uns com os outros. 
 
4. VUNESP – Prefeitura de Morro Agudo - SP/2020 
Conquista ameaçada 
 
 A combinação de desleixo com orgulho ignorante está causando avarias numa das grandes 
façanhas da humanidade, que é o controle de doenças através da vacinação. Em 2019, o 
sarampo, que já foi citado por autoridades sanitárias como moléstia passível de erradicação, 
ressurgiu com força em várias partes do mundo. Quedas na cobertura vacinal, em parte por 
preguiça, em parte por militância religiosa/ ideológica, são o principal motivo. 
 Pior, especialistas já temem que algo semelhante ocorra com a poliomielite. Essa doença, que 
já esteve muito perto de ser eliminada (em 2017 registraram-se apenas 22 casos em todo o 
mundo), pode reaparecer em qualquer comunidade que tenha um número suficientemente 
grande de crianças não imunizadas. 
 É estranha a nossa relaçãopsicológica com as vacinas. Elas, ao lado do saneamento 
básico, compõem os dois conjuntos de medidas que mais fizeram para reduzir a carga de 
doenças e morte que sempre afligiram nossa espécie, mas temos enorme dificuldade para 
reconhecer isso. 
 O caso mais emblemático talvez seja o de Maurice Hilleman. Poucos leitores terão 
ouvido falar desse cientista americano, mas ele é provavelmente a pessoa que mais salvou 
vidas no planeta. Hilleman, morto em 2005, desenvolveu mais de 40 vacinas, incluindo a 
tríplice viral ou MMR, usada contra o sarampo, e outras oito que fazem parte da maioria dos 
programas de vacinação infantil do mundo. 
 Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade. Seus pares sempre o 
reconheceram como um gigante, mas, num movimento que espelha bem nossa relação meio 
esquisita com as vacinas, seu nome é quase ignorado do público não especializado. Pior, em 
vez de ganhar um ou dois prêmios Nobel, aos quais decerto fez jus, o que recebeu foram 
mensagens de ódio e até ameaças depois que a “fake news” de que a MMR causava autismo 
ganhou corações e mentes no final dos anos 90. 
 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 22.09.2019) 
 
No segundo parágrafo, os parênteses são empregados para inserir 
a) uma informação objetiva que corrobora a ideia de quase erradicação da poliomielite, 
recentemente. 
b) uma opinião subjetiva que contradiz a ideia de que a poliomielite foi parcialmente 
erradicada. 
c) um dado técnico que reforça o ponto de vista do autor acerca da possibilidade de a 
poliomielite reaparecer. 
d) uma informação datada e mensurada que retifica a afirmação de que a população 
infantil receberá imunização. 
e) um comentário subjetivo do autor, que pode levar a questionar a precisão dos dados 
oficiais. 
 
 
 
5. VUNESP – Prefeitura de Morro Agudo - SP/2020 
Assinale a alternativa correta quanto à pontuação. 
a) Colaboradores da Universidade Federal do Paraná afirmaram: “Os cristais de urato 
podem provocar graves danos nas articulações.” 
b) A prescrição de remédios e a adesão, ao tratamento, por parte dos pacientes são baixas. 
c) É uma inflamação, que desencadeia a crise de gota; diagnosticada a partir do 
reconhecimento de intensa dor, no local. 
d) A ausência de dor não pode ser motivo para a interrupção do tratamento conforme o 
editorial diz: – (é preciso que o doente confie em seu médico). 
e) A qualidade de vida, do paciente, diminui pois a dor no local da inflamação é bastante 
intensa! 
 
6. VUNESP – EBSERH/2020 
Assinale a alternativa em que a pontuação está em conformidade com a norma-padrão. 
a) A garantia à integralidade do meio ambiente e da população local, exige uma revisão 
das ações do setor de limpeza pública. 
b) Comparando países, vê-se que aqueles com a mesma faixa de renda do Brasil destinam 
corretamente 70% do lixo que neles é produzido. 
c) Em 2018, todas as regiões do Brasil, com exceção do Nordeste viveram uma expansão, 
na produção e na coleta – de lixo. 
d) A Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010 estabeleceu que o País, até agosto de 
2014 deveria estar livre dos lixões. 
e) A coleta de lixo, no Brasil, apresentou uma pequena melhora em relação ao ano anterior 
pois aumentou 1,66% sendo que a produção de lixo aumentou 1%. 
 
7. VUNESP – AVAREPREV-SP/2020 
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de pontuação. 
a) A taxa de desemprego tem caído lentamente; a desocupação no entanto ainda atinge 
no Brasil 12,6 milhões de brasileiros. 
b) A exasperante letargia da criação de empregos, tem sido, um dos principais fatores a 
dificultar a retomada da economia. 
c) Outra novidade que inclui as áreas mais atingidas pela crise, é a criação de vagas em 
todos os principais setores, como o da construção civil. 
d) Mostra-se, no período de 12 meses até agosto, a criação de 1,84 milhão de vagas; 
prevalecem as de ocupações mais precárias na maior parte. 
e) Nada menos que 41% da população ocupada no Brasil, está na informalidade – e outras 
cifras suscitam preocupação. 
 
 
 
 
8. VUNESP – Prefeitura de Cananeia-SP/2020 
Assinale a alternativa em que a pontuação está usada de acordo com a norma-padrão da 
língua portuguesa. 
a) Lembranças da infância em família, são gravadas no coração, por isso momentos 
simples ficam inesquecíveis, sendo que o ingênuo ato de brincar juntos ajuda a formar um 
adulto mais feliz. 
b) Lembranças da infância em família são gravadas no coração por isso, momentos 
simples ficam inesquecíveis, sendo que o ingênuo ato de brincar juntos ajuda a formar um 
adulto mais feliz. 
c) Lembranças da infância em família são gravadas no coração, por isso momentos 
simples ficam, inesquecíveis, sendo que o ingênuo ato (de brincar juntos) ajuda a formar um 
adulto mais feliz. 
d) Lembranças da infância em família são gravadas no coração, por isso momentos 
simples ficam inesquecíveis, sendo que o ingênuo ato de brincar juntos ajuda a formar, um 
adulto mais feliz. 
e) Lembranças da infância em família são gravadas no coração, por isso momentos 
simples ficam inesquecíveis, sendo que o ingênuo ato de brincar juntos ajuda a formar um 
adulto mais feliz. 
 
9. VUNESP – Prefeitura de Cananeia-SP/2020 
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de pontuação. 
a) A rede estadual de ensino médio de Pernambuco, alcançou a terceira posição no 
ranking de desempenho de alunos em provas padronizadas. 
b) A proporção dos alunos, com carga de sete horas diárias em São Paulo encontra-se em 
6%, menos do que o previsto, pelo Plano Nacional de Educação. 
c) Em Pernambuco, 57% das matrículas no ensino médio são em período integral; em São 
Paulo esse índice está ainda, distante do previsto, para 2024. 
d) A rede estadual de ensino médio de Pernambuco – onde a implementação do período 
integral foi bemsucedida – introduziu, o novo sistema, paulatinamente. 
e) O sistema de período integral implica acabar com o período noturno; muitos alunos, 
por sua vez, precisam trabalhar, e outra escola pode ficar longe. 
 
10. VUNESP – Prefeitura de Cananeia-SP/2020 
O uso da vírgula está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em: 
a) Ao visitar o idoso o médico, sugeriu que este, fosse fazer exames. 
b) O alfaiate avô de Leila, preferia viver, naturalmente sem remédios. 
c) A família era, muito insistente com o idoso, pois queria ajudá-lo. 
d) Os pomares, de hoje, infelizmente recebem, muitos agrotóxicos. 
e) Por mais que a família insistisse, o avô de Leila não aceitava ajuda. 
 
 
11.VUNESP – FITO/2020 
Leia o texto para responder a questão. 
Pai do vício nas telas agora quer oferecer a cura 
 Quase 80% dos usuários de smartphones checam seus celulares nos primeiros 15 minutos 
depois de acordar. E a tendência é só piorar, diz Nir Eyal, professor de Stanford e consultor 
especializado em ajudar empresas de tecnologia a tornar seus produtos mais viciantes. Nesse 
mercado, ele afirma que “as empresas que vencem são aquelas que conseguem inventar os 
produtos mais grudentos”. 
 Eyal esclarece que as empresas criaram o processo de fisgar pessoas, de jogar o anzol, 
acionando quatro passos básicos. Começa com um gatilho, algo que diz ao usuário o que fazer, 
podendo ser externo ou interno. No Facebook, por exemplo, seria uma notificação que chama 
atenção para o que está acontecendo na rede. Isso leva ao segundo passo, a ação, algo que o 
usuário faz em busca de uma recompensa. Ele vai abrir o aplicativo, checar a notificação e 
começar a ler seu “feed” de notícias. O terceiro passo é a recompensa variável. O psicólogo 
americano B.F. Skinner mostrou que, quando uma recompensa é dada sem que possa ser 
prevista, a ação se torna mais frequente. E, então, chega-se à fase do investimento: quando o 
consumidor usa o produto de forma a aumentar a probabilidade de voltar a usá-lo. 
 Eyal admite que depois de um tempo, as empresas nem precisam mais de gatilhos externos. 
Em vez disso, eles começam a acontecer por causa dos gatilhos internos,associações na mente 
do usuário. Quando você está entediado, entra no YouTube, se se sente sozinho, abre o 
Facebook, se tem uma dúvida, checa o Google. Geralmente, são os sentimentos negativos que 
fazem as pessoas voltarem. 
 Agora, Eyal começa a pensar em um método para reverter o vício e ele não está sozinho. 
Antigos executivos do Facebook e WhatsApp tornaram-se críticos da tecnologia. Eles criaram 
o vício e agora querem oferecer a cura. Mas para isso acontecer é preciso que os consumidores 
entendam como sentimentos ruins, como tédio ou solidão, são manipulados para mantê-los 
fiéis a essas empresas. “Quero que as pessoas pensem em formas de ganhar mais controle de 
suas vidas, em vez de serem controladas pela tecnologia”, arremata Eyal. 
(www1.folhauol.com.br.Adaptado, acessado em 13.10.2019) 
Assinale a frase em que, de acordo com o sentido do contexto e da norma-padrão da língua, 
o sinal de pontuação, em destaque, indica ironia. 
a) Eyal diz: frequente a rede para não sentir solidão. 
b) O empresário joga o anzol; o usuário morde a isca. 
c) Que empresas criaram o processo de fisgar pessoas? 
d) Agora elas querem ajudar o usuário a se livrar do vício. Ainda bem! 
e) Entrar no WhatsApp é o “bom” conselho a dar ao usuário entediado. 
 
 
12. VUNESP – FITO -SP/2020 
No trecho “Preços competitivos, fácil acesso e alternativa ao trânsito de São Paulo são 
chamarizes para consumidores locais…” (3° parágrafo), a vírgula foi empregada pelo mesmo 
motivo que no trecho: 
a) … descontada a 25 de Março, claro. (1° parágrafo) 
b) … o calçadão da rua Antônio Agú, em Osasco, concentram 250 lojas … (2° parágrafo) 
c) A locutora Sonia De Piere, 53, é uma paulistana que prefere comprar em Osasco … (4° 
parágrafo) 
d) Osasco era bairro de São Paulo, e isso colaborou para que o comércio crescesse de 
maneira vertiginosa… 
(5° parágrafo) 
e) Há produtos naturais a granel, moda, bijuterias e utensílios para casa… (6° parágrafo) 
 
 
13. VUNESP – Prefeitura de Cananeia-SP/2020 
As vírgulas em “... pode ter personagens como um assassino, uma nuvem, um pé-de-meia...” 
servem ao propósito de 
a) ordenar fatos que ocorrem em uma sequência cronológica. 
b) organizar palavras empregadas como sinônimas entre si. 
c) separar termos que servem de exemplos a “personagens”. 
d) encadear palavras que atribuem sentido negativo a “personagens”. 
e) evidenciar a relação de sentido entre palavras que designam ações. 
 
14. VUNESP – Câmara de Bragança Paulista-SP/2020 
Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância e pontuação. 
a) Os países emergentes, estão à frente das nações desenvolvidas, quando o assunto é as 
tecnologias. 
b) Para trazer mais segurança aos pleitos realizados, o Brasil e a Índia, estão utilizando a 
tecnologia. 
c) Na pesquisa da empresa francesa Idemia ouviu-se 2800 pessoas que disseram utilizar 
a biometria. 
d) No Brasil, 89% dos cidadãos utilizaram a biometria digital; na Índia, a voz e a íris são 
utilizadas. 
e) Várias ferramentas de segurança estão sendo utilizado pelos bancos, inclusive, a 
biometria. 
 
15. VUNESP – Prefeitura de Guarulhos/2019 
Assinale a alternativa em que o período do texto está repontuado em conformidade com a 
norma-padrão da língua. 
a) A arte mostra-se, presente na história da humanidade, desde os tempos mais remotos. 
 
b) Sem dúvida ela pode ser considerada, como sendo uma necessidade, de expressão do 
ser humano, surgindo como fruto da relação homem/mundo. 
c) Por meio da arte, a humanidade expressa suas necessidades, crenças, desejos, sonhos. 
d) Todos têm uma história que, pode ser individual, ou coletiva. 
e) As representações artísticas, nos oferecem elementos que facilitam, a compreensão da 
história dos povos, em cada período. 
 
16. VUNESP - Ass GP (IPSM SJC)/IPSM SJC/2018 
O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que vem 
ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas de montagem 
e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se acelerando nas empresas. A cada 
ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos no mundo e esse número tem crescido a 
uma taxa média de 16% ao ano desde 2010, puxado principalmente pela China. Atividades 
rotineiras nas fábricas, como instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como 
os braços robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência 
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o chamado big data), 
a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a substituir outras tarefas que 
hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem algoritmos que fazem a seleção de 
candidatos a vagas de emprego no recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos 
que transportam produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir. 
Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço da 
tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para os 
economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um robô ou um 
software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas pessoas são 
repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade de 
Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões nos Estados Unidos e o risco de elas serem 
trocadas por computadores e algoritmos nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é 
alarmante. Quase metade dos empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os 
pesquisadores. 
(Exame, 02.08.2017) 
Assinale a alternativa em que a expressão em destaque funciona como uma exemplificação no 
texto, razão pela qual está separada por vírgula(s). 
a) A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos no mundo… 
b) Atividades rotineiras nas fábricas, como instalar uma peça, hoje podem ser feitas… 
c) Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando… 
d) … não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas pessoas são 
repetitivas. 
e) Um famoso estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade de Oxford, 
no Reino Unido, analisou… 
 
 
17. VUNESP - OfAA (CM 2 Córregos)/CM 2 Córregos/2018 
 “Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar enrolada em 
um cobertor rosa de algodão”, conta Rebecca Sharrock. Considerando que a memória da 
maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos anteriores aos quatro anos de 
idade, pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de 
uma memória real. Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela 
foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente 
Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória. 
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de absolutamente 
tudo que ela fez em qualquer data. 
Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço algum de 
qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em qualquer momento da vida. 
Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos detalhes e com uma 
exatidão tão perfeita que são comparáveis a uma gravação. 
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão em 
andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a área ainda é 
relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal (que ajuda no 
processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com HSAM. 
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o que é 
fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. Algumas 
pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock descreve 
seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia.Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: “No 
começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros 
anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” 
que a fazem se sentir mal. 
(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado) 
Considere o seguinte trecho: 
Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada 
com uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na 
sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória. 
O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação com 
sentido 
a) explicativo. 
b) hipotético. 
c) corretivo. 
d) contraditório. 
e) concessivo. 
 
 
18. VUNESP - Dir (CM 2 Córregos)/CM 2 Córregos/Contábil Legislativo/2018 
Destruindo Riqueza 
A economia cresce encontrando soluções, em geral tecnológicas, para reduzir ineficiências e, 
nesse processo, libera mão de obra. 
Um exemplo esclarecedor é o do emprego agrícola nos EUA. Até 1800, a produção de 
alimentos exigia o trabalho de 95% da população do país. Em 1900, a geração de comida para 
uma população já bem maior mobilizava 40% da força de trabalho e, hoje, essa proporção mal 
chega a 3%. Quem abandonou a roça foi para cidades, integrando a força de trabalho da 
indústria e dos serviços. 
Esse processo pode ser cruel para com indivíduos que ficam sem emprego e não conseguem 
se reciclar, mas é dele que a sociedade extrai sua prosperidade. É o velho fazer mais com 
menos. 
A internet, com sua incrível capacidade de conectar pessoas, abriu novos veios de ineficiências 
a eliminar. Se você tem um carro e não é chofer de praça nem caixeiro viajante, ele passa a 
maior parte do dia parado, o que é uma ineficiência. Se você tem um imóvel vago ou mesmo 
um dormitório que ninguém usa, está sendo improdutivo. O mesmo vale para outros 
apetrechos que você possa ter, mas são subutilizados. Os aplicativos de compartilhamento, ao 
ligar de forma instantânea demandantes a ofertantes, permitem à sociedade fazer muito mais 
com aquilo que já foi produzido (carros, prédios, tempo disponível etc.), que é outro jeito de 
dizer que ela fica mais rica. 
É claro que isso só dá certo se não forem criadas regulações desnecessárias que embaracem 
os acertos voluntários entre as partes. A burocratização da oferta de serviços de aplicativos 
torna-os indistinguíveis. Dá para descrever isso como a destruição de riqueza. 
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 31.10.2017. Adaptado) 
Assinale a alternativa em que a reescrita da frase “A internet, com sua incrível capacidade 
de conectar pessoas, abriu novos veios de ineficiências a eliminar” permanece coerente 
com as ideias do texto e correta quanto à pontuação, de acordo com a norma-padrão da 
língua. 
a) Com sua incrível capacidade de conectar pessoas, a internet abriu novos veios de 
ineficiências a eliminar. 
b) Com sua incrível capacidade de conectar pessoas a internet, abriu novos veios de 
ineficiências a eliminar. 
c) Com sua incrível capacidade de conectar pessoas a internet abriu, novos veios de 
ineficiências a eliminar. 
d) Com sua incrível capacidade de conectar pessoas a internet abriu novos, veios de 
ineficiências a eliminar. 
e) Com sua incrível capacidade de conectar pessoas a internet abriu novos veios, de 
ineficiências a eliminar. 
 
 
 
19. VUNESP - Prof (SME Barretos)/Pref Barretos/I/2018 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sextafeira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo (‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. 
http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-
emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
Considere os seguintes trechos do texto: 
... boa parte dos “descontos” oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações... (1o 
parágrafo) 
... para depois oferecer descontos “irresistíveis”. (4o parágrafo) 
As aspas são empregadas nas palavras em destaque, nesse contexto, com a finalidade de 
a) relativizar o sentido dessas palavras, indicando que a ideia de descontos irresistíveis é 
questionável. 
b) ironizar o resultado do estudo em que se defende que alguns descontos são apenas 
aparentes. 
c) enfatizar a ideia de que os consumidores são criteriosos e resistem às promoções 
oferecidas pelo comércio. 
 
d) indicar que essas informações destacadas foram extraídas do estudo referido no texto 
e que devem ser creditadas a ele. 
e) indicar que são citações do jornal que fez o levantamento e do autor do experimento, 
respectivamente. 
 
20. VUNESP - Prof (SME Barretos)/Pref Barretos/I/2018 
Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” 
oferecidos nesta sextafeira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o 
objetivo de iludir o consumidor. 
Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os 
consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma 
parte deles queira. 
No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um 
experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” 
voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido. 
A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus 
preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços 
efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados 
proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom 
negócio, o que lhes dava prazer. 
Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de 
modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma 
política de preços “justa e transparente”. 
Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem 
emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 
60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os 
clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheramser manipulados”. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
* Jornal Folha de São Paulo (‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. 
http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-
emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado) 
Considere o seguinte trecho para responder à questão. 
Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se 
dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas 
com um clique de computador. 
Assinale a alternativa em que a frase reescrita está correta quanto ao emprego da vírgula, 
conforme a norma-padrão da língua. 
 
a) Não é tão espantoso que, num mundo, em que o cliente sempre tem razão, empresas 
se dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser 
desmascaradas... 
b) Não é tão espantoso que, num mundo em que o cliente, sempre tem razão, empresas 
se dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser 
desmascaradas... 
c) Não é tão espantoso que, num mundo em que o cliente sempre tem razão, empresas 
se dediquem a vender-lhe, as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser 
desmascaradas... 
d) Não é tão espantoso que, num mundo em que o cliente sempre tem razão, empresas 
se dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser 
desmascaradas... 
e) Não é tão espantoso que num mundo em que, o cliente sempre tem razão, empresas 
se dediquem a vender-lhe, as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser 
desmascaradas... 
 
21. VUNESP - Aux AA (M Cruzes)/Pref Mogi Cruzes/2018 
Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá 
de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número de brasileiros vivendo 
abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014, para cerca de 22 milhões neste 
ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em 
momentos assim, o Brasil depara com outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os 
mais ricos se protegem melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já 
empobrecida. Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no 
país. Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a primeira 
vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente ruim num país em 
que a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas. Para 
piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema. 
Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini, baseado 
na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse método, ficavam de fora do 
quadro os rendimentos que principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que 
não o salário – a renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação 
em empresas e propriedade de imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou 
números do Imposto de Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais 
recentes, referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a 
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que se pensava. 
A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais rico de brasileiros 
concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto Interno Bruto (PIB), essa fatia 
saltou para 28%. 
(Época, 13.11.2017) 
 
Na passagem “Por esse método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que 
principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do 
capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e 
propriedade de imóveis.”, o travessão pode ser substituído, sem prejuízo de sentido e 
conforme a norma-padrão, por 
a) ponto de interrogação. 
b) ponto final. 
c) ponto-e-vírgula. 
d) dois-pontos. 
e) reticências. 
 
22. VUNESP - PEB I (Pref Garça)/Pref Garça/2018 
Leia o trecho da entrevista da professora Magda Soares à Pesquisa Fapesp para responder à 
questão. 
O sociólogo Pierre Bourdieu foi meu grande guru. Ele mostrou como a linguagem é usada 
como instrumento de poder na sociedade. Portanto, é importante dar às pessoas esse 
instrumento. As camadas populares têm que lutar muito contra a discriminação e a injustiça, e 
a linguagem é um instrumento fundamental. Alfabetização e letramento têm esse objetivo: dar 
às pessoas o domínio da língua como instrumento de inserção na sociedade e de luta por 
direitos fundamentais. Em relação à língua escrita, a criança tem que aprender duas coisas. 
Uma é o sistema de representação, que é o sistema alfabético. Esse é um processo que trabalha 
determinadas operações cognitivas e tem que levar em conta as características do sistema 
alfabético, é saber decodificar o que está escrito, ou codificar o que deseja escrever. Mas isso 
deve ser feito em contexto de letramento, com textos reais, não com o clássico exemplo "Eva 
viu a uva". Que Eva? Que uva? Tradicionalmente a alfabetização se resumia a codificar e 
decodificar, porque o foco era a criança aprender apenas o código. Mas a questão é que a 
criança precisa aprender o código sabendo para o que ele serve. 
A escrita é uma tecnologia como outras. É importante aprender a escrever, conhecer a relação 
fonema-letra, saber que se escreve de cima para baixo, da esquerda para a direita, aprender 
as convenções da escrita. Mas essa tecnologia, como toda tecnologia, só tem sentido para ser 
usada: para saber interpretar textos, fazer inferências, ler diferentes gêneros, o que significa 
outra coisa e exige outras habilidades e competências. Aprender o sistema de escrita é 
alfabetização. Aprender os usos sociais do sistema de escrita é letramento. 
(http://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado) 
Na passagem "Uma é o sistema de representação, que é o sistema alfabético.", emprega-se a 
vírgula pelo mesmo motivo que no seguinte trecho: 
a) É desejável, no processo de desenvolvimento da leitura, que se ofereçam livros com 
assuntos variados aos jovens leitores. 
b) Os professores precisam entender, com certeza, que as crianças podem chegar a um 
mesmo resultado por meio de distintas operações. 
 
c) Trata-se de um livro, vale dizer, que explora a relação das crianças com a leitura e a 
escrita em um ambiente de aprendizagem lúdico. 
d) O fato é que, muitas vezes, as crianças dedicam-se a tarefas de leitura com tanto 
empenho que surpreendem seus professores. 
e) É preciso entender o desenvolvimento cognitivo das crianças, que fazem operações 
muito mais complexas do que pensamos. 
 
23. VUNESP - AuxA (CM Indaiatuba)/CM Indaiatuba/2018 
A última crônica 
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na 
realidade, estou adiando o momento de escrever. 
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta 
busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo 
de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. 
Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma 
criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, 
curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança: 
“assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então 
um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de mármore ao 
longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, 
deixa-se acrescentar pela presença de uma menininha de seus três anos, laço

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