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Normas e Provas: Decifre o Relato

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Yasmin Mara

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Alguns anos se passaram desde a morte trágica de Apoloniasto, vítima de um trágico acidente com uma mesa de bilhar num tradicional salão da Freguesia de Nossa Senhora do Ó, em São Paulo: aparentemente, a dita mesa criou vida e pulou-lhe em cima, provocando fraturas fatais. Um primo distante seu, chamado Thomas Malthus, adotou suas filhas, Fatulecenilda e Diarreianilda. As irmãs, que terminaram por não se casar – uma maldição trazida dos trópicos, dizia-se – tornaram-se suas discípulas assíduas. Numa bela tarde do verão londrino, estavam elas a confabularem com o tio acerca da dificuldade das famílias dos trabalhadores ingleses proverem o sustento dos filhos, mesmo com salários razoáveis, visto que a produção agrícola parecia nunca ser suficiente.
“Há um claro desequilíbrio entre o quanto se produz e o quanto as pessoas se reproduzem. Um dia haverá um colapso alimentício na Inglaterra e no mundo!” (Explique – 1ª questão).

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Questões resolvidas

Alguns anos se passaram desde a morte trágica de Apoloniasto, vítima de um trágico acidente com uma mesa de bilhar num tradicional salão da Freguesia de Nossa Senhora do Ó, em São Paulo: aparentemente, a dita mesa criou vida e pulou-lhe em cima, provocando fraturas fatais. Um primo distante seu, chamado Thomas Malthus, adotou suas filhas, Fatulecenilda e Diarreianilda. As irmãs, que terminaram por não se casar – uma maldição trazida dos trópicos, dizia-se – tornaram-se suas discípulas assíduas. Numa bela tarde do verão londrino, estavam elas a confabularem com o tio acerca da dificuldade das famílias dos trabalhadores ingleses proverem o sustento dos filhos, mesmo com salários razoáveis, visto que a produção agrícola parecia nunca ser suficiente.
“Há um claro desequilíbrio entre o quanto se produz e o quanto as pessoas se reproduzem. Um dia haverá um colapso alimentício na Inglaterra e no mundo!” (Explique – 1ª questão).

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Data: 
Aluno: Nota: 
Prof. MSc. Moacyr Ferraz do Lago∴
I. A prova pode ser respondida a lápis. Porém, provas a lápis não poderão ter a sua correção contestada.
II. Não escreva entre as linhas nem nas margens esquerda, direita, superior ou inferior. Use o verso da prova ou a folha fornecida pelo professor.
III. Respostas com caligrafia ilegível serão consideradas erradas.
IV. Durante a prova é proibido fazer ou atender ligações telefônicas, além de utilizar aparelhos de som ou assemelhados.
V. É proibido o uso de celular, prancheta eletrônica ou assemelhado como calculadora.
VI. Erros de português são inadmissíveis. Somente quinze falhas serão toleradas.
VII. Deixe um espaço de uma linha entre as respostas.
VIII. A simples reprodução do texto original não será aceita como resposta. Interprete-o à sua moda.
IX. Não serão aceitos exemplos iguais aos citados no texto ou na exposição do professor. Crie exemplos próprios.
X. Não responda o que não lhe foi perguntado.
XI. Vale o que está escrito.
XII. Questões que necessitem de cálculos devem apresentar memória de cálculo.
XIII. Cálculos e respostas numéricas devem ser arredondados até a segunda casa decimal.
XIV. Economia não tem acento (^).
XV. Explicar e dissertar são diferentes de citar.
XVI. Não lhe serão pedidas definições, mas as suas interpretações e aplicações práticas.
XVII. Considere que o professor não sabe a resposta e você terá de escrever explicando os termos incomuns, de forma que ele a entenda.
XVIII. Se você tiver mais de 25% de faltas não justificadas, não poderá participar de uma eventual prova de repescagem.
IXX. Se você for flagrado em atitude desonesta receberá nota zero e não poderá participar de uma eventual prova de repescagem.
XX. Não seja simplista nas suas respostas, tentando resumir em poucas linhas o que necessita de muitas para ser eficientemente explicado.
XXI. A cópia de trechos de textos sem a indicação de autoria configura crime de contrafação, previsto na lei no 9.610/98 – lei dos direitos autorais, pelo que a questão será invalidada de forma integral.
XXII. Em provas onde a consulta é aberta, é vedada a troca ou o repasse de textos de qualquer natureza.
XXIII. O desrespeito a estas orientações acarretará na desconsideração de eventual questão extra ou questão desafio.
🡺 Decifre o relato abaixo. Os dados estão espalhados ao longo do texto, às vezes explicitamente, às vezes sutilmente. Seu trabalho é identificar e separar
os dados úteis dos inóquos e resolver as questões inseridas na história.
🡺 Não são pedidos relatos de teorias. Elas devem ser utilizadas para explicar as situações descritas no texto.
🡺 As respostas devem obrigatoriamente estar relacionadas e fazer referência direta às situações apresentadas no texto.
2ª AVALIAÇÃO 2020.2
Alguns anos se passaram desde a morte trágica de Apoloniasto, vítima de um trágico acidente com uma mesa de bilhar num tradicional
salão da Freguesia de Nossa Senhora do Ó, em São Paulo: aparentemente, a dita mesa criou vida e pulou-lhe em cima, provocando fraturas
fatais. Um primo distante seu, chamado Thomas Malthus, adotou suas filhas, Fatulecenilda e Diarreianilda. As irmãs, que terminaram por não
se casar – uma maldição trazida dos trópicos, dizia-se – tornaram-se suas discípulas assíduas. Numa bela tarde do verão londrino, estavam elas
a confabularem com o tio acerca da dificuldade das famílias dos trabalhadores ingleses proverem o sustento dos filhos, mesmo com salários
razoáveis, visto que a produção agrícola parecia nunca ser suficiente. “Há um claro desequilíbrio entre o quanto se produz e o quanto as
pessoas se reproduzem. Um dia haverá um colapso alimentício na Inglaterra e no mundo!” (Explique – 1ª questão).
“As igrejas e o governo ainda trabalham para piorar a situação, ao ajudar essa multidão de pobres das periferias das cidades inglesas,
distribuindo comida de graça”. (Explique – 2ª questão). 
“Mas, meu caro tio”, interrompeu Fatulecenilda. “Seu colega francês Jean Baptiste Say parece não concordar com o senhor quando o assunto
não é a produção de alimentos. Ele defende claramente que se deve simplesmente produzir mais bens. Quanto mais de produz, mais se
consome. Ele cita que na França isso tem funcionado bem; até mesmo os EUA adotaram essa ideia: lá, sempre que não se consegue vender o
que se produz, a solução é produzir mais” (Explique – 3ª questão).
“Não se esqueça do prof. John Stuart Mill”. Diarreianilda parecia ansiosa para entrar na conversa. Fico eufórica toda vez que o vejo defender
sua concepção de estado estacionário. A sociedade inglesa já está muito bem. O nível de bem-estar está alto, as artes estão no seu auge e a
violência muito baixa. Para que mudar isso?” (Explique – 4ª questão).
“Sinceramente, não sei de onde tirou essa ideia de que ‘tudo está bem’, querida irmã. Talvez deva fazer menos tricô e andar mais pelas
periferias das cidades”. Fatulecenilda estava visivelmente irritada.
Alguns anos depois, um neto de Fatulecenilda, Cagovânio (filho de um garoto adotado, evidentemente), viajando pela França com seu
amigo León Walras, deparou-se com uma feira livre, muito comuns nas imediações da Place de La Concorde, percebeu uma cena que lhe
deixou curioso. Na feira, que se realiza todos os domingos, existem centenas de compradores por e volta de 42 vendedoras de alface. Todas
elas praticam o preço de $ 1,80 por pé de alface, que tem qualidade praticamente igual em todas as barracas. Como a feira é realizada numa
praça pública, qualquer um pode montar uma nova barraca, sem precisar pedir licença a ninguém. Num certo domingo, uma senhora montou
uma nova banca de alfaces e quase que imediatamente todos ficaram sabendo. (Explique – 5ª questão).
Neste mundo, quem não sabe economia é tolo
Fábio Savatin
UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA
Campus Ministro Reis Velloso
Departamento de Ciências Econômicas e Quantitativas
História do Pensamento Econômico
Prof. MSc. Moacyr Ferraz do Lago∴
Dias depois, já de volta à Inglaterra, Cagovânio recebeu um convite para comparecer a um debate onde estariam presentes
representantes de um novo movimento político que ficava cada vez mais forte na Europa: o Socialismo. Os debatedores principais era uns tais
de Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc e Robert Owen. Defendiam uma sociedade justa, ainda capitalista, mas evidentemente
impossível de aplicação prática. Seu maior crítico era um barbudo alemão chamado Karl Marx, que os rotulava de “utópicos”. (Explique – 6ª
questão). 
Marx, junto com seu amigo Friedrich Engels defendiam abertamente uma revolução. Esbravejavam que o trabalhador inglês “estava sendo
explorado” e que o problema poderia ser explicado pela história da luta de classes. (Explique – 7ª questão). 
E ainda vieram com uma tal de “mais valia” na indústria de chocolate que parecia demonstrar que os donos da empresa eram seres demoníacos,
principalmente quando compraram movas máquinas que melhoraram a produtividade. (Explique – 8ª questão).
“Cansei disso!”. Cagovânio se aliou a Marx, fez as malas e foi morar na Rússia. “Vou-me para o paraíso socialista”. Lá chegando,
tentou alugar uma bela casa numa praça arborizada. Porém, frustrou-se ao saber que só poderia morar onde o Estado indicasse. E isso valeria
para onde iria trabalhar também. “Aqui somos todos iguais”, informaram-lhe. E lá foi ele morar e trabalhar numa fazenda comunitária, onde
seu diploma de advogado não valia de nada. Salário? Recebeu cupons para trocar por comida no armazém público. Sobraram-lhe alguns desses
cupons, que trocou por cigarros com seu vizinho de quarto. (Explique 9ª questão). Terminou por pedir carona na estrada, indo parar nos EUA.
O ano era 1929. Cagovânio, já calejado, investiu tudo o que tinha na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Terminou pulando do prédio
onde morava após perder tudo no colapso que se seguiu. Gerundina, uma namorada que deixougrávida de gêmeos, buscou emprego como
faxineira na casa de um comerciante que acabou por tomar-lhe como esposa. Deoclécio Keynes, um inglês radicado ne Nova Jersey, trocava
correspondência freneticamente com seu primo Jonh M. Keynes, que serviu como economista na missão inglesa na Conferência de Versailhes,
mas que a abandonou devido a divergências políticas. Este parecia ter a “fórmula mágica” para resolver os problemas econômicos do mundo.
“Basta o Estado criar déficits para investir na economia”. “Como assim?”, perguntava Deoclécio. “Imagine se só existisse o seu comércio. O
que ocorreria se a economia fosse abastecida com dinheiro vindo do governo?”. “Eu venderia bem mais do que vendo hoje e contrataria mais
gente”. (Explique – 10ª questão). 
“Mas isso só aconteceria se as expectativas fossem favoráveis. Por isso o governo deve falar bem da economia e do seu comércio”.
(Explique – 11ª questão – extra).
Gerundina acompanhava tudo atentamente e se lembrou de um antigo namorado que conhecera durante uma viagem à Polônia.
Michal Kaleck, também gostava desses “lances” de economia. Recentemente, ela soube que ele defendia a existência de “Ciclos Econômicos
Capitalistas”, que explicavam muito bem a variação do número de pizzarias na Av. São Sebastião, na sua cidade natal, Parnaíba. ( Explique,
inclusive com a ajuda de um gráfico – 12ª questão - extra). Uma prima distante de Gerundina, Litorina, que morava em Parnaíba, estava
mediando um conflito entre professores na UFDPar. Eles discutiam ferozmente que os pescadores da Pedra do Sal eram pobres e sempre
continuariam pobres, a não ser se o prefeito Mão Santa fizesse alguma coisa. Por outro lado, o empresário mais rico da região, o Sr. Toureiro,
tendia a ficar cada vez mais rico. Alguns professores esquerdistas defendiam que algo deveria ser feito contra esse enriquecimento (Explique –
13ª questão – desafio).
Neste mundo, quem não sabe economia é tolo
Fábio Savatin

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