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Apostila: Oficina de Confecção e Aplicação da Caixa Piagetiana Organização: Fabiana Machado Pedagoga e Neuropsicopedagoga São Gonçalo – RJ 2020 EMENTA DO CURSO Capitulo I – Provas Operatórias Piagetianas 1. A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget 2. Os Estádios Cognitivos Capitulo II – Instruções Para Confecção das Provas Operatórias 1. As Provas Operatórias 2. Instruções Para Confecção Capitulo III – Protocolo - Aplicação e avaliação 1- Provas Operatórias Piagetianas 2- Quadro Resumo para registro da observação das Provas Operatórias Oficina de Confecção e Aplicação da Caixa Piagetiana A caixa Piagetiana, possibilita testar desenvolvimento pedagógico, intelectual, criatividade, aprendizado, concentração, conhecimento, raciocínio lógico, crescimento social e coordenação motora. As provas operatórias (provas piagetianas) é uma ferramentas utilizadas para a obtenção de um diagnóstico que permitem uma avaliação do raciocínio e construção de conhecimento de crianças, classificando o seu nível cognitivo. As provas operatórias têm como objetivo principal determinar o grau de aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível da estrutura cognitiva que a criança opera. Objetivo: Apresentar a caixa Piagetiana e suas contribuições para uma avaliação do nível de desenvolvimento, confeccionar as provas operatórias montando a caixa Piagetiana e demonstrar sua utilização e como aplicar e avaliar através destas. Relembrar a teoria de Piaget e os estágios de desenvolvimento para melhor compreender o funcionamento das provas operatórias. Capitulo I PROVAS OPERATÓRIAS PIAGETIANAS - As Provas Operatórias Piagetianas objetivam observar no sujeito as noções de tempo, espaço, conservação, causalidade, número, etc. - Uma criança com dificuldade de aprendizagem pode ter a idade cognitiva diferente da idade cronológica, e esse pode ser o motivo da sua dificuldade de aprendizagem. - Através das Provas Operatórias podemos chegar a determinar o grau de aquisição de algumas das noções do desenvolvimento cognitivo, cujo conteúdo leva em conta cada uma delas de um modo muito específico. Algumas provas tratam sobre a noção de conservação da quantidade referida a aspectos numéricos, geométricos ou físicos, e outras indagam as questões vinculadas às classes e às relações. - O nível de construção alcançado pela criança em cada uma das noções e sua relação mútua faz referência ao grau da estrutura operatória que subjaz em cada etapa do desenvolvimento. - Através das Provas Operatórias Piagetianas é possível detectar o nível do pensamento alcançado pela criança ou, o nível de estrutura cognitiva com que o sujeito é capaz de operar na situação presente. - As idades de aquisição das estruturas do pensamento, como também os intervalos, se relacionam sempre com as condições socioculturais, e, mais especificamente, com as escolares. - Cada uma das Provas Operatórias é uma situação experimental bastante elaborada, que nos permite determinar as potencialidades do pensamento da criança através do estudo do grau de explorar até que ponto estão adquiridas ou não essas noções, em uma estrutura operatória, e se os julgamentos da criança resistem às contra argumentações que são formuladas. - A técnica utilizada é basicamente a mesma para todas as provas: Interroga-se a criança na presença de fenômenos observáveis ou manipuláveis, convidando-a a relacionar sobre eles. É claro que o modo de experimentação está sempre subordinado aos problemas específicos que são colocados. Além disso, o desenvolvimento do interrogatório varia um pouco conforme se trate de problemas de natureza lógica ou de fenômenos físicos. - Os interrogatórios derivados de cada uma das provas tem como objetivo, não só de conhecer os julgamentos da criança, mas também a sua capacidade de argumentar. - Por exemplo: não apenas nos interessará saber se a criança confirma ou nega a invariância quantitativa na prova de líquido mas, principalmente, que argumentos usa para justificar seu juízo de conservação ou não conservação. Apresente os materiais à criança: É necessário, antes de iniciar cada prova, que a criança se familiarize com o material com que vai trabalhar. Isso permitirá a ela: - Discriminar melhor os elementos componentes. - Suavizar a ansiedade que todo material desconhecido provoca. Para isso, pode-se deixá-la manipular o material, ou, em geral, pedir que responda: “me diga o que você está vendo...”, “o que temos aqui?...”, etc. Instruções de trabalho: - O método de interrogação utilizado nas provas não possui recomendações estritas para cada situação. Pelo contrário, sugere-se um diálogo entre a criança e o experimentador insistindo- se nos aspectos críticos e reveladores do problema em pauta. - As perguntas formuladas à criança devem ser claras e precisas, como também as instruções iniciais de cada atividade, procurando fazer com que o sujeito entenda bem o que deve fazer. O importante é que a criança entenda a tarefa que deve executar, "não importando a linguagem que se usa para transmiti-lo". - Os resultados devem ser anotados detalhadamente (suas reações, inquietações, ansiedade, fala, argumentos, de que maneira manipula o material). - Deve-se evitar aplicar várias provas em uma mesma sessão, para evitar contaminação das respostas do aluno e fadiga. Também deve-se alternar entre as provas de seriação, conservação e classificação. - Não demonstre ao sujeito que ele está se saindo bem ou não nas provas. Apenas estimule-o a continuar e utilize palavras de incentivo durante os testes. - Não é necessário corrigi-lo após o erro. Apenas continue normalmente. Avaliação Em cada prova avalia-se o grau de construção operatória que a criança alcançou em relação à noção em estudo. Basicamente, podemos determinar três níveis dessa construção, ou seja: 1 - Nível 1- Não operatório/Ausência/Não Conservatório – Não há conservação 2 - Nível 2 - Intermediário - Em um momento conserva, em outro não. 3 - Nível 3 - Operatório/Obtenção/Conservatório – Há conservação - O primeiro nível seria constituído por todas as condutas que nos dão a entender uma clara ausência da noção. - No segundo nível incluiríamos todas aquelas manifestações que revelam uma etapa intermediária de aquisição: são condutas ou respostas vacilantes, instáveis, incompletas, etc. que não denotam a aquisição estável da noção, como acontece no nível 3. - Como critério geral, podemos dizer que a criança alcançou a etapa final de aquisição de uma noção (resposta de nível 3) quando: a) Pode justificar seus juízos (em sua linguagem peculiar) com explicações claras e suficientemente explícitas. b) Os juízos, relativos a essas noções, emitidos pela criança, resistem aos contra-argumentos ou contra sugestões apresentadas pelo experimentador. c) Resolve com exatidão todas as atividades a ela propostas e/ou às questões a ela formuladas. Por fim, é importante ressaltar que algumas crianças chegam com queixa de déficit de atenção e, quando aplicamos as provas operatórias, observamos defasagem cognitiva, mas não observamos o déficit de atenção como transtorno. Dessa forma, observamos que, se o conteúdo o qual o professor trabalha em sua sala de aula estiver acima da sua idade cognitiva, a criança poderá focar seu olhar para outros interesses que não os da sala de aula. Portanto, as Provas Operatórias podem ser de grande valia para que o profissional consiga identificar se a idade cognitiva do sujeito está de acordo com a idade cronológica. 1. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET A teoria de Piaget oferece uma descrição detalhada e especifica de estágios universais no desenvolvimento humano que proporciona uma explicaçãopossível para quando e como uma criança está pronta para aprender ou para desenvolver formas específicas de conhecimento e compreensão. Tentativas de ensinar os produtos de um estádio “posterior” antes que os estágios anteriores tenham sidos percorridos não conseguem facilitar o desenvolvimento nem estimular a compreensão. (WOOD, 2003, p.21) Jean Piaget, considerado um dos mais extraordinários pesquisadores aclamado na área de educação e pedagogia, na verdade, não demonstrava interesse primário na área da educação. O que o diferenciava dos estudiosos de sua época era que enquanto, estes pesquisavam o conhecimento apenas como um fato - uma cópia dos objetos - Piaget buscava descobrir o processo de desenvolvimento das estruturas do pensamento e do conhecimento humano. Para ele a sabedoria/inteligência humana se formava a partir da interação com o objeto (físico ou social) de onde resultava o conhecimento advindo de um processo de assimilação/interpretação desse objeto. Nesse intuito, ele voltou sua atenção para a investigação da origem do conhecimento e do processo envolvido na transição de um conhecimento mais simples para um mais complexo e organizado. Para isso, utilizou o desenvolvimento da criança como ponto de partida. Piaget postula que a criança nasce com uma bagagem biológica e hereditária que em contato com o meio, transforma-se e molda-se na inteligência (PIAGET, 1998). A partir desse pensamento, procurou pesquisar o desenvolvimento cognitivo da criança sob a perspectiva de uma evolução progressiva. Sendo assim, ele elaborou um método próprio de pesquisa - o método clínico - e aplicou-se a investigar o desenvolvimento infantil e a construção da inteligência. Além disso, por suas teorias e escritos ajustarem-se integralmente ao desenvolvimento da inteligência e a construção do conhecimento da criança, acabou por revolucionar a pedagogia. Contudo, o interesse que movia suas pesquisas na verdade, sempre foi epistemológico. Valendo-se da biologia, da psicologia, da sociologia e da epistemologia, desenvolveu diversos campos de estudos científicos, como a psicologia do desenvolvimento, a teoria cognitiva e ainda, a epistemologia genética – compilação de suas pesquisas. A Epistemologia Genética pode ser explicada como o estudo dos mecanismos de formação do conhecimento lógico – noções de tempo, espaço, objeto, etc. – e da gênese (nascimento) e a evolução do conhecimento humano. Com a Epistemologia Genética, Piaget procurou mostrar as relações dinâmicas entre a aprendizagem e desenvolvimento. Através de suas pesquisas, constatou que o aprendizado era um processo no qual a criança gradativamente vai se aprimorando a medida que ultrapassa níveis mais complexos do conhecimento. Sua teoria pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis, as quais denomina, estádios ou períodos de desenvolvimento. A teoria abrange o processo de conhecer as etapas pelas quais o ser humano passa à medida que vai adquirindo conhecimento. Segundo Ciasca (2003, p 81), [...] o desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget desde os seus primórdios, é uma construção contínua, empreendida pelo próprio sujeito a partir de sua interação com seu meio (físico e social), que formará estruturas cognitivas cada vez mais complexas. Para explicar o desenvolvimento intelectual, Piaget postulou que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio (WADSWORTH, 1998, p. 7). Esses estádios, responsáveis por mudanças nas estruturas cognitivas, derivam-se da interação do individuo com a realidade, na medida em que ele busca organizar seus conhecimentos, adaptando e modificando seus esquemas de assimilação e acomodação para finalmente atingir o equilíbrio. Assimilação O esquema de assimilação é o processo cognitivo desenvolvido através da interação do sujeito (organismo) com o seu meio. Nele o sujeito interpreta, filtra e incorpora novas informações – podendo essas ser de origem conceitual, motora ou sensorial - à sua natureza de esquemas cognitivos pré- existentes. Piaget (1997, p. 13) define assimilação como: [...] a integração às estruturas prévias, que podem permanecer inalteradas ou serem mais ou menos modificadas por essa integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, ou seja, sem [as estruturas] serem destruídas e [com estas] se acomodando simplesmente à nova situação. Sendo assim, essa etapa é marcada pela inserção de novos eventos em esquemas já existentes. E Piaget ressalta que, [essa] integração à estruturas prévias, [...] podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação. Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento. (1970, p. 13) Acomodação Nessa etapa, novos esquemas mentais são criados ou ainda, esquemas pré-existentes são modificados. O cognitivo sofre alterações na tentativa de reorganizar novas informações que entram em conflito com um conhecimento pré-existente. Desta forma, diante de um evento novo, a criança tem suas estruturas alteradas para assimilá-lo. Pense em uma criança jovem que acabou de aprender a palavra carro para identificar o carro da família. A criança pode chamar todos os veículos que se movem nas ruas de “carros”, inclusive motocicletas e caminhões; ela assimilou esses objetos (a) seu sistema existente. Mas a criança aprende cedo que as motocicletas e caminhões não são carros e faz uma sintonia fina na categoria para excluir as motocicletas e caminhões, acomodando o esquema. (SANTROCK, 2010, p. 37) Os esquemas dos adultos são diferentes das crianças e nem sempre um estímulo será assimilado. Pode acontecer eventualmente, deste não encontrar correspondência com nenhum esquema pré-existente na estrutura cognitiva. Entretanto, tanto a assimilação, quanto a acomodação acarretam mudanças nas estruturas cognitivas ou no seu desenvolvimento. Equilibração A equilibração é a reestruturação dos sistemas: o balanço entre o processo assimilação/acomodação. Segundo Wadsworth (1998), a teoria da equilibração surge como um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação; um mecanismo auto-regulador, necessário para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-ambiente. Diante de um novo objeto de conhecimento (físico ou social) uma resistência é criada gerando uma transformação dos esquemas existentes - estruturas cognitivas. A cada vez que o individuo depara-se com uma situação na qual se vê obrigado a transpor níveis de diferentes equilíbrios, ele evolui intelectualmente. O desenvolvimento da inteligência - a construção do conhecimento - ocorre desse processo de equilibração/reequilibração (desequilibração). As ações físicas ou mentais sobre os objetos no meio provocam um desequilíbrio nas estruturas cognitivas já existentes. Através de seus estudos e observações com crianças, Piaget também destacou quatro fatores que atuam no processo de desenvolvimento mental: a maturação (em se tratando do físico/do sistema nervoso central); a experiência física/lógico-matemática (ação sobre o objeto através do manuseio); a socialização (interação com outras crianças) e a equilibração (compilando os três fatores anteriores com o objetivo de construir e reconstruir estruturas mentais). 2. OS ESTÁDIOS COGNITIVOS “Existe [...] uma inteligência antes do pensamento, antes da linguagem” (Piaget, 1973). Visca (1991 p.45) acrescenta que essa inteligência “não é inata nem adquirida, mas sim o resultado de uma construção devida à interação das pré-condições do sujeito e as circunstâncias do meio social.”. Piaget foi capaz de investigar e concluir que para quea criança aprendesse e evoluísse no seu aprendizado, ela deveria transpor estádios. Segundo Wood, Piaget escreveu muito sobre as implicações educacionais de sua teoria. Porém, a ideia de que as crianças passam por estágios (estádios) de desenvolvimento, e a asserção de que elas não podem aprender ou ser ensinadas como funcionar em níveis “mais altos” antes de terem atravessado os níveis inferiores, foram amplamente adotadas e formaram a base para uma nova teoria da prontidão para a aprendizagem. (WOOD, 2003 – p. 23) Estudando o desenvolvimento da criança, Piaget observou que esta, ao nascer, encontra-se num estado de adualismo (só percebe o seu corpo e ações); não consegue se vê inserida num meio. À medida que vai crescendo, adquire novas qualidades agregadas ao seu pensamento. Para isso, durante o processo de crescimento, o individuo atravessa diferentes e sucessivas etapas (Piaget, 1973). Ele então, distinguiu seis estádios/períodos do desenvolvimento, que marcam o aparecimento dessas estruturas construídas sucessivamente. Estes são assim classificados; inteligência sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente), inteligência simbólica ou pré-operatória ( de 2 aos 7- 8 anos), Inteligência operatória concreta (de 7- 8 a 11-12 anos), inteligência operatória formal (a partir de 12 anos, com equilíbrio entre 14-15 anos) (DOLLE, 2002, p. 104). Estádio da Inteligência Sensório-Motora (0 a 2 anos) O período sensório-motor caracteriza-se pela fase na qual a inteligência da criança desenvolve-se através de ações motoras e impressões sensoriais. Para Piaget é um momento crucial, pois é quando acontece um extraordinário desenvolvimento intelectual. Abrange o período do nascimento até a aquisição da linguagem que normalmente aparece por volta dos 2 anos de idade. Nessa fase, a criança começa a se desprender do próprio corpo e perceber que outros a rodeiam (GOULART, 2011, p. 22). Entretanto, Visca acrescenta que essas ações ainda não possuem representações (1991, p. 46). O período se divide em seis subestádios (Goulart, 2011 Sampaio, 2011): 1º. Exercício reflexo (primeiro mês de vida) – Atividades que correspondem o primeiro mês de vida - instintivas ou inatas; coordenações sensoriais e motoras. 2º. Reações Circulares Primárias (até aproximadamente aos 4 meses) – Formação dos primeiros hábitos; exploração do próprio corpo 3º. Coordenação de visão e preensão e começo das reações circulares secundárias; Não há, aqui, busca do objeto desaparecido. É difícil para a criança entender a existência de um objeto, quando ausente do seu campo de percepção (até aproximadamente 8 meses) - início da coordenação de espaços qualitativos; repetição de comportamentos significativos; surge uma moderada antecipação, mas não caracterizada como inteligência; percepção do meio. 4º. Coordenação dos esquemas secundários, com utilização, em certos casos, de meios conhecidos com vista à obtenção de um objetivo novo. (até os 11 meses) - Atos mais complexos de inteligência prática são observados; utiliza-se do esquema assimilado, aplicando o que foi aprendido em outras situações; 5º. Diferenciação dos esquemas de ação por reação circular terciaria (até os 18 meses) - Desenvolve estratégias eficazes para conseguir seu objetivo, reconfigurando esquemas para atingir seu fim. 6º. Início da interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas após interrupção da ação e ocorrência de compreensão súbita. (até 2 anos) - Nesse estádio, a criança ao deparar-se com o problema para, observa e reage. Estádio Pré-operatório (2 a7 anos) Igualmente conhecido como estádio objetivo-simbólico, esse período “caracteriza-se pela preparação e organização das operações concretas, tendo uma estrutura pré-operatória. ” (Goulart, 2011). Diferentemente do período anterior, já existe aqui uma representação ou simbolização – a exteriorização da linguagem. A criança faz distinção entre o significante (imagem mental) e o significado (objeto representado) (Visca, 1991). Entretanto, seu pensamento ainda não dá conta de categorias lógicas (rosa, pertence à categoria das flores; carro do meu pai) e apresenta ausência de reversibilidade. Por exemplo, ao se exposta à prova operatória de conservação de matéria, onde uma de duas bolas de massa, com a mesma quantidade é transformada em uma salsicha, a criança tem dificuldades de mentalmente remeter-se a forma inicial. A despeito desse fato, Sampaio (2011) ressalta que, A criança pré-operatória é incapaz de descentrar o pensamento, ou seja, centra a atenção em apenas um traço. Não é capaz de acompanhar as transformações, sendo seu pensamento dito estático. Segundo Goulart (2011, p. 23), esse estádio foi dividido em três subdivisões assim caracterizadas: 1ª - Aparecimento da função simbólica por meio da linguagem, do jogo e da imitação; inicio da interiorização dos esquemas; construção de conceitos a partir das experiências visuais concretas (2 a 4 anos). 2ª - Início da construção de significados. Fase das perguntas, período das descobertas; não há acaso, tudo deve tem que ter um “por quê” (4 a 5 anos e meio). 3ª – A criança lança mão de esquemas padrões de respostas para eventos com os quais ainda não é capaz de lidar. (5 anos e meio a 7 anos). As características desse período são apontadas por Goulart (1968 Apud Flavel,2 p.25 -26) a. Egocentrismo – não há reconhecimento de outros pontos de vista b. Centração – atenção somente num ponto e não no todo c. Estado x Transformações – armazenamento do resultado e não do processo d. Desiquilíbrio – instabilidade entre assimilação e acomodação e. Ação – não considera sinais abstratos (representações), apenas ações manifestas f. Irreversibilidade – dificuldade em compreender conceitos de conservação de quantidade, de volume e números g. Pré-conceitos – uso de conceitos primitivos h. Outras características – animismo (objetos adquirem vida), realismo (realidade psicológica adquire existência física), artificialismo (pessoas controlam objetos físicos e acontecimentos naturais) e finalismo (atribuição de todos os acontecimentos às pessoas) A tendência é que a criança consiga atingir o período concreto lá pelos seus sete anos. Entretanto, a presença de alguma defasagem cognitiva influenciará na resolução de problemas matemáticos, interpretação de textos e compreensão de conteúdo de sua faixa etária (Sampaio, 2011). Estádio das Operações Concretas (7 a 11-12 anos) Nesse período o pensamento da criança torna-se reversível e conservadora. A partir desta etapa, ela é capaz de observar uma transformação no formato de um objeto e mentalmente executar a operação inversa, concluindo que esta alteração não modificou a quantidade do objeto. Outro aspecto que marca o período é a regressão do egocentrismo (compreensão do ponto de vista e necessidades dos outros) e interiorização das ações. Há compreensão da reversibilidade ( conservação da quantidade de matéria, de peso e de volume, de comprimento, superfície, perímetro, horizontais, verticais, etc.), porém falta á criança coordenação dessas formas. O foco está no objeto (concreto) e não ainda nas hipóteses (Goulart, 2011). Piaget constatou que a conservação da substância aparece por volta dos sete-oito anos, a do peso por volta dos nove-dez anos e a conservação do volume por volta dos onze-doze anos. Ora, apesar destas diferenças cronológicas, diz ele, a criança, para justificar suas considerações sucessivas, emprega exatamente os mesmos argumentos que se traduzem por expressões verbais rigorosamente idênticas: “nós só esticamos” (a bolinha em salsicha) “não tiramos nem pusemos nada”, “é mais comprido, mas é mais fino” etc. Isto é indícios que tais noções não dependem só da linguagem [...] dependem segundo Piaget da coordenação das ações. Suas observações mostram que em certo momento nesses casos, cada deformação levada ao extremo ocasionaa possibilitada de um retorno, cada tateio enriquece os pontos de vista da criança, que começa a agir e argumentar com uma determinada lógica. (CHIAROTTINO, 1972, p. 21) Estádio das Operações Formais (11 a 12 anos em diante) Esse período abrange dos onze-doze anos em diante, tendo a sua culminância aos quinze. Também conhecido como o período da inteligência, pois é a partir desse ponto que o sujeito terá desenvolvido um nível de inteligência para sua fase adulta. O que define esse estádio é o pensamento formal, hipotético-dedutivo. Nesta etapa, a criança adquire independência do concreto e dá lugar as hipóteses. Através das hipóteses, forma esquemas conceituais abstratos e realiza operações formais. Segundo Piaget a criança, [...] agora pode raciocinar com hipóteses e não só com objetos. Ela constrói novas operações, operações de lógica proposicional, e não simplesmente as operações de classes, relações e números. Ela atinge novas estruturas que são de um lado combinatória, correspondentes ao que os matemáticos chamam de redes (lattices); por outro lado atingem grupos mais complicados de estruturas. (Piaget, 1972) Com estruturas cognitivas mais elevadas, a criança torna-se apta a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. Entretanto, a criança que não conseguiu transpor a fase da percepção concreta para a perceção abstrata apresentará dificuldades relevantes. Diante de um objeto abstrato (imaginário) será incapaz de produzir inferências por ainda utilizar um raciocínio indutivo. Ou seja, só consegue as suas próprias possibilidades de exercício serão expandidas quando seu pensamento processa o possível. Por conseguinte, a distinção entre o real e o possível, a capacidade de pensar e de raciocinar de forma hipotética-dedutiva e a forma sistemática de resolução de problemas são as três principais características desse estádio. Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-eficacia-das-provas- operatorias-como-ferramenta-para-uma-avaliacao-cognitiva.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-eficacia-das-provas-operatorias-como-ferramenta-para-uma-avaliacao-cognitiva.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-eficacia-das-provas-operatorias-como-ferramenta-para-uma-avaliacao-cognitiva.htm INDICAÇÕES DE LEITURA A EFICÁCIA DAS PROVAS OPERATÓRIAS COMO FERRAMENTA PARA UMA AVALIAÇÃO COGNITIVA https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-eficacia-das- provas-operatorias-como-ferramenta-para-uma-avaliacao-cognitiva.htm SEQUENCIAÇÃO E SERIAÇÃO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A CONSTRUÇÃO DE NÚMERO https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/sequenciacao-seriacao- relacoes-necessarias-para-construcao.htm PRIMEIRA INFÂNCIA, PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/primeira-infancia-periodo- preoperatorio.htm ANÁLISE PIAGETIANA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO: EXPERIÊNCIAS COM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL https://www.researchgate.net/publication/292346442_ANALISE_PIAGETIANA_DO_DESE NVOLVIMENTO_COGNITIVO_EXPERIENCIAS_COM_CRIANCAS_DO_ENSINO_FUNDAMENT A Reflexões sobre a teoria Piagetiana: o estágio operatório concreto http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/31/ 04042014074217.pdf * Vídeos: ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO | CONSTRUTIVISMO https://youtu.be/CRokAZi_RWM PROVAS OPERATÓRIAS DE JEAN PIAGET https://www.youtube.com/watch?v=t4RmOfRhT_U&feature=youtu.be https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-eficacia-das-provas-operatorias-como-ferramenta-para-uma-avaliacao-cognitiva.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-eficacia-das-provas-operatorias-como-ferramenta-para-uma-avaliacao-cognitiva.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/sequenciacao-seriacao-relacoes-necessarias-para-construcao.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/sequenciacao-seriacao-relacoes-necessarias-para-construcao.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/primeira-infancia-periodo-preoperatorio.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/primeira-infancia-periodo-preoperatorio.htm https://www.researchgate.net/publication/292346442_ANALISE_PIAGETIANA_DO_DESENVOLVIMENTO_COGNITIVO_EXPERIENCIAS_COM_CRIANCAS_DO_ENSINO_FUNDAMENTA https://www.researchgate.net/publication/292346442_ANALISE_PIAGETIANA_DO_DESENVOLVIMENTO_COGNITIVO_EXPERIENCIAS_COM_CRIANCAS_DO_ENSINO_FUNDAMENTA https://www.researchgate.net/publication/292346442_ANALISE_PIAGETIANA_DO_DESENVOLVIMENTO_COGNITIVO_EXPERIENCIAS_COM_CRIANCAS_DO_ENSINO_FUNDAMENTA http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/31/04042014074217.pdf http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/31/04042014074217.pdf https://youtu.be/CRokAZi_RWM https://www.youtube.com/watch?v=t4RmOfRhT_U&feature=youtu.be LISTA DE MATERIAIS: EVA - VERMELHO - AZUL - AMARELO - VERDE - BRANCO - MARROM UMA FOLHA DE PAPEL CARTÃO (PARA OS BASTONETES) UMA RÉGUA (PARA SERVIR DE BASE PARA OS BASTONETES) COPOS DE ACRÍLICO OU VIDRO - 2 COPOS IGUAIS - 1 COPO MAIS ALTO E FINO OU MAIS BAIXO E LARGO. - 4 COPOS BEM PEQUENOS E IGUAIS UMA CAIXA DE MASSA DE MODELAR UMA BALANÇA MANUAL (PODE SER EM MDF) UMA BALANÇA DIGITAL (OPCIONAL) UMA SACOLINHA DE TNT (COR ESCURA PARA QUE O SUJEITO NÃO VEJA O QUE TEM DENTRO) CORRENTES, BARBANTE OU LÃ (45 CM) DOIS CARRINHOS UM CAVALINHO UM HOMENZINHO 14 SACOS PLÁSTICOS (PARA GUARDAR CADA PROVA) UMA CAIXA DE PLÁSTICO (PARA GUARDAR TODO Capitulo II Instruções Para Confecção das Provas Operatórias As Provas Operatórias Provas Operatórias desenvolvidas por Jean Piaget Têm como objetivo avaliar características distintas do pensamento com provas independentes: Conservação de Peso, Conservação de Líquidos, Seriação de Palitos etc. Desempenho da criança em cada prova permite saber em qual nível de desenvolvimento ela se encontra. A caixa Piagetiana, possibilita testar desenvolvimento pedagógico, intelectual, criatividade, aprendizado, concentração, conhecimento, raciocínio lógico, crescimento social e coordenação motora. Segundo Piaget o professor deve avaliar os conceitos errados dos alunos considerando a interpretação do mundo, dos fatos, e é realizada de forma qualitativamente diferente nos estágios de desenvolvimento, quer do ser, quer da espécie. Do ponto de vista Piagetiano, os conceitos são construídos num processo de autorregularão e os erros fazem parte deste processo. Um objetivo para ser alcançado é preciso realizar ações, as quais devem ser planejadas, repensadas e readequadas. INDICAÇÕES DE LEITURA Das provas operatórias à construção de estruturas cognitivas: um estudo de caso em psicopedagogia http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862018000200011&lng=pt&nrm=iso Como Jean Piaget compreendia em sua teoria: educação, ensino, aprendizagem, aluno, conteúdo, professor, metodologia, avaliação. http://educarvivendo.blogspot.com/2012/08/jean-piaget.html http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862018000200011&lng=pt&nrm=iso http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862018000200011&lng=pt&nrm=iso http://educarvivendo.blogspot.com/2012/08/jean-piaget.html INSTRUÇÕES PARA CONFECÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS PROVA 01 – CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS MATERIAIS: EVA vermelho e azul - Dez fichas vermelhas; - Dez fichasazuis. Cada uma deve ter em média 3cm de lado. PROVA 02 – CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE LÍQUIDO TRANSVASAMENTO MATERIAIS: - Dois copos iguais; - Um copo mais fino e alto ou um copo mais baixo e largo; - Quatro copinhos iguais. PROVA 03 – NOÇÃO DE QUNTIDADE DE MATÉRIA MATERIAIS: Duas massinhas de modelar de cores diferentes PROVA 04 – CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO Materiais: - Dois carrinhos; - Uma corrente, lã ou barbante de aproximadamente 15cm; Uma corrente, lã ou barbante de aproximadamente 30cm PROVA 05 – CONSERVAÇÃO DE PESO MATERIAIS: - Uma balança; Duas massinhas de modelar de cores diferentes PROVA 06 – CONSERVAÇÃO DE VOLUME MATERIAIS: - Dois copos iguais; Duas massinhas de modelar de cores diferentes. PROVA 07 – MUDANÇA DE CRITÉRIO – DICOTOMIA MATERIAIS: EVA vermelho e azul. - Cinco círculos vermelhos de 2,5cm de diâmetro; - Cinco círculos vermelhos de 5cm de diâmetro; - Cinco quadrados vermelhos de 2,5cm de lado; - Cinco quadrados vermelhos de 5cm de lado; - Cinco círculos azuis de 2,5cm de diâmetro; - Cinco círculos azuis de 5cm de diâmetro; - Cinco quadrados azuis de 2,5cm de lado. - Cinco quadrados azuis de 5cm de lado PROVA 08 – QUANTIDADE DA INCLUSÃO DE CLASSES MATERIAIS: - Dez margaridas ou flores vermelhas; Dez rosas ou flores brancas PROVA 09 – INTERSECÇÃO DE CLASSES MATERIAIS: - Cinco círculos azuis de 3cm de diâmetro; - Cinco círculos vermelhos de 3cm de diâmetro; - Cinco quadrados vermelhos de 3cm de lado; Uma folha de EVA ou cartolina branca medindo 35X50 com dois círculos em intersecção, sendo que um preto e outro amarelo (você pode utilizar pratos grandes como molde) PROVA 10 – SERIAÇÃO DE BASTONETES MATERIAIS: EVA colada em papel cartão e recortada em 11 bastonetes de tamanhos variados (com um cm de diferença de altura) PROVA 11 – PROVA DE COMBINAÇÃO DE FICHAS DUPLAS PARA PENSAMENTO FORMAL MATERIAIS: Seis fichas de EVA com 3cm de diâmetro, uma de cada cor. PROVA 12 – PERMUTAÇÕES POSSÍVEIS COM UM CONJUNTO DETERMINADO DE FICHAS MATERIAL - Quatro fichas de EVA com 5cm de diâmetro em cores diferentes PROVA 13 – CONSERVAÇÃO DE SUPERFÍCIE – PERCEPÇÃO EM RELAÇÃO A QUANTIDADE MATERIAIS: - Duas folhas de cartolina ou EVA verde medindo 21X30; - Doze casinhas em EVA, todas do mesmo tamanho; - Uma vaquinha. - Um homenzinho PROVA 14 - PREDILEÇÃO MATERIAIS: - Dezessete fichas verdes; - Dez fichas vermelhas; - Seis fichas azuis; - Uma ficha branca; - Uma sacolinha de TNT; Todas as fichas devem ter em média 3cm de diâmetro. Capitulo III Protocolo para aplicação das provas operatorias PROVAS OPERATÓRIAS PIAGETIANAS PRONTUÁRIO Nº /20 . PROVA 01 – CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS Pedir que o sujeito escolha uma das coleções de fichas e as coloque lado a lado formando uma fila. Fazer embaixo a mesma fila com as fichas de outra cor. Perguntar ao sujeito se estas filas tem a mesma quantidade. Separe as fichas da fila de baixo e pergunte se as duas filas possuem a mesma quantidade. Por quê? Para uma resposta conservativa “correta” perguntar: se esta linha está mais comprida, será que ela tem mais fichas? Por quê? Para uma resposta não conservativa perguntar: você se lembra que antes as duas fileiras tinham a mesma quantidade? O que você acha agora? Dar as fichas vermelhas para o aluno e ficar com as azuis. Perguntar: Quantas fichas eu tenho na mão? Responda sem contar. Como você sabe? Colocar as fichas em círculos. Perguntar: E agora? Minhas fichas tem mais, menos ou a mesma quantidade que as suas? Se as fichas fossem chocolates quem comeria mais, menos ou igual. AVALIAÇÃO DA PROVA: ( ) NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (ATÉ 4 OU 5 ANOS) – o sujeito não conserva a noção quando modificada e poderá ou não resolver a questão de quantidade. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (ENTRE 5 E 6 ANOS) – o sujeito consegue conservar quando há a troca, mas vacila na resposta e não justifica o porquê. Consegue resolver a questão da quantidade. ( ) NÍVEL 3 – CONDUTAS CONSERVATIVAS (APÓS 6 ANOS) – - Tem noção de identidade (sujeito identifica: tem o mesmo, não tirou e não botou nada); - Tem noção de reversibilidade (se esticar não muda); - Tem noção de compensação (uma está com as fichas mais perto e o outro com as fichas mais longe). PROVA 02 – CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADES DE LÍQUIDOS – TRANSVASAMENTO Fazer a criança constatar que os recipientes a serem usados são iguais. Colocar a mesma quantidade de líquido em dois copos iguais. Perguntar para a criança se ela beber o que há no copo A e você o que está no copo B, quem beberá a maior quantidade? Ou estarão bebendo a mesma quantidade? Resposta Você irá passar o líquido do copo B para um copo mais baixo e largo/ou mais fino e alto. Perguntar: E agora? O copo B tem mais, menos ou a mesma quantidade que o copo A? Após a resposta pergunte por que razão acha isto? Resposta Agora você coloca o líquido de volta ao copo inicial deixando os dois copos como estavam no começo (retorno empírico). Pergunta: Qual dos copos tem maior quantidade de líquido? Se você beber o líquido do copo A e eu beber o líquido do copo B nós beberemos a mesma quantidade? Ou você beberá mais ou menos? Após a resposta pergunte por que razão acha isto? Resposta Agora você irá passar o líquido de um dos copos para quatro copinhos pequenos Pergunte: E agora, se eu beber o líquido destes quatro copinhos e você beber o líquido do outro copo, quem beberá mais, ou beberemos a mesma quantidade? Após a resposta pergunte por que razão acha isso? Resposta Faça o retorno do líquido dos quatro copinhos para o copo inicial (retorno empírico) e deixe os dois copos novamente como estavam no início. Pergunte, novamente, e agora? Temos a mesma quantidade, mais ou menos nestes dois copos? Após a resposta pergunte por que acha isso? Resposta AVALIAÇÃO DA PROVA: ( ) NÍVEL 1 – JULGAMENTOS OSCILANTES ENTRE CONSERVAÇÃO E NÃO CONSERVAÇÃO (ENTRE 5 E 6 ANOS) – predomínio da não conservação. Considera-se que tem mais no mais alto, oscilando as suas respostas (hora tem mais e hora tem menos). As justificativas dadas não são claras. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS OSCILANTES ENTRE CONSERVAÇÃO E NÃO CONSERVAÇÃO (ENTRE 6 E 7 ANOS) – oscila nas suas respostas principalmente pela contra argumentação. Melhoram as justificativas mas estas ainda não são bem claras. ( ) NÍVEL 3 – NOÇÃO CONSERVATIVA ( A PARTIR DE 7 ANOS) – realiza a operação, justifica e a resposta é mantida mesmo com a contra argumentação. PROVA 03 – NOÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADE DE MATÉRIA (QUANTIDADE CONTÍNUA) Faça as duas bolas de massa de modelar iguais. Pergunte: se fossem bolos e nós fôssemos comer, estas duas teriam a mesma quantidade? Quem comeria mais? O que devo fazer para ficarem iguais? (caso o aluno diga que não estão iguais) Agora transforme uma das bolas em uma salsicha. Pergunte: será que tem a mesma quantidade na bola e na salsicha? Como você sabe? A salsicha é mais comprida que a bola? Ela tem a mesma quantidade? Você não lembra que as bolas tinham a mesma quantidade? (contra argumentação, caso o aluno diga que as bolinhas não têm a mesma quantidade após a modificação de formato)! E se eu transformar a salsicha em uma bola agora elas ficam iguais? E se eu fizer a salsicha de novo? Agora vou fazer bolas pequenas. Elas ficam com a mesma quantidade? AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (ATÉ 5 ANOS) – não consegue conservar quando muda a bola, mesmo com a contra argumentação. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (ENTRE 5 E 6 ANOS) – julga igual ou diferente, mas muda com a contra argumentação. As justificativas não são claras. ( ) NÍVEL 3 – CONSERVAÇÃO (A PARTIR DOS 7 ANOS) – realiza a conservação e justifica. PROVA 04 – CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO Mostrar duas fitas (pode ser cordão, lã ou correntes de bijuteria de loja de armarinho), sendo uma maior e outra menor. Falar para o sujeito que as fitas representam estradas onde os carrinhos irão percorrer. Perguntar: se na estrada A o carrinho vai percorres a mesma coisa que o carrinho da estrada B? Por que acha isto? A estrada A é menos comprida, mais comprida ou a mesma coisa que a estrada B? Perguntar qual o carrinho vai chegar primeiro e peça pra explicar por que acha isto. Deforme as fitas ou correntes, fazendo ondulações na maior dando a impressão de ser menor, e pergunte qual o carrinho que vai chegar primeiro ao final. Após a resposta pergunte: Por que você acha isso? AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (ATÉ 6 ANOS) – quando transformadas as fitas não conserva e não justifica, ou não justifica corretamente. ( ) NÍVEL 2 – TRANSIÇÃO (6/7 ANOS) – ora conserva, ora não conserva. ( ) NÍVEL 3 – CONDUTAS CONSERVATIVAS (APÓS 7 ANOS) – conserva e justifica. PROVA 05 – CONSERVAÇÃO DE PESO Utilize a balança mostrando, com o auxílio de diferentes materiais, como é o uso de uma balança. Dê para o sujeito dois pedaços de massa de modelar e peça para que ele faça duas bolas. Use a balança para mostrar o peso. Depois transforma uma das bolas em uma salsicha. Pergunta: você pensa que a salsicha pesa a mesma quantidade que a bola, é mais pesada ou pesam igual? Por que acha isto? Volte a colocar a massa no formato inicial (retorno empírico) e pergunte: E agora? Qual das bolas pesa mais ou pesam a mesma quantidade? Por que acha isto? Depois transforma a bola em mini pizza e depois em pedaços de 8 a 10 bolas pequenas. Sempre perguntar o que pesa mais. Você pode utilizar também balança digital de cozinha! AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – NOÇÃO NÃO CONSERVATIVA (6 A 7 ANOS) – o peso é julgado mais ou menos pesado em cada transformação e ele não sabe justificar o porquê. ( ) NÍVEL 2 – NOÇÃO INTERMEDIÁRIA (7 ANOS) – os julgamentos oscilam entre a conservação e na não conservação. ( ) NÍVEL 3 – NOÇÃO CONSERVATIVA (A PARTIR DE 8 ANOS) – os pesos são julgados iguais e sabe justificar o porquê. PROVA 06 – CONSERVAÇÃO DE VOLUME Leve o sujeito a constatar a mesma quantidade de água nos dois copos usados. Peça para que o sujeito faça duas bolas iguais, que tenham a mesma quantidade de massa. Pergunta: se você colocar esta bola dentro do copo o que acontecerá com a água lá dentro? Porque você acha isto? Se colocarmos a bola no outro copo, a água subirá o mesmo que este, mais, ou menos? Por que você acha isto? Depois transforme uma das bolas em uma salsicha e faça o gesto de colocá-la no copo. Pergunta: Se eu coloco esta salsicha aqui a água subirá a mesma coisa que no outro copo, mais ou menos? Faça o mesmo procedimento com a mini pizza e com 8 a 10 bolinhas pequenas. AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – CONDUTAS NÃO CONSERVATIVAS (8 A 9 ANOS) – o peso varia conforme a justificativa dada e muitas vezes não consegue justificar. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (10 ANOS) – as respostas variam de acordo com a noção de não conservação e de conservação e consegue justificar com confiança mesmo que esteja errado. ( ) NÍVEL 3 – CONDUTAS CONSERVATIVAS (11 A 12 ANOS) – demonstram a noção de conservação e justificam as suas colocações. PROVA 07 – MUDANÇA DE CRITÉRIO (DICOTOMIA) Distribuir aos alunos fichas azuis e vermelhas, redondas e quadradas (são 05 de cada), pequenas e grandes. Coloque as fichas na mesa e pergunte para o sujeito o que ele está vendo. Solicite ao sujeito: Você pode juntar todas as fichas que combinam? Peça para que coloque junto todas que são iguais. Agora peça que ponha junto todas que tem alguma coisa igual. Após cada solicitação lembrar de perguntar “Por que você as colocou assim”? Solicite ao sujeito: Agora gostaria que você fizesse apenas dois grupos. Por que você colocou assim? Como a gente poderia chamar este grupo? E este aqui? Diga: Gostaria que você fizesse novamente dois grupo, mas, dessa vez utilizando outro critério. Como poderíamos chamar cada um dos grupos? AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – AUSÊNCIA (4 A 5 ANOS) – classificam por uma característica, mudando o critério e não utilizando todas as possibilidades. ( ) NÍVEL 2 – INTERMEDIÁRIO/INÍCIO DA CLASSIFICAÇÃO (5 A 6 ANOS) – faz classificações justapostas sem ligação entre eles. Faz grupos dos vermelhos, dos azuis, dos grandes, dos pequenos, dos círculos, dos quadrados. ( ) NÍVEL 3 – ÊXITO/DICOTOMIA SEGUNDO TRÊS CRITÉRIOS (APÓS 7 ANOS) – realiza a classificação (dicotomia) nos três critérios (tamanhos, cores e formas), os quais são rapidamente identificados e por vezes antecipa o uso destes antes mesmo que lhes seja solicitado. PROVA 08 – QUANTIDADE DA INCLUSÃO DE CLASSES Verifique se a criança conhece o nome das flores a serem usadas. Perguntar se neste ramo há mais flores vermelhas ou brancas? Dizer que você precisa de um ramo só de flores vermelhas e pedir que o sujeito separe. Perguntar qual o ramo que tem mais, o de flores vermelhas ou o de flores brancas? Se eu dou para você as flores vermelhas o que fica no outro ramo? Eu vou fazer um ramo só de flores vermelhas e você fica com o de flores brancas. Quem vai fazer o ramo maior? Como você sabe? AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – AUSÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO INCLUSIVA (5 A 6 ANOS) – identifica que há mais margaridas do que rosas mas erra na subtração das classes. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INETERMEDIÁRIAS ( 6 A 7 ANOS) – responde acertadamente algumas questões, outras não. ( ) NÍVEL 3 – EXISTÊNCIA DE QUANTIFICAÇÃO INCLUSIVA (A PARTIR DOS 7 OU 8 ANOS) – responde corretamente a todas as questões. PROVA 09 – INTERSECÇÃO DE CLASSES Coloque o círculo da prova com as fichas redondas vermelhas no meio da junção dos dois círculos. Por fora deixe as redondas azuis e as quadradas vermelhas. Perguntar: Por que você acha que eu deixei as redondas vermelhas no meio. Há mais fichas vermelhas ou azuis? Há mais fichas quadradas ou redondas? Há mais fichas redondas do que azuis? Há a mesma coisa, mais ou menos fichas quadradas do que azuis? Como é que você sabe? O que tem no círculo preto? E no azul? Quais as fichas que estão nos dois círculos ao mesmo tempo? AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – SEM NOÇÃO DE INTERSECÇÃO (4 A 5 ANOS) – responde as perguntas em separado, mas não compreende a intersecção e a inclusão. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (6 ANOS) – faz repetições e pode dar algumas respostas corretamente. ( ) NÍVEL 3 – NOÇÃO DE INTERSECÇÃO (7 A 8 ANOS) – dá respostas corretas. PROVA 10 – SERIAÇÃO DE BASTONETES Coloque os palitos na mesa em desordeme pergunte: Esses palitos são iguais? Por que? Entregue o material em desordem para que ele monte. Peça que ele faça uma escadinha com o material, colocando-os do menor ao maior. Peça que o sujeito feche os olhos e você retira um dos bastonetes. Depois peça para o sujeito recoloque no local correto. Agora você entrega ao aluno um novo bastonete e pede que ele coloque no local correto. Agora você entrega os bastonetes em desordem e coloca alguma barreira (pode ser uma tampa de caixa de sapato ou um livro) entre você e o sujeito, e pede para que ele lhe entregue os bastonetes do menor para o maior para que você vá formando uma escadinha sem que ele veja. Ao final você tira a barreira para que ele observe se entregou-lhe na ordem certa. AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 - AUSÊNCIA DE SERIAÇÃO (3 A 5 ANOS) – de 3 a 4 anos existe a ausência de série e não compreende a proposta. De 4 a 5 anos faz série de 3 a 4 bastões, se confunde com o todo e não consegue intercalar os outros. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTA INTERMEDIÁRIA (5 A 6 ANOS) – a seriação é por ensaio e erro, seria por intuição, comparando até achar o que serve. ( ) NÍVEL 3 – ÊXITO OBTIDO POR MÉTODO OPERATÓRIO (7 anos em diante) – antecipa os critérios e realiza corretamente as atividades. PROVA 11 – PROVA DE COMBINAÇÃO DE FICHAS DUPLAS PARA PENSAMENTO FORMAL Peça que o sujeito faça, com estas fichas, o maior número de combinações possíveis (utilize a sacolinha com seis fichas de cores diferentes). Tente fazer com as fichinhas todas as duplas que puder, não pode repetir. Obs: Total 30 pares Descreva como o aluno realizou a prova: AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – AUSÊNCIA DE CAPACIDADE COMBINATÓRIA (11 ANOS) – não consegue descobrir as possibilidades das diversas combinações. As tentativas são aleatórias. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (12 ANOS) – faz combinações mas não consegue prever o número total de combinações, as combinações são incompletas. ( ) NÍVEL 3 – CONDUTAS OPERATÓRIAS/ÊXITO (13 ANOS EM DIANTE) – chega a descobrir até 30 duplas e justifica suas combinações. PROVA 12 – PERMUTAÇÕES POSSÍVEIS COM UM CONJUNTO DETERMINADO DE FICHAS “Os procedimentos serão os mesmos da PROVA 11, só que desta vez serão utilizadas apenas quatro fichas!” Peça que o sujeito faça com as fichas, o maior número de combinações possíveis (utilize a sacolinha com quatro fichas de cores diferentes). Peça ao sujeito que tente fazer com as fichinhas todas as duplas que puder, não pode repetir. Descreva como o aluno realizou a prova: AVALIAÇÃO DA PROVA ( ) NÍVEL 1 – AUSÊNCIA DE CAPACIDADE COMBINATÓRIA (11 ANOS) – não consegue fazer muitas combinações e não estabelece critérios, tentativas aleatórias. ( ) NÍVEL 2 – CONDUTAS INTERMEDIÁRIAS (12 ANOS) – faz combinações mas não consegue prever o número total de combinações e não lembra do que fez por falta de método. ( ) NÍVEL 3 – CONDUTAS OPERATÓRIAS/ÊXITO (13 ANOS EM DIANTE) – chega a descobrir até 30 duplas e justifica suas combinações, por vezes o aluno pede lápis e papel para registrar seu raciocínio. Isto deve ser permitido. PROVA 13 – CONSERVAÇÃO DA SUPERFÍCIE - PERCEPÇÃO EM RELAÇÃO À QUANTIDADE Você irá avaliar a percepção do sujeito frente à quantidade de pasto livre para o cavalinho em dois pastos diferentes. Inicialmente deve-se fazer o sujeito identificar que os dois pastos tem o mesmo tamanho, assim como as casinhas! São montados dois pastos, sendo que posteriormente coloca-se casinhas em cada pasto e questiona em que pasto há mais espaço para o cavalinho pastar? Após a resposta pergunta-se por que acha isso? Modificações: 1- Apenas um pasto com uma casinha, o outro fica livre. 2- Uma casinha em cada pasto, uma no canto inferior esquerdo e a outra no canto inferior direito do pasto. 3- Quatro casinhas em cada pasto, mas em posições diferentes. 4- Repete-se mudando as casinhas de lugar do campo experimental. Pode-se trabalhar com até seis casinhas em cada campo. AVALIAÇÃO ( ) Não Conservador – (até 5/6 anos) Estabelece a igualdade inicial. Não conserva em nenhuma das modificações. ( ) Intermediário/transição – As respostas não tem justificativas completas, mudando conforme a aplicação de cada prova, ora conserva ora não conserva. ( ) Conservativo – A partir de 5 anos A criança já possui alguma noção de quantidade e espaço, e até justifica o óbvio. PROVA 14 – PREDILEÇÃO (AVALIAR O PENSAMENTO FORMAL) Coloque as fichas sobre a mesa e peça que o sujeito observe por algum tempo. Depois, guarde-as em uma sacola não transparente. Peça para o que o sujeito retire uma ficha. Quando ele colocar sua mão na sacola, você deverá segurar sua mão ainda dentro da sacola e perguntar-lhe que cor ele acha que irá sair e por quê. Depois, permita-lhe retirar e olhar a ficha. Pergunte por que ele acha que tirou essa cor? Guarde novamente a ficha na sacola e repita desta vez perguntando qual a cor que ele acha que tem mais chances de pegar? Qual a cor que ele acha que tem menos chances de pegar e por que? Nível I (ausência) – Não consegue prever a probabilidade de sair a cor verde por ter mais quantidade. Pode dizer: “Vai sair azul porque gosto de azul etc... Nível 2 (intermediário) – Ora consegue prever a probabilidade, ora não. As justificativas são incompletas. Nível 3 (êxito) – Usa justificativa baseada na predileção. O aluno consegue prever que irá sair a cor verde porque é a que existe em maior quantidade. Marcar o nível em que o sujeito se encontra: ( ) 1 – Primeiro subestágio do operatório concreto. ( ) 2 – Segundo subestágio do operatório concreto. ( ) 3 – Primeiro subestágio do operatório formal. OBSERVAÇÕES Carimbo e data. Link de videos com a aplicação de cada prova operatoria: OBS: Não deixe de assistir para melhor compreender o protocolo de aplicação das provas operatórias. PROVA 01 – CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS- https://www.youtube.com/watch?v=xbLr458_ZFc&t=4s PROVA 02 – CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE LÍQUIDO TRANSVASAMENTO - https://www.youtube.com/watch?v=cAzgfA89gzM PROVA 03 – NOÇÃO DE QUNTIDADE DE MATÉRIA - https://www.youtube.com/watch?v=jw- LDiBpLZs&feature=youtu.be PROVA 04 – CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO - https://www.youtube.com/watch?v=5beeCy9dLFk&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=1r1XtumD2TM&feature=youtu.be PROVA 05 – CONSERVAÇÃO DE PESO - https://www.youtube.com/watch?v=q82N3tV5aU8&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=nOk-kA9p1Ss PROVA 06 – CONSERVAÇÃO DE VOLUME- https://www.youtube.com/watch?v=43fcic9Ocu0&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=IvAhYcpMJiI&feature=youtu.be PROVA 07 – MUDANÇA DE CRITÉRIO – DICOTOMIA- https://www.youtube.com/watch?v=brDV7LznJrY&feature=youtu.be PROVA 08 – QUANTIDADE DA INCLUSÃO DE CLASSES https://www.youtube.com/watch?v=YOq79qI_DDM https://www.youtube.com/watch?v=A7V4IQZE2uQ https://www.youtube.com/watch?v=A7V4IQZE2uQ PROVA 09 – INTERSECÇÃO DE CLASSES - https://www.youtube.com/watch?v=cg0n5lSzQyo&feature=youtu.be PROVA 10 – SERIAÇÃO DE BASTONETES - https://www.youtube.com/watch?v=XEquDkqgIM0&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=xbLr458_ZFc&t=4s https://www.youtube.com/watch?v=cAzgfA89gzM https://www.youtube.com/watch?v=jw-LDiBpLZs&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=jw-LDiBpLZs&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=5beeCy9dLFk&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=1r1XtumD2TM&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=q82N3tV5aU8&feature=youtu.behttps://www.youtube.com/watch?v=nOk-kA9p1Ss https://www.youtube.com/watch?v=43fcic9Ocu0&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=IvAhYcpMJiI&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=brDV7LznJrY&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=YOq79qI_DDM https://www.youtube.com/watch?v=A7V4IQZE2uQ https://www.youtube.com/watch?v=A7V4IQZE2uQ https://www.youtube.com/watch?v=cg0n5lSzQyo&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=XEquDkqgIM0&feature=youtu.be Referências: SAMPAIO, Simaia. Manual Prático do diagnostico psicopedagógico clínico. 7ed. – Rio de Janeiro: Wak Ed., 2018. RAMALHO, Danielle Manera. Psicopedagogia e Neurociência: Neuropsicopedagogia e Neuropsicologia na prática clínica. 3 ed. RJ: Wak Editora, 2020.