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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – MARIANA MARQUES 
.INTRODUÇÃO 
• A bacia obstétrica consiste na região pélvica com 
grande importância clínica na evolução do parto, 
assim, sua conformidade pode dificultar ou facilitar a 
passagem do feto pela bacia durante o parto. 
• A causa mais frequente de trabalho de parto obstruído 
é a desproporção cefalopélvica – incompatibilidade 
entre a cabeça fetal e a pélvis da mãe. 
• É constituída por 4 ossos: 2 ilíacos, o sacro e o cóccix, 
sendo que os ossos ilíacos, são constituídos pelo ílio, 
ísquio e pube fundidos. 
• Entre os ossos do osso ilíaco, existem três articulações: 
sínfise púbica, sacroilíacas e sacrococcígeas (ficam 
mais frouxas na gestação pela ação da progesterona). 
• Esse conjunto ósseo articulado entre si constitui na 
mulher a parte óssea do canal do parto. 
• A pélvis feminina atinge a morfologia obstetricamente 
mais adequada em torno do tempo de fertilidade 
máxima (25 a 30 anos). 
 
 
ANATOMIA DA PELVE ÓSSEA 
GRANDE BACIA OU PELVE FALSA: 
• Localiza-se acima do estreito superior da bacia. 
PEQUENA BACIA OU PELVE VERDADEIRA/OBSTÉTRICA: 
• Localiza-se abaixo do estreito superior da bacia 
(estende-se do estreito superior até o estreito inferior). 
• Possui importância obstétrica. 
• Os estreitos são as regiões mais afuniladas da bacia, 
podendo dificultar o parto. 
• O formato do estreito superior varia com o tipo de bacia, 
podendo ser: ginecoide (elipse transversa - oval), 
antropóide (ginecoide rodada em 90º), andróide 
(triangular- parto complicado) e platipelóide (achatada, 
difícil do feto insinuar). 
 
DIÂMETROS DA BACIA 
ESTREITO SUPERIOR: 
• Anteroposterior ou conjugado verdadeiro: 11cm. 
• Oblíquos (da eminência ileopectínea até a sinostose 
sacroilíaca): 12cm. 
• Transverso máximo (maior diâmetro): 13-13,5 cm. 
• Transverso médio: 12cm. 
ESTREITO MÉDIO: 
• Sacro médio púbico (anteroposterior): 12cm. 
• Bi isquiático ou transverso (consiste no ponto de maior 
estreitamento do canal de parto): 10,5cm. 
ESTREITO INFERIOR: 
• Transverso ou bi-tuberoso ou bi-isquiático: 11cm. 
• Diâmetro cóccix-subpúbico (antetoposterior): 9,5cm 
(11cm após retropulsão do cóccix). 
 
PLANOS OBSTÉTRICOS 
• São planos imaginários, traçados na entrada, na saída 
e em variadas alturas da pelve para facilitar a avaliação 
da descida do feto no canal de parto. 
PLANOS DE LEE: 
• Ferramenta importante na construção de partogramas, 
sendo analisados juntamente com a dilatação do canal 
cervical e a variedade de posição. 
• Os planos relacionam o posicionamento do ponto mais 
baixo do polo cefálico fetal em relação às espinhas 
isquiáticas maternas, configurando a altura da 
apresentação do feto. 
• O ponto zero consiste na linha que liga as espinhas 
isquiáticas maternas, com os pontos máximos variando 
geralmente entre -3 cm e +3 cm. 
• Acima das espinhas, utiliza-se numerações negativas 
com a distância em centímetros e abaixo das espinhas, 
utiliza-se numerações positivas, ou seja, quanto mais 
próximo da vagina mais positivo. 
Bacia Obstetrica e Estatica Fetal 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – MARIANA MARQUES 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO FETO 
• O feto atinge seu desenvolvimento completo quando 
chega na 40ª semana e nessa IG, mede cerca de 50 cm 
de comprimento e pesa entre 3.000g e 3.500g. 
• Dependendo do peso, podem ser: pequenos para a IG 
(PIG), adequados à IG (AIG) ou grandes para a IG (GIG). 
Þ RN GIG quando nascem com >4kg são chamados 
de macrossômicos. 
 
CABEÇA DO FETO: 
• A cabeça fetal é o principal ponto de dificuldade a 
passar pelos estreitos da pelve. 
• O crânio é formado por 7 ossos: 2 frontais, 2 temporais, 
2 parietais, 1 occipital, 1 esfenoide e 1 etmoide. 
• No feto esses ossos estão justapostos e separados por 
espaços membranosos (suturas), cuja união limita as 
fontanelas. 
 
SUTURAS: 
• 4 suturas importantes na cabeça do feto. 
Þ Sutura sagital: entre as bordas internas dos dois 
ossos parietais, estende-se do bregma ao lambda; 
Þ Sutura mediofrontal: entre os dois ossos frontais; 
Þ Sutura frontoparietal: entre os dois ossos frontais e 
as bordas anteriores dos ossos parietais; 
Þ Sutura occipitoparietal ou lambdoide: composta 
pelo osso occipital e as bordas posteriores dos 
ossos parietais. 
 
FONTANELAS: 
• 8 espaços membranosos, sendo as duas principais a 
bregma e a lambda. 
Þ Bregma ou fontanela anterior: tem forma de 
losango e é o maior espaço membranoso do crânio. 
Þ Lambda ou fontanela posterior: fica localizada na 
região occipital e pode estar ausente em alguns RN 
 
 
ESTÁTICA FETAL 
• Consiste nas relações espaciais entre o feto e o 
organismo materno; 
 
ATITUDE: 
• A atitude ou hábito fetal diz respeito às relações das 
diversas partes do feto entre si. 
• Em geral, o feto se aloja na cavidade uterina em atitude 
de flexão, c/ encurvamento da coluna e cabeça fletida. 
• Em situações anômalas, pode haver extensão da 
coluna com deflexão do polo cefálico, levando às 
apresentações defletidas. 
 
SITUAÇÃO: 
• Relação entre o maior eixo uterino e maior eixo fetal. 
• Há três possibilidades de situação fetal: 
Þ Longitudinal: maior eixo uterino e fetal coincidem. 
Þ Transversa: o feto se dispõe perpendicularmente 
ao maior eixo uterino; 
Þ Oblíqua: fase de transição da situação fetal, no 
parto se definirá em longitudinal ou transversa. 
APRESENTAÇÃO: 
• Região fetal que ocupa o estreito superior. 
• Pode ser bem definida após o sexto mês; 
• Na situação longitudinal, a apresentação pode ser 
cefálica ou pélvica, de acordo com a região que ocupa 
a área do estreito superior. 
• Na situação transversa, a apresentação é córmica. 
• Denomina-se procidência ou prolapso a presença de 
uma parte fetal menor (membros) que se antepõe à 
apresentação durante o trabalho de parto, ocupando a 
vagina ou se exteriorizando pela vulva. 
 
 
 
• Apresentação cefálica: 
Þ Fletida: o mento fetal encosta no esterno; 
Þ Defletida de 1º grau: no centro do estreito superior 
surge, como ponto de referência fetal, o bregma; 
Þ Defletida de 2º grau: a glabela é o ponto de 
referência que surge no centro do estreito superior; 
Þ Defletida de 3º grau: a face é ponto de referência. 
 
 
 
• Apresentação pélvica: 
Þ Variante da situação ou posição longitudinal do 
feto onde o polo pélvico é o primeiro que se 
apresenta na bacia materna. 
• Apresentação córmica: 
Þ Ocorre quando o feto está atravessado na barriga e 
neste caso ele não passa normalmente pela bacia; 
Þ Pode se destinguir em dorsoanterior (+ frequente), 
dorsoposterior, dorso superior e inferior (raras). 
 
POSIÇÃO: 
• Há dois tipos de posições fetais: esquerda e direita, 
denominadas pelo dorso fetal. 
• O propósito da posição fetal é encontrar a melhor 
localização para se realizar a ausculta dos batimentos 
cardíacos fetais. 
• Nos casos de apresentações cefálicas defletidas de 
terceiro grau, a ausculta é mais bem realizada na face 
anterior do tórax do feto. 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – MARIANA MARQUES 
NOMENCLATURA OBSTÉTRICA 
• Para nomear as variedades de posição, utiliza-se três 
letras maiúsculas, a primeira em referência ao feto e a 
segunda e a terceira, ao ponto de referência materno. 
• A primeira letra se refere à apresentação fetal (toque): 
O (occipício), B (bregma), N (naso), M (mento), S (sacro) 
e A (acrômio). 
• A segunda letra se refere à posição (lado materno em 
que está direcionado o ponto de referência fetal): D 
(direita) e E (esquerda). 
• A terceira letra se refere à variedade de posição, em que 
o feto está voltado para o ponto de referência da bacia 
materna: A (anterior: eminência ileopectínea), T 
(transversa: extremidade do diâmetro transverso), P 
(posterior: púbis) e S (sacro). 
 
 
A- OEA; B- OET; C- OEP; D- EDA; E- ODT e F- ODP

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